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Submissões Recentes
Práticas de produção textual: o contar e o recontar de um conto
(2025-05-13) Garrett, Luciane Aparecida da Silva; Rodrigues, Flávio Luis Freire; Santana, Andréia da Cunha Malheiros; Oliveira, Lolyane Cristina Guerreiro de
A produção textual é uma habilidade essencial para o desenvolvimento cognitivo e criativo dos estudantes. No entanto, após a pandemia de Covid-19, muitos alunos enfrentaram dificuldades significativas nessa área. Com o objetivo de abordar essas lacunas, este projeto propôs práticas pedagógicas eficazes, centradas no ensino do gênero miniconto. Para compreender plenamente o miniconto, é fundamental entender o conto, pois todas as suas características essenciais estão presentes no miniconto, ainda que de maneira mais condensada. O conto, como narrativa breve, possui personagens, enredo e um desfecho impactante, características que se intensificam no miniconto devido à sua extrema concisão. O projeto visou o desenvolvimento de um caderno pedagógico dedicado ao gênero miniconto, buscando estimular a criatividade e aprimorar a habilidade de escrita dos alunos de um colégio estadual localizado na região metropolitana sul, no município de Campo Largo. A iniciativa foi implementada por meio de oficinas práticas, nas quais os alunos participaram de atividades de escrita criativa alinhadas com as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e do Currículo da Rede Estadual Paranaense (CREP). As atividades incluíram a leitura e análise de contos e minicontos, seguidas pela produção de textos autorais. Os resultados indicaram que os alunos desenvolveram maior capacidade de escrita concisa e eficaz, além de um fortalecimento da criatividade. Através das oficinas, os estudantes exploraram diferentes estilos e técnicas narrativas, o que contribuiu para uma melhoria significativa na qualidade de suas produções textuais. Especificamente no gênero miniconto, evidenciou-se um avanço na habilidade de síntese e impacto narrativo, reforçando a importância desse gênero como ferramenta pedagógica.
Metformina no câncer de tireoide em cultura celular: ação citotóxica da droga através da geração de estresse oxidativo
(2025-03-07) Carrijo, Michelle Sanchez; Cecchini, Rubens; Luiz, Rodrigo Cabral; Kwasniewski, Fábio Henrique
O câncer de tireoide tem se tornado cada vez mais incidente na população, sendo o carcinoma papilífero de tireoide (CPT) o subtipo mais comum. A metformina é um fármaco antidiabético amplamente utilizado não só no tratamento de diabetes mellitus tipo 2 mas também tem demonstrado potenciais efeitos antitumorais em diversos modelos experimentais Este estudo teve como objetivo investigar o impacto da metformina sobre a viabilidade, proliferação, ciclo celular, morte celular e estresse oxidativo em células da linhagem K1 de CPT tratadas com o fármaco por 24 horas em concentrações de 40 e 60 µM. Os experimentos foram realizados in vitro, as células foram tratadas com diferentes concentrações de metformina (40 µM e 60 µM) e a avaliação de seus efeitos foram utilizando ensaios de viabilidade celular (MTT), clonogenicidade, ciclo celular, apoptose por anexina V/PI em citometria de fluxo, além da análise de parâmetros oxidativos por detecção de espécies reativas de oxigênio (ERO), lipoperoxidação de membrana (QL), níveis de peróxido de hidrogênio e atividade de antioxidante da GSH. Os resultados indicaram que a metformina reduziu a viabilidade celular da linhagem K1 em ambas as concentrações testadas. O tratamento induziu apoptose, promovendo um aumento expressivo na população de células em fase sub-G1. A capacidade clonogênica das células tumorais foi significativamente reduzida, indicando um efeito antiproliferativo do fármaco. Além disso, a metformina elevou a produção de ERO e lipoperoxidação, sugerindo que o estresse oxidativo pode estar envolvido no mecanismo de morte celular.
Associação entre as variantes genéticas rs10157379 e rs10754558 do NLRP3 com a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1, aterosclerose subclínica e marcadores inflamatórios
(2025-04-14) Bellinati, Philipe Quagliato; Reiche, Edna Maria Vissoci; Simão, Andrea Name Colado; Alfieri, Daniela Frizon; Amarante, Marla Karine; Oliveira, Carlos Eduardo Coral de; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti
Introdução: Os mecanismos envolvidos na resposta inflamatória associada à infecção pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1) não são totalmente compreendidos. Eles são multifatoriais e, entre os componentes da resposta imune inata, tem-se os inflamassomas. Inflamassomas são componentes multiproteicos da resposta imune inata que contribuem para a sinalização inflamatória na infecção pelo HIV-1. Entre os inflamassomas, o NLRP3 é o mais estudado e variantes nos genes que codificam as suas proteínas têm sido associadas a suscetibilidade a agentes infecciosos e/ou desenvolvimento de complicações graves durante infecções. A variante NLRP3 rs10754558 C>G, localizada na região 3’não traduzida (3’UTR), foi associada à proteção contra a infecção pelo HIV-1; no entanto, os resultados são conflitantes e escassos para outras variantes, como a NLRP3 rs10157379 T>C. Além disto, o advento da terapia antirretroviral combinada (TARV) eficaz permitiu que pessoas vivendo com HIV-1 e aids (PVHA) tivessem expectativas de vida significativamente prolongadas, com diminuição da morbidade e mortalidade associadas à infecção pelo HIV-1. No entanto, esses indivíduos sofrem de inflamação sistêmica crônica cuja etiologia multifatorial está associada a várias comorbidades, entre elas as doenças cardiovasculares e aterosclerose. Ainda assim, os dados sobre a correlação entre a ativação do inflamassoma e os marcadores de aterosclerose em PVHA são limitados. Objetivo: Determinar a associação entre as variantes genéticas rs10157379 T>C e rs10754558 C>G do NLRP3 e a infecção pelo HIV-1, aterosclerose subclínica, carga viral do HIV-1 e marcadores da resposta inflamatória e metabólica em um grupo de indivíduos infectados pelo HIV-1. Métodos: Neste estudo caso-controle, foram inseridos 78 PVHA, em uso de TARV há, pelo menos, cinco anos, atendidos no Ambulatório de Especialidades do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina (AEHU/UEL). Como grupo controle, foram avaliados 147 indivíduos saudáveis provenientes do Hemocentro Regional de Londrina e da população geral. A ultrassonografia doppler (USGD) de carótida foi realizada nos indivíduos que foram, posteriormente, categorizados de acordo com a espessura da íntima-média da carótida (cIMT) em <0,9 ou =0,9 mm, grau de estenose (<50,0 ou = 50,0%) e presença de placa (=1,5 mm). Dados demográficos, fatores de estilo de vida e história médica foram coletados pela avaliação clínica e aplicação de um questionário padrão. Biomarcadores inflamatórios e metabólicos foram avaliados como contagem de leucócitos periféricos, contagem de plaquetas, níveis plasmáticos de proteína C reativa com método ultrassensível (usPCR), perfil lipídico, níveis de glicose, ferritina, homocisteína, adiponectina, interleucina (IL)-6, IL-10 e fator de necrose tumoral (TNF)-a. Além disso, foram avaliadas a contagem de linfócitos T CD4+, T CD8+e a quantificação plasmática do RNA do HIV-1. As variantes NLRP3 rs10157379 T>C e rs10744558 C>G foram determinadas a partir do DNA genômico usando a reação em cadeia da polimerase em tempo real. A associação entre variantes genéticas e infecção pelo HIV-1 foi avaliada em modelos genéticos codominantes, recessivos, dominantes e superdominantes usando regressão logística. Razão de chances [odds ratio (OR)] e intervalo de confiança de 95% (IC 95%) foram avaliados com ajuste para potenciais fatores de confusão. Resultados: Artigo 1: As PHVA eram mais velhas que os controles (p=0,028), 39 (50,0%) eram do sexo feminino (OR: 1,10; IC95%: 0,63-1,90, p=0,734) e 41 (52,6%) eram não caucasianos (OR: 1,96; IC95%: 1,12-3,43, p=0,017). Não foi observada associação entre as variantes rs10744558 e rs10157379 do NLRP3 e a infecção pelo HIV-1 em todos os modelos genéticos. Para a variante rs10157379, a distribuição dos genótipos no modelo codominante (TT, TC e CC) foi semelhante entre os grupos (p=0,932 para TC e p=0,733 para CC). Da mesma forma, para a variante rs10754558, a distribuição dos genótipos CC, GC e GG não mostrou diferença entre as PHVA e controles (p=0,290 para CG e p=0,309 para GG). Análises adicionais usando os modelos dominante, recessivo e superdominante também não mostraram associação significativa entre essas variantes e a suscetibilidade ao HIV-1. Artigo 2: Entre as PHVA 39 (50,0%) eram do sexo feminino e 37 (47,4%) eram caucasianos. A cIMT = 0,9 mm estava presente em 34 (43,6%) PHVA. O modelo univariado revelou uma associação entre c-IMT (= 0,9 mm) e sexo masculino (p=0,006), não caucasianos (p=0,001), uso de inibidor de transcriptase reversa análogo de nucleosídeo (INTR) (p=0,001), inibidor de protease (IP) (p=0,002), medicamentos anti-hipertensivos (p=0,018), medicamentos hipolipemiantes (p=0,009), tabagismo (p=0,043), estilo de vida sedentário (p=0,012), presença de síndrome metabólica (p=0,011) e contagem de células T CD4 < 500 células/mm3 (p=0,013). Comparadas com as PHVA com cIMT <0,9 mm, as PHVA com cIMT = 0,9 mm eram mais velhas (p=0,027), apresentavam aumento de homocisteína (p=0,017), ferro (p=0,049), IL-10 (p=0,039) e diminuição de lipoproteína do colesterol de alta densidade (HDL-C) (p=0,039). No entanto, todas as variáveis perderam a significância no modelo de regressão logística, indicando que não estavam associadas com a cIMT. A cIMT não foi associada às variantes do NLRP3. Além disso, as PHVA portadoras da homozigose para o alelo variante G da NLRP3 rs10754555 apresentaram maior frequência de carga viral indetectável do que aquelas portadoras dos genótipos CC + CG. Conclusão: Os resultados indicam que as variantes NLRP3 rs10744558 e rs10157379 não estão associadas à infecção pelo HIV-1 e com a presença de aterosclerose subclínica nas PHVA em uso de TARV. No entanto, PHVA portadoras da homozigose para o alelo variante G da NLRP3 rs10754555 apresentaram maior frequência de carga viral indetectável do que aquelas portadoras dos genótipos CC + CG. Um ponto forte do estudo é que, pela primeira vez, o papel das variantes NLRP3 rs10157379 T>C e rs10754558 C>G foi avaliado na fisiopatologia da aterosclerose subclínica associada à infecção pelo HIV-1.