01 - Doutorado - Ciências da Saúde
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Item Traqueostomia precoce versus tardia no paciente crítico : uma década de experiência em um hospital universitárioMorakami, Fernanda Kazmierski; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho [Orientador]; Camillo, Carlos Augusto Marçal; Carrilho, Alexandre José Faria; Mezzaroba, Ana Luiza; Fornazieri, Marco AurélioResumo: INTRODUÇÃO: A traqueostomia tem sido um procedimento cirúrgico frequentemente realizado em unidades de terapia intensiva, principalmente após o desenvolvimento de técnicas avançadas e seguras Muito tem se estudado sobre esse procedimento, porém ainda não está claro na literatura quais os seus reais riscos e benefícios ao paciente crítico quando submetido à traqueostomia precoce ou tardia OBJETIVO: Comparar desfechos na realização de traqueostomia antes e após dez dias de intubação orotraqueal como taxa de mortalidade, tempo de internação na unidade de terapia intensiva, tempo de internação hospitalar, quantidade de dias livre de ventilação mecânica METODOLOGIA: Estudo de coorte retrospectivo realizado pela coleta de dados da admissão até a alta de pacientes críticos agudos e críticos crônicos da unidade de terapia intensiva do Hospital Universitário de Londrina, no período de janeiro de 28 a dezembro de 217 Foram coletados dados demográficos, clínicos e de diagnóstico de todos os pacientes para caracterização da amostra Para fins de pareamento foram coletados dados para o cálculo dos escores como o APACHE II para avaliação do risco de mortalidade, SOFA para disfunção orgânica e também variáveis relacionadas ao sistema respiratório como tempo de ventilação mecânica, tempo de intubação orotraqueal pré traqueostomia As comorbidades foram definidas pela lista do índice de Charlson Os pacientes foram acompanhados diariamente até o desfecho final considerado alta ou óbito do hospital RESULTADOS: Quando comparados aos pacientes que realizaram traqueostomia precoce, os pacientes que realizaram traqueostomia tardia permaneceram em média 1 dias a mais sob internação hospitalar e sob cuidados intensivos, além de 13 dias a mais sob ventilação mecânica invasiva, todos p<,1 Em relação à mortalidade não foram encontradas diferenças entre os grupos CONCLUSÃO: A traqueostomia realizada em até 1 dias de ventilação mecânica proporciona menor tempo de utilização de ventilação mecânica, menor tempo de internação em unidade de terapia intensiva e hospitalarItem Transtornos do humor co-mórbidos com transtorno por uso de tabaco e suas implicações na gravidade dos sintomas, trauma infantil e alterações dos biomarcadores inflamatórios e de leptinaPorcu, Mauro; Nunes, Sandra Odebrecht Vargas [Orientador]; Urbano, Mariana Ragassi; Estanislau, Célio Roberto; Carmo, Davi Roberto do; Vargas, Heber Odebrecht; Barbosa, Décio Sabbatini [Coorientador]Resumo: objetivos: Investigar se a associação entre transtornos de humor Transtorno Bipolar (TB) ou Transtorno Depressivo Maior (TDM), co-mórbidos com Transtorno por Uso do Tabaco (TUT) está associado na severidade dos sintomas, na baixa qualidade de vida, no prejuízo funcional, nas alterações dos níveis de leptina, biomarcadores inflamatórios e no perfil lípidico Métodos: Os participantes foram indivíduos com transtornos bipolares e fumantes, transtornos bipolares e nunca fumantes, fumantes não-bipolares e transtornos não-bipolares e nunca fumantes Também incluímos mulheres com depressão unipolar ou bipolar nunca fumantes e fumantes, e mulheres fumantes não-deprimidas e nunca fumantesOs dados foram coletados no Centro de Referência de Abordagem e Tratamento do Tabagismo (CRATT) e no ambulatório de Psiquiatria da Universidade Estadual de Londrina Paraná Brasil Todos os participantes assinaram termo de consentimento esclarecido e o trabalho foi aprovado no conselho de ética e pesquisa (CEP) (CAAE 349358125231) Dados socio-demográficos e clínicos foram avaliados por questionário estruturado Outras avaliações utilizadas foram medidas antropométricas, Escala de Gravidade de Depressão de Hamilton (HDRS), Escala de Gravidade de Ansiedade de Hamilton (HAM-A), Escala de Gravidade de Mania Jovem (YMRS), Escala de Incapacidade de Sheehan (SDS), Qualidade de Vida (WHOQOL-BREF), Questionário de trauma de infância (CTQ) Os seguintes biomarcadores foram investigados: perfil lipídico, incluindo colesterol total, colesterol de lipoproteínas de alta densidade (HDLc), colesterol de lipoproteínas de baixa densidade (LDLc), triglicerídeos, os índices de risco de Castelli I e II; e citocinas, incluindo interleucinas (IL) -1ß, IL-6, IL-1, IL-12, IL-1RA, receptor de necrose tumoral solúvel 1 (sTNF-R1), leptina, proteina c–reativa ultrassensível (hs-PCR) Resultados: Nos individuos fumantes com TB houve significativa correlação positiva entre abuso emocional e leptina, leptina e severidade de sintomas depressivos, leptina e severidade de sintomas ansiosos, leptina e Castelli index 1 e 2, abuso emocional e indice de massa corporal (IMC) Correlação negativa entre abuso emocional e qualidade de vida Mulheres fumantes deprimidas tiveram correlação significativamente positiva entre negligência emocional e sTNF-R1 (p = ,2), circunferência da cintura e sTNF-R1 (p = ,1), IMC e sTNF-R1 (p <,1), HAM-A e sTNF-R1 (p = ,3); IL-1ß e sTNF-R1 (p <,1), IL-1 e sTNF-R1 (p = ,1), IL-1RA e sTNF-R1 (p <,1); IL-6 e sTNF-R1 (p <,1), IL-12 e sTNF-R1 (p <,1), Castelli index I e sTNF-R1 (p <,1), Castelli index II e sTNF-R1 (p <,1), e uma correlação significativamente negativa entre HDL e sTNF-R1 (p = ,14) Conclusões: Estes achados sugerem que a co-ocorrência de TB e TUT estavam associados com trauma infantil, maior severidade dos sintomas (ansiosos e depressivos), baixa qualidade de vida, aumento do IMC e alterações nos niveis dos componentes do metabolismo e de leptina Mulheres fumantes deprimidas que experimentaram mais trauma da infância e tiveram mais sintomas de ansiedade, apresentaram maior associação à ativação de processos inflamatórios e alterações no perfil lipídico e medidas antoprométricasItem Desenvolvimento de sistemas microencapsulados para liberação modificada de frutose-1,6-bifosfato e rutina e avaliação da sua eficácia in vivo em modelos de inflamaçãoMedeiros, Daniela Cristina de; Verri Junior, Waldiceu Aparecido [Orientador]; Gerardin, Daniela Cristina Ceccatto; Vignoli, Josiane Alessandra; Georgetti, Sandra Regina; Pavanelli, Wander Rogério; Baracat, Marcela Maria [Coorientadora]Resumo: O desenvolvimento de novos sistemas de liberação de fármacos é uma estratégia promissora para a melhoria do perfil biofarmacêutico de medicamentos O objetivo deste trabalho foi desenvolver sistema microencapsulado para modificação da liberação dos fármacos frutose-1,6-bifosfato (FBP) e rutina, com intuito de melhorar a eficácia terapêutica desses compostos Para atingir este objetivo, microcápsulas contendo rutina ou FBP foram preparadas pelo método de coacervação complexa e analisadas em relação a: a) morfologia das partículas por microscopia eletrônica de varredura; b) tamanho e distribuição das partículas pela técnica de dispersão de luz; c) eficiência de encapsulação pelo método de extração; e d) dissolução in vitro das microcápsulas contendo FBP Foi realizada análise por calorimetria exploratória diferencial (DSC) e difração de raios X para verificar a presença de fase amorfa A atividade analgésica e anti-inflamatória das formulações foi avaliada in vivo em modelo de inflamação induzida pela injeção intraplantar de carragenina em camundongos Swiss Os camundongos foram pré-tratados por via oral com rutina ou FBP microencapsuladas, rutina ou FBP não microencapsulada, ou microcápsulas sem fármaco, e submetidos ao estímulo com carragenina A intensidade da hiperalgesia mecânica e a formação do edema na pata foram avaliadas com analgesímetro digital e paquímetro, respectivamente O efeito anti-inflamatório e antioxidante de formulações tópicas contendo rutina microencapsulada também foi avaliado em modelo de inflamação cutânea induzida por radiação ultravioleta B (UVB) em camundongos sem pêlos e comparado com o fármaco não microencapsulado Para quantificação da FBP microencapsulada foi desenvolvido e validado um método por cromatografia líquida de alta eficiência As microcápsulas contendo os fármacos apresentaram forma esférica e tamanho homogêneo A eficiência de encapsulação das microcápsulas contendo rutina (fármaco lipossolúvel) foi de 76,9%, enquanto que para as microcápsulas contendo FBP (fármaco hidrossolúvel) o valor obtido foi de 25% No ensaio de dissolução in vitro das microcápsulas contendo FBP foi observado um prolongamento da liberação do fármaco quando comparado com o fármaco não microencapsulado No modelo de inflamação na pata induzida por carragenina em camundongos, as microcápsulas aumentaram a eficácia analgésica de ambos os compostos Neste mesmo modelo, as microcápsulas de FBP provocaram redução significativa do edema de pata No modelo de inflamação/estresse oxidativo induzido por radiação UVB, microcápsulas contendo rutina, administradas topicamente, apresentaram efeito anti-inflamatório e antioxidante Na análise por DSC e difração de raios X foi constatado que a rutina está dispersa em matriz polímerica amorfa enquanto que a FBP apresentou mudança da forma cristalina para amorfa, após o processo de microencapsulação A presença de fase amorfa, caracterizada pelos polímeros utilizados na preparação das microcápsulas, pode ter influenciado positivamente no aumento da eficácia terapêutica dos fármacos Sendo assim, a microencapsulação pode ser utilizada para modificação da liberação, contribuindo para o aumento da eficácia terapêutica dos fármacos rutina e FBPItem Deficiência de vitamina D, inflamação e estresse oxidativo em pacientes com doença renal crônica não dialíticaSoares, Abel Esteves; Delfino, Vinicius Daher Alvares [Orientador]; Reiche, Edna Maria Vissoci; Dichi, Isaías; Nascimento, Marcelo Mazza do; Bucharles, Sérgio Gardano EliasResumo: A progressão da DRC eleva substancialmente os riscos de eventos cardiovasculares e de morte e está associada a elevados níveis de marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo, os quais por sua vez estão associados, entre outras condições, à progressão mais rápida para doença renal terminal e aumento na mortalidade de todas as causas A hipovitaminose D - 25(OH) vitamina D < 3 ng/mL - vem sendo associada a desfechos renais e cardiovasculares desfavoráveis na população geral e em pacientes com DRC e a sua reposição pode melhorar parâmetros de inflamação e em concomitância ao bloqueio farmacológico do sistema renina-angiotensina (SRA) reduz a proteinúria em modelos experimentais e em pacientes com nefropatias Este estudo avaliou o efeito de seis meses de suplementação oral com colecalciferol para pacientes adultos com DRC não dialítica sobre um painel de biomarcadores inflamatórios (fibrinogênio, proteína C reativa, homocisteína e interleucina-6) e de estresse oxidativo (capacidade antioxidante total plasmática, metabólitos do óxido nítrico e hidroperóxidos) e, também, o efeito da suplementação de colecalciferol sobre a taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) nos pacientes que se encontravam utilizando inibidores do SRA (ISRA) concomitantemente A suplementação foi feita com cápsulas contendo 5UI de colecalciferol e teve sua periodicidade definida a partir dos níveis basais de 25(OH) vitamina D Duzentos e seis pacientes iniciaram o estudo e hipovitaminose D estava presente em 111 pacientes (53,88%) Ao início do estudo, os pacientes dos grupos com e sem hipovitaminose D apresentavam diferenças significativas em algumas variáveis, sendo que os do grupo com baixa vitamina D tinham menores TFGe, níveis tensionais mais elevados e maiores níveis de proteinúria, indicando maior gravidade da DRC neste grupo Cento e setenta e sete pacientes completaram os 6 meses de estudo (96 no grupo com deficiência de vitamina D e 81 com níveis séricos considerados adequados na situação basal) O esquema terapêutico utilizado foi adequado para normalizar os níveis séricos de vitamina D em 75% dos pacientes, mas com os biomarcadores utilizados, não se observou redução no estresse oxidativo e no estado inflamatório destes pacientes Analisando a interação entre as variáveis tempo, tratamento com colecalciferol e o uso de ISRA, observou-se que a suplementação de vitamina D concomitante ao uso ISRA esteve associada à significativa preservação da TFGe (mediana inicial de 33 e final de 32 mL/min/1,73m2 – P = ,56) e queda na TFGe quando não houve suplementação com colecalciferol (mediana inicial de 41 e final de 39 mL/min/1,73m2 – P = ,32) Pôde-se concluir que seis meses de suplementação com colecalciferol foram suficientes para a obtenção de valores de referência de vitamina D, mas não produziu mudanças significativas nos parâmetros de estresse oxidativo e de inflamação dos pacientes estudados A suplementação de colecalciferol simultaneamente ao uso de ISRA protegeu os rins da redução na TFGe e pode representar uma estratégia de renoproteção para este grupo de pacientes Estudos adicionais são necessários para a confirmação destes achadosItem Avaliação dos metais essenciais e biomarcadores inflamatórios e do estresse oxidativo e nitrosativo em pacientes com esclerose múltiplaMezzaroba, Leda; Reiche, Edna Maria Vissoci [Orientador]; Simão, Andréa Name Colado; Oliveira, Karen Brajão de; Breganó, José Wander; Oliveira, Sayonara Rangel deResumo: Introdução: O desequilíbrio entre moléculas inflamatórias e anti-inflamatórias e oxidantes e antioxidantes tem sido implicado na desmielinização e dano axonal na esclerose múltipla (EM) Além disso, a quebra da homeostase de metais essenciais no sistema nervoso central (deficiência ou acúmulo) pode estar envolvida na patogênese de doenças neurodegenerativas Objetivos: Revisar o papel do zinco, cobre, manganês e ferro em doenças neurodegenerativas como doença de Alzheimer (DA), doença de Parkinson (DP) e EM e avaliar os biomarcadores imunoinflamatórios e do estresse oxidativo e nitrosativo (IO&NS) em pacientes com EM Sujeitos e Métodos: Na revisão, utilizou-se a base de dados PubMed/US National Library of Medicine/USA, de 28 a 218 Realizou-se, também, um estudo caso-controle com 174 pacientes com EM e 182 controles Os biomarcadores IO&NS analisados no plasma foram fator de necrose tumoral (TNF)-a, receptores solúveis de TNF (sTNFR)1 e (sTNFR)2, adiponectina, hidroperóxidos lipídicos, metabólitos de óxido nítrico (NOx), TRAP, grupamentos sulfidrila (SH) e níveis séricos de zinco Na análise estatística empregou-se técnicas de estudo de aprendizagem por máquina e modelos matemáticos como Support Vector Machine (SVM), cálculo da área sob a curva ROC (AU/ROC) e testes de rede neural Resultados: Com a revisão, concluiu-se que a diminuição de zinco compromete a resposta imune inata e adaptativa e reduz sua capacidade antioxidante, enquanto que o aumento de íons cobre, manganês e ferro gera estresse oxidativo, injúrias permanentes, apoptose e morte celular No estudo caso-controle, os resultados mostraram associação entre EM e o perfil oxidante/antioxidante e que o diagnóstico de EM exerceu forte efeito sobre os biomarcadores avaliados, explicando 68,2% da suas variâncias, com forte efeito nos níveis de adiponectina (45,1%), zinco (36,8%), TRAP (36,8%) e efeito moderados nos níveis do sTNFR2 (16,7%) e TNF-a (14,7%) Níveis aumentados de zinco foram associados com menor probabilidade de desenvolvimento de EM [odds ratio (OR): ,12, p=,9], bem como de adiponectina (OR: ,11, p=,3), TRAP (OR: ,19, p=,2) e grupos SH (OR: ,223, p=,25) Por outro lado, níveis elevados de sTNFR2 foram associados com maior probabilidade de desenvolvimento de EM (OR: 5,6, p=,16) A combinação de zinco, adiponectina, TRAP, grupos SH e sTNFR2 formou o melhor modelo de biomarcadores para auxiliar no diagnóstico de EM (p<,1), no qual 97,4% dos sujeitos foram corretamente classificados com sensibilidade de 98,7% especificidade de 91,7% Os biomarcadores TRAP e adiponectina foram os mais importantes neste modelo, seguidos à distância pelo zinco e sTNFR2 Conclusões: O equilíbrio dos níveis de zinco, cobre, manganês e ferro exerce papel fundamental na manutenção da homeostase do SNC Os resultados do estudo caso-controle ressaltaram que a EM é caracterizada por níveis elevados de oxidantes e diminuídos de antioxidantes e que a capacidade antioxidante total do plasma, adiponectina, zinco, grupos SH e sTNFR2 desempenham um papel importante na fisiopatologia da EM A combinação destes biomarcadores constitui um modelo que pode ser incorporado no diagnóstico da EM, com alta sensibilidade, especificidade e acurácia, assim como as vias envolvidas com esses biomarcadores podem ser avaliadas como potenciais alvos para uma terapia individualizada de pacientes com EMItem Associação de marcadores de estresse oxidativo e inflamatórios em fumantes e em depressivosVargas, Heber Odebrecht; Nunes, Sandra Odebrecht Vargas [Orientador]; Venâncio, Emerson José; Moreira, Estefânia Gastaldello; Fúngaro, Maria Helena Pelegrinelli; Verri Junior, Waldiceu Aparecido; Barbosa, Décio Sabbatini [Coorientador]Resumo: Objetivo: O presente estudo teve como objetivo geral avaliar as características sócio-demográficas, clínicas, biomarcadores de estresse oxidativo e inflamatórios em fumantes, com e sem depressão, e compará-los a indivíduos nunca fumantes depressivos e não depressivos Método: Foram avaliadas as características sócio-demográficas, clínicas, história tabagística e exames laboratoriais de marcadores de estresse oxidativo e inflamatórios em fumantes e nunca fumantes Foram selecionados 15 fumantes ambulatoriais (72 depressivos e 78 não depressivos) recrutados do Centro de Referência de Abordagem e Tratamento do Tabagismo (CRATT), da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e 191 nunca fumantes (68 depressivos e 123 não depressivos) recrutados na mesma instituição A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UEL Os participantes foram submetidos a um questionário estruturado para avaliar as características sócio-demográficas, clínicas, risco do uso do álcool e história tabagística O transtorno depressivo e o transtorno por uso do tabaco foi avaliado pela entrevista clínica estruturada, versão clínica (SCID-I), baseada no DSM-IV Os marcadores inflamatórios foram mensurados pelos seguintes exames laboratoriais: proteína C reativa, velocidade de hemosedimentação (VHS), homocisteína e fibrinogênio O estresse oxidativo foi avaliado pelos seguintes exames: determinação de dialdeído malônico (MDA), determinação de hidroperóxidos lipídicos, determinação de metabólitos do Óxido Nítrico (NOx), determinação do potencial antioxidante total plasmático (TRAP) e determinação dos produtos avançados de oxidação proteica (AOPP) Resultados: Os fumantes depressivos apresentaram alterações nas concentrações de NOx, hidroperóxidos lipídicos, AOPP, TRAP, fibrinogênio, maior incapacidade laboral, maior gravidade dos sintomas depressivos e taxas maiores de tentativas de suicídio ao serem comparados aos fumantes não depressivos e, nunca fumantes depressivos e não depressivos Fumantes deprimidos tinham níveis significativos de estresse oxidativo e marcadores inflamatórios após o ajuste para sexo, idade, anos de escolaridade, deficiência de trabalhar, e as medidas de laboratório Indivíduos com histórico de tentativas de suicídio tiveram significativamente níveis mais elevados de NOx e de hidroperóxidos lipídicos e mais baixas concentrações de TRAP, em comparação com indivíduos sem tentativas de suicídio Conclusão: O presente estudo sugeriu que a comorbidade do transtorno depressivo e transtorno por uso de tabaco estava associada com maior gravidade dos sintomas depressivos, maiores taxas de tentativas de suicídio, maior incapacidade laboral e alterações de marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo Desse modo, no planejamento terapêutico dos fumantes depressivos deve-se levar em conta estes achados para prevenir morbidade e mortalidade de ambas enfermidadesItem Busca por tratamento de sintomas do trato urinário inferior entre servidoras de um hospital público e comparação entre duas técnicas de eletroestimulação em mulheres com síndrome da bexiga hiperativaNunes, Janaina Mayer de Oliviera; Almeida, Sílvio Henrique Maia de [Orientador]; Pitta, Fábio de Oliveira; Hazime, Fuad Ahmad; Averbeck, Márcio Augusto; Fornazieri, Marco Aurélio; Moreira, Eliane Cristina Hilberath [Coorientadora]Resumo: Objetivos: O primeiro objetivo foi comparar a busca por tratamento para os sintomas do trato urinário inferior (STUI), analisar a qualidade de vida (QV) e o incômodo com estes sintomas entre funcionárias de um hospital público brasileiro com síndrome da bexiga hiperativa (SBH) e incontinência urinária de esforço (IUE) O segundo objetivo foi comparar a eficácia da eletroestimulação transcutânea do nervo tibial (ETNT) com a eletroestimulação vaginal (EV) no tratamento de mulheres com SBH Materiais e métodos: Para o primeiro objetivo realizou-se um estudo observacional, de corte transversal em um hospital universitário de grande porte com 118 funcionárias, divididas em três grupos: síndrome da bexiga hiperativa úmida (SBHU) (n=42); síndrome da bexiga hiperativa seca (SBHS) (n=46); e IUE (n=3) Utilizaram-se três questionários: International Consultation Incontinence Questionnaire Short-Form (ICIQ-SF), o International Consultation on Incontinence Questionnaire Overactive Bladder (ICIQ-OAB); e um questionário sociodemográfico e clínico Para o segundo objetivo realizou-se estudo piloto de ensaio clínico com 69 mulheres randomizadas em três grupos: grupo EV (GV), n= 23; grupo ETNT (GT), n= 23; grupo controle (GC), n= 23 Os grupos GV e GT receberam 12 sessões de eletroestimulação durante 6 semanas e o GC não recebeu intervenção As pacientes foram avaliadas ao final (FTTO) e 1 mês após o tratamento (1mTTO) com o escore do ICIQ-OAB, incômodo com os sintomas, diário miccional, cura subjetiva e satisfação e desconforto com a corrente elétrica Resultados: No estudo transversal verificou-se que das 118 mulheres, apenas 26 (22%) buscaram tratamento para seus STUI, sem diferença entre os grupos (p=,429) O grupo SBHU apresentou pior QV e maior nível de incômodo com os sintomas (respectivamente, p<,1 e p<,1) Quando comparado o escore da QV e o nível de incômodo dos STUI e a busca por tratamento, não houve diferença (respectivamente, p=,93 e p=,78) O médico ginecologista/obstetra foi o profissional mais consultado (56,3%) Numa escala de zero a 1, as voluntárias informaram uma média de 4,23 ± 3,48 pontos de ajuda pelo profissional procurado O principal motivo para não buscar tratamento foi que os sintomas não incomodam (13%), seguido por acharem que os sintomas são normais para a idade (5,4%) Quanto aos resultados do ensaio clínico, ao FTTO, GT (diferença média= 5; IC95%= 27 - 73) e GV (35; 17 - 54) foram superiores ao GC (p<1) no ICIQ-OAB e na melhora do incômodo com os sintomas (p=1) (39; 2 - 58 para o GT e 23; 8 - 37 para o GV) Em 1mTTO, GT foi superior ao GC (44; 22 - 67) e ao GV (24; 1 - 48) no ICIQ-OAB (p=1), e GT (32; 15 - 49) e GV (23; 8 - 37) foram superiores ao GC (p=1) na melhora do incômodo O GT foi superior ao GV e ao GC na proporção de respondedores com 5% de melhora (expressiva) no ICIQ-OAB ao FTTO e 1mTTO, e no incômodo ao FTTO; e GV foi superior ao GT e GC no incômodo 1mTTO Não houve diferença no desconforto com a corrente elétrica (p=612) Conclusões: No estudo transversal a taxa de busca por tratamento entre as funcionárias do hospital foi baixa Apesar das voluntárias do grupo SBHU apresentarem pior QV e maior incômodo com os STUI do que os demais grupos não houve diferença entre eles quanto à procura por tratamento No ensaio clínico, ETNT e a EV foram eficazes no tratamento da SBH ao FTTO, entretanto, a ETNT apresentou a maior proporção de melhora expressiva do ICIQ-OAB e do incômodo com os sintomas ETNT foi mais eficaz que EV no ICIQ-OAB e apresentou a maior proporção de melhora expressiva do ICIQ-OAB com 1mTTOItem Avaliação do efeito do extrato de Cordia verbenacea na inflamação e no estresse oxidativos induzidos por radiação UVB em camundongos sem peloMelo, Cristina de Paula Barros de; Casagrande, Rúbia [Orientador]; Baracat, Marcela Maria; Arakawa, Nilton Syogo; Martinez, Renata Micheli; Vignoli, Josiane Alessandra; Georgetti, Sandra Regina [Coorientadora]Resumo: A exposição a altas doses de radiação UVB solar provoca na pele inflamação e estresse oxidativo, podendo levar ao dano e à morte celular O controle do processo inflamatório, a inibição da produção excessiva de espécies reativas de oxigênio (EROS) e a recuperação das defesas antioxidantes naturais do organismo são passos importantes para o controle dos danos induzidos na pele pela radiação UVB Cordia verbenacea é uma planta medicinal brasileira cujo uso popular como anti-inflamatória e antioxidante já vem sendo estudado e validado em vários modelos de doenças No entanto, existe uma carência de estudos experimentais investigando os efeitos desta planta em modelos de danos cutâneos causados por radiação solar Dessa forma, o objetivo do presente trabalho é avaliar o potencial do extrato etanólico de folhas de Cordia verbenacea (ECV) em controlar os danos causados pela inflamação e pelo estresse oxidativo induzidos por radiação UVB A capacidade antioxidante do ECV in vitro foi avaliada por vários métodos, tendo o extrato demonstrado atividade sequestradora de radicais livres, quelante e inibidora da peroxidação lipídica (LPO) com os seguintes resultados: para 2,2-difenil-1-picrilhidrazil (DPPH) apresentou IC5 19,128 µg/ml; para 2,2’ azinobis (3-etilbenzotiazolina-6-ácido sulfônico)(ABTS) apresentou IC5 12,48 µg/mL; para inibição da produção de hidroperóxidos derivados do ácido linoleico apresentou IC5 1,2 µg/mL; para inibição de substâncias reativas do ácido tiobarbitúrico (TBARS) apresentou IC5 8,9 µg/mL e para capacidade de quelação do ferro avaliada pelo ensaio da batofenantrolina apresentou IC5 47,35 µg/mL O extrato também inibiu a quimiluminescência gerada por radicais livres apresentando IC5 ,286 µg/mL para o método H2O2/Horseradish peroxidase (HRP)/luminol e IC5 ,42 µg/mL para o método xantina/xantina oxidase/luminol Para os ensaios in vivo camundongos sem pelo foram tratados oralmente (ECV 1, 3 ou 1 mg/kg, 3 minutos antes e imediatamente após a irradiação UVB) e tópico (,5 g de ECV 5% em creme Polawax®, 12 h, 6 h e imediatamente antes do começo da irradiação e 3 minutos depois) A administração, de ECV a camundongos sem pelo expostos a radiação UVB diminuiu o edema (tópico e oral 3 e 1 mg/kg), a infiltração de neutrófilos (tópico e oral 1, 3 e 1 mg/kg) e de mastócitos (tópico e oral 3 mg/kg), inibiu a produção das citocinas pró-inflamatórias TNF-a, IL-1ß e IL-6 (tópico e oral 3 mg/kg), a hiperplasia epidérmica (tópico e oral 3 mg/kg), e o aparecimento de queratinócitos apoptóticos (tópico e oral 3 mg/kg), controlou a produção de MMP-9 (tópico e oral 1, 3 e 1 mg/kg) e a consequente degradação do colágeno (tópico e oral 3 mg/kg) e, no caso do tratamento tópico, inibiu a expressão da COX-2 Com relação ao controle do estresse oxidativo, o ECV oral (3 mg/kg) aumentou a expressão dos genes ligados a resposta antioxidante fator nuclear eritróide-2 (Nrf-2), NAD(P)H quinona oxido-redutase 1 (NQO-1) e heme-oxigenase 1 (HO-1) e preveniu a formação de peróxidos lipídicos Tanto no tratamento oral (3 mg/kg) como no tópico, os resultados mostraram que o ECV foi capaz de aumentar o GSH e a atividade da catalase, inibir a formação de ânion superóxido e aumentar a capacidade de neutralização de radicais livres pela pele, após a exposição a radiação UVB Concluindo, os resultados desse estudo sugerem que o ECV pode ser considerado uma boa estratégia para controlar a inflamação e o estresse oxidativo induzidos pela radiação UVB e, dessa forma, reduzir os danos causados pela exposição solar à peleItem Influência da síndrome metabólica e das medicações modificadoras do curso da doença no estresse oxidativo e nitrosativo em pacientes com artrite reumatóideCosta, Neide Tomimura; Dichi, Isaías [Orientador]; Simão, Andréa Name Colado; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti; Oliveira, Sayonara Rangel de; Delfino, Vinícius Daher AlvaresResumo: A artrite reumatóide (AR) é uma doença sistêmica que se caracteriza pelo acometimento crônico de articulações sinoviais A síndrome metabólica (SM) é considerada uma comorbidade da AR e está associada ao aumento da mortalidade por doença cardiovascular A patogênese da AR está intimamente relacionada ao estresse oxidativo e nitrosativo As espécies reativas de oxigênio (ERO) e espécies reativas de nitrogênio (ERN) são importantes na sinalização molecular intracelular, aumentam a proliferação e resposta de células do sistema imune na membrana sinovial e podem danificar componentes da matriz cartilaginosa Nas duas últimas décadas, houve uma mudança no perfil de comorbidades e diminuição das sequelas articulares para os pacientes, devido ao uso de novos fármacos, muito eficazes, com alvos terapêuticos bem definidos Contudo, a SM, que está associada a piora da atividade da doença e do desequilíbrio redox, continua a ser muito prevalente na AR Há necessidade de biomarcadores que possam identificar quais são os pacientes que poderiam beneficiar-se do uso precoce de fármacos biológicos ou de uma estratégia mais agressiva de tratamento baseado em metas O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência da SM e das medicações modificadoras do curso da doença (MMCD) nos biomarcadores do estresse oxidativo e nitrosativo em pacientes com AR Foram realizados dois trabalhos: o primeiro consistiu em revisão de literatura em busca de artigos científicos publicados nas principais bases de dados, sobre a influência das MMCD no estresse oxidativo em pacientes com AR, sem limite de datas de publicação Foram incluídos 15 estudos no artigo de revisão da literatura Os resultados com metotrexato (MTX) e leflunomida apresentaram resultados semelhantes, com redução do óxido nítrico (NO) Os estudos com tocilizumabe verificaram acentuada diminuição de ERO e ERN Na maioria dos estudos que utilizaram o infliximabe, houve diminuição da oxidação proteica, avaliada por meio de proteínas carbonílicas (PC) Os resultados mais relevantes se verificaram no aumento das defesas antioxidantes mostrados através de vários marcadores individuais e sistemas antioxidantes O único estudo com etanercepte mostrou resultados muito semelhantes aos obtidos com estudo com MTX, com diminuição da pentosidina e do dano oxidativo ao DNA Os resultados da maioria dos estudos relacionados neste trabalho mostraram uma melhora no estado redox, seja pela diminuição nos marcadores de oxidação ou pelo incremento na capacidade antioxidante ou ambos Esta melhora no estado redox pode estar relacionada com o sucesso da terapêutica O segundo trabalho envolveu a participação de 177 pacientes com AR e 15 controles Foram avaliados os seguintes parâmetros laboratoriais: produtos avançados da oxidação proteica (AOPP), metabólitos do óxido nítrico (NOx), PC, Total radical trapping antioxidant parameter (TRAP), ácido úrico (AU) e proteína C reativa (PCR) Os resultados mostraram que os NOx e o índice zNOx / TRAP (diferença entre o escore z de NOx e o escore z de TRAP) foram significativamente aumentados na AR, enquanto que não foram encontradas diferenças significativas nos níveis de AOPP, AU e TRAP entre os dois grupos O tratamento com leflunomida foi associado a níveis aumentados de PC e com níveis diminuídos de TRAP e AU, enquanto o índice NOx / TRAP aumentou ainda mais Os NOx e o índice NOx / TRAP foram significativamente maiores nas mulheres do que nos homens, enquanto a TRAP e o AU foram significativamente menores nas mulheres A SM foi acompanhada por níveis aumentados de AOPP e AU A AR foi melhor predita pelo aumento do índice NOx / TRAP, PCR e índice de massa corpórea Conclusões: nossos dados demonstram que o metabolismo do NO, e não o dano oxidativo de proteínas ou de lipídios, está fortemente associado à fisiopatologia da AR Portanto, o metabolismo do NO e a óxido nítrico sintetase induzível podem se tornar novos alvos terapêuticos na AR Além disso, a presença de SM e a diminuição dos níveis de AU pela leflunomida parecem favorecer o desequilíbrio redox em pacientes com AR São necessários mais estudos para avaliar o impacto da redução da capacidade antioxidante na progressão da ARItem Estudo da resposta inflamatória em pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico agudo (AVCI) : sua relação com os subtipos de AVCI, déficit neurológico e evolução clínicaLehmann, Márcio Francisco; Reiche, Edna Maria Vissoci [Orientador]; Kaimen-Maciel, Damacio Ramón; Dichi, Isaías; Souza, Mônica Marcos de; Aguiar, Paulo Henrique Pires deResumo: O acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) é uma das principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo As vias fisiológicas do metabolismo lipídico, resposta inflamatória crônica, coagulação e hemostasia, regulação da pressão sanguínea e adesão celular têm sido implicadas na fisiopatologia do AVCI em estudos realizados em diferentes populações mundiais O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre os marcadores demográficos, epidemiológicos, inflamatórios e metabólicos com os subtipos de AVCI, déficit neurológico e evolução clínica em pacientes com AVCI agudo da população brasileira O estudo incluiu 121 pacientes com atendidos no Pronto Socorro do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina, Londrina, e 96 indivíduos saudáveis controlados por idade, sexo, etnia e índice de massa corpórea (IMC) provenientes da mesma região geográfica Foram coletados dados demográficos, antropométricos, clínicos e fatores de risco associados ao AVCI O subtipo de AVCI foi classificado segundo os critérios de TOAST em aterosclerose de grandes artérias (large artery atherosclerosis stroke, LAAS), infarto cardioembólico (cardioembolic infarct, CEI), infarto lacunar (lacunar infarct, LAC), AVCI de outra etiologia determinada (other determined etiology, ODE) e AVCI de etiologia indeterminada (undetermined etiology, UDE) A capacidade funcional dos pacientes foi avaliada no momento da admissão pela Escala de Rankin Modificada (mRS) e após três meses de evolução Amostras de sangue periférico foram coletadas em até 24 horas após o diagnóstico de AVCI para a determinação da contagem de leucócitos periféricos e plaquetas, velocidade de hemossedimentação (VHS), níveis séricos de proteína C reativa ultrassensível (usPCR), ferritina e homocisteína, níveis plasmáticos de interleucina 6 (IL-6), fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) e da metaloproteinase de matrix 9 (MMP-9) Foram analisados também níveis séricos de ferro, colesterol total (CT), triglicerídeos (TG), lipoproteína de alta densidade do colesterol (HDL-C), lipoproteína de baixa densidade do colesterol (LDL-C) e níveis plasmáticos de glicose e insulina A resistência à insulina foi avaliada pelo Modelo de Avaliação da Homesostase para Resistência à Insulina (Homeostasis Model Assessment for Insulin Resistance, HOMA-IR) Entre os pacientes, 68 (56,2%) eram homens e os riscos modificáveis mais frequentes para AVCI foram hipertensão (87/712%), sedentarismo (68/ 56,2%), dislipidemia (45/37,2%), diabetes (45/37,2%) e tabagismo (26/21,5%) Segundo os subtipos do AVCI, 35 (28,9%) pacientes apresentaram LAAS, 21 (17,3%) CEI, 39 (32,2%) LAC, 8 (6,6%) ODE e 18 (14,9%) UDE Quando os subtipos foram comparados aos controles, a frequência de homens foi maior entre os que tiveram LAAS, LAC e CEI (p<,1, p=,16 e p=,16, respectivamente); os não Caucasianos foram mais frequentes entre os que apresentaram LAAS (p=,39); hipertensão foi mais frequente entre os pacientes com LAAS, LAC e CEI (p=,95, p=,44 e p=,234, respectivamente); diabetes foi mais frequente entre os pacientes com LAAS (p=216); sedentarismo foi mais frequente entre os pacientes com LAAS, LAC e CEI (p<,1); tabagismo foi mais frequente entre os que tiveram LAAS e LAC (p=,7 e p=,4, respectivamente); uso de antihipertensivos foi mais frequente entre os que tiveram LAAS e LAC (p=,21 e p=,218, respectivamente); e o uso de anti-paquetários foi mais frequentes entre os que tiveram LAC (p=,62) Ainda comparados aos controles, os leucócitos periféricos e os níveis de usPCR, IL-6, MMP-9 e glicemia foram mais elevados nos pacientes com LAAS, LAC e CEI (p<,5) e os níveis de HDL-C e ferro foram menores nos pacientes com LAAS, LAC e CEI (p<,1); insulina, HOMA-IR e homocisteína foram mais elevados nos que tiveram LAC (p<,1) e CT foi menor nos pacientes com LAAS e CEI (p<,1 e p<,1, respectivamente) O déficit neurológico foi mais elevado nos pacientes com LAAS vs LAC [6, (4,-5,) vs 4, (3,-4,), respectivamente, p<,1]; Caucasianos foram mais frequentes entre os pacientes com LAC (p=,45) e a taxa de mortalidade foi mais elevada entre os pacientes com LAAS que naqueles com LAC (45,7% vs 2,5%, p=,391, OR 3,263 (95%CI: 1,173-9,78) Os marcadores inflamatórios avaliados não diferiram entre os subtipos de AVCI (p>,5); a insulina foi mais elevada nos pacientes com LAAS vs LAC (p<,5) e nos pacientes com LAC vs CEI (p<,5) e os níveis de CT foram menores nos pacientes com LAC vs CEI (p< ,5) O estudo demonstrou, também, que a VHS foi mais elevada nos pacientes com déficit neurológico moderado/grave (p<,5) e nos com déficit neurológicico leve (p<,5) comparados aos controles Níveis de usPCR e IL-6 foram mais elevados nos pacientes com mRS = 3 comparados aos controles (p<,1, p<,5 e p<,1, respectivamente) e comparados aos pacientes com mRS < 3 (p<,5) Os níveis de ferritina foram mais elevados nos pacientes com mRS = 3 que nos controles (p<,1); no entanto, não diferiram entre os pacientes com AVCI Verificou-se uma correlação positiva entre o déficit neurológico na admissão com leucócitos periféricos (r=2588, p=61), VHS (r=3832, p=2), usPCR (r=3777, p<1) e IL-6 (r=3332, p=11) VHS, usPCR e IL-6 também apresentaram correlação positiva com a diferença entre os escores do mRS obtidos na admissão e após três meses de seguimento (r=2758, p=3298; 2491, p=27 e r=3549, p=7, respectivamente) O deficit neurológico, leucóticos periféricos, usPCR, IL-6 e MMP-9 obtidos na admissão dos pacientes apresentaram significativa associação com o desfecho após três meses do AVCI (p<,1, p,117, p=,74, p<,1 e p=,435, respectivamente), sendo mais elevados nos pacientes que não sobreviveram comparados aos que sobreviveram Em conclusão, hipertensão, sedentarismo, aumento de leucócitos periféricos, usPCR, IL-6 e MMP-9, assim como hiperglicemia e baixos níveis de HDL-C e ferro foram associados com os subtipos LAAS, LAC e CEI de AVCI O deficit neurológico e o aumento dos niveis séricos deste marcadores inflamatórios foram associados com a mortalidade dos pacientes com AVCI Os resultados confirmam a extensa resposta inflamatória e alterações metabólicas associadas ao AVCI Estas moléculas exercem importante papel na patogênese e evolução clínica do AVCI e podem ser consideradas como marcadores do perfil inflamatório e metabólico que contribuem para o desenvolvimento e evolução clínica do AVCI Podem, também, serem utilizadas na avaliação dos pacientes na sua admissão hospitalar e, assim, identificar os que podem se beneficar com estratégias terapêuticas anti-inflamatórias que levem em consideração a magnitude destas alterações após o evento isquêmicoItem Exposição ao paracetamol durante a gestação e lactação em ratos : avaliação de possíveis efeitos maternos e na proleRigobello, Camila; Barbosa, Décio Sabbatini [Orientador]; Bacchi, André Demambre; Estanislau, Célio Roberto; Brinholi, Francis Fregonesi; Ceravolo, Graziela Scalianti; Moreira, Estefânia Gastaldello [Coorientadora]Resumo: Paracetamol (PAR) é um analgésico e antipirético empregado nas diferentes fases da gestação e lactação, uma vez que seu uso é considerado seguro pelas agências regulatórias A livre passagem pela barreira placentária e a excreção pelo leite materno permitem que esse fármaco alcance fetos/neonatos em desenvolvimento Estudos epidemiológicos populacionais descrevem que o uso pré-natal do PAR aumenta o risco para transtornos do neurodesenvolvimento, tais como, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e transtornos do espectro autista (TEA) Nos estudos populacionais, o fraco controle das variáveis não permite o estabelecimento de relações de causalidades Assim, a presente pesquisa objetivou avaliar, em ratos, os possíveis efeitos do PAR quando utilizado durante a gestação e lactação sobre o comportamento e marcadores do estresse oxidativo da prole Ratas prenhes receberam, por gavage, PAR (35 ou 35 mg/kg) ou água a partir do dia gestacional 6 até o desmame (dia pós-natal – DPN 21) A toxicidade geral foi avaliada pelo acompanhamento do peso corporal materno e da prole O comportamento da prole foi avaliado através do teste de busca pelo ninho (DPN 1), estereotipia comportamental (DPN 27), teste de três câmaras de sociabilidade e teste do campo aberto (DPN 28) A concentração de glutationa reduzida (GSH), hidroperóxidos lipídicos (LOOH), produtos avançados de oxidação proteica (AOPP) e a atividade da superóxido dismutase (SOD) foram determinadas no córtex pré-frontal, hipocampo, estriado e cerebelo dos filhotes com 22 dias Além disso, na mãe e em filhotes (DPN 22) foi determinada a atividade sérica da aspartato aminotransferase (AST) e da alanina aminotransferase (ALT), enquanto que, no fígado desses animais foram verificados os níveis de AOPP e GSH, e possíveis alterações histopatológicas A exposição ao PAR não afetou as medidas de toxicidade geral A exposição perinatal ao PAR (35 mg/kg) aumentou a intensidade de estereotipia comportamental induzida por apomorfina e a locomoção no campo aberto (35 mg/kg), ambos em machos Ainda, reduziu a atividade exploratória no teste de três câmaras de sociabilidade (35 mg/kg) em ambos os sexos O tratamento na menor dose testada diminuiu a concentração de GSH no hipocampo e a atividade de SOD no estriado Mães expostas a ambas as doses do PAR apresentaram aumento da atividade de AST na ausência de alterações nos marcadores de estresse oxidativo hepático e na análise histopatológica do fígado, bem como na atividade de ALT em soro Devido à presença de AST em outros órgãos, os resultados sugerem lesões extrahepáticas advindas da exposição ao PAR Portanto, os dados indicam potencial neurotoxicidade do desenvolvimento do PAR Hipocampo e estriado mostraram-se mais vulneráveis ao desequilíbrio redox e filhotes machos mais susceptíveis às alterações bioquímicas e comportamentais comparados às fêmeas Tais observações podem ser relevantes para estudos de transtornos do neurodesenvolvimento em humanosItem A prática, o processo de ensino e a apropriação do raciocínio clínico pelos estudantes de medicina da Universidade Estadual de Londrina : um estudo quanti-qualitativoFornaziero, Célia Cristina; Gordan, Pedro Alejandro [Orientador]; Thomson, Zuleika; Campos, João José Batista de; Ferreira Filho, Olavo Franco; Garanhani, Mara Lúcia [Coorientadora]Resumo: Um dos aspectos mais relevantes nas atuais discussões sobre estratégias de ensino, e de grande impacto na prática clínica, é a forma como os médicos elaboram o raciocínio clínico Para tanto, esta pesquisa teve como intuito compreender o processo de raciocínio clínico desenvolvido pelos estudantes do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Londrina, identificando a concepção de raciocínio clínico, a percepção da metodologia utilizada para alcançar um diagnóstico e os sentimentos que emergiram de tal processo Verificou-se a acurácia diagnóstica e o tempo empregado na resolução de casos Trata-se de uma pesquisa com abordagem quantitativa e qualitativa A amostra da população de estudo foi formada por 16 internos do 1 semestre do 6 ano de medicina, representantes dos grupos de estágio do internato O corpus da pesquisa abrangeu vídeos de resolução de dez casos clínicos relacionados a temas discutidos durante o curso e prevalentes na prática clínica (cinco casos considerados fáceis e cinco considerados difíceis, por três especialistas), a realização de entrevistas e registro de caderno de campo da pesquisadora Para a primeira etapa, os participantes da pesquisa responderam individualmente aos dez casos clínicos, apresentados em um notebook com webcam Eles foram instruídos a verbalizar todo pensamento utilizado, durante a resolução dos problemas, para o registro das falas As entrevistas foram realizadas no segundo momento, abordando a concepção e a prática do raciocínio clínico Para a análise do material coletado, foi realizada a escuta do relato oral do estudante, transcrição das falas, observação da filmagem e tabulação da metodologia empregada Os dados quantitativos foram avaliados por percentual simples e os dados descritivos por análise de discurso Foram construídas três categorias do fenômeno estudado: a prática do raciocínio clínico, seu processo de aprendizado e a apropriação deste aprendizado Quanto à prática do raciocínio clínico, os temas trabalhados foram o universo cognitivo do estudante, o contexto do paciente, a individualidade de cada caso, a confirmação dos fatos e a análise da resolução dos casos clínicos Entre as 16 resoluções de casos clínicos, tivemos 57% por raciocínio analítico e 42,5% por raciocínio não analítico Quanto ao processo de elaboração de hipóteses, o hipotético-dedutivo foi empregado por 31% dos internos e o processo indutivo foi utilizado por 69% O processo de ensino-aprendizagem tratou dos aspectos relatados pelos estudantes em relação ao aprendizado: o docente como ponto chave, a consciência sobre suas próprias responsabilidades enquanto aluno e as condições favoráveis ao aprendizado A categoria sobre a apropriação do aprendizado do raciocínio clínico abrangeu as dificuldades e os significados expressos de raciocínio clínico pelos entrevistados A análise qualitativa e quantitativa da descrição do raciocínio clínico pelos estudantes, através de som e imagem, permitiu obter dados que podem levar a melhor compreensão deste processo e podem contribuir para o desenho de futuras pesquisas sobre este assuntoItem Perfil metabólico, inflamatório, oxidativo e o efeito da ingestão de óleo de peixe e óleo de oliva em pacientes com síndrome metabólicaVenturini, Danielle; Dichi, Isaías [Orientador]; Guarnier, Flávia Alessandra; Mazzuco, Tânia Longo; Delfino, Vinicius Daher Alvares; Armani, Alessandra Lourenço Cecchini; Simão, Andréa Name Colado [Coorientadora]Resumo: A síndrome metabólica (SM), assim como a obesidade e o diabetes, é considerada atualmente uma epidemia mundial e pode ser entendida como um conjunto de fatores interligados que aumenta diretamente o risco de doenças cardiovasculares e diabetes mellitus tipo 2 Desse modo, as principais alterações observadas nessa síndrome são dislipidemia, hipertensão arterial, resistência à insulina e obesidade abdominal Alterações nos estados pró e antiinflamatório e aumento do estresse oxidativo também tem sido implicados na fisiopatologia da SM Na tentativa de elucidar os principais mecanismos envolvidos, diversos estudos têm sido desenvolvidos com o objetivo de se desvendar alvos terapêuticos para o tratamento da SM Nesse sentido, a pesquisa por alternativas nutricionais que possam contribuir com o tratamento da SM tem sido intensificada Intervenção nutricional com óleo de peixe e óleo de oliva parece reduzir os riscos cardiovasculares em pacientes com SM Os ácidos graxos poli-insaturados (PUFAs), como ácido eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA) estão presentes em grandes quantidades no óleo de peixe e estudos têm demonstrado que dietas ricas nestes PUFAs podem trazer efeitos benéficos nos achados clínicos da SM Por outro lado, o óleo de oliva é rico em ácidos graxos monoinsaturados (MUFAs) e compostos antioxidantes, principalmente compostos fenólicos, capazes de reduzir um ou mais fatores de risco CV Na presente tese de doutorado são apresentados dois artigos científicos cujos objetivos foram: 1o artigo) avaliar os componentes da SM associados aos marcadores de estresse oxidativo; 2o artigo) investigar os efeitos do uso isolado ou concomitante do óleo de oliva e óleo de peixe, nos fatores de risco cardiovascular e estresse oxidativo em pacientes com SM Concluiu-se nestes artigos que: 1o) hipertriacilglicerolemia, hiperglicemia, resistência à insulina, baixas concentrações séricas de HDL-C, inflamação e hiperuricemia estiveram associados aos marcadores de estresse oxidativo em pacientes com SM; 2o) o uso concomitante de óleo de peixe e óleo de oliva melhorou o perfil lipídico e o estresse oxidativo dos pacientes com SM e esses efeitos foram superiores aos observados com o uso isolado de 33 cada óleoItem Um novo índice para detecção do câncer de próstata (razão entre densidade do PSA e PSA livre sobre o PSA total)Moreira, Horácio Alvarenga; Almeida, Sílvio Henrique Maia de [Orientador]; Gregório, Emerson Pereira; Slongo, Luiz Edison; Alexandrino, Antônio Paulo; Barbosa, Décio Sabbatini; Rodrigues, Marco Aurélio de Freitas [Coorientador]Resumo: Introdução e objetivo: O antígeno prostático específico (PSA) é o mais importante marcador para diagnóstico de câncer de próstata (CaP), porém, em pacientes com níveis intermediários de PSA (entre 2,5 e 2, ng/ml), existe uma grande dificuldade para diferenciar casos de CaP daqueles com Hiperplasia Benigna da Próstata (HPB) Apesar do risco considerável de neoplasia, a maior parte destes pacientes, quando investigados por biópsia prostática, apresenta HPB Desta maneira, biópsias de próstata são realizadas desnecessariamente e as mesmas não são isentas de complicações como prostatite, abscesso, sepses e até óbito Introduziu-se as porcentagem do PSA livre (%PSAL) e densidade do PSA (DPSA) com o objetivo de aumentar a detecção do CaP (sensibilidade) e diminuir o número de biópsias desnecessárias (especificidade), porém, a utilização isolada destas ferramentas produzem resultados insatisfatórios Modelos matemáticos como regressão logística com múltiplas variáveis (MRLM) e redes neural artificial apresentam melhores resultados Entretanto, a complexidade destes cálculos inviabilizam a sua aplicabilidade na prática clínica diária Baseado na premissa de que quanto menor a porcentagem do PSA e quanto maior a densidade do PSA maior a probabilidade do paciente ter CaP, o objetivo do presente estudo foi avaliar se um NOVO ÍNDICE (NI), obtido pela divisão do valor da densidade do PSA pela relação PSA livre/total, é superior ao uso isolado do PSA, %PSAL, a um MRLM e a DPSA para detecção do CaP Método: Estudo de avaliação de teste diagnóstico a partir de um banco de dados de três estudos prospectivos, realizados no período de 22 a 29, no Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná, Hospital do Câncer de Londrina e em cinco clínicas privadas de Londrina-PR, envolvendo 79 homens Extraiu-se, deste banco de dados, as seguintes variáveis: idade, resultado do exame de toque retal, PSA total, PSA livre, volume da próstata, %PSAL, DPSA e resultado da biópsia de próstata (CaP ou HPB) Dos 79 homens, 466 (162 com CaP e 34 com HPB) tinham dosagem do PSA entre 2,5 e 2 mg/ml e apresentavam, simultaneamente, todas as variáveis acima mencionadas A capacidade do NI em melhorar a detecção do CaP foi avaliada por análise univariada e multivariada e através de curva ROC Resultados: O NI apresentou uma acurácia de 76,9% e esta foi superior a do PSA (57,4%), %PSAL (71,2%) e DPSA (73,5%) na discriminação entre CaP e HPB, na faixa de PSA entre 2,5 e 2 ng/ml, aumentando assim a detecção do CaP e diminuindo o número de biópsia de próstata desnecessárias O NI apresentou uma acurácia semelhante (p=,236) a de um MRLM (78,6%) Para uma sensibilidade de 95%, para detecção do CaP, a especificidade (biópsias evitadas) do PSA, %PSAL, DPSA, NI e MRLM foram respectivamente: 8,22%, 18,42%, 2,7%, 2,39% e 26,97% Conclusão: O NI proporcionou uma melhor discriminação entre CaP e HPB do que o uso isolado do PSA , %PSAL e DPSA Também apresentou uma acurácia semelhante a de um MRLM, em pacientes com níveis de PSA entre 2,5 e 2 ng/mlItem Avaliação de biomarcadores bioquímicos, genéticos e de estresse oxidativo/nitrosativo em indivíduos com doença de Parkinson em Londrina, ParanáBaltus, Thiago Hissnauer Leal; Barbosa, Décio Sabbatini [Orientador]; Oliveira, Karen Brajão de; Santos, Suhaila Mahmoud Smaili; Casagrande, Rubia; Cadoná, Francine CarlaResumo: A Doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais frequente no mundo, e é causada por uma destruição progressiva de neurônios dopaminérgicos na substância nigra pars compacta (SNpc) Isto compromete o equilíbrio e vias de outros neurotransmissores (como acetilcolina, noradrenalina e serotonina) e resulta no desenvolvimento de sintomas motores (bradicinesia, rigidez muscular, tremor em repouso e perda de estabilidade postural) e não-motores (distúrbios autonômicos, alterações do sono, depressão e demência) Nos neurônios também são observadas inclusões citoplasmáticas de agregados de a-sinucleína denominadas Corpúsculos de Lewy (CL) que, juntamente com os sintomas motores clássicos, determinam o diagnóstico patognomônico da DP Alterações genéticas foram identificadas como responsáveis por cerca de 1% dos casos, relacionadas principalmente com a produção de a-sinucleína defeituosa, disfunções mitocondriais e falhas na execução de processos autofágicos Entretanto, a causa da destruição neuronal para os demais casos ainda permanece desconhecida e indícios sugerem a ação de múltiplos fatores O estresse oxidativo/nitrosativo (EO/EN) desempenha um papel singular no desenvolvimento da doença por estar envolvido na formação de CL, no dano mitocondrial e na neuroinflamação, resultando em dano crônico a importantes biomoléculas Apesar do seu papel ser extensivamente estudado na DP, alterações genéticas de elementos que possam modular favoravelmente o EO/EN ainda não são completamente conhecidas Considerando isso, foram selecionados polimorfismos genéticos que poderiam influenciar o equilíbrio redox e a inflamação para um quadro pró-oxidativo/nitrosativo Assim, os objetivos deste trabalho foram identificar a distribuição dos genótipos dos polimorfismos -94 ATTG ins/del NFKB1 (rs28362491); c*126G>A NFKBIA (rs696); e c47C>T MnSOD (rs488) em indivíduos com DP e sujeitos livres de doença; avaliar os biomarcadores de EO/EN: hidroperóxidos lipídicos (LOOH), produtos avançados de oxidação proteica (AOPP), metabólitos do óxido nítrico (NOx), grupamentos sulfidrila (SH), atividade da paraoxonase-1 (PON-1), capacidade total antioxidante (TRAP), e os biomarcadores bioquímicos: colesterol total (CT), triglicerídeos (TG), e lipoproteínas de alta e baixa densidade (HDL e LDL, respectivamente) em todos os participantes; e avaliar possíveis associações entre os polimorfismos genéticos e os biomarcadores bioquímicos e de EO/EN 11 indivíduos foram convidados a participarem do estudo, sendo 55 na composição do grupo caso e 55 para a composição do grupo controle Todos os polimorfismos foram avaliados nos modelos genéticos codominante (AA x Aa x aa), dominante (AA x Aa + aa) e recessivo (aa x AA + Aa) A distribuição dos polimorfismos, nos três modelos genéticos foi semelhante entre os grupos No grupo caso, o genótipo del/del do polimorfismo NFkB1 foi associado a níveis elevados de LOOH no modelo dominante e níveis elevados de SH no modelo codominante No polimorfismo NFkBIA, níveis elevados de NOx foram associados ao genótipo GA no modelo codominante, e à combinação genotípica AA + GA, no modelo recessivo Não foi observada diferença na distribuição dos biomarcadores de EO/EN em relação aos genótipos/modelos avaliados no polimorfismo MnSOD Entre os grupos, níveis elevados de LOOH e reduzidos de NOx foram observados no grupo caso, reforçando o possível envolvimento do EO/EN na DP Desta forma, é possível concluir que a identificação de alterações genéticas de elementos envolvidos na inflamação e EO/EN pode representar um potencial foco na elucidação da etiologia da doençaItem Análise clínica e anatomopatológica dos feocromocitomas esporádicos em comparação com os associados à doença de von Hippel-LindauCrespigio, Jefferson; Mazzuco, Tânia Longo [Orientador]; Fornazieri, Marco Aurélio; Almeida, Sílvio Henrique Maia de; Pignatelli, Duarte; Rocha, José Claudio Casali da; Mazzu, Tânia Longo [Coorientadora]Resumo: Introdução: A doença de von Hippel-Lindau (VHL) constitui uma síndrome rara com herança autossômica dominante, caracterizada pela predisposição a múltiplos tumores decorrentes de mutações no gene VHL Pacientes classificados como VHL do tipo 2 exibem alto risco de desenvolvimento de tumores da medula da adrenal denominados feocromocitomas, os quais apresentam características clínicas e morfológicas distintas dos casos esporádicos de feocromocitomas e de casos presentes em outras síndromes genéticas Marcadores moleculares, tais como as enzimas da família glutationa S-transferase, caspases, proteína p53, bem como biomarcadores relacionados ao padrão de vascularização e à proliferação celular, têm sido relacionados a fatores prognósticos em diversas neoplasias Feocromocitomas presentes na doença de VHL são tumores raros, cujos dados histopatológicos são escassos na literatura Objetivos: Descrever as características clínicas e de biomarcadores em feocromocitomas presentes na doença de VHL em comparação aos casos esporádicos de feocromocitomas Metodologia: Foi realizado um estudo observacional descritivo e transversal incluindo casos de feocromocitomas esporádicos (n = 6) e feocromocitomas VHL (n = 3) a partir de dados clínicos e laboratoriais Foram coletadas dos prontuários médicos as seguintes informações: idade, sexo, lateralidade e maior diâmetro do tumor, presença ou ausência de sintomas e sinais adrenérgicos, excreção urinária de catecolaminas e metanefrinas Na etapa seguinte, realizou-se revisão anatomopatológica com classificação de PASS (pheochromocytoma of the adrenal gland scaled score) de cortes histológicos nos blocos de parafina dos feocromocitomas removidos cirurgicamente Foi realizado estudo experimental através da técnica imunoistoquímica utilizando os anticorpos primários para cromogranina A, caspase-3, GSTP1, Ki-67, p53, CD34 e S-1 Resultados: No momento do diagnóstico os pacientes com feocromocitomas VHL apresentaram média de idade menor (34,6 anos; IC95% 33-36) que os casos esporádicos (57,5 anos, IC95% 5-64) (p=,3) O maior diâmetro tumoral nos pacientes com VHL (2,4 cm; IC95% ,8-4,3) foi significativamente menor do que nos casos esporádicos (6,6 cm; IC95% 5,8-8,) (p=,7) Todos os pacientes apresentaram tumores unilaterais, à exceção de um paciente com doença de VHL que apresentou tumor bilateral A tríade clássica de sintomas de feocromocitoma esteve presente somente nos casos esporádicos, com todos os pacientes desse grupo exibindo valores elevados de metanefrinas urinárias Todos os feocromocitomas apresentaram critérios de PASS menor que 4 A densidade vascular, avaliada através da expressão do CD 34, foi 3,5 vezes maior nos feocromocitomas VHL em comparação aos casos esporádicos (p=,2) Os feocromocitomas presentes na síndrome VHL exibiram menor expressão das proteínas GSTP1 (p=,1) e caspase-3 (p=,2) em relação aos casos esporádicos Não houve diferenças significativas na imunoexpressão das proteínas p53, S-1 e do índice de proliferação celular (Ki-67) Conclusão: Nossos resultados demonstraram que feocromocitomas presentes em pacientes com doença de VHL apresentam aumento da vascularização com diminuição da apoptose e baixa proliferação celular, estando de acordo com dados da literatura de desregulação da via do HIF (fator induzido pela hipóxia) Houve baixa imunoexpressão de GSTP1 nos feocromocitomas VHL porém não há estudos na literatura referentes ao metabolismo xenobiótico nos casos de feocromocitomas esporádicos ou familiares sendo, portanto, um assunto a ser investigado de forma mais aprofundada A complementação do estudo anatomopatológico do feocromocitoma, incluindo a avaliação da densidade vascular com a técnica de imunoistoquímica em exame de rotina, poderá auxiliar na suspeita da doença de VHL em pacientes cujo feocromocitoma assintomático (incidentaloma) seria a primeira manifestação da doença Considerando a raridade destes tumores neuroendócrinos, estudos multicêntricos com aumento da casuística contribuirão para melhor entendimento da fisiopatologia e dos mecanismos moleculares presentes em feocromocitomas na doença de VHLItem Efetividade do tratamento antirretroviral de pessoas vivendo com HIV/AIDS nas macrorregiões Norte e Leste do estado do ParanáVogler, Ingridt Hildegard; Reiche, Edna Maria Vissoci [Orientador]; Almeida, Elaine Regina Delicato de; Dessunti, Elma Mathias; Capobiango, Jaqueline Dario; Lozovoy, Marcell Alysson BatistiResumo: Introdução: O Ministério da Saúde do Brasil estima que, aproximadamente, ,39% da população brasileira encontra-se infectada pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1) O tratamento com medicamentos antirretrovirais é gratuito, garantido por lei e viabilizado pelo Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais Este órgão desenvolveu uma logística nacional para a distribuição de medicamentos antirretrovirais e para o monitoramento laboratorial do tratamento de pacientes diagnosticados com o HIV-1 A cascata de cuidados é a ferramenta de avaliação das etapas de cuidado em HIV, sobretudo no que se refere ao diagnóstico da infecção, ao uso de terapia antirretroviral (TARV) e à supressão viral, que constituem o foco da Meta 9-9-9 proposta pela UNAIDS para o combate da epidemia Objetivo: Este trabalho teve como objetivo avaliar a efetividade do tratamento antirretroviral em indivíduos vivendo com HIV/Aids nas macrorregiões Norte e Leste do Estado do Paraná Material e Métodos: Trata-se de um estudo transversal, com coleta retrospectiva de dados sociodemográficos e dos resultados da contagem de linfócitos T CD4+ e carga viral do HIV-1 dos pacientes atendidos no período de 212 a 215 O levantamento dos dados foi realizado pelo Sistema de Controle de Exames Laboratoriais (SISCEL) que disponibiliza informações dos pacientes como sexo, idade, local de residência, grau de escolaridade e o histórico de exames laboratoriais para monitoramento da terapia antirretroviral A efetividade da TARV foi avaliada em três abordagens diferentes: a cascata de cuidados, a frequência de resposta imunológica e/ou virológica nos municípios de pequeno, médio e grande porte e a estabilização da resposta imunológica em indivíduos com supressão virológica Resultados: Foram incluídos um total de 416, 4651, 4876 e 53 pacientes vinculados no cuidado continuo do HIV-1 nos anos de 212 a 215, respectivamente, considerando flutuações anuais devido a entrada de novos casos pelo diagnóstico ou migração e a saída por óbito ou migração de pacientes para outras localidades A frequência de indivíduos retidos em cuidado mostrou uma tendência de estabilização na faixa de 81,7% a 86,9% no período Entre os indivíduos vinculados no cuidado, verificou-se um aumento progressivo no número de pacientes que faziam uso de TARV de 69,9% (212) para 78,4% (215), e na taxa de supressão viral de 5,2% (212) para 57,1% (215) Considerando apenas os indivíduos em uso de TARV, a frequência de supressão viral manteve-se estável na faixa de 66,4% a 72,8% Mulheres, individuos mais velhos e aqueles diagnosticados há mais tempo apresentaram melhores taxas de retenção no cuidado, uso de TARV e supressão viral Em pacientes em uso de TARV, a frequência das respostas imunológica, virológica e completa foi de 72,7%, 68,2% e 57,1%, respectivamente Estas mesmas frequências apresentaram níveis mais baixos entre os indivíduos vivendo em municípios de pequeno porte e foram de 69,8%, 64,6% e 53,%, respectivamente Nas cidades de pequeno porte, os pacientes apresentaram maior chance de ser do sexo feminino, de ter baixa escolaridade e de ter sido diagnosticado há seis anos ou mais, quando comparado aos municípios de grande porte Em indivíduos em uso de TARV que realizaram exames de monitoramento nos quatro anos de estudo e que foram classificados como apresentando resposta virológica sustentada, não sustentada e não-resposta, a frequência de resposta imunológica persistentemente acima de 35 células/µL foi de 94,1%, 81,8% e 71,9%, respectivamente A chance de um indivíduo que apresentou resposta virológica sustentada e contagem inicial de linfócitos T CD4+ acima de 35 células/µL manter este limiar nos próximos três anos foi 39 vezes maior quando comparado a indivíduos com contagem inicial inferior a 35 células/µL Indivíduos do sexo feminino e indivíduos adultos jovens com idade entre 15-29 anos apresentaram maior chance de pertencer aos grupos de respondedores virológicos não-sustentados e não-respondedores, quando comparado ao grupo de respondedores virológicos sustentados Conclusão: O presente estudo demonstrou um panorama do monitoramento do tratamento de pacientes com HIV-1 em parte da rede pública do Estado do Paraná no período de 212 a 215, com boas taxas de retenção em cuidados, uso de TARV e supressão viral A frequência das respostas imunológica, virológica e completa apresentou-se em níveis significativamente mais baixos entre indivíduos vivendo em municípios de pequeno porte Os resultados mostraram aumento no uso da TARV no período, mas ainda é necessário melhorar as taxas de supressão virológica Ficou comprovado que a contagem de linfócitos T CD4+ pode ser descontinuada para indivíduos com resposta imunológica superior a 35 células/µL e carga viral indetectável O reconhecimento das nossas diferenças sociodemográficas deve suscitar ferramentas para a implementação de ações que permitam corrigir os rumos em busca das metas 9-9-9 em nossa populaçãoItem Avaliação quantitativa e qualitativa dos distúrbios olfatórios em pacientes com câncer de cabeça e pescoçoSilva, José Lucas Barbosa da; Fornazieri, Marco Aurélio [Orientador]; Garcia, Ellen Cristine Duarte; Voegels, Richard Louis; Pinna, Fábio de Rezende; Godoy, Maria Dantas Costa LimaResumo: INTRODUÇÃO: O olfato é um importante sentido para a nutrição e uma boa qualidade de vida Alguns tipos de câncer podem causar distúrbios olfatórios como parte da síndrome paraneoplásica Não existem dados consistentes sobre transtornos do olfato em pacientes com malignidades de cabeça e pescoço não submetidos a nenhuma modalidade terapêutica Além disso, existem poucos estudos sobre o impacto da radioterapia e da quimioterapia na função olfatória de pacientes com câncer de cabeça e pescoço OBJETIVOS: O objetivo desse estudo consistiu em avaliar se pacientes com câncer de cabeça e pescoço, sem nenhum tratamento prévio, apresentam transtornos de olfato Procurou-se também calcular o impacto da radioterapia e da quimioterapia na função olfatória de pacientes com malignidades em cabeça e pescoço e a frequência de episódios de fantosmia e parosmia nesses indivíduos MÉTODOS: Incluíram-se pacientes com câncer de cabeça e pescoço provenientes do Hospital do Câncer de Londrina Os participantes foram divididos em dois grupos: radioterapia isolada e quimioterapia concomitante As avaliações foram realizadas antes do início da radioterapia e 1,3 e 6 meses após o seu término A função olfatória foi analisada por meio de uma escala visual analógica e do Teste de Identificação do Olfato da Universidade da Pensilvânia Um subgrupo de pacientes virgens de tratamento teve o olfato comparado com controles pareados RESULTADOS: A função olfatória de indivíduos com câncer de cabeça e pescoço foi significativamente inferior em comparação aos controles normais [UPSIT grupo câncer = 22,9 (IC 95% 2,5 – 25,4) versus UPSIT controles = 29,1 (IC 95% 26,9 – 31,3)] Mais de 9% dos pacientes com malignidades de cabeça e pescoço apresentaram distúrbio olfatório antes do tratamento A radioterapia associada a quimioterapia causou prejuízo no olfato no primeiro mês após a irradiação, sem recuperação completa até 6 meses após o término do tratamento (p < ,1) A média do teste olfatório não diferiu significativamente entre os pacientes tratados com radioterapia isolada (p = ,19) Distúrbios qualitativos do olfato ocorreram em 32,6% dos pacientes A presença dessas alterações não se correlacionou com pior desfecho olfatório CONCLUSÃO: Alterações do olfato podem ser detectadas em mais de 9% dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço quando avaliados por meio de um teste olfatório validado A radioterapia associada a quimioterapia causa prejuízo olfatório nos pacientes com malignidades de cabeça e pescoço entre 1 a 6 meses após o tratamento Aproximadamente um terço dos pacientes reportam episódios de fantosmia ou parosmia após a irradiaçãoItem Paraoxonase 1 e doenças psiquiátricasBoll, Karine Maria; Moreira, Estefânia Gastaldello [Orientador]; Bacchi, André Demambre; Barbosa, Décio Sabbatini; Estanislau, Célio Roberto; Ceravolo, Graziela ScaliantiResumo: Espécies reativas a oxigênio e nitrogênio (RONS) e marcadores imunoinflamatórios tem sido relacionados com doenças psiquiátricas como depressão, transtorno bipolar, ansiedade, transtorno obsessivo compulsivo e esquizofrenia (SCZ) A paraoxonase 1 (PON1) é uma enzima polimórfica antioxidante cuja atividade tem sido investigada em doenças que envolvem estresse oxidativo em suas fisiopatologias A atividade da PON1 pode ser mensurada utilizando diferentes substratos, que podem ou não ser influenciados por seus polimorfismos A relação entre atividade da PON1 e diversas doenças tem sido investigada utilizando diferentes terminologias, o que pode levar um leitor pouco familiarizado com a PON1 a conclusões equivocadas O objetivo deste trabalho é revisar os estudos que investigam a possível associação da PON1 com diferentes transtornos psiquiátricos e relatar os resultados utilizando uma terminologia padronizada, a fim de oferecer uma visão mais clara sobre esta análise Outro objetivo é delinear os marcadores de estresse oxidativo e nitrosativo e imunoinflamatórios em pacientes com SCZ crônica Na revisão da literatura, os estudos apontam redução da atividade da PON1 determinada com o substrato fenilacetato (arilesterase ou AREase), em pacientes com transtornos de humor (inclusive os crônicos) e nos pacientes esquizofrênicos não medicados Em SCZ crônicos polimedicados, atividade da AREase é usualmente similar aos valores do grupo controle Em relação à atividade da PON1 determinada com o substrato paraoxon (atividade POase), é difícil estabelecer conclusões porque os resultados são heterogêneos, o que pode ser parcialmente explicado pelo fato de que a atividade é influenciada pelo polimorfismo Q192R e a maioria dos autores não realiza ajuste da atividade POase pelo polimorfismo No estudo de caso-controle com SCZ crônicos, selecionaram-se 125 pacientes ambulatoriais e 118 controles saudáveis Foram quantificados hidroperóxidos lipídicos (LOOH), produtos avançados de oxidação proteica (AOPP), subprodutos de óxido nítrico (NOx), potencial antioxidante total plasmático (TRAP) e atividade da PON1/AREase Marcadores imunoinflamatórios já conhecidos por suas alterações em SCZ também foram mensurados: leptina, IL-6, receptor solúvel de TNF e quimiocinas CCL-11 e CCL-3 Não houve associações significantes entre SCZ crônica e marcadores de O&NS (AOPP, NOx, LOOH) e os antioxidantes (PON1 e TRAP) Leptina, sTNF-R, CCL-3 e CCL-11 estavam significantemente aumentados no grupo SCZ Não houve associação significante entre pró-inflamatórios e os biomarcadores de O&NS (leptina/CXCL-8 e AOPP; IL-6 e NOx; CCL-3 e LOOH; CCL-3/IL-6/NOx e TRAP) Este estudo de caso-controle sugere que há significantes correlações entre as vias inflamatórias e de estresse oxidativo e nitrosativo (O&NS) desempenhando um papel ativo na fisiopatologia da SCZ crônica Os resultados encontrados apontam que os marcadores de O&NS e a enzima PON1 (atividade AREase) não podem ser considerados biomarcadores aplicáveis para pacientes SCZ crônicos estáveis e polimedicados Em conclusão, a pesquisa e análise dos resultados envolvendo PON1 e sua relação com transtornos psiquiátricos necessita de atenção extrema para a metodologia e terminologia adotadas para verificar o "status" da PON1 e é altamente recomendado o ajuste ou correção dos resultados de acordo com os polimorfismos da população estudada Sem esta padronização e de novos e maiores estudos, não se pode avaliar a PON1 como marcador de transtornos psiquiátricosItem Comparação dos efeitos do treinamento físico em água e em solo em pacientes com DPOC : ensaio clínico aleatórioFelcar, Josiane Marques; Pitta, Fábio de Oliveira [Orientador]; Bellinetti, Laryssa Milenkovich; Hernandes, Nidia Aparecida; Almeida, Sílvio Henrique Maia de; Delfino, Vinicius Daher Alvares; Probst, Vanessa Suziane [Coorientadora]Resumo: Introdução: O treinamento físico de pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) realizado na água (hidroterapia) varia consideravelmente quanto ao tipo de exercício, carga, duração e resultados, dificultando a comparação com o treinamento tradicional em solo Objetivo: Comparar os efeitos de dois protocolos similares de seis meses de treinamento físico de alta intensidade de pacientes com DPOC: na água e no solo Métodos: Trinta e seis pacientes com DPOC estável concluíram este ensaio clínico aleatório As avaliações pré, pós-3 meses e pós-6 meses de treinamento incluíram monitorização objetiva do nível de atividade física na vida diária, função pulmonar, força muscular periférica e respiratória, composição corporal, capacidade máxima e submáxima de exercício, estado funcional, qualidade de vida, ansiedade, depressão e comorbidades O treinamento dos dois grupos foi de alta intensidade, com duração de seis meses, totalizando 6 sessões e constou de exercícios de endurance e de força com aumento progressivo de tempo e/ou carga ao longo do programa O treinamento na água foi cuidadosamente adaptado para gerar intensidades e cargas similares às do treinamento no solo Resultados: Os grupos foram semelhantes na avaliação inicial Após seis meses de treinamento os dois grupos melhoraram significativamente a força muscular inspiratória, expiratória e periférica, capacidade máxima e submáxima de exercício, qualidade de vida, estado funcional e atividade física na vida diária (P<,5 para todos) Não ocorreram melhoras significativas na função pulmonar, na composição corporal e nos níveis de ansiedade e depressão em nenhum grupo, assim como não houve nenhuma diferença na magnitude de melhora entre os dois tipos de treinamento Conclusão: O treinamento físico de alta intensidade de pacientes com DPOC realizado na água tem efeitos semelhantes aos do treinamento no solo, configurando-se como uma opção terapêutica igualmente benéfica para programas de reabilitação pulmonar dessa população