02 - Mestrado - Ciências da Saúde

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    Efeito do uso de estatinas sobre parâmetros definidores da sarcopenia em pessoas vivendo com HIV
    González Cárdenas, José David; Deminice, Rafael [Orientador]; Cyrino, Edilson Serpeloni; Navarro, Anderson Marliere
    Resumo: Introdução: As taxas de prevalência de dislipidemia, em pessoas vivendo com HIV (PVHIV), são elevadas, sendo que parte dessa condição está associada ao uso da terapia antirretroviral (TARV), que conjuntamente com o aumento da inflamação e imunossupressão causada pela infecção crônica do HIV, contribuem para um maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares (DCV), sendo uma das causas de mortalidade em PVHIV Para o tratamento é necessário a administração de medicamentos hipolipidêmicos, amplamente utilizados para tratar as dislipidemias em PVHIV, que tem demonstrado causar inúmeros efeitos adversos, como problemas musculares, mialgias, miopatias e rabdomiólise que podem levar ao desenvolvimento da sarcopenia, que tem uma prevalência de 24,1% em PVHIV; na atualidade a relação entre PVHIV, estatinas e sarcopenia e pouco estudada Objetivos: Analisar os efeitos do uso de estatinas sobre parâmetros definidores da sarcopenia em PVHIV Método: Estudo transversal composto por uma amostra final foi composta por 366 pessoas (189 homens e 177 mulheres) com idade média de 47,9 ± 11,93 anos, índice de massa corporal de 26,33 ± 5,54 kg/m2) 68 apresentavam dislipidemias e 54 usavam estatinas, que foram comparadas com um grupo de PVHIV sem dislipidemia Os participantes foram convidados voluntariamente a participar do estudo onde foram coletados: dados sociodemográficos, antropométricos, dados para obtenção da bioimpedância (analise da massa muscular), dinamometria (analise da força muscular), dados para obtenção da bateria de testes SPPB (analise da função física: equilíbrio, força de membros inferiores e velocidade na marcha), dados para obtenção da densitometria óssea (DXA) e dinamometria isocinética Os participantes foram avaliados segundo o algoritmo proposto pelo European Working Group of Sarcopenia in Older People, para determinar a sarcopenia, o diagnóstico de dislipidemia foi determinado pelos dados de diagnóstico no prontuário das pessoas Resultados: Não houve diferença entre o IMC dos grupos estatina, (28,64 ± 623 kg/m2), em relação a PVHIV sem uso de estatinas (26,78 ± 5,68 kg/m2); 37,1% dos participantes usava sinvastatina (n=2), 53,7% com uso de atorvastatina (n=29), e 9,2% com outras medicações (n=5), se observou diferença significativa (P =,5) no IMC, entre PVHIV do sexo masculino com uso de estatinas e PVHIV do sexo masculino que não usavam estatinas Conclusão: A redução de massa muscular e a sarcopenia, são problemas que ocorrem com frequência na população HIV em uma idade precoce Sua etiologia é multifatorial, mas os resultados indicam que o uso de estatinas em PVHIV com uso da TARV, não diminuiu a o tecido muscular, comparado com PVHIV sem uso de estatinas
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    Efeitos farmacológicos da quercetina sobre o comportamento de grooming induzido por estresse e em marcadores de estresse oxidativo em ratos
    Ferreira, Christiane Henriques; Estanislau, Célio Roberto [Orientador]; Ferrari, Larissa Staurengo; Filgueiras, Guilherme Bracarense; Ferraz, Camila Rodrigues [Coorientadora]
    Resumo: A quercetina (QUER) é um potente flavonoide antioxidante cujos efeitos relacionados ao comportamento ainda são pouco conhecidos O grooming é um comportamento repetitivo e estereotipado de autocuidado em roedores, que é intensificado na presença de um estressor O estresse de contenção causa alterações tanto no grooming quanto no estresse oxidativo em nível sistêmico Neste estudo, os efeitos da quercetina sobre o grooming induzido por estresse de contenção foi avaliado, bem como sobre marcadores de estresse oxidativo 41 ratos machos receberam uma administração oral de veículo ou QUER (3 mg/kg) Depois de 12 minutos, o grupo submetido ao estresse, ficou por 12 minutos contido dentro de um cone de arame, enquanto o grupo não submetido ao estresse permanecia em uma sala separada Ao final desse período, os animais foram colocados em uma caixa de acrílico, onde ficaram por 1 minutos e as medidas de grooming e locomoção foram avaliadas Na sequência, os animais foram submetidos ao teste Marble Burying e, imediatamente após, foram anestesiados e uma amostra de sangue total foi colhida Dessa forma, houve quatro grupos: veículo sem contenção, veículo+contenção, tratamento sem contenção e tratamento+contenção São apresentados resultados de análise de variância de duas vias seguida por teste de Tukey A interação entre QUER e estresse levou a redução da locomoção, efeito mais visível na comparação entre os dois grupos estressados O grooming dirigido à superfície corporal foi aumentado nos animais submetidos ao tratamento e à contenção QUER, quando combinada ao estresse, levou a um aumento no componente rostral e na duração total do grooming As análises bioquímicas apontaram que o estresse de contenção aumentou o estresse oxidativo e a QUER reverteu esse efeito Os resultados com a QUER confirmam seu potencial antioxidante e anti-inflamatório, além de sugerir um potencial terapêutico para doenças relacionadas ao estresse, uma vez que a QUER diminuiu o processo inflamatório induzido pelo estresse e foi capaz de alterar a resposta comportamental a ele
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    Avaliação do efeito terapêutico da resolvina D2 na inflamação e estresse oxidativo induzidos pela radiação UVB em camundongos
    Pinto, Ingrid Caroline; Casagrande, Rúbia [Orientador]; Ceravolo, Graziela Scalianti; Georgetti, Sandra Regina
    Resumo: A pele é um órgão altamente metabólico e complexo e que representa uma barreira física protetora contra agentes externos A radiação ultravioleta B (UVB) é o fator principal para o desenvolvimento de fotocarcinogênese, resultando em dano direto ao ácido desoxirribonucleico (DNA) com ocorrência de mutações Além de causar danos extensos à pele diretamente, a radiação UVB também pode induzir lesão por mecanismos indiretos que envolvem a produção de radicais livres e intensa resposta inflamatória Os mecanismos envolvidos na inflamação e estresse oxidativo induzidos pela radiação UVB são mecanismos passíveis de serem alvos de mediadores lipídicos como a resolvina D2 (RvD2) Estudos demonstram atividade terapêutica em alguns modelos de doença, porém não há conhecimento da ação da RvD2 no modelo de exposição à UVB As resolvinas, de uma maneira geral, inibem a resposta inflamatória por meio da redução da produção de citocinas e recrutamento de células inflamatórias e, também, podem reprimir a ação do fator nuclear kappa B (NF?B), que está intimamente ligado à inflamação e ao estresse oxidativo, além de também induzirem a expressão de moléculas antioxidantes Neste contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito da RvD2 no modelo de lesão cutânea induzido pela radiação UVB O tratamento intraperitoneal com a RvD2 protegeu a pele contra os danos inflamatórios induzidos pela radiação UVB, pois reduziu significativamente os parâmetros de edema, atividade da mieloperoxidase e metaloproteinase-9, degradação das fibras colágenas, espessamento da epiderme, apoptose dos queratinócitos, número de mastócitos e produção de citocinas pró-inflamatórias e anti-inflamatórias A RvD2 também foi capaz de diminuir significativamente os parâmetros oxidativos induzidos pela radiação UVB como a produção de ânion superóxido e hidroperóxidos lipídicos Além disso, a capacidade antioxidante da pele foi recuperada de acordo com os resultados dos ensaios de níveis de glutationa reduzida (GSH), poder antioxidante redutor de ferro (FRAP), capacidade redutora do radical 2,2’ azinobis (3-etilbenzotiazolina-6-ácido sulfônico) (ABTS) e atividade da catalase Esses resultados sugerem que o mediador lipídico RvD2 possui grande potencial para o controle da resposta inflamatória e do estresse oxidativo induzidos pela radiação UVB
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    Avaliação de biomarcadores bioquímicos e de estresse oxidativo/nitrosativo em pacientes com doença renal crônica em diferentes estágios Pré-diálise
    Michelin, Ana Paula; Barbosa, Décio Sabbatini [Orientador]; Delfino, Vinícius Álvares Daher; Venturini, Danielle
    Resumo: A doença renal crônica (DRC) é representada por um grupo de condições heterogêneas que afetam a estrutura e função dos rins O estresse oxidativo/nitrosativo (EO/EN) é um desequilíbrio entre compostos antioxidantes e pró-oxidantes, sendo que este último pode causar danos irreversíveis à proteínas, lipídeos, DNA e, consequentemente, podendo contribuir para o aparecimento da DRC Sabendo da importância deste processo na fisiologia da DRC, o objetivo deste estudo foi mensurar níveis de biomarcadores de EO/EN e parâmetros bioquímicos em pacientes em estágios pré-dialíticos, comparando-os entre si e entre indivíduos saudáveis com a finalidade de verificar o quanto a DRC altera estes biomarcadores bem como repercute em resultados laboratoriais de rotina Para atingir este objetivo foi realizado um estudo controlado com amostra de 88 pacientes com DRC distribuídos em três grupos, de acordo com a classificação da sua taxa de filtração glomerular (TFG) 3a, 3b e 4 e comparados entre si e com um grupo controle formado por indivíduos que não possuem a doença Foram realizadas análises bioquímicas de ácido úrico, creatinina, proteínas totais, glicose, homocisteína, perfil lipídico, PCR, AST e ALT e EO/EN biomarcadores SOD, CAT, PON, GT, GSH, GSSG, NOx, LOOH, SH e AOPP A análise estatística foi realizada com o programa SPSS Statistic® 2 (IBM, Armonk, NY, EUA) As variáveis foram avaliadas por análise de variância (ANOVA) complementada com teste de Tukey ou Dunnet T3 ou por Kruskal-Wallis complementado com o teste de Dunn Também foi realizada uma análise GLM multivariada (MANOVAe uma curva característica de operação do receptor (ROC) O resultado de maior relevância deste estudo foi em relação aos níveis de AOPP, que apresentaram-se aumentados conforme a progressão da doença entre os estágios, bem como quando comparado aos indivíduos saudáveis Ao comparar os estágios 3a, 3b e 4 da DRC com indivíduos saudáveis, observou-se também um aumento significativo nos biomarcadores antioxidantes SOD, GT e GSH, bem como um aumento nos níveis do biomarcador pró-oxidativo NOx Em relação aos parâmetros bioquímicos, os estágios 3a, 3b e 4 apresentaram valores significativamente aumentados nos níveis de glicose, triglicérides, ácido úrico, , creatinina, TFG e homocisteína, quando comparados a indivíduos saudáveis Apenas os níveis de colesterol total e LDL apresentaram-se diminuídos quando comparados ao grupo controle, sendo esse resultado justificado pelo fato dos pacientes fazerem uso de estatinas, e o grupo controle não Com os resultados foi possível concluir que existem diferenças entre os estágios da doença em relação ao grupo controle tanto no EO/EN como nos biomarcadores bioquímicos, e em relação ao EO/EN a AOPP foi o marcador que obteve melhores resultados Novos estudos deverão ser realizados para a comprovação da utilização do biomarcador AOPP como ferramenta no acompanhamento da evolução da DRC
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    Klebsiella pneumoniae : epidemiologia, resistência aos carbapenens e às polimixinas e diversidade genética
    Magalhães, Gerusa Luciana Gomes; Vespero, Eliana Carolina [Orientador]; Rechenchoski, Daniele Zendrini; Kobayashi, Renata Katsuko Takayama
    Resumo: Na atualidade, a resistência aos carbapenêmicos e às polimixinas tornou-se um problema de saúde pública Neste contexto, este trabalho teve como objetivos validar um novo teste de triagem para a detecção fenotípica de resistência às polimixinas denominado “teste da gota” O teste foi realizado com 578 isolados de BGN, para colistina e polimixina B, nas concentrações de 2, µg/mL, 4, µg/mL e 8, µg/mL Para validação do teste foram avaliadas a microdiluição em caldo (BMD) e o resultado da colistina pelo sistema de automação Vitek2® Também foi realizada a caracterização, por testes fenotípicos, moleculares e epidemiológicos, de 57 isolados de Klebsiella pneumoniae resistente aos carbapenens e às polimixinas (KpRCP) Foram realizados BMD para imipenem, meropenem, colistina e polimixina B e o teste de resistência a Polimixina -Nordmann e Poirel (Pol NP) A presença das enzimas do tipo carbapenemases, ESBL CTX-M e mcr-1 foram caracterizadas por PCR A variabilidade genética foi realizada pela técnica de ERIC-PCR Para os testes estatísticos foram utilizados o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS – IBM Corp, Nova York, EUA), versão 2 para Windows e o ambiente computacional R (R DEVELOPMENT CORE TEAM 218) O teste da gota apresentou os melhores resultados, para a colistina e polimixina B, na concentração de 4, µg/mL O desempenho do teste foi medido pela Receiver Operating Characteristic (curva ROC) com AUC de ,9671 e ,9568, respectivamente para a colistina e polimixina B A confiabilidade do teste foi avaliada pelo índice de Kappa que obteve o resultado de ,935 e ,979, respectivamente para colistina e polimixina B Na avaliação das 57 amostras de KpRCP, 55 (96,5%) dos isolados foram positivas para o teste Pol NP Todas as amostras transportavam o gene blaKPC-2 e em nenhuma amostra foram detectados os genes blaNDM, blaOXA-48, blaVIM e mcr-1 Para ESBL do tipo CTM-M, verificou-se a presença de 13 CTX-M-1 (22,8%), sendo que 12 (21,1%) eram CTX-M-15, 6 CTX-M-2 (1,5%), 18 CTX -M-8 (31,6%), 32 CTX-M-9 (56,1%), CTX-M-25 não foi encontrada A técnica ERIC-PCR demonstrou uma grande variabilidade genética entre os isolados e a análise de prontuários pode constatar que 26 (45,6%) pacientes estavam internados na UTI e 27(47,4%) utilizaram previamente polimixinas O índice de comorbidade de Charlson informou que 34 (59,8%) dos pacientes foram classificados como graves e 32 (56,1%) foram a óbito Nossos achados sugerem que o teste da gota pode ser proposto como um teste simples, fácil e barato para a detecção de microrganismos resistentes às polimixinas Outra contribuição deste estudo foi o conhecimento de dados epidemiológicos e moleculares sobre KpRCP, informações importantes para o monitoramento da resistência, uma abordagem ainda limitada nos serviços de saúde brasileiros
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    Associação do polimorfismo genético do fator de necrose tumoral (TNF) BETA +252 G>A (rs909253) com os níveis plasmáticos de TNF-ALFA e com autoanticorpos em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico em atividade
    Sekiguchi, Bruno Alexandre; Dichi, Isaías [Orientador]; Reiche, Edna Maria Vissoci; Cazarin, Sayonara Rangel Oliveira; Simão, Andréa Name Colado [Coorientadora]
    Resumo: Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune inflamatória crônica de origem multifatorial cuja etiologia inclui fatores genéticos, hormonais e ambientais Os genes do Fator de Necrose Tumoral (TNF)-a e TNF-ß são candidatos importantes na resposta inflamatória, estão próximos entre si e localizados dentro do locus que compõem o Antígeno Leucocitário Humano de classe III que está localizado no braço curto do cromossomo 6 A fisiopatologia do LES caracteriza-se pela produção de autoanticorpos contra inúmeras estruturas nucleares O polimorfismo TNF-ß (rs99253) na posição +252 no primeiro intron, consistindo de uma base guanina, caracteriza o alelo B1 e uma adenina caracteriza o alelo B2 +252 G>A Esse polimorfismo de nucleotídeo único que tem sido associado com alterações nos níveis de TNF-a e falha na regulação de sua síntese, em locais de lesão imunológica, leva à ativação crônica das células da resposta imunes que potencialmente causam dano tecidual Objetivo: Avaliar a associação entre o polimorfismo TNF-ß +252 G>A (rs99253) com a susceptibilidade ao LES, níveis plasmáticos de TNF-a e a presença de autoanticorpos em pacientes com LES em atividade Método: Este estudo caso-controle incluiu 195 pacientes com LES atendidos pelo Ambulatório de Reumatologia do Hospital Universitário de Londrina e 226 indivíduos saudáveis (controles) da mesma área geográfica Os pacientes foram diagnosticados de acordo com os critérios propostos pelo Colégio Americano de Reumatologia em 1997 A atividade da doença foi determinada utilizando o escore SLEDAI e foi considerada doença em atividade quando SLEDAI =6 O polimorfismo genético foi estudado pelo método de reação em cadeia da polimerase seguido pelo polimorfismo do comprimento dos fragmentos de restrição (PCR-RFLP) Os níveis plasmáticos de TNF-a e dos autoanticorpos, anti-dsDNA (DNA de dupla fita), anti-SSA/Ro, anti-SSB/La, anti-Smith (anti-Sm), anti-URNP e anti-nucleossoma, foram determinados pelo ensaio de imunoabsorção ligado em enzima Os níveis séricos dos componentes C3 e C4 do sistema complemento foram determinados por turbidimetria Resultados: Não foram observadas diferenças entre pacientes e controles na frequência alélica e na distribuição de genótipos quando avaliados nos modelo aditivo e modelo recessivo Pacientes com genótipo B2/B2 apresentaram maiores níveis plasmáticos de TNF-a (p=,4) quando comparados ao grupo com a presença do alelo B1 No entanto, após a correção para idade, sexo, índice de massa corpórea (IMC), tratamento e atividade da doença, os níveis de TNF-a não permaneceram associados ao genótipo B2/B2 Somente pacientes portadores de genótipo B2/B2 com doença em atividade apresentaram níveis mais elevados de anti-dsDNA e anti-Sm e baixos níveis de C4, independentemente dos dados demográficos, clínicos e laboratoriais Além disso, pacientes com genótipo B2/B2 e com a presença de anti-dsDNA (OR:4,5, IC 95%: 1,61-12,54), anti-Sm (OR:16,87, IC 95%: 1,97-44,38) ou ambos (OR:12,23, IC 95%: 1,4-46,86), foram independetemente associados a doença em atividade, independentemente dos dados demográficos e clínicos Conclusão: O polimorfismo do TNF-ß +252 G>A não foi associado à susceptibilidade ao LES, à atividade da doença e aos níveis plasmáticos de TNF-a e autoanticorpos em pacientes com LES No entanto, a interação entre doença em ativa e a presença do genótipo B2/B2 foi associada com os níveis de anti-dsDNA e anti-Sm
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    Fatores associados à contaminação de córneas doadas ao Banco de Olhos de Londrina (BOL)
    Medina, Isabella Funfas Bandeira; Casella, Antonio Marcelo Barbante [Orientador]; Oguido, Ana Paula Miyagusko Taba; Sampaio, Elaine Regina Ferraresi; Fornazieri, Marco Aurélio; Oguido, Ana Paula Miyagusko Taba [Coorientadora]
    Resumo: Objetivo: Determinar a taxa de contaminação de córneas doadas ao Banco de olhos de Londrina (BOL) e detectar fatores associados à contaminação, especialmente fatores relativos ao doador como a hospitalização, o tempo de permanência em UTI e a utilização de antibióticos sistêmicos; bem como determinar os microorganismos encontrados Métodos: Estudo de coorte histórica para avaliar a taxa de contaminação de córneas doadas no período de abril de 214 a janeiro de 215 Foram realizadas 212 culturas de globo ocular e análise de prontuário de doadores para verificar os fatores associados à contaminação Foram realizadas análises univariadas e multivariadas para calcular os riscos relativos (RR) e os RR ajustados, com intervalo de confiança (IC) de 95% Para a análise estatística utilizou-se o programa IBM- SPSS 2 Resultados: A taxa de contaminação de córneas foi de 35,4 % (n= 75) A internação em UTI por 4 ou mais dias (RR:287 I: 129-63 p=1) e o intervalo entre a enucleação e o processamento superior a 7,4 horas (RR 156 CI: 94 -257 p=9) foram associados à contaminação corneana A hospitalização fora da UTI e o consumo de antibióticos pelo doador não foram associados à contaminação das córneas doadas O Staphylococcus coagulase negativo foi o agente etiológico de contaminação mais comum (69,6%) Conclusão: A contaminação das córneas doadas parece ter origem multifatorial A permanência do doador em UTI por 4 ou mais dias e o intervalo prolongado entre a enucleação e o processamento das córneas doadas parecem ser fatores de risco para contaminação corneana É necessário cautela ao avaliar doadores de córnea provenientes de UTIs A redução do intervalo entre a enucleação e processamento pode reduzir a taxa de contaminação corneana
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    Comparações dos índices de cura, satisfação e complicações do sling Safyre® e do sling confeccionado pelo cirurgião em acompanhamento de até 13 anos
    Terziotti, Fernando; Almeida, Sílvio Henrique Maia de [Orientador]; Fornazieri, Marco Aurélio; Gregório, Emerson Pereira
    Resumo: INTRODUÇÃO: A Incontinência Urinária de Esforço (IUE) atinge significativa parcela das mulheres e o tratamento cirúrgico padrão é a colocação do sling suburetral livre de tensão No entanto, os kits comerciais disponíveis são caros e limitam o acesso a grande parte da população, especialmente em países em desenvolvimento e serviços públicos de saúde OBJETIVO: Avaliar as complicações do sling Safyre® e do confeccionado pelo próprio cirurgião, sua taxa de sucesso, cura e satisfação MÉTODOS: Estudo de coorte prospectivo realizado com paciente portadoras de IUE submetidas a tratamento cirúrgico com sling entre março de 25 e dezembro de 217 em uma clínica privada de Londrina, PR, Brasil, por um único cirurgião As pacientes foram divididas em dois grupos de acordo com o tipo de sling utilizado: sling Safyre® ou sling confeccionado pelo próprio cirurgião (SCC) Os dados foram analisados para determinação das complicações, qualidade de vida e taxa de sucesso (cura e satisfação), comparando-se os dois grupos RESULTADOS: Um total de 351 pacientes foram submetidas ao tratamento de IUE com sling suburetral Deste total, 221 foram reavaliadas, com média de seguimento de 78,47 (±38,69) meses No Grupo SCC, 125 (55%) pacientes completaram o estudo e no Grupo Safyre®, 96 (45%) Houve maior taxa de perfurações vesicais no Grupo Safyre® (% x 4,2%, p=,34) Observou-se melhora do ICIQ-UI SF (International Consultation on Incontinence modular Questionnaire for Urinary Incontinence Short form) quando comparados o pré e o pós-operatório no grupo SCC (1 x 3, p<,1) e no grupo Safyre® (1 x 3,5, p<,1), respectivamente Não houve diferença entre o grau de satisfação, cura subjetiva e a diferença do ICIQ-UI SF pré e pós-operatório quando comparados os grupos CONCLUSÃO: Paciente submetidas a cirurgia de IUE com SCC ou com Safyre® apresentam semelhantes taxas de satisfação e cura subjetiva, com melhora similar na pontuação do questionário de qualidade de vida Pacientes com sling Safyre® apresentam maiores taxas de perfuração vesical perioperatória
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    O papel de biomarcadores inflamatórios, depressão e trauma na infância em indivíduos que tentaram suicídio
    Bellinello, Gisele de Souza Teixeira; Nunes, Sandra Odebrecht Vargas [Orientador]; Vargas, Heber Odebrecht; Urbano, Mariana Ragassi
    Resumo: Objetivo: Investigar se os indivíduos que tentaram suicídio apresentaram maior gravidade dos sintomas depressivos, trauma infantil, baixa percepção de qualidade de vida, elevado comprometimento funcional, mais comorbidades psiquiátricas e alterações nos níveis de biomarcadores inflamatórios quando comparados aos sem histórico de tentativas de suicídio Métodos: Os participantes foram recrutados de pacientes da unidade de psiquiatria da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e de funcionários da UEL, homens e mulheres, entre 18 e 65 anos, de todas etnias Foram coletados dados sócio demográficos e clínicos de indivíduos que tentaram suicídio (n = 56) e indivíduos que não tentaram suicídio (n = 153), avaliados através de um questionário estruturado Todos os indivíduos também foram analisados para medidas antropométricas, Escala de Avaliação de Depressão de Hamilton, Escala de Avaliação de Ansiedade de Hamilton, Escala de Young de Avaliação de Mania, Escala de Incapacidade de Sheehan, Qualidade de Vida (WHOQOL-BREF), Questionário de Trauma Infantil e biomarcadores laboratoriais, incluindo leptina, receptor solúvel do fator de necrose tumoral 1(sTNF-R1), antagonista do receptor de interleucina 1 (IL-1RA), antagonista do receptor de interleucina-1(IL-1RA), interleucina-13 (IL-13), interleucina-4 (IL-4), interleucina-5 (IL-5), interferon-? (IFN-?) e fator de estimulação de colônias de granulócitos e macrófagos (GM-CSF) Resultados: Existe uma correlação positiva significativa entre sTNF-R1 e gravidade dos sintomas depressivos (p = ,13), assim como entre IL-1RA e gravidade dos sintomas depressivos (p = ,4), há ainda uma correlação positiva significativa entre absenteísmo no trabalho e abuso físico na infância (p = ,12), níveis mais elevados de IL-13, IL-5, IFN?, GM-CSF e leptina e menores níveis de IL-4 em indivíduos que tentaram suicídio quando comparados com aqueles que não tentaram suicídio Conclusão: Estes achados sugerem que o subgrupo de indivíduos que tentaram suicídio estão associados com trauma na infância, maior gravidade dos sintomas depressivos, comprometimento funcional, exibiu um aumento no número de biomarcadores inflamatórios
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    Efeito do reúso e do tipo da membrana do dialisador sobre a atividade da paraoxonase 1 de pacientes em hemodiálise
    Miguita Junior, Reynaldo; Delfino, Vinicius Daher Alvares [Orientador]; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho; Peres, Luis Alberto Batista; Barbosa, Décio Sabbatini [Coorientador]
    Resumo: A doença cardiovascular (DCV) é uma importante causa de mortalidade em pacientes renais crônicos em hemodiálise Possui gênese multifatorial e responde por quase 5% das mortes nessa população Pacientes em hemodiálise apresentam perfil lipídico anormal, caracterizado por níveis elevados de triglicérides e de lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e níveis diminuídos de lipoproteínas de alta densidade (HDL) A paraoxonase 1 (PON 1) é a proteína responsável pela maior parte da atividade antioxidante da HDL e níveis reduzidos de PON 1 estão associados à maior ocorrência de eventos cardiovasculares em várias populações Estudos demonstraram que a atividade da PON 1 encontra-se diminuída na doença renal crônica e que, após a sessão de hemodiálise, a atividade da PON 1 eleva-se Em pacientes em hemodiálise, a atividade reduzida da PON 1 foi demonstrada estar associada à maior mortalidade cardiovascular A prática do reúso do dialisador permite que programas de diálise com escassos recursos financeiros se mantenham e, embora os estudos não tenham encontrado diferença com relação à mortalidade comparada com o uso único do dialisador, poucos trabalhos avaliaram os efeitos do reúso do dialisador sobre estresse oxidativo e a atividade da PON 1 Este estudo teve como objetivo identificar o efeito do reúso e do tipo da membrana do dialisador (polinefron e polietersulfona) sobre a atividade da PON 1 de pacientes em hemodiálise Participaram do estudo 3 pacientes renais crônicos em hemodiálise no Instituto do Rim de Londrina – Histocom Foram dosados, pré e pós diálise, no primeiro uso e após o sexto reúso dos dialisadores: atividade plasmática da PON 1, sistemas de defesa antioxidante: superóxido dismutase (SOD), catalase, glutationa total (GT), glutationa reduzida (GSH) e glutationa oxidada (GSSG); marcadores de agressão oxidativa: hidroperóxidos lipídicos (LOOH) e produtos avançados de oxidação proteica (AOPP) Os valores de atividade da PON 1, SOD, catalase, GT, GSH, GSSG, AOPP e LOOH foram comparados entre pré e pós diálise no primeiro uso e após sexto reúso do dialisador polinefron e polietersulfona A atividade da PON 1 pós-diálise foi maior (P<,1) do que a pré-diálise tanto no primeiro uso como após o sexto reúso A atividade da PON 1 no primeiro uso do dialisador polinefron se elevou de 139,4 U/mL pré-diálise para 181,5 U/mL pós-diálise e com o dialisador de polietersulfona partiu de 153,3 U/mL pré-diálise para 166,7 U/mL pós diálise No sétimo uso dos dialisadores, encontramos atividade de PON 1 pré-diálise de 133,5 U/mL e de 141,9 U/mL para os dialisadores polinefron e polietersulfona, respectivamente Após a sessão de hemodiálise do sétimo uso os valores encontrados para a atividade da PON 1 foram 166,7 U/mL e 164,5 U/mL com o dialisador polinefron e polietersulfona, respectivamente Encontramos aumento dos níveis de LOOH após as sessões de hemodiálise e os níveis de AOPP mantiveram-se inalterados após as sessões de hemodiálise Os marcadores de defesa antioxidante estudados não apresentaram modificações significativas em quando se compararam os valores pré e pós diálise O reúso do dialisador e o tipo de membranas estudados não interferiram com a melhora da atividade da PON 1 Portanto, o reúso dos dialisadores de polinefron e polietersulfona, submetidos a seis processos de reúso, não interfere com o aumento da atividade da PON 1 que se observa após o úso único destes capilares e nem piora as defesas antioxidantes intracelulares estudadas, não influenciando negativamente nenhum destes dois parâmetros
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    Avaliação do efeito da resolvina D1 na inflamação e estresse oxidativo induzidos pela radiação UVB em camundongos sem pelo
    Saito, Priscila; Casagrande, Rúbia [Orientador]; Martinez, Renata Micheli; Georgetti, Sandra Regina
    Resumo: A pele é o maior órgão do corpo humano e a principal barreira de proteção do organismo contra agressores externos Entre os fatores externos destaca-se a exposição à radiação UVB que é uma das principais causas de danos na pele A exposição aguda à radiação UVB acarreta uma série de efeitos adversos na pele como edema, queimaduras solares, eritema, inflamação e imunossupressão Além disso, a exposição crônica pode levar ao envelhecimento precoce e ao desenvolvimento do câncer de pele Neste contexto, a utilização de mediadores lipídicos anti-inflamatórios/pró-resolução como as resolvinas D1 (RvD1) para enriquecer o sistema de proteção endógeno e controlar os processos lesivos induzidos pela radiação UVB tornam-se uma alternativa promissora As RvD1 de maneira geral inibem a produção de citocinas, o recrutamento de células pró-inflamatórias e induzem a expressão de moléculas antioxidantes No presente trabalho foram avaliados os efeitos terapêuticos e mecanismos de ação da RvD1, administrada via intraperitoneal (ip), nos danos cutâneos inflamatórios e oxidativos induzidos pela radiação UVB em camundongos sem pelo Os resultados in vivo demonstraram que o tratamento sistêmico ip com RvD1 reduziu a inflamação cutânea e protegeu a pele do estresse oxidativo induzidos pela radiação UVB A melhora no processo inflamatório foi constatada pela diminuição do edema de pele, do recrutamento de neutrófilos, da atividade/secreção da metaloproteinase-9 e da produção de diferentes citocinas induzidas pela radiação UVB Houve também a diminuição do número de queratinócitos apoptóticos, de mastócitos, do espessamento da epiderme e da degradação das fibras de colágeno O tratamento com RvD1 também protegeu a pele do estresse oxidativo, por manter os níveis da glutationa reduzida (GSH) e a atividade da catalase a níveis basais, e ainda diminui a produção de hidroperóxidos lipídicos, de ânions superóxidos e a expressão de RNAm para gp91phox (subunidade da nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato oxidase) A RvD1 também foi capaz de aumentar a expressão de RNAm para NADPH: quinona oxidoredutase 1 (Nqo-1), fator nuclear [derivado eritróide-2] tipo 2 (Nrf2) e heme-oxigenase 1 (OH-1) Esses resultados sugerem o uso do mediador lipídico RvD1 como estratégia promissora para controlar doenças cutâneas causadas pela exposição à radiação UVB
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    Estudo de citocinas no produto de leucoaférese de pacientes com mieloma múltiplo elegíveis para transplante : correlação com fatores prognósticos e desfecho clínico
    Martins, Letícia Navarro Gordan Ferreira; Barbosa, Décio Sabbatini [Orientador]; Panis, Carolina; Watanabe, Maria Angelica Ehara; Victorino, Vanessa Jacob; Panis, Carolina [Coorientadora]
    Resumo: Uma complexa rede de citocinas no microambiente medular tem sido implicada como importante fator na patogênese do mieloma múltiplo (MM) Várias citocinas em sangue periférico e/ou medula óssea em pacientes com MM têm sido estudadas, porém não há dados na literatura correlacionando citocinas em produto de leucoaférese (células-tronco hematopoiéticas periféricas) como biomarcador prognóstico associado à profundidade de resposta pós-transplante, recaída e mortalidade Os objetivos desse trabalho foram avaliar os níveis de fator de necrose tumoral-alfa (TNF-?), fator de crescimento transformador-beta1 (TGF-?1) e interferon-gama (IFN-?) por ELISA no produto de leucoaférese de pacientes com MM elegíveis para transplante autólogo e avaliar a existência de associação dessas citocinas com número de células CD34+/kg mobilizadas e fatores de estratificação de risco, além do impacto na avaliação de resposta ao tratamento (pós-transplante) e sobrevida Realizado um estudo transversal retrospectivo, na Unidade de Transplante de Medula Óssea do Hospital Universitário de Londrina, no período de setembro/21 a setembro/214, com análise dos prontuários e quantificação de citocinas de 27 pacientes O IFN-? teve a maior variabilidade nos níveis com 713 pg/mL [443,5-1213,5], enquanto os níveis de TGF-?1 e TNF-? foram respectivamente, 1238,55 pg/mL ± 288,84 e 41,5 pg/mL [353-58] Níveis de TNF-? foram significativamente maiores (p=,5), em pacientes > 5 anos (559,6 + 73,42 pg/mL) do que em < 5 anos (385,9 + 2,16 pg/mL), assim como em pacientes com ?2-microglobulina muito elevada (>5,5 ng/mL) versus pacientes com ?2-microglobulina normal (p=,5) Não houve associação de recaída ou óbito com os níveis das citocinas Houve uma correlação inversa muito significativa entre a mobilização de células-tronco e TGF-?1 (r=-,488, p=,9) Aos três meses pós-transplante, os níveis de IFN-? foram significativamente menores nos pacientes em resposta completa (CR) ao tratamento, quando comparados aos pacientes em resposta muito boa (VGPR), 59,9 + 88,49 pg/ml versus 99 + 17,5 pg/mL, p=,1, respectivamente Pacientes que perderam (CR para VGPR) ou mantiveram a profundidade de resposta aos três meses pós-transplante (CR ou VGPR), apresentavam nível mediano de IFN-? 1133 pg/mL e 635 pg/mL, respectivamente, sendo considerados “alto-expressores” de IFN-? e aqueles com melhora da avaliação de resposta (VGPR para CR) apresentaram nível mediano de IFN-? 388 pg/mL, portanto “baixo-expressores” Portanto, uma relevante correlação entre os níveis de IFN-? com a perda de profundidade de resposta pós-transplante, sugere que o IFN-? possa ser um importante biomarcador na avaliação de resposta ao tratamento, possibilitando o manejo precoce pós-transplante com terapia alvo-específica
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    Influência da síndrome metabólica sobre as moléculas de adesão e TNF-a e seus receptores em pacientes com artrite reumatoide
    Amorim, Anna Hermínia Castro Gomes de; Dichi, Isaías [Orientador]; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti; Rangel, Sayonara
    Resumo: A artrite reumatoide (AR) é uma doença sistêmica autoimune do tecido conjuntivo cujas alterações predominantes ocorrem nas estruturas articulares, peri-articulares e tendinosas, por meio dos sinais inflamatórios (dor, calor, rubor, edema) advindos da membrana sinovial Embora as manifestações articulares sejam características, trata-se de doença sistêmica, em que muitos órgãos podem estar envolvidos, principalmente em pacientes com doença articular mais grave A AR é uma das doenças reumáticas inflamatórias mais frequentes Tendo em vista a crescente prevalência de síndrome metabólica (SM) na população, entidade essa também considerada uma doença inflamatória, questionou-se a interferência dessa condição na AR Desse modo, o objetivo do presente estudo é verificar se a presença de SM poderia modular o perfil dos marcadores de TNF-a, sTNFR-1, sTNFR-2 e disfunção endotelial em pacientes com AR Para isso, foram selecionados 193 pacientes com AR, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 69 anos, sendo divididos em dois grupos: o primeiro sem SM (AR SM-, n = 124) e o segundo com SM (AR SM+, n = 69), e 143 doadores de sangue foram selecionados como grupo controle O grupo AR SM+ mostrou maiores níveis de E-Selectin (p = ,5) quando comparados com AR SM- e controles e maior P-Selectin (p = ,7) quando comparado ao grupo controle, mas não ao AR SM- Houve diferenças significativas nos níveis de PAI-1 (p < ,1) entre os três grupos: AR SM+ apresentou a média mais alta, enquanto a AR SM- teve uma média intermediária Encontramos diferenças significativas no TNF-a (p < ,1) entre pacientes com AR sem ou com SM e controles Os níveis de sTNFR-1 foram significativamente maiores (p = ,1) em AR SM+ quando comparados aos controles AR SM+ foi significativamente diferenciado de AR SM- por níveis aumentados de E-selectina (p = ,2) e sTNFR-2 (p = ,47) Também houve diferença entre AR SM- e controles pelo aumento da P-selectina (p = ,24), PAI-1 1 (p = ,5), sTNFR-2 (p = ,2) e idade (p < ,1), enquanto o AR SM+ foi diferente dos controles pelo aumento de PAI-1 (p = ,11) e idade (p < ,1) Assim, concluímos que a presença de SM pode modular o perfil de marcadores de disfunção inflamatória e endotelial em pacientes com AR Os principais fatores que poderiam sofrer essa influência são o receptor de TNF tipo 2 e E-selectina
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    Efeito da ingestão proteica combinada com treinamento resistido sobre a composição corporal e fatores de risco cardiometabólicos em mulheres idosas treinadas
    Fernandes, Rodrigo dos Reis; Cyrino, Edilson Serpeloni [Orientador]; Barbosa, Décio Sabbatini; Ribeiro, Alex Silva; Venturini, Danielle [Coorientadora]
    Resumo: Introdução: O envelhecimento é caraterizado por um conjunto de modificações que afetam o apetite e a ingestão de proteínas, comprometendo a estrutura morfofuncional e diversos parâmetros relacionados à saúde Por outro lado, o treinamento resistido (TR) tem sido adotado como uma estratégia não-farmacológica para a melhoria do comportamento de biomarcadores sanguíneos, aumento da força muscular e da massa muscular em idosos Portanto, a associação entre o aumento da ingestão proteica e o TR pode resultar em importantes benefícios, em particular, para esta população Objetivo: Analisar os efeitos de uma ingestão hiperproteica combinada ao treinamento resistido sobre a composição corporal e fatores de risco cardiometábólicos em mulheres idosas treinadas Métodos: Ensaio clínico aleatorizado, duplo cego, com duração de 12 semanas Quarenta e seis mulheres idosas foram separadas aleatoriamente em dois grupos: grupo baixa proteína (BP: n = 23; idade = 67,8 ± 4,1 anos) e grupo alta proteína (AP: n = 23; idade = 67,3 ± 4,1 anos) Para o grupo BP foi ofertado carboidrato antes e após, enquanto para o grupo AP foi ofertado carboidrato antes e whey protein após as sessões de treinamento, em doses isocalóricas O programa de treinamento resistido foi executado em uma frequência de três sessões semanais, em dias alternados, com três séries de 8-12 repetições máximas (RM), nos seguintes exercícios: supino vertical, leg press horizontal, remada baixa, cadeira extensora, rosca scott, mesa flexora, tríceps no pulley e panturrilha sentada Testes de uma repetição máxima (1-RM) foram aplicados nos exercícios supino vertical, cadeira extensora e rosca scott O volume total de carga de treino foi utilizado como indicador de sobrecarga progressiva A composição corporal foi estimada a partir absortometria radiológica de dupla energia (DEXA) Glicose em jejum, triglicerídeos, colesterol total e suas frações, e proteína C-reativa foram determinadas no sangue Resultados: Interação significante grupo vs tempo (P < ,1) revelou maior evolução volume total das cargas de treinamento (BP = 2259 ± 2885 kg vs 27443 ± 3841 kg, Tamanho do efeito [TE] = +2,11; AP = 2363 ± 2565 kg vs 2961 ± 4467 kg, TE = +2,54) e para massa isenta de gordura e osso (MIGO) (P < ,5), com maiores ganhos para o grupo AP (BP = +2,% vs AP = +3,8%; P < ,5) Um efeito principal do tempo (P < ,5) revelou redução nas concentrações de glicose (BP = 116 ± 26 mg/dL vs 111 ± 23 mg/dL, TE = -,2; AP = 11 ± 18 mg/dL vs 16 ± 2 mg/dL, TE = -,21), proteína C-reativa (PCR) (P > ,5), (BP = 2,7 ± 2,1 mg/dL vs 2,3 ± 1,8 mg/dL, TE = -,2; AP = 3,1 ± 2,2 mg/dL vs 2,9 ± 2, mg/dL, TE = -,1), HDL-C(P > ,1)(BP = 6,% vs AP = 7,7%), (P > ,5) bem como redução nos escores dos índices de Castelli I (BP = 4,2 ± 1,1 vs 4, ± ,9, TE = -,2; AP = 4,2 ± 1,2 vs 3,8 ± 1,3, TE = -,32) e II (BP = 2,7 ± ,9 vs 2,5 ± ,9, TE = -,22; AP = 2,7 ± 1, vs 2,4 ± 1,2, TE = -,27) (P < ,1) Nenhuma alteração significante (P > ,5) foi identificada nas variáveis colesterol total, LDL-C e triglicerídeos, após o período de intervenção, em ambos os grupos Adicionalmente, um efeito principal do tempo, sem diferença entre os grupos (P > ,5) Conclusão: Os resultados sugerem que a ingestão elevada de proteínas combinada ao TR pode ser benéfica para o aumento da MIGO e melhoria da aptidão neuromuscular em mulheres idosas treinadas, sem efeitos adicionais ao treinamento isolado nas variáveis metabólicas analisadas
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    Avaliação da suplementação de vitamina D sobre parâmetros metabólicos, inflamatórios, antropométricos e biomarcadores de estresse oxidativo em pacientes com síndrome metabólica
    Camargo, Shirlei Marina; Barbosa, Décio Sabbatini [Orientador]; Carreira, Clísia Mara; Brinholi, Francis Fregonesi; Venturini, Danielle [Coorientadora]
    Resumo: Mesmo ocorrendo avanços na elucidação dos mecanismos fisiopatológicos e dos fatores de risco que predispõem ao desenvolvimento da síndrome metabólica (SM), muitos aspectos importantes ainda não foram esclarecidos Dados convincentes relacionam a hipovitaminose D com uma maior prevalência de SM, sendo esta hipovitaminose cada vez mais diagnosticada laboratorialmente e presente em todos os estágios da vida, mesmo em países com climas tropicais Assim, cada vez mais se dá importância na quantificação dos níveis de vitamina D e se propõe que esta análise possa ser uma nova aliada na avaliação de risco para várias doenças crônicas O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da suplementação de vitamina D sobre os parâmetros metabólicos, inflamatórios, antropométricos e biomarcadores de estresse oxidativo (EO) em indivíduos com SM Realizou-se um ensaio clinico não controlado Participaram 41 indivíduos com síndrome metabólica, em sobrepeso ou obesidade, com idade média de 5 anos e foram analisados inicialmente níveis da 25 hidroxi – vitamina D, dados antropométricos, metabólicos, de estresse oxidativo e inflamatórios Esses individuos fizeram uso de vitamina D? durante 9 dias e após este período, as mesmas análises e medidas foram feitas Na análise estatística foram realizados o teste de Shapiro-Wilk e de Levene para verificação da distribuição normal e homogeneidade dos dados Constatada a normalidade na distribuição destes, utilizou-se o teste t pareado de Student; caso contrário utilizou-se o teste não paramétrico de Wilcoxon Por fim, análises multivariadas foram empregadas para verificação de associações entre variáveis dependentes e independentes Os melhores resultados obtidos nesse trabalho foram as reduções da pressão arterial sistólica e diastólica, dos níveis do PTH, colesterol total, colesterol LDL, colesterol não HDL, índice de risco aterogênico Castelli I e aumento da atividade da Paraoxonase 1 (PON 1) e ácido úrico Nossos dados confirmam que a manutenção de concentrações plasmáticas adequadas de vitamina D pode contribuir na prevenção de doenças cardiovasculares em pacientes com SM, porém per si não é capaz de tratar essa doença
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    Estudo clínico sobre a incidência da hipertensão intra-abdominal no paciente grande queimado
    Tsuda, Meiry Sayuri; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho [Orientador]; Almeida, Sílvio Henrique Maia de; Marson, Antônio Cesar
    Resumo: Introdução: Pacientes grande queimados são muito suscetíveis ao desenvolvimento de hipertensão intra-abdominal (HIA) e síndrome do compartimento abdominal (SCA), cujo diagnóstico é baseado na medição da pressão intra-abdominal associado a parâmetros clínicos Objetivo: Avaliar prospectivamente a incidência e fatores de risco para pressão intra-abdominal e as disfunções orgânicas mais comumente associadas a síndrome compartimental abdominal em pacientes com queimaduras extensas Métodos: Foi realizado estudo de coorte prospectivo em Centro de Tratamento de Queimados incluindo todos os pacientes com área de superfície corporal queimada = 2% admitidos consecutivamente no período de Agosto de 215 a Novembro de 216 O local do estudo é um serviço de referência no tratamento da vítima de queimaduras para o Estado do Paraná Foram coletados dados clínicos, demográficos e sobre a etiologia e característica das lesões por queimaduras Durante a permanência na UTI foi coletado o escore de disfunção orgânica SOFA a cada 24 horas A medida da pressão intra-abdominal foi aferida periodicamente durante a primeira semana de permanência na UTI O nível de significância utilizado foi de 5% Resultados: Durante o período do estudo, 72 pacientes foram admitidos no Centro de Tratamento de Queimados Foram excluídos os pacientes menores de 12 anos, diagnóstico de trauma associado a queimadura, ascite detectada no exame físico, obesidade mórbida (índice de massa corpórea = 4 Kg/m2) e internações muito curtas (< 24 horas) Cinquenta pacientes foram incluídos no estudo, a maior parte dos pacientes era do sexo masculino (66%), com mediana de idade de 39 (ITQ: 28 – 53) anos A área de superfície corporal queimada teve uma mediana de 3% (ITQ: 2 – 46) Todos os pacientes apresentaram queimadura de 2o grau e vinte e nove (58%) apresentaram queimadura de 3o grau Na maior parte dos casos a queimadura ocorreu em ambiente doméstico (48%), sendo de etiologia térmica por chama aberta em 43 casos (86%), sendo o agente causal mais comum o álcool, em 26 casos (52%)
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    Fumantes atuais, carga tabágica e sua relação com sintomas ansiosos/depressivos, maus-tratos infantis, qualidade de vida, funcionalidade e inflamação
    Moraes, Vânia Maria Goulart Brum; Nunes, Sandra Odebrecht Vargas [Orientador]; Vargas, Heber Odebrecht; Liboni, Marcos; Barbosa, Décio Sabbatini [Coorientador]
    Resumo: Introdução: O transtorno por uso do tabaco (TUT) é altamente prevalente, se relaciona com comportamentos de dependência e representa a maior causa de morte e doenças preveníveis em todo o mundo Vários fatores como comorbidades, piora da qualidade de vida, funcionalidade, história de maus tratos na infância (MTI), e inflamação contribuem para a complexidade do tratamento do tabagismo Estudo da carga tabágica e sua relação com qualidade de vida, funcionalidade, MTI, depressão, ansiedade e inflamação são importantes na abordagem e tratamento do tabagismo Objetivos: Avaliar a relação da carga tabágica na qualidade de vida, funcionalidade, MTI, depressão, ansiedade e inflamação em indivíduos fumantes e avaliar a relação dos indivíduos fumantes, nunca fumantes e fumantes passados Métodos: Neste estudo observacional transversal foram incluídos 123 indivíduos fumantes atuais, 14 indivíduos fumantes passados recrutados no ambulatório de Centro de Referência de Abordagem e Tratamento do Tabagismo (CRATT) do Ambulatório de Especialidades do Hospital Universitário de Londrina (AEHU-UEL) e 88 indivíduos nunca fumantes (controles) que trabalham na UEL A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UEL Foram avaliadas características clínicas e sócio-demográficas, histórico de MTI, qualidade de vida e incapacidade Foram avaliados diversos biomarcadores, entre eles dosagens de interleucinas (IL), Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF), Fator de Necrose Tumoral a (TNFa), perfil lipídico, proteínas totais e Receptores Solúveis para TNF1 e 2 (sTFN-R1 e sTNF-R2) Resultados: Fumantes atuais apresentaram pior qualidade de vida, maior incapacidade funcional, história de negligência na infância e mais sintomas ansiosos que os nunca fumantesFumantes atuais e passados apresentaram níveis de IL-12 maiores que nunca fumantes Fumantes com alta carga tabágica tiveram menores escores de qualidade de vida, mais sintomas de depressão e ansiedade, além de maiores níveis de sTFN-R1 e sTNF-R2, IL-1ß,IL-15,IL-8 ,BDNF , pressão arterial e colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-c) Conclusões: Fumantes com alta carga tabágica tiveram menores escores de indicadores clínicos e laboratoriais para qualidade de vida, funcionalidade, depressão, ansiedade, MTI e inflamação, evidenciando a importância da prevenção e do tratamento para cessação precoce do tabagismo
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    Atividade in vitro do ácido grandiflorênico sobre Leishmania amazonensis
    Bortoleti, Bruna Taciane da Silva; Pavanelli, Wander Rogério [Orientador]; Verri Junior, Waldiceu Aparecido; Arakawa, Nilton Syogo
    Resumo: A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença de caráter zoonótico, causada por protozoários do gênero Leishmania, que apresenta como principal característica a formação de lesões na pele e mucosas A elevada toxicidade, os altos custos e a resistência de algumas cepas aos medicamentos atuais estimulam a busca por alternativas terapêuticas para esta infecção As plantas são fontes ricas em compostos químicos, dentre eles os flavonoides, esteroides e diterpenos Dentre as classes dos diterpenos, o constituinte majoritário presente nas folhas da Sphagneticola trilobata é o ácido grandiflorênico (AG), que apresenta atividade anti-inflamatória, antimicrobiana e antinociceptiva Em nosso estudo, foi investigada a ação do AG sobre formas promastigotas e amastigotas de Leishmania amazonensis Podemos observar que em 24 h, apenas a concentração de 25 nM foi capaz de inibir a proliferação de promastigotas, e após 48 e 72 h, todas as concentrações (312, 625, 125 e 25 nM) tiveram efeito sobre o crescimento dos parasitos Este fenômeno de redução da proliferação foi acompanhado de alterações morfológicas através de microscopia eletrônica de varredura (MEV), na qual o tratamento com AG 25 nM provocou danos à morfologia do parasito Em seguida, investigamos quais mecanismos estariam envolvidos na morte do protozoário, sendo verificado aumento na produção de espécies reativas de oxigênio, exposição de fosfatidilserina e permeabilização da membrana plasmática do parasito, sugerindo um evento de “apoptose-like” Sabendo que o AG tem ação sobre formas promastigotas livres, estudamos seu efeito sobre amastigotas intracelulares e macrófagos infectados com L amazonensis, observamos que o tratamento provocou redução na porcentagem de células infectadas e no número de amastigotas por macrófago, sem apresentar citotoxicidade nos macrófagos peritoneais e eritrócitos humano Verificamos a produção de citocinas, NO e espécies reativas de oxigênio (EROs) por macrófagos infectados, no entanto, o AG não provocou diferenças na secreção de IL-1ß, IL-12, IL-6 e TNF-a, nem na síntese de NO e EROs Portanto o tratamento AG atua em formas promastigotas através do mecanismo “apoptose-like” e em formas amastigotas intracelulares agindo diretamente, independente da modulação de citocinas, síntese de NO e EROs neste modelo Sendo assim, sugerindo que o AG é um potencial alternativa terapêutica no tratamento da leishmaniose, onde o atual tratamento é a base de drogas tóxicas e ineficazes
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    Avaliação do estado redox da leucemia linfocítica aguda tipo B infantil : análise do microambiente tumoral e circulação sistêmica durante a fase de indução do tratamento quimioterápico
    Oliveira, Geise Ellen Broto; Barbosa, Décio Sabbatini [Orientador]; Brinholi, Francis Fregonesi; Victorino, Vanessa Jacob; Panis, Carolina [Coorientadora]
    Resumo: As espécies reativas de oxigênio e nitrogênio são responsáveis pela patogênese de muitas doenças, inclusive a leucemia linfocítica aguda tipo B infantil (LLA-B) O objetivo deste trabalho foi avaliar biomarcadores de estresse oxidativo em pacientes com LLA-B em diferentes momentos da fase de indução do tratamento As dosagens foram feitas em 17 pacientes e as coletas ocorreram no D, ou seja, antes do início do tratamento e nos dias D8, D15, D22 e D28 da fase de indução do protocolo do grupo brasileiro de tratamento de leucemia infantil (GBTLI, 29) Os parâmetros pró-oxidantes avaliados foram subprodutos de óxido nítrico (NOx) e hidroperóxidos lipídicos (LOOH) e os antioxidantes foram os grupamentos sulfidrilas (SH) e a capacidade antioxidante total plasmática (TRAP) Esses marcadores foram analisados no sangue periférico e medula óssea sendo feita uma comparação entre estes dois compartimentos Os resultados significativos foram um aumento do estresse oxidativo (NOx e LOOH) na medula óssea em relação ao sangue periférico e diminuição do SH no D28 somente no sangue periférico Esses achados podem indicar novas abordagens terapêuticas no futuro e abrir caminhos para outros estudos que propiciem melhor entendimento sobre essa doença
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    Perfil de citocinas Th1, Th17 e Treg em lúpus eritematoso sistêmico : associação com a presença e atividade da doença
    Guimarães, Poliana Macedo; Reiche, Edna Maria Vissoci [Orientador]; Oliveira, Karen Brajão de; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti; Simão, Andréa Name Colado [Coorientadora]
    Resumo: Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune complexa na qual que ocorre a perda de tolerância a antígenos próprios, caracterizada por processo inflamatório sistêmico e crônico e pela produção excessiva de citocinas inflamatórias e altos títulos de autoanticorpos Atualmente, existe um grande interesse clínico na identificação de biomarcadores que estejam intimamente associados à atividade da doença Nesse sentido, assume destaque um grande número de citocinas que contribuem para a resposta imune no LES Evidências sugerem que, além de citocinas produzidas pelas células Th1, como interferon gama (IFN-?), interleucina (IL)-12 e fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) e as citocinas produzidas pelas células Th2, como IL-4 e IL-6, também as citocinas IL-17 e IL-1, produzidas pelas células Th17 e T reguladoras (Treg), respectivamente, estão envolvidas no desequilíbrio imunológico Além disso, o polimorfismo genético NcoI do TNF? (rs99253), fatores ambientais e alterações dos níveis séricos da vitamina D e cortisol estão envolvidos na modulação das citocinas, contribuindo para aumentar o estado inflamatório e podendo estar associados à atividade da doençaObjetivo: Delinear os perfis de citocinas associados com LES para a construção de modelos de previsão da presença e atividade da doença, bem como avaliar se o polimorfismo NcoI do TNF?, o índice de massa corporal (IMC) e os níveis séricos de vitamina D e cortisol estão associados aos níveis de citocinas no LES Sujeitos e Métodos: Participaram deste estudo 2 pacientes com LES e 196 controles saudáveis O LES foi diagnosticado utilizando os critérios revisados do American College of Rheumatology, 213, e a atividade da doença foi determinada utilizando pontuação Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index (SLEDAI) Os níveis plasmáticos das citocinas TNF-a, IFN-?, IL-1, IL-4, IL-6, IL-1, IL-12 e IL-17 foram determinados pelo ensaio imunoenzimático (ELISA) de sanduíche Os perfis de citocinas foram estabelecidos como pró-inflamatório (IL-1+IL-6+TNF-a), Th1 (IL-12+IFN-?), Th2 (IL-4), Th17 (IL-6+IL-17) ou Treg (IL-1) Os níveis séricos de vitamina D foram determinados pelos níveis de 25-hidroxivitamina D[25(OH)D] utilizando imunoensaio quimioluminescente de micropartículas (CMIA), assim como os níveis séricos basais de cortisol Os niveis séricos de proteína C reativa ultrasensível (usPCR) foram determinados pelo método de CMIA Os títulos de autoanticorpos contra antígenos nucleares (ANA) foram avalidos por imunofluorescência indireta e anticorpos contra DNA de dupla cadeia (anti-dsDNA) por ELISA Os genótipos B1/B1, B1/B2 e B2/B2 do polimorfismo NcoI do TNFß foram determinados pela reação em cadeia da polimerase, seguida pela anãlise do polimorfismo do comprimento dos fragmentos de restrição Resultados: Os pacientes diferiram dos controles quanto ao sexo, idade e IMC, sendo mais frequentes no sexo feminino [187 mulheres (F) para 13 homens (M) vs 151 (F) para 43 (M), p<,1, com razão F:M de 14,4:1 e 3,5:1, respectivamente] Os pacientes foram mais idosos que os controles (41,2 anos ± 13,3 vs 36,5 ± 11,3, p<,1), assim como apresentaram maior IMC (27,6 kg/m2 ± 5,8 vs 25,1 ± 4,5, p<,1) Quando comparados aos controles, os pacientes apresentaram níveis mais elevados de usPCR e menores de cortisol (p=,1 e p<,1, respectivamente) Os níveis de 25(OH)D não diferiram entre os grupos (p=,229), mas foram inversamente associados aos níveis de IFN-? (p=,4) Não foi encontrada associação significativa entre os níveis de cortisol e os de citocinas (p=,84) Não houve associação significativa entre o polimorfismo Ncol do TNFß e a presença de LES (p=,226); no entanto, a análise multivariada demonstrou associações significativas entre os níveis de citocinas e ambos os genótipos B1/B1 (p=,18) e B1/B2 (p=,14) Os testes de efeitos entre os grupos demonstraram que o genótipo B1/B2 foi associado ao aumento de IL-4 (p=,46) e TNF-a (p=,8), enquanto o genótipo B1/B1 foi associado ao aumento de IL-17 (p=,1) Quando os medicamentos utilizados no tatamento dos pacientes com LES foram introduzidos como variável explicativa adicional na análise multivariada, não se observou alteração significativa dos resultados (p>,5) O resultado da análise multivariada mostrou que todos os perfis de citocinas foram significativamente mais elevados no grupo com LES do que no grupo controle (p<,1), exceto o perfil pró-inflamatório (IL-1+IL-6+TNF-a) que mostrou uma tendência a ser diminuído nos pacientes com LES (p=,76) A maior diferença significativa foi encontrada para o perfil Th1+Th17/Th2 no grupo de pacientes e controles Verificou-se um efeito significativo na multivariada para o polimorfismo Ncol do TNF-? nos perfis de citocinas (p=,3) Após avaliar os efeitos da multivariada para os genótipos sobre os oito perfis de citocinas, verificou-se um efeito positivo para o genótipo B1/B1 somente sobre os perfis Th17 (IL-6+IL-17, p=,7) e para o perfil Th17/Th2 (IL6+IL17/IL4, p=,2) Os perfis Th1+Th17 (IL-12+IFN-? + IL-6+IL-17), assim como a Treg (IL-1), ambos associados positivamente com LES (p<,1 e p=,1, respectivamente) e Th2 (IL-4), associada negativamente (p=<,1) foram preditores de LES, ou seja, 9,4% de todos os indivíduos foram corretamente classificados com a presença da doença, com sensibilidade de 66,7% e especificidade de 96,9% O SLEDAI foi predito pela razão Th1+Th17/Th2, Treg, IMC (todos positivamente, p<,5) e perfil pró-inflamatório (negativamente, p=,34) Conclusão: O perfil de citocinas Th1 + Th17 e Treg (IL-1), juntamente com a diminuição da produção de IL-4 foram associados à presença de LES, bem como com o SLEDAI, ANA, anti-dsDNA e IMC Sugere-se que este perfil de citocinas pode ser um candidato para a identificação de novos alvos terapêuticos, assim como um possível biomarcador da atividade da doença