Convivendo com o diabetes mellitus em um distrito rural de Londrina-PR

Data

2010-11-08

Autores

Valentim, Silvana Aparecida

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Resumo

O Diabetes Mellitus (DM) configura-se como uma epidemia mundial, traduzindo-se em um grande desafio para os sistemas de saúde de todo o mundo. O envelhecimento da população, a urbanização crescente e a adoção de estilos de vida pouco saudáveis como sedentarismo, dieta inadequada e obesidade são os grandes responsáveis pelo aumento da incidência e prevalência dessa doença, com consequências humanas, sociais e econômicas devastadoras. Muitos dos portadores de DM têm complicações renais, visuais, vasculares, e demonstram muitas dificuldades em mudar hábitos de vida. Esta pesquisa, com delineamento qualitativo, tem o objetivo de verificar como o portador do Diabetes Mellitus convive com sua doença em um distrito rural de Londrina-PR. O estudo foi realizado no Distrito de Lerroville que se situa à distância de 54 km de Londrina e a população de estudo foi selecionada dentre os portadores de DM tipo 2 com idades entre 40 a 60 anos por meio do método de saturação de dados e coincidência de informações, utilizando-se do processo de entrevistas gravadas com perguntas norteadoras. A avaliação dos dados foi conduzida pelo enfoque da estrutura do fenômeno situado. Foram entrevistadas 12 pessoas portadoras de DM tipo 2, sendo 7 mulheres e 5 homens com variações de tempo de doença entre 3 a 26 anos. Dos resultados podemos considerar vinte subcategorias oriundas da interpretação dada aos relatos, enumeradas em três grandes categorias. Destaca-se que a vivência do DM em uma região rural, na primeira categoria, aponta facilidades como o acompanhamento da ESF, o apoio familiar, a plantação de verduras e legumes, o ambiente rural, a espiritualidade, a compreensão do sentido da vida. A segunda categoria revela diversas dificuldades do diabético entre elas algumas limitações: como a distância dos grandes centros de especialidades, o problema de falta de transporte e estradas. A terceira categoria revela as mudanças que ocorreram na alimentação, na adesão ao exercício físico e à terapia medicamentosa. A ruralidade dos endereços dos diabéticos e o seu modo de viver registram facilidades, dificuldades e agitam-se mudanças boas, outras nascidas do medo das perdas, das complicações e do medo de morrer. Considera-se que o diabético morador de uma área rural vivência sua doença entre as ambiguidades da própria existência e as necessidades da sua vida. E preciso encontrar parcerias multiprofissionais e educação permanente para que a ESF fortaleça-se e ampare com maior amplitude de ações o seu doente portador de DM.

Descrição

Palavras-chave

Diabetes Mellitus, Auto Cuidado, Hábitos de Vida, Distrito Rural

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