Efeito da responsividade às mudanças na massa muscular induzida pelo treinamento resistido sobre a aptidão funcional, força, composição corporal e indicadores de risco cardiovascular em mulheres idosas
Data
2023-01-24
Autores
Stavinski, Natã Gomes de Lima
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Resumo
O objetivo deste estudo foi comparar os efeitos da responsividade ao aumento da massa muscular (MM) em resposta ao treinamento resistido (TR) sobre componentes da força muscular, aptidão funcional, composição corporal e indicadores de risco cardiovascular em mulheres idosas. Para tanto, uma amostra de 123 mulheres (>60 anos) fisicamente independentes foi dividida em dois grupos: grupo controle (CON, n = 61) e grupo treinamento resistido (GT, n = 62). O GT foi submetido a um programa de TR, composto por oito exercícios de corpo todo que foram realizados em três séries de 10-15 repetições, em três sessões semanais, em dias alternados, ao longo de 12 semanas, ao passo que o CON não realizou nenhuma intervenção. Medidas antropométricas, de força muscular, aptidão funcional e composição corporal foram determinadas na linha de base e ao final do período de intervenção. Adicionalmente, biomarcadores metabólicos de risco cardiovascular foram analisados. Equações de estimativas generalizadas foram utilizadas para comparar a diferença bruta entre as variáveis dependente entre os grupos CON e GT e em função do tempo. Por fim, o GT foi estratificado em tercis a partir da mudança da MM, resultando em tercis inferior (INF, n = 20), médio (MED, n = 21) e superior (SUP, n = 21), de acordo com a responsividade ao aumento da MM. Aumentos significantes foram encontrados em todos os testes de força máxima isoinercial no GT em comparação ao CON (P < 0,001). O TR resultou em aumento da força máxima isocinética nos movimentos de extensão (60º·s-1 e 180º·s-1) e flexão de joelhos (60º·s-1) (P < 0,05). Uma melhoria significante do desempenho nos testes de sentar e levantar cinco vezes e na força de preensão manual foi revelada no GT em comparação ao CON (P < 0,05). Uma redução na adiposidade corporal total, de pernas, de tronco e ginoide foi encontrada no GT (P < 0,05). Além disso, uma redução significante da gordura de tronco foi identificada no GT em comparação ao CON (P < 0,05). Ambos os grupos melhoraram a lipemia, ao passo que GT aumentou a glicose, embora sem aumento da Hba1c (P > 0,05). Não foram encontradas diferenças entre os tercis para a força muscular isoinercial e nos indicadores de aptidão funcional após o TR (P > 0,05). Somente os tercis MED e SUP melhoraram o desempenho nos testes de sentar e levantar cinco vezes e força de preensão manual em função do tempo (P < 0,05), contudo, sem diferenças entre eles e com o tercil INF (P > 0,05). Não houve diferenças significantes na adiposidade corporal total ou segmentar entre os tercis, embora um redução na gordura total, de pernas, tronco e ginoide tenha sido encontrada no tercil INF, ao passo que uma diminuição na gordura total e de tronco foi revelada no tercil MED (P < 0,05). Entretanto, nenhuma diferença significante na adiposidade corporal total ou segmentar foi identificada nas comparações com o tercil SUP. Não houve diferenças no perfil glicêmico e lipídico entre os tercis. Nossos resultados sugerem que a responsividade ao aumento da MM não parece influenciar o comportamento da força, aptidão funcional, adiposidade corporal e fatores de risco cardiovascular em mulheres idosas após um programa de 12 semanas de TR
Descrição
Palavras-chave
Treinamento de força, Hipertrofia, Capacidade funcional, Gordura regional, Biomarcadores sanguíneos, Treinamento resistido (TR), Força muscular