02 - Mestrado - Ciências da Saúde

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    Avaliação de parâmetros bioquímicos, inflamatórios e de estresse oxidativo de pacientes com COVID-19 leve, moderada e grave
    (2023-08-25) Oliveira, Bruno Moraes de; Venturini, Danielle; Amarante, Marla Karine; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti
    Introdução: Entre os diversos processos fisiopatológicos da doença Covid-19, um dos fatores que contribuem para o desenvolvimento dos casos graves é a tempestade de citocinas, caracterizada pela liberação de mediadores pró-inflamatórios, com consequente ocorrência de lesão tecidual e morte celular, fatores que contribuem para um desequilíbrio no sistema redox e levam ao estresse oxidativo (EO). A presença do EO pode estar ligada ao desenvolvimento das formas mais graves da doença em questão, sendo refletida também nos marcadores laboratoriais e desfechos dos pacientes, portanto a compreensão dos mecanismos fisiopatológicos da Covid-19 pode contribuir para identificação de possíveis marcadores e alvos terapêuticos para a doença. Objetivo: Avaliar a influência dos parâmetros clínicos, bioquímicos, inflamatórios e do estado redox em pacientes com Covid-19 de acordo com a gravidade (leve, moderada e grave). Metodologia: Foi conduzido um estudo de coorte em pacientes com Covid-19 leve (n=38), moderada (n=39) e grave (n=48), realizando análises bioquímicas e inflamatórias (ureia, creatinina, creatino quinase (CK), lactato desidrogenase, troponina ultrassensível, aspartato aminotransferase, alanina aminotransferase, Proteína C Reativa, gasometria arterial, ferritina, transferrina, ferro sérico, capacidade total de ligação do ferro, capacidade latente de ligação, saturação da transferrina, leucócitos totais, plaquetas, neutrófilos) e de estresse oxidativo (EO) (Produtos Avançados de Oxidação Proteica (AOPP), Metabólitos do Óxido Nítrico (Nox), Atividade das enzimas Superóxido Dismutase (SOD) e Glutationa Peroxidase) em amostras de soro e hemácias lavadas, além da avaliação dos dados clínicos dos prontuários dos pacientes para determinação de correlações e parâmetros relevantes na severidade da doença. As análises estatísticas dos dados obtidos foram conduzidas utilizando o software SPSS versão 20.0, considerando um nível de significância de p<0.05. Resultados: O estudo constatou níveis elevados de glutationa reduzida (GSH) (p=0.027) e níveis reduzidos de glutationa oxidada (GSSG) (p<0.001) nos grupos de Covid-19 moderada e grave quando comparados ao grupo de Covid-19 leve. Idade e índice de massa corporal (IMC) foram identificados como comorbidades significativas no grupo grave. Níveis mais elevados de glicose (p=0.007) e IMC (p=0.016) foram observados no grupo de pacientes que necessitaram de internação em unidade de terapia intensiva (UTI), além dos níveis séricos de sódio (p=0.020) se mostrarem aumentados e a saturação de oxigênio (p<0.001) reduzida em pacientes graves. Correlações foram encontradas entre os parâmetros de GSH e ferritina (p=0.047); NOx e leucócitos totais (p=0.038), ureia (p<0.001), creatinina (p=0.003), troponina (0.033); AOPP e leucócitos totais (p=0.020); SOD e CK (p=0.049). Conclusão: Pacientes com Covid-19 nos estágios moderado e grave podem apresentar alterações nos marcadores de EO com aumento de glutationa reduzida e redução da glutationa oxidada em relação aos pacientes no estágio leve, assim, a manutenção da integridade do sistema redox, juntamente à avaliação dos parâmetros de sódio, glicose, saturação de oxigênio e IMC se apresentam como uma hipótese para auxiliar no prognóstico e tratamento das manifestações mais graves da doença
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    Convivendo com o diabetes mellitus em um distrito rural de Londrina-PR
    (2010-11-08) Valentim, Silvana Aparecida; Haddad, Maria do Carmo Fernandez Lourenço; Sales, Catarina Aparecida; Garanhani, Mara Lúcia
    O Diabetes Mellitus (DM) configura-se como uma epidemia mundial, traduzindo-se em um grande desafio para os sistemas de saúde de todo o mundo. O envelhecimento da população, a urbanização crescente e a adoção de estilos de vida pouco saudáveis como sedentarismo, dieta inadequada e obesidade são os grandes responsáveis pelo aumento da incidência e prevalência dessa doença, com consequências humanas, sociais e econômicas devastadoras. Muitos dos portadores de DM têm complicações renais, visuais, vasculares, e demonstram muitas dificuldades em mudar hábitos de vida. Esta pesquisa, com delineamento qualitativo, tem o objetivo de verificar como o portador do Diabetes Mellitus convive com sua doença em um distrito rural de Londrina-PR. O estudo foi realizado no Distrito de Lerroville que se situa à distância de 54 km de Londrina e a população de estudo foi selecionada dentre os portadores de DM tipo 2 com idades entre 40 a 60 anos por meio do método de saturação de dados e coincidência de informações, utilizando-se do processo de entrevistas gravadas com perguntas norteadoras. A avaliação dos dados foi conduzida pelo enfoque da estrutura do fenômeno situado. Foram entrevistadas 12 pessoas portadoras de DM tipo 2, sendo 7 mulheres e 5 homens com variações de tempo de doença entre 3 a 26 anos. Dos resultados podemos considerar vinte subcategorias oriundas da interpretação dada aos relatos, enumeradas em três grandes categorias. Destaca-se que a vivência do DM em uma região rural, na primeira categoria, aponta facilidades como o acompanhamento da ESF, o apoio familiar, a plantação de verduras e legumes, o ambiente rural, a espiritualidade, a compreensão do sentido da vida. A segunda categoria revela diversas dificuldades do diabético entre elas algumas limitações: como a distância dos grandes centros de especialidades, o problema de falta de transporte e estradas. A terceira categoria revela as mudanças que ocorreram na alimentação, na adesão ao exercício físico e à terapia medicamentosa. A ruralidade dos endereços dos diabéticos e o seu modo de viver registram facilidades, dificuldades e agitam-se mudanças boas, outras nascidas do medo das perdas, das complicações e do medo de morrer. Considera-se que o diabético morador de uma área rural vivência sua doença entre as ambiguidades da própria existência e as necessidades da sua vida. E preciso encontrar parcerias multiprofissionais e educação permanente para que a ESF fortaleça-se e ampare com maior amplitude de ações o seu doente portador de DM.
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    Centros de Queimados no Brasil: análise da opinião de especialistas
    (2022-08-31) Rodrigues, Marco Aurelio Cruciol; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho; Armani, André; Fornazieri, Marco Aurelio
    Introdução: O atendimento ao paciente grande queimado no Brasil foi estabelecido, como política pública de saúde em novembro de 2000, conforme a portaria 1273. Desde então, foram determinadas redes de acolhimento, atenção e cuidado ao paciente vítima de queimadura, em distintos níveis de complexidade. A qualidade dessas redes de atendimento, a disponibilidade de equipamentos e estrutura física são muito diferentes ou ainda são pouco conhecidas. O objetivo desse estudo foi analisar, por meio das respostas dos médicos que atuam em unidades de tratamento de queimaduras, seus perfis demográficos e formações acadêmicas, qual a estrutura disponível no atendimento de pacientes, a adoção de protocolos de atendimento, suporte de especialidades médicas e multiprofissionais e quais eram os principais desafios enfrentados por esses profissionais. Métodos: Estudo transversal realizado no período entre março de 2020 até abril de 2021por meio de um questionário construído conforme o método Delphi e aplicado de maneira on-line a médicos cirurgiões plásticos e intensivistas que atuam em unidades de queimaduras. Resultados: A maioria dos centros de queimados está localizada no sul e no sudeste do país, são referências de atendimento para populações superiores a 1.000.000 de habitantes. Estão estruturadas dentro de hospitais gerais terciários, com algumas facilidades exclusivas, como centro cirúrgico, leitos e eventualmente unidade de tratamento intensivo. Há suficiente distribuição de recursos e aparelhos necessários ao atendimento. Os profissionais estão sobretudo na faixa entre 30 e 60 de idade, com dedicação entre 5 e 15 anos aos pacientes vítimas de queimaduras. Em sua maioria, tiveram o treinamento de suas habilidades nos próprios centros em que estão inseridos, que por sua vez, têm forte tendência acadêmica, com programas de residências médicas e de outras especialidades. Os protocolos de atendimento da queimadura e também de condições clínicas correlatas como cirurgias, medição de área queimada, uso de antibióticos, profilaxia tromboembólica, nutrição, cuidados fisioterápicos e de enfermagem são bem difundidos e as maiores dificuldades apontadas são a natureza grave da queimadura e infecções. A demanda de procedimentos, fluxos regulatórios e de acolhimento parecem coordenados e de acordo com as necessidades regionais. Conclusões: As unidades de tratamento de queimaduras estão difundidas em todo país, em diferentes níveis de complexidade. A organização mais frequente é de um centro de referência regional, com abrangência de atenção superior a um milhão de habitantes, inseridos dentro de um hospital terciário. Os profissionais em sua maioria estão na faixa entre 30 e 60 anos, com experiência em tratamento de queimaduras superior a 5 anos. A maior parte dos centros aponta protocolos clínicos, cirúrgicos, de curativos e de atendimento global ao paciente bem estabelecidos. A complexidade dos casos, padrões de resistência e bacteriana são considerados desafios importantes em todo o Brasil.
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    Prevalência de sintomas de asma, rinite e eczema atópico em escolares de 6 e 7 anos da cidade de Londrina-PR
    (2009-09-28) Castro, Luci Keiko Kuromoto de; Ferreira Filho, Olavo Franco; Bonameti, Ana Maria; Cerci Neto, Alcindo
    Introdução: A elevada prevalência de doenças alérgicas na infância e tendências de aumento detectadas em diversos estudos no mundo tem motivado pesquisadores a buscar melhor conhecimento da real prevalência dessas doenças e os fatores que estejam envolvidos em sua manifestação. No Brasil há poucos dados publicados. Objetivo: Verificar a prevalência de sintomas de asma, rinite e eczema atópico e do diagnóstico médico, em escolares de 6 e 7 anos na cidade de Londrina-PR. Método: Estudo de prevalência de base populacional, utilizando o questionário do International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC) padronizado e validado para o Brasil, nos módulos de asma, rinite e eczema atópico, em escolares de 6 e 7 anos de 38 escolas públicas de Londrina-PR. Resultados: Foram entregues 3.963 questionários, sendo que 3.600 (90,8%) estavam completamente respondidos pelos pais ou responsáveis. Sintomas de asma, rinite e eczema nos últimos 12 meses foram de 22%, 27,3% e 9,6%, respectivamente. O diagnóstico médico foi de 10,4% para asma, 23,4% para rinite e 11,4% para eczema atópico. Rinoconjuntivite ocorreu em 13,6% e eczema em local específico em 6,6% dos escolares. Para sintomas de asma e rinite houve predomínio para o sexo masculino, mas não para eczema atópico. Conclusão: A prevalência de sintomas de asma, rinite e eczema em Londrina-PR está dentro da variação encontrada em centros brasileiros que participaram da Fase I e Fase III do ISAAC. A baixa taxa de diagnóstico médico de asma sugere que esta morbidade ainda é subdiagnosticada.
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    Efeito da responsividade às mudanças na massa muscular induzida pelo treinamento resistido sobre a aptidão funcional, força, composição corporal e indicadores de risco cardiovascular em mulheres idosas
    (2023-01-24) Stavinski, Natã Gomes de Lima; Cyrino, Edilson Serpeloni; Cavaglieri, Cláudia Regina; Silva, Danilo Rodrigues Pereira da
    O objetivo deste estudo foi comparar os efeitos da responsividade ao aumento da massa muscular (MM) em resposta ao treinamento resistido (TR) sobre componentes da força muscular, aptidão funcional, composição corporal e indicadores de risco cardiovascular em mulheres idosas. Para tanto, uma amostra de 123 mulheres (>60 anos) fisicamente independentes foi dividida em dois grupos: grupo controle (CON, n = 61) e grupo treinamento resistido (GT, n = 62). O GT foi submetido a um programa de TR, composto por oito exercícios de corpo todo que foram realizados em três séries de 10-15 repetições, em três sessões semanais, em dias alternados, ao longo de 12 semanas, ao passo que o CON não realizou nenhuma intervenção. Medidas antropométricas, de força muscular, aptidão funcional e composição corporal foram determinadas na linha de base e ao final do período de intervenção. Adicionalmente, biomarcadores metabólicos de risco cardiovascular foram analisados. Equações de estimativas generalizadas foram utilizadas para comparar a diferença bruta entre as variáveis dependente entre os grupos CON e GT e em função do tempo. Por fim, o GT foi estratificado em tercis a partir da mudança da MM, resultando em tercis inferior (INF, n = 20), médio (MED, n = 21) e superior (SUP, n = 21), de acordo com a responsividade ao aumento da MM. Aumentos significantes foram encontrados em todos os testes de força máxima isoinercial no GT em comparação ao CON (P < 0,001). O TR resultou em aumento da força máxima isocinética nos movimentos de extensão (60º·s-1 e 180º·s-1) e flexão de joelhos (60º·s-1) (P < 0,05). Uma melhoria significante do desempenho nos testes de sentar e levantar cinco vezes e na força de preensão manual foi revelada no GT em comparação ao CON (P < 0,05). Uma redução na adiposidade corporal total, de pernas, de tronco e ginoide foi encontrada no GT (P < 0,05). Além disso, uma redução significante da gordura de tronco foi identificada no GT em comparação ao CON (P < 0,05). Ambos os grupos melhoraram a lipemia, ao passo que GT aumentou a glicose, embora sem aumento da Hba1c (P > 0,05). Não foram encontradas diferenças entre os tercis para a força muscular isoinercial e nos indicadores de aptidão funcional após o TR (P > 0,05). Somente os tercis MED e SUP melhoraram o desempenho nos testes de sentar e levantar cinco vezes e força de preensão manual em função do tempo (P < 0,05), contudo, sem diferenças entre eles e com o tercil INF (P > 0,05). Não houve diferenças significantes na adiposidade corporal total ou segmentar entre os tercis, embora um redução na gordura total, de pernas, tronco e ginoide tenha sido encontrada no tercil INF, ao passo que uma diminuição na gordura total e de tronco foi revelada no tercil MED (P < 0,05). Entretanto, nenhuma diferença significante na adiposidade corporal total ou segmentar foi identificada nas comparações com o tercil SUP. Não houve diferenças no perfil glicêmico e lipídico entre os tercis. Nossos resultados sugerem que a responsividade ao aumento da MM não parece influenciar o comportamento da força, aptidão funcional, adiposidade corporal e fatores de risco cardiovascular em mulheres idosas após um programa de 12 semanas de TR
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    Efeito moderador do estado nutricional sobre a força muscular e composição corporal de mulheres idosas submetidas a um programa de treinamento resistido
    (2023-06-30) Graça, Ágatha; Cyrino, Edilson Serpeloni; Silva, Danilo Rodrigues Pereira da; Ribeiro, Alex Silva
    O envelhecimento é um processo natural e irreversível que acomete todos os seres humanos, desencadeando diversas alterações, tais como: redução da força e massa muscular, densidade mineral óssea e, concomitante, aumento na quantidade de gordura corporal. Nesse sentido, a prática de treinamento resistido (TR) tem sido considerada uma intervenção eficaz na atenuação ou reversão de efeitos deletérios do processo de envelhecimento. Todavia, pouco se conhece sobre o possível impacto do estado nutricional sobre as respostas adaptativas ao TR em mulheres idosas. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar o possível efeito moderador do estado nutricional sobre a força muscular e a composição corporal de mulheres idosas submetidas a 12 semanas de TR. Oitenta e duas mulheres fisicamente independentes foram selecionadas para o presente estudo e divididas em dois grupos, de acordo com o índice de massa corporal (IMC), a saber: grupo eutrófico (EUT), com IMC de 18,5 kg/m² a 24,9 kg/m² e grupo excesso de peso (EXC), com IMC = 25,0 kg/m². Um único programa de TR para o corpo inteiro (oito exercícios, três séries de 8-12 RM) foi executado em uma frequência de três sessões semanais, em dias alternados. A força muscular foi analisada a partir de testes de uma repetição máxima (1RM), ao passo que a composição corporal foi determinada por absortometria radiológica de dupla energia (DXA). O TR resultou em aumentos significantes (P < 0,05) na massa muscular (EUT: 3,9% vs. EXC: 3,7%, pequeno efeito), na qualidade muscular (EUT = 10,5% vs. EXC = 9,6%, efeito moderado), no 1RM no supino vertical (EUT = 20% vs. EXC = 17%, efeito moderado a grande), no 1RM na cadeira extensora (EUT = 4,3% vs. EXC = 7,1%, pequeno efeito), no 1RM rosca scott (EUT = 10,5% vs. EXC = 10,2%, efeito moderado), na somatória da carga total levantada (EUT = 15,8% vs. EXC = 13,0%, efeito moderado), no índice de força relativa (EUT = 13,6% vs. EXC = 15,8%, efeito moderado), e reduções na gordura corporal absoluta (EUT = 2,1% vs. EXC = 1,6%, pequeno efeito) e relativa (EUT = 2,7% vs. EXC = 2,0%, pequeno efeito), sem diferença entre os grupos. Tais modificações foram acompanhadas pela elevação do IMC em ambos os grupos (EUT = 1,3% vs. EXC = 1,0%, pequeno efeito). Quando o IMC foi correlacionado às variações (pós-treino vs. pré-treino) das mesmas variáveis-desfecho, não houve associação significante. Nossos resultados sugerem que o estado nutricional não parece exercer efeito moderador sobre as modificações na força muscular e composição corporal acarretadas por 12 semanas de TR em mulheres idosas. Entretanto, mulheres eutróficas ou em excesso de peso parecem se beneficiar de forma similar ao TR, apresentando ganhos de força muscular nos diferentes segmentos corporais e tais modificações tendem a ser acompanhadas pelo aumento de massa muscular com manutenção ou redução da gordura corporal
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    O impacto da síndrome da bexiga hiperativa na produtividade laboral de servidoras de um hospital público brasileiro com um novo instrumento de avaliação subjetiva e comportamental
    (2023-04-17) Fontenele, Marta Quézia Silva; Almeida, Sílvio Henrique Maia de; Grion, Cintia Magalhães Carvalho; Gregorio, Emerson Pereira; Nunes, Janaina Meyer de Oliveira
    Introdução: A síndrome da bexiga hiperativa (SBH) é uma condição de saúde comum e prevalente, caracterizada por sintomas urinários altamente incômodos que impactam substancialmente na produtividade laboral (PL). Objetivos: Avaliar o impacto dos sintomas urinários da síndrome da bexiga hiperativa (SBH) nos domínios subjetivos (DS) e comportamentais (DC) relacionados a produtividade laboral (PL) de funcionárias de um hospital público brasileiro através de um novo questionário desenvolvido com esse fim. Métodos: Estudo observacional e do tipo transversal, com servidoras de um hospital público universitário, ativas em sua função. As funcionárias foram recrutadas em seus postos de trabalho e todas responderam a um questionário de dados gerais, e aos instrumentos 8-item Overactive Bladder Questionnaire (OAB-V8) e International Consultation on Incontinence Questionnaire Overactive Bladder (ICIQ-OAB). Coletou-se dados pessoais, laborais, clínicos e de hábitos e vícios; para verificar a presença de SBH e o grau de incômodo dos sintomas na amostra, foi utilizado o questionário OAB-V8 e para avaliar o comprometimento na qualidade de vida (QV), severidade e incômodo dos sintomas da SBH, foi utilizado o questionário ICIQ-OAB. Para àquelas com pontuação = 8 e presença de urgência miccional no OAB-V8, foi aplicado um questionário estruturado para avaliação da PL na SBH, para domínios (DS) subjetivos e comportamentais (DC), na parte 1, e por sintoma específico (parte 2). As relações entre os subtipos de SBH e as pontuações e domínios de PL foram realizadas pelo testes Qui-quadrado e Exato de Fisher, e pelo teste de Mann Whitney. A correlação entre as pontuações de PL com os questionários OAB-V8 e ICIQ-OAB foram realizadas pelo teste de Spearmann; adotou-se um nível de significância de 5%. Resultados: Participaram do estudo 576 servidoras, 63 apresentavam SBH seca e 66 SBH úmida. Encontrou-se um impacto significativo na PL por sintoma urinário (p=0,03), entre os domínios de produtividade/eficiência (p=0,03), agitação (p <0,05) e interrupções para idas ao banheiro (p=0,03), principalmente entre as funcionárias com SBHU. A urgência e incontinência urinária de urgência (IUU) foram os sintomas de maior impacto produtivo na amostra (p=0,01 e p<0,001). Houve uma correlação significativa do incomôdo dos sintomas com os domínios de PL e o impacto produtivo por sintoma específico, respectivamente, pela pontuação do OAB-V8 (SBHS: r=0,37, p=0,01, 95% IC=0,08 a 0,06; SBHU: r=0,45, p<0,05, 95% IC=0,18 a 0,66) (SBHS: r=0,36, p=0,02, 95% IC=0,06 a 0,59; SBHU: r=0,44, p<0,05, 95%IC=0,16 a 0,65) e da escala numérica do ICIQ-OAB (SBHS: r=0,47, p=0,001, 95% IC=0,19 a 0,67; SBHU: r=0,43, p=0,003, 95% IC=0,14 a 0,65) (SBHS: r=0,52, p<0,001, 95% IC=0,26 a 0,71; SBHU: r=0,48, p<0,001, 95% IC=0,21 a 0,68), em ambos os grupos. A PL correlacionou-se com a severidade dos sintomas e QV quanto aos DS e DC, apenas na SBHU (r=0,48, p<0,001, 95%IC=0,21 a 0,68) e quanto ao impacto por sintoma em ambos os grupos (SBHS: r =0,64, p<0,001, 95% IC=0,46 a 0,77; SBHU: r=0,63, p<0,001, 95%IC=0,45 a 0,76). Conclusão: Os sintomas da SBH impactaram significativamente a PL, em DS (eficiência e agitação) e DC (interupções para idas ao banheiro), sendo a urgência e a IUU os sintomas de maior impacto. Esses resultados foram associados ao maior incômodo, severidade e impacto na QV dos sintomas
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    Efeito da estimulação elétrica de microcorrente no tratamento da disfunção erétil após prostatectomia radical- estudo piloto
    (2023-04-14) Campana, Tamires Lima Rodrigues; Almeida, Sílvio Henrique Maia de; Fornazieri, Marco Aurélio; Nunes, Janaina Mayer de Oliveira
    Introdução: A disfunção erétil (DE) afeta até 20% dos homens e é um problema crescente com o avanço da idade. A DE pós-prostatectomia radical (PR) é uma forma própria de DE, pois tem relação direta com o evento causal. A estimulação elétrica com microcorrentes é uma categoria de estimulação elétrica terapêutica não-invasiva, não provoca contrações musculares ou sensações desconfortáveis na pele. Essa estimulação usa corrente fisiológica do corpo e intensifica a bioatividade para reparar danos nos nervos, músculos e tecidos. Objetivo: Avaliar o efeito da estimulação elétrica na DE pós prostatectomia por meio do questionários Índice Internacional de Função Erétil-5 (IIFE-5) e Erection Hardness Score (EHS). Métodos: Estudo quase-experimental com amostra composta por pacientes submetidos à PR aberta, entre 40 a 75 anos de idade e diagnóstico de DE pós prostatectomia (escore do IIFE-5 inferior a 22) com tempo pós cirúrgico de 5 a 78 meses. A intervenção consistiu em aplicação da eletroestimulação peniana transcutânea de baixa intensidade abaixo do limiar motor alternando 10 Hz a 300 Hz. A corrente foi aplicada por meio de dois eletrodos autoadesivos, medindo 3 cm cada e colocados na superfície do dorso do pênis. Um eletrodo foi colocado na base do pênis, enquanto o segundo foi colocado distal ao primeiro e conectado a um estimulador elétrico Mettler modelo 240, que foi programado para cinco tipos de corrente de baixa frequência. A sessões tiveram duração de 45 minutos e foram realizadas duas vezes na semana, por 8 semanas. Os pacientes foram avaliados dois meses antes de iniciar tratamento, pré-tratamento, ao final do tratamento e 6 meses após. Resultados: Foram selecionados, tratados, avaliados e incluídos no estudo 10 pacientes. A média e o desvio-padrão do questionário IIFE-5 Baseline e Pré-intervenção foi de 9,7 (DP: ±2,8 e ± 2,9); após o período de 8 semanas de intervenção (Pós-intervenção) de 16,6 (DP: ±4,9); e após acompanhamento de 6 meses (Folow up) foi 16,9 (DP: ±4,6), p<0,001. A média e o desvio-padrão do EHS Baseline e Pré intervenção foi de 1,6 (DP: ±0,5); após o período de 8 semanas de intervenção (Pós-intervenção) 2,6 (DP: ±0,8); e após acompanhamento de 6 meses (Follow up) de 2,8 (DP: ±0,7), p<0,0001). Conclusão: A microestimulação foi benéfica para o tratamento da disfunção erétil em pacientes submetidos a PTR aberta após o período de intervenção e até 6 meses após o tratamento
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    Avaliação de biomarcadores de estresse oxidativo/nitrosativo em pacientes com doença renal crônica no estágio pré dialitico e em hemodiálise
    (2022-04-19) Semeão, Laura de Oliveira; Barbosa, Décio Sabbatini; Venturini, Danielle; Casagrande, Rúbia
    Introdução: A doença renal crônica (DRC) é representada por um grupo de condições heterogêneas que afetam a estrutura e função dos rins. O estresse oxidativo/nitrosativo (EO/EN) é um desequilíbrio entre compostos antioxidantes e pró-oxidantes, sendo que este último pode contribuir para danos irreversíveis à proteínas, lipídeos, DNA e, consequentemente, podendo auxiliar na progressão da DRC. Objetivo: mensurar níveis de biomarcadores de EO/EN em pacientes em estágios pré-dialíticos e em hemodiálise (HD), comparando-os entre si e entre indivíduos sem comorbidade com a finalidade de verificar o quanto a DRC altera estes biomarcadores e demais marcadores bioquímicos em resultados laboratoriais de rotina. Materiais e Métodos: foi realizado um estudo controlado com amostra 114 de pacientes com DRC distribuídos em quatros grupos, de acordo com a classificação da sua taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) onde, 3a (n= 23), 3b (n= 34), 4 (n= 21) e HD (n= 26) e comparados entre si e com um grupo controle saudável (n=23). Foram realizadas análises de alguns biomarcadores do EO/EN a saber: SOD, CAT, PON, GT, GSH, GSSG, NOx, LOOH, SH e AOPP. Na análise estatística as variáveis foram avaliadas por análise de variância (ANOVA) complementada com teste de Tukey ou Dunnet T3 ou por Kruskal-Wallis complementado com o teste de Dunn. As associações entre dois sistemas categóricos foram verificadas por meio de análises de tabelas de contingência e uma curva característica de operação do receptor (ROC). Resultados: aumento significativo do grupo HD em relação ao controle nos biomarcadores pró-oxidantes NOx e GSSG e nos biomarcadores antioxidantes SOD, GT e GSH. SH e PON encontraram diminuídos quando comparados o grupo HD aos demais. Além disso, a AOPP mostrou-se aumentada conforme a progressão da doença. Conclusão: O presente trabalho evidencia o aumento nos níveis de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio (ERO/ERN) em pacientes pré-dialíticos e em HD, conforme a progressão da DRC. Frente aos dados apresentados, defende-se a ideia do uso dos níveis de GSSG, GSH e PON como auxiliares no monitoramento do quadro do paciente com DRC e a AOPP como potencial biomarcador no auxílio do acompanhamento da progressão da DRC em pacientes pré-dialíticos (3-4) e dialíticos
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    Adaptação e validação da versão brasileira do questionário ‘PROactive physical activity in COPD – clinical visit’ (C-PPAC) para indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica
    (2022-06-23) Santana, André Vinicius; Pitta, Fábio de Oliveira; Deminice, Rafael; Furlanetto, Karina Couto
    Introdução: Indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) apresentam baixos níveis de atividade física na vida diária (AFVD). Considerando que o grau de redução do nível de AFVD é um aspecto importante da condição clínica dessa população, sua avaliação por meio de instrumentos adequados é fundamental. O ‘PROactive Physical Activity in COPD – clinical visit (C-PPAC) é um instrumento híbrido que uniu de forma ampla duas dimensões de avaliação da AFVD em indivíduos com DPOC: a quantidade de atividade física realizada na vida diária (avaliada por um acelerômetro), e a experiência de dificuldade relatada pelo indivíduo ao realizar essas atividades (avaliada como autorrelato por meio de um questionário). Porém, até o presente momento, não havia versão validada em Português Brasileiro deste questionário, o que limita o uso da ferramenta PROactive como um todo em indivíduos brasileiros com DPOC. Objetivo: O objetivo deste estudo foi adaptar e estudar a consistência interna, confiabilidade teste-reteste, concordância e validade de critério da versão em língua portuguesa do Brasil do C-PPAC para avaliação da experiência na realização de atividades físicas por indivíduos brasileiros com DPOC. Métodos: Para adaptação e validação, o protocolo indicado pelos autores do instrumento original e os guidelines de Beaton et al. foram aplicados em uma versão inicialmente desenvolvida em Português de Portugal por um grupo de pesquisa parceiro. A versão resultante em Português Brasileiro foi então aplicada duas vezes com um intervalo mínimo de sete dias em 30 indivíduos com DPOC (57% homens; VEF1 53±18%predito) para avaliar a consistência interna, reprodutibilidade teste-reteste, concordância e validade de critério. Os participantes também completaram o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), a escala Medical Research Council (MRC) e o Saint George's Respiratory Questionnaire para avaliar a validade de critério. Resultados: O C-PPAC mostrou excelente reprodutibilidade teste-reteste (coeficiente de correlação intraclasse 0.941 [intervalo de confiança 0.876 - 0.972]) e boa concordância pelo gráfico de Bland and Altman, além da excelente consistência interna (alfa de Cronbach 0.944). A validação de critério mostrou correlações moderadas a fortes com todos os outros instrumentos avaliados, especialmente o IPAQ (r= -0.63). Conclusão: A versão em Português Brasileiro do questionário ‘PROactive Physical Activity in COPD – visita clínica’ é um instrumento válido e confiável para avaliar a experiência de dificuldades dos indivíduos com DPOC durante suas atividades físicas na vida diária
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    Perfil dos adolescentes com doenças crônicas internados no Hospital Universitário de Londrina
    (2022-11-18) Favaretto, Giovana Ribeiro de Souza; Nunes, Sandra Odebrecht Vargas; Estanislau, Célio Roberto; Vitalle, Maria Sylvia de Souza; Machado, Regina Célia Bueno
    INTRODUÇÃO: Adolescentes com doenças crônicas estão predispostos a maior chance de problemas biológicos, sociais e emocionais. Esse estudo objetiva avaliar o perfil de adolescentes hospitalizados com doenças crônicas, compreendendo seus sentimentos, limitações, dificuldades, comportamentos de risco à saúde e estratégias de enfrentamento, bem como analisar percepção de doença crônica, qualidade de vida e adesão ao tratamento, a fim de se buscar um cuidado singular em saúde para essa população. MÉTODOS: Estudo transversal, realizado entre setembro de 2021 e março de 2022, com 61 adolescentes com doenças crônicas, entre 10 e 19 anos, de ambos os gêneros, internados no Hospital da Universidade Estadual e Londrina. Os participantes responderam um formulário eletrônico que continha um questionário clínico, socioemocional e demográfico, além das escalas: Instrumento de Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde, versão breve (WHOQOL-Bref); Questionário de Percepção da Doença, versão Breve (IPQ Brief Version) e Escala de Avaliação de Adesão Terapêutica (MARS). Para análise dos dados, os adolescentes foram divididos por sexo, masculino e feminino, e em dois grupos relativos à duração da doença (Grupo 1 com até 4 anos e Grupo 2 com 5 ou mais anos de diagnóstico). RESULTADOS: Entre participantes, 49,2% eram do sexo masculino e 50,8% do sexo feminino. A média de idade entre os sexos foi semelhante. O estudo constatou que a maioria dos participantes apresenta sofrimento psíquico, faz uso de algum medicamento ou dispositivo médico, é hospitalizado com frequência, tem regimes de tratamento restritivos e sintomas dolorosos. Relataram ter várias limitações, sentimentos incapacitantes, estratégias de enfrentamento e alguns comportamentos de risco à saúde. O sexo feminino apresentou uma taxa negativa de adesão medicamentosa de 6,9% versus 25,9% encontrada no sexo masculino; apresentou menores escores de qualidade de vida em relação ao masculino no domínio saúde física, saúde psicológica e escore total no WHOQOL-BREF. A pesquisa encontrou maior pontuação no IPQ entre os participantes do sexo feminino que os do sexo masculino. Em relação à duração da doença, no WHOQOL-BREF, o grupo 2 apresentou menor qualidade de vida no domínio meio ambiente e maior pontuação total em relação ao grupo 1. Encontramos escores mais baixos no WHOQOL-BREF e escores mais altos no IPQ entre os adolescentes do grupo 1. CONCLUSÕES: Os adolescentes hospitalizados com doenças crônicas demonstram sofrimento, apresentam dificuldades e limitações, utilizam estratégias de enfrentamento adaptativas e desadaptativas e, portanto, merecem atenção e cuidados específicos. O sexo feminino tem maior adesão à medicação, menor qualidade de vida e visão mais ameaçadora da doença do que o sexo masculino. Os resultados oferecem subsídios úteis para a prática clínica, uma vez que esses achados podem alertar para a necessidade de mais conhecimento sobre a doença e a importância de incentivar formas de melhorar a qualidade de vida e os cuidados para reduzir comportamentos de risco
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    Efeitos da dieta hiperproteica no íleo de camundongos com retocolite ulcerativa experimental
    (2022-12-14) Coronado, Vinicius Balan Ramos; Araújo, Eduardo José de Almeida; Deminice, Rafael; Andrade, Fábio Goulart de
    Introdução: A retocolite ulcerativa (RCU) é uma as doenças inflamatórias intestinal (DII), que acomete o reto, colo e parte terminal do íleo, causando alterações fenotípicas e funcionais no sistema nervoso entérico (SNE). Estudos demonstram que os nutrientes da dieta também podem também desencadear alterações no fenótipo e função do SNE. O SNE é a inervação intrínseca do trato gastrointestinal, o qual é responsável pelo controle da sua motilidade e suas secreções. Assim, este estudo se propôs a investigar se um esse tipo de dieta hiperproteica (50%) aumenta a vulnerabilidade do íleo durante a fase aguda da RCU, bem como se intensifica interfere no processo inflamatório e, consequentemente, na estrutura do as possíveis alterações no SNE. Material e métodos: Foram utilizados camundongos C57BL/6 machos e, os quais foram distribuídos em quatro grupos experimentais utilizando sulfato de sódio dextrano (DSS) como indutor de RCU: DP (dieta padrão), HP (dieta hiperproteica), DP/DSS (dieta padrão e DSS 3%) e HP/DSS (dieta hiperproteica e DSS 3%). Foi realizado o acompanhamento diário da massa corporal dos animais, a consistência das fezes e presença de sangue oculto nas fezes para realizar o índice de atividade da doença (IAD). Segmentos do íleo foram submetidos à análise histológica para coloração com Hematoxilina e Eosina e à imunofluorescência para evidenciação da população geral (PGP9.5+) e das subpopulações neuronais nitrérgica+, nitrégica-, calretinina com fraca (Calr+) e forte (Calr++) imunorreatividade. Os dados foram expressos como média ± erro padrão da média. Dados com distribuição normal foram comparados pelo teste anova ANOVA two-way seguido do pós-teste de Tukey. Dados com distribuição livre foram comparados pelo teste Kruskall-Wallis seguido pelo teste de Dunn. Resultados: Os camundongos expostos ao DSS e que foram alimentados com a dieta hiperproteica apresentaram um IAD ainda maior que o dos animais que receberam dieta padrão (P<0,05). O grupo HP/DSS apresentou redução significativa da espessura da mucosa de regiões intervilares, da largura de cripta e da altura dos enterócitos quando comparado ao DP/DSS (P<0,05). No plexo mioentérico, foi observada uma atrofia dos neurônios nitrérgicos (P<0,05) e, no plexo submucoso, uma atrofia nas subpopulações estimadamente colinérgica (Calr++) e VIPérgica (Calr+) (P<0,05). Conclusão: A dieta hiperproteica piora os sinais clínicos da RCU na fase aguda da doença, assim como exerce uma influência sobre o tamanho dos neurônios entéricos no íleo dos camundongos
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    Comparação da eficácia de três marcas de budesonida em adultos com rinite alérgica: ensaio clínico randomizado prospectivo
    (2022-09-29) Mathias, Lucas Bissacott; Fornazieri, Marco Aurélio; Tamashiro, Edwin; Armani, André
    Introdução: A rinite alérgica (RA) é doença inflamatória crônica prevalente e ainda subestimada, caracterizada por prurido, espirros, rinorreia e congestão nasal. O tratamento padrão-ouro para a rinite alérgica são os corticosteroides tópicos, devido ao seu perfil de segurança e eficácia no controle da inflamação da mucosa nasal. Para aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), medicamentos similares de uso tópico não necessitam de testes de quantificação de biodisponibilidade. Diferenças na eficácia dos corticosteroides nasais às vezes são percebidas pelos pacientes, mas ainda não foram esclarecidas. Objetivos: Comparar a eficácia de três marcas de budesonida nasal tópica disponíveis no Brasil no tratamento da rinite alérgica. Métodos: Foi realizado um ensaio clínico randomizado de superioridade, prospectivo, aberto, envolvendo pacientes com diagnóstico confirmado de rinite alérgica moderada/grave. Cinqüenta e sete indivíduos foram randomizados em três grupos. Cada grupo foi submetido a um ciclo de tratamento de 4 semanas com uma das três marcas de budesonida nasal tópica atualmente disponíveis no Brasil: Budecort Acqua® (referência), Busonid® (referência) e Noex® (similar). Cada paciente foi submetido a testes de função olfatória (Teste de Identificação do Olfato da Universidade da Pensilvânia - UPSIT), questionários de obstrução nasal (Escala para Avaliação do Sintoma de Obstrução Nasal - NOSE e Pico de Fluxo Inspiratório Nasal - PNIF) e questionários de controle de sintomas (Teste de Avaliação de Controle da Rinite - RCAT) antes e depois do tratamento. Os resultados foram analisados por meio de Análise de Variância ANOVA (complementada pelo teste de Tukey) ou Kruskal-Wallis para fins de comparação entre os três grupos. Resultados: Dezenove pacientes receberam Budecort Acqua®, 19 Busonid® e 19 Noex®. Dos 57 pacientes randomizados, 50 retornaram para coleta de dados após 4 semanas de tratamento. O número de desistências não foi estatisticamente significante entre os grupos (p=0,13). Todos os testes UPSIT, PNIF, NOSE e RCAT melhoraram significantemente após 4 semanas de intervenção nos três grupos estudados (p<0,01). Nenhum dos testes apresentou diferença estatisticamente significante quando comparados entre os grupos, tanto nos valores pré quanto nos valores pós-tratamento, nas análises de dados intention-to-treat (ITT) e per protocol (PP), respectivamente: UPSIT (p=0,24 e p=0,26), PNIF (p=0,83 e p= 0,79), NOSE (p=0,74 e p=0,58) e RCAT (p=0,23 e p=0,14). Nenhum efeito adverso grave foi relatado em nenhum dos três grupos analisados pelo presente estudo. Conclusão: Este estudo demonstrou que a forma similar da budesonida nasal e dois medicamentos referência correspondentes têm eficácia semelhante no tratamento da RA. Mais ensaios clínicos são necessários para comparar a eficácia e segurança entre medicamentos referência e genéricos/similares a longo prazo
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    Obesidade: estilos de coping, características de personalidade e estimativa de tamanho de porções alimentares
    (2022-02-25) Araújo, Juraci de Cássia; Estanislau, Célio Roberto; Oliveira, Katya Luciane de; Ribeiro, Mayron Pereira Piccolo
    Introdução: A obesidade é um problema global. No Brasil, o número de pessoas com obesidade mais do que dobrou entre 2002 e 2019. O comportamento alimentar pode se relacionar com características de personalidade e estilos de coping. Essas relações podem interagir com a maneira como a pessoa estima tamanhos de porções alimentares, mas esse fenômeno apresenta estudos incipientes sobre o assunto. Objetivo: O presente estudo investiga correlações entre características de personalidade, estilos de coping e a percepção de tamanho de porções alimentares em pessoas com obesidade. Método: Participaram do estudo 37 pacientes do Ambulatório de Especialidades do Hospital Universitário. Eles responderam a um questionário de dados demográficos, Bateria Fatorial de Personalidade, Inventário de Estilos de Coping e avaliação da estimativa de tamanho de porções alimentares. Resultados: Observou-se que a amostra estudada apresenta índices de Neuroticismo (N1 e N4) acima da média da população brasileira. O Estilo de Coping mais adotado foi o de Fuga-Esquiva. Fatores de Personalidade e Estilos de Coping não apresentaram correlações significativas entre si, mas se correlacionaram com as estimativas de tamanho de porções. As estimativas de tamanho de porção (p, m e g) também apresentaram correlação entre si, garantindo a confiabilidade das avaliações feitas pelos participantes. Conclusões: Neuroticismo elevado e Estilo de Coping Fuga-Esquiva estão, conforme estudos anteriores, relacionados a expectativas negativas na evolução da obesidade, indicando a necessidade de acompanhamento psicológico sistemático para o grupo estudado. A estimativa de tamanho de porção apresentou correlação com características de personalidade e estilos de coping, sugerindo a adoção dessa estratégia de pesquisa em próximos estudos
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    O paradoxo da obesidade em pacientes grandes queimados
    (2021-03-30) Walger, Aline Cristina Vieira; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho; Carrilho, Alexandre José Faria; Tanita, Marcos Toshiyuki
    Introdução: A obesidade é um problema de saúde pública em todo mundo, principalmente em países desenvolvidos como os Estados Unidos. Vários estudos já descreveram o impacto negativo da obesidade na população geral quando avaliado a associação com doenças cardiovasculares, câncer e expectativa de vida. Porém estudos recentes demonstraram que pacientes com sobrepeso e obesidade podem apresentar mortalidade inferior aos pacientes com peso normal e baixo peso em algumas situações específicas e frequentes no ambiente de terapia intensiva com sepse e SARA. Essa associação ficou conhecida como “paradoxo da obesidade” nos pacientes criticamente doentes. Objetivo: Avaliar a associação entre o índice de massa corpórea (IMC) e a mortalidade, tempo de internação na unidade de terapia intensiva (UTI) e o tempo de internação hospitalar em pacientes grandes queimados. Metodologia: Estudo de coorte retrospectivo realizado no período de janeiro de 2017 a janeiro de 2020 através da coleta da dados da admissão até a alta de pacientes internados na unidade de terapia intensiva de queimados do Hospital Universitário de Londrina. Os dados gerais coletados para todas as admissões no centro de tratamento de queimados são idade, gênero, peso, altura, data de internação no hospital e na UTI, diagnóstico de admissão na UTI, data da alta da UTI e do hospital, desfecho à saída da UTI e do hospital. Foram anotados dados sobre a lesão por queimadura, tais como extensão da superfície corpórea queimada, profundidade da queimadura, presença de lesão inalatória, além do agente etiológico da queimadura e tipo de acidente que levou a lesão. Os pacientes foram divididos em grupos para efeito de comparação de variáveis relevantes, de acordo com o IMC em desnutridos, eutróficos, sobrepeso, obesos. Resultados: No período do estudo foram avaliados 299 pacientes, destes 8 foram excluídos por falta de dados antropométricos. Avaliado o IMC de um total de 291 pacientes. Apenas 3 pacientes desta amostra apresentavam IMC < 18,5kg/m2 portanto esse grupo foi excluído da análise devido tamanho insuficiente da amostra. Dos 288 pacientes restantes 152 (52,8%) foram classificados como eutróficos, 97 (33,7%) tinham sobrepeso, 39 (13,5%) eram obesos. Não houve diferença entre o tempo de permanência hospitalar e mortalidade entre os grupos. Na análise do tempo de permanência na UTI houve diferença entre os grupos: a mediana do tempo de permanência na UTI foi de 11 dias para todos os pacientes, de 9 dias para os pacientes eutróficos, 13 dias para os pacientes com sobrepeso e de 16 dias para os pacientes obesos (p0,004). Na análise multivariada a obesidade não teve impacto sobre a mortalidade (hazard ratio - HR 0,648, intervalo de confiança - IC 95% 0,350-1,201; p: 0,168). A idade (HR 1,026, IC 95% 1014-1,038; p<0,001), a superfície corpórea queimada (HR 1,047, IC 95% 1,036-1,058; p<0,001) e a presença de queimadura inalatória (HR 1,658, IC 95% 1,061-2,590; p0,026) foram as variáveis associadas com a mortalidade. Conclusões: O paradoxo da obesidade não foi observado em pacientes queimados internados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitário de Londrina. Pacientes eutróficos tiveram um tempo de internação na UTI inferior quando comparados aos pacientes com sobrepeso ou obesos
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    Efeito analgésico e anti-inflamatório do mediador lipídico pró-resolução 17(R)-Resolvina D1 nos modelos de artrite induzido por zimosan e cristais de urato monossódico em camundongos
    (2021-03-11) Andrade, Ketlem Cristine; Verri Júnior, Waldiceu Aparecido; Dionísio, Andressa de Freitas M.; Ferraz, Camila Rodrigues
    A artrite reumatoide (AR) é uma doença auto-imune progressiva que afeta as articulações induzindo inflamação em suas membranas sinoviais (sinovite), dor, rigidez, destruição das cartilagens, perda da funcionalidade e incapacidade física, com impacto direto na qualidade de vida e na sociabilidade dos pacientes afetados. Para permitir o estudo de parâmetros inflamatórios articulares semelhantes a AR em camundongos, utilizou-se um modelo experimental de administração intra-articular (i.a.) de zimosan, um polissacarídeo derivado da parede celular da levedura Saccharomyces cerevisiae. A artrite gotosa (AG) ou gota é caracterizada por intensa resposta inflamatória articular e dor severa, é ocasionada por aumento da produção e/ou baixa excreção de ácido úrico, com deposição de cristais de urato monossódico (MSU) nas articulações e espaços adjacentes. A administração i.a. de MSU é utilizada como modelo experimental para estudar mecanismos fisiopatológicos e novas terapias para o tratamento da artrite gotosa, visto que este modelo mimetiza os quadros de agudização da gota. Atualmente, as abordagens terapêuticas empregadas no tratamento das artrites apresentam baixa eficiência na redução da dor além de apresentarem inúmeros efeitos adversos. A 17(R)-Resolvina D1 (17(R)-RvD1) ou AT-RvD1, é um mediador lipídico pró-resolução gerado pelo metabolismo dos ácidos graxos poli-insaturados do ômega-3, o ácido docosahexaenóico (DHA) simultaneamente ao tratamento com aspirina. Este mediador possui propriedades anti-inflamatórias e analgésicas. Até o momento, há trabalhos demonstrando o potencial terapêutico dos mediadores lipídicos, no entanto, não existem estudos elucidando os possíveis efeitos da 17(R)-RvD1 no processo inflamatório induzido pelo zimosan e MSU, dessa forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito analgésico e anti-inflamatório e mecanismos de ação do mediador nos dois modelos de artrite apresentados. Camundongos foram pré-tratados intra-peritonealmente (i.p.) com a 17(R)-RvD1 nas doses de 0,03; 0,3 e 3 ng/animal (an), 30 minutos (min) antes do estímulo i.a. de zimosan (100µg/10µL salina (sal)/an), para determinar a dose analgésica mais eficaz. Depois, foram avaliados os efeitos do tratamento sobre a hiperalgesia térmica, distribuição de peso entre as patas, recrutamento leucocitário, edema articular, análises histológicas e produção das citocinas IL-1ß, TNF-a, IL-6 e IL-10. Os resultados obtidos demonstraram que a dose de 3ng/an da 17(R)-RvD1 apresentou maior eficácia na redução da hiperalgesia mecânica e térmica, da distribuição de peso entre as patas, do recrutamento total e diferencial de leucócitos, do edema articular, e dos níveis das citocinas pró-inflamatórias IL-1ß, TNF-a, IL-6 e anti-inflamatória IL-10. No modelo de AG, os camundongos foram tratados com a17(R)-RvD1 (0,03; 0,3 ou 3 ng/an/i.p.) 30 min antes da injeção i.a. de MSU (100µg/10µL sal/an). Observou-se que a 17(R)-RvD1 na dose de 3 ng/an reduziu a hiperalgesia mecânica induzida por MSU de maneira dose-dependente, hiperalgesia térmica, o recrutamento leucocitário total e diferencial, edema articular, produção de citocinas pró-inflamatórias (TNF-a, IL-1ß e IL-6), estresse oxidativo [restabeleceu os níveis de GSH e reverteu peroxidação lipídica (TBARS)], ativação do fator de transcrição nuclear NF-?B, sem provocar danos renais (níveis séricos de ureia e creatinina), hepáticos (níveis séricos de aspartato aminotransferase [AST] e alanina aminotransferase [ALT]) ou gástricos (atividade da mieloperoxidase [MPO]). Desta forma, demonstrou-se que a 17(R)-RvD1 possui propriedades analgésica e anti-inflamatórias nos modelos artrite induzida por zimosan e na AG induzida por MSU, sugerindo que essa molécula possa ser uma possível candidata ao tratamento dessas doenças.
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    Fatores de risco para mortalidade de pacientes sobreviventes de unidades de terapia intensiva e associação com infecção: estudo de coorte retrospectivo
    (2021-04-09) Silva, Luiza Gabriella Antonio e; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho; Carrilho, Cláudia Maria Dantas de Maio; Almeida, Sílvio Henrique Maia de
    Introdução: As infecções relacionadas à assistência à saúde vêm se tornando um desafio ao tratamento médico hospitalar considerando que tais infecções ocasionam uma limitação do arsenal terapêutico além de elevação do tempo de internação e maior risco de morbidades e mortalidade. Isso, consequentemente, acarreta o aumento nos custos do tratamento porque o quadro do paciente passa a exigir o uso de fármacos mais potentes e mais caros. Como a rotina das Unidades de Terapia Intensivas engloba procedimentos invasivos, o uso de drogas imunossupressoras e antibióticos, as cirurgias complexas, entre outros fatores de risco, há sempre uma maior probabilidade de que essas infecções ocorram. Em decorrência destes vários fatores, as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) vêm se tornando objeto de muitos estudos, porém a mortalidade dos pacientes infectados após a alta dessas unidades permanece como questão importante a ser discutida e respondida. Portanto, é indispensável a observação criteriosa para verificar se há a necessidade de maiores cuidados com essa população, como os times de resposta rápida e as unidades de cuidados intermediários para evitar possíveis reinternações na UTI, o que aumenta, significativamente, o risco de mortalidade desses pacientes. Objetivo: Descrever a taxa de mortalidade e fatores de risco para morte de pacientes sobreviventes de unidade de terapia intensiva em um hospital universitário. Método: Estudo de coorte retrospectivo realizado no Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina com pacientes adultos sobreviventes das unidades de terapia intensiva do Hospital. Os dados foram coletados através de consulta de prontuários e da base de dados eletrônica do hospital, por formulário elaborado pelas autoras, levantando informações como idade, gênero, tempo de internação hospitalar, diagnóstico de admissão na UTI, desfecho de saída hospitalar, presença de infecção, microrganismo isolado, fármaco utilizado e o escore SAPS 3 (Simplified Acute Physiology Score III). Para análise, os pacientes foram divididos em dois grupos: os infectados (composto por microrganismos não identificados, sensíveis, multirresistentes aos antimicrobianos-MDR, com resistência extrema aos antimicrobianos-XDR e pan-resistência aos antimicrobianos-PDR), e os não infectados. Para comparação dos grupos, foi utilizado o teste de Mann-Whitney ou o teste do qui quadrado. A associação entre as variáveis estudadas foi realizada pelo modelo de regressão logística. As diferenças significantes foram estabelecidas por P < 0,05. Resultados: Os dados foram coletados de 1025 prontuários de pacientes internados no período compreendido entre janeiro de 2017 a dezembro de 2018. Do total de pacientes estudados, 314 (30,6%) desenvolveram algum tipo de infecção, 92 (9%) foram readmitidos em unidade de terapia intensiva e 212 (20,7%) foram a óbito, sendo que 117 (55,19%; IC95% 48,46 - 61,73) destes óbitos ocorreram em pacientes infectados, 28 (13,21% IC95% 9,3 - 18,43) em pacientes infectados por microrganismos sensíveis, 30 (14,2% IC95% 10,1 – 19,48) infectados por microrganismos não identificados e 59 (27,83%; IC95% 22,23 - 34,22), por microrganismos resistentes. Quando separados, os pacientes que receberam a alta hospitalar e os que foram a óbito, verifica-se que a mediana da idade dos óbitos é significantemente maior do que os que receberam alta hospitalar. Com relação ao tempo de permanência hospitalar e o escore de gravidade SAPS 3, observa-se o tempo e o escore maiores nos óbitos. Os quadros infecciosos e a readmissão em unidade de terapia intensiva foram fortemente associados ao óbito. Na regressão logística, foi considerado as altas e os óbitos hospitalares como variável dependente; e idade, tempo de permanência hospitalar, SAPS 3, presença de infecção, readmissão em unidade de terapia intensiva e microrganismos, como covariáveis. As variáveis idade, tempo de permanência hospitalar, SAPS 3, presença de quadro infeccioso e readmissão na unidade de terapia intensiva permaneceram associadas ao óbito dos pacientes estudados. Conclusão: As infecções têm grande impacto na mortalidade de pacientes internados que tiveram passagem por unidade de terapia intensiva, principalmente se for levado em conta as possíveis readmissões nessas unidades. O tempo de permanência em que ficaram internados e ainda o escore SAPS 3 e a idade mais elevada também são bastante realçados nessa conta. Com base nesses dados, pode-se afirmar que as unidades de cuidados intermediários poderiam beneficiar essa população, prevenindo e evitando casos de reinternação nas UTI, uma vez que esta investigação mostrou esse evento associado ao óbito intra-hospitalar.
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    Avaliação de biomarcadores bioquímicos, de estresse oxidativo/nitrosativo e da percepção olfativa em indivíduos com a doença de Parkinson
    (2021-12-02) Melo, Lucio Baena de; Barbosa, Décio Sabbatini; Fornazieri, Marco Aurélio; Farias, Carine Coneglian de
    A Doença de Parkinson (DP) é uma desordem de alta prevalência sendo a segunda causa mais comum de doença neurodegenerativa. Esta tem sido descrita com a presença de quatro sinais clínicos motores que caracterizam a doença, a saber: tremor, rigidez, bradicinesia e instabilidade postural. Sabe-se, todavia, que alguns anos antes dos fenômenos motores clássicos da doença, os pacientes costumam apresentar alterações não motoras, dentre elas, alterações da esfera olfativa (hiposmia em diferentes graus e anosmia). Dentre vários fatores etiológicos, é conhecido o envolvimento do estresse oxidativo/nitrosativo (EO/EN). O objetivo deste estudo foi recrutar pacientes com DP, avaliar sua função olfatória, analisar biomarcadores bioquímicos e de EO/EN com o intuito de se obter possíveis correlações e associações, pois há carência de estudos que averiguem olfato em pacientes com DP e EO/EN concomitantemente. Neste estudo foram avaliados 53 pacientes parkinsonianos acompanhados no Ambulatório de Neurologia, do Ambulatório de Especialidades do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina. O diagnóstico foi realizado seguindo as diretrizes da Movement Disorders Society e todos os pacientes se encontravam em escala 2 de Hoehn-Yahr. Os pacientes foram submetidos a teste de avaliação de função olfatória (UPSIT) e à coleta de amostra de sangue para a avaliação dos seguintes biomarcadores bioquímicos e do EO/EN: colesterol total (CT), lipoproteína de alta densidade (HDL), lipoproteína de baixa densidade (LDL), trigliacilgliceróis (TAG), ácido úrico (AU), hidroxiperóxidos lipídicos (LOOH), capacidade antioxidante total do plasma (TRAP), produtos avançados de oxidação proteica (AOPP), grupamentos sulfidrila (SH), metabólitos do óxido nítrico (NOx) e atividade da paraoxonase 1 (PON-1). O grupo controle consistiu em 22 indivíduos não portadores de DP que realizaram as mesmas avaliações. Em nosso estudo todos os portadores de DP apresentaram alterações olfatórias. Biomarcadores bioquímicos (TAG e AU) e os biomarcadores de perfil antioxidante (SH e PON-1) estavam reduzidos no grupo DP assim como LOOH (pro-oxidante) aumentada. No grupo DP verificou-se correlação positiva entre TAG e AOPP, e entre PON-1 e AU. Houve também correlação positiva entre PON-1 e SH, e inversa entre SH e LOOH. Em análise de regressão múltipla observamos associação inversa entre a PON-1 e AOPP. Entre os grupos anosmia e hiposmia verificamos diferença numérica (mas não estatisticamente significativa) em LOOH e PON-1 que sugeriu-nos a possibilidade de que estes marcadores possam estar relacionados ao olfato (pois o grau de acometimento clínico é o mesmo e em tese o EO/EN seria semelhante entre os grupos). É possível que estas alterações de EO/EN tenham papel no bulbo olfatório ocasionando modificações em alfa-sinucleína que culminam em perda de olfato. Não houve alterações estatisticamente significativas nos valores de CT, HDL, LDL, TRAP e NOx. Concluímos que o EO/EN possa ser coparticipante nos mecanismos fisiopatológicos na DP e perda olfatória, embora nosso estudo não possa certificar o quanto de EO/EN está relacionado especificamente ao olfato, à DP, ou a ambos.
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    Análise morfoquantitativa de neurônios entéricos do jejuno de ratos submetidos a alterações nutricionais pós-natais por manipulação do tamanho da ninhada
    (2021-08-25) Bruniera, Beatriz Neves; Araújo, Eduardo José de Almeida; Moreira, Estefania Gastaldello; Miqueloto, Carlos Alberto
    O estresse causado por extremos nutricionais pode influenciar qualquer período do desenvolvimento de ratos. Restringindo-se ao controle nervoso gastrointestinal, estudos demonstram que estes extremos podem impactar neurônios entéricos. No entanto, a literatura é frágil quanto às consequências para neurônios de ratos expostos a extremos nutricionais durante a lactação e que chegam à fase adulta. Assim, este trabalho avaliou os efeitos da subnutrição e supernutrição, induzidas por modelo de programação de ninhadas, sobre aspectos morfoquantitativos dos plexos mientérico e submucoso do jejuno de ratos Wistar adultos. Dezoito ratos Wistar (Rattus norvegicus) machos foram distribuídos em três grupos: ninhada normal (NN), formado por animais oriundos de prole com 5 filhotes/matriz; ninhada reduzida (NR), formado por animais oriundos de prole com 2 filhotes/matriz; e ninhada expandida (NE), formado por animais oriundos de prole com 8 filhotes/matriz. O jejuno foi coletado, pesado e teve seu comprimento e largura mensurados. Multiplicou-se comprimento e a largura para obter a área jejunal. Anéis de 1cm do jejuno foram microdissecados, visando obtenção de preparados totais contendo o plexo mientérico e a camada muscular e o plexo submucoso. Estes foram submetidos à técnica de imunofluorescência para marcação da população total de ambos plexos (HuC/D+) e as subpopulações nitrérgica (nNOS+) e colinérgica (HuC/D+/nNOS-) no plexo mientérico e, no plexo submucoso, as subpopulações foram marcadas com calretinina fortemente e fracamente (Calr+ ).Capturaram-se 32 imagens em fotomicroscópio de fluorescência na objetiva de 20x, resultando em uma área para análise de 0,0448 cm2 .Contou-se o número de neurônios da população total e subpopulações nesta área do jejuno e projetou-se esse número para toda a área do órgão, como fator de correção devido à variação nas dimensões provocada pelo experimento. Além disso, a área de 100 corpos celulares de neurônios da população total e subpopulações de ambos os plexos foi mensurada. Utilizou-se o teste Shapiro Wilk para avaliar a normalidade. O teste t de Student para amostras independentes foi utilizado para comparar dados com distribuição normal entre os grupos NRxNN e NExNN. Dados com distribuição livre, utilizou-se o teste Mann-Whitney. Para todos os testes o nível de significância considerado foi de 5%. Os resultados mostraram que ratos do grupo NR tinham massa corporal maior que a do controle. Não se observou diferença significativa na massa corporal entre os grupos NE e NN. A área do jejuno estava ampliada nos dois grupos experimentais quando comparados ao controle. Neurônios de ambos plexos entéricos não sofreram nenhuma alteração no número da população total e das subpopulações avaliadas. Quanto à morfometria, observou-se hipertrofia de neurônios mientéricos estimados como colinérgicos tanto no NR como no NE, quando comparados ao NN. Também houve hipertrofia de neurônios submucosos marcados fracamente em NR e NE e nos marcados fortemente com calretinina apenas em NE comparados a NN.Conclui-se que a subnutrição e supernutrição durante a lactação de ratos Wistar não provoca perda de neurônios entéricos no jejuno de animais adultos. No entanto, o estresse nutricional causa hipertrofia do corpo celular de neurônios mientéricos estimados como colinérgicos e também de neurônios submucosos marcados fracamente e fortemente com calretinina.
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    Efeito do uso de estatinas sobre parâmetros definidores da sarcopenia em pessoas vivendo com HIV
    González Cárdenas, José David; Deminice, Rafael [Orientador]; Cyrino, Edilson Serpeloni; Navarro, Anderson Marliere
    Resumo: Introdução: As taxas de prevalência de dislipidemia, em pessoas vivendo com HIV (PVHIV), são elevadas, sendo que parte dessa condição está associada ao uso da terapia antirretroviral (TARV), que conjuntamente com o aumento da inflamação e imunossupressão causada pela infecção crônica do HIV, contribuem para um maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares (DCV), sendo uma das causas de mortalidade em PVHIV Para o tratamento é necessário a administração de medicamentos hipolipidêmicos, amplamente utilizados para tratar as dislipidemias em PVHIV, que tem demonstrado causar inúmeros efeitos adversos, como problemas musculares, mialgias, miopatias e rabdomiólise que podem levar ao desenvolvimento da sarcopenia, que tem uma prevalência de 24,1% em PVHIV; na atualidade a relação entre PVHIV, estatinas e sarcopenia e pouco estudada Objetivos: Analisar os efeitos do uso de estatinas sobre parâmetros definidores da sarcopenia em PVHIV Método: Estudo transversal composto por uma amostra final foi composta por 366 pessoas (189 homens e 177 mulheres) com idade média de 47,9 ± 11,93 anos, índice de massa corporal de 26,33 ± 5,54 kg/m2) 68 apresentavam dislipidemias e 54 usavam estatinas, que foram comparadas com um grupo de PVHIV sem dislipidemia Os participantes foram convidados voluntariamente a participar do estudo onde foram coletados: dados sociodemográficos, antropométricos, dados para obtenção da bioimpedância (analise da massa muscular), dinamometria (analise da força muscular), dados para obtenção da bateria de testes SPPB (analise da função física: equilíbrio, força de membros inferiores e velocidade na marcha), dados para obtenção da densitometria óssea (DXA) e dinamometria isocinética Os participantes foram avaliados segundo o algoritmo proposto pelo European Working Group of Sarcopenia in Older People, para determinar a sarcopenia, o diagnóstico de dislipidemia foi determinado pelos dados de diagnóstico no prontuário das pessoas Resultados: Não houve diferença entre o IMC dos grupos estatina, (28,64 ± 623 kg/m2), em relação a PVHIV sem uso de estatinas (26,78 ± 5,68 kg/m2); 37,1% dos participantes usava sinvastatina (n=2), 53,7% com uso de atorvastatina (n=29), e 9,2% com outras medicações (n=5), se observou diferença significativa (P =,5) no IMC, entre PVHIV do sexo masculino com uso de estatinas e PVHIV do sexo masculino que não usavam estatinas Conclusão: A redução de massa muscular e a sarcopenia, são problemas que ocorrem com frequência na população HIV em uma idade precoce Sua etiologia é multifatorial, mas os resultados indicam que o uso de estatinas em PVHIV com uso da TARV, não diminuiu a o tecido muscular, comparado com PVHIV sem uso de estatinas