02 - Mestrado - Ciências da Saúde
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Item Influência do status da enzima paraoxonase1 (PON1) no perfil lipídico e marcadores do estresse oxidativo em indivíduos do município de Cambé-PRNogueira, André de Souza; Moreira, Estefânia Gastaldello [Orientador]; Reiche, Edna Maria Vissoci; Durán González, AlbertoResumo: A influência do status da enzima paraoxonase1 (PON1 status – genotipagem funcional do polimorfismo PON1 Q192R, rs662, e dosagem da atividade plasmática total) no perfil lipídico e sua associação com o tabagismo estudada em 487 indivíduos com mais de 4 anos Foram analisados os níveis de glicemia, o perfil lipídico, marcadores de estresse oxidativo e o PON1 status por três ensaios enzimáticos, utilizando fenilacetato e 4-(clorometil)fenil-acetato como substratos Ademais, os índices de Castelli 1 e 2 foram calculados pelas razões colesterol total/lipoproteínas de alta densidade (HDL) e lipoproteínas de baixa densidade(LDL)/HDL, respectivamente e, considerado como covariável das análises, o auto relato de tabagismo Análises de regressão utilizando a medida da circunferência abdominal, idade e a interação entre o polimorfismo PON1 Q192R*tabagismo, mostrou que o tabagismo está associado com a diminuição dos níveis de HDL colesterol (p= ,46), com o aumento dos índices de Castelli 1 e 2 (p= ,1; p= ,3) e dos níveis de triglicerídeos (p= ,2), especialmente nos indivíduos PON1 192R, quando comparados aos PON1 192QQ, ainda que o polimorfismo PON1 192QR não tenha apresentado, isoladamente, uma associação positiva com o perfil lipídico Comparados com os indivíduos PON1 192QQ, o genótipo PON1 192RR esteve associado com a diminuição da atividade da PON1 (p=,4) Os marcadores do estresse oxidativo não foram influenciados pelo PON1 statusItem Comparações dos índices de cura, satisfação e complicações do sling Safyre® e do sling confeccionado pelo cirurgião em acompanhamento de até 13 anosTerziotti, Fernando; Almeida, Sílvio Henrique Maia de [Orientador]; Fornazieri, Marco Aurélio; Gregório, Emerson PereiraResumo: INTRODUÇÃO: A Incontinência Urinária de Esforço (IUE) atinge significativa parcela das mulheres e o tratamento cirúrgico padrão é a colocação do sling suburetral livre de tensão No entanto, os kits comerciais disponíveis são caros e limitam o acesso a grande parte da população, especialmente em países em desenvolvimento e serviços públicos de saúde OBJETIVO: Avaliar as complicações do sling Safyre® e do confeccionado pelo próprio cirurgião, sua taxa de sucesso, cura e satisfação MÉTODOS: Estudo de coorte prospectivo realizado com paciente portadoras de IUE submetidas a tratamento cirúrgico com sling entre março de 25 e dezembro de 217 em uma clínica privada de Londrina, PR, Brasil, por um único cirurgião As pacientes foram divididas em dois grupos de acordo com o tipo de sling utilizado: sling Safyre® ou sling confeccionado pelo próprio cirurgião (SCC) Os dados foram analisados para determinação das complicações, qualidade de vida e taxa de sucesso (cura e satisfação), comparando-se os dois grupos RESULTADOS: Um total de 351 pacientes foram submetidas ao tratamento de IUE com sling suburetral Deste total, 221 foram reavaliadas, com média de seguimento de 78,47 (±38,69) meses No Grupo SCC, 125 (55%) pacientes completaram o estudo e no Grupo Safyre®, 96 (45%) Houve maior taxa de perfurações vesicais no Grupo Safyre® (% x 4,2%, p=,34) Observou-se melhora do ICIQ-UI SF (International Consultation on Incontinence modular Questionnaire for Urinary Incontinence Short form) quando comparados o pré e o pós-operatório no grupo SCC (1 x 3, p<,1) e no grupo Safyre® (1 x 3,5, p<,1), respectivamente Não houve diferença entre o grau de satisfação, cura subjetiva e a diferença do ICIQ-UI SF pré e pós-operatório quando comparados os grupos CONCLUSÃO: Paciente submetidas a cirurgia de IUE com SCC ou com Safyre® apresentam semelhantes taxas de satisfação e cura subjetiva, com melhora similar na pontuação do questionário de qualidade de vida Pacientes com sling Safyre® apresentam maiores taxas de perfuração vesical perioperatóriaItem Avaliação do efeito analgésico e anti-inflamatório da hesperidina metil chalcona em modelo de artrite induzido por dióxido de titâneo em camundongosArtero, Nayara Anitelli; Verri Junior, Waldiceu Aparecido [Orientador]; Dionisio, Andressa de Freitas Mendes; Kwasniewski, Fábio HenriqueResumo: Doenças auto-imunes,inflamatórias e infecciosas podem levar à destruição das superfícies ósseas que compõem as principais articulações, levando a artrite Assim, muitos pacientes correm o risco de ter que substituir as articulações, através do procedimento de artroplastia (substituição de tecido por próteses), o que pode desencadear uma resposta inflamatória crônicaO dióxido de titânio (TiO2) é destaque entre os biomateriais utilizados para a confecção de próteses Infelizmente, os biomateriais utilizados podem desencadear uma resposta imune no tecido periprotético, levando a falência da artroplastia Os flavonoides pertencem a uma grande classe de compostos polifenólicos naturais A estrutura polifenólica confere atividades antioxidantes e anti-inflamatórias Dentre eles, a hesperidina metil chalcona (HMC) demonstrou efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e antioxidantes na artrite crônica induzida por TiO2 Os camundongos foram tratados com HMC (1, 3, 1 e 3 mg/ Kg, intraperitoneal [ip]), a partir de 24 h após injeção intra-articular de 3 mg/ articulação de TiO2 para induzir artrite crônica Aqui, demonstramos que HMC inibiu a hiperalgesia e o edema articular induzido por TiO2, o recrutamento de leucócitos, o estresse oxidativo (gp91phox, redução de NBT, GSH e TBARS), a degradação de proteoglicanos da patela e modulou a expressão de mRNA de RANKL e OPG na artrite crônica Estes efeitos foram alcançados sem induzir danos renais (níveis plasmáticos de uréia e creatinina),hepáticos (níveis plasmáticos de aspartato aminotransferase (AST) e alanina aminotransferase (ALT)),ou gástricos (atividade mieloperoxidase) Assim, o tratamento com HMC é uma abordagem farmacológica concebível para a resposta inflamatória asséptica desencadeada por prótese acompanhada de erosão da cartilagem Esses resultados demonstram o potencial terapêutico da HMC na redução da dor e dano inflamatório associado ao modelo de artrite induzida por TiO2Item Aumento da eficácia da quercetina pela microencapsulação : efeito terapêutico em modelo de colite em camundongosGuazelli, Carla Fabiana Souza; Verri Junior, Waldiceu Aparecido [Orientador]; Pavanelli, Wander Rogério; Moreira, Estefânia Gastaldello; Baracat, Marcela Maria [Coorientadora]Resumo: A quercetina é um flavonóide com atividades anti-inflamatória e antioxidante expressivas Estudos mostram que ela é capaz de inibir enzimas liberadas por neutrófilos e macrófagos, reduzir a produção de citocinas pró-inflamatórias, além de sequestrar radicais livres e quelar íons metálicos No entanto, o tratamento com quercetina por via oral não reduz a inflamação em modelo experimental de colite Sendo assim, o objetivo deste estudo foi preparar uma nova formulação microencapsulada contendo quercetina para liberação modificada do fármaco, alcançando a região colônica, e investigar os efeitos terapêuticos desta formulação em um modelo experimental de colite induzida por ácido acético em camundongos As microcápsulas de quercetina foram preparadas a partir do polímero biodegradável pectina/caseína, e o efeito terapêutico no modelo de colite foi avaliado através dos seguintes parâmetros: atividade da mieloperoxidase, edema, escores de lesões histológicas e macroscópicas, níveis de citocinas e capacidade antioxidante no cólon O tratamento com microcápsulas de quercetina por via oral reduziu significativamente a atividade da mieloperoxidase, o edema, as lesões histológicas e macroscópicas, os níveis de IL-1ß e IL-33 no cólon dos camundongos quando comparados ao grupo controle colite sem tratamento Além disto, o tratamento com esta nova formulação também preveniu a redução dos níveis de IL-1 e da capacidade antioxidante no tecido colônico O tratamento com quercetina não encapsulada não mostrou efeitos significativos sobre a colite experimental Estes resultados mostram que a microencapsulação da quercetina, utilizando o polímero pectina/caseína, proporciona efeitos adicionais à quercetina não encapsulada neste modelo experimental de colite, sendo esta nova formulação uma proposta promissora para o tratamento de doenças inflamatórias intestinaisItem Estudo de citocinas no produto de leucoaférese de pacientes com mieloma múltiplo elegíveis para transplante : correlação com fatores prognósticos e desfecho clínicoMartins, Letícia Navarro Gordan Ferreira; Barbosa, Décio Sabbatini [Orientador]; Panis, Carolina; Watanabe, Maria Angelica Ehara; Victorino, Vanessa Jacob; Panis, Carolina [Coorientadora]Resumo: Uma complexa rede de citocinas no microambiente medular tem sido implicada como importante fator na patogênese do mieloma múltiplo (MM) Várias citocinas em sangue periférico e/ou medula óssea em pacientes com MM têm sido estudadas, porém não há dados na literatura correlacionando citocinas em produto de leucoaférese (células-tronco hematopoiéticas periféricas) como biomarcador prognóstico associado à profundidade de resposta pós-transplante, recaída e mortalidade Os objetivos desse trabalho foram avaliar os níveis de fator de necrose tumoral-alfa (TNF-?), fator de crescimento transformador-beta1 (TGF-?1) e interferon-gama (IFN-?) por ELISA no produto de leucoaférese de pacientes com MM elegíveis para transplante autólogo e avaliar a existência de associação dessas citocinas com número de células CD34+/kg mobilizadas e fatores de estratificação de risco, além do impacto na avaliação de resposta ao tratamento (pós-transplante) e sobrevida Realizado um estudo transversal retrospectivo, na Unidade de Transplante de Medula Óssea do Hospital Universitário de Londrina, no período de setembro/21 a setembro/214, com análise dos prontuários e quantificação de citocinas de 27 pacientes O IFN-? teve a maior variabilidade nos níveis com 713 pg/mL [443,5-1213,5], enquanto os níveis de TGF-?1 e TNF-? foram respectivamente, 1238,55 pg/mL ± 288,84 e 41,5 pg/mL [353-58] Níveis de TNF-? foram significativamente maiores (p=,5), em pacientes > 5 anos (559,6 + 73,42 pg/mL) do que em < 5 anos (385,9 + 2,16 pg/mL), assim como em pacientes com ?2-microglobulina muito elevada (>5,5 ng/mL) versus pacientes com ?2-microglobulina normal (p=,5) Não houve associação de recaída ou óbito com os níveis das citocinas Houve uma correlação inversa muito significativa entre a mobilização de células-tronco e TGF-?1 (r=-,488, p=,9) Aos três meses pós-transplante, os níveis de IFN-? foram significativamente menores nos pacientes em resposta completa (CR) ao tratamento, quando comparados aos pacientes em resposta muito boa (VGPR), 59,9 + 88,49 pg/ml versus 99 + 17,5 pg/mL, p=,1, respectivamente Pacientes que perderam (CR para VGPR) ou mantiveram a profundidade de resposta aos três meses pós-transplante (CR ou VGPR), apresentavam nível mediano de IFN-? 1133 pg/mL e 635 pg/mL, respectivamente, sendo considerados “alto-expressores” de IFN-? e aqueles com melhora da avaliação de resposta (VGPR para CR) apresentaram nível mediano de IFN-? 388 pg/mL, portanto “baixo-expressores” Portanto, uma relevante correlação entre os níveis de IFN-? com a perda de profundidade de resposta pós-transplante, sugere que o IFN-? possa ser um importante biomarcador na avaliação de resposta ao tratamento, possibilitando o manejo precoce pós-transplante com terapia alvo-específicaItem Doença renal crônica em crianças nascidas com muito baixo pesoCampos, Thaís Cardoso de Oliveira; Delfino, Vinicius Daher Alvares [Orientador]; Koch, Vera Hermina Kalika; Grion, Cíntia Magalhães CarvalhoResumo: A associação de prematuridade extrema e baixo peso ao nascer com doença renal crônica na idade adulta tem sido evidenciada por um crescente número de publicações No entanto, ainda são escassos os estudos que buscam identificar a doença nos primeiros anos de vida, especialmente em suas fases iniciais O objetivo deste trabalho foi avaliar a função renal em crianças nascidas de muito baixo peso (abaixo de 15 gramas) seguidas ambulatorialmente e identificar possíveis fatores associados a doença renal crônica Com esta finalidade, foi realizado um estudo transversal selecionando pacientes de 2 meses a 1 anos de idade, atendidos consecutivamente em ambulatório de seguimento de neonatologia de hospital terciário no período de um ano O desfecho primário foi doença renal crônica definida pelos critérios internacionais (Kidney Diseases: Improving Global Outcomes) e foram analisados fatores maternos e neonatais associados, desfechos secundários e medidas ultrassonográficas Dos 9 pacientes incluídos, 57 (63,3%) preencheram critérios para doença renal crônica Destes, 31 eram menores de 2 anos Proteinúria foi encontrada em 39 (43,3%) e albuminúria moderada em 23 crianças (25,6%) Não houve correlação significativa entre a estimativa de taxa de filtração glomerular e medidas ultrassonográficas O grupo de doentes renais crônicos apresentou menor idade gestacional (P=,32), menor peso de nascimento (P=,32) e maior escore de gravidade neonatal (SNAPPE, P=,18) Outros fatores neonatais associados foram o uso de amicacina (p=,22), dobutamina (p=,8) e hemorragia intracraniana (p=,8) Dislipidemia foi encontrada em 52 pacientes (57,8%) sem diferença significativa entre os grupos Dos pacientes com dislipidemia, apenas 6 eram obesos e 4 estavam na faixa de sobrepeso Os resultados apontam uma alta frequência de doença renal crônica e dislipidemia em crianças nascidas de muito baixo peso A proteinúria se mostrou como importante fator no diagnóstico de doença renal crônica mostrando predominância à albuminúria isoladamente O estudo alerta para a necessidade de um olhar atento, desde a primeira infância, para a saúde renal neste grupo de pacientes, posto que o diagnóstico e as estratégias de intervenção nos estágios precoces podem impactar de forma significativa a história natural da doençaItem Efeitos do exercício físico em camundongos com inflamação articular induzida por dióxido de titânioGuirro, Philippe Bovo; Deminice, Rafael [Orientador]; Pitta, Fábio de Oliveira; Perandini, Patrícia ChiminResumo: Artrite é uma doença que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, se manifestando de várias maneiras e consequentemente afetando a qualidade de vida e função muscular das pessoas portadoras da doença Estudos mostram o potencial do exercício físico como uma ferramenta no tratamento da doença e melhora na função muscular Foram utilizados sessenta camundongos swiss fêmeas durante sessenta dias para 1) estudar a ocorrência da sarcopenia associada à artrite induzida por dióxido de titânio (TiO2) e 2) verificar o efeito da corrida voluntária sobre a sarcopenia induzida por TiO2 Para tanto foram feitos dois experimentos O primeiro, para determinar a dose adequada de dióxido de titânio (TiO2) e ocorência de inflamção, utilizou dezenove animais, divididos em grupo controle (C, n=7), ,3mg TiO2 (n=6) e 3mg TiO2 (n=6) O TiO2 foi injetado na articulação femorotibial No segundo experimento, quarenta e um animais foram alocados em gaiolas individuais, divididos em quatro grupos: controle (C, n=1), artrite (A, n=11), exercício (E, n=1) e artrite exercício (AE, n=1) Os grupos A e AE foram injetados com TiO2, os grupos E e AE tinham uma roda instalada em suas respectivas gaiolas para a prática de corrida voluntária Análises de peso corporal, força e morfologia muscular, histologia e bioquímica foram realizadas para constatar a artrite e sarcopenia induzidas pelo TiO2 A injeção de TiO2 causou dano ao tecido articular, redução da área de secção transversa muscular, menor força de preensão, promoveu maiores níveis de dor e inflamação e aumento do TNF-a na articulação O exercício foi eficaz para mitigar o dano tecidual e contrariar os efeitos decorrentes da injeção de TiO2 na articulação femorotibial Foi capaz de promover hipertrofia, aumento de força de pressão e diminuir o número de leucócitos na região inflamada Assim, os resultados obtidos sugerem que o exercício tem efeitos protetores e pode ser usado como uma ferramenta para diminuir o grau das alterações causadas pelo TiO2 no tecido muscular e articularItem Efeito do uso de estatinas sobre parâmetros definidores da sarcopenia em pessoas vivendo com HIVGonzález Cárdenas, José David; Deminice, Rafael [Orientador]; Cyrino, Edilson Serpeloni; Navarro, Anderson MarliereResumo: Introdução: As taxas de prevalência de dislipidemia, em pessoas vivendo com HIV (PVHIV), são elevadas, sendo que parte dessa condição está associada ao uso da terapia antirretroviral (TARV), que conjuntamente com o aumento da inflamação e imunossupressão causada pela infecção crônica do HIV, contribuem para um maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares (DCV), sendo uma das causas de mortalidade em PVHIV Para o tratamento é necessário a administração de medicamentos hipolipidêmicos, amplamente utilizados para tratar as dislipidemias em PVHIV, que tem demonstrado causar inúmeros efeitos adversos, como problemas musculares, mialgias, miopatias e rabdomiólise que podem levar ao desenvolvimento da sarcopenia, que tem uma prevalência de 24,1% em PVHIV; na atualidade a relação entre PVHIV, estatinas e sarcopenia e pouco estudada Objetivos: Analisar os efeitos do uso de estatinas sobre parâmetros definidores da sarcopenia em PVHIV Método: Estudo transversal composto por uma amostra final foi composta por 366 pessoas (189 homens e 177 mulheres) com idade média de 47,9 ± 11,93 anos, índice de massa corporal de 26,33 ± 5,54 kg/m2) 68 apresentavam dislipidemias e 54 usavam estatinas, que foram comparadas com um grupo de PVHIV sem dislipidemia Os participantes foram convidados voluntariamente a participar do estudo onde foram coletados: dados sociodemográficos, antropométricos, dados para obtenção da bioimpedância (analise da massa muscular), dinamometria (analise da força muscular), dados para obtenção da bateria de testes SPPB (analise da função física: equilíbrio, força de membros inferiores e velocidade na marcha), dados para obtenção da densitometria óssea (DXA) e dinamometria isocinética Os participantes foram avaliados segundo o algoritmo proposto pelo European Working Group of Sarcopenia in Older People, para determinar a sarcopenia, o diagnóstico de dislipidemia foi determinado pelos dados de diagnóstico no prontuário das pessoas Resultados: Não houve diferença entre o IMC dos grupos estatina, (28,64 ± 623 kg/m2), em relação a PVHIV sem uso de estatinas (26,78 ± 5,68 kg/m2); 37,1% dos participantes usava sinvastatina (n=2), 53,7% com uso de atorvastatina (n=29), e 9,2% com outras medicações (n=5), se observou diferença significativa (P =,5) no IMC, entre PVHIV do sexo masculino com uso de estatinas e PVHIV do sexo masculino que não usavam estatinas Conclusão: A redução de massa muscular e a sarcopenia, são problemas que ocorrem com frequência na população HIV em uma idade precoce Sua etiologia é multifatorial, mas os resultados indicam que o uso de estatinas em PVHIV com uso da TARV, não diminuiu a o tecido muscular, comparado com PVHIV sem uso de estatinasItem Hipertensão pulmonar e biomarcadores de estresse oxidativo em indivíduos em hemodiáliseRoston, Fabio; Delfino, Vinicius Daher Alvares [Orientador]; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho; Yamada, Sérgio SeijiResumo: INTRODUÇÃO: A Hipertensão Pulmonar (HP) é uma desordem patofisiológica que pode envolver múltiplas condições É caracterizada pela elevação sustentada da pressão arterial pulmonar maior ou igual a 25 mmHg, aferida de modo direto por cateterismo direito O ecocardiograma, por ser um método indireto e seguro, é frequentemente usado como meio de triagem, sendo o achado da pressão arterial sistólica pulmonar (PSAP) maior ou igual a 35 mmHg indicativo de HP Estudos mostram a presença de estresse oxidativo elevado em pacientes renais crônicos submetidos à dialise e estresse oxidativo elevado em pacientes com HP, porém não há dados na literatura que avaliem associação de estresse oxidativo elevado em pacientem em HD com HP Nosso estudo teve como objetivo primário avaliar a possível associação entre hipertensão pulmonar e estresse oxidativo elevado em paciente com doença renal crônica (DRC) em hemodiálise (HD) MÉTODOS: Estudo transversal, com oitenta e nove pacientes provenientes de duas clínicas de hemodiálise A coleta de dados e análise dos exames ecocardiograficos ocorreram entre os meses de maio e junho de 215 e os exames foram realizados na segunda sessão semanal de HD (às quartas e quintas feiras) para evitar intervalos interdialíticos maiores As amostras de sangue foram coletadas após a punção da fístula artériovenosa, pouco antes de iniciar a diálise Após o seu término, foram realizados os ecocardiograma para determinação da PSAP e assim, dividir os pacientes em 2 grupos: com e sem hipertensão pulmonar, sendo considerado presença de HP valores iguais ou superiores a 35 mmHg Ocorreram treze perdas no decorrer do estudo, restando setenta e seis pacientes para a análise RESULTADO: A prevalência de HP no presente estudo foi de 5% Não foram observadas diferenças entre os grupos quando comparados os marcadores de estresse oxidativo e de inflamação Os grupos com e sem HP foram homogêneos, sem diferença em relação à idade, sexo, índice de massa corpórea (IMC), uso de inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA), uso de bloqueadores dos receptors AT1 da angiotensina II (BRA) ou estatinas, assim como tabagismo e diabetes melitus, porém, foi observado maior tempo em diálise nos pacientes com HP (57, DP 4-18 meses) em relação aos sem HP (36, DP 24-72 meses), P = ,26 CONCLUSÃO: Não encontramos associação entre HP e estresse oxidativo em pacientes em HD na população estudada O tempo em diálise esteve associado à HP, sugerindo que fatores relacionados a maior tempo em hemodiálise possam ter participação da gênese da HP em indivíduos renais crônicos em HDItem Influência da variação genotípica Glu354Gln do receptor para o GIP sobre a homeostase glicêmica e a sensibilidade insulínica em indivíduos sadiosBerbel, Luciane Celeste Lazari; Mazzuco, Tânia Longo [Orientador]; Carrilho, Alexandre José Faria; Marquezine, Guilherme Figueiredo; Amarante, Marla Karine [Coorientadora]Resumo: A possível variabilidade na resposta fisiológica hormonal após a alimentação, relacionada à elevação do GIP pós-prandial entre indivíduos, despertou o interesse para avaliar a influência do polimorfismo no gene para o receptor do polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose (GIPR) na homeostase glicêmica e na função da célula beta pancreática Foram estudados 25 adultos (12 mulheres, 13 homens) com IMC<3 e sem doenças relacionadas à síndrome metabólica Foram coletadas amostras de sangue nos tempos basal (T) e após refeição contendo 58g de carboidratos e 28g de lipídeos a cada 3 minutos até o T15, para dosagem de insulinemia e glicemia Foi realizada pesquisa da variante Glu354Gln para o GIPR (SNPGIPR, rs18437) em amostra de sangue periférico pela técnica de PCRRFLP Foi avaliada a homeostase glicêmica de jejum e pós-prandial através dos cálculos de HOMA-IR, HOMA-B, área sob a curva (AUC) de insulina e glicemia e sua razão (AUCi/AUCg), índice insulinogênico (IGI) em cada tempo relativo ao basal e razão IGI/HOMA-IR Na curva pós-prandial, 72% dos indivíduos apresentaram picos de glicose e 64% de insulina até o T6, com média de 17 mg/dl e 42,1 UI/mL, respectivamente A pesquisa do SNP-GIPR revelou alelo C presente (C+, polimórfico) em 7 indivíduos, com 72% dos genótipos GG, 24% GC e 4% CC Houve diferença significativa entre C+ e o grupo com alelo C ausente (C-) em relação ao HOMA-B (1+/-26 vs 16+/- 189%, respectivamente; p=,4) Não houve diferença estatisticamente significativa quanto aos seguintes parâmetros: AUCg, AUCi, HOMA-IR, IGI e razões AUCi/AUCg e IGI/HOMA-IR Porém, em todos os tempos, o IGI foi superior no grupo C+ (T3, 189%; T6, 147%; T9, 166%; T12, 29% e T15, 93%), enquanto que uma tendência semelhante ocorreu para a razão IGI/HOMA-IR exceto no T15 O indivíduo portador do SNP-GIPR em homozigose (CC) apresentou resposta precoce de insulina Além disso, 42,9% dos indivíduos C+ apresentaram história familiar de diabetes em comparação com 22,2% do grupo C- (p=,29) Em conclusão, estudamos o perfil de glicemia e insulina de jejum e na curva pós-prandial incluindo 1ª e 2ª fases de secreção insulínica de uma amostra de indivíduos sadios com distribuição genotípica do SNP-GIPR semelhante à população reportada na literatura Indivíduos euglicêmicos C+ e C- apresentaram semelhanças em diversos dos parâmetros utilizados para avaliar a função da célula beta pancreática e resistência insulínica Por outro lado, foi encontrada variação no HOMA-B entre os genótipos estudados, sugerindo redução na função da célula beta relacionada ao polimorfismo do GIPR, sem alteração na sensibilidade à insulina A redução do HOMA-B em indivíduos sadios, independente do histórico familiar de diabetes, sugere aprofundar o estudo deste SNP-GIPR como possível marcador precoce para o risco de falência pancreática associada ao diabetes tipo 2Item Aspectos epidemiológicos de pacientes admitidos em centro especializado de tratamento de queimadurasQueiroz, Luiz Fernando Tibery; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho [Orientador]; Delfino, Vinicius Daher Alvares; Leonardi, Dilmar FranciscoResumo: Objetivo: Descrever os aspectos epidemiológicos dos pacientes vítimas de queimaduras e hospitalizados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Centro de Tratamento Queimados (CTQ) do Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná (HURNP) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) Métodos: Estudo longitudinal, retrospectivo, envolvendo pacientes admitidos na UTI do CTQ do HURNP, no período de janeiro de 21 a dezembro de 212 Foram coletados dados demográficos, dados de diagnóstico, diagnóstico da extensão e causas das queimaduras, presença de complicações, necessidade de intervenções cirúrgicas específicas, além dos dados para o cálculo dos escores APACHE II (AcutePhysiologyandChronic Health Evaluation), SOFA (SequentialOrganFailureAssessment), TISS-28 (TherapeuticIntervention Score System) e ABSI (AbbrevietedBurnSeverity Index) Os dados foram coletados na admissão do paciente, assim como diariamente e até a alta da UTI Foram analisados fatores de risco para morte e desempenho dos escores prognósticos para predizer mortalidade O nível de significânciaadotado foi de 5% Resultados: Foram analisados 293 pacientes no estudo, sendo 68,3% do gênero masculino, com mediana de idade de 38 anos (Intervalo interquatilico: 28-52), média de superfície corporal queimada de 26,6% ±18,5% Os acidentes domésticos foram mais frequentes e ocorreram em 53,9%casos, sendo o fogo a causa mais comum em 77,1% dos pacientes O álcool líquido foi o agente mais comum, aparecendo em 51,5% dos casosO ABSI apresentou mediana de 7 e área sob a curva ROC de ,89Na análise multivariada a idade(p<1), o gênero feminino(p=,2), a área de superfície corporal queimada (p<,1), a ventilação mecânica (p<,1) e a insuficiencia renal aguda (p<,1) foram fatores independentes associados com pior prognósticoA mortalidade na saída da UTI foi de 32,8% e a mortalidade hospitalar de 34,1% Conclusão: A queimadura acometeu mais frequentemente homens adultos jovens em nosso estudo A causa mais comum foi a chama direta, sendo o álcool líquido o agente acelerante mais frequente Os pacientes apresentaram média de superfície corporal queimada elevadaeforamconsideradosgrandes queimados na maior parte da amostra O escore ABSI apresentou o melhor desempenho em discriminar não sobreviventes A taxa de mortalidade hospitalar foi elevadaItem Relação entre o estresse oxidativo e a caquexia cardíaca em ratos Wistar portadores da forma sólida do tumor de Walker-256Borges, Fernando Henrique; Cecchini, Rubens [Orientador]; Barbosa, Décio Sabbatini; Armani, Alessandra L. Cecchini; Guarnier, Flávia Alessandra [Coorientadora]Resumo: A caquexia do câncer é uma doença caracterizada pela perda progressiva de massa corporal, não envolvendo apenas a musculatura esquelética, mas também a cardíaca Embora existam relatos de perda de massa muscular cardiaca em ratos portadores de tumor, até o momento existem poucas relações entre estresse oxidativo e caquexia cardiaca Assim, o presente trabalho objetivou investigar a relação entre estresse oxidativo e ativação de diferentes vias proteolíticas no coração de ratos portadores de tumor de Walker-256 Os animais foram divididos em: animais sem tumor e animais com tumor em 2 diferentes tempos (T5 e T1) - implantados subcutâneamente 8x17 células/mL Após o sacrifício, foram retirados o coração, divido em lados esquerdo (CE) e direito (CD) e o tumor O índice de caquexia foi calculado Os parâmetros de estresse oxidativo (EO) cardíaco foram analisados através das técnicas de quimiluminescência estimulada por terc-butil hidroperóxido (QL), quantificação de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), e quantificação de proteínas carboniladas (PC) A proteólise foi determinada por meio de kits comerciais A espessura dos ventrículos foi verificada por morfometria A partir do 5º dia todos os animais inoculados com tumor apresentaram caquexia (6,85x±,63% para 5 dias e 17,76x±1,82% para 1 dias) No músculo cardíaco, o CE não apresentou perda de massa, porém, no CD houve perda de 29% em 5 dias e 4% em 1 dias, o que foi reforçado na análise de morfometria O CD mostrou baixos níveis de lipoperoxidação As PC apresentaram o mesmo perfil em ambos os lados, tendo um aumento significativo em 5 dias e uma queda em 1 dias O TBARS não apresentou diferenças significativas em nenhum tempo A atividade proteolítica apresentou-se aumentada quando somente a calpaina foi avaliada no 5 dia, no CD Os resultados demonstram que apesar de os animais apresentarem caquexia, não houve alteração de massa no musculo cardíaco do CE, diferentemente do CD Com base nos resultados, pode-se concluir que, metabolicamente, as duas câmaras se comportam independentemente e que, o EO possui um papel diferente em cada um dos processos Além disso, a modulação leva a distinta ativação de vias proteolíticasItem Análise comparativa das taxas de readmissão na unidade de terapia intensiva nos períodos anterior e posterior à implantação do time de resposta rápida no Hospital Universitário de LondrinaPaula, Raquel Bergamasco e; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho [Orientador]; Carrilho, Alexandre José Faria; Lavado, Edson LopesResumo: Introdução: O Comitê de indicadores de qualidade em terapia intensiva da Society of Critical Care Medicine, classificou a taxa de readmissão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nas primeiras 48 horas após a alta, como o principal indicador de qualidade em UTI Sinais de deterioração clínica são normalmente observados horas antes de um evento adverso grave, como parada cardiorrespiratória, readmissão não planejada na UTI e óbito, constituindo uma janela para intervenção terapêutica Com o objetivo de reconhecer e reverter essas situações de risco, times de resposta rápida (TRR), compostos por equipes multidisciplinares de profissionais capacitados para o atendimento fora da UTI, foram criados Objetivo: Descrever os vários aspectos relacionados às readmissões na UTI do Hospital Universitário de Londrina, e analisar o impacto da introdução o TRR sobre essas readmissões Métodos: Estudo de coorte longitudinal retrospectivo realizado nos períodos de janeiro a dezembro de 28 e de janeiro a dezembro de 21, no Hospital Universitário de Londrina, Paraná, Brasil Foram analisados todos os pacientes que receberam alta da UTI nesses períodos e que preencheram os critérios de inclusão Os dados analisados incluem variáveis demográficas, diagnósticos de admissão e readmissão e escores de prognóstico APACHE II, SOFA e TISS 28 Resultados: Durante os períodos analisados, 157 pacientes receberam alta da UTI, sendo 38 no período anterior à implantação do TRR e 48 posteriormente As taxas de readmissão foram similares nos dois períodos (3,7% e 3,3% respectivamente, p=,46) O escore TISS 28 no primeiro dia após a alta foi fator de risco independente para readmissão (OR 1,23; IC 95% 1,13-1,34; P<,1) A análise multivariada identificou as variáveis idade (OR 1,3; IC 95% 1,1-1,5; P<,1), SOFA da alta (OR 1,3; IC 95% 1,14-1,48; P<,1), TISS 28 no primeiro dia pós alta (OR 1,14; IC 95% 1,7 -1,21; P=,2) e tempo de espera para admissão na UTI (OR 1,13; IC 95% 1,5-1,22; P<,1) como fatores de risco independentes para morte Conclusões: Não houve diferença entre as taxas de readmissão na UTI do Hospital Universitário de Londrina nos anos de 28 e 21, após a implantação do TRR O escore TISS 28 no primeiro dia após a alta foi fator preditor para readmissãoItem O papel de biomarcadores inflamatórios, depressão e trauma na infância em indivíduos que tentaram suicídioBellinello, Gisele de Souza Teixeira; Nunes, Sandra Odebrecht Vargas [Orientador]; Vargas, Heber Odebrecht; Urbano, Mariana RagassiResumo: Objetivo: Investigar se os indivíduos que tentaram suicídio apresentaram maior gravidade dos sintomas depressivos, trauma infantil, baixa percepção de qualidade de vida, elevado comprometimento funcional, mais comorbidades psiquiátricas e alterações nos níveis de biomarcadores inflamatórios quando comparados aos sem histórico de tentativas de suicídio Métodos: Os participantes foram recrutados de pacientes da unidade de psiquiatria da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e de funcionários da UEL, homens e mulheres, entre 18 e 65 anos, de todas etnias Foram coletados dados sócio demográficos e clínicos de indivíduos que tentaram suicídio (n = 56) e indivíduos que não tentaram suicídio (n = 153), avaliados através de um questionário estruturado Todos os indivíduos também foram analisados para medidas antropométricas, Escala de Avaliação de Depressão de Hamilton, Escala de Avaliação de Ansiedade de Hamilton, Escala de Young de Avaliação de Mania, Escala de Incapacidade de Sheehan, Qualidade de Vida (WHOQOL-BREF), Questionário de Trauma Infantil e biomarcadores laboratoriais, incluindo leptina, receptor solúvel do fator de necrose tumoral 1(sTNF-R1), antagonista do receptor de interleucina 1 (IL-1RA), antagonista do receptor de interleucina-1(IL-1RA), interleucina-13 (IL-13), interleucina-4 (IL-4), interleucina-5 (IL-5), interferon-? (IFN-?) e fator de estimulação de colônias de granulócitos e macrófagos (GM-CSF) Resultados: Existe uma correlação positiva significativa entre sTNF-R1 e gravidade dos sintomas depressivos (p = ,13), assim como entre IL-1RA e gravidade dos sintomas depressivos (p = ,4), há ainda uma correlação positiva significativa entre absenteísmo no trabalho e abuso físico na infância (p = ,12), níveis mais elevados de IL-13, IL-5, IFN?, GM-CSF e leptina e menores níveis de IL-4 em indivíduos que tentaram suicídio quando comparados com aqueles que não tentaram suicídio Conclusão: Estes achados sugerem que o subgrupo de indivíduos que tentaram suicídio estão associados com trauma na infância, maior gravidade dos sintomas depressivos, comprometimento funcional, exibiu um aumento no número de biomarcadores inflamatóriosItem O efeito de superfícies de apoio na incidência de lesão por pressão em pacientes graves : um ensaio clínico randomizadoCamargo, Wesley Henrique Bueno de; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho [Orientador]; Kerbauy, Gilselena; Delfino, Vinicius Daher AlvaresResumo: Introdução: A segurança é o domínio primordial na qualidade da assistência à saúde A presença de Lesão por Pressão (LPP) tem sido considerada um indicador de qualidade de serviços de saúde, e esforços têm contribuído para o estabelecimento de diretrizes que norteiem a prática visando à redução do problema Objetivo: Analisar se uma superfície de apoio com colchão viscoelástico é capaz de reduzir a incidência de lesão por pressão de categoria 2 em comparação ao colchão piramidal em pacientes graves internados em unidade de terapia intensiva adulto Método: Foi realizado um ensaio clínico randomizado com análise por intenção de tratar, envolvendo pacientes graves com alto risco para desenvolvimento de lesão por pressão Para isso, foram incluídos 62 pacientes graves internados em unidade de terapia intensiva e que apresentaram escala de Braden = 14 na admissão no período de abril de 216 a abril de 217 Nesse estudo a randomização foi efetuada por tabela computadorizada e os pacientes foram alocados em dois grupos: grupo intervenção (colchão viscoelástico) e grupo controle (colchão piramidal) Resultados: Foram admitidos 531 pacientes na UTI no período de estudo Desse total, 62 pacientes atendiam a todos os critérios de elegibilidade e foram incluídos na pesquisa Houve predominância do sexo masculino (53%) e a idade média foi de 67,9 (DP 18,8) anos A média do escore SAPS 3 foi 69,4 (DP 14,9) e do escore SOFA foi de 8,3 (DP 4,2) A média da escala de Braden foi 1,8 (DP 1,7) Os diagnósticos de admissão mais frequentes foram sepse em 24 (38,71%), seguido de pós-parada cardíaca em 6 (9,68%), insuficiência cardíaca congestiva em 3 (4,84%), craniotomia por hemorragia intracraniana em 3 (4,84%), sangramento gastrintestinal em 3 (4,84%) Na admissão na UTI, 37 (59,7%) pacientes faziam uso de vasopressor e a mediana do balanço hídrico acumulado nas primeiras 24 horas foi 129 ml (ITQ 677 – 2187) A mediana do tempo de permanência na UTI foi de 11,5 dias (ITQ 7,5 – 22) e no hospital, de 18,5 dias (ITQ 1,5 – 29) Não houve diferença nas características clínicas ou de gravidade entre os pacientes do grupo controle e grupo intervenção A lesão por pressão ocorreu em 35 pacientes, com tempo mediano de 7 dias (ITQ 4 – 1) da amissão A frequência de lesão por pressão foi maior no grupo controle (8,6%) comparada ao grupo intervenção (32,2%; P < ,1) Conclusão: Superfícies de apoio viscoelástica reduzem a ocorrência de lesão por pressão em pacientes graves de alto risco quando comparadas às superfícies de apoio piramidalItem Avaliação do estresse oxidativo e fatores de risco cardiovascular em pacientes com esclerose múltiplaOliveira, Sayonara Rangel; Reiche, Edna Maria Vissoci [Orientador]; Souza, Doralina Guimarães Brum; Dichi, Isaías; Simão, Andréa Name Colado [Coorientadora]Resumo: Esclerose múltipla (EM) é uma doença desmielinizante, imuno-mediada, caracterizada por processo inflamatório crônico que afeta o sistema nervoso central e o estresse oxidativo têm sido implicado na patogênese da doença Além disso, alterações metabólicas foram observadas em pacientes com EM como dislipidemia, hipertensão e resistência à insulina (RI), considerados importantes fatores de risco cardiovascular O objetivo deste trabalho foi avaliar o estresse oxidativo, fatores de risco cardiovascular e mediatores inflamatórios em pacientes com EM e verificar a correlação entre estes marcadores e a progressão da doença Foram avaliados 134 pacientes com EM atendidos no Ambulatório de Neurologia do Ambulatório do Hospital de Clínicas, Londrina, Paraná, Região Sul do Brasil A gravidade da EM foi avaliada pela Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS) O grupo controle foi composto por 196 indivíduos saudáveis, doadores de sangue do Hemocentro Regional de Londrina Em todos os indivíduos, os parâmetros idade, gênero, etnia, tabagismo e índice de massa corporal (IMC) foram controlados O estresse oxidativo foi avaliado pela formação de hidroperóxidos lipídicos iniciada por t-butil, dosagem de proteínas carbonílicas, determinação dos metabólitos do óxido nítrico (NOx), dosagem do grupamento sulfidrila de proteínas e capacidade antioxidante total do plasma (TRAP) Os marcadores bioquímicos avaliados foram os níveis séricos de ácido úrico, colesterol total, lipoproteína de baixa densidade (LDL), lipoproteina de alta densidade (HDL), triglicerídeos, níveis plasmáticos de glicose e insulina A RI foi avaliada pelo índice homeostasis model assessment (HOMA), sendo detectada quando HOMA-IR = 2,5 Níveis séricos das citocinas inflamatórias fator de necrose tumoral alfa (TNF-?), interleucina 6 (IL-6), interleucina 17 (IL-17) e interferon gama (IFN-?) foram determinados por enzimaimunoensaio Pacientes com EM apresentaram níveis plasmáticos aumentados de hidroperóxidos lipídicos (p<,1), proteínas carbonílicas (p=,217) e diminuídos de NOx (p<,1), grupamento sulfidrila de proteínas (p=,4) e TRAP (p=,1) quando comparados com o grupo controle Uma correlação positiva foi obtida entre os níveis plasmáticos de hidroperóxidos lipídicos e os valores de EDSS (r=,212, P=,14) e entre proteínas carbonílicas e EDSS (r=,221, p=,35) Os níveis séricos de ácido úrico não diferiram entre os grupos (p=,115) Pacientes com EM mostraram níveis séricos elevados de colesterol total (p=,5), LDL-colesterol (p=,3), triglicerídeos (p=,3) e diminuídos de HDL-colesterol (p=,38) comparados ao grupo controle Níveis plasmáticos de glicose não diferiram entre os indivíduos (p=,426); entretanto, pacientes com EM apresentaram níveis mais elevados de insulina (p<,1), HOMA-IR (p<,1) do que os controles, além de uma frequência de RI de 2,8 vezes maior nos pacientes com EM que no grupo controle (odds ratio: 2,781; intervalo de confiança de 95%: 1,723-4,81, p<,1) Pacientes com EM também apresentaram aumento da pressão arterial diastólica (p=5) e dos níveis séricos das citocinas IL-6, IL-17 e IFN-? (p=,9, p=,377, p=,379, respectivamente) em relação aos controles Os resultados sugerem o envolvimento do processo inflamatório crônico mediado pelas citocinas inflamatórias e do estresse oxidativo na fisiopatologia de progressão da EM Estas alterações imunológicas e metabólicas, podem explicar, em parte, a maior prevalência de RI e aumento do risco cardiovascular nestes pacientes Futuras pesquisas são necessárias para confirmar o envolvimento do estresse oxidativo na doença e considerar este componente fisiopatológico como possível alvo terapêutico no tratamento de pacientes com EM As alterações metabólicas observadas reforçam a importância da monitorização destes marcadores metabólicos em pacientes com EM, para prevenir e/ou tratar futuras comorbidades cardiovasculares que podem estar relacionadas à progressão da doença Além disto, aponta para a necessidade de desenvolvimento de pesquisas para identificação de novos biomarcadores que se correlacionem com a atividade e progressão da doençaItem Avaliação do efeito terapêutico da quercetina microencapsulada nos danos cutâneos induzidos pela radiação ultravioleta B em camundongos sem peloVale, David Laios do; Casagrande, Rúbia [Orientador]; Georgetti, Sandra Regina; Barbosa, Décio Sabbatini; Baracat, Marcela Maria [Coorientadora]Resumo: A pele é o maior órgão do corpo humano em extensão e a primeira barreira do organismo com o meio externo Entre os fatores externos destaca-se à exposição à radiação UVB que pode causar aumento dos radicais livres, inflamação cutânea, a qual pode levar ao desenvolvimento de câncer e envelhecimento precoce Neste contexto, os flavonoides, encontrados em frutas e vegetais, são de grande importância por serem antioxidantes Dentre os flavonoides, destaca-se a quercetina, a qual tem demonstrado eliminar os radicais livres e inibir a inflamação No entanto, ela apresenta solubilidade reduzida em água que contribui para uma baixa biodisponibilidade in vivo Para vencer este desafio uma estratégia é a preparação de microcápsulas cuja matriz polimérica contenha pectina e caseína para carrear a quercetina Assim, esta pesquisa teve como objetivo avaliar a eficácia terapêutica da quercetina microencapsulada nos danos cutâneos induzidos pela radiação UVB em camundongos O preparo das microcápsulas foi realizado pelo método de coacervação complexa seguido pela incorporação das mesmas em emulsão óleo/água para administração tópica As emulsões foram analisadas quanto à estabilidade físico-química e funcional (verificado pelo ensaio em doar átomos de hidrogênio ao radical 2,2-difenil-1-picrilhidrazil – DPPH) e depois foram avaliadas quanto às atividades antioxidante e anti-inflamatória em camundongos sem pelo expostos à radiação UVB Os resultados in vitro demonstraram que a emulsão contendo a quercetina microencapsulada é estável e os resultados in vivo evidenciaram que estas microcápsulas reduziram a inflamação cutânea, diminuindo o edema de pele, recrutamento de neutrófilos, produção de citocinas inflamatórias e atividade de metaloproteinase-9 comparada com a microcápsula inerte e a emulsão contendo quercetina A mesma comparação foi realizada para se determinar o efeito da quercetina microencapsulada contra o estresse oxidativo induzido pela radiação UVB e foi demonstrado que estas microcápsulas com o flavonoide mantiveram os níveis de glutationa reduzida (GSH) e atividade da catalase a níveis basais, e ainda diminuíram a produção de hidroperóxidos lípidicos e de ânions superóxidos Além disso, estes efeitos da emulsão contendo a quercetina microencapsulada resultaram em melhora da capacidade antioxidante da pele pela manutenção do poder redutor do ferro e da capacidade em reduzir o radical ABTS Dessa forma, os resultados sugerem que as microcápsulas podem ter melhorado a absorção cutânea da quercetina, prevenindo a inflamação da pele e inibindo o estresse oxidativo induzido pela radiação UVBItem Efeito do reúso e do tipo da membrana do dialisador sobre a atividade da paraoxonase 1 de pacientes em hemodiáliseMiguita Junior, Reynaldo; Delfino, Vinicius Daher Alvares [Orientador]; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho; Peres, Luis Alberto Batista; Barbosa, Décio Sabbatini [Coorientador]Resumo: A doença cardiovascular (DCV) é uma importante causa de mortalidade em pacientes renais crônicos em hemodiálise Possui gênese multifatorial e responde por quase 5% das mortes nessa população Pacientes em hemodiálise apresentam perfil lipídico anormal, caracterizado por níveis elevados de triglicérides e de lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e níveis diminuídos de lipoproteínas de alta densidade (HDL) A paraoxonase 1 (PON 1) é a proteína responsável pela maior parte da atividade antioxidante da HDL e níveis reduzidos de PON 1 estão associados à maior ocorrência de eventos cardiovasculares em várias populações Estudos demonstraram que a atividade da PON 1 encontra-se diminuída na doença renal crônica e que, após a sessão de hemodiálise, a atividade da PON 1 eleva-se Em pacientes em hemodiálise, a atividade reduzida da PON 1 foi demonstrada estar associada à maior mortalidade cardiovascular A prática do reúso do dialisador permite que programas de diálise com escassos recursos financeiros se mantenham e, embora os estudos não tenham encontrado diferença com relação à mortalidade comparada com o uso único do dialisador, poucos trabalhos avaliaram os efeitos do reúso do dialisador sobre estresse oxidativo e a atividade da PON 1 Este estudo teve como objetivo identificar o efeito do reúso e do tipo da membrana do dialisador (polinefron e polietersulfona) sobre a atividade da PON 1 de pacientes em hemodiálise Participaram do estudo 3 pacientes renais crônicos em hemodiálise no Instituto do Rim de Londrina – Histocom Foram dosados, pré e pós diálise, no primeiro uso e após o sexto reúso dos dialisadores: atividade plasmática da PON 1, sistemas de defesa antioxidante: superóxido dismutase (SOD), catalase, glutationa total (GT), glutationa reduzida (GSH) e glutationa oxidada (GSSG); marcadores de agressão oxidativa: hidroperóxidos lipídicos (LOOH) e produtos avançados de oxidação proteica (AOPP) Os valores de atividade da PON 1, SOD, catalase, GT, GSH, GSSG, AOPP e LOOH foram comparados entre pré e pós diálise no primeiro uso e após sexto reúso do dialisador polinefron e polietersulfona A atividade da PON 1 pós-diálise foi maior (P<,1) do que a pré-diálise tanto no primeiro uso como após o sexto reúso A atividade da PON 1 no primeiro uso do dialisador polinefron se elevou de 139,4 U/mL pré-diálise para 181,5 U/mL pós-diálise e com o dialisador de polietersulfona partiu de 153,3 U/mL pré-diálise para 166,7 U/mL pós diálise No sétimo uso dos dialisadores, encontramos atividade de PON 1 pré-diálise de 133,5 U/mL e de 141,9 U/mL para os dialisadores polinefron e polietersulfona, respectivamente Após a sessão de hemodiálise do sétimo uso os valores encontrados para a atividade da PON 1 foram 166,7 U/mL e 164,5 U/mL com o dialisador polinefron e polietersulfona, respectivamente Encontramos aumento dos níveis de LOOH após as sessões de hemodiálise e os níveis de AOPP mantiveram-se inalterados após as sessões de hemodiálise Os marcadores de defesa antioxidante estudados não apresentaram modificações significativas em quando se compararam os valores pré e pós diálise O reúso do dialisador e o tipo de membranas estudados não interferiram com a melhora da atividade da PON 1 Portanto, o reúso dos dialisadores de polinefron e polietersulfona, submetidos a seis processos de reúso, não interfere com o aumento da atividade da PON 1 que se observa após o úso único destes capilares e nem piora as defesas antioxidantes intracelulares estudadas, não influenciando negativamente nenhum destes dois parâmetrosItem Importância dos níveis séricos de vancomicina e da dosagem da lipocalina associada à gelatinase de neutrófilos humanos urinário (NGAL) no manejo de pacientes com infecções graves em ambiente de terapia intensivaObara, Vitor Yuzo; Delfino, Vinicius Daher Alvares [Orientador]; Barbosa, Décio Sabbatini; Yamada, Sérgio SeijiResumo: INTRODUÇÃO E OBJETIVO: Vancomicina é o atual antibiótico de escolha contra infecções complicadas contra Staphylococcus aureus resistente a meticilina, frequentes em pacientes tratados em unidades de terapia intensiva (UTIs) Especialmente nestes pacientes, é essencial que níveis séricos de vancomicina sejam atingidos o mais breve possível para obtenção de melhores resultados no tratamento infeccioso O aparecimento de cepas de S aureus com sensibilidade reduzida à vancomicina resulta em um impacto negativo sobre desfechos terapêuticos, motivou instituições internacionais a sugerirem elevação dos níveis séricos de vale do fármaco para 15 a 2µg/mL Alguns estudos sugerem que estes níveis mais elevados de vancomicina estão associados com maior incidência de nefrotoxicidade associada à vancomicina Portanto, a monitorização dos níveis séricos de vancomicina é essencial em pacientes críticos para evitar subdosagens ou toxicidades excessivas Atualmente, para a identificação de insuficiência renal aguda (IRA), o biomarcador utilizado é a creatinina, cujos níveis séricos podem demorar até 48h para se elevarem, postergando o diagnóstico de IRA e reduzindo as oportunidades de implementação de medidas destinadas a reduzir a progressão da IRA e/ou retardando a correção da dose de fármacos de excreção renal O estudo de outros biomarcadores para o diagnóstico precoce de IRA é uma área de relevância para a pesquisa clínica Um dos marcadores considerados promissores para aplicabilidade na rotina clínica é lipocalina associada à gelatinase de neutrófilos (NGAL urinária, a qual já foi mostrada apresentar boa predição de IRA em pacientes críticos) O presente estudo teve como objetivos avaliar se o protocolo de uso de vancomicina para tratamento de infecções por gram+ de pacientes em UTIs de um hospital universitário do sul do Brasil resultava em obtenção de níveis terapêuticos quando da primeira determinação da concentração sérica deste antibiótico e verificar se a utilização do doseamento da NGAL urinária em pacientes críticos em uso de vancomicina era útil para o diagnóstico mais precoce de IRA nestes pacientes MÉTODO: Neste estudo descritivo prospectivo foram coletados consecutivamente amostras de urina e dados clínicos e laboratoriais de rotina de pacientes internados em duas UTIs de um Hospital Universitário localizado em Londrina – PR, Brasil Os pacientes que tiveram prescrição de vancomicina foram acompanhados até o sexto dia de prescrição IRA foi diagnosticada seguindo o critério KDIGO: elevação de ,3mg/dL na creatinina sérica basal em até 48h As variáveis foram analisadas segundo suas propriedades estatísticas, sendo os testes utilizados: t de Student, Mann-Whitney, ?2, ANOVA com pós teste de Tukey e Kruskal-Walis RESULTADOS E DISCUSSÃO: 135 pacientes foram seguidos entre setembro de 213 a julho de 214, sendo 52 excluídos antes da 3ª dose de vancomicina e outros 33, antes da 6ª dose, totalizando 5 pacientes acompanhados por 6 dias de utilização de vancomicina Os resultados iniciais de níveis de vancomicina dos pacientes mostraram que 42,2% apresentavam níveis inferiores a 15µg/mL, apenas 21,7% adequados e 36,1% superiores a 2µg/mL Observou-se uma tendência de maior níveis séricos de vancomicina em pacientes com IRA NGAL urinária não foi maior nos pacientes que apresentaram do que naqueles que não apresentaram IRA durante a utilização de vancomicina CONCLUSÃO: A monitorização de vancomicina é essencial para a utilização desta droga em pacientes em terapia intensiva O regime terapêutico de vancomicina atualmente utilizado nas UTIs estudadas não promoveu níveis séricos suficientes em mais de 4% dos casos onde ela foi utilizada NGAL urinária não foi um bom marcador de IRA em pacientes gravemente enfermos utilizando vancomicina; entretanto, teve correlação positiva com marcadores de gravidade da doença do paciente – necessidade de ventilação mecânica e presença de choqueItem Avaliação toxicológica e antioxidante da Passiflora incarnata em ratas tratadas durante a gestação e lactaçãoBoll, Karine Maria; Moreira, Estefânia Gastaldello [Orientador]; Casagrande, Rúbia; Gerardin, Daniela Cristina Ceccatto; Barbosa, Décio Sabbatini [Coorientador]Resumo: A Passiflora incarnata é comercializada em muitos países como um produto fitoterápico Embora a bula da maioria dos fitoterápicos recomende que eles sejam usados sob supervisão médica, estudos sobre a toxicidade reprodutiva e do desenvolvimento desses produtos são raros e não obrigatórios para fins regulatórios Neste estudo, realizamos uma avaliação da toxicidade reprodutiva da P incarnata administrada a ratas Wistar (3 ou 3mg/kg, gavagem) durante a gestação e lactação Além disso, considerando as propriedades antioxidantes que têm sido atribuídas aos flavonoides presentes no gênero Passiflora, também foi avaliado o equilíbrio antioxidante/prooxidante no plasma destas fêmeas e conduzido um teste in vitro para avaliar o potencial antioxidante O tratamento com P incarnata não influenciou o peso corporal das fêmeas, bem como indicadores de toxicidade reprodutiva (perdas pós-implantação, número de filhotes vivos e peso da ninhada) e os parâmetros de função hepática (albumina, AST, ALT, GGT) A propriedade antioxidante da P incarnata foi evidenciada tanto in vivo (aumento do potencial antioxidante total plasmático) e in vitro (diminuição do burst respiratório em neutrófilos) Os resultados deste estudo indicam que, nas condições experimentais avaliadas, o tratamento com P incarnata durante a gestação e lactação apresentou efeito antioxidante, na ausência de toxicidade reprodutiva materna