01 - Doutorado - Ciências da Saúde
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Item Efeito do treinamento resistido sobre a função cardíaca, força muscular, composição corporal, aptidão funcional e indicadores de risco cardiovascular em mulheres idosas e suas implicações para a prevenção de insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada: ensaio clínico randomizado controlado(2023-11-29) Rodrigues, Ricardo José; Cyrino, Edilson Serpeloni; Cardoso Junior, Crivaldo Gomes; Barbosa, Décio Sabbatini; Santarém Sobrinho, José Maria; Vianna, Lauro Casqueiro; Fabro, Paolo Marcello da CunhaO envelhecimento pode acarretar modificações em diversos sistemas biológicos que favorecem o desenvolvimento de inúmeras doenças, como a insuficiência cardíaca. Além do tratamento farmacológico, a prática de exercícios físicos pode ser uma alternativa valiosa para prevenir e/ou retardar tais condições clínicas. Portanto, o propósito desta investigação foi analisar o efeito do treinamento resistido (TR) sobre a função cardíaca, força muscular, composição corporal, aptidão funcional e indicadores de risco cardiovascular em mulheres idosas. Para tanto, 82 mulheres idosas (> 60 anos) foram divididas em grupo treinamento (GT) e grupo controle (GC). Dois ensaios clínicos aleatorizados foram conduzidos, sendo que o primeiro teve duração de 24 semanas de intervenção e se limitou a analisar somente o comportamento da função cardíaca e as modificações na força muscular. No segundo experimento, a função cardíaca foi acompanhada ao longo de dois anos, conjuntamente com a composição corporal, aptidão funcional e indicadores de risco cardiovascular. O programa de TR foi realizado em três sessões semanais e incluiu oito exercícios para o corpo inteiro (três séries, 8-12 repetições, três sessões semanais em dias alternados). Exames de imagens (ecocardiografia e absortometria radiológica de dupla energia), testes de força máxima (1-RM), testes funcionais e biomarcadores de risco cardiovascular foram utilizados. No primeiro experimento uma interação grupo vs. tempo (P < 0,05) foi revelada para o volume diastólico final do ventrículo esquerdo (GT = -8,3% vs. GC = -0,6%), volume sistólico final do ventrículo esquerdo (GT = - 10,6% vs. GC = +1,1%) e índice de volume atrial esquerdo (GT = -9,1% vs. GC = +3,9%). Um efeito principal do tempo (P < 0,05) foi encontrado para o índice de massa ventricular esquerda (GT = +4,9% vs. GC = -0,6%), espessura septal (GT = +3,3% vs. GC = -1,7%), fração de ejeção (GT = +3,7% vs. GC = -0,5%), E'/E septal (GT = -4,8% vs. GC = +0,5%), tempo de desaceleração (GT = -4,1% vs. GC = + 3,9%), E septal (GT = +4,6% vs. GC = -0,6%) e E lateral (GT = +5,2% vs. GC = -1,1%). No segundo experimento uma interação grupo vs. tempo (P < 0,05) foi revelada para o índice de massa ventricular esquerda (GT = -5,5% vs. GC = +11%), espessura septal (GT = -3,8% vs. GC = +7,3%) e espessura da parede posterior (GT = -2,8% vs. GC = 13,6%), volume diastólico final do ventrículo esquerdo (GT = -9,0% vs. GC = +20,0%), volume sistólico final do ventrículo esquerdo (GT = -7,8% vs. GC = +23,3%), índice de volume atrial esquerdo (GT = -7,1% vs. GC = +28,1%), fração de ejeção (GT = -1,0% vs. GC = -4,9%), E'/E septal (GT = -11,0% vs. GC = +22,1%), E septal (GT = +14,9% vs. GC = -19,2%) e E lateral (GT = +12,7% vs. GC = -22,8%). Um efeito principal do tempo (P < 0,05) foi identificado para o tempo de desaceleração (GT = -0,9% vs. GC = +9,0%). Além disso, a prática do TR resultou em melhoria (P < 0,05) da glicemia, colesterol total, LDL-c, massa muscular e força muscular quando comparado ao GC. Nossos resultados sugerem que 24 semanas de TR provocam melhoria da função cardíaca e tais mudanças são preservadas ou até mesmo melhoradas ao longo de dois anos de intervenção, sendo acompanhadas de outros benefícios para a saúde de mulheres idosas, com destaque para melhoria da força, massa muscular e indicadores de risco cardiovascular.Item Influência da ingestão proteica durante o treinamento resistido e destreinamento sobre a composição corporal, força muscular e aptidão funcional em mulheres idosas(2024-02-05) Sugihara Junior, Paulo; Cyrino, Edilson Serpeloni; Silva, Danilo Rodrigues Pereira da; Nabuco, Hellen Clair Garcez; Avelar, Michele Caroline de Costa Trindade; Deminice, RafaelO treinamento resistido (TR) e a ingestão proteica são as principais estratégias recomendadas, em particular, para a melhora da composição corporal, força muscular e aptidão funcional em idosos. Por outro lado, o destreinamento contribui para que os benefícios adquiridos com o treinamento sejam perdidos ao longo do tempo. Portanto, o objetivo do presente estudo foi analisar a associação da ingestão proteica durante o TR e o destreinamento sobre a composição corporal, força muscular e aptidão funcional em mulheres idosas. Para tanto, 128 mulheres idosas (> 60 anos), fisicamente independentes, foram selecionadas para este estudo. As participantes foram submetidas a um programa de TR composto por oito exercícios que foram executados em três séries de 8-12 ou 10-15 repetições, em uma frequência de três sessões semanais durante 24 semanas de treinamento, seguidas por 12 semanas de destreinamento. A composição corporal foi determinada por absortometria radiológica de dupla energia (DXA). Testes de uma repetição máxima (1RM) foram aplicados para análise da força máxima, ao passo que um conjunto de testes motores foram utilizados para a determinação da aptidão funcional. A ingestão proteica foi determinada a partir de recordatórios alimentares de 24 h. O TR promoveu ganhos de MIGO apendicular e MME (P < 0,001). Entretanto, nenhuma modificação significante foi encontrada para massa gorda (P = 0,089) e massa óssea (P = 0,084). Adicionalmente, o TR resultou em aumentos de força muscular no chest press, na cadeira extensora, na rosca scott e, consequentemente, na carga levantada total (P < 0,001). Uma melhoria no desempenho funcional foi encontrada na velocidade de marcha (P < 0,001), agilidade (P < 0,001), flexão de braço (P < 0,001), teste de sentar-se e levantar (P < 0,001) e no teste de caminhada de 6 min (P < 0,001). Análise de regressão linear simples não confirmou a associação da ingestão proteica habitual sobre os desfechos analisados. Nossos resultados sugerem que, independente da ingestão habitual de proteínas, 24 semanas de TR podem melhorar a composição corporal, força muscular e aptidão funcional de mulheres idosas, enquanto 12 semanas de destreinamento não parecem ser suficientes para reverter completamente as alterações induzidas pelo treinamento em mulheres idosas fisicamente independentes.Item Associação da poluição aérea com o desempenho de identificação olfatória de moradores de São Paulo: um estudo transversal(2024-03-21) Scussiatto, Henrique Ochoa; Fornazieri, Marco Aurélio; Pinto, Jayant M.; Bhayani, Mihir K.; Zaninelli, Tiago Henrique; Hohmann, Miriam Sayuri NagashimaObjetivo: A exposição a material particulado de 10 µm ou menos de diâmetro (MP10) tem sido implicada em doenças pulmonares e cardiovasculares. No entanto, o efeito do MP10 no olfato não foi bem estabelecido. Estimamos os níveis individuais de exposição aguda e crônica ao MP10 em uma grande coorte brasileira e os relacionamos à capacidade de identificar odores. Métodos: Adultos paulistas (n=1.358) foram recrutados em áreas com diferentes níveis de poluição atmosférica. Para verificar a exposição individual à poluição atmosférica, as médias de 30, 60, 90, 180 e 364 dias de MP10 foram interpoladas para os CEPs dos sujeitos por meio do método de krigagem. O desempenho da identificação olfativa foi testado usando o Teste de Identificação de Olfato da Universidade da Pensilvânia (UPSIT®). Regressões lineares múltiplas foram utilizadas para calcular o efeito da poluição do ar no desempenho da identificação olfativa, controlando variáveis demográficas e outras variáveis que afetam o sentido do olfato. Resultados: As exposições agudas ao MP10 foram relacionadas a piores pontuações UPSIT®, incluindo 30- (ß = -0,94, intervalo de confiança [IC] de 95% -0,98, -0,89), 60- (ß = -1,09, IC 95% = - 1,13, -1,04) e intervalos de 90 dias (ß = -1,06, IC 95% -1,10, -1,02) (referência para ß: aumento de 1 µm/m3 na exposição a MP10 por ponto de diminuição na pontuação UPSIT®). Exposições crônicas também foram associadas a pior olfato nos intervalos de 180 dias (ß = -1,06, IC 95% -1,10, -1,03) e 364 dias (ß = -0,87, IC 95% -0,90, -0,84). Assim como em trabalhos anteriores, homens, idosos, pessoas de baixa renda e baixa escolaridade demonstraram pior desempenho olfativo. Conclusão: A exposição aguda e crônica ao MP10 está fortemente associada ao desempenho de identificação olfativa em adultos brasileiros. Compreender os mecanismos subjacentes a estas relações poderia ajudar a melhorar a função quimiossensorial com um grande impacto na saúde públicaItem Acurácia do potencial evocado auditivo de média e longa latência em identificar alterações de processamento auditivo central em adultos(2024-03-12) Pelaquim, Andressa; Fornazieri, Marco Aurélio; Gil, Daniela; Didoné, Dayane Domeneghini; Moreira, Estefânia Gastaldello; Silva, Danilo Rodrigues Pereira da; Sanfins, Milaine DominiciINTRODUÇÃO: O processamento auditivo central se refere à eficiência e à efetividade com que o Sistema Nervoso Auditivo Central utiliza a informação auditiva. O potencial evocado auditivo de média e longa latência são exames eletrofisiológicos objetivos, utilizados para complementar a avaliação comportamental do processamento auditivo central. No entanto, não há estudos que investigaram se esses potenciais são realmente acurados para identificar alterações no processamento auditivo central, em uma amostra sem outras patologias associadas. OBJETIVO: Mensurar a acurácia do Potencial Evocado Auditivo de Média e Longa Latência em identificar adultos com alterações no processamento auditivo central. MÉTODO: Estudo transversal. Setenta e três indivíduos foram divididos em grupo controle com processamento auditivo central normal e grupo estudo com processamento auditivo central alterado. Os participantes realizaram à avaliação audiológica básica, eletrofisiológica e avaliação comportamental do processamento auditivo central. A normalidade dos dados foi verificar pelo teste de Shapiro – Wilk e os dados paramétricos foram analisados pelo teste t de Student. Os dados não paramétricos foram verificados com o teste de Mann – Whitney. Foram utilizados testes diagnósticos e a chance de alteração na avaliação comportamental do processamento auditivo central foi verificada pela regressão logística e pelo teste Exato de Fisher. RESULTADOS: Os potenciais evocados auditivos de média e longa latência apresentaram baixa sensibilidade e acurácia. O potencial evocado auditivo de longa latência apresentou resultados significantes (p < 0,01 e OR = 6,3; IC 95%: 2-19,6), bem como os seus subcomponentes P1-N1-P2 (p = 0,010 e OR 6,76 (IC: 1,4 – 32,5) e N2-P300 (p=0,039 e OR =3,60; IC95% = 1,16 – 11,2). Ao analisar os resultados dos potenciais evocados auditivos frente os resultados obtidos em habilidade auditiva, não foi identificada associação. CONCLUSÕES: Os potenciais evocados auditivos de média e longa latência apresentaram baixa acurácia para identificar alterações de processamento auditivo central em adultos, com limiares auditivos normais e sem comorbidades associadas. Dessa forma, esses potenciais não devem ser utilizados para o rastreamento e nem como método isolado para definição de diagnóstico de transtorno do processamento auditivoItem Experiências adversas na infância e sua relação com sintomas depressivos e ansiosos, qualidade de vida e obesidade em adolescentes e jovens(2024-03-11) Moriya, Renato Mikio; Nunes, Sandra Odebrecht Vargas; Machado, Regina Célia Bueno; Araújo, Eduardo José de Almeida; Silva, José Luciano Tavares da; Oliveira, Carlos Eduardo Coral de; Reiche, Edna Maria VissociIntrodução: Múltiplos tipos de experiências adversas na infância (EAI), incluindo os abusos físico, sexual e psicológico, as negligências física e emocional (maus-tratos) e as experiências familiares adversas (AFE) são considerados fatores de risco para uma pobre qualidade de vida e piores desfechos em saúde física e mental de adolescentes e jovens. As intervenções digitais mostraram-se eficazes para reduzirem os sintomas depressivos e no manejo de peso em adolescentes com sobrepeso ou obesidade. Objetivos: Avaliar as EAI e suas relações com a gravidade dos sintomas depressivos e ansiosos, obesidade e qualidade de vida em adolescentes e jovens; avaliar intervenções com tecnologia digital como ferramenta para redução de peso em adolescentes com sobrepeso ou obesidade. Materiais e Métodos: Inicialmente, foram inseridos 62 adolescentes e jovens atendidos nas Clínicas Neuropsiquiátrica Palhano e dei Bambini, de Londrina, Paraná, Brasil. Os participantes foram avaliados pelas seguintes escalas e pelos questionários: Escala de Avaliação para Depressão de Hamilton 17 itens (HDRS17), Escala de Avaliação para Ansiedade de Hamilton (HAM-A), Avaliação de Qualidade de Vida da OMS (WHOQOL-BREF), Escala de Estresse Percebido-10 ítens, Escala de perda de controle da alimentação, Escala de incapacidade de Sheehan (SDS), Questionário sobre Experiências Adversas na Infância (ACE) e Questionário Global de Atividade Física. Também, foram avaliadas as medidas antropométricas, como índice de massa corpórea (IMC) e circunferência abdominal. Posteriormente, foram avaliados 153 pacientes atendidos na Clínica Neuropsiquiátrica, divididos em dois grupos: < 4 EAI e = 4 EAI. Paralelamente, foram realizadas duas revisões sistemáticas, para verificar a associação das EAI com obesidade/sobrepeso; e se as intervenções com tecnologia digital reduziam o peso em adolescentes com sobrepeso/obesidade. Resultados: Os resultados foram apresentados e discutidos em dois artigos originais e duas revisões sistemáticas. No primeiro artigo, os participantes que vivenciaram = 4 tipos de EAI apresentaram mais transtorno depressivo maior, pontuações mais altas na Escala de Estresse Percebido e menor qualidade de vida do que aqueles com < 4 tipos de EAI. Pontuações mais altas na Escala de Estresse Percebido e pontuações mais baixas no WHOQOL-BREF foram associadas a prevalência de sintomas depressivos e ansiosos mais graves. No segundo artigo, verificou-se que, após 24 semanas de intervenção com tecnologias digitais, houve melhora na prática de atividade física em ambos os grupos; diminuiu a gravidade dos sintomas depressivos no grupo com < 4 EAI e diminuição do comprometimento funcional no grupo com = 4 EAI. Pontuações mais altas no HAM-A e na escala de HDRS17 > 7 e falta de atividades físicas foram associadas a maiores escores de EAI. No terceiro artigo, foram incluídos 28 estudos com um total de 327.437 participantes. Adolescentes que relataram = 4 EAI, principalmente os abusos sexual e físico e negligência estiveram mais associados ao sobrepeso ou obesidade. No quarto artigo, foram incluídos oito estudos com 823 adolescentes. Os resultados mostraram que as intervenções digitais foram associadas ao IMC, mas não ao escore-z de IMC. Conclusão: Os achados contribuíram para compreensão da associação de EAI e desfechos clínicos em adolescentes e jovens, como baixa qualidade de vida e maior gravidade de sintomas depressivos e ansiosos. O emprego da intervenção digital psicoeducativa contribuiu para redução da gravidade dos sintomas depressivos em indivíduos com < 4 EAI. A revisão sistemática sobre associação entre diferentes eventos de EAI e sobrepeso ou obesidade na adolescência, mostrou evidências de que exposição a maus-tratos do tipo abusos físico e sexual e negligência e a múltiplos tipos de EAI, foram associadas a sobrepeso/obesidade. Em relação à revisão sistemática sobre o emprego de intervenções digitais direcionadas para adolescentes com sobrepeso/obesidade, concluiu-se que esta estratégia foi eficaz para a redução do IMC (mas não do escore z do IMC)Item Avaliação de disfunção cognitiva, trauma na infância, inflamação e metabolismo em transtornos do humor(2024-03-07) Congio, Ana Carolina de Souza; Nunes, Sandra Odebrecht Vargas; Verri Junior, Waldiceu Aparecido; Fornazieri, Marco Aurelio; Soares, Maria Rita Zoéga; Oliveira, Carlos Eduardo Coral de; Urbano, Mariana RagassiIntrodução: Os transtornos do humor, representados primordialmente por transtorno depressivo maior (TDM) e transtorno bipolar (TB), constituem transtornos prevalentes e com grande risco de cronicidade e incapacidade progressiva, contribuindo substancialmente para a sobrecarga de doenças no mundo e o total de anos vividos com incapacidade. A disfunção cognitiva é considerada característica central no TDM e marcador traço no TB, podendo persistir mesmo em períodos de eutimia. A presença de trauma na infância é associada a características de pior prognóstico nos transtornos do humor, como maior recorrência de episódios, persistência de sintomas subclínicos, resistência ao tratamento e prejuízo cognitivo. A história de adversidades de vida precoce também é relacionada a alterações inflamatórias e metabólicas em indivíduos com transtorno do humor. Objetivos: O primeiro estudo teve como objetivo examinar a associação entre disfunção cognitiva, história de trauma na infância, biomarcadores inflamatórios e metabólicos, funcionamento e qualidade de vida em pacientes com TDM (n = 27), pacientes com TB (n = 42) e indivíduos sem transtornos do humor (n = 40), assim como comparar tal associação entre os três grupos. No segundo estudo, foi investigada as semelhanças e diferenças da associação entre trauma na infância, qualidade de vida, funcionamento e biomarcadores inflamatórios e metabólicos em pacientes com TB em fase depressiva (n = 58), pacientes com TB em fase de remissão de sintomas (n = 28) e em indivíduos sem transtornos do humor (n = 81). Métodos: Os sujeitos do estudo foram avaliados por entrevista clínica estruturada com questionário e as seguintes escalas: Escala de Avaliação da Depressão de Hamilton de 17 itens (HDRS17), Escala de Avaliação de Ansiedade de Hamilton (HAM-A), Questionário de Trauma na Infância (CTQ), Escala Internacional de Atividade Física (IPAC), forma curta, Escala de Incapacidade de Sheehan (SDS) e Escala Qualidade de Vida da Organização Mundial de Saúde, versão abreviada (WHOQOL-BREF). A performance cognitiva foi avaliada por Teste da Trilha partes A (TMT-A) e B (TMT-B), Teste de Stroop e Testes de Fluência Verbal (VF) fonêmica e semântica. Foi calculado o índice de massa corporal (IMC) e dosados biomarcadores inflamatórios e metabólicos como, interleucina 17 (IL-17), interleucina 1 beta (IL-1?), proteína C reativa de alta sensibilidade (hs-PCR), leptina e perfil lipídico. A remissão dos sintomas de humor foi definida por pontuações menor ou igual a 7 na HDRS17 e menor ou igual a 12 na YMRS. Resultados: Pacientes com TB foram menos ativos fisicamente no domínio lazer quando comparado aos controles. Nível de hs-PCR = 5 mg/L foi significativamente associado a história de abuso sexual e abuso físico na infância e com pior performance cognitiva nos grupos de pacientes com transtorno do humor, principalmente no grupo de indivíduos com TB. Foi constatada correlação negativa significativa entre a pontuação TMT-B e a pontuação total do WHOQOL-BREF. O grupo de pacientes com TB em episódio depressivo apresentou maior IMC e níveis mais elevados de IL-17, leptina e triglicerídeos, além de mais história de trauma na infância quando comparado ao grupo controle. O grupo com TB em fase depressiva também apresentou maior incapacidade funcional e menor qualidade de vida quando comparado com o grupo de pacientes com TB em fase de remissão e com os controles. Verificou-se ainda, no grupo em fase depressiva, correlação positiva entre abuso sexual na infância e IMC, entre o abuso sexual na infância e níveis de PCR e entre abuso sexual na infância e circunferência abdominal. A história de abuso sexual na infância foi ainda correlacionada a menor qualidade de vida, mais dias laborais subprodutivos e absenteísmo no grupo com em fase depressiva do TB. Conclusões: Os resultados apoiam a hipótese de que níveis de hs-PCR = 5 mg/L podem predizer disfunção cognitiva, abuso sexual na infância e comportamento sedentário em transtornos do humor. Adversidades da infância, níveis mais elevados de IL-17, leptina e triglicerídeos e alterações no metabolismo podem desempenhar um papel na patogênese da depressão bipolar. Limitações: Amostra de conveniência e com predomínio de indivíduos do sexo feminino. Trauma na infância foi medido retrospectivamenteItem Complicações pós-operatórias em pacientes oncológicos admitidos na terapia intensiva(2024-06-12) Albanese, Silvia Paulino Ribeiro; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho; Mezzaroba, Ana Luiza; Almeida, Sílvio Henrique Maia de; Fornazieri, Marco Aurélio; Larangeira, Alexandre SanchesIntrodução: Os pacientes submetidos a cirurgias oncológicas enfrentam uma série de fatores de risco específicos que podem exercer uma influência significativa tanto no desfecho do procedimento quanto na recuperação pós-operatória. Objetivo: Realizar uma caracterização epidemiológica dos fatores prognósticos em pacientes cirúrgicos oncológicos internados em Unidade de Terapia Intensiva no pós-operatório imediato. Métodos: Estudo longitudinal retrospectivo realizado no Hospital do Câncer de Londrina. A população de estudos foi constituída por 299 pacientes em pós-operatório imediato admitidos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Câncer de Londrina (HCL) no período de julho a dezembro de 2021. Dentre esses, 23% dos casos foram excluídos pelos critérios do estudo, restando então 229 casos para análise. Resultados: Quanto à composição por sexo na amostra do estudo, constatou-se que 51% casos correspondiam ao sexo masculino. A mediana da idade foi maior entre os pacientes não sobreviventes (70 anos) quando comparada aos sobreviventes (62 anos). Observou-se que 86,4% casos apresentavam comorbidades conforme escore de Charlson, destacando-se hipertensão arterial sistêmica (31,4%), seguida por diabetes mellitus (32,3%) e cardiopatia 19,2%. O maior contingente de pacientes que preencheram os critérios de inclusão no estudo originou-se das seguintes especialidades cirúrgicas: neurocirurgia 26,6%, aparelho digestivo 16,5%, coloproctologia 14,8%, cirurgia torácica 10,4%, urologia 10,0%, cirurgia de cabeça e pescoço 7,8% e outras especialidades cirúrgicas 3,5%. O sangramento ocorreu em 37,0% dos casos entre os não sobreviventes e foi categorizado como pequeno em 57,5% casos, médio em 31,0% casos e grande em 11,5% casos. As readmissões na UTI ocorreram em 6,9% dos casos, e as reoperações em 7,4%. Algumas recomendações do protocolo ACERTO observadas na amostra do estudo demonstraram associação com redução das complicações. Destacam-se as seguintes variáveis em relação à adesão ao projeto ACERTO: realimentação precoce 32% nas primeiras 6 horas, 56,6% com reposição volêmica de cristaloides no intraoperatório = 30 mL/Kg, profilaxia para náuseas e vômito no intraoperatório 93% e no pós-operatório imediato 100%. Em relação a realimentação pós-operatória observou-se maior ocorrência de complicações nos casos que houve maior demora em iniciar a realimentação apresentando p= 0,0018. Pacientes com complicações pós-operatórias tiveram um tempo cirúrgico maior (205 min) comparado aos que não tiveram complicações (147 min; p = 0,00). No pós-operatório, o balanço hídrico positivo no primeiro dia foi maior entre os não sobreviventes (1.478,4 ml) em comparação aos sobreviventes (786,2 ml; p = 0,010). Os pacientes que não foram submetidos ao uso de antiemético profilático no intraoperatório apresentaram complicações em 87,5% dos casos, enquanto 67,1% dos pacientes que receberam essa profilaxia não tiveram complicações. Conclusão: Este estudo identificou uma alta frequência de complicações no período pós-operatório e uma taxa de mortalidade de 11,8% durante a internação. As complicações mais associadas ao risco de óbito foram infecciosas, respiratórias, renais e relacionadas à coagulação. Idade e escore SOFA foram fatores de risco independentes para morte. A adesão ao protocolo ACERTO foi boa e associou-se à redução das complicações pós-operatórias em pacientes oncológicos.Item Efeitos de diferentes proporções entre carboidratos e proteínas presentes na dieta sobre a força muscular, composição corporal e biomarcadores de risco cardiovascular em mulheres idosas submetidas a um programa de treinamento resistido(2024-02-06) Fernandes, Rodrigo dos Reis; Cyrino, Edilson Serpeloni; Silva, Danilo Rodrigues Pereira da; Barbosa, Décio Sabbatini; Avalar, Michele Caroline de Costa Trindade; Nabuco, Hellen Clair GarcezA ingestão de carboidratos e proteínas é fundamental para se atingir os benefícios de um programa de treinamento. Portanto, esta investigação analisou o impacto de 12 semanas de treinamento resistido (TR) sobre a força muscular, composição corporal e biomarcadores de risco cardiovascular em mulheres idosas treinadas, de acordo com a proporção de carboidratos e proteínas ingeridas na alimentação habitual. Duzentas e oitenta e quatro mulheres idosas (> 60 anos) foram selecionadas e alocadas em quatro grupos, por meio de quartis, conforme a proporção de ingestão média entre carboidratos e proteínas dietéticas (Q1 = 4:1; Q2 = 3,4:1; Q3 = 2,8:1 e Q4 = 1,5:1). A força muscular foi analisada a partir de testes de uma repetição máxima (1-RM), a composição corporal por absortometria radiológica de dupla energia e o risco cardiovascular por meio do comportamento de biomarcadores metabólicos. O programa de TR foi composto por oito exercícios para o corpo inteiro que foram executados em três séries de 10-15 RM, em três sessões semanais, em dias alternados. Nenhuma interação grupo vs. tempo (P < 0,05) foi encontrada para as variáveis analisadas. Entretanto, o TR resultou em aumentos de força muscular, massa muscular e redução da glicose em jejum (P < 0,05), independente da proporção entre carboidratos e proteínas ingerida na alimentação habitual. Por outro lado, nenhuma modificação que pudesse ser atribuída ao TR ou, ainda, a proporção entre carboidratos e proteínas ingerida na alimentação habitual foi encontrada para distribuição da gordura corporal, colesterol total, HDL-c, LDL-c, triglicerídeos e proteína C-reativa (P > 0,05). Nossos resultados sugerem que o TR parece promover hipertrofia muscular, aumento da força muscular e redução da glicose em jejum, independente da proporção entre carboidratos e proteínas ingerida na alimentação habitual, em mulheres idosas.Item Alterações imunológicas em pacientes esquizofrênicos e esquizoafetivos e familiares biológicos(2004-11-26) Nunes, Sandra Odebrecht Vargas; Itano, Eiko Nakagawa; Watanabe, Maria Angélica Ebara; Venancio, Emerson José; Elkis, Hélio; Borelli, Sueli DonizetiObjetivos: Com o objetivo de determinar as características clínicas e imunológicas associadas à esquizofrenia e ao transtorno esquizoafetivo, o presente trabalho avaliou dados clínicos e mensurou os níveis séricos de interleucina-6 (IL-6), receptor solúvel de interleucina-2 (sIL-2R), interleucina-2 (IL-2), alfa (a) 1,2 beta e gama globulina, imunoglobulinas (Ig), anticorpos anti-hipocampo, e do sangue total foram genotipadas moléculas de HLA classe I e II, a detecção do vírus da Borna e contagem de células matadoras naturais (NK), em pacientes esquizofrênicos, esquizoafetivos, familiares biológicos e controles saudáveis. Métodos: Os critérios de exclusão foram indivíduos menores de 18 anos e maiores de 55 anos, portadores de doenças crônicas ou submetidos a tratamento que afetasse o sistema imunológico. Foram selecionados 50 pacientes esquizofrênicos e esquizoafetivos, 48 controles saudáveis, 41 familiares em primeiro grau sem transtorno mental e 48 familiares em primeiro grau com transtorno de humor. Todos os sujeitos foram submetidos à entrevista clínica estruturada para o DSM-IV, transtornos do Eixo I (SCID-I versão clínica). Os métodos utilizados para medidas imunológicas foram: ELISA e/ou quimioluminescência (interleucinas, IgE e anticorpos anti-hipocampo), eletroforese (a1, a2, gama, beta globulina e albumina), nefelometria (IgA, IgG e IgM), citometria de fluxo (NK), SSP-PCR (HLA) e RT-PCR (Doença do vírus da Borna –VDB). Resultados: A duração média da doença nos pacientes esquizofrênicos e esquizoafetivos foi de 15,341 ± 9,90 anos e a idade média de início da doença foi de 22,4 ± 7,371 anos. Não houve diferença significativa no gênero (p = 0,057), idade (p = 0,96), albumina (p = 0,64) e índice de massa corpórea (Kg/m2) (p = 0,07) entre pacientes, controles e familiares. Pacientes e familiares com e sem transtorno de humor tiveram significativamente maiores níveis séricos de IL-6 pelo método de quimioluminescência (p = 0,008) e ELISA (p = 0,003). A dosagem de a2 globulina foi significativamente maior entre pacientes do que entre controles (p = 0,002). Não houve diferença significativa em relação a sIL-2R (p = 0,1), IL-2 (p = 0,8), NK (p = 0,07), IgE (p = 0,06), IgG (p = 0,64) e IgM (p = 0,51) entre pacientes, familiares e controles. Pacientes, familiares com transtorno de humor e familiares sem transtorno mental tiveram maiores valores de auto-anticorpos dirigidos contra o hipocampo, 0,167 ± 0,077, 0,158 ± 0,058, 0,164 ± 0.092, respectivamente, do que os controles, 0,143 ± 0,037, mas não significativos (p = 0,53). A associação positiva com HLA B*15 foi encontrada significativamente maior nos pacientes, familiares com transtorno de humor e familiares sem transtorno mental (p = 0,003) do que em controles saudáveis. A associação negativa com HLA B*35 foi encontrada significativamente maior nos familiares sem transtorno mental (p = 0,03) do que nos controles saudáveis. A VDB teve significativamente maior presença nos pacientes e familiares biológicos do que nos controles (p = 0,04). Conclusão: Os resultados sugerem a existência de envolvimento imunológico ou inflamatório e mecanismos imunogenéticos em pacientes esquizofrênicos, esquizoafetivos e em familiares biológicos.Item Avaliação da capacidade de exercício por meio de testes de campo na saúde e na doença: valores de referência para o incremental shuttle walking test e reprodutibilidade do teste de caminhada de 6 minutos em doença pulmonar obstrutiva crônica(2012-08-23) Fujii, Nidia Aparecida Hernandes; Pitta, Fábio de Oliveira; Dal Corso, Simone; Teixeira, Denilson de Castro; Ferreira Filho, Olavo Franco; Mazzuco, Tânia LongoTestes de campo como o incremental shuttle walk test (ISWT) e o teste de caminhada de 6 minutos (TC6) são amplamente utilizados para avaliar a capacidade de exercício de pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Apesar da vasta literatura existente sobre esses testes, valores de referência do ISWT ainda não foram solidamente estabelecidos, e a reprodutibilidade do TC6 é inconsistente. Objetivos: investigar quais variáveis determinam o ISWT em indivíduos saudáveis, bem como estabelecer uma equação de valores de referência do ISWT; e investigar a reprodutibilidade do TC6 em pacientes com DPOC, quantificar o efeito aprendizado existente entre dois TC6 e estudar os fatores determinantes de mudanças no segundo TC6. Métodos: No primeiro estudo, 242 indivíduos saudáveis realizaram dois ISWT e tiveram avaliados peso, altura e índice de massa corpórea (IMC). No segundo estudo, 1514 pacientes com DPOC realizaram dois TC6 em dias subsequentes e foram submetidos à avaliação de composição corporal, dispneia e comorbidades (índice Charlson). Resultados: Gênero, idade e IMC foram preditores independentes dos valores de referência do ISWT (ISWTpred=1449,701–(11,735*idade)+(241,897*gênero)–(5,686*IMC); r2=0,71; p<0,0001). No segundo estudo, o coeficiente de correlação intraclasse (CCI) entre os dois TC6 foi de 0,93 (p<0,0001), embora os pacientes tenham apresentado distância percorrida significativamente maior no segundo teste (27m (IC95%: -37-107). Os fatores determinantes do aumento no segundo TC6 foram: primeiro TC6<350m, índice Charlson<2 e IMC<30 kg.m-2. Conclusões: A maior parte da variação do ISWT em indivíduos saudáveis é explicada por idade, gênero e IMC. Baseada nessas variáveis, uma equação para predição de valores de referência do ISWT foi estabelecida. Alto CCI foi observado entre os dois TC6 em pacientes com DPOC, embora um efeito aprendizado significativo tenha ocorrido. Desempenho ruim no primeiro TC6, poucas comorbidades e ausência de obesidade foram associados ao aumento da distância percorrida no segundo teste.Item Avaliação de fatores associados ao tempo para o óbito de pacientes críticos em um Hospital Universitário Público(2020-07-01) Mezzaroba, Ana Luiza; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho; Carrilho, Cláudia Maria Dantas de Maio; Cardoso, Lucienne Tibery Queiroz; Almeida, Silvio Henrique Maia de; Delfino, Vinicius Daher AlvaresIntrodução: Entre os pacientes não sobreviventes internados em unidade de terapia intensiva (UTI), uma parte apresenta mortalidade mais precoce e geralmente relacionada à gravidade do diagnóstico inicial da internação e os demais possuem evolução favorável quanto à doença inicial mas morrem mais tardiamente por complicações relacionadas à internação. A sepse destaca-se como uma das principais causadoras de disfunção de múltiplos órgãos e determinante de mortes precoces e tardias em pacientes críticos. O conhecimento dos fatores associados ao tempo para o óbito de pacientes internados em UTI possui implicações organizacionais e éticas. O reconhecimento desses fatores poderia melhorar a avaliação prognóstica dos pacientes e auxiliar no tratamento e otimização de recursos, com atuação mais agressiva e direta sobre fatores específicos mais comumente relacionados ao óbito. Objetivo: Identificar os fatores associados ao tempo para o óbito de pacientes críticos em uma UTI geral de um hospital universitário público terciário. Métodos: Estudo longitudinal retrospectivo realizado por meio da coleta de dados dos prontuários dos pacientes internados na UTI do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina (HU/UEL), entre janeiro de 2008 e dezembro de 2017. Dados gerais foram coletados de todos os pacientes inseridos no estudo até o desfecho hospitalar e também foram coletados dados da internação na UTI, como presença de doença crônica, necessidade de ventilação mecânica e de diálise, uso de drogas vasoativas e os escores Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II (APACHE II), Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) do primeiro dia de internação na UTI e Therapeutic Intervention Scoring System 28 (TISS 28). Para a análise estatística, algumas definições foram estabelecidas. Os pacientes não sobreviventes na UTI foram divididos em três grupos conforme o tempo para o óbito após admissão na UTI: precoce (até 5 dias), intermediário (6 a 28 dias) e tardio (mais de 28 dias). Foram considerados sépticos os pacientes que tinham o diagnóstico de sepse anotado na admissão na UTI. Resultados: Foram analisados dados de 6.596 pacientes. A mediana de idade dos pacientes internados foi de 60 (intervalo interquartílico-ITQ 45-73) anos, com predomínio do sexo masculino (56,9%) e a maioria proveniente da sala de emergência (56,2%). A mediana do escore SOFA foi 6 (ITQ 3-11). Os pacientes avaliados tiveram mortalidade de 32,9% na UTI e 43,3% de mortalidade hospitalar. Foi observado que quanto maior o número de disfunções orgânicas à admissão na UTI, maiores as taxas de mortalidade. Entre as disfunções orgânicas analisadas, nenhuma se destacou com maior associação com morte em comparação às outras. As maiores taxas de morte ocorreram no grupo intermediário (47,9%). O diagnóstico de sepse na admissão da UTI foi associado com maior taxa de mortalidade na UTI (48,8%) e hospitalar (61,6%). O diagnóstico de sepse não foi associado com diferença na proporção de mortes precoces ou tardias quando comparado aos outros diagnósticos. A análise multivariada identificou idade maior que 60 anos (hazard ratio-HR 1,009; intervalo de confiança-IC95% 1,005-1,013; p<0,001), sexo masculino (HR 1,192; IC95% 1,046-1,358; p=0,009), uso de ventilação mecânica na admissão na UTI (HR 1,476; IC95% 1,161-1,876; p=0,001), realização de diálise na UTI (HR 2,297; IC95% 1,966-2,684; p<0,001) e SOFA de admissão na UTI maior que 6 (HR 1,319; IC 95% 1,292-1,345; p<0,001) como fatores de risco para morte na UTI. Conclusões: Foi descrito o perfil epidemiológico dos pacientes atendidos na UTI de um hospital terciário ao longo de dez anos. A proporção de mortes intermediárias e tardias foi maior do que a morte precoce nos pacientes analisados e o diagnóstico de sepse não foi associado a mudanças nesse padrão. Entre as disfunções orgânicas analisadas, nenhuma se destacou com maior associação com morte em comparação às outras. O diagnóstico de sepse foi associado a maior mortalidade quando comparado a pacientes não sépticos.Item Pregabalina altera a performance reprodutiva de camundongos machos e promove malformações na prole de camundongos fêmeas e ratas(2023-02-23) Mestre, Viviane de Fátima; Salles, Maria José Sparça; Dionísio, Andressa de Freitas Mendes; Venturini, Danielle; Reiche, Edna Maria Vissoci; Moreira, Estefânia GastaldelloA pregabalina é um fármaco pertencente ao grupo gabapentinoides neuromodelador com ação antiepilética e analgésica. Tem sido administrada em dor neuropática, fibromialgia, transtorno de ansiedade generalizada e como adjuvante para epilepsia. O efeito analgésico da pregabalina se dá pela sua capacidade de ligar-se à subunidade da proteína a2-d dos canais de cálcio voltagem-dependentes. Considerando a escassez de estudo sobre o tratamento de pregabalina em homens em idade fértil e mulheres gestantes, este trabalho teve como objetivo avaliar as possíveis alterações causadas pelo fármaco quando administrado em camundongos durante a espermatogênese; após exposição pré-natal na prole de camundongos fêmeas e após exposição pré-natal na prole de ratas sobre a odontogênese e osso trabecular da mandíbula. Para a análise da fertilidade masculina e malformação da prole, camundongos machos receberam diariamente via gavagem, 200 mg/kg de pregabalina por um período de 45 dias; após este período esses animais foram acasalados com fêmeas não tratadas. Para a avaliação dos parâmetros maternos e malformações na prole, camundongos prenhes foram tratadas com pregabalina (200 mg/kg), via gavagem do 5º dia ao 17º dia de prenhez. No 18º dia de prenhez as fêmeas foram submetidas a eutanásia e realizada a laparotomia para a avaliação do desenvolvimento intrauterino. Os fetos foram analisados quanto às malformações congênitas externas, viscerais e esqueléticas. Para a análise da odontogênese e do osso trabecular da mandíbula, ratas prenhes foram tratadas com pregabalina (200 mg/kg) do 5° dia de prenhez ao dia antecessor ao parto (20° dia). No pós-natal dia 30, foram selecionados aleatoriamente 8 filhotes de cada grupo para análise do primeiro molar inferior direito e do osso trabecular adjacente utilizando a microtomografia computadorizada. A administração da pregabalina em camundongos machos mostrou um aumento significativo da medida dos testículos (P = 0,009), alterações morfológicas dos espermatozoides (P < 0,0001), diminuição no escore de Johnsen (P = 0,0002), aumento das células de Leydig (P = 0,0002) e diminuição do nível da testosterona (P = 0,0152). Além disso, a análise dos parâmetros da prole mostrou diminuição significativa do peso da placenta (P = 0,0001), do peso (P = 0,0035) e comprimento dos fetos (P = 0,003), da taxa de viabilidade fetal (P = 0,0458) e aumento significativo do número de reabsorções (P = 0,003) e da perda pós-implantação (P =0,0458). As anomalias significativas observadas na prole foram alteração do tamanho dos rins (P = 0,0058), metacarpos e falanges ausentes (P < 0,0001), alteração do esterno (P < 0,0001) e vértebras torácicas supranumerárias (P = 0,003). A administração da pregabalina em camundongos fêmeas prenhes apontou aumento significativo na taxa de reabsorção (P = 0,041) e diminuição significativa do peso da placenta (P < 0,0001), do comprimento (P = 0,0249) e peso dos fetos (P = 0,0484) e da viabilidade fetal (P = 0,0038). Foi verificado que 67,5% dos fetos eram pequenos para a idade de prenhez (P < 0,0001). As malformações observadas foram ventriculomegalia fetal (P < 0,0001) e ossificação incompleta do osso supraoccipital (P < 0,0001). Quanto a análise da administração da pregabalina em ratas prenhes, houve diminuição significativa de ganho de peso materno (P = 0,0139) e de filhotes vivos (P = 0,0213). Durante o acompanhamento pós-natal, houve uma diminuição significativa do peso (F=2,67; P=0,048) e do comprimento (F=9,49; P<0,0001) da prole e atraso da erupção dos dentes incisivos (P = 0,001). A análise do primeiro molar inferior direito, utilizando a microtomografia computadorizada, mostrou diminuição significativa do esmalte (P = 0,0043). A avaliação do tecido ósseo trabeculado adjacente ao primeiro molar mostrou que a pregabalina foi capaz de aumentar significativamente o percentual de volume ósseo (P = 0,0208) e diminuir o volume (P = 0,0266) e percentual de poros abertos (P = 0,0208). Na análise histológica, nenhuma alteração na organização celular foi observada. Em conclusão, o tratamento com pregabalina produziu efeitos tóxicos sobre a função reprodutiva de camundongos machos, efeito embriotóxico na prole durante a gestação nos dois modelos animais além de potencial efeito teratogênico.Item Avaliação comportamental e do sistema endocanabinoide em filhotes de ratos expostos ao paracetamol durante a gestação(2023-02-02) Klein, Rodrigo Moreno; Moreira, Estefânia Gastaldello; Lisboa, Sabrina Francesca de Souza; Estanislau, Célio Roberto; Kirsten, Thiago Berti; Bambini Junior, VictórioO paracetamol é um fármaco de venda livre utilizado como analgésico/antipirético por aproximadamente 40-50% das gestantes mundialmente. Embora estudos epidemiológicos venham sugerindo que a exposição uterina ao paracetamol seja um fator de risco para transtornos do neurodesenvolvimento, causalidade e modos de ação de sua possível ação neurotoxicante do desenvolvimento são incertas. Entre as hipóteses levantadas, mas ainda não testadas, estão disfunção do sistema endocanabinoide (eCB) e ativação imune-inflamatória. Desta forma, objetivamos avaliar os efeitos da exposição gestacional ao paracetamol sobre comportamento e efeitos comportamentais de um fármaco canabinoide, além de possíveis alterações sobre marcadores neuroquímicos relevantes para sinalização endocanabinoide e inflamação. Para isto, ratas prenhes receberam paracetamol (350 mg/kg) ou água por gavage, do dia gestacional 6 até o nascimento da prole. Medidas de toxicidade geral e reprodutiva incluíram peso corporal das progenitoras e dos filhotes até o desmame. Avaliamos o comportamento de filhotes com 10 (busca pelo ninho), 24 (campo aberto), 25 (estereotipia comportamental induzida pela apomorfina, enterramento das bolinhas de gude) 30 (teste das três câmaras) dias de idade 30 min após injeção do agonista canabinoide WIN 55,212-2 (0.3 mg/kg, via intraperitoneal) ou veículo. Reconhecimento do objeto novo e placa quente e comportamento social de brincar foram avaliados em filhotes com 25 ou 30 dias, respectivamente. Quantificamos as concentrações do eCB 2-araquidonoilglicerol (2-AG) e do lipídio pró-inflamatório fator ativador de plaquetas (PAF) bem como a expressão genica das principais enzimas de síntese e degradação de 2-AG, diacilglicerol lipase alfa e beta (DAGL-a e DAGL-ß) e monoacilglicerol lipase, além dos marcadores inflamatórios ciclooxigenase-2 e interleucina 1 beta em regiões encefálicas de ratos com 22 dias de idade. O protocolo de exposição não afetou as medidas de toxicidade geral. Entretanto, filhotes expostos apresentaram hiperatividade no campo aberto e maior enterramento de bolinhas de gude independentemente do sexo. Fêmeas expostas apresentaram maior estereotipia comportamental induzida por apomorfina e passaram mais tempo na área central do campo aberto. Injeção prévia de agonista canabinoide modificou a resposta comportamental no teste de busca pelo ninho, induzindo efeitos opostos em fêmeas expostas e não expostas. Além disso, aumento nas concentrações de 2-AG no córtex pré-frontal e de PAF no córtex-prefrontal, estriado e cerebelo foi observado em machos e fêmeas expostos. A exposição diminuiu a expressão gênica cerebelar de DAGL-ß, uma sintase de 2-AG. Os resultados apontam para alterações no sistema eCB e inflamação como modos de ação pelo qual o paracetamol prejudica o neurodesenvolvimento e altera o comportamento da prole em decorrência da exposição gestacional.Item Efeito da mudança de modelo de triagem para admissão na unidade de terapia intensiva no desfecho de pacientes graves(2022-05-03) Larangeira, Alexandre Sanches; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho; Carrilho, Alexandre José Faria; Cardoso, Lucienne Tibery Queiroz; Mezzaroba, Ana Luiza; Estanislau, Célio RobertoIntrodução: Considerando o desequilíbrio entre a demanda e a disponibilidade de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) e profissionais com formação especializada, é necessário escolher quem será admitido. Estabelecer critérios para triar pacientes é uma forma de gerenciar os recursos e racionalizar a decisão do profissional responsável pela triagem. A base da triagem do paciente grave é o prognóstico, que pode ser avaliado por meio de escores de gravidade, de disfunções orgânicas e de quantidade de trabalho da equipe. Objetivo: Analisar o efeito da implementação de novo modelo de priorização e triagem para admissão em unidade de terapia intensiva no desfecho de pacientes graves. Métodos: Foi realizado um estudo longitudinal retrospectivo, envolvendo pacientes adultos admitidos em UTI de hospital universitário no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2017. Foram excluídos os pacientes com tempo de permanência menor que 24 horas e as readmissões na UTI durante a mesma internação hospitalar. O desfecho primário foi considerado estado vital na saída do hospital. Os escores avaliados no estudo foram o Acute Physiology and Chronic Health Evaluation (APACHE II), Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) e Therapeutic Intervention Scoring System (TISS 28). Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com o período do estudo. Foram considerados período pré mudança do modelo de triagem os anos de 2013 a 2014 (período 1). Até o final do ano 2014 o protocolo institucional para triagem e admissão em UTI era fundamentado no critério cronológico (primeiro a chegar, primeiro a receber tratamento). Os anos de 2015 a 2017 foram considerados período pós mudança do modelo de triagem (período 2). A partir do início do ano 2015 foi implantado um modelo de priorização baseado na diretriz da Society of Critical Care Medicine, que leva em consideração a gravidade e a possibilidade de recuperação do paciente. O nível de significância utilizado foi de 5% e as análises foram realizadas utilizando-se o programa SPSS Statistics for Windows versão 19. Resultados: Foram analisados 3.283 pacientes, sendo que 1.227 foram admitidos no período 1 e 2.056 no período 2. Os pacientes admitidos no período 2 do estudo eram mais velhos, com menor proporção de doenças crônicas, tinham valor médio do escore APACHE II e do escore TISS 28 maiores comparados aos pacientes do período 1. O diagnóstico de sepse foi maior no segundo período do estudo. Foi observado aumento do número de admissões ao longo do período de estudo. No período 2 os pacientes apresentaram uma tendencia a permanecer menor tempo internados na UTI e no hospital e tiveram menor mortalidade na saída da UTI e do hospital. Conclusões: A mudança do modelo de triagem, de um modelo cronológico para um modelo de priorização resultou em melhora do desempenho de uma unidade de terapia intensiva, com aumento do número de admissões, redução da taxa de mortalidade hospitalar, além de uma tendência de redução do tempo de permanência hospitalar.Item Análise dos critérios de definição de sepse em pacientes graves vítimas de queimadura corporal de um centro de tratamento de queimados(2022-03-24) Gimenez, Francielli Mary Pereira; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho; Mezzaroba, Ana Luiza; Kerbauy, Gilselena; Fornazieri, Marco Aurélio; Almeida, Silvio Henrique Maia deIntrodução: Atualmente, apesar do desenvolvimento de novos agentes antimicrobianos e dos avanços no suporte nutricional, a taxa de ocorrência de sepse continua aumentando e representa uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. Em pacientes vítimas de queimadura corporal essa situação é ainda mais grave tendo em vista que a destruição da barreira epitelial aumenta as chances do paciente em contrair infecção, sendo a mais frequente e grave complicação. Objetivo: Avaliar os novos critérios de definição de sepse em pacientes vítimas de queimaduras hospitalizados em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), caracterizá-los quanto as variáveis demográficas e clínicas, avaliar o desempenho dos escores Sequential Organ Failure Assessment (SOFA), quickSOFA (qSOFA) e critérios de Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) para identificação da sepse e como preditores de mortalidade, bem como analisar os fatores associados ao óbito. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo, conduzido em UTI de um CTQ, no período de janeiro de 2017 à janeiro de 2020. Foram coletados dados demográficos e clínicos além dos dados necessários para análise das variáveis estudadas. Para cada item do escore qSOFA foi atribuído o valor de 1 ponto de acordo com os seguintes critérios: Frequência respiratória = 22 movimentos/min; Pressão arterial sistólica = 100 mmHg e Alteração do estado de consciência. Foi considerado qSOFA positivo (+) se o escore apresentasse 2 ou 3 pontos. Os critérios da SIRS foram considerados presentes de acordo com os seguintes critérios: Temperatura > 38° C ou < 36° C; Frequência cardíaca > 90 batimentos/min; Frequência respiratória > 20 movimentos/min ou PaCO2 < 32 mmHg (< 4,3 kPa); Leucócitos > 12.000 células/mm3, ou < 4.000 células/ mm3 ou > 10% de formas jovens. Foi considerada SIRS positiva (+) se o paciente apresentasse 2 ou mais critérios. O escore SOFA basal foi considerado zero, se o paciente não apresentasse doença crônica que alterasse o valor do escore. A variação de 2 pontos do escore SOFA foi avaliada pelo escore SOFA na admissão da unidade em relação ao escore basal. A variação de 2 pontos do escore SOFA para o diagnóstico de sepse no dia da infecção foi avaliada pelo escore SOFA do primeiro dia da infecção em relação ao escore SOFA de admissão na unidade. Resultados: Foram analisados 279 pacientes. Entre esses, 182 (65,2%) receberam alta hospitalar e 97 (34,8%) foram a óbito. A média do escore Abbreviated Burn Severity Index (ABSI) foi de 6,7 (DP=2,2) e a média da Superfície Corpórea Queimada (SCQ) foi de 25,6% (DP=17,6). A média do tempo entre a queimadura e a primeira infecção foi de 4,8 dias (DP=4,0). O foco de infecção mais frequente foi pulmonar (38,4%). Quando analisadas as discordâncias com o Teste de McNemar, notou-se que na admissão, 145 pacientes apresentaram SIRS positivo, desses, 112 (44,6%) permaneceram positivo e 33 (13,1%) passaram a apresentar SIRS negativo na primeira infecção documentada. Com o qSOFA, 79 pacientes apresentam qSOFA positivo na admissão, desses, 62 (24,7%) permaneceram positivos e 17 (6,8%) passaram a apresentar qSOFA negativo na primeira infecção documentada. Para o escore SOFA, 187 pacientes apresentaram ?SOFA positivo na admissão, desses, 34 (13,5%) permaneceram positivos e 153 (61,0%) passaram a apresentar ?SOFA negativo na primeira infecção documentada. Quando comparadas as taxas de mortalidade entre os pacientes com infecção e ?SOFA negativo, 125 (65,1%) receberam alta e 67 (34,9%) foram a óbito. Já com ?SOFA positivo, 30 (50,8%) receberam alta e 29 (49,2%) foram a óbito. Idade, SCQ e SOFA admissional foram fatores independentes associados a morte no desfecho hospitalar (p < 0,001). Conclusões: Os novos critérios diagnósticos de sepse aplicando a variação do escore SOFA não apresentaram poder de discriminação em pacientes queimados. Foi identificado aumento de 2,6% no risco para morte para cada ano de aumento da idade, aumento de 3,6% para cada 1% de aumento na SCQ e de 12,7% para cada aumento na pontuação no escore SOFA.Item Avaliação da sensibilidade aos antimicrobianos e caracterização molecular de e. coli isoladas de uroculturas de mulheres atendidas em unidades básicas de saúde e pronto atendimento no município de Londrina(2021-01-29) Tano, Zuleica Naomi; Pavanelli, Wander Rogério; Kobayashi, Renata Katsuko Katayma; Carrilho, Cláudia Maria Dantas de Maio; Perugini, Márcia Regina Eches; Costa, Ivete Conchon; Vespero, Eliana CarolinaIntrodução: A infecção do trato urinário (ITU) é uma das infecções mais comuns de procura ao serviço médico, acometendo milhões de pessoas no mundo todo, sendo a Escherichia coli o principal agente responsável. A resistência aos antimicrobianos tem aumentado expressivamente nos últimos anos, e o perfil de sensibilidade varia de região para região. Os principais antimicrobianos utilizados no tratamento de primeira escolha da ITU são: sulfametoxazol-trimetropim (SMX-TMP), nitrofurantoína, a fosfomicina e as quinolonas, além das cefalosporinas de primeira geração e a amoxicilina-clavulanato como escolha para gestantes. Estudos mostram que a sensibilidade ao SMX-TPM ultrapassa 30% em vários locais do mundo, sendo substituído por alternativas nos guidelines. A presença de bactérias produtoras de betalactamase é muito estudada em ambiente hospitalar, porém sabe-se que essas bactérias alcançaram também as infecções comunitárias, como as ITUs. E. coli Sequency Type (ST)131 e ST648 são responsáveis por ITUs recorrentes e de difícil tratamento com antibióticos de primeira escolha pela alta resistência aos antimicrobianos. A resistência às quinolonas, muito utilizadas em outras infecções, como as respiratórias e abdominais, tem alcançado níveis de alarme em muitos locais, principalmente pelo uso inadequado nas ITUs não complicadas. Objetivo: Caracterizar o perfil de sensibilidade aos antimicrobianos de E. coli de uroculturas de mulheres atendidas em Unidades Básicas de Saúde e de Pronto Atendimento no município de Londrina. Caracterizar os mecanismos moleculares de resistência de isolados resistentes à ciprofloxacina, norfloxacina e ácido nalidíxico e aos ß-lactâmicos, além de conhecer os sorogrupos, ST e a classificação filogenética das amostras resistentes às quinolonas. Metodologia: Foram estudadas as uroculturas realizadas pelo Laboratório Central da Prefeitura (Centrolab) de mulheres atendidas nas Unidades Básicas de Saúde e Pronto Atendimento do município de Londrina, de junho de 2016 a maio de 2017. As culturas positivas foram selecionadas para avaliação no Laboratório do Hospital Universitário. A identificação dos isolados e os testes de sensibilidade a antimicrobianos foram processados pelo Sistema Automatizado VITEK® 2 (bioMérieux). As amostras foram sequenciadas utilizando-se o kit Nextera® XT Sample Preparation (Illumina), no equipamento MiSeq® System (Illumina), pela plataforma NextSeq (Illumina). A classificação filogenética foi executada por PCR. Resultados: No período foram realizadas 56.555 uroculturas, das quais 8.832 foram positivas para E. coli, sendo 5.377 de mulheres. Dessas amostras, 4,7% eram enterobactérias produtoras de betalactamases de espectro estendido (ESBL) e 15,5% resistentes às quinolonas. O SMX-TMP se mostrou resistente em mais de 30% das amostras em todas as faixas etárias dos pacientes. Entre os isolados resistentes às quinolonas, também a resistência à cefalotina, ampicilina e sulfametoxazol-trimetoprim foi maior que 60%. Somente a nitrofurantoína apresentou resultados superiores a 90% de sensibilidade. Nas 33 amostras selecionadas de E. coli para a realização do sequenciamento, obteve-se os seguintes resultados: o ST131”serotype”O25:H4 (n=8) e o ST648”serotype” 01:H6 (n=6) foram os mais frequentes, o gene blaCTX M15 foi o mais encontrado. As mutações nas regiões Gyr A e ParC (QRDR) e o gene aca(6´)-ib-cr na resistência à quinolona mediada por plasmídio (PMQR) foram os mecanismos mais frequentes, produzindo resistência às quinolonas. O grupo filogenético B2 foi o mais encontrado com 54,5% (n=18), seguido pelo grupo B19% (n=3); o grupo não identificado foi responsável por 12,1% (n=4) e os grupos A, C, E e F foram responsáveis por 6,1%. Entre as 33 amostras estudadas, todas tinham pelo menos um fator de virulência, sendo os mais frequentes o iss (n=24), seguido pelo pfA (n=17), gag (n=16), iha (n=12), eilA (n=11) e air (n=10). Conclusão: O SMX-TMP apresentou resistência superior a 30% e a nitrofurantoína manteve altas taxas de sensibilidade, maiores do que 90%. A maioria dos isolados apresentava mutações nas regiões gyrA e parC (QRDR) e os genes aca(6´)-ib-cr e blaCTX M15, pertenciam ao grupo filogenético B2, aos ST131 e ST648 de grande importância epidemiológica, presentes em ITU na comunidade de Londrina. A combinação de genes de resistência a quinolonas associada a genes ESBL diminui o arsenal de antimicrobianos a serem usados em infecções urinárias não complicadas, principalmente na comunidade. Demonstra, assim, a necessidade de estabelecer sistemas de monitoramento locais e nacionais da resistência antimicrobiana no Brasil para fornecer dados às diretrizes de tratamento de ITU na comunidade.Item Resolvina D5 protege a pele contra danos inflamatórios e oxidativos causados pela radiação UVB em camundongos sem pelo(2021-12-22) Saito, Priscila; Casagrande, Rúbia; Melo, Cristina de Paula Barros de; Camilios Neto, Doumit; Georgetti, Sandra Regina; Ceravolo, Graziela ScaliantiA pele é o maior órgão do corpo humano e a principal barreira de proteção do organismo contra agressores externos. Entre os fatores externos destaca-se a exposição à radiação UVB que é uma das principais causas de danos na pele. A exposição aguda à radiação UVB acarreta uma série de efeitos adversos na pele como edema, queimaduras solares, eritema, inflamação e imunossupressão. Além disso, a exposição crônica pode levar ao envelhecimento precoce e ao desenvolvimento do câncer de pele. Neste contexto, a utilização de mediadores lipídicos anti-inflamatórios/pró-resolução como a resolvina D5 (RvD5) para enriquecer o sistema de proteção endógeno e controlar os processos lesivos induzidos pela radiação UVB tornam-se uma alternativa promissora. As RvD5 de maneira geral inibem a produção de citocinas, o recrutamento de células pró inflamatórias e induzem o aumento de moléculas antioxidantes. No presente trabalho foram avaliados os efeitos terapêuticos e mecanismos de ação da RvD5, administrada por via intraperitoneal (ip) ou em formulação tópica, nos danos cutâneos inflamatórios e oxidativos induzidos pela radiação UVB em camundongos sem pelo. Os resultados in vivo demonstraram que os tratamentos sistêmico (ip) e tópico com RvD5 reduziram a inflamação cutânea e protegeram a pele do estresse oxidativo induzidos pela radiação UVB. A melhora no processo inflamatório foi constatada pela diminuição do edema de pele, do recrutamento de neutrófilos, da atividade/secreção da metaloproteinase-9 e da produção de diferentes citocinas induzidas pela radiação UVB. Houve a diminuição do número de queratinócitos apoptóticos, de mastócitos, do espessamento da epiderme e da degradação das fibras de colágeno. O tratamento com RvD5 também protegeu a pele do estresse oxidativo, por manter a glutationa reduzida e a atividade da catalase em níveis basais, e ainda diminuiu a produção de hidroperóxidos lipídicos e de ânions superóxidos. A RvD5 também foi capaz de aumentar a expressão de RNAm para NADPH: quinona oxidoredutase 1 (NQO1), fator nuclear [derivado eritróide-2] tipo 2 (Nrf2) e heme oxigenase 1 (OH-1). Esses resultados sugerem o uso do mediador lipídico RvD5 como estratégia promissora para controlar doenças cutâneas causadas pela exposição à radiação UVB.Item Viabilidade celular, medidas digitais e características de rolagem de enxertos pré-cortados para ceratoplastia endotelial pré-Descemet pelo banco de olhos(2021-09-21) Prado, Rodrigo Bueno do; Casella, Antonio Marcelo Barbante; Fornazieri, Marco Aurélio; Verri Junior, Waldiceu; Rodrigues, Antônio Carlos Lottelli; Borghi, Sérgio Margues; Oguido, Ana Paula Miyagusko TabaObjetivo: determinar a viabilidade celular, medidas digitais, e características de rolagem de enxertos pré-cortados para ceratoplastia endotelial pré-Descemet, e investigar a percepção de observadores sobre vídeos da técnica em duas e três dimensões (3D). Desenho: estudo experimental com 49 botões corneoesclerais destinados ao descarte entre agosto de 2018 e setembro de 2020 pelo banco de olhos de Londrina. Participantes: foram incluídas 47 córneas com densidade celular endotelial (DCE) acima de 2.000 células/mm2 (céls./mm2), duas córneas foram excluídas por facectomia prévia. Intervenção: dados de idade, sexo, diabetes mellitus, DCE, tempo entre óbito e preservação (TOP), tempo total preservação (TTP) foram coletados do prontuário do banco de olhos. Foram gravadas as dissecções dos enxertos utilizando microscópio binocular (MB) ou o sistema cirurgia com cabeça erguida em 3D (CCE-3D) por conveniência. Os botões corneoesclerais foram dissecados por injeção de ar intraestromal e formação de grande bolha (GB). GB do tipo-1 e do tipo-3 foram cortadas com tesoura para ceratoplastia endotelial pré-Descemet (CEPD), e GB do tipo-2 foram esvaziadas e cortadas com trépano 8,25 mm para ceratoplastia endotelial da membrana de Descemet (CEMB) como grupo comparativo. O tempo do procedimento (TP), volume de ar injetado (VAI), e escore de rolagem (ER) foram determinados; quatro quadros selecionados do procedimento tiveram as medidas digitais obtidas no “FIJI-ImageJ”: distância branco a branco posterior (DBBP), diâmetro da GB (DGB), largura central do enxerto (LCE), LCE após coloração por azul de trypan (AT-LCE), comprimento do enxerto (CDE), área do enxerto (AE), e circularidade da margem do enxerto (CME). A correlação entre as variáveis foram analisadas por regressão linear, correlação de Pearson e o teste “t student´s”. Análise de viabilidade/citotoxicidade de enxertos representativos para CEPD foi realizada com microscópio confocal fluorescente, após tripla coloração com Hoeschst, ethidium-homodimer e Calcein AM. As imagens obtidas foram processadas no programa “FIJI-ImageJ” quanto à DCE e porcentagem de área viável (PAV). Dois vídeos editados da dissecção em duas e 3D foram apresentados para oftalmologistas observadores e foi aplicado questionário comparativo sobre visibilidade das estruturas, qualidade da imagem, profundidade de foco, e capacidade de ensino. O valor de P<0,05 foi estatisticamente significativo. Resultados: A idade média dos doadores foi 53,85 ± 14,5 anos, 18 eram homens (66,6%), DCE média foi 2.376 ± 244 cél./mm2, TOP foi 14,48 ± 8,83 horas e TTP foi 36,56 ± 25,64 dias. Foram obtidos 24 enxertos para CEPD (51%), 17 para CEMD (36,2%), e seis falhas (12,8%). TP com CCE-3D foi 12,02 ± 6,33 min e com MB foi 13,55 ± 5,05 min (P>0,05). TP para CEPD foi 12,5 ± 5,7 min e CEMD foi 4,7 ± 4,1 min (P<0,05). Enxertos para CEPD e CEMD tiveram DBBP semelhantes (P>0,05), as demais variáveis foram, significativamente, diferentes entre as duas modalidades (P<0,05). LCE e AT-LCE de enxertos para CEPD foram 2,34 ± 0,39 e 2,39 ± 0,363 (P=0,29), e para CEMD foram 1,95 ± 0,41 mm e 1,92 ± 0,40 (P>0,05) respectivamente. Não houve alteração da ER após coloração por AT, CEPD apresentou ER-2 em 12/24 (50%), CEMB apresentou ER-3 em 12/17 (70,5%). LCE teve relação inversa com ER nas duas modalidades. Houve correlação linear positiva entre LCE e idade somente nos enxertos para CEMD. Enxertos para CEPD com CCE-3D tiveram DCE viável de 2.407 céls./mm2 e DCE inviável de 37 céls./mm2, com PAV de 80,1%. O questionário apresentou resultados superiores para CCE-3D em todos os itens questionados (P<0,05). Conclusão: viabilidade celular, medidas digitais, características de rolagem de enxertos para CEPD foram relatados pela primeira vez. A LCE para CEPD tem dimensões significativamente maiores que enxertos para CEMD, e não houve alteração significativa após coloração de AT. Imagens tridimensionais obtiveram melhores resultados em questionário comparativo da dissecção do enxerto.Item Potencial terapêutico de formulações tópicas contendo Maresina 1 e Lipoxina A4 na inflamação e estresse oxidativo induzidos pela radiação UVB(2021-08-13) Cezar, Talita Laiane Cardozo; Casagrande, Rúbia; Martinez, Renata; Vicentini, Fabiana Testa Moura de Carvalho; Fattori, Victor; Vilela, Fernanda Maria PintoA pele é o maior órgão do corpo humano em extensão e a primeira barreira do organismo a fatores do meio externo. Entre estes, destaca-se à exposição à radiação UVB que pode causar aumento dos radicais livres, inflamação cutânea, a qual pode levar ao desenvolvimento de câncer e envelhecimento precoce. O entendimento contemporâneo da resolução da inflamação envolve a sinalização de vias pró-resolutivas com a biossíntese de mediadores lipídicos pró-resolutivos especializados (SPMs), que tem a função de limitar o processo inflamatório e promover sua resolução. Dentre eles, podemos destacar a MaR1, um SPM derivado do ácido graxo decosahexaenóíco (DHA), e a LXA4, um SPM derivado do ácido araquidônico (AA). Ambas moléculas possuem efeitos analgésico, anti-inflamatórios e antioxidade. Assim, est pesquisa teve como objetivo avaliar a eficácia terapêutica de formulações tópicas contendo MaR1 ou LXA4 (incorporadas em creme e gel creme, respectivamente) nos danos cutâneos induzidos pela radiação UVB em camundongos. Para induzir danos à pele, camundongos sem pelo da linhagem HRS/J (CEUA nº017/2015, processo CEUA n° 1447.2015.10) foram expostos a uma dose de irradiação UVB aguda de 4,14 J/cm2, e as amostras de pele dorsal foram coletadas para avaliar a resposta inflamatória e o estresse oxidativo por meio dos testes de edema de pele, atividade da mieloperoxidase (MPO), atividade/secreção de metaloproteinase-9, capacidade antioxidante global (FRAP), níveis dos antioxidantes endógenos glutationa reduzida (GSH) e catalase (CAT), produção de ânion superóxido e hidroperóxidos lipídicos e avaliação histopatológica pelas colorações de hematoxilina eosina (H & E), azul toluidina e tricrômico de masson. Os resultados in vivo evidenciaram que as formulações tópicas contendo MaR1 ou LXA4 reduziram a inflamação cutânea, diminuindo o edema de pele, o recrutamento de neutrófilos, a atividade de metaloproteinase-9, a apoptose dos queratinócitos, o espessamento da epiderme, o número de mastócidos e a degradação de fibras de colageno comparada com os grupos controles. A mesma comparação foi realizada para se determinar o efeito das formulações tópicas contendo MaR1 ou LXA4 contra o estresse oxidativo induzido pela radiação UVB e foi demonstrado que estas formulações mantiveram os níveis de redução ferrica (FRAP), de GSH e a atividade da CAT semelhantes ao grupo não irradiado, e ainda diminuíram a produção de hidroperóxidos lípidicos e de ânions superóxidos. Dessa forma, os resultados sugerem que as formulações contendo MaR1 ou LXA4 são um potente aliado na prevenção/resolução da inflamação da pele e inibição do estresse oxidativo induzido pela radiação UVB.Item Pregabalina altera a performance reprodutiva de camundongos machos e promove malformações na prole de camundongos fêmeas e ratas(2023-02-23) Mestre, Viviane de Fátima; Salles, Maria José Sparça; Dionísio, Andressa de Freitas Mendes; Venturini, Danielle; Reiche, Edna Maria Vissoci; Moreira, Estefânia GastaldelloA pregabalina é um fármaco pertencente ao grupo gabapentinoides neuromodelador com ação antiepilética e analgésica. Tem sido administrada em dor neuropática, fibromialgia, transtorno de ansiedade generalizada e como adjuvante para epilepsia. O efeito analgésico da pregabalina se dá pela sua capacidade de ligar-se à subunidade da proteína a2-d dos canais de cálcio voltagem-dependentes. Considerando a escassez de estudo sobre o tratamento de pregabalina em homens em idade fértil e mulheres gestantes, este trabalho teve como objetivo avaliar as possíveis alterações causadas pelo fármaco quando administrado em camundongos durante a espermatogênese; após exposição pré-natal na prole de camundongos fêmeas e após exposição pré-natal na prole de ratas sobre a odontogênese e osso trabecular da mandíbula. Para a análise da fertilidade masculina e malformação da prole, camundongos machos receberam diariamente via gavagem, 200 mg/kg de pregabalina por um período de 45 dias; após este período esses animais foram acasalados com fêmeas não tratadas. Para a avaliação dos parâmetros maternos e malformações na prole, camundongos prenhes foram tratadas com pregabalina (200 mg/kg), via gavagem do 5º dia ao 17º dia de prenhez. No 18º dia de prenhez as fêmeas foram submetidas a eutanásia e realizada a laparotomia para a avaliação do desenvolvimento intrauterino. Os fetos foram analisados quanto às malformações congênitas externas, viscerais e esqueléticas. Para a análise da odontogênese e do osso trabecular da mandíbula, ratas prenhes foram tratadas com pregabalina (200 mg/kg) do 5° dia de prenhez ao dia antecessor ao parto (20° dia). No pós-natal dia 30, foram selecionados aleatoriamente 8 filhotes de cada grupo para análise do primeiro molar inferior direito e do osso trabecular adjacente utilizando a microtomografia computadorizada. A administração da pregabalina em camundongos machos mostrou um aumento significativo da medida dos testículos (P = 0,009), alterações morfológicas dos espermatozoides (P < 0,0001), diminuição no escore de Johnsen (P = 0,0002), aumento das células de Leydig (P = 0,0002) e diminuição do nível da testosterona (P = 0,0152). Além disso, a análise dos parâmetros da prole mostrou diminuição significativa do peso da placenta (P = 0,0001), do peso (P = 0,0035) e comprimento dos fetos (P = 0,003), da taxa de viabilidade fetal (P = 0,0458) e aumento significativo do número de reabsorções (P = 0,003) e da perda pós-implantação (P =0,0458). As anomalias significativas observadas na prole foram alteração do tamanho dos rins (P = 0,0058), metacarpos e falanges ausentes (P < 0,0001), alteração do esterno (P < 0,0001) e vértebras torácicas supranumerárias (P = 0,003). A administração da pregabalina em camundongos fêmeas prenhes apontou aumento significativo na taxa de reabsorção (P = 0,041) e diminuição significativa do peso da placenta (P < 0,0001), do comprimento (P = 0,0249) e peso dos fetos (P = 0,0484) e da viabilidade fetal (P = 0,0038). Foi verificado que 67,5% dos fetos eram pequenos para a idade de prenhez (P < 0,0001). As malformações observadas foram ventriculomegalia fetal (P < 0,0001) e ossificação incompleta do osso supraoccipital (P < 0,0001). Quanto a análise da administração da pregabalina em ratas prenhes, houve diminuição significativa de ganho de peso materno (P = 0,0139) e de filhotes vivos (P = 0,0213). Durante o acompanhamento pós-natal, houve uma diminuição significativa do peso (F=2,67; P=0,048) e do comprimento (F=9,49; P<0,0001) da prole e atraso da erupção dos dentes incisivos (P = 0,001). A análise do primeiro molar inferior direito, utilizando a microtomografia computadorizada, mostrou diminuição significativa do esmalte (P = 0,0043). A avaliação do tecido ósseo trabeculado adjacente ao primeiro molar mostrou que a pregabalina foi capaz de aumentar significativamente o percentual de volume ósseo (P = 0,0208) e diminuir o volume (P = 0,0266) e percentual de poros abertos (P = 0,0208). Na análise histológica, nenhuma alteração na organização celular foi observada. Em conclusão, o tratamento com pregabalina produziu efeitos tóxicos sobre a função reprodutiva de camundongos machos, efeito embriotóxico na prole durante a gestação nos dois modelos animais além de potencial efeito teratogênico.