Efeito da estimulação elétrica de microcorrente no tratamento da disfunção erétil após prostatectomia radical- estudo piloto
Data
2023-04-14
Autores
Campana, Tamires Lima Rodrigues
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Resumo
Introdução: A disfunção erétil (DE) afeta até 20% dos homens e é um problema crescente com o avanço da idade. A DE pós-prostatectomia radical (PR) é uma forma própria de DE, pois tem relação direta com o evento causal. A estimulação elétrica com microcorrentes é uma categoria de estimulação elétrica terapêutica não-invasiva, não provoca contrações musculares ou sensações desconfortáveis na pele. Essa estimulação usa corrente fisiológica do corpo e intensifica a bioatividade para reparar danos nos nervos, músculos e tecidos. Objetivo: Avaliar o efeito da estimulação elétrica na DE pós prostatectomia por meio do questionários Índice Internacional de Função Erétil-5 (IIFE-5) e Erection Hardness Score (EHS). Métodos: Estudo quase-experimental com amostra composta por pacientes submetidos à PR aberta, entre 40 a 75 anos de idade e diagnóstico de DE pós prostatectomia (escore do IIFE-5 inferior a 22) com tempo pós cirúrgico de 5 a 78 meses. A intervenção consistiu em aplicação da eletroestimulação peniana transcutânea de baixa intensidade abaixo do limiar motor alternando 10 Hz a 300 Hz. A corrente foi aplicada por meio de dois eletrodos autoadesivos, medindo 3 cm cada e colocados na superfície do dorso do pênis. Um eletrodo foi colocado na base do pênis, enquanto o segundo foi colocado distal ao primeiro e conectado a um estimulador elétrico Mettler modelo 240, que foi programado para cinco tipos de corrente de baixa frequência. A sessões tiveram duração de 45 minutos e foram realizadas duas vezes na semana, por 8 semanas. Os pacientes foram avaliados dois meses antes de iniciar tratamento, pré-tratamento, ao final do tratamento e 6 meses após. Resultados: Foram selecionados, tratados, avaliados e incluídos no estudo 10 pacientes. A média e o desvio-padrão do questionário IIFE-5 Baseline e Pré-intervenção foi de 9,7 (DP: ±2,8 e ± 2,9); após o período de 8 semanas de intervenção (Pós-intervenção) de 16,6 (DP: ±4,9); e após acompanhamento de 6 meses (Folow up) foi 16,9 (DP: ±4,6), p<0,001. A média e o desvio-padrão do EHS Baseline e Pré intervenção foi de 1,6 (DP: ±0,5); após o período de 8 semanas de intervenção (Pós-intervenção) 2,6 (DP: ±0,8); e após acompanhamento de 6 meses (Follow up) de 2,8 (DP: ±0,7), p<0,0001). Conclusão: A microestimulação foi benéfica para o tratamento da disfunção erétil em pacientes submetidos a PTR aberta após o período de intervenção e até 6 meses após o tratamento
Descrição
Palavras-chave
Disfunção erétil, Eletrodo, Estimulação elétrica, Prostatectomia, Terapia por estimulação elétrica, Disfunção erétil - Tratamento, Prostatectomia radical - Estimulação elétrica, Eletroestimulação peniana