01 - Doutorado - Ciências da Saúde
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando 01 - Doutorado - Ciências da Saúde por Data de Publicação
Agora exibindo 1 - 20 de 111
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Alterações imunológicas em pacientes esquizofrênicos e esquizoafetivos e familiares biológicos(2004-11-26) Nunes, Sandra Odebrecht Vargas; Itano, Eiko Nakagawa; Watanabe, Maria Angélica Ebara; Venancio, Emerson José; Elkis, Hélio; Borelli, Sueli DonizetiObjetivos: Com o objetivo de determinar as características clínicas e imunológicas associadas à esquizofrenia e ao transtorno esquizoafetivo, o presente trabalho avaliou dados clínicos e mensurou os níveis séricos de interleucina-6 (IL-6), receptor solúvel de interleucina-2 (sIL-2R), interleucina-2 (IL-2), alfa (a) 1,2 beta e gama globulina, imunoglobulinas (Ig), anticorpos anti-hipocampo, e do sangue total foram genotipadas moléculas de HLA classe I e II, a detecção do vírus da Borna e contagem de células matadoras naturais (NK), em pacientes esquizofrênicos, esquizoafetivos, familiares biológicos e controles saudáveis. Métodos: Os critérios de exclusão foram indivíduos menores de 18 anos e maiores de 55 anos, portadores de doenças crônicas ou submetidos a tratamento que afetasse o sistema imunológico. Foram selecionados 50 pacientes esquizofrênicos e esquizoafetivos, 48 controles saudáveis, 41 familiares em primeiro grau sem transtorno mental e 48 familiares em primeiro grau com transtorno de humor. Todos os sujeitos foram submetidos à entrevista clínica estruturada para o DSM-IV, transtornos do Eixo I (SCID-I versão clínica). Os métodos utilizados para medidas imunológicas foram: ELISA e/ou quimioluminescência (interleucinas, IgE e anticorpos anti-hipocampo), eletroforese (a1, a2, gama, beta globulina e albumina), nefelometria (IgA, IgG e IgM), citometria de fluxo (NK), SSP-PCR (HLA) e RT-PCR (Doença do vírus da Borna –VDB). Resultados: A duração média da doença nos pacientes esquizofrênicos e esquizoafetivos foi de 15,341 ± 9,90 anos e a idade média de início da doença foi de 22,4 ± 7,371 anos. Não houve diferença significativa no gênero (p = 0,057), idade (p = 0,96), albumina (p = 0,64) e índice de massa corpórea (Kg/m2) (p = 0,07) entre pacientes, controles e familiares. Pacientes e familiares com e sem transtorno de humor tiveram significativamente maiores níveis séricos de IL-6 pelo método de quimioluminescência (p = 0,008) e ELISA (p = 0,003). A dosagem de a2 globulina foi significativamente maior entre pacientes do que entre controles (p = 0,002). Não houve diferença significativa em relação a sIL-2R (p = 0,1), IL-2 (p = 0,8), NK (p = 0,07), IgE (p = 0,06), IgG (p = 0,64) e IgM (p = 0,51) entre pacientes, familiares e controles. Pacientes, familiares com transtorno de humor e familiares sem transtorno mental tiveram maiores valores de auto-anticorpos dirigidos contra o hipocampo, 0,167 ± 0,077, 0,158 ± 0,058, 0,164 ± 0.092, respectivamente, do que os controles, 0,143 ± 0,037, mas não significativos (p = 0,53). A associação positiva com HLA B*15 foi encontrada significativamente maior nos pacientes, familiares com transtorno de humor e familiares sem transtorno mental (p = 0,003) do que em controles saudáveis. A associação negativa com HLA B*35 foi encontrada significativamente maior nos familiares sem transtorno mental (p = 0,03) do que nos controles saudáveis. A VDB teve significativamente maior presença nos pacientes e familiares biológicos do que nos controles (p = 0,04). Conclusão: Os resultados sugerem a existência de envolvimento imunológico ou inflamatório e mecanismos imunogenéticos em pacientes esquizofrênicos, esquizoafetivos e em familiares biológicos.Item Avaliação da capacidade de exercício por meio de testes de campo na saúde e na doença: valores de referência para o incremental shuttle walking test e reprodutibilidade do teste de caminhada de 6 minutos em doença pulmonar obstrutiva crônica(2012-08-23) Fujii, Nidia Aparecida Hernandes; Pitta, Fábio de Oliveira; Dal Corso, Simone; Teixeira, Denilson de Castro; Ferreira Filho, Olavo Franco; Mazzuco, Tânia LongoTestes de campo como o incremental shuttle walk test (ISWT) e o teste de caminhada de 6 minutos (TC6) são amplamente utilizados para avaliar a capacidade de exercício de pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Apesar da vasta literatura existente sobre esses testes, valores de referência do ISWT ainda não foram solidamente estabelecidos, e a reprodutibilidade do TC6 é inconsistente. Objetivos: investigar quais variáveis determinam o ISWT em indivíduos saudáveis, bem como estabelecer uma equação de valores de referência do ISWT; e investigar a reprodutibilidade do TC6 em pacientes com DPOC, quantificar o efeito aprendizado existente entre dois TC6 e estudar os fatores determinantes de mudanças no segundo TC6. Métodos: No primeiro estudo, 242 indivíduos saudáveis realizaram dois ISWT e tiveram avaliados peso, altura e índice de massa corpórea (IMC). No segundo estudo, 1514 pacientes com DPOC realizaram dois TC6 em dias subsequentes e foram submetidos à avaliação de composição corporal, dispneia e comorbidades (índice Charlson). Resultados: Gênero, idade e IMC foram preditores independentes dos valores de referência do ISWT (ISWTpred=1449,701–(11,735*idade)+(241,897*gênero)–(5,686*IMC); r2=0,71; p<0,0001). No segundo estudo, o coeficiente de correlação intraclasse (CCI) entre os dois TC6 foi de 0,93 (p<0,0001), embora os pacientes tenham apresentado distância percorrida significativamente maior no segundo teste (27m (IC95%: -37-107). Os fatores determinantes do aumento no segundo TC6 foram: primeiro TC6<350m, índice Charlson<2 e IMC<30 kg.m-2. Conclusões: A maior parte da variação do ISWT em indivíduos saudáveis é explicada por idade, gênero e IMC. Baseada nessas variáveis, uma equação para predição de valores de referência do ISWT foi estabelecida. Alto CCI foi observado entre os dois TC6 em pacientes com DPOC, embora um efeito aprendizado significativo tenha ocorrido. Desempenho ruim no primeiro TC6, poucas comorbidades e ausência de obesidade foram associados ao aumento da distância percorrida no segundo teste.Item Avaliação de fatores associados ao tempo para o óbito de pacientes críticos em um Hospital Universitário Público(2020-07-01) Mezzaroba, Ana Luiza; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho; Carrilho, Cláudia Maria Dantas de Maio; Cardoso, Lucienne Tibery Queiroz; Almeida, Silvio Henrique Maia de; Delfino, Vinicius Daher AlvaresIntrodução: Entre os pacientes não sobreviventes internados em unidade de terapia intensiva (UTI), uma parte apresenta mortalidade mais precoce e geralmente relacionada à gravidade do diagnóstico inicial da internação e os demais possuem evolução favorável quanto à doença inicial mas morrem mais tardiamente por complicações relacionadas à internação. A sepse destaca-se como uma das principais causadoras de disfunção de múltiplos órgãos e determinante de mortes precoces e tardias em pacientes críticos. O conhecimento dos fatores associados ao tempo para o óbito de pacientes internados em UTI possui implicações organizacionais e éticas. O reconhecimento desses fatores poderia melhorar a avaliação prognóstica dos pacientes e auxiliar no tratamento e otimização de recursos, com atuação mais agressiva e direta sobre fatores específicos mais comumente relacionados ao óbito. Objetivo: Identificar os fatores associados ao tempo para o óbito de pacientes críticos em uma UTI geral de um hospital universitário público terciário. Métodos: Estudo longitudinal retrospectivo realizado por meio da coleta de dados dos prontuários dos pacientes internados na UTI do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina (HU/UEL), entre janeiro de 2008 e dezembro de 2017. Dados gerais foram coletados de todos os pacientes inseridos no estudo até o desfecho hospitalar e também foram coletados dados da internação na UTI, como presença de doença crônica, necessidade de ventilação mecânica e de diálise, uso de drogas vasoativas e os escores Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II (APACHE II), Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) do primeiro dia de internação na UTI e Therapeutic Intervention Scoring System 28 (TISS 28). Para a análise estatística, algumas definições foram estabelecidas. Os pacientes não sobreviventes na UTI foram divididos em três grupos conforme o tempo para o óbito após admissão na UTI: precoce (até 5 dias), intermediário (6 a 28 dias) e tardio (mais de 28 dias). Foram considerados sépticos os pacientes que tinham o diagnóstico de sepse anotado na admissão na UTI. Resultados: Foram analisados dados de 6.596 pacientes. A mediana de idade dos pacientes internados foi de 60 (intervalo interquartílico-ITQ 45-73) anos, com predomínio do sexo masculino (56,9%) e a maioria proveniente da sala de emergência (56,2%). A mediana do escore SOFA foi 6 (ITQ 3-11). Os pacientes avaliados tiveram mortalidade de 32,9% na UTI e 43,3% de mortalidade hospitalar. Foi observado que quanto maior o número de disfunções orgânicas à admissão na UTI, maiores as taxas de mortalidade. Entre as disfunções orgânicas analisadas, nenhuma se destacou com maior associação com morte em comparação às outras. As maiores taxas de morte ocorreram no grupo intermediário (47,9%). O diagnóstico de sepse na admissão da UTI foi associado com maior taxa de mortalidade na UTI (48,8%) e hospitalar (61,6%). O diagnóstico de sepse não foi associado com diferença na proporção de mortes precoces ou tardias quando comparado aos outros diagnósticos. A análise multivariada identificou idade maior que 60 anos (hazard ratio-HR 1,009; intervalo de confiança-IC95% 1,005-1,013; p<0,001), sexo masculino (HR 1,192; IC95% 1,046-1,358; p=0,009), uso de ventilação mecânica na admissão na UTI (HR 1,476; IC95% 1,161-1,876; p=0,001), realização de diálise na UTI (HR 2,297; IC95% 1,966-2,684; p<0,001) e SOFA de admissão na UTI maior que 6 (HR 1,319; IC 95% 1,292-1,345; p<0,001) como fatores de risco para morte na UTI. Conclusões: Foi descrito o perfil epidemiológico dos pacientes atendidos na UTI de um hospital terciário ao longo de dez anos. A proporção de mortes intermediárias e tardias foi maior do que a morte precoce nos pacientes analisados e o diagnóstico de sepse não foi associado a mudanças nesse padrão. Entre as disfunções orgânicas analisadas, nenhuma se destacou com maior associação com morte em comparação às outras. O diagnóstico de sepse foi associado a maior mortalidade quando comparado a pacientes não sépticos.Item Avaliação da sensibilidade aos antimicrobianos e caracterização molecular de e. coli isoladas de uroculturas de mulheres atendidas em unidades básicas de saúde e pronto atendimento no município de Londrina(2021-01-29) Tano, Zuleica Naomi; Pavanelli, Wander Rogério; Kobayashi, Renata Katsuko Katayma; Carrilho, Cláudia Maria Dantas de Maio; Perugini, Márcia Regina Eches; Costa, Ivete Conchon; Vespero, Eliana CarolinaIntrodução: A infecção do trato urinário (ITU) é uma das infecções mais comuns de procura ao serviço médico, acometendo milhões de pessoas no mundo todo, sendo a Escherichia coli o principal agente responsável. A resistência aos antimicrobianos tem aumentado expressivamente nos últimos anos, e o perfil de sensibilidade varia de região para região. Os principais antimicrobianos utilizados no tratamento de primeira escolha da ITU são: sulfametoxazol-trimetropim (SMX-TMP), nitrofurantoína, a fosfomicina e as quinolonas, além das cefalosporinas de primeira geração e a amoxicilina-clavulanato como escolha para gestantes. Estudos mostram que a sensibilidade ao SMX-TPM ultrapassa 30% em vários locais do mundo, sendo substituído por alternativas nos guidelines. A presença de bactérias produtoras de betalactamase é muito estudada em ambiente hospitalar, porém sabe-se que essas bactérias alcançaram também as infecções comunitárias, como as ITUs. E. coli Sequency Type (ST)131 e ST648 são responsáveis por ITUs recorrentes e de difícil tratamento com antibióticos de primeira escolha pela alta resistência aos antimicrobianos. A resistência às quinolonas, muito utilizadas em outras infecções, como as respiratórias e abdominais, tem alcançado níveis de alarme em muitos locais, principalmente pelo uso inadequado nas ITUs não complicadas. Objetivo: Caracterizar o perfil de sensibilidade aos antimicrobianos de E. coli de uroculturas de mulheres atendidas em Unidades Básicas de Saúde e de Pronto Atendimento no município de Londrina. Caracterizar os mecanismos moleculares de resistência de isolados resistentes à ciprofloxacina, norfloxacina e ácido nalidíxico e aos ß-lactâmicos, além de conhecer os sorogrupos, ST e a classificação filogenética das amostras resistentes às quinolonas. Metodologia: Foram estudadas as uroculturas realizadas pelo Laboratório Central da Prefeitura (Centrolab) de mulheres atendidas nas Unidades Básicas de Saúde e Pronto Atendimento do município de Londrina, de junho de 2016 a maio de 2017. As culturas positivas foram selecionadas para avaliação no Laboratório do Hospital Universitário. A identificação dos isolados e os testes de sensibilidade a antimicrobianos foram processados pelo Sistema Automatizado VITEK® 2 (bioMérieux). As amostras foram sequenciadas utilizando-se o kit Nextera® XT Sample Preparation (Illumina), no equipamento MiSeq® System (Illumina), pela plataforma NextSeq (Illumina). A classificação filogenética foi executada por PCR. Resultados: No período foram realizadas 56.555 uroculturas, das quais 8.832 foram positivas para E. coli, sendo 5.377 de mulheres. Dessas amostras, 4,7% eram enterobactérias produtoras de betalactamases de espectro estendido (ESBL) e 15,5% resistentes às quinolonas. O SMX-TMP se mostrou resistente em mais de 30% das amostras em todas as faixas etárias dos pacientes. Entre os isolados resistentes às quinolonas, também a resistência à cefalotina, ampicilina e sulfametoxazol-trimetoprim foi maior que 60%. Somente a nitrofurantoína apresentou resultados superiores a 90% de sensibilidade. Nas 33 amostras selecionadas de E. coli para a realização do sequenciamento, obteve-se os seguintes resultados: o ST131”serotype”O25:H4 (n=8) e o ST648”serotype” 01:H6 (n=6) foram os mais frequentes, o gene blaCTX M15 foi o mais encontrado. As mutações nas regiões Gyr A e ParC (QRDR) e o gene aca(6´)-ib-cr na resistência à quinolona mediada por plasmídio (PMQR) foram os mecanismos mais frequentes, produzindo resistência às quinolonas. O grupo filogenético B2 foi o mais encontrado com 54,5% (n=18), seguido pelo grupo B19% (n=3); o grupo não identificado foi responsável por 12,1% (n=4) e os grupos A, C, E e F foram responsáveis por 6,1%. Entre as 33 amostras estudadas, todas tinham pelo menos um fator de virulência, sendo os mais frequentes o iss (n=24), seguido pelo pfA (n=17), gag (n=16), iha (n=12), eilA (n=11) e air (n=10). Conclusão: O SMX-TMP apresentou resistência superior a 30% e a nitrofurantoína manteve altas taxas de sensibilidade, maiores do que 90%. A maioria dos isolados apresentava mutações nas regiões gyrA e parC (QRDR) e os genes aca(6´)-ib-cr e blaCTX M15, pertenciam ao grupo filogenético B2, aos ST131 e ST648 de grande importância epidemiológica, presentes em ITU na comunidade de Londrina. A combinação de genes de resistência a quinolonas associada a genes ESBL diminui o arsenal de antimicrobianos a serem usados em infecções urinárias não complicadas, principalmente na comunidade. Demonstra, assim, a necessidade de estabelecer sistemas de monitoramento locais e nacionais da resistência antimicrobiana no Brasil para fornecer dados às diretrizes de tratamento de ITU na comunidade.Item Potencial terapêutico de formulações tópicas contendo Maresina 1 e Lipoxina A4 na inflamação e estresse oxidativo induzidos pela radiação UVB(2021-08-13) Cezar, Talita Laiane Cardozo; Casagrande, Rúbia; Martinez, Renata; Vicentini, Fabiana Testa Moura de Carvalho; Fattori, Victor; Vilela, Fernanda Maria PintoA pele é o maior órgão do corpo humano em extensão e a primeira barreira do organismo a fatores do meio externo. Entre estes, destaca-se à exposição à radiação UVB que pode causar aumento dos radicais livres, inflamação cutânea, a qual pode levar ao desenvolvimento de câncer e envelhecimento precoce. O entendimento contemporâneo da resolução da inflamação envolve a sinalização de vias pró-resolutivas com a biossíntese de mediadores lipídicos pró-resolutivos especializados (SPMs), que tem a função de limitar o processo inflamatório e promover sua resolução. Dentre eles, podemos destacar a MaR1, um SPM derivado do ácido graxo decosahexaenóíco (DHA), e a LXA4, um SPM derivado do ácido araquidônico (AA). Ambas moléculas possuem efeitos analgésico, anti-inflamatórios e antioxidade. Assim, est pesquisa teve como objetivo avaliar a eficácia terapêutica de formulações tópicas contendo MaR1 ou LXA4 (incorporadas em creme e gel creme, respectivamente) nos danos cutâneos induzidos pela radiação UVB em camundongos. Para induzir danos à pele, camundongos sem pelo da linhagem HRS/J (CEUA nº017/2015, processo CEUA n° 1447.2015.10) foram expostos a uma dose de irradiação UVB aguda de 4,14 J/cm2, e as amostras de pele dorsal foram coletadas para avaliar a resposta inflamatória e o estresse oxidativo por meio dos testes de edema de pele, atividade da mieloperoxidase (MPO), atividade/secreção de metaloproteinase-9, capacidade antioxidante global (FRAP), níveis dos antioxidantes endógenos glutationa reduzida (GSH) e catalase (CAT), produção de ânion superóxido e hidroperóxidos lipídicos e avaliação histopatológica pelas colorações de hematoxilina eosina (H & E), azul toluidina e tricrômico de masson. Os resultados in vivo evidenciaram que as formulações tópicas contendo MaR1 ou LXA4 reduziram a inflamação cutânea, diminuindo o edema de pele, o recrutamento de neutrófilos, a atividade de metaloproteinase-9, a apoptose dos queratinócitos, o espessamento da epiderme, o número de mastócidos e a degradação de fibras de colageno comparada com os grupos controles. A mesma comparação foi realizada para se determinar o efeito das formulações tópicas contendo MaR1 ou LXA4 contra o estresse oxidativo induzido pela radiação UVB e foi demonstrado que estas formulações mantiveram os níveis de redução ferrica (FRAP), de GSH e a atividade da CAT semelhantes ao grupo não irradiado, e ainda diminuíram a produção de hidroperóxidos lípidicos e de ânions superóxidos. Dessa forma, os resultados sugerem que as formulações contendo MaR1 ou LXA4 são um potente aliado na prevenção/resolução da inflamação da pele e inibição do estresse oxidativo induzido pela radiação UVB.Item Viabilidade celular, medidas digitais e características de rolagem de enxertos pré-cortados para ceratoplastia endotelial pré-Descemet pelo banco de olhos(2021-09-21) Prado, Rodrigo Bueno do; Casella, Antonio Marcelo Barbante; Fornazieri, Marco Aurélio; Verri Junior, Waldiceu; Rodrigues, Antônio Carlos Lottelli; Borghi, Sérgio Margues; Oguido, Ana Paula Miyagusko TabaObjetivo: determinar a viabilidade celular, medidas digitais, e características de rolagem de enxertos pré-cortados para ceratoplastia endotelial pré-Descemet, e investigar a percepção de observadores sobre vídeos da técnica em duas e três dimensões (3D). Desenho: estudo experimental com 49 botões corneoesclerais destinados ao descarte entre agosto de 2018 e setembro de 2020 pelo banco de olhos de Londrina. Participantes: foram incluídas 47 córneas com densidade celular endotelial (DCE) acima de 2.000 células/mm2 (céls./mm2), duas córneas foram excluídas por facectomia prévia. Intervenção: dados de idade, sexo, diabetes mellitus, DCE, tempo entre óbito e preservação (TOP), tempo total preservação (TTP) foram coletados do prontuário do banco de olhos. Foram gravadas as dissecções dos enxertos utilizando microscópio binocular (MB) ou o sistema cirurgia com cabeça erguida em 3D (CCE-3D) por conveniência. Os botões corneoesclerais foram dissecados por injeção de ar intraestromal e formação de grande bolha (GB). GB do tipo-1 e do tipo-3 foram cortadas com tesoura para ceratoplastia endotelial pré-Descemet (CEPD), e GB do tipo-2 foram esvaziadas e cortadas com trépano 8,25 mm para ceratoplastia endotelial da membrana de Descemet (CEMB) como grupo comparativo. O tempo do procedimento (TP), volume de ar injetado (VAI), e escore de rolagem (ER) foram determinados; quatro quadros selecionados do procedimento tiveram as medidas digitais obtidas no “FIJI-ImageJ”: distância branco a branco posterior (DBBP), diâmetro da GB (DGB), largura central do enxerto (LCE), LCE após coloração por azul de trypan (AT-LCE), comprimento do enxerto (CDE), área do enxerto (AE), e circularidade da margem do enxerto (CME). A correlação entre as variáveis foram analisadas por regressão linear, correlação de Pearson e o teste “t student´s”. Análise de viabilidade/citotoxicidade de enxertos representativos para CEPD foi realizada com microscópio confocal fluorescente, após tripla coloração com Hoeschst, ethidium-homodimer e Calcein AM. As imagens obtidas foram processadas no programa “FIJI-ImageJ” quanto à DCE e porcentagem de área viável (PAV). Dois vídeos editados da dissecção em duas e 3D foram apresentados para oftalmologistas observadores e foi aplicado questionário comparativo sobre visibilidade das estruturas, qualidade da imagem, profundidade de foco, e capacidade de ensino. O valor de P<0,05 foi estatisticamente significativo. Resultados: A idade média dos doadores foi 53,85 ± 14,5 anos, 18 eram homens (66,6%), DCE média foi 2.376 ± 244 cél./mm2, TOP foi 14,48 ± 8,83 horas e TTP foi 36,56 ± 25,64 dias. Foram obtidos 24 enxertos para CEPD (51%), 17 para CEMD (36,2%), e seis falhas (12,8%). TP com CCE-3D foi 12,02 ± 6,33 min e com MB foi 13,55 ± 5,05 min (P>0,05). TP para CEPD foi 12,5 ± 5,7 min e CEMD foi 4,7 ± 4,1 min (P<0,05). Enxertos para CEPD e CEMD tiveram DBBP semelhantes (P>0,05), as demais variáveis foram, significativamente, diferentes entre as duas modalidades (P<0,05). LCE e AT-LCE de enxertos para CEPD foram 2,34 ± 0,39 e 2,39 ± 0,363 (P=0,29), e para CEMD foram 1,95 ± 0,41 mm e 1,92 ± 0,40 (P>0,05) respectivamente. Não houve alteração da ER após coloração por AT, CEPD apresentou ER-2 em 12/24 (50%), CEMB apresentou ER-3 em 12/17 (70,5%). LCE teve relação inversa com ER nas duas modalidades. Houve correlação linear positiva entre LCE e idade somente nos enxertos para CEMD. Enxertos para CEPD com CCE-3D tiveram DCE viável de 2.407 céls./mm2 e DCE inviável de 37 céls./mm2, com PAV de 80,1%. O questionário apresentou resultados superiores para CCE-3D em todos os itens questionados (P<0,05). Conclusão: viabilidade celular, medidas digitais, características de rolagem de enxertos para CEPD foram relatados pela primeira vez. A LCE para CEPD tem dimensões significativamente maiores que enxertos para CEMD, e não houve alteração significativa após coloração de AT. Imagens tridimensionais obtiveram melhores resultados em questionário comparativo da dissecção do enxerto.Item Resolvina D5 protege a pele contra danos inflamatórios e oxidativos causados pela radiação UVB em camundongos sem pelo(2021-12-22) Saito, Priscila; Casagrande, Rúbia; Melo, Cristina de Paula Barros de; Camilios Neto, Doumit; Georgetti, Sandra Regina; Ceravolo, Graziela ScaliantiA pele é o maior órgão do corpo humano e a principal barreira de proteção do organismo contra agressores externos. Entre os fatores externos destaca-se a exposição à radiação UVB que é uma das principais causas de danos na pele. A exposição aguda à radiação UVB acarreta uma série de efeitos adversos na pele como edema, queimaduras solares, eritema, inflamação e imunossupressão. Além disso, a exposição crônica pode levar ao envelhecimento precoce e ao desenvolvimento do câncer de pele. Neste contexto, a utilização de mediadores lipídicos anti-inflamatórios/pró-resolução como a resolvina D5 (RvD5) para enriquecer o sistema de proteção endógeno e controlar os processos lesivos induzidos pela radiação UVB tornam-se uma alternativa promissora. As RvD5 de maneira geral inibem a produção de citocinas, o recrutamento de células pró inflamatórias e induzem o aumento de moléculas antioxidantes. No presente trabalho foram avaliados os efeitos terapêuticos e mecanismos de ação da RvD5, administrada por via intraperitoneal (ip) ou em formulação tópica, nos danos cutâneos inflamatórios e oxidativos induzidos pela radiação UVB em camundongos sem pelo. Os resultados in vivo demonstraram que os tratamentos sistêmico (ip) e tópico com RvD5 reduziram a inflamação cutânea e protegeram a pele do estresse oxidativo induzidos pela radiação UVB. A melhora no processo inflamatório foi constatada pela diminuição do edema de pele, do recrutamento de neutrófilos, da atividade/secreção da metaloproteinase-9 e da produção de diferentes citocinas induzidas pela radiação UVB. Houve a diminuição do número de queratinócitos apoptóticos, de mastócitos, do espessamento da epiderme e da degradação das fibras de colágeno. O tratamento com RvD5 também protegeu a pele do estresse oxidativo, por manter a glutationa reduzida e a atividade da catalase em níveis basais, e ainda diminuiu a produção de hidroperóxidos lipídicos e de ânions superóxidos. A RvD5 também foi capaz de aumentar a expressão de RNAm para NADPH: quinona oxidoredutase 1 (NQO1), fator nuclear [derivado eritróide-2] tipo 2 (Nrf2) e heme oxigenase 1 (OH-1). Esses resultados sugerem o uso do mediador lipídico RvD5 como estratégia promissora para controlar doenças cutâneas causadas pela exposição à radiação UVB.Item Análise dos critérios de definição de sepse em pacientes graves vítimas de queimadura corporal de um centro de tratamento de queimados(2022-03-24) Gimenez, Francielli Mary Pereira; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho; Mezzaroba, Ana Luiza; Kerbauy, Gilselena; Fornazieri, Marco Aurélio; Almeida, Silvio Henrique Maia deIntrodução: Atualmente, apesar do desenvolvimento de novos agentes antimicrobianos e dos avanços no suporte nutricional, a taxa de ocorrência de sepse continua aumentando e representa uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. Em pacientes vítimas de queimadura corporal essa situação é ainda mais grave tendo em vista que a destruição da barreira epitelial aumenta as chances do paciente em contrair infecção, sendo a mais frequente e grave complicação. Objetivo: Avaliar os novos critérios de definição de sepse em pacientes vítimas de queimaduras hospitalizados em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), caracterizá-los quanto as variáveis demográficas e clínicas, avaliar o desempenho dos escores Sequential Organ Failure Assessment (SOFA), quickSOFA (qSOFA) e critérios de Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) para identificação da sepse e como preditores de mortalidade, bem como analisar os fatores associados ao óbito. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo, conduzido em UTI de um CTQ, no período de janeiro de 2017 à janeiro de 2020. Foram coletados dados demográficos e clínicos além dos dados necessários para análise das variáveis estudadas. Para cada item do escore qSOFA foi atribuído o valor de 1 ponto de acordo com os seguintes critérios: Frequência respiratória = 22 movimentos/min; Pressão arterial sistólica = 100 mmHg e Alteração do estado de consciência. Foi considerado qSOFA positivo (+) se o escore apresentasse 2 ou 3 pontos. Os critérios da SIRS foram considerados presentes de acordo com os seguintes critérios: Temperatura > 38° C ou < 36° C; Frequência cardíaca > 90 batimentos/min; Frequência respiratória > 20 movimentos/min ou PaCO2 < 32 mmHg (< 4,3 kPa); Leucócitos > 12.000 células/mm3, ou < 4.000 células/ mm3 ou > 10% de formas jovens. Foi considerada SIRS positiva (+) se o paciente apresentasse 2 ou mais critérios. O escore SOFA basal foi considerado zero, se o paciente não apresentasse doença crônica que alterasse o valor do escore. A variação de 2 pontos do escore SOFA foi avaliada pelo escore SOFA na admissão da unidade em relação ao escore basal. A variação de 2 pontos do escore SOFA para o diagnóstico de sepse no dia da infecção foi avaliada pelo escore SOFA do primeiro dia da infecção em relação ao escore SOFA de admissão na unidade. Resultados: Foram analisados 279 pacientes. Entre esses, 182 (65,2%) receberam alta hospitalar e 97 (34,8%) foram a óbito. A média do escore Abbreviated Burn Severity Index (ABSI) foi de 6,7 (DP=2,2) e a média da Superfície Corpórea Queimada (SCQ) foi de 25,6% (DP=17,6). A média do tempo entre a queimadura e a primeira infecção foi de 4,8 dias (DP=4,0). O foco de infecção mais frequente foi pulmonar (38,4%). Quando analisadas as discordâncias com o Teste de McNemar, notou-se que na admissão, 145 pacientes apresentaram SIRS positivo, desses, 112 (44,6%) permaneceram positivo e 33 (13,1%) passaram a apresentar SIRS negativo na primeira infecção documentada. Com o qSOFA, 79 pacientes apresentam qSOFA positivo na admissão, desses, 62 (24,7%) permaneceram positivos e 17 (6,8%) passaram a apresentar qSOFA negativo na primeira infecção documentada. Para o escore SOFA, 187 pacientes apresentaram ?SOFA positivo na admissão, desses, 34 (13,5%) permaneceram positivos e 153 (61,0%) passaram a apresentar ?SOFA negativo na primeira infecção documentada. Quando comparadas as taxas de mortalidade entre os pacientes com infecção e ?SOFA negativo, 125 (65,1%) receberam alta e 67 (34,9%) foram a óbito. Já com ?SOFA positivo, 30 (50,8%) receberam alta e 29 (49,2%) foram a óbito. Idade, SCQ e SOFA admissional foram fatores independentes associados a morte no desfecho hospitalar (p < 0,001). Conclusões: Os novos critérios diagnósticos de sepse aplicando a variação do escore SOFA não apresentaram poder de discriminação em pacientes queimados. Foi identificado aumento de 2,6% no risco para morte para cada ano de aumento da idade, aumento de 3,6% para cada 1% de aumento na SCQ e de 12,7% para cada aumento na pontuação no escore SOFA.Item Fatores intraparto relacionados a traumas perineais e efeitos do uso precoce e supervisionado do Epi-No® na prevenção de lesões perineais e incontinência urinária pós-parto normal em primigestas de baixo risco(2022-04-28) Malucelli, Cíntia Spagnolo Gomes; Almeida, Sílvio Henrique Maia de; Pitta, Fábio de Oliveira; Grion, Cintia Magalhães Carvalho; Averbeck, Márcio Augusto; Riccetto, Cássio Luís Zanettini; Moreira, Eliane Cristina HilberathIntrodução: O trauma perineal é complicação obstétrica frequente no parto vaginal, ainda havendo dúvidas sobre os fatores de risco e preventivos para sua ocorrência, e sobre a realização de episiotomia seletiva. Objetivos: O primeiro objetivo foi avaliar a frequência da episiotomia e lesões perineais espontâneas e suas correlações com tempo de expulsivo, peso do bebê e escore de Apgar. O segundo objetivo foi estudar efeito do uso supervisionado do Epi-No® na prevenção de lesões perineais e incontinência urinária (IU) 6 meses após o parto em primigestas. Materiais e métodos: Para o primeiro objetivo realizou-se um estudo de coorte prospectivo, realizado no período de 2017 a 2019. A fonte de dados foi realizada por meio de pesquisa em prontuários. Coletou-se do registro da sala de parto, a identificação materna, via de parto, uso de instrumentos, grau de laceração, sutura e episiotomia, duração do segundo estágio do parto, peso do bebê e escore de Apgar do 1º e 5º minuto. Para o segundo objetivo realizou-se estudo tipo ensaio clínico não randomizado, conduzido no período de 2017 a 2019. O grupo estudo (GE) foi avaliado antes da intervenção (entre 30a e 32a semana) e 6 meses após o parto. O grupo controle (GC) foi avaliado uma única vez, no sexto mês após o parto. O GE realizou 10 sessões individuais (duas vezes por semana durante 5 semanas) supervisionadas por um fisioterapeuta a partir da 34ª semana com o aparelho Epi-No® que é um tipo de dilatador vaginal utilizado com o objetivo de favorecer o alongamento das estruturas perineais. A IU foi avaliada através da pontuação no International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form (ICIQ-SF) e a força muscular do assoalho pélvico por meio da perineometria. Resultados: No primeiro estudo foram incluídas 399 primigestas, 22,56% tiveram períneo íntegro, 38,72% laceração de primeiro grau, 23,33% de segundo grau e 0,51% de terceiro grau. A frequência de episiotomia foi de 14,87%. O tempo de expulsivo maior que 60 minutos trouxe 3,5 vezes mais chances de lesão perineal profunda. Bebês nascidos com peso acima de 3.288 gramas apresentaram maiores chances de traumas perineais com sutura. A episiotomia seletiva foi associada a menor pontuação do Apgar 1 minuto e maior tempo de período expulsivo. No segundo estudo foram analisadas 37 mulheres no GE e 32 no GC. Houve diferença entre os grupos na frequência das lesões superficiais e profundas, o GE apresentou um maior número de participantes com períneo integro ou laceração grau 1. O GC teve 9,86 maior chance de apresentar laceração perineal grau 2 ou 3, e realização de episiotomia. Enquanto o GE teve 96,7% menor chance de laceração profunda. Observou-se também que as mulheres do GE apresentaram uma mediana na pontuação do ICIQ-SF pós-parto significativamente menor do que as do GC. Observou-se uma correlação negativa estatisticamente significante, ou seja, quanto maior a força perineal, menor a pontuação no ICIQ-SF. Conclusões: No primeiro estudo observou-se que um maior peso do bebê e período expulsivo mais longo são fatores que se associam com maiores porcentagens de traumas perineais profundos e sutura. No segundo estudo, concluiu-se que o uso do dispositivo Epi-No® a partir de 34 semanas e acompanhado por um fisioterapeuta especialista foi associado a redução de lesões perineais profundas e IU 6 meses após o parto vaginalItem Efeito da mudança de modelo de triagem para admissão na unidade de terapia intensiva no desfecho de pacientes graves(2022-05-03) Larangeira, Alexandre Sanches; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho; Carrilho, Alexandre José Faria; Cardoso, Lucienne Tibery Queiroz; Mezzaroba, Ana Luiza; Estanislau, Célio RobertoIntrodução: Considerando o desequilíbrio entre a demanda e a disponibilidade de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) e profissionais com formação especializada, é necessário escolher quem será admitido. Estabelecer critérios para triar pacientes é uma forma de gerenciar os recursos e racionalizar a decisão do profissional responsável pela triagem. A base da triagem do paciente grave é o prognóstico, que pode ser avaliado por meio de escores de gravidade, de disfunções orgânicas e de quantidade de trabalho da equipe. Objetivo: Analisar o efeito da implementação de novo modelo de priorização e triagem para admissão em unidade de terapia intensiva no desfecho de pacientes graves. Métodos: Foi realizado um estudo longitudinal retrospectivo, envolvendo pacientes adultos admitidos em UTI de hospital universitário no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2017. Foram excluídos os pacientes com tempo de permanência menor que 24 horas e as readmissões na UTI durante a mesma internação hospitalar. O desfecho primário foi considerado estado vital na saída do hospital. Os escores avaliados no estudo foram o Acute Physiology and Chronic Health Evaluation (APACHE II), Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) e Therapeutic Intervention Scoring System (TISS 28). Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com o período do estudo. Foram considerados período pré mudança do modelo de triagem os anos de 2013 a 2014 (período 1). Até o final do ano 2014 o protocolo institucional para triagem e admissão em UTI era fundamentado no critério cronológico (primeiro a chegar, primeiro a receber tratamento). Os anos de 2015 a 2017 foram considerados período pós mudança do modelo de triagem (período 2). A partir do início do ano 2015 foi implantado um modelo de priorização baseado na diretriz da Society of Critical Care Medicine, que leva em consideração a gravidade e a possibilidade de recuperação do paciente. O nível de significância utilizado foi de 5% e as análises foram realizadas utilizando-se o programa SPSS Statistics for Windows versão 19. Resultados: Foram analisados 3.283 pacientes, sendo que 1.227 foram admitidos no período 1 e 2.056 no período 2. Os pacientes admitidos no período 2 do estudo eram mais velhos, com menor proporção de doenças crônicas, tinham valor médio do escore APACHE II e do escore TISS 28 maiores comparados aos pacientes do período 1. O diagnóstico de sepse foi maior no segundo período do estudo. Foi observado aumento do número de admissões ao longo do período de estudo. No período 2 os pacientes apresentaram uma tendencia a permanecer menor tempo internados na UTI e no hospital e tiveram menor mortalidade na saída da UTI e do hospital. Conclusões: A mudança do modelo de triagem, de um modelo cronológico para um modelo de priorização resultou em melhora do desempenho de uma unidade de terapia intensiva, com aumento do número de admissões, redução da taxa de mortalidade hospitalar, além de uma tendência de redução do tempo de permanência hospitalar.Item Efeitos reprodutivos e sistêmicos de desoxinivalenol e fumonisina B1 em modelo ex vivo e in vivo em ratos e suínos(2022-05-26) Gerez, Juliana Rubira; Verri Júnior, Waldiceu Aparecido; Santos, Joice Sifuentes dos; Flaiban, Karina Keller Marques da Costa; Abel, Marcia Nogueira Castaldi; Di Santis, Giovana Wingeter; Bracarense, Ana Paula Frederico Rodrigues LoureiroMicotoxinas são toxinas fúngicas, encontradas em alimentos a base de cereais no mundo todo. Desoxinivalenol (DON) e fumonisina B1 (FB1) são as mais frequentes fusariotoxinas e induzem toxicidade imune e intestinal em humanos e animais. Recentemente, uma associação entre micotoxinas e alterações na fertilidade tem sido sugerida, mas são escassos os estudos in vivo relacionados aos efeitos de micotoxinas sobre o sistema reprodutivo. Ainda, fatores relacionados ao hospedeiro como sexo e idade podem influenciar a toxicidade de DON. Apesar disso, em estudos toxicológicos envolvendo DON, a resposta dependente de sexo e idade tem sido frequentemente negligenciada. Desse modo, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade ex vivo e in vivo de duas importantes micotoxinas nos ovários de suínos (DON e/ou FB1), testículo e ovários de ratos durante o período juvenil e peripuberal (DON). Em adição, nos ratos o dimorfismo sexual foi avaliado sobre a toxicidade sistêmica de DON, com ênfase na participação do estresse oxidativo no mecanismo toxicológico de DON. Para isso, foram realizados dois experimentos. Experimento 1: Setenta e dois explantes ovarianos foram obtidos de 6 suínos e submetidos aos tratamentos controle (meio MEM), DON (10 µM), FB1 (100 µM) e DON+FB1 (10 µM e 100 µM). Avaliação histológica e imunohistoquímica foram realizadas para identificar alterações histológicas, proliferação celular e apoptose. A peroxidação lipídica e capacidade antioxidante também foram avaliadas. Experimento 2: 24 ratos Wistar juvenis com 28 dias de vida (12 fêmeas e 12 machos) foram divididos em grupo controle (n=12 – 6 fêmeas e 6 machos, dieta livre de micotoxina) e grupo DON (n=12 – 6 fêmeas e 6 machos, dieta contaminada com 10 mg de DON/kg de ração). Após 28 dias de tratamento, amostras de sangue, intestino, fígado, rim, ovário e testículo foram colhidos para análises clínica (bioquímica e hematológica), histopatológica, histoquímica, imunohistoquímica e estresse oxidativo. No experimento 1 a exposição às micotoxinas induziram um aumento de folículos degenerados com uma diminuição de folículos viáveis. Uma diminuiçao significativa na proliferação de células da granulosa foi observada em todos os tratamentos. O tratamento DON+FB1 foi responsável por um aumento no índice apoptótico de folículos em crescimento. Por outro lado, o tratamento com FB1 e combinado induziram uma diminuição na peroxidação lipídica e um aumento na resposta antioxidante. No experimento 2 a toxicidade de DON foi verificada no testículo, ovários e útero de ratos durante o período juvenil e peripuberal. Nos ovários e útero uma redução no peso dos órgãos foi acompanhada por um aumento significativo na expressão de BAX e caspase-3 e diminuição na expressão de BCL-2 na maioria dos estágios foliculares e corpo lúteo. Nos testículos a toxicidade de DON foi associada com uma redução no número de células de Sertoli e Leydig e no número de túbulos seminíferos no estágio XIV. Um aumento no número de regiões organizadoras de núcleolo em túbulos no estágio I-VI foi observada nos animais expostos a micotoxina. Efeitos relacionados ao sexo foram observados na toxicidade sistêmica de DON em ratos submetidos a uma dieta contaminada durante o periodo juvenil e peripuberal. DON induziu resposta anoréxica em machos mas não em fêmeas, enquanto somente fêmeas mostraram um aumento nos níveis de creatinina e triglicerídeos. Independentemente do sexo, os animais expostos à micotoxina apresentaram aumento no número de linfócitos e leucócitos, redução significativa nos níveis de hemoglobina, hematócrito, volume corpuscular médio, hemoglobina corpuscular média e neutrófilos. Em machos e fêmeas alimentados com DON, lesões histológicas foram observadas no intestino, fígado e rim. Finalmente, um aumento do potencial antioxidade no intestino, fígado e rim foi verificado nos animais alimentados com a dieta contaminada. No entanto, este efeito não foi capaz de prevenir o estresse oxidativo no tecido renal. Desse modo, em modelo ex vivo DON e FB1 sozinhas e em combinação modulam a resposta ao estresse oxidativo, interferindo na produção de radicais livres e afetando a capacidade reprodutiva de suínos. Em modelo in vivo a exposição juvenil e peripuberal ao DON induz a ativação de via apoptótica nos ovários e compromete a estrutura testicular de ratos alterando a dinâmica da espermatogênese. Na exposição juvenil e peripuberal a DON, a predileção de machos aos efeitos anoréxicos de DON foram confirmados e podem influenciar parâmetros bioquímicos. DON induziu alterações hematológicas e histológicas no intestino, fígado e rim em machos e fêmeas. Nos rins de animais expostos a dieta contaminada com a micotoxina, o estresse oxidativo é um importante mecanismo na toxicidade alimentar de DON.Item Avaliação comportamental e do sistema endocanabinoide em filhotes de ratos expostos ao paracetamol durante a gestação(2023-02-02) Klein, Rodrigo Moreno; Moreira, Estefânia Gastaldello; Lisboa, Sabrina Francesca de Souza; Estanislau, Célio Roberto; Kirsten, Thiago Berti; Bambini Junior, VictórioO paracetamol é um fármaco de venda livre utilizado como analgésico/antipirético por aproximadamente 40-50% das gestantes mundialmente. Embora estudos epidemiológicos venham sugerindo que a exposição uterina ao paracetamol seja um fator de risco para transtornos do neurodesenvolvimento, causalidade e modos de ação de sua possível ação neurotoxicante do desenvolvimento são incertas. Entre as hipóteses levantadas, mas ainda não testadas, estão disfunção do sistema endocanabinoide (eCB) e ativação imune-inflamatória. Desta forma, objetivamos avaliar os efeitos da exposição gestacional ao paracetamol sobre comportamento e efeitos comportamentais de um fármaco canabinoide, além de possíveis alterações sobre marcadores neuroquímicos relevantes para sinalização endocanabinoide e inflamação. Para isto, ratas prenhes receberam paracetamol (350 mg/kg) ou água por gavage, do dia gestacional 6 até o nascimento da prole. Medidas de toxicidade geral e reprodutiva incluíram peso corporal das progenitoras e dos filhotes até o desmame. Avaliamos o comportamento de filhotes com 10 (busca pelo ninho), 24 (campo aberto), 25 (estereotipia comportamental induzida pela apomorfina, enterramento das bolinhas de gude) 30 (teste das três câmaras) dias de idade 30 min após injeção do agonista canabinoide WIN 55,212-2 (0.3 mg/kg, via intraperitoneal) ou veículo. Reconhecimento do objeto novo e placa quente e comportamento social de brincar foram avaliados em filhotes com 25 ou 30 dias, respectivamente. Quantificamos as concentrações do eCB 2-araquidonoilglicerol (2-AG) e do lipídio pró-inflamatório fator ativador de plaquetas (PAF) bem como a expressão genica das principais enzimas de síntese e degradação de 2-AG, diacilglicerol lipase alfa e beta (DAGL-a e DAGL-ß) e monoacilglicerol lipase, além dos marcadores inflamatórios ciclooxigenase-2 e interleucina 1 beta em regiões encefálicas de ratos com 22 dias de idade. O protocolo de exposição não afetou as medidas de toxicidade geral. Entretanto, filhotes expostos apresentaram hiperatividade no campo aberto e maior enterramento de bolinhas de gude independentemente do sexo. Fêmeas expostas apresentaram maior estereotipia comportamental induzida por apomorfina e passaram mais tempo na área central do campo aberto. Injeção prévia de agonista canabinoide modificou a resposta comportamental no teste de busca pelo ninho, induzindo efeitos opostos em fêmeas expostas e não expostas. Além disso, aumento nas concentrações de 2-AG no córtex pré-frontal e de PAF no córtex-prefrontal, estriado e cerebelo foi observado em machos e fêmeas expostos. A exposição diminuiu a expressão gênica cerebelar de DAGL-ß, uma sintase de 2-AG. Os resultados apontam para alterações no sistema eCB e inflamação como modos de ação pelo qual o paracetamol prejudica o neurodesenvolvimento e altera o comportamento da prole em decorrência da exposição gestacional.Item Pregabalina altera a performance reprodutiva de camundongos machos e promove malformações na prole de camundongos fêmeas e ratas(2023-02-23) Mestre, Viviane de Fátima; Salles, Maria José Sparça; Dionísio, Andressa de Freitas Mendes; Venturini, Danielle; Reiche, Edna Maria Vissoci; Moreira, Estefânia GastaldelloA pregabalina é um fármaco pertencente ao grupo gabapentinoides neuromodelador com ação antiepilética e analgésica. Tem sido administrada em dor neuropática, fibromialgia, transtorno de ansiedade generalizada e como adjuvante para epilepsia. O efeito analgésico da pregabalina se dá pela sua capacidade de ligar-se à subunidade da proteína a2-d dos canais de cálcio voltagem-dependentes. Considerando a escassez de estudo sobre o tratamento de pregabalina em homens em idade fértil e mulheres gestantes, este trabalho teve como objetivo avaliar as possíveis alterações causadas pelo fármaco quando administrado em camundongos durante a espermatogênese; após exposição pré-natal na prole de camundongos fêmeas e após exposição pré-natal na prole de ratas sobre a odontogênese e osso trabecular da mandíbula. Para a análise da fertilidade masculina e malformação da prole, camundongos machos receberam diariamente via gavagem, 200 mg/kg de pregabalina por um período de 45 dias; após este período esses animais foram acasalados com fêmeas não tratadas. Para a avaliação dos parâmetros maternos e malformações na prole, camundongos prenhes foram tratadas com pregabalina (200 mg/kg), via gavagem do 5º dia ao 17º dia de prenhez. No 18º dia de prenhez as fêmeas foram submetidas a eutanásia e realizada a laparotomia para a avaliação do desenvolvimento intrauterino. Os fetos foram analisados quanto às malformações congênitas externas, viscerais e esqueléticas. Para a análise da odontogênese e do osso trabecular da mandíbula, ratas prenhes foram tratadas com pregabalina (200 mg/kg) do 5° dia de prenhez ao dia antecessor ao parto (20° dia). No pós-natal dia 30, foram selecionados aleatoriamente 8 filhotes de cada grupo para análise do primeiro molar inferior direito e do osso trabecular adjacente utilizando a microtomografia computadorizada. A administração da pregabalina em camundongos machos mostrou um aumento significativo da medida dos testículos (P = 0,009), alterações morfológicas dos espermatozoides (P < 0,0001), diminuição no escore de Johnsen (P = 0,0002), aumento das células de Leydig (P = 0,0002) e diminuição do nível da testosterona (P = 0,0152). Além disso, a análise dos parâmetros da prole mostrou diminuição significativa do peso da placenta (P = 0,0001), do peso (P = 0,0035) e comprimento dos fetos (P = 0,003), da taxa de viabilidade fetal (P = 0,0458) e aumento significativo do número de reabsorções (P = 0,003) e da perda pós-implantação (P =0,0458). As anomalias significativas observadas na prole foram alteração do tamanho dos rins (P = 0,0058), metacarpos e falanges ausentes (P < 0,0001), alteração do esterno (P < 0,0001) e vértebras torácicas supranumerárias (P = 0,003). A administração da pregabalina em camundongos fêmeas prenhes apontou aumento significativo na taxa de reabsorção (P = 0,041) e diminuição significativa do peso da placenta (P < 0,0001), do comprimento (P = 0,0249) e peso dos fetos (P = 0,0484) e da viabilidade fetal (P = 0,0038). Foi verificado que 67,5% dos fetos eram pequenos para a idade de prenhez (P < 0,0001). As malformações observadas foram ventriculomegalia fetal (P < 0,0001) e ossificação incompleta do osso supraoccipital (P < 0,0001). Quanto a análise da administração da pregabalina em ratas prenhes, houve diminuição significativa de ganho de peso materno (P = 0,0139) e de filhotes vivos (P = 0,0213). Durante o acompanhamento pós-natal, houve uma diminuição significativa do peso (F=2,67; P=0,048) e do comprimento (F=9,49; P<0,0001) da prole e atraso da erupção dos dentes incisivos (P = 0,001). A análise do primeiro molar inferior direito, utilizando a microtomografia computadorizada, mostrou diminuição significativa do esmalte (P = 0,0043). A avaliação do tecido ósseo trabeculado adjacente ao primeiro molar mostrou que a pregabalina foi capaz de aumentar significativamente o percentual de volume ósseo (P = 0,0208) e diminuir o volume (P = 0,0266) e percentual de poros abertos (P = 0,0208). Na análise histológica, nenhuma alteração na organização celular foi observada. Em conclusão, o tratamento com pregabalina produziu efeitos tóxicos sobre a função reprodutiva de camundongos machos, efeito embriotóxico na prole durante a gestação nos dois modelos animais além de potencial efeito teratogênico.Item Pregabalina altera a performance reprodutiva de camundongos machos e promove malformações na prole de camundongos fêmeas e ratas(2023-02-23) Mestre, Viviane de Fátima; Salles, Maria José Sparça; Dionísio, Andressa de Freitas Mendes; Venturini, Danielle; Reiche, Edna Maria Vissoci; Moreira, Estefânia GastaldelloA pregabalina é um fármaco pertencente ao grupo gabapentinoides neuromodelador com ação antiepilética e analgésica. Tem sido administrada em dor neuropática, fibromialgia, transtorno de ansiedade generalizada e como adjuvante para epilepsia. O efeito analgésico da pregabalina se dá pela sua capacidade de ligar-se à subunidade da proteína a2-d dos canais de cálcio voltagem-dependentes. Considerando a escassez de estudo sobre o tratamento de pregabalina em homens em idade fértil e mulheres gestantes, este trabalho teve como objetivo avaliar as possíveis alterações causadas pelo fármaco quando administrado em camundongos durante a espermatogênese; após exposição pré-natal na prole de camundongos fêmeas e após exposição pré-natal na prole de ratas sobre a odontogênese e osso trabecular da mandíbula. Para a análise da fertilidade masculina e malformação da prole, camundongos machos receberam diariamente via gavagem, 200 mg/kg de pregabalina por um período de 45 dias; após este período esses animais foram acasalados com fêmeas não tratadas. Para a avaliação dos parâmetros maternos e malformações na prole, camundongos prenhes foram tratadas com pregabalina (200 mg/kg), via gavagem do 5º dia ao 17º dia de prenhez. No 18º dia de prenhez as fêmeas foram submetidas a eutanásia e realizada a laparotomia para a avaliação do desenvolvimento intrauterino. Os fetos foram analisados quanto às malformações congênitas externas, viscerais e esqueléticas. Para a análise da odontogênese e do osso trabecular da mandíbula, ratas prenhes foram tratadas com pregabalina (200 mg/kg) do 5° dia de prenhez ao dia antecessor ao parto (20° dia). No pós-natal dia 30, foram selecionados aleatoriamente 8 filhotes de cada grupo para análise do primeiro molar inferior direito e do osso trabecular adjacente utilizando a microtomografia computadorizada. A administração da pregabalina em camundongos machos mostrou um aumento significativo da medida dos testículos (P = 0,009), alterações morfológicas dos espermatozoides (P < 0,0001), diminuição no escore de Johnsen (P = 0,0002), aumento das células de Leydig (P = 0,0002) e diminuição do nível da testosterona (P = 0,0152). Além disso, a análise dos parâmetros da prole mostrou diminuição significativa do peso da placenta (P = 0,0001), do peso (P = 0,0035) e comprimento dos fetos (P = 0,003), da taxa de viabilidade fetal (P = 0,0458) e aumento significativo do número de reabsorções (P = 0,003) e da perda pós-implantação (P =0,0458). As anomalias significativas observadas na prole foram alteração do tamanho dos rins (P = 0,0058), metacarpos e falanges ausentes (P < 0,0001), alteração do esterno (P < 0,0001) e vértebras torácicas supranumerárias (P = 0,003). A administração da pregabalina em camundongos fêmeas prenhes apontou aumento significativo na taxa de reabsorção (P = 0,041) e diminuição significativa do peso da placenta (P < 0,0001), do comprimento (P = 0,0249) e peso dos fetos (P = 0,0484) e da viabilidade fetal (P = 0,0038). Foi verificado que 67,5% dos fetos eram pequenos para a idade de prenhez (P < 0,0001). As malformações observadas foram ventriculomegalia fetal (P < 0,0001) e ossificação incompleta do osso supraoccipital (P < 0,0001). Quanto a análise da administração da pregabalina em ratas prenhes, houve diminuição significativa de ganho de peso materno (P = 0,0139) e de filhotes vivos (P = 0,0213). Durante o acompanhamento pós-natal, houve uma diminuição significativa do peso (F=2,67; P=0,048) e do comprimento (F=9,49; P<0,0001) da prole e atraso da erupção dos dentes incisivos (P = 0,001). A análise do primeiro molar inferior direito, utilizando a microtomografia computadorizada, mostrou diminuição significativa do esmalte (P = 0,0043). A avaliação do tecido ósseo trabeculado adjacente ao primeiro molar mostrou que a pregabalina foi capaz de aumentar significativamente o percentual de volume ósseo (P = 0,0208) e diminuir o volume (P = 0,0266) e percentual de poros abertos (P = 0,0208). Na análise histológica, nenhuma alteração na organização celular foi observada. Em conclusão, o tratamento com pregabalina produziu efeitos tóxicos sobre a função reprodutiva de camundongos machos, efeito embriotóxico na prole durante a gestação nos dois modelos animais além de potencial efeito teratogênico.Item Mediadores lipídicos pró-resolução em modelo de artrite crônica induzida por dióxido de titânio e em modelo agudo induzido por ânion superóxido : efeito analgésico e anti-inflamatório da resolvina d1 e resolvina d2 em camundongos(2023-02-24) Artero, Nayara Anitelli; Verri Júnior, Waldiceu Aparecido; Ferraz, Camila Rodrigues; Campos, Cassia Calixto de; Carvalho, Thacyana Teixeira de; Fattori, VictorA artrite é definida como doença crônica que pode vir a afetar as articulações. Acompanha formação de edema articular, dor, rigidez e deformidades. Diversos fatores podem induzir artrite como por exemplo o dióxido de titânio presente nas próteses articulares. Espécies reativas de oxigênio podem induzir processo inflamatório e dor através da estimulação de mediadores inflamatórios e sensibilização dos neurônios via ativação de canais iônicos, como receptor de potencial transitório vanilóide subtipo 1 (TRPV1). Os mediadores lipídicos especializados pró-resolução (MLPRs) são uma classe parcialmente definida por sua função de limitar o acúmulo de neutrófilos no tecido, regular citocinas pró-inflamatórias e estimular a fagocitose dos macrófagos. Atuam no desfecho do processo inflamatório, através de ações resolutivas, estimulando a liberação de óxido nítrico endotelial. Portanto, esse trabalho demonstrou os efeitos analgésicos e anti-inflamatórios da RvD1 e RvD2 em modelo de artrite crônica induzida por TiO2 e em modelo agudo induzido por KO2. No modelo de TiO2, os camundongos Swiss machos (n=6 por grupo), foram estimulados com injeção intra-articular de 3 mg/ articulação de TiO2 para induzir artrite crônica e 24 horas depois foram tratados com RvD1 e RvD2 (1, 3, 10ng/ animal intraperitoneal [i.p]). A RvD1 na dose de 3 ng diminuiu a hiperalgesia mecânica e térmica, edema articular induzido e o recrutamento de leucócitos para a cavidade intra-articular. O tratamento com RvD1 reduziu o desequilíbrio das patas traseiras através do static weight bearing (SWB) e não apresentou danos toxicológicos no tratamento por 30 dias. A RvD2 na dose de 10 ng, diminuiu a hiperalgesia mecânica e térmica, o edema articular, danos histológicos e a migração induzida por TiO2. Reduziu o desequilíbrio das patas traseiras através do SWB, demonstrando sua ação analgésica. Para o modelo de KO2, utilizamos camundongos tratados com 3 doses de RvD2 [1, 3, 10ng/animal, i.p] ou veículo [1% etanol em salina, i.p], 30 minutos antes do estímulo inflamatório com KO2 [30 µg/animal, intraplantar (i.pl.)]. A hiperalgesia mecânica foi determinada por versão eletrônica. A hiperalgesia térmica foi através do teste de Hargreaves e placa quente. A dor manifesta foi avaliada pelo número de contorções abdominais, sacudidas da pata (flinches) e tempo de lambida expressos ao longo de 20 e 30 minutos. A migração leucocitária foi determinada a partir da contagem das células presentes no tecido plantar dos animais 7h após o estímulo. A presença da citocina IL-1b foi avaliada por ELISA. O tratamento com RvD2 foi capaz de diminuir hiperalgesia mecânica apresentando analgesia em todos os tempos, além de diminuir a hiperalgesia térmica.Houve redução nos comportamentos de dor espontânea como número de contorcções abdominais e sacudidas de patas, redução no tempo de lambida de pata. Ademais, observamos redução na produção da citocina IL-1b e o recrutamento de leucócitos no tecido plantar induzidos pelo KO2. Portanto a RvD1 e RvD2 são abordagens terapêuticas interessantes no contexto da dor articular crônica e inflamação aguda por KO2, demonstrando potencial efeito analgésico e anti-inflamatório em ambos os modelos.Item Influência do uso precoce e controlado do epi-no® durante a gestação na dispareunia e função do assoalho pélvico 6 meses após o parto vaginal(2023-02-28) Macedo, Fabiana Rotondo Pedriali; Almeida, Sílvio Henrique Maia de; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho; Bicudo, Maria Claudia; Toledo, Luís Gustavo Morate de; Carrilho, Alexandre; Moreira, Eliane Cristina HilberathIntrodução e hipótese: A dispareunia é uma queixa predominante após o parto e as lacerações profundas e episiotomia são os principais fatores de risco. O treino muscular do assoalho pélvico e a massagem perineal são técnicas indicadas na gestação que favorecem a recuperação das funções gênito-urinárias no pós-parto. O EPI-NO® é um dispositivo criado para aumentar a elasticidade dos músculos do assoalho pélvico e prevenir episiotomias. Ainda não há consenso sobre seu uso, seu real benefício em prevenção de traumas perineais, e não há descrito o efeito do uso do EPI-NO® na queixa de dispareunia pós-parto. Esse estudo buscou primariamente verificar o efeito de um protocolo supervisionado e precoce do uso do EPI-NO® na função muscular pélvica e dispareunia após o parto. Métodos: Estudo de caso e controle, que incluiu primigestas de feto único, entre 18 e 40 anos, sem histórico de dispareunia prévia à gestação, que passaram por parto vaginal a termo atendidas na maternidade municipal de Londrina. O grupo de estudo (GE) foi submetido a 10 sessões de EPINO®, aplicadas por uma fisioterapeuta a partir da 34ª semana, e reavaliado 6 meses após o parto. O grupo controle (GC) não passou por nenhuma intervenção na gestação, foi recrutado no pós-parto imediato (primeiro filho, parto vaginal, a termo) e avaliado 6 meses após o parto. Foram excluídas gestantes de alto risco, que não compareceram a um mínimo de 6 sessões, que não compareceram para a reavaliação e que na reavaliação ainda não haviam retomado sua atividade sexual. A dispareunia foi avaliada pela escala visual analógica (EVA) e pelo escore do índice de função sexual feminina (Female Sexual Function Index FSFI). A função muscular de assoalho pélvico foi avaliada através da palpação (graduada pela escala de Oxford) e perineometria vaginal que forneceu valores médios e máximos d força muscular do assoalho pélvico (FMAP). As lesões perineais também foram comparadas entre os grupos bem como sua relação com a FMAP. Resultados: Foram incluídas para análise 69 mulheres (37 GE e 32 GC). A dispareunia foi ausente em 75,67% (28/37) do grupo de estudo comparado a 21,87% (7/32) do grupo controle (p<0,001). O escore geral do FSFI do GE apresentou melhor função sexual comparado ao GC (26,66 versus 20,99 p<0,001). O escore do domínio específico dor também apresentou diferença significativa (5,6 GE versus 3,2 GC - p<0,0001). A força máxima, média e tempo de sustentação da contração de assoalho pélvico foram também maiores significativamente no GE. O GE teve menor índice de lesões de 2º e 3º graus e episiotomia. A função muscular perineal apresentou melhor força máxima e média no grupo submetido ao EPINO® mesmo nas mulheres que sofreram lacerações perineais. Conclusão: O uso precoce do EPINO® aplicado por fisioterapeuta reduziu a frequência e intensidade de dispareunia e proporcionou melhor FMAP, mesmo nas mulheres que tiveram um grau maior de trauma perineal.Item Psicoeducação para pacientes com transtorno bipolar crônico: protocolo de intervenção digital, estratégias de enfrentamento e funções cognitivas em uma amostra de conveniência(2023-04-13) Audibert, Caroline Encinas; Nunes, Sandra Odebrecht Vargas; Gon, Marcia Cristina Caserta; Estanislau, Celio Roberto; Urbano, Mariana Ragassi; Soares, Maria Rita Zoega; Zazula, RobsonO presente estudo teve como objetivos (1) elaborar um protocolo de intervenção psicoeducacional digital para uma amostra de pacientes diagnosticados com transtorno bipolar em tratamento ambulatorial, (2) avaliar as estratégias de enfrentamento do estresse mais utilizadas pelos participantes da pesquisa frente a uma doença crônica e relacioná-las à história de maus tratos na infância e adesão à intervenção digital realizada e (3) examinar características clínicas, medidas antropométricas, desempenho cognitivo, qualidade de vida e níveis de PCR da população estudada, identificando possíveis associações entre variáveis. Foi realizada uma pesquisa intervencionista de delineamento quase experimental com 38 participantes com TB, selecionados de forma não-randomizada no Ambulatório de Psiquiatria do Ambulatório de Especialidades Clínicas do Hospital Universitário de Londrina. Os participantes foram avaliados por meio de dados sociodemográficos e clínicos, presentes em um questionário estruturado. Outras avaliações utilizadas foram medidas antropométricas, Escala de Gravidade de Depressão de Hamilton (HDRS), Escala de Gravidade de Mania de Young (YMRS), Escala de Incapacidade de Sheehan (SDS), Escala de Qualidade de Vida (WHOQoL-bref), Questionário de trauma de infância (CTQ), Inventário de Estratégias de Enfrentamento (WCQ), Teste da trilha parte B e Questionário de Déficits Percebidos para Depressão, versão de Cinco Itens (PDQ-5). O biomarcador investigado foi a proteina C–reativa ultrassensível (hs-PCR). Os resultados da pesquisa serão apresentados em três artigos: o estudo 1 descreve o protocolo de intervenção elaborado para a pesquisa. No estudo 2, que avaliou a escala de Coping, pacientes ambulatoriais com TB que aprensetaram pontuações mais altas em oito fatores das estratégias de enfrentamento, obtiveram pontuações significativamente mais baixas em qualidade de vida, menor adesão à intervenção digital, maior gravidade dos sintomas depressivos e vivenciaram mais situação de maus tratos na infância. Houve uma significativa correlação negativa entre abuso emocional infantil e negligência com o comportamento de busca de suporte social. No estudo 3, os resultados evidenciaram que elevados níveis de PCR-hs = 3 mg/L são possíveis preditores de disfunção cognitiva, assim como obesidade e circunferência da cintura elevada. Este estudo sustenta que níveis elevados de PCR e obesidade foram associados ao comprometimento cognitivo em pacientes ambulatoriais com TB, indicando o papel da inflamação no processo neurodegenerativo e comprometimento funcional no TB. Os resultados encontrados apontam para a necessidade de intervenções clínicas que considerem o déficit de estratégias de coping adaptativas, que favoreceriam um melhor curso clínico da doença, bem como os mecanismos inflamatórios envolvidos na performance cognitiva dessa população.Item Efeito do treinamento resistido sobre a função cardíaca, força muscular, composição corporal, aptidão funcional e indicadores de risco cardiovascular em mulheres idosas e suas implicações para a prevenção de insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada: ensaio clínico randomizado controlado(2023-11-29) Rodrigues, Ricardo José; Cyrino, Edilson Serpeloni; Cardoso Junior, Crivaldo Gomes; Barbosa, Décio Sabbatini; Santarém Sobrinho, José Maria; Vianna, Lauro Casqueiro; Fabro, Paolo Marcello da CunhaO envelhecimento pode acarretar modificações em diversos sistemas biológicos que favorecem o desenvolvimento de inúmeras doenças, como a insuficiência cardíaca. Além do tratamento farmacológico, a prática de exercícios físicos pode ser uma alternativa valiosa para prevenir e/ou retardar tais condições clínicas. Portanto, o propósito desta investigação foi analisar o efeito do treinamento resistido (TR) sobre a função cardíaca, força muscular, composição corporal, aptidão funcional e indicadores de risco cardiovascular em mulheres idosas. Para tanto, 82 mulheres idosas (> 60 anos) foram divididas em grupo treinamento (GT) e grupo controle (GC). Dois ensaios clínicos aleatorizados foram conduzidos, sendo que o primeiro teve duração de 24 semanas de intervenção e se limitou a analisar somente o comportamento da função cardíaca e as modificações na força muscular. No segundo experimento, a função cardíaca foi acompanhada ao longo de dois anos, conjuntamente com a composição corporal, aptidão funcional e indicadores de risco cardiovascular. O programa de TR foi realizado em três sessões semanais e incluiu oito exercícios para o corpo inteiro (três séries, 8-12 repetições, três sessões semanais em dias alternados). Exames de imagens (ecocardiografia e absortometria radiológica de dupla energia), testes de força máxima (1-RM), testes funcionais e biomarcadores de risco cardiovascular foram utilizados. No primeiro experimento uma interação grupo vs. tempo (P < 0,05) foi revelada para o volume diastólico final do ventrículo esquerdo (GT = -8,3% vs. GC = -0,6%), volume sistólico final do ventrículo esquerdo (GT = - 10,6% vs. GC = +1,1%) e índice de volume atrial esquerdo (GT = -9,1% vs. GC = +3,9%). Um efeito principal do tempo (P < 0,05) foi encontrado para o índice de massa ventricular esquerda (GT = +4,9% vs. GC = -0,6%), espessura septal (GT = +3,3% vs. GC = -1,7%), fração de ejeção (GT = +3,7% vs. GC = -0,5%), E'/E septal (GT = -4,8% vs. GC = +0,5%), tempo de desaceleração (GT = -4,1% vs. GC = + 3,9%), E septal (GT = +4,6% vs. GC = -0,6%) e E lateral (GT = +5,2% vs. GC = -1,1%). No segundo experimento uma interação grupo vs. tempo (P < 0,05) foi revelada para o índice de massa ventricular esquerda (GT = -5,5% vs. GC = +11%), espessura septal (GT = -3,8% vs. GC = +7,3%) e espessura da parede posterior (GT = -2,8% vs. GC = 13,6%), volume diastólico final do ventrículo esquerdo (GT = -9,0% vs. GC = +20,0%), volume sistólico final do ventrículo esquerdo (GT = -7,8% vs. GC = +23,3%), índice de volume atrial esquerdo (GT = -7,1% vs. GC = +28,1%), fração de ejeção (GT = -1,0% vs. GC = -4,9%), E'/E septal (GT = -11,0% vs. GC = +22,1%), E septal (GT = +14,9% vs. GC = -19,2%) e E lateral (GT = +12,7% vs. GC = -22,8%). Um efeito principal do tempo (P < 0,05) foi identificado para o tempo de desaceleração (GT = -0,9% vs. GC = +9,0%). Além disso, a prática do TR resultou em melhoria (P < 0,05) da glicemia, colesterol total, LDL-c, massa muscular e força muscular quando comparado ao GC. Nossos resultados sugerem que 24 semanas de TR provocam melhoria da função cardíaca e tais mudanças são preservadas ou até mesmo melhoradas ao longo de dois anos de intervenção, sendo acompanhadas de outros benefícios para a saúde de mulheres idosas, com destaque para melhoria da força, massa muscular e indicadores de risco cardiovascular.Item Efeitos da periodontite na gestação, desenvolvimento fetal e pós-natal em filhotes de ratas Wistar(2024-01-22) Sestario, Camila Salvador; Salles, Maria José Sparça; Reiche, Edna Maria Vissoci; Nakazato, Gerson; Zortéa Júnior, Alberto João; Cerqueira, Kelly Regina MichelettiA periodontite é uma inflamação crônica em resposta ao acúmulo e não remoção da placa bacteriana que provoca a destruição dos tecidos periodontais de suporte e tem impactos sistêmicos. Na gestação, as flutuações hormonais aumentam os efeitos inflamatórios, tornando as gestantes mais suscetíveis à periodontite. Este estudo investigou os efeitos da periodontite no desenvolvimento intrauterino e embriofetal de ratas Wistar. No primeiro estudo, a periodontite foi induzida em 15 ratas no grupo doença periodontal induzida (DPI) por meio do uso de ligadura com fio de algodão nº 40 nos primeiros molares superiores. Após 14 dias, os grupos DPI e C (grupo controle, n=15) foram acasalados com machos saudáveis. Após 20 dias, as ratas foram submetidas a eutanásia, laparotomia e histerectomia para avaliar o desenvolvimento intrauterino, incluindo o número de reabsorções, perda pós-implantação, taxa de reabsorção e viabilidade fetal. Além disso, foram examinadas as malformações congênitas ósseas e viscerais na prole. No segundo estudo, ratas prenhes foram divididas em dois grupos, o grupo C e o grupo DPI (n=12). A periodontite foi induzida nos primeiros molares superiores 14 dias antes do acasalamento. O parto ocorreu ao 21º dia de gestação, e quatro filhotes de cada ninhada foram avaliados por 30 dias para verificar o desenvolvimento físico, motor, reflexivo e a erupção dos incisivos. As alterações nos primeiros molares e no tecido ósseo alveolar foram avaliadas em animais de 30 dias usando microtomografia e análise histopatológica. Os dados paramétricos foram analisados pelo teste t de Student e os não paramétricos pelo teste de Mann-Whitney, com um nível de significância de 5%. Os resultados do primeiro estudo revelaram um aumento do número de reabsorções (p=0,0003), perdas pós-implantação (p=0,0002) e redução da viabilidade fetal (p=0,0002) nos fetos do grupo DPI quando comparados aos do grupo C. Os fetos do grupo DPI apresentaram peso (p= < 0,0001) e tamanho (p= < 0,0001) inferiores ao grupo C. O grupo DPI apresentou hematomas (7,0%) e alteração de forma e/ou ausência nos ossos do esterno (12,6%) e ausência de costelas (11,6%). No segundo estudo, não houve diferenças no ganho de peso corporal materno (p>0,05), porém o grupo DPI apresentou menor número de filhotes vivos em relação a C (p=0,03). Os filhotes do grupo DPI apresentaram diminuição de peso (p<0,0001), comprimento (p<0,0001), atraso no crescimento de pelos (p= 0,01) e erupção dos dentes incisivos (0,001). Os filhotes do grupo DPI apresentaram atraso no endireitamento postural (p=0,01) na marcha adulta (p=0,01) e na geotaxia negativa (p=0,01). Não foram observadas anomalias de desenvolvimento nos primeiros molares superiores. No entanto, grupo DPI apresentou diminuição no número de trabéculas ósseas (p=0,02) e aumento na distância entre as trabéculas (p= 0,007). Não houve correlação entre o baixo peso e o atraso nos marcadores físicos e reflexológicos, indicando independência dessas variáveis. Sua relação parece estar associada à Doença Periodontal Induzida (DPI). Os resultados indicam que o surgimento da periodontite na gravidez está ligado a reduções na viabilidade fetal, baixo peso ao nascer, e o desenvolvimento de malformações ósseas e hemorragia perinatal. A periodontite gestacional pode ter impactos importantes na saúde dos filhotes, afetando seu desenvolvimento físico, habilidades motoras, erupção dentária, e a estrutura óssea maxilar.Item Influência da ingestão proteica durante o treinamento resistido e destreinamento sobre a composição corporal, força muscular e aptidão funcional em mulheres idosas(2024-02-05) Sugihara Junior, Paulo; Cyrino, Edilson Serpeloni; Silva, Danilo Rodrigues Pereira da; Nabuco, Hellen Clair Garcez; Avelar, Michele Caroline de Costa Trindade; Deminice, RafaelO treinamento resistido (TR) e a ingestão proteica são as principais estratégias recomendadas, em particular, para a melhora da composição corporal, força muscular e aptidão funcional em idosos. Por outro lado, o destreinamento contribui para que os benefícios adquiridos com o treinamento sejam perdidos ao longo do tempo. Portanto, o objetivo do presente estudo foi analisar a associação da ingestão proteica durante o TR e o destreinamento sobre a composição corporal, força muscular e aptidão funcional em mulheres idosas. Para tanto, 128 mulheres idosas (> 60 anos), fisicamente independentes, foram selecionadas para este estudo. As participantes foram submetidas a um programa de TR composto por oito exercícios que foram executados em três séries de 8-12 ou 10-15 repetições, em uma frequência de três sessões semanais durante 24 semanas de treinamento, seguidas por 12 semanas de destreinamento. A composição corporal foi determinada por absortometria radiológica de dupla energia (DXA). Testes de uma repetição máxima (1RM) foram aplicados para análise da força máxima, ao passo que um conjunto de testes motores foram utilizados para a determinação da aptidão funcional. A ingestão proteica foi determinada a partir de recordatórios alimentares de 24 h. O TR promoveu ganhos de MIGO apendicular e MME (P < 0,001). Entretanto, nenhuma modificação significante foi encontrada para massa gorda (P = 0,089) e massa óssea (P = 0,084). Adicionalmente, o TR resultou em aumentos de força muscular no chest press, na cadeira extensora, na rosca scott e, consequentemente, na carga levantada total (P < 0,001). Uma melhoria no desempenho funcional foi encontrada na velocidade de marcha (P < 0,001), agilidade (P < 0,001), flexão de braço (P < 0,001), teste de sentar-se e levantar (P < 0,001) e no teste de caminhada de 6 min (P < 0,001). Análise de regressão linear simples não confirmou a associação da ingestão proteica habitual sobre os desfechos analisados. Nossos resultados sugerem que, independente da ingestão habitual de proteínas, 24 semanas de TR podem melhorar a composição corporal, força muscular e aptidão funcional de mulheres idosas, enquanto 12 semanas de destreinamento não parecem ser suficientes para reverter completamente as alterações induzidas pelo treinamento em mulheres idosas fisicamente independentes.