01 - Doutorado - Ciências da Saúde
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando 01 - Doutorado - Ciências da Saúde por Título
Agora exibindo 1 - 20 de 82
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Ação de extratos vegetais e alimentos funcionais no tratamento de ratos wistar com resistência à insulina induzida pela frutoseSchmitz, Wanderlei Onofre; Barbosa, Décio Sabbatini [Orientador]Resumo: A resistência à insulina (RI) é uma resposta inadequada dos tecidos a ação da insulina O uso de alimentos funcionais e de plantas medicinais é uma forma importante de controle da resistência a insulina, modificando o metabolismo da glicose, inibindo fatores hiperglicemiantes ou ainda atenuando as complicações da RI ou seus sintomas O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia da farinha da casca do Passiflora edulis, do ?-3, dos extratos hidroalcoólicos das folhas da Camellia sinensis, Bauhinia forficata e Campomanesia xanthocarpa no tratamento de ratos Wistar com resistência à insulina induzida pela frutose 1 Experimento: Foram utilizados 28 ratos divididos em Grupo 1 – grupo controle; Grupo 2 – animais com resistência à insulina não tratados (RI); Grupo 3 – animais com resistência à insulina tratados com farinha da casca do P edulis 5%; Grupo 4 – animais com resistência à insulina tratados com ?-3 (3mg/dia) 2 Experimento: Os extratos foram preparados a partir de 2g de folhas secas com álcool etílico 8% Foram utilizados 6 ratos divididos em Grupo 1 – grupo controle; Grupo 2 – animais com resistência à insulina não tratados (RI); Grupo 3 – animais com resistência à insulina tratados com solução hidroalcoólica 2%; Grupo 4 – animais com resistência à insulina tratados com extrato de C sinensis; Grupo 5 – animais com resistência à insulina tratados com extrato de B forficata; Grupo 6 – animais com resistência à insulina tratados com extrato de C xanthocarpa Os animais foram submetidos à dieta com 66% de frutose Após o tratamento, foi coletado sangue para avaliação bioquímica dos animais, em seguida à eutanásia com éter e decapitação, retirou-se o fígado dos animais para a análise histopatológica Não houve diferença entre os parâmetros de crescimento dos animais durante o experimento O grupo tratado com ?-3 apresentou a menor glicemia dentre todos O grupo tratado com a farinha da casca da P edulis apresentou diminuição do colesterol total, mas apresentou uma diminuição do HDL e um aumento significativo nos valores de triacilgliceróis O grupo tratado com C sinensis apresentou as menores concentrações de glicose, colesterol total, triacilgliceróis e ácido úrico, além de diminuir o quadro de esteatose hepática e conferiu o melhor perfil antioxidante O grupo tratado com o extrato de B forficata apresentou as menores concentrações de frutosamina e diminuindo a esteatose hepática e o extrato de C xanthocarpa diminuiu a produção de oxido nítrico Concluiu-se que a farinha da casca do P edulis não promoveu ação hipoglicemiante significativa O ?-3 apresentou redução da glicemia e dos níveis dos triacilgliceróis plasmáticos O grupo tratado com C sinensis apresentou a melhor ação, seguido do grupo tratado com o extrato de B Forficata, sendo que o extrato que apresentou menor atividade, foi o extrato de C Xanthocarpa São necessários novos estudos para esclarecer melhor à ação dos alimentos funcionais e extratos na fisiopatologia da resistência a insulina e sua possível utilização ou não por pacientes com diabetesItem Adaptação transcultural e avaliação das propriedades psicométricas da versão brasileira do Neurological Fatigue Index for Multiple Sclerosis (NFI-MS/BR)Lopes, Josiane; Kaimen-Maciel, Damacio Ramón [Orientador]; Reiche, Edna Maria Vissoci; Pitta, Fábio de Oliveira; Pontes, Rose Meire Albuquerque; Fragoso, Yara Dadalti; Lavado, Edson Lopes [Coorientador]Resumo: Introdução: A fadiga constitui o sintoma mais frequente e incapacitante na esclerose múltipla (EM) Entretanto, sua avaliação é limitada pela carência e falhas psicométricas dos instrumentos disponíveis O questionário Neurological Fatigue Index for multiple sclerosis (NFI-MS) avalia a fadiga na EM de forma específica, sendo desenvolvido e validado de acordo com os parâmetros psicométricos preconizados, porém, está disponível somente no contexto cultural-idiomático britânico e holandês Objetivo: adaptar transculturalmente o questionário NFI-MS para a língua portuguesa e cultura brasileira, bem como avaliar suas propriedades psicométricas para avaliação da fadiga em indivíduos com EM Metodologia: A versão brasileira do NFI-MS (NFI-MS/BR) foi desenvolvida por meio de processo de tradução, retrotradução, revisão de um comitê de especialistas e teste de campo em 3 indivíduos com EM Na análise psicométrica foram avaliados 21 indivíduos Os 3 primeiros indivíduos foram submetidos à aplicação do NFI-MS/BR pelos entrevistadores A e B no mesmo dia e reteste após 7 dias, pelo entrevistador A Os demais 18 indivíduos responderam os seguintes questionários: escala de severidade da fadiga, escala modificada de impacto da fadiga, escala de impacto da EM, escala de sono de Epworth e índice de qualidade de sono de Pittsburgh administrados pelo entrevistador B com reaplicação mensal do NFI-MS/BR durante mais 18 dias pelo entrevistador A Foram avaliadas as propriedades psicométricas de qualidade dos dados, confiabilidade (consistência interna (coeficiente a de Cronbach), estabilidade teste-reteste (coeficiente de correlação intraclasse (CCI)) e concordância (teste Bland-Altman)), validade de constructo entre o NFI-MS/BR e os outros instrumentos (correlação de Spearman (rho), com hipóteses previamente definidas), sensibilidade, especificidade, responsividade, exame de dimensionalidade e calibração A análise dos dados foi realizada utilizando os programas SPSS®, MedCalc® e RUMM® Resultados: A adaptação transcultural gerou a versão NFI-MS/BR que manteve o número de itens, domínios, alocação dos itens, formato e padrões de respostas idêntico à versão original (NFI-MS) Não houve efeito ceiling e floor O coeficiente a de Cronbach apresentou valores > ,8 e < ,9, demonstrando excelente consistência interna A reprodutibilidade demonstrou excelente concordância na avaliação intra e interavaliador com CCI de ,95 e ,94 e diferença de média de -,83 e ,86, respectivamente A validade de constructo (rho) foi confirmada na maioria das correlações Os escores do NFI-MS/BR, durante as 7 entrevistas, foram similares (P = ,868) O ponto de corte do NFI-MS/BR foi definido como = 29,5 pontos indicativo de fadiga (86,8% de sensibilidade, 28,9% de 1- especificidade) (P < ,1) Na análise Rasch, os itens foram ordenados, nenhuma dependência foi demonstrada sendo confirmadas a confiabilidade, qualidade dos dados e unidimensionalidade O viés foi observado somente para a variável país e para um item, porém com pequena magnitude Conclusão: O NFI-MS/BR é o primeiro instrumento específico e disponível no Brasil ajustado ao modelo de Rasch Ele satisfaz os parâmetros clássicos e modernos de avaliação da fadiga sendo clinicamente viável, válido e confiável para avaliar indivíduos Brasileiros com EMItem Alterações hematológicas, oxidativas e funcionais do músculo cardíaco em ratos portadores de tumor de Walker-256 e suplementados com creatinaBorges, Fernando Henrique; Cecchini, Rubens [Orientador]; Araújo, Eduardo José de Almeida; Luiz, Rodrigo Cabral; Dichi, Isaías; Pinge, Marli Cardoso Martins; Guarnier, Flávia Alessandra [Coorientadora]Resumo: A caquexia do câncer é uma doença caracterizada pela perda progressiva de massa corporal, não envolvendo apenas a musculatura esquelética, mas também a cardíaca Embora existam relatos de perda de massa muscular cardíaca em ratos portadores de tumor, até o momento existem poucas relações entre estresse oxidativo e caquexia cardíaca, sendo que, diversas estratégias vem sendo estudadas afim de reverter o quadro da caquexia cardíaca Desde o século passado a creatina passou a ser utilizada como suplementação em diversas doenças cardiovasculares e, apresentou efeitos promissores Entretanto, ainda não se descreveu o efeito desta suplementação sobre a caquexia cardíaca induzida pelo câncer Por essa razão, o objetivo desse trabalho foi investigar o efeito da suplementação com creatina durante o desenvolvimento tumoral em animais portadores da forma sólida do tumor de Walker-256 Para isso, ratos Wistar machos foram divididos em 5 grupos: controle (C), tumor (T – inoculados com 8,x17 células viáveis em 3µL de PBS, intramuscularmente no flanco direito), tumor suplementado com creatina (TCr – inoculação do tumor + creatina diluída em água mineral – 8g/L) Os animais do grupo T e TCr foram acompanhados em dois tempos experimentais distintos, 5 e 1 dias, dessa forma, os 5 grupos experimentais foram: C, T5 e TCr5 (acompanhados durante 5 dias) e T1 e TCr1 (acompanhados durante 1 dias) Os animais foram pesados no início e ao final de cada período experimental e a ingestão alimentar e de água foi controlada a cada 2 dias Antes da inoculação do tumor e início com a suplementação e antes da eutanásia, os animais foram avaliados através do exame de eletrocardiograma No dia da eutanásia, os animais foram pesados, anestesiados, e o sangue foi coletado pela veia porta, em seguida, o coração, este separado entre ventrículos e átrios – ambos em direito e esquerdo –, o músculo gastrocnêmio e o tumor A perda de peso corporal foi calculada através da diferença entre o peso final e o peso inicial, assim como a perda de musculatura esquelética, representada pelo músculo gastrocnêmio, e cardíaca em ambos ventrículos A amostra de sangue foi utilizada para realização do hemograma, quantificação de glicose, AOPP, malondialdeido e TNF-a Para o coração, quantificou-se creatina, creatinofosfato e creatina livre, apresentando aumento da concentração nos grupos suplementados, espessura da parede ventrícular por morfometria, perfil elétrico por eletrocardiograma, quantificação de cálcio no tecido, atividades proteassomal e de calpainas, peroxidação lipídica, proteínas carboniladas e produtos reativos ao ácido tiobarbitúrico Os animais apresentaram perda de peso progressiva durante o desenvolvimento tumoral e diminuição na ingestão alimentar Ao analisar o sangue, observou-se redução no número de hemácias, aumento de reticulócitos, plaquetas e leucócitos A glicose sistêmica também reduziu nos animais com tumor, e o estresse oxidativo (lipoperoxidação e carbonilação de proteínas) e a inflamação sistêmica (TNF-a) aumentaram Ao comparar essas análises com os animais, da qual, ofertou-se a suplementação com creatina, os mesmos parâmetros são semelhantes ao grupo controle As análises cardíacas nos animais com tumor revelaram diminuição da espessura da parede do ventrículo direito, resultando em ineficácia da repolarização ventricular, aumento do batimento cardíaco e inversão da onda T Assim, foi capaz de observar aumento da concentração de cálcio no tecido cardíaco e da atividade da calpaina no ventrículo direito Em teste de estresse oxidativo, ocorreu aumento peroxidação lipídica, carbonilação de proteínas e de malondialdeído nos animais com tumor Mais uma vez, a suplementação de creatina foi capaz de impedir que algumas alterações ocorressem Apesar do desenvolvimento tumoral ser capaz de apresentar mudanças importantes no tecido cardíaco, a suplementação com creatina foi capaz de reverter quase todos os parâmetros analisados, apresentando efeitos protetoresItem Alterações metabólicas e digestivas no pós-operatório de cirurgia bariátricaJoia Neto, Luiz; Lopes Junior, Ascêncio Garcia [Orientador]; Biazin, Claudio Clementino Camacho; Jacob, Carlos Eduardo; Fuganti, Paulo Emilio; Silvestre, José Manuel da SilvaResumo: Introdução: As alterações na digestão e perdas de nutrientes são aspectos relevantes na redução do peso e na manutenção estado nutricional do paciente submetido à gastroplastia, mas poucos estudos estão disponíveis na literatura Este trabalho tem como objetivo estudar as alterações sistêmicas decorrentes da redução de peso ao longo do tempo, após o tratamento cirúrgico Método: Estudo tipo coorte prospectivo, realizado no Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina A amostra compreende 44 indivíduos, obesos mórbidos, operados entre julho de 21 e abril de 25 A cirurgia realizada foi a derivação gástrica em Y-de-Roux com anel de silicone Resultados: O peso inicial variou entre 91 e 216 Kg (Md = 141 Kg 1º e 3º Quartil =115 e 15) e o IMC, nesta fase esteve entre 36,3 - 8,31 Kg/m2 (Md = 49,28 Kg/m² 1º e 3º Quartil = 44,62 e 49,28) A anemia se manifestou em oito (18,2%) pacientes e 13 (29,5%) apresentaram albumina com valores reduzidos No final do estudo, o tempo de seguimento variou entre 32 e 79 meses ( = 52,5meses, DP = 8,8) O peso final variou entre 6,3 e 122,9 Kg (Md = 83,95 Kg, 1º e 3º Quartil = 75,7 e 83,95) e o IMC esteve entre 24,62 e 45,54 Kg/m2 (Md = 31,69 Kg/m², 1º e 3º Quartil = 28,93 e 35,89) A porcentagem de redução de peso nesta fase foi de 36,31% (p<,1) Um paciente (2,3%) apresentou aumento do peso Em três pacientes (6,8%) a albumina esteve reduzida e 9 (2,5%) apresentavam anemia A pesquisa de gordura fecal foi positiva em 16 pacientes (36,4%), substância redutora positiva nas fezes em um (2,3%) paciente e presença de sangue oculto nas fezes foi positiva em 13 (29,5%) pacientes O diâmetro interno do anel de silicone esteve entre ,45 e 1,4 cm ( = ,75cm, DP = ,22) Conclusão: Após a cirurgia ocorre uma perda significativa de peso, porém, o IMC ainda se mantém acima de 35 Kg/m2 em 26 (59%) pacientes acompanhados por longo tempo Existe uma melhora substancial dos níveis de colesterol e glicemia O diâmetro do anel não demonstrou associação significativa com a redução do peso, contudo, os pacientes com anel superior a 1 cm, não apresentam anemia ou hipoalbuminemia, estando clinicamente melhores que aqueles com anel menor que 1 cmItem Alterações metabólicas na doença de Parkinson : análise de biomarcadores de estresse oxidativo, inflamatórios e do metabolismo do ferroFarias, Carine Coneglian de; Barbosa, Décio Sabbatini [Orientador]; Estanislau, Célio Roberto; Probst, Vanessa Suziane; Brinholi, Francis Fregonesi; Santos, Suhaila Mahmoud SmailiResumo: A doença de Parkinson (DP) é uma desordem caracterizada pela perda progressiva e crônica dos neurônios dopaminérgicos da substância negra pars compacta Estresse oxidativo, inflamação e alterações no metabolismo do ferro possuem um papel importante na fisiopatologia da DP Alterações metabólicas decorrentes desta doença podem ser encontradas não só no cérebro dos pacientes como também sistemicamente Os principais objetivos deste trabalho foram: a) Avaliar biomarcadores de estresse oxidativo, incluindo hidroperóxidos lipídios (LOOH), malondialdeído (MDA), metabólitos do óxido nítrico (NOx), grupamento sulfidrila (SH), atividade da catalase (CAT), atividade da superóxido dismutase (SOD), paraoxonase 1 (PON 1), capacidade antioxidante total plasmática (TRAP) e inflamatórios, proteína C reativa (PCR) na DP e associar com a progressão da doença; b) avaliar biomarcadores do metabolismo do ferro, incluindo ferro (Fe), ferritina, capacidade total de ligação de ferro (TIBC), transferrina (Tf) e receptor solúvel de transferrina (RsTf), buscando associações com biomarcadores de estresse oxidativo, MDA e PON 1 e inflamatórios, haptoglobina (Hp), homocisteína (Hci), interleucina 6 (IL-6), receptor solúvel de interleucina 6 (RsIL-6) na DP Participaram do estudo 56 pacientes com DP nos estágios 1-3 da Escala Hoehn e Yahr e 56 controles A DP é caracterizada pelo aumento de LOOH, MDA e atividade da SOD e diminuição da atividade da CAT Uma combinação de cinco biomarcadores de estresse oxidativo prevê significativamente DP, com uma sensibilidade de 94,5% e uma especificidade de 86,8% (ou seja, MDA, atividade da SOD, TRAP, SH e atividade da CAT) O biomarcador mais associado à DP é o MDA, enquanto LOOH e atividade da SOD estão significativamente associadas ao estágio tardio da DP, mas não ao estágio inicial da DP Os medicamentos antiparkinsonianos não afetaram os biomarcadores de estresse oxidativo, mas levodopa + carbidopa aumentou significativamente a PCR A DP foi associada a mudanças significativas nos níveis de Tf (diminuição), RsTf, ferritina, Hp, interleucina 6 e MDA (todos aumentados), enquanto houve tendência para uma associação negativa com PON 1 A regressão logística mostrou que os biomarcadores mais significativos da DP foram MDA, RsTf, Hp e ferritina Além disso, os níveis de Fe foram associados negativamente com Hp e positivamente com PON 1, TIBC e Tf, enquanto a ferritina e o RsTf foram positivamente associados aos níveis de MDA Novos tratamentos para DP podem ser direcionados para atingir as vias de estresse oxidativo, inflamação e metabolismo do ferroItem Análise clínica e anatomopatológica dos feocromocitomas esporádicos em comparação com os associados à doença de von Hippel-LindauCrespigio, Jefferson; Mazzuco, Tânia Longo [Orientador]; Fornazieri, Marco Aurélio; Almeida, Sílvio Henrique Maia de; Pignatelli, Duarte; Rocha, José Claudio Casali da; Mazzu, Tânia Longo [Coorientadora]Resumo: Introdução: A doença de von Hippel-Lindau (VHL) constitui uma síndrome rara com herança autossômica dominante, caracterizada pela predisposição a múltiplos tumores decorrentes de mutações no gene VHL Pacientes classificados como VHL do tipo 2 exibem alto risco de desenvolvimento de tumores da medula da adrenal denominados feocromocitomas, os quais apresentam características clínicas e morfológicas distintas dos casos esporádicos de feocromocitomas e de casos presentes em outras síndromes genéticas Marcadores moleculares, tais como as enzimas da família glutationa S-transferase, caspases, proteína p53, bem como biomarcadores relacionados ao padrão de vascularização e à proliferação celular, têm sido relacionados a fatores prognósticos em diversas neoplasias Feocromocitomas presentes na doença de VHL são tumores raros, cujos dados histopatológicos são escassos na literatura Objetivos: Descrever as características clínicas e de biomarcadores em feocromocitomas presentes na doença de VHL em comparação aos casos esporádicos de feocromocitomas Metodologia: Foi realizado um estudo observacional descritivo e transversal incluindo casos de feocromocitomas esporádicos (n = 6) e feocromocitomas VHL (n = 3) a partir de dados clínicos e laboratoriais Foram coletadas dos prontuários médicos as seguintes informações: idade, sexo, lateralidade e maior diâmetro do tumor, presença ou ausência de sintomas e sinais adrenérgicos, excreção urinária de catecolaminas e metanefrinas Na etapa seguinte, realizou-se revisão anatomopatológica com classificação de PASS (pheochromocytoma of the adrenal gland scaled score) de cortes histológicos nos blocos de parafina dos feocromocitomas removidos cirurgicamente Foi realizado estudo experimental através da técnica imunoistoquímica utilizando os anticorpos primários para cromogranina A, caspase-3, GSTP1, Ki-67, p53, CD34 e S-1 Resultados: No momento do diagnóstico os pacientes com feocromocitomas VHL apresentaram média de idade menor (34,6 anos; IC95% 33-36) que os casos esporádicos (57,5 anos, IC95% 5-64) (p=,3) O maior diâmetro tumoral nos pacientes com VHL (2,4 cm; IC95% ,8-4,3) foi significativamente menor do que nos casos esporádicos (6,6 cm; IC95% 5,8-8,) (p=,7) Todos os pacientes apresentaram tumores unilaterais, à exceção de um paciente com doença de VHL que apresentou tumor bilateral A tríade clássica de sintomas de feocromocitoma esteve presente somente nos casos esporádicos, com todos os pacientes desse grupo exibindo valores elevados de metanefrinas urinárias Todos os feocromocitomas apresentaram critérios de PASS menor que 4 A densidade vascular, avaliada através da expressão do CD 34, foi 3,5 vezes maior nos feocromocitomas VHL em comparação aos casos esporádicos (p=,2) Os feocromocitomas presentes na síndrome VHL exibiram menor expressão das proteínas GSTP1 (p=,1) e caspase-3 (p=,2) em relação aos casos esporádicos Não houve diferenças significativas na imunoexpressão das proteínas p53, S-1 e do índice de proliferação celular (Ki-67) Conclusão: Nossos resultados demonstraram que feocromocitomas presentes em pacientes com doença de VHL apresentam aumento da vascularização com diminuição da apoptose e baixa proliferação celular, estando de acordo com dados da literatura de desregulação da via do HIF (fator induzido pela hipóxia) Houve baixa imunoexpressão de GSTP1 nos feocromocitomas VHL porém não há estudos na literatura referentes ao metabolismo xenobiótico nos casos de feocromocitomas esporádicos ou familiares sendo, portanto, um assunto a ser investigado de forma mais aprofundada A complementação do estudo anatomopatológico do feocromocitoma, incluindo a avaliação da densidade vascular com a técnica de imunoistoquímica em exame de rotina, poderá auxiliar na suspeita da doença de VHL em pacientes cujo feocromocitoma assintomático (incidentaloma) seria a primeira manifestação da doença Considerando a raridade destes tumores neuroendócrinos, estudos multicêntricos com aumento da casuística contribuirão para melhor entendimento da fisiopatologia e dos mecanismos moleculares presentes em feocromocitomas na doença de VHLItem Análise das comorbidades relacionadas ao transtorno por uso do tabaco e o tratamento complementar da N-Acetilcisteína para cessação do tabagismoMachado, Regina Célia Bueno Rezende; Nunes, Sandra Odebrecht Vargas [Orientador]; Rossaneis, Ana Carolina; Urbano, Mariana Ragassi; Carmo, Davi Roberto do; Vargas, Heber OdebrechtResumo: Objetivos: Os principais objetivos do estudo foram analisar em pacientes com Trantorno por uso do tabaco, comorbidades clínicas, psiquiátricas, maus-tratos na infância e biomarcadores, bem como avaliar os efeitos da NAC como tratamento complementar na cessação do tabaco e alterações inflamatórias e de perfil lipidico O estudo foi realizado no Centro de Referência de Abordagem e Tratamento do Tabagismo, localizado no Ambulatório de Especialidades do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina, credenciado para abordagem e tratamento do fumante pelo Ministério da Saúde Para o estudo transversal a população foi constiuida por fumantes atuais (n = 129) e nunca fumantes (n = 85) Aplicou-se um questionário estruturado para avaliar dados sociodemográficos, clínicos, histórico familiar de tabagismo, tabagismo materno durante a gravidez e medidas antropométricas e escalas validadas como o ASSIST - Teste de Triagem do Envolvimento com Álcool, Tabaco e Outras Substâncias , Teste de Fagerström para Dependência de Nicotina, Questionário sobre Traumas na Infância, Escala de Avaliação da Depressão e de Ansiedade de Hamilton e uma entrevista clínica estruturada para diagnóstico de Transtorno Depressivo Maior e Transtorno por Uso de Tabaco pelos médicos psiquiatricas pesquisadores do grupo de pesquisa Foram mensurados os níveis séricos de proteína C-reativa, fator de necrose tumoral alfa, receptor de TNF solúvel, leptina, e biomarcadores de perfil lipídico Para o estudo de segmento realizou-se um ensaio clínico com a N- acetilcisteina (NAC) duplo-cego de 12 semanas controlado por placebo; Os pacientes que após 4 semanas de tratamento convencional que não pararam de fumar ou que não reduziram os cigarros diariamente por meio de medições do monóxido de carbono expirado, foram convidados a participar do estudo NAC (18mg / dia) que foi adicionado ao tratamento convencional Para o ensaio clínico, dos 129 com TUT, encontrou-se 76 pacientes com intenção de tratar e destes 42 não foram elegíveis por critérios de exclusão, não aceitaram participar ou já cessaram o uso de tabaco no primeiro mês de tratamento convencional, sendo 34 pacientes com intenção de tratar foram elegíveis Resultados: Os fumantes atuais apresentaram maior prevalência para o transtorno depressivo maior, problemas de álcool, tabagismo materno durante a gravidez, abuso emocional na infância e história familiar de tabagismo em comparação com nunca fumantes Os fumantes apresentaram níveis significativamente mais baixos de leptina, colesterol de lipoproteína de baixa densidade, índices de risco mais altos de Castelli I e II, níveis mais de hidroperóxido lípidico do que nunca fumantes Os fumantes pesados tiveram inflamação, níveis mais elevados de sTNF-R1 do que fumantes leves No ensaio clínico com NAC, os participantes que receberam NAC apresentaram redução estatisticamente significativa nos níveis sTNF-R2, índices de risco de Castelli I e II em comparação com aqueles que receberam placebo Conclusões: fumantes atuais e fumantes pesados apresentaram ocorrências de comorbidades clínicas e psiquiátricas em comparação com nunca fumantes O estudo fornece evidências de que a detecção de comorbidades clínicas e psiquiátricas nos fumantes atuais possibilita oferecer tratamentos personalizados para cessação do tabagismo O tratamento complementar da NAC na cessação do tabagismo apresenta redução da inflamação, o que evidência que seu uso pode reduzir as doenças relacionadas ao tabacoItem Análise do polimorfismo CCR5-delta32 e da expressão proteica de CCL5 em amostras de pacientes com carcinoma mamárioDerossi, Daniela Rudgeri; Cólus, Ilce Mara de Syllos [Orientador]; Oliveira, Carlos Eduardo Coral de; Amarante, Marla Karine; Reiche, Edna Maria Vissoci; Delfino, Vinicius Daher Alvares; Guembarovski, Roberta Losi [Coorientadora]Resumo: Diversas moléculas, dentre as quais se destacam as quimiocinas e seus receptores, vêm sendo estudadas para uma melhor compreensão da patogênese do câncer de mama Evidências indicam que estas participam no desenvolvimento dos órgãos, na angiogênese, na mobilidade de células tronco, na recirculação dos leucócitos, na regulação e no desenvolvimento imunológico e hematopoiético, e mais recentemente, na disseminação de células tumorais no processo metastático, inclusive no câncer de mama Relatos atuais levantam a possibilidade de que a análise do eixo quimiocina CCL5 e receptor CCR5 possua um valor prognóstico relevante nesta neoplasia Neste trabalho, foi avaliado um polimorfismo genético (rs333/delta32) no gene CCR5 em um estudo de associação do tipo caso-controle, bem como em relação a parâmetros prognósticos da doença Foi ainda avaliada a expressão proteica de CCL5, tanto em sobrenadante tecidual quanto em cortes de tecidos tumoral e normal da mama, sendo as mesmas também correlacionadas aos parâmetros prognósticos das pacientes Foram utilizadas 167 amostras de sangue periférico de pacientes portadoras de carcinoma de mama e 179 amostras de mulheres livres de carcinoma de mama, para extração de DNA, no estudo de assocciação de caso-controle Para o método de enzimaimunoensaio foram utilizadas 49 amostras de sobrenadante de tecidos tumorais e normais a frescoPara o estudo imunohistoquímico foram utilizados 24 blocos de parafina provenientes de cirúrgicas realizadas nas pacientes com carcinoma de mama A análise da variante genética de CCR5 foi realizada pela reação em cadeia da polimerase (PCR) com primers específicos A análise da expressão proteica foi realizada pelas técnicas de enzima-imuno-ensaio (ELISA) (a partir dos sobrenadantes de tecidos normais e tumorais) e imunohistoquímica (a partir de cortes de tecidos normais e tumorais embebidos em parafina) As análises estatísticas foram realizadas pelos testes de Mann–Whitney e Correlação Tau_b de Kendall Não foi observada associação significativa entre a variante de CCR5 e a suscetibilidade ao câncer de mama (CCR5-delta32: OR=135; CI95%=63-291) As análises em relação aos parâmetros prognósticos indicaram uma correlação significativa entre CCR5-delta32 e acometimento de linfonodos e/ou metástase à distância (p= 2) Com relação à expressão proteica de CCL5 por imunohistoquímica, foi observada predominância de marcação citoplasmática Não foram observadas associações significativas em relação aos parâmetros prognósticos e nem em relação aos genótipos de CCR5-delta32 Com relação a expressão de CCL5 por ELISA, foi observada uma concentração maior da proteína no sobrenadante de tecido tumoral quando comparada àquele do tecido normal adjacente (p<1) Adicionalmente, quando esta expressão foi comparada em diferentes estadiamentos tumorais, foi observada uma diferença significativa entre os estadiamentos I e III (p<2) Ainda, quando a expressão de CCL5 foi averiguada em relação aos parâmetros prognósticos, foi observada uma maior concentração da proteína em relação ao comprometimento linfonodal (p=3) De um modo geral, os resultados do presente estudo indicam que o eixo CCL5/CCR5 pode ter importantes implicações prognósticas no contexto da carcinogênese mamáriaItem Análise dos custos de pacientes internados em um centro universitário de referência no tratamento de queimadurasAnami, Elza Hiromi Tokushima; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho [Orientador]; Delfino, Vinicius Daher Alvares; Almeida, Sílvio Henrique Maia de; Leonardi, Dilmar Francisco; Nonino, Eleine Aparecida Penha MartinsResumo: O objetivo desse estudo foi descrever os custos diretos do tratamento de pacientes admitidos na Unidade de Terapia Intensiva de um centro de referência no tratamento de queimaduras de um hospital terciário, universitário, público, no estado do Paraná, no sul do Brasil Trata-se de um estudo longitudinal prospectivo, de pacientes consecutivamente admitidos nos leitos de terapia intensiva de queimados, no período de maio de 211 a maio de 213 Os pacientes que preenchiam os critérios de inclusão foram acompanhados diariamente até a alta hospitalar ou óbito Os itens de custos diretos foram agrupados em cinco categorias: suporte clínico, medicamentos e hemoderivados, procedimentos médicos, procedimentos específicos para tratamento das queimaduras e taxas hospitalares Os valores dos itens em moeda nacional (ano 214) foram baseados nos índices de preços de procedimentos médicos da Associação Médica Brasileira (AMB) e para medicamentos, soluções e materiais de consumo hospitalar os índices de preços da tabela Brasíndice Foram também coletados dados demográficos, etiologia, extensão e profundidade das queimaduras e os dados para o cálculo dos escores de prognósticos Acute Physiology and Chronic Health Evaluation (APACHE II) e Abbreviated Burn Severity Index (ABSI), o escore de disfunção orgânica (SOFA) e de intervenções terapêuticas (TISS 28) para caracterização da população do estudo Não foram coletados os custos indiretos Foram incluídos e analisados 18 pacientes Houve predominância do sexo masculino 131 (72,8%) A média de idade foi de 42, ± 15,3 anos, a média de superfície corpórea queimada de 27,9 ± 17,8% e a média do tempo de internação de 28, ± 21,4 dias A média do índice ABSI foi de 79 ± 23 e 164 ± 85 para o APACHE II A maioria dos pacientes sofreu queimaduras decorrentes de acidentes domésticos (56,1%) As queimaduras térmicas foram as mais frequentes 154 (85,5%) e o agente acelerador foi o álcool líquido com 84 (46,7%) casos O custo total médio diário foi de R$ 2874,5 ± 1111,95 e o custo total médio da internação foi de R$ 85544,79 ± 81541,2 Em concordância com literatura disponível, os custos do tratamento dos pacientes queimados foram elevados Constatou se diferenças entre as estimativas de custos diretos publicados ao redor do mundo As variações de abordagens metodológicas dos estudos, características populacionais e diferentes protocolos de cuidados podem justificar essas diferençasItem Associação de marcadores de estresse oxidativo e inflamatórios em fumantes e em depressivosVargas, Heber Odebrecht; Nunes, Sandra Odebrecht Vargas [Orientador]; Venâncio, Emerson José; Moreira, Estefânia Gastaldello; Fúngaro, Maria Helena Pelegrinelli; Verri Junior, Waldiceu Aparecido; Barbosa, Décio Sabbatini [Coorientador]Resumo: Objetivo: O presente estudo teve como objetivo geral avaliar as características sócio-demográficas, clínicas, biomarcadores de estresse oxidativo e inflamatórios em fumantes, com e sem depressão, e compará-los a indivíduos nunca fumantes depressivos e não depressivos Método: Foram avaliadas as características sócio-demográficas, clínicas, história tabagística e exames laboratoriais de marcadores de estresse oxidativo e inflamatórios em fumantes e nunca fumantes Foram selecionados 15 fumantes ambulatoriais (72 depressivos e 78 não depressivos) recrutados do Centro de Referência de Abordagem e Tratamento do Tabagismo (CRATT), da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e 191 nunca fumantes (68 depressivos e 123 não depressivos) recrutados na mesma instituição A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UEL Os participantes foram submetidos a um questionário estruturado para avaliar as características sócio-demográficas, clínicas, risco do uso do álcool e história tabagística O transtorno depressivo e o transtorno por uso do tabaco foi avaliado pela entrevista clínica estruturada, versão clínica (SCID-I), baseada no DSM-IV Os marcadores inflamatórios foram mensurados pelos seguintes exames laboratoriais: proteína C reativa, velocidade de hemosedimentação (VHS), homocisteína e fibrinogênio O estresse oxidativo foi avaliado pelos seguintes exames: determinação de dialdeído malônico (MDA), determinação de hidroperóxidos lipídicos, determinação de metabólitos do Óxido Nítrico (NOx), determinação do potencial antioxidante total plasmático (TRAP) e determinação dos produtos avançados de oxidação proteica (AOPP) Resultados: Os fumantes depressivos apresentaram alterações nas concentrações de NOx, hidroperóxidos lipídicos, AOPP, TRAP, fibrinogênio, maior incapacidade laboral, maior gravidade dos sintomas depressivos e taxas maiores de tentativas de suicídio ao serem comparados aos fumantes não depressivos e, nunca fumantes depressivos e não depressivos Fumantes deprimidos tinham níveis significativos de estresse oxidativo e marcadores inflamatórios após o ajuste para sexo, idade, anos de escolaridade, deficiência de trabalhar, e as medidas de laboratório Indivíduos com histórico de tentativas de suicídio tiveram significativamente níveis mais elevados de NOx e de hidroperóxidos lipídicos e mais baixas concentrações de TRAP, em comparação com indivíduos sem tentativas de suicídio Conclusão: O presente estudo sugeriu que a comorbidade do transtorno depressivo e transtorno por uso de tabaco estava associada com maior gravidade dos sintomas depressivos, maiores taxas de tentativas de suicídio, maior incapacidade laboral e alterações de marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo Desse modo, no planejamento terapêutico dos fumantes depressivos deve-se levar em conta estes achados para prevenir morbidade e mortalidade de ambas enfermidadesItem Atividade física na vida diária em adultos : valores de referência de passos por dia para uma população brasileira, perfil e fatores correlatos em estudantes universitáriosProença, Mahara-Daian Garcia Lemes; Pitta, Fábio de Oliveira [Orientador]; Barbosa, Décio Sabbatini; Teixeira, Denilson de Castro; Ramos, Dionei; Probst, Vanessa SuzianeResumo: Introdução: Valores de referência determinam o que é padrão para uma determinada população Até o momento não há informação com relação aos valores esperados de passos/dia na população brasileira adulta Adicionalmente, ainda com relação à medida objetiva da atividade física na vida diária (AFVD), observa-se que no âmbito nacional algumas populações ainda não foram estudadas em profundidade, como é o caso de jovens adultos universitários Apesar deste ser reconhecidamente um período crítico de transição, a literatura científica ainda não apresenta evidências sólidas quanto ao perfil e fatores correlatos da atividade física de estudantes universitários Objetivos: Fornecer valores de referência para passos/dia em adultos brasileiros; quantificar o nível AFVD de estudantes universitários e investigar seus fatores correlatos Métodos: No primeiro estudo, 29 indivíduos aparentemente saudáveis, de 2 a 79 anos de idade, foram avaliados quanto à AFVD por meio de pedômetro durante sete dias, tiveram seu peso e altura medidos e o índice de massa corpórea (IMC) calculado No segundo estudo, 221 alunos de diferentes centros de uma universidade pública do estado do Paraná (Brasil) fizeram uso de um pedômetro, durante sete dias para avaliação do nível de atividade física, e foram avaliados quanto à aptidão cardiorrespiratória (2m Shuttle Run Test –2mSRT), qualidade de vida (QV – SF-36), presença de sintomas de ansiedade (IDATE) e depressão (BECK) Resultados: Adultos brasileiros andaram 7729 (7332-8258) passos/dia [mediana (intervalo interquartílico)] Um modelo de regressão múltipla mostrou que sexo e idade explicaram 68% da variância de passos/dia (P<,1), permitindo assim a equação de predição derivada para a população brasileira: Passos/diapred=9241349-(38414*idade)+(682612*sexo), onde sexo masculino=1, e feminino=) No segundo artigo, 6% dos universitários foram classificados como fisicamente ativos (>8 passos/dia) Em geral, a amostra apresentou boa aptidão física e QV, presença de sintomas moderados de ansiedade e mínimos de depressão Nível mais baixo de atividade física na vida diária se associou moderadamente com pior aptidão física (VO2max [r=,42], VO2%pred [r=,41] e distância atingida no 2mSRT [r=,43]; P<1 para todos), e fracamente com piores sintomas de ansiedade (r=-,2; P=,4) e pior QV nos domínios capacidade física, aspectos físico e saúde mental (r=,21, ,15 e ,2, respectivamente; P<,5 para todos) A distância percorrida no 2mSRT foi o único factor preditor do número de passos/dia, embora tenha explicado apenas uma pequena proporção da sua variância (2%) Conclusões: A variância do número de passos/dia de adultos brasileiros pode ser explicada em 68% pela idade e sexo Com base nessas variáveis, uma equação para predição de valores de referência para passos/dia foi proposta Quanto ao nível de atividade física de estudantes universitários, a maioria destes pode ser considerada como fisicamente ativa de acordo com o número de passos/dia Aptidão cardiorrespiratória, sintomas de ansiedade e qualidade de vida são fatores correlatos do número de passos/dia nestes jovens adultosItem Atuação de um time de resposta rápida no cuidado do paciente grave com recusa de vaga em Unidade de Terapia Intensiva : análise de custosUrizzi, Fabiane; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho [Orientador]; Dessunti, Elma Mathias; Lopes, Gilselena Kerbauy; Cardoso, Lucienne Tibery Queiroz; Delfino, Vinícius Daher AlvaresResumo: Objetivo: Analisar as características, intervenções e os custos diretos associados ao atendimento dos pacientes em demanda reprimida de leitos de terapia intensiva de um hospital universitário, terciário e público na cidade de Londrina no estado do Paraná Método: Estudo de coorte prospectivo de pacientes graves, em situação de demanda reprimida, atendidos pelo Time de Resposta Rápida do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina no período de fevereiro de 212 a fevereiro de 213 Os pacientes que preencheram os critérios de inclusão foram acompanhados diariamente até o desfecho que envolveu: transferência para Unidade de Terapia Intensiva (UTI), melhora clínica, limitação de suporte terapêutico ou óbito A coleta de dados foi composta de dados clínicos e demográficos e incluíram: diagnóstico de indicação de UTI, comorbidades, tempo de hospitalização e em situação de demanda reprimida e desfechos Os itens de custos diretos foram agrupados em quatro categorias: suporte clínico, itens de consumo, recursos humanos e taxas hospitalares Os valores dos itens em moeda nacional (ano 214) foram embasados nos índices de preços de procedimentos médicos da Associação Médica Brasileira (AMB) e para medicamentos, soluções e materiais de consumo hospitalar os índices de preços da tabela Brasíndice Foram também coletados dados para o cálculo do índice prognóstico Acute Physiology and Chronic Health Evaluation (APACHE II), Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) Therapeutic Intervention Scoring System (TISS-28) para caracterização da população Os custos indiretos não foram incluídos no estudo Resultados: Foram incluídos e analisados 454 pacientes Houve predominância do sexo masculino (54,6%) A mediana de idade foi de 62 (47 - 73) anos As medianas foram de 22,5 (16 – 29) para o índice APACHE II, 8 (4 - 13) para o índice SOFA e de 27 (22 - 3) para o índice TISS A mediana do tempo de permanência em demanda reprimida foi de 3 (2 - 6) dias Dos desfechos observados 2 pacientes (,4%) foram transferidos para outra instituição, 25 (5,5%) pacientes tiveram decisão de limitação de suporte terapêutico após concordância do médico titular e dos familiares No período que aguardavam disponibilidade de leito para admissão na UTI, 11 (22,3%) pacientes evoluíram a óbito, 122 (26,9%) tiveram suas solicitações de admissão de UTI canceladas devido melhora clínica no período de demanda reprimida e 24 (44,9%) pacientes foram admitidos na UTI após um período de espera de 3 (2 - 6) dias O custo total dos pacientes não sobreviventes foi superior aos sobreviventes (R$ 1337,8 versus R$ 1835,53, respectivamente; p=,41) Conclusão: A população analisada apresentou aspectos clínicos com critérios clássicos para admissão em leitos de UTI, e com escores prognósticos elevados Os custos diretos de tratamento de pacientes graves em situação de demanda reprimida mostraram-se elevados Também houve diferença nos custos entre pacientes sobreviventes e não sobreviventesItem Avaliação da função cognitiva em pacientes com transtorno bipolar e transtorno depressivo maior e associação com biomarcadores inflamatóriosZazula, Robson; Nunes, Sandra Odebrecht Vargas [Orientador]; Soares, Maria Rita Zoéga; Verri Junior, Waldiceu Aparecido; Estanislau, Célio Roberto; Gon, Márcia Cristina Caserta; Carmo, David Roberto do; Soares, Maria Rita Zoéga [Coorientadora]Resumo: Indivíduos com transtornos do humor apresentam maior prejuízo nas funções cognitivas quando comparados com aqueles sem o transtorno Deficits cognitivos em pacientes com transtorno bipolar (TB) e transtorno depressivo maior (TDM) correlacionam-se com incapacidade funcional, pior qualidade de vida e maiores níveis inflamatórios, mesmo em fases de remissão A identificação das variáveis associadas aos deficits cognitivos no TB e TDM possibilita avanços na compreensão de um problema frequente encontrado na prática clínica e possibilita melhores estratégias de intervenções psicossociais e farmacológicas para ambos grupos O presente estudo objetivou avaliar o perfil cognitivo global e desempenho em diferentes domínios cognitivos, bem como gravidade dos sintomas de depressão e mania, qualidade de vida e funcionalidade em pacientes com TB eTDM e participantes controles Além disso, objetivou a avaliar a associação entre função executivas e memória de trabalho e fator de necrose tumoral-alfa (TNF-alfa) e os receptores solúveis para fator de necrose tumoral 1 e 2 (sTNFR1 e 2) em pacientes com TB em comparação com controles No Estudo 1 participaram 32 pacientes com TB, 3 com TDM e 28 participantes controles e no Estudo 2 participaram 31 pacientes com TB e 27 controles A confirmação do diagnóstico do TB e TDM foi realizado por meio da Entrevista Clínica Estruturada para Diagnósticos de Transtornos Mentais (SCID-I), baseada no DSM-IV e foram aplicados os seguintes instrumentos: Escala de Gravidade de Depressão de Hamilton de 17 itens (HDRS17), Escala de Gravidade de Ansiedade de Hamilton (HAM-A), Escala de Gravidade de Mania (YMRS), Escala de Incapacidade de Sheehan (SDS), Escala de Qualidade de Vida (WHOQoL-brief) e Impressão Clínica Global – Severidade (CGI-S) A função cognitiva foi avaliada por meio da Bateria de Pesquisa CogStateTM, uma bateria de teste cognitivo computadorizada, composta por 12 subtestes em formato de jogos, avaliando os domínios cognitivos: velocidade de processamento, atenção, memórias de trabalho, visual, verbal e função executiva No Estudo 2, níveis de TNF-alfa e os receptores sTNFR1 e 2 foram mensurados e comparados com escores em tarefas de função executiva e memória de trabalho do CogStateTM No Estudo 1 foi utilizado one-way ANOVA para comparar os grupos e testes de regressão linear múltipla para examinar os efeitos das características demográficas e funcionalidade no escore cognitivo global No Estudo 2 foram utilizadas técnicas estatísticas paramétricas e não paramétricas para comparação de grupos e correlação de Pearson entre escores cognitivos e biomarcadores no grupo TB No Estudo 1, pacientes com TB e TDM apresentaram pior desempenho cognitivo global do que controles Não foi dentificado diferença significativa entre pacientes TB e TDM quanto ao desempenho cognitivo global Além disso, pacientes dos grupos TB e TDM apresentaram pior desempenho em relação ao grupo controle nos seguintes domínios cognitivos: velocidade de processamento, memória, fluência verbal e atenção No Estudo 2 houve correlação entre função executiva e memória de trabalho e sTNFR2 no grupo TB Os resultados sugerem que TB e TDM possuem padrões similares de desempenho cognitivo A associação entre pior performance cognitiva e maiores níveis de sTNFR2 em pacientes com TB pode indicar o papel da inflamação no processo neurodegenerativo e comprometimento funcional nos transtornos do humorItem Avaliação das alterações metabólicas, da adiponectina e do estresse oxidativo em pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1)Morimoto, Helena Kaminami; Reiche, Edna Maria Vissoci [Orientador]; Dichi, Isaías; Panis, Carolina; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti; Capobiango, Jaqueline Dario; Simão, Andréa Name Colado [Coorientadora]Resumo: O estresse oxidativo é uma condição caracterizada por um desequilíbrio entre a produção de espécies reativas de oxigênio (ERO) e espécies reativas de nitrogênio (ERN) e a sua neutralização pelas defesas antioxidantes, levando ao acúmulo de ERO e ERN e seus metabólitos, com alterações no estado redox da célula Estas espécies reativas podem agir sobre os componentes biológicos e induzir ao processo oxidativo e nitrosativo em lipídeos, proteínas e ácidos nucléicos Uma grande variedade de doenças crônicas apresenta estresse oxidativo e nitrosativo como parte da patogênese, incluindo a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1) A relação entre estresse oxidativo e nitrosativo e a infecção pelo HIV-1 reside no fato de que as ER e seus metabólitos são componentes importantes nos eventos das respostas imunes inata e adaptativa Por outro lado, estudos mostraram papéis específicos para os eventos oxidativos, tanto da imunidade do hospedeiro quanto da biologia do vírus A ocorrência do estresse oxidativo em pacientes infectados pelo HIV-1 tem sido implicada na progressão da doença, assim como no desenvolvimento de doenças secundárias, tais como doenças cardiovasculares, resistência à insulina e síndrome metabólica (SM) O objetivo do presente estudo foi avaliar o papel da SM e estresse oxidativo em pacientes infectados pelo HIV-1 e caracterizar os eventos do estado redox e suas implicações clínicas nas características da doença Participaram do estudo 285 pacientes divididos em quatro grupos: G1: pacientes sem SM que não estavam usando terapia antirretroviral (ARV); G2: pacientes sem SM usando ARV; G3: pacientes com SM que não estavam usando ARV; G4: pacientes com SM usando ARV Foram avaliados parâmetros bioquímicos como dosagem de adiponectina, ácido úrico (AU), perfil lipídico, glicose, insulina e o modelo da homeostase de avaliação da resistência à insulina (HOMA-IR); parâmetros imunológicos como contagem de células T CD45+, T CD3+, T CD4+ e T CD8+, parâmetros virológicos como quantificação da carga viral de RNA-HIV-1 e marcadores de estresse oxidativo, como peroxidação lipídica, produtos avançados de oxidação protéica (AOPP) e capacidade antioxidante total do plasma (TRAP) Os resultados mostraram que os pacientes do G4 exibiram níveis mais elevados de lipoperóxidos do que os do G1 (p <,1) e níveis mais elevados de AOPP do que os do G2 e G1 (p <,1) Os pacientes do G3 também apresentaram maior AOPP do que os do G2 (p <,5) e os do G4 mostraram menores níveis de adiponectina quando comparados com os do G2 ou G1 (p <,1) Da mesma forma, os pacientes do G3 apresentaram menores níveis de adiponectina do que os do G2 (p <,5) e G1 (p <,1) A análise multivariada mostrou que o aumento da AOPP e a diminuição da relação do TRAP/AU foram independentemente associados com SM em pacientes infectados pelo HIV-1 Quanto aos marcadores da progressão da doença e da replicação viral analisados, pacientes do G4 exibiram significativamente maior contagem de células T CD45+, T CD3+ e T CD4+ do que os do G2 (p <,1) Os dados permitem concluir que pacientes infectados pelo HIV-1 com SM exibiram hipoadiponectinemia e aumento do estresse oxidativo e que estas alterações não foram influenciadas pelo uso de ARV Os resultados sugerem que a SM e o estresse oxidativo podem ser importantes fatores envolvidos no desenvolvimento das características laboratoriais dos pacientes infectados pelo HIV Mais estudos são necessários para se verificar propostas de intervenções, como dietas individualizadas e/ou suplementação com nutrientes que poderiam aumentar os níveis de adiponectina e diminuir o nível de estresse oxidativo e nitrosativo e, consequentemente, reduzir as complicações relacionadas à SM (de riscos cardiovasculares, diabetes e disfunção lipídica) e progressão da doençaItem Avaliação de biomarcadores bioquímicos, genéticos e de estresse oxidativo/nitrosativo em indivíduos com doença de Parkinson em Londrina, ParanáBaltus, Thiago Hissnauer Leal; Barbosa, Décio Sabbatini [Orientador]; Oliveira, Karen Brajão de; Santos, Suhaila Mahmoud Smaili; Casagrande, Rubia; Cadoná, Francine CarlaResumo: A Doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais frequente no mundo, e é causada por uma destruição progressiva de neurônios dopaminérgicos na substância nigra pars compacta (SNpc) Isto compromete o equilíbrio e vias de outros neurotransmissores (como acetilcolina, noradrenalina e serotonina) e resulta no desenvolvimento de sintomas motores (bradicinesia, rigidez muscular, tremor em repouso e perda de estabilidade postural) e não-motores (distúrbios autonômicos, alterações do sono, depressão e demência) Nos neurônios também são observadas inclusões citoplasmáticas de agregados de a-sinucleína denominadas Corpúsculos de Lewy (CL) que, juntamente com os sintomas motores clássicos, determinam o diagnóstico patognomônico da DP Alterações genéticas foram identificadas como responsáveis por cerca de 1% dos casos, relacionadas principalmente com a produção de a-sinucleína defeituosa, disfunções mitocondriais e falhas na execução de processos autofágicos Entretanto, a causa da destruição neuronal para os demais casos ainda permanece desconhecida e indícios sugerem a ação de múltiplos fatores O estresse oxidativo/nitrosativo (EO/EN) desempenha um papel singular no desenvolvimento da doença por estar envolvido na formação de CL, no dano mitocondrial e na neuroinflamação, resultando em dano crônico a importantes biomoléculas Apesar do seu papel ser extensivamente estudado na DP, alterações genéticas de elementos que possam modular favoravelmente o EO/EN ainda não são completamente conhecidas Considerando isso, foram selecionados polimorfismos genéticos que poderiam influenciar o equilíbrio redox e a inflamação para um quadro pró-oxidativo/nitrosativo Assim, os objetivos deste trabalho foram identificar a distribuição dos genótipos dos polimorfismos -94 ATTG ins/del NFKB1 (rs28362491); c*126G>A NFKBIA (rs696); e c47C>T MnSOD (rs488) em indivíduos com DP e sujeitos livres de doença; avaliar os biomarcadores de EO/EN: hidroperóxidos lipídicos (LOOH), produtos avançados de oxidação proteica (AOPP), metabólitos do óxido nítrico (NOx), grupamentos sulfidrila (SH), atividade da paraoxonase-1 (PON-1), capacidade total antioxidante (TRAP), e os biomarcadores bioquímicos: colesterol total (CT), triglicerídeos (TG), e lipoproteínas de alta e baixa densidade (HDL e LDL, respectivamente) em todos os participantes; e avaliar possíveis associações entre os polimorfismos genéticos e os biomarcadores bioquímicos e de EO/EN 11 indivíduos foram convidados a participarem do estudo, sendo 55 na composição do grupo caso e 55 para a composição do grupo controle Todos os polimorfismos foram avaliados nos modelos genéticos codominante (AA x Aa x aa), dominante (AA x Aa + aa) e recessivo (aa x AA + Aa) A distribuição dos polimorfismos, nos três modelos genéticos foi semelhante entre os grupos No grupo caso, o genótipo del/del do polimorfismo NFkB1 foi associado a níveis elevados de LOOH no modelo dominante e níveis elevados de SH no modelo codominante No polimorfismo NFkBIA, níveis elevados de NOx foram associados ao genótipo GA no modelo codominante, e à combinação genotípica AA + GA, no modelo recessivo Não foi observada diferença na distribuição dos biomarcadores de EO/EN em relação aos genótipos/modelos avaliados no polimorfismo MnSOD Entre os grupos, níveis elevados de LOOH e reduzidos de NOx foram observados no grupo caso, reforçando o possível envolvimento do EO/EN na DP Desta forma, é possível concluir que a identificação de alterações genéticas de elementos envolvidos na inflamação e EO/EN pode representar um potencial foco na elucidação da etiologia da doençaItem Avaliação de biomarcadores inflamatórios, de estresse oxidativo e glicotoxicidade em pacientes com transtornos do humor e análise do potencial antioxidante in vitro em drogas utilizadas no tratamento destesBonifácio, Kamila Landucci; Barbosa, Décio Sabbatini [Orientador]; Venturini, Danielle; Casagrande, Rubia; Nunes, Sandra Odebrecht Vargas; Brinholi, Francis Fregonesi; Bortolasci, Chiara Cristina [Coorientador]Resumo: A resistência à insulina (RI) é um fator chave na síndrome metabólica (SM), diabetes mellitus tipo 2, obesidade e pode ocorrer nos transtornos do humor bem como no transtorno por uso do tabaco (TUT), onde os distúrbios das vias imuno-inflamatórias e de estresse oxidativo/nitrosativo (EO&N) são caminhos fisiopatológicos importantes Os principais objetivos deste trabalho foram: a) examinar à RI, a função das células beta e a glicotoxicidade em pacientes com transtorno depressivo maior (TDM) e transtorno bipolar (TB) com e sem SM e com TUT comparados a um grupo controle saudável; b) verificar se a RI está associada aos biomarcadores de EO&N, incluindo os metabólitos de óxido nítrico (NOx), hidroperóxidos lipídicos (LOOH), produtos avançados de oxidação proteica (AOPP), proteína C-reativa (PCR), haptoglobina (Hp) e ácido úrico; e c) analisar a atividade antioxidante de fármacos utilizados no tratamento do TB e do TUT em testes in vitro Observou-se que os transtornos do humor não foram associados às alterações na RI e à glicotoxicidade 47,8% da variância do modelo de avaliação da homeostase (HOMA-IR) foi explicada pela AOPP e o índice de massa corporal (IMC, ambos positivamente) e NOx, Hp e TUT (negativamente), 43,2 % da variância do modelo de avaliação da função das células beta (HOMA-B) foi explicada por NOx, Hp e idade (todos também associados inversamente), e positivamente com o IMC e sexo Além disso, o índice de glicotoxicidade foi fortemente associado ao NOx, Hp, IMC, sexo masculino e menor escolaridade, todos de forma positiva Nos resultados in vitro, observou-se que a NAC teve a melhor atividade antioxidante nos três ensaios empregados (burst respiratório, DPPH• e ABTS+) A BUP apresentou uma atividade intermediária e o Li não inibiu a produção de espécies reativas de oxigênio por neutrófilos, nem apresentou atividade doadora de prótons no teste de DPPH• O único resultado positivo para Li foi a capacidade de doar elétrons ao radical ABTS+• Em função dos resultados apresentados, a RI e o aumento da toxicidade da glicose não foram associados aos transtornos de humor A RI e a função das células ß foram fortemente relacionadas aos biomarcadores EO&N, enquanto as vias EO&N ativadas podem promover a toxicidade da glicose In vitro, os resultados demostraram que a NAC teve a melhor atividade antioxidante nos três ensaios empregados Essa capacidade antioxidante relacionada à estrutura química sugere um possível mecanismo neuroprotetor para NAC e BUP independente do mecanismo de ação farmacológico clássicoItem Avaliação de características clínicas, espessura da camada médio-intimal da carótida e níveis plasmáticos de biomarcadores da coagulação, inflamação e disfunção endotelial como potenciais preditores do déficit funcional e mortalidade em pacientes comLehmann, Ana Lucia Cruz Fürstenberger; Reiche, Edna Maria Vissoci [Orientador]; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti; Breganó, José Wander; Souza, Mônica Marcos de; Alfieri, Daniela Frizon; Kaimen-Maciel, Damacio Ramón [Coorientador]Resumo: Introdução: O acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) agudo é uma das principais causas de morbimortalidade em todo o mundo e está associado a uma importante incapacidade funcional a curto e longo prazo Diferentes variáveis demográficas, clínicas, de imagem e laboratoriais foram propostas como potenciais biomarcadores para predição do desfecho do AVCI No entanto, a maioria dos estudos avaliou biomarcadores isoladamente e apresentaram resultados conflitantes Objetivo: Avaliar um conjunto de variáveis demográficas, clínicas, de imagem e biomarcadores laboratoriais como potenciais preditores de incapacidade e mortalidade a curto prazo, bem como mortalidade a longo prazo em pacientes com AVCI Métodos: O estudo envolveu 153 pacientes com AVCI inseridos consecutivamente Variáveis demográficas, antropométricas, fatores de risco para AVCI, informações clínicas, a gravidade do AVCI usando a National Institute of Health Stroke Scale (NIHSS) e amostras de sangue foram obtidas dentro de 24 horas da admissão A gravidade foi categorizada em leve (NIHSS -4), moderada (NIHSS 5-14) e grave (NIHSS =15) A espessura médio-intimal da carótida (cIMT) e a estenose carotídea foram visualizadas por ultrassonografia com doppler realizada durante a hospitalização do paciente A cIMT foi categorizada em <1, mm e =1, e o grau de estenose em <5% e =5% O desfecho a curto prazo foi avaliado pela escala de Rankin modificada (mRS) três após a admissão e caracterizado como incapacidade leve (mRS<3), incapacidade moderada/grave (mRS=3) ou óbito (mRS=6) O desfecho a longo prazo foi carecterizado como sobrevida e não sobrevida após 12 meses após a admissão Os biomarcadores laboratoriais incluíram moléculas de diferentes vias, tais como resposta inflamatória, coagulação e disfunção endotelial Resultados: Os resultados foram apresentados em dois artigos originais: no primeiro artigo, incluímos 16 pacientes com AVCI, a mediana da idade foi de 66 anos e os fatores de risco modificáveis mais frequentes para o AVCI foram hipertensão arterial sistêmica (71,2%), dislipidemia (48,1%) e diabetes mellitus tipo dois (DMT2) (3,8%) Estenose carotídea =5% (p=,32), DMT2 (p=,16) e NIHSS (p<,1) foram preditores de incapacidade moderada/grave a curto prazo; juntas, essas variáveis classificaram corretamente 85,2% de todos os casos (sensibilidade: 9,2%; especificidade: 81,8%) Somente o NIHSS previu a mortalidade a curto prazo e classificou corretamente 85,7% de todos os casos (sensibilidade: 95,8%, especificidade: 47,4%) Na análise de regressão de Cox, com a adição de possíveis variáveis confundidoras, os pacientes com AVCI com maior NIHSS apresentaram menor sobrevida após três meses de acompanhamento do que aqueles com menor NIHSS [odds ratio (OR): 4,35, 95% intervalo de confiança (IC): 1,46-116, p=,29] No segundo artigo, incluímos 14 pacientes com AVCI; 21,1% não sobreviveram após 12 meses de acompanhamento Os que não sobreviveram, apresentaram maior NIHSS e cIMT, menores níveis de antitrombina e maiores níveis de fator VIII (FVIII), proteína C reativa ultrassensível (usPCR), interleucina (IL)-1 e molécula de adesão celular vascular solúvel 1 (sVCAM-1) do que os que sobreviveram (p<,5) No entanto, apenas o NIHSS e os níveis de usPCR foram preditores independentes de mortalidade a longo prazo (OR: 1,15; intervalo de confiança de 95% IC de 1,4-1,28, p=,7 e OR: 1,89, IC de 95%: 1,9-3,78, p=,41, respectivamente) O modelo combinado de NIHSS e níveis de usPCR apresentou melhor resultado [área sob a curva (AUC): ,84, IC 95%: ,679-,927] do que os modelos NIHSS e usPCR isoladamente como preditores de mortalidade a longo prazo (AUC: ,766, IC 95%: ,663-,89 para NIHSS e AUC: ,669, IC 95%: ,546-,832 para usPCR) Juntos, o NIHSS e a usPCR classificaram corretamente 87,7% dos casos, com sensibilidade de 98,1%, especificidade de 46,2%, valor preditivo positivo de 81,2% e valor preditivo negativo de 89,2% Conclusão: A presença de estenose carotídea =5% e DMT2 juntamente com escore elevado de NIHSS na admissão hospitalar foram preditores de maior incapacidade e o NIHSS foi preditor de mortalidade aos três meses Além disso, o NIHSS e os níveis de usPCR obtidos dentro de 24 horas após a internação dos pacientes com AVCI foram biomarcadores preditivos precoces de mortalidade a longo prazo Portanto, o uso de um modelo combinado de biomarcadores, como NIHSS e usPCR, pode prever precocemente o prognóstico dos pacientes com AVCIItem Avaliação de estresse oxidativo e nitrosativo no lúpus eritematoso sistêmico : associação com a atividade da doença, marcadores imunológicos e moléculas de adesãoScavuzzi, Bruna Miglioranza; Dichi, Isaías [Orientador]; Breganó, José Wander; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti; Oliveira, Sayonara Rangel de; Delfino, Vinícius Daher AlvaresResumo: Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória autoimune crônica de origem multifatorial, incluindo fatores hormonais, genéticos e ambientais O aumento exacerbado na produção de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio (EROs e ERNs, respectivamente) pode produzir substratos que agravam a antigenicidade, desencadeando a produção característica de autoanticorpos que definem a doença Além do estresse oxidativo e nitrosativo, níveis de antioxidantes diminuídos têm sido demonstrados em vários estudos com pacientes com LES, contribuindo ainda mais para o desequilíbrio redox Assim, para analisar parâmetros relacionados ao estresse oxidativo e nitrosativo em pacientes com LES foram desenvolvidos um artigo de revisão e um artigo original na presente Tese de Doutorado Artigo 1: Pesquisas recentes indicam que as medidas de biomarcadores de dano oxidativo e nitrosativo em pacientes com LES podem se tornar ferramentas interessantes para ajudar a coletar informações sobre a patogênese do LES, monitorar a atividade da doença, identificar e prever quais pacientes estão em risco de complicações e danos específicos a órgãos devido ao LES Assim, foi realizada uma revisão bibliográfica que reúne publicações recentes e/ou relevantes sobre a fisiopatologia do estresse oxidativo e nitrosativo no LES e autoimunidade O artigo também analisa os principais biomarcadores do estresse oxidativo e os principais mecanismos envolvidos em sua participação Finalmente, o artigo avalia os sistemas antioxidantes assim como as descobertas recentes de terapias antioxidantes em pacientes com LES Artigo 2: O objetivo do trabalho foi delinear mudanças em biomarcadores nitro-oxidativos e defesas antioxidantes e verificar suas associações com o score SLEDAI, autoimunidade, respostas imunes e moléculas de adesão Este estudo caso-controle teve a participação de 24 pacientes com LES e 256 indivíduos controles O LES foi diagnosticado utilizando os critérios revisados do American College of Rheumatology, 213, e a atividade da doença foi determinada utilizando pontuação Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index (SLEDAI) A peroxidação lipídica e o Parâmetro Antioxidante de Aprisionamento Total do Radical (TRAP) foram avaliados por quimioluminescência Os produtos avançados de oxidação protéica (AOPP), os metabólitos de óxido nítrico (NOx) e os grupamentos sulfidrila (-SH) foram dosados por métodos espectroforométricos Produtos de degradação oxidativa de DNA /RNA foram determinados pelo ensaio imunoenzimático (ELISA), bem como os níveis plasmáticos das citocinas IFN-?, IL-4, IL-6, IL-12 e IL-17 e os anticorpos anti-DNA de dupla fita (dsDNA) As respostas T helper foram consideradas de acordo com as citocinas: Th1 (IL-12 + IFN-?), Th2 (IL-4) e Th17(IL-17+ IL-6) Os níveis plasmáticos do inibidor do ativador do plasminogênio Tipo 1 (PAI-1) e das moléculas de adesão: molécula de adesão celular endotelial plaquetária (PECAM-1), molécula de adesão celular-vascular-1 (VCAM-1), molécula de adesão intercelular-1 (ICAM), E-selectina, P-selectina foram dosados pelo Human Magnetic Adhesion 6-Plex Panel Os niveis séricos de proteína C reativa ultrasensível (usPCR) foram determinados por ensaio turbidimétrico Os títulos de autoanticorpos contra antígenos nucleares (ANA) foram avalidos por imunofluorescência indireta Foi observado que o LOOH (p <,1) e AOPP (p <,1) foram significativamente maiores, enquanto a TRAP foi significativamente menor (p <,1) em pacientes com LES que em controles AOPP e LOOH foram associados significativamente e positivamente com os escores de SLEDAI, anticorpos antinucleares e níveis de anti-dsDNA, enquanto a TRAP foi significativamente e inversamente correlacionada com SLEDAI, ANA e dsDNA Houve associações positivas significativas entre AOPP e LOOH e marcadores imuno-inflamatórios, indicando aumento da resposta (Th17, Th17/Th2) e (Th1+ Th17, Th1+Th17/Th2), (p = ,2 e p = ,1, respectivamente) AOPP e LOOH (positivamente) e TRAP (inversamente) foram associados à expressão da molécula de adesão Um modelo que indica associação entre marcadores e o LES foi calculado mostrando que, usando-se LOOH, AOPP, NOx, moléculas de adesão e índice de massa corporal, 94,2% dos pacientes foram corretamente classificados com uma especificidade de 91,5% Concluiu-se que o aumento do estresse nitro-oxidativo faz parte da fisiopatologia (auto) imune do LES, afeta o escore SLEDAI, modula a expressão de moléculas de adesão, e estão fortemente relacionados ao diagnóstico do LESItem Avaliação de marcadores imunológicos, metabólicos e de estresse oxidativo e da variante rs3761548 no gene FOXP3 em pacientes com esclerose múltiplaFlauzino, Tamires; Reiche, Edna Maria Vissoci [Orientador]; Kaimen-Maciel, Damacio Ramón; Almeida, Elaine Regina Delicato de; Oliveira, Sayonara Rangel de; Amarante, Marla Karine; Simão, Andréa Name Colado [Coorientadora]Resumo: Introdução: A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória crônica, desmielinizante, imuno-mediada, com envolvimento de muitos mecanismos fisiopatológicos que acometem o sistema nervoso central Sua etiologia é complexa e multifatorial com a interação entre fatores genéticos, falha da tolerância imunológica e fatores ambientais A EM apresenta heterogeneidade no seu curso clínico, progressão da incapacidade, formas clínicas e resposta ao tratamento Portanto, a busca por biomarcadores que possam ser úteis para auxiliar o diagnóstico, predizer incapacidade e sua progressão ao longo do tempo, tem sido objeto de estudos Objetivo: Avaliar um conjunto de biomarcadores imuno-inflamatórios, metabólicos, de estresse oxidativo/nitrosativo e a variante rs3761548 no gene FOXP3 em pacientes com EM Metodologia: O estudo incluiu 17 pacientes com EM de ambos os sexos, com idade entre 18 a 7 anos atendidos no Ambulatório de Doenças Desmielinizantes do Ambulatório de Especialidades do Hospital Universitário de Londrina e 182 indivíduos saudáveis Os pacientes foram classificados com EM remitente-recorrente (EMRR) e EM progressiva, que compreende as formas clínicas EM primariamente progressiva e EM secundariamente progressiva A incapacidade foi avaliada pela Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS), sendo catagorizada em leve (EDSS <3,) e moderada/grave (EDSS =3,) A progressão da doença foi avaliada pela escala Multiple Sclerosis Severity Score (MSSS) e foi considerada progressão quando MSSS =5, Os dados sociodemográficos, antropométricos, epidemiológicos e clínicos foram obtidos utilizando um questionário padronizado Amostras de sangue periférico foram coletadas para a determinação de biomarcadores imuno-inflamatórios, tais como interleucina (IL)-6, IL-17, IL-1 e fator de transformação do crescimento (TGF)-ß1 e biomarcadores metabólicos como presença de síndrome metabólica (SM), níveis plasmáticos de glicose, níveis séricos de ácido úrico, homocisteína; insulina, colesterol total (CT), lipoproteína de baixa densidade (LDL), lipoproteína de alta densidade (HDL) e triglicerídeos; biomarcadores de estresse oxidativo e nitrosativo como peroxidação lipídica (hidroperóxidos), produtos avançados de oxidação proteica (AOPP), dosagem de proteínas carbonílicas e metabólitos do óxido nítrico (NOx) A identificação dos genótipos da variante rs3761548 do gene FOXP3 foi realizada em amostras de DNA genômico extraído das células do sangue periférico Uma sequência de 155 pares de bases do gene FOXP3 foi amplificado pela reação em cadeia da polimerase (PCR) e polimorfismo no comprimento dos fragmentos de restrição (RFLP) Resultados: Os resultados foram apresentados em dois artigos No primeiro artigo científico, foram incluídos 122 pacientes com EM Pacientes com EDSS =3, tinham idade mais avançada e apresentaram níveis elevados de homocisteína, ácido úrico, AOPP, LDL e maior proporção de SM, enquanto os níveis de HDL foram mais baixos quando comparados aos pacientes com EDSS <3, Um modelo de análise demonstrou que 36,3% da variação no escore EDSS pode ser explicado pela idade, pelo escore da resposta Th17/T regulatória (Treg), LDL/HDL e homocisteína (todos positivamente) e inversamente ao índice de massa corpórea (IMC) Após ajustar pelos diferentes esquemas de tratamento para EM usados pelos pacientes, os efeitos da idade, homocisteína e dos scores Th17/Treg e LDL/HDL na incapacidade continuaram significativos, enquanto que os efeitos do IMC não foram mais associados Além disso, as proteínas carbonílicas foram associadas com o aumento no EDSS No segundo artigo, foram incluídos 17 pacientes com EM (121 mulheres e 49 homens) e 182 controles saudáveis (13 mulheres e 52 homens), controlados pela idade, sexo, etnia, índice de massa corporal (IMC) e tabagismo A mediana do EDSS nesta coorte de paciente com EM foi 3,, utilizado como ponto de corte para a categorização dos pacientes para este artigo Os pacientes com EM apresentaram níveis mais altos de TGF-ß1 e IL-1 quando comparado aos controles (p <,1) Em análise multivariada com TGF-ß1 e IL-1 como variáveis dependentes e o diagnóstico como variável explanatória ajustando-se à idade, sexo, IMC, etnia e tabagismo, constataram que o diagnóstico de EM, idade e tabagismo apresentaram efeitos significativos no níveis de TGF-ß1 e IL-1 Testes para efeitos entre indivíduos mostraram que o diagnóstico de EM estava positivamente associado com os níveis de TGF-ß1 e IL-1 e exercia um efeito em seus níveis de 4,3% e 32,5%, respectivamente A distribuição dos genótipos CC, CA e AA em modelos codominantes, dominantes e recessivos, assim como do alelo A, diferiu de pacientes com EM e controles em mulheres, sendo associados com a suscetibilidade à EM No modelo dominante, a frequência dos genótipos CA + AA em mulheres com EM foi maior do que em mulheres saudáveis, com odds ratio (OR) de 2,57 [intervalo de confiança (IC) de 95%: 1,5-4,37] TGF-ß1 (OR 1,26, IC95%: 1,1-1,53, p = ,45) e incapacidade moderada/grave incapacidade (EDSS> 3) (OR: 2,678, IC 95%: 1,26-6,995, p = ,44) foram positivamente associados aos genótipos CA + AA Após ajuste com os fatores confundidores (idade, etnia, tabagismo, idade de diagnóstico e tratamento para EM), somente os valores de TGF-ß1 permaneceram associados aos genótipos CA + AA (OR 1,27, 95%IC: 1,1-1,54, p=,43 Conclusão: No primeiro artigo, os resultados demonstraram que a relação entre a resposta Th17/Treg, juntamente com a idade, níveis aumentados de proteína carbonílica e homocisteína e o escore LDL/HDL foram associados com a incapacidade No segundo artigo, nossos resultados demonstraram que a variante rs3761548 FOXP3 foi associada ao diagnóstico de EM em mulheres Além disto, em mulheres com EM, os genótipos CA+AA foram associados aos níveis mais elevados de TGF-ß1 quando comparadas com as do genótipo CC Esses dados sugerem que o alelo A da variante FOXP3 -3279 C> A pode exercer um papel no número e função das células Treg e pode ser um dos fatores envolvidos na suscetibilidade das mulheres à EM Estes resultados reforçam que o perfil imuno-inflamatório, metabólico, o estresse oxidativo e nitrosativo, e as variantes genéticas desempenham um papel fundamental no curso clínico da doença e podem ser possíveis novos alvos para o tratamento desses pacientesItem Avaliação do efeito da naringenina na inibição da neovascularização induzida por álcali em olhos de camundongosOguido, Ana Paula Miyagusko Taba; Casella, Antonio Marcelo Barbante [Orientador]; Lopes, Gerson Jorge Aparecido; Schimiti, Rui Barroso; Georgetti, Sandra Regina; Almeida, Sílvio Henrique Maia de; Verri Júnior, Waldiceu Aparecido [Coorientador]Resumo: A Naringenina, (4´, 5, 7- trihidroxiflavanona) é encontrada de forma abundante nas frutas cítricas, como “grapefruit”, limão e laranja; é uma flavanona, classe de flavonóide considerada como um agente antioxidante, anti-inflamatória e antiangiogênica com papel na prevenção doenças neurodegenerativas, arteriosclerose, na geração de tumores e infecções Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a inibição da neovascularização corneana pela naringenina e seu mecanismo de ação através da monitoração da atividade de mieloperoxidase (MPO), n-acetil-ß-D glucosaminidase (NAG), dos níveis de IL-1ß, IL-6 e IL-1, da atividade antioxidante através dos ensaios da redução de poder de redução férrico (FRAP), e da capacidade antioxidante total do radical ácido 2,2'-Azinobis-(3-Etilbenzotiazolina 6-Sulfônico) (ABTS), dos níveis de antioxidantes, a glutationa (GSH) e proteína sulfidrila (PSH) Os animais foram divididos em grupos controle negativo sem estímulo neovascular (NaOH 1N), grupo controle positivo com estímulo neovascular tratado com solução fisiológica, grupo teste com estímulo neovascular tratado com suspensão de naringenina tópica em diferentes concentrações (subgrupos ,8, ,8, 8 e 8µg) aplicada duas vezes ao dia por 7 dias, iniciando 3 dias antes do estímulo com NaOH e grupo apenas com naringenina(8µg) sem estímulo neovascular A naringenina reduziu o recrutamento de neutrófilos e macrófagos de forma dose dependente, sendo mais efetiva na maior concentração e reduziu de forma significativa (p<1) a área de neovascularização A naringenina (8µg) inibiu a expressão de IL-1ß, IL-6, de forma significativa (p<5) nas análises realizadas 2, 4 e 6 horas após o estímulo com NaOH Em relação a IL-1 houve uma tendência de aumento Além disso, a naringenina inibiu a depleção da capacidade total antioxidante em 4 e 6 horas, e inibiu a depleção de GSH e PSH, de forma siginificativas nas medidas realizadas em 2, 4 e 6 horas A naringenina demonstrou potencial inibitório da neovascularização corneana através dos mecanismos anti-inflamatório e antioxidante O uso de colírio tópico de naringenina pode ser considerado um promissor adjuvante na modulação da resposta inflamatória e neovascularização corneana