02 - Mestrado - Ciências da Saúde
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Item A maresina 2 reduz a dor nos modelos de carragenina, Adjuvante completo de Freund, vírus Chikungunya e sua proteína E2 em camundongos(2022-09-26) Souza, Julia Bagatim de; Verri Júnior, Waldiceu Aparecido; Ferraz, Camila Rodrigues; Fattori, VictorA resposta inflamatória é um mecanismo de defesa do organismo. A inflamação descontrolada pode causar lesões teciduais bem como efeitos crônicos, como a dor. A Maresina 2 (MaR2) é um mediador lipídico especializado em pró-resolução (SPM), derivado do ácido graxo ômega-3 que exibe efeitos anti-inflamatórios e pró-resolução. O objetivo deste estudo foi investigar o potencial efeito anti-inflamatório e analgésico da MaR2 em modelo de dor e inflamação induzidos pela carragenina e adjuvante completo de Freund (CFA). Nesse trabalho também foi avaliado o efeito da MaR2 em um modelo de dor articular induzido pelo vírus chikungunya inativado (CHIKVi) e sua proteína envelope recombinante, rE2. No primeiro conjunto de experimentos, foi avaliado o efeito do tratamento intratecal (i.t.) com a MaR2 sobre a hiperalgesia mecânica e térmica induzidas por estímulo intraplantar (i.pl.) com a carragenina e CFA . Num segundo conjunto de experimentos, foi avaliado o efeito da MaR2 via intraperitoneal (i.p.) sobre o recrutamento de leucócitos em um modelo de peritonite induzida pela carragenina. As células do peritônio também foram coletadas para determinar o efeito da MaR2 sobre o estresse oxidativo por fluorescência de 4,5-diaminofluoresceína diacetato (DAF-2DA) e 2,7-dihidrodiclorofluoresceína (DCF), e avaliar atividade antioxidante mediada pelo fator nuclear derivado de eritróide 2 (Nrf2) por imunofluorescência. Por fim, avaliamos o efeito da MaR2 (via i.p.) na hiperalgesia mecânica induzida pelo estímulo intraarticular com o CHIKVi e E2r. Os neurônios do gânglio da raiz dorsal (DRG) de camundongos naive foram coletados e processados para avaliação da ativação neuronal por influxo de cálcio. O tratamento com a MaR2 via intratecal foi capaz de reduzir a hiperalgesia mecânica e térmica induzida pela carragenina e CFA. A MaR2 i.t. também reduziu o recrutamento celular na pata dos animais estimulados com carragenina. O tratamento intraperitoneal com a MaR2 reduziu a contagem total e diferencial (polimorfonucleares e mononucleares) de leucócitos induzido pela carragenina (i.p.). O tratamento via i.p. com a MaR2 também reduziu a quantidade de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio induzidas pela carragenina, e esse mecanismo parece ser depende da ativação do fator nuclar antioxidadante Nrf2. O tratamento intraperitoneal com a MaR2 reduziu de maneira dose e tempo dependente a hiperalgesia mecânica induzida pelo vírus CHIKVi e sua proteína rE2. Por fim, a MaR2 (i.p.) diminuiu a ativação neuronal induzida pelo CHIKVi e rE2. De maneira geral, observamos que a MaR2, utilizada em diferentes vias de tratamento foi capaz de desempenhar um efeito anti-inflamatório, analgésico e antioxidante em baixas doses, demonstrando um potencial terapêutico para esse mediador lipídico.Item Achados endoscópicos de pacientes assintomáticos um ano após derivação gástrica em Y-de-Roux com bandagem para tratamento da obesidadeSpinosa, Sérgio Ricardo; Valezi, Antônio Carlos [Orientador]Resumo: Objetivo: o primeiro ano pós derivação gástrica em Y de Roux (DGYR) é o período mais crítico em termos de complicações pós-operatórias No pós-operatório tardio da DGYR a indicação da endoscopia digestiva alta (EDA) é controversa Alguns autores a indicam de rotina, outros seletivamente, mas nem todos os pacientes com alterações endoscópicas são sintomáticos e algumas alterações, mesmo que assintomáticas e tardias, são potencialmente graves, como as úlceras de boca anastomótica Os objetivos deste estudo são: avaliar os achados endoscópicos, correlacioná-los aos dados demográficos e presença de Helicobacter pylorii (Hp) Casuística e método: 715 pacientes assintomáticos foram prospectivamente submetidos à endoscopia digestiva alta de rotina no final do primeiro ano de pós-operatório Os achados destes exames foram avaliados quanto às alterações, prevalência e potencial de gravidade Os achados endoscópicos foram correlacionados ao gênero, faixa etária, Hp, categorias de índice de massa corpórea (IMC) e perda do excesso de peso (PEP) e avaliados com o teste de qui-quadrado ou o teste exato de Fisher, na dependência da distribuição dos dados Resultados: em 526 (73,5%) pacientes os achados foram normais, em 189 (26,5%) havia alteração à endoscopia digestiva alta Oitenta e quatro deles (11,7%) apresentaram alterações esofágicas, sendo 72 (1,1%) caracterizadas por esofagite e 12 (1,7%) por hérnia de hiato Quarenta e cinco pacientes (6,3%) apresentaram alterações do estômago e da anastomose, sendo 26 (3,6%) caracterizadas por úlcera de boca anastomótica, 9 (1,3%) por estenose da anastomose gastro-jejunal, 1 (1,4%) por extrusão do anel silicone e 72 (1,1%) por jejunite Houve correlação estatística significativa entre superobesidade extrusão do anel Conclusões: os achados endoscópicos de pacientes assintomáticos um ano após a derivação gástrica em Y-de-Roux com bandagem para tratamento da obesidade revelaram alteração em 26,5% dos pacientes, em 3,6% potencialmente graves Houve correlação estatística significativa entre superobesidade extrusão do anel Um quarto dos pacientes tiveram sua conduta modificada após a realização da endoscopia digestiva altaItem ACTH, lipoproteínas e cortisol salivar como marcadores da insuficiência suprarrenal em pacientes com choque sépticoFestti, Josiane; Carrilho, Alexandre José Faria [Orientador]; Barbosa, Décio Sabbatini; Fragoso, Maria Candida Barisson VillaresResumo: A sepse e o choque séptico são as principais causas de mortalidade em UTI Muitos pacientes em choque séptico evoluem com insuficiência suprarrenal, um diagnóstico difícil de ser determinado A realização do teste com ACTH sintético não é indicada rotineiramente, devido aos custos elevados e pouca praticidade O HDL colesterol é precursor na biossíntese do cortisol e estudos têm mostrado que baixos níveis de HDL colesterol estão associados a aumento de mortalidade na sepse Este estudo teve como objetivo avaliar se o HDL colesterol, o ACTH e o cortisol salivar são preditores de insuficiência suprarrenal no choque séptico O teste com ACTH sintético foi realizado em 34 pacientes nas primeiras 24 horas do choque séptico para determinar os pacientes respondedores e não respondedores Os valores de cortisol total, livre e salivar, HDL colesterol e ACTH foram comparados entre os grupos Não houve diferença significativa nos valores de HDL colesterol entre os pacientes respondedores e não respondedores (p=,418) O HDL colesterol não se mostrou preditor de insuficiência suprarrenal no choque sépticoItem Adaptação e validação da versão brasileira do questionário ‘PROactive physical activity in COPD – clinical visit’ (C-PPAC) para indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica(2022-06-23) Santana, André Vinicius; Pitta, Fábio de Oliveira; Deminice, Rafael; Furlanetto, Karina CoutoIntrodução: Indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) apresentam baixos níveis de atividade física na vida diária (AFVD). Considerando que o grau de redução do nível de AFVD é um aspecto importante da condição clínica dessa população, sua avaliação por meio de instrumentos adequados é fundamental. O ‘PROactive Physical Activity in COPD – clinical visit (C-PPAC) é um instrumento híbrido que uniu de forma ampla duas dimensões de avaliação da AFVD em indivíduos com DPOC: a quantidade de atividade física realizada na vida diária (avaliada por um acelerômetro), e a experiência de dificuldade relatada pelo indivíduo ao realizar essas atividades (avaliada como autorrelato por meio de um questionário). Porém, até o presente momento, não havia versão validada em Português Brasileiro deste questionário, o que limita o uso da ferramenta PROactive como um todo em indivíduos brasileiros com DPOC. Objetivo: O objetivo deste estudo foi adaptar e estudar a consistência interna, confiabilidade teste-reteste, concordância e validade de critério da versão em língua portuguesa do Brasil do C-PPAC para avaliação da experiência na realização de atividades físicas por indivíduos brasileiros com DPOC. Métodos: Para adaptação e validação, o protocolo indicado pelos autores do instrumento original e os guidelines de Beaton et al. foram aplicados em uma versão inicialmente desenvolvida em Português de Portugal por um grupo de pesquisa parceiro. A versão resultante em Português Brasileiro foi então aplicada duas vezes com um intervalo mínimo de sete dias em 30 indivíduos com DPOC (57% homens; VEF1 53±18%predito) para avaliar a consistência interna, reprodutibilidade teste-reteste, concordância e validade de critério. Os participantes também completaram o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), a escala Medical Research Council (MRC) e o Saint George's Respiratory Questionnaire para avaliar a validade de critério. Resultados: O C-PPAC mostrou excelente reprodutibilidade teste-reteste (coeficiente de correlação intraclasse 0.941 [intervalo de confiança 0.876 - 0.972]) e boa concordância pelo gráfico de Bland and Altman, além da excelente consistência interna (alfa de Cronbach 0.944). A validação de critério mostrou correlações moderadas a fortes com todos os outros instrumentos avaliados, especialmente o IPAQ (r= -0.63). Conclusão: A versão em Português Brasileiro do questionário ‘PROactive Physical Activity in COPD – visita clínica’ é um instrumento válido e confiável para avaliar a experiência de dificuldades dos indivíduos com DPOC durante suas atividades físicas na vida diáriaItem Análise comparativa das taxas de readmissão na unidade de terapia intensiva nos períodos anterior e posterior à implantação do time de resposta rápida no Hospital Universitário de LondrinaPaula, Raquel Bergamasco e; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho [Orientador]; Carrilho, Alexandre José Faria; Lavado, Edson LopesResumo: Introdução: O Comitê de indicadores de qualidade em terapia intensiva da Society of Critical Care Medicine, classificou a taxa de readmissão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nas primeiras 48 horas após a alta, como o principal indicador de qualidade em UTI Sinais de deterioração clínica são normalmente observados horas antes de um evento adverso grave, como parada cardiorrespiratória, readmissão não planejada na UTI e óbito, constituindo uma janela para intervenção terapêutica Com o objetivo de reconhecer e reverter essas situações de risco, times de resposta rápida (TRR), compostos por equipes multidisciplinares de profissionais capacitados para o atendimento fora da UTI, foram criados Objetivo: Descrever os vários aspectos relacionados às readmissões na UTI do Hospital Universitário de Londrina, e analisar o impacto da introdução o TRR sobre essas readmissões Métodos: Estudo de coorte longitudinal retrospectivo realizado nos períodos de janeiro a dezembro de 28 e de janeiro a dezembro de 21, no Hospital Universitário de Londrina, Paraná, Brasil Foram analisados todos os pacientes que receberam alta da UTI nesses períodos e que preencheram os critérios de inclusão Os dados analisados incluem variáveis demográficas, diagnósticos de admissão e readmissão e escores de prognóstico APACHE II, SOFA e TISS 28 Resultados: Durante os períodos analisados, 157 pacientes receberam alta da UTI, sendo 38 no período anterior à implantação do TRR e 48 posteriormente As taxas de readmissão foram similares nos dois períodos (3,7% e 3,3% respectivamente, p=,46) O escore TISS 28 no primeiro dia após a alta foi fator de risco independente para readmissão (OR 1,23; IC 95% 1,13-1,34; P<,1) A análise multivariada identificou as variáveis idade (OR 1,3; IC 95% 1,1-1,5; P<,1), SOFA da alta (OR 1,3; IC 95% 1,14-1,48; P<,1), TISS 28 no primeiro dia pós alta (OR 1,14; IC 95% 1,7 -1,21; P=,2) e tempo de espera para admissão na UTI (OR 1,13; IC 95% 1,5-1,22; P<,1) como fatores de risco independentes para morte Conclusões: Não houve diferença entre as taxas de readmissão na UTI do Hospital Universitário de Londrina nos anos de 28 e 21, após a implantação do TRR O escore TISS 28 no primeiro dia após a alta foi fator preditor para readmissãoItem Análise da espessura da coroide peripapilar em pacientes portadores de glaucoma de pressão normalBoin Filho, Plínio Angelo; Casella, Antonio Marcelo Barbante [Orientador]; Oguido, Ana Paula Miyagusko Taba; Fornazieri, Marco Aurélio; Lavinsky, Fábio [Coorientador]Resumo: Introdução: Com o advento de novas tecnologias como a Tomografia de Coerência Óptica swept-source é possível avaliar in vivo a coroide, o que traz novas perspectivas para entendermos a patogênese do glaucoma de pressão normal Objetivo: Comparar a espessura da coroide peripapilar entre pacientes controle e pacientes portadores de glaucoma de pressão normal utilizando a Tomografia de Coerência Óptica swept-source Métodos: Foi realizado um estudo caso-controle envolvendo 9 olhos de 45 pacientes com glaucoma de pressão normal e 52 olhos de 27 pacientes controle As imagens foram obtidas da cabeça do nervo óptico utilizando a tomografia de 1,5nm, após obtido B-scan de 3,4mm centrado na cabeça do nervo óptico foi realizada a segmentação automática da coroide definida como a distância entre a membrana de Bruch e a interface esclerocoroidal Resultados: Não havia diferença estatisticamente significante entre os grupos para idade, gênero e equivalente esférico Os grupos eram diferentes estatisticamente para espessura da camada de fibras nervosas, espessura corneana central e mean deviation do campo visual computadorizado A espessura da coroide peripapilar era mais fina no grupo de glaucoma de pressão normal em todos os quadrantes avaliados: superior (19,8 vs 141 µm, P=34), temporal (14,5 vs 13,4 µm, P=4), inferior (77,2 vs 16,9 µm, P=6) e nasal (95,9 vs 125,1 µm, P=14) Conclusão: Este estudo demonstrou que a espessura da coroide peripapilar da região superior, temporal, inferior e nasal foi significativamente mais fina em olhos com glaucoma de pressão normal quando comparados com indivíduos saudáveis A Tomografia de Coerência Óptica swept-source introduz uma nova geração de tomógrafo e o primeiro sistema que pode automaticamente mensurar a espessura da coroide e obter imagens de estruturas oculares mais profundas com qualidadeItem Análise das sobrevidas de enxertos e receptores de 188 transplantes renais realizados em Cascavel-PR, entre 1985-2001Peres, Luis Alberto Batista; Delfino, Vinicius Daher Alvares [Orientador]; Figueredo, Carlos Eduardo Poli de; Rodrigues, Marco Aurélio de FreitasResumo: Fundamentos: O transplante renal é considerado o melhor tratamento para a maioria dos renais crônicos, melhorando a sobrevida e a qualidade de vida destes pacientes, devolvendo-os ao setor produtivo, sendo, além disto, menos oneroso que os métodos dialíticos Objetivos: Analisar as sobrevidas de enxertos e de receptores, bem como a influência das variáveis tipo de doador, idade do receptor, tipo de imunossupressão, tempo em diálise, presença ou não de rejeição aguda (RA) e de necrose tubular aguda (NTA) nestas sobrevidas Métodos: Foram estudados os casos clínicos de 188 pacientes submetidos a transplantes renais realizados na cidade de Cascavel-PR, no período de setembro de 1985 a março de 21, nos dois Serviços de transplante renal existentes na cidade: Hospital Policlínica Cascavel e Hospital Nossa Senhora da Salete Calculou-se as sobrevidas de pacientes e de enxertos 1, 3 e 5 anos após o transplante, utilizando-se a Curva de Sobrevida de Kaplan-Meier, considerando-se todas as perdas ou censurando-se óbito com rim funcionante (ORF) na análise das sobrevidas dos enxertos Os receptores foram divididos em três grupos, de acordo com o tipo de doador: doador vivo idêntico (DVI); doador vivo não-idêntico (DVNI) e doador cadáver (DC) Quanto à idade, os receptores foram divididos em dois grupos: idade igual ou inferior a 4 anos e superior a 4 anos O esquema medicamentoso imunossupressor utilizado foi o duplo (azatioprina + prednisona) ou o tríplice (azatioprina + prednisona + ciclosporina) Quanto ao tempo em diálise, os pacientes foram classificados em dois grupos: tempo em diálise igual ou inferior a um ano e superior a um ano Quanto à presença ou não de RA, os pacientes foram divididos em dois grupos: com pelo menos um episódio de RA e sem RA Quanto à presença ou não de NTA, os pacientes foram divididos em dois grupos: com e sem NTA Foi realizada análise multivariada de sobrevida utilizando-se a Curva de Kaplan-Meier e o Modelo de Regressão de Cox para as variáveis citadas acima Resultados: As sobrevidas dos enxertos, incluindo-se todas as perdas, em 1, 3, e 5 anos foram, respectivamente, de 83,6%, 75,7% e 75,7% para o grupo de DVI, 85%, 75,1% e 56,3% para o grupo de DVNI e 58,7%, 52% e 44,2% para o grupo de DC As sobrevidas dos enxertos, censurando-se ORF, em 1, 3, e 5 anos foram, respectivamente, de 87,3%, 82,8% e 82,8% para o grupo de DVI, 89,5%, 84,3% e 72,5% para o grupo de DVNI e 75,2%, 75,2% e 71,3% para o grupo de DC As sobrevidas dos pacientes em 1, 3 e 5 anos foram, respectivamente, 94%, 89,6% e 89,6% para o grupo de DVI, 92,8%, 87% e 72% para o grupo de DVNI e 65%, 57,6% e 51,6% para o grupo de DC As variáveis que tiveram influência negativa nas sobrevidas dos enxertos, incluindo-se todas as perdas, foram idade do receptor > que 4 anos, presença de NTA e presença de RA As variáveis que tiveram influência negativa nas sobrevidas dos enxertos, censurando-se óbito com rim funcionante, foram a presença de NTA e a presença de RA As variáveis que tiveram influência negativa nas sobrevidas dos pacientes foram menor compatibilidade entre doador e receptor, idade maior que 4 anos e presença de NTADiscussão: As sobrevidas de pacientes e enxertos renais transplantados em Cascavel e a influência das variáveis estudadas estão em concordância com os dados da literatura Nossos dados sugerem que melhorias nestas sobrevidas podem vir a ser obtidas, na fase inicial dos transplantes, pela disponibilidade de novas drogas imunossupressoras, promovendo-se redução na incidência de rejeições agudas e, subseqüentemente, reduzindo-se a mortalidade por infecções secundárias à utilização de pulsoterapia esteróide para tratamento das mesmas A longo prazo, o pronto reconhecimento e o combate dos fatores de risco de doença cardiovascular poderão acarretar melhores sobrevidas para os receptores e seus enxertos renais Conclusão: As sobrevidas de pacientes e enxertos renais transplantados em Cascavel foram satisfatórias para a realidade regional e a disponibilidade de recursos à época dos transplantesItem Análise de componentes pré e intra-hospitalares do tempo de reperfusão em pacientes com infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento STRodrigues, Ricardo José; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho [Orientador]; Delfino, Vinicius Daher Alvares; Mangili, Otávio CelesteResumo: Introdução: O tempo decorrido entre o início dos sintomas e a terapia de reperfusão em pacientes com infarto do miocárdio com supra de ST (IAMCST) é um determinante fundamental da mortalidade Objetivos: Avaliar prospectivamente os componentes individuais pré e intra-hospitalares do tempo de reperfusão (TR) em pacientes com IAMCST consecutivamente atendidos no Hospital Universitário do Norte do Paraná durante o ano de 212 Métodos: Os registros médicos foram revisados para a determinação do tempo de reperfusão (TR), seus componentes principais (tempo de retardo do paciente - TRP e tempo retardo do sistema - TRS) e secundários, bem como as variáveis de acesso ao hospital de referência As respostas cognitivas foram avaliadas por meio de um questionário semiestruturado Resultados: Foram incluídos 5 pacientes, média de 59 anos (DP: 1,5), 64% do gênero masculino O TR foi de 43 minutos (ITQ: 315-75) O TRP foi de 45 minutos (ITQ: 3-14), 18,9% do TR O TRS foi de 319 minutos (ITQ: 22-615), 81,1% do TR Houve baixa utilização do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU): 23,5% Os pacientes atendidos em unidades intermediárias tiveram aumento significativo no TR (p: ,85) e a variável cognitiva “achei que não fosse sério” aumentou o TRP médio em 4 minutos (p: ,24) Conclusões: Em um hospital público terciário, o TR é superior ao recomendado por diretrizes nacionais e internacionais, principalmente devido ao aumento do TRS, negativamente influenciado pelo tempo gasto em unidades de atendimento intermediárias A baixa percepção de gravidade pelos pacientes aumentou o TRP Iniciativas como campanhas públicas de esclarecimento populacional e a otimização do fluxo de pacientes podem ter impacto benéfico sobre a redução do TRItem Análise de polimorfismos genéticos das enzimas de metabolização GSTM1, GSTT1 e NQO1 : possíveis implicações na suscetibilidade, prognóstico e resposta terapêutica a curto prazo do câncer de mamaCampos, Clodoaldo Zago; Mazzuco, Tânia Longo [Orientador]; Losi-Guembarovski, Roberta; Moreira, Estefânia Gastaldello; Mazzu, Tânia Longo [Coorientadora]Resumo: Câncer de mama, doença incomum antes dos 35 anos, mas de incidência crescente após esta idade, é a principal neoplasia entre as mulheres no mundo No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima para 214 o surgimento de 5712 novos casos com 13225 óbitos Durante a evolução, a espécie humana se tornou capaz de metabolizar um grande número de compostos químicos que podem causar danos à saúde O equilíbrio entre as taxas de absorção e eliminação destes compostos tem um papel importante na prevenção de danos no DNA e, consequentemente, no desenvolvimento tumoral Polimorfismos em enzimas que promovem conjugação, fundamentais na homeostasia celular, como as glutationa-S-transferases (GSTs), e seu papel na suscetibilidade a diversas neoplasias têm sido extensivamente investigados Dentre os genes desta superfamília mais investigados encontram-se GSTM1 e GSTT1, os quais são polimórficos por deleção As quinonas são uma classe de compostos orgânicos derivados de hidrocarbonetos aromáticos, encontradas em vários sistemas biológicos Envolvida no metabolismo das quinonas, a enzima NAD(P)H:quinonaoxidorredutase 1 (NQO1) é uma redutase que participa na proteção contra efeitos tóxicos de drogas anti-cancerígenas, realiza a ativação de certas quinonas antitumorais e está envolvida na defesa contra formas reativas de oxigênio O gene que codifica para esta enzima (NQO1) possui um polimorfismo genético de base única (C69T) (rs18566) que ocasiona a perda de sua função Como as enzimas codificadas pelos genes acima descritos são importantes para a homeostasia celular, torna-se claro que a ausência ou diminuição de suas atividades pode levar a um aumento na toxicidade e na suscetibilidade ao desenvolvimento de tumores malignos, como aqueles da mama Dentro deste contexto, este trabalho objetivou analisar mutações nos genes GSTM1, GSTT1 e NQO1 em pacientes com câncer de mama e em controles livres de neoplasia mamaria na busca por marcadores relacionados à suscetibilidade, prognóstico e resposta terapêutica Amostras de sangue periférico de 121 pacientes com diagnóstico confirmado e de 151 controles, tiveram seus DNAs genômicos extraídos e amplificados por reação em cadeia da polimerase (PCR) Multiplex ou seguida por análise do fragmento de restrição (RLFP) Os resultados foram analisados em gel de poliacrilamida 1% e corados com nitrato de prata A análise do estudo de associação foi realizada através do cálculo da Odds Ratio (OR), com Intervalo de Confiança a 95% (IC=95%) e para a comparação entre os parâmetros histopatológicos, clínicos, de prognóstico e terapia com os dados genéticos foram utilizados os testes Qui-Quadrado de Pearson e correlação de Spearman O estudo de associação caso-controle não indicou associações positivas ou negativas entre a presença das variantes polimórficas e a suscetibilidade ao câncer de mama Também não foram observadas diferenças nas distribuições genotípicas quando foram avaliados os parâmetros prognósticos (grau nuclear, tamanho de tumor, presença de metástase em linfonodo e/ou à distância e subtipos caracterizados segundo o perfil de imunohistoquímica) Adicionalmente, os parâmetros relacionados com resposta terapêutica (sobrevida e recidiva) também não demonstraram resultados significativos após um período de seguimento a curto prazo (18 meses) Deste modo, na amostra do presente trabalho, os genes GSTM1, GSTT1 e NQO1 não se mostraram candidatos a marcadores moleculares de suscetibilidade, prognóstico ou sobrevida no câncer de mamaItem Análise de polimorfismos nos genes CXCL12 e CXCR4 e da expressão protéica de CXCR4 em pacientes portadoras de câncer de mama triplo-negativoGuembarovski, Alda Fiorina Maria Losi; Reiche, Edna Maria Vissoci [Orientador]; Herrera, Ana Cristina da Silva do Amaral; Delfino, Vinicius Daher Alvares; Watanabe, Maria Angélica Ehara [Coorientadora]Resumo: O câncer de mama apresenta subtipos com diferentes aspectos histológicos, manifestações clínicas e variações de resposta ao tratamento Dentre estes subtipos, os tumores triplo-negativos (TN) são responsáveis por 1-2% dos cânceres de mama e são muito agressivos Caracterizam-se por possuir fenótipo de receptor de estrógeno (RE) e de progesterona (RP) negativos e fator de crescimento epidérmico humano 2 (HER2) negativo No aspecto da imunologia, o eixo constituído pela C-X-C quimiocina 12 (CXCL12) e o receptor de C-X-C quimiocina 4 (CXCR4) parece desempenhar um importante papel na disseminação de tumores sólidos, incluindo o câncer de mama O gene que codifica a quimiocina CXCL12 apresenta um polimorfismo (rs181157) que pode ter funções regulatórias importantes pelo aumento na concentração da quimiocina O gene que codifica para CXCR4 também apresenta uma mutação polimórfica (rs222814) que pode aumentar a suscetibilidade ao câncer de mama e a indução de metástases Dentro deste contexto, este trabalho teve como objetivos analisar estes polimorfismos em pacientes com câncer de mama TN e em controles livres de neoplasia, bem como a expressão protéica de CXCR4 em tecido tumoral e normal adjacente, na busca por marcadores para a carcinogênese mamária subtipo específica Os polimorfismos foram avaliados em 59 pacientes e 15 controles pelo método de reação em cadeia da polimerase e polimorfismo do comprimento dos fragmentos de restrição (PCR-RFLP), seguido de eletroforese em gel de poliacrilamida e coloração com prata A expressão do CXCR4 foi avaliada por imunohistoquímica (IHQ) em 37 amostras de tecido incluídos em parafina A análise estatística foi realizada pelo cálculo da Odds ratio (OR) com intervalo de confiança de 95% (IC95%), e pelos testes do Qui-Quadrado de Pearson, exato de Fisher e Correlação de Spearman através do programa estatístico SPSS (versão 2) Os resultados indicaram ausência de associação significativa entre os polimorfismos rs181157 no CXCL12 (homozigoto para o alelo variante: OR=2,63; IC95%=,51-13,39 e portador do alelo variante: OR=1,58; IC95%=,83-2,99) ers222814no CXCR4 (portador do alelo variante: OR=1,89; IC95%=,58-6,22) em relação ao câncer TN, mesmo quando foi realizada a análise combinada em ambos os genes de genótipos considerados de risco (OR=3,56; IC95%=,77-16,44) Quando foram considerados os parâmetros prognósticos, os resultados também não foram significativos em relação ao tamanho de tumor (CXCL12: p=,42; CXCR4: p=,925), metástase em linfonodo (CXCL12: p=,596; CXCR4: p=,516) e grau histológico (CXCL12: p=,192; CXCR4: p=,7)A análise pela IHQ demonstrou que a expressão de CXCR4 é mais citoplasmática do que em nível de membrana e que este receptor se expressou tanto no tecido normal quanto no tumoralPorém, sua expressão citoplasmática foi mais acentuada no tecido tumoral em relação ao tecido normal adjacente Assim sendo, os genes CXCL12 e CXCR4 não se mostraram candidatos a marcadores de suscetibilidade para o câncer de mama TN, apesar dos resultados terem indicado uma tendência ao alelo variante estar mais presente no grupo das pacientes, especialmente quando ambos os polimorfismos foram considerados de forma simultânea O fato de CXCR4 citoplasmático ter sido mais expresso no tecido tumoral em relação ao normal adjacente deve ser levado em consideração e reavaliado em amostras maiores de subtipos tumorais, pela importância prognóstica que pode representarItem Análise do fluxo sanguíneo cerebral e hipertensão intracraniana em pacientes críticos com hiperamonemia não hepáticaLarangeira, Alexandre Sanches; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho [Orientador]; Delfino, Vinicius Daher Alvares; Ferreira Filho, Olavo FrancoResumo: Introdução: A hiperamonemia é reconhecidamente uma causa de encefalopatia metabólica caracterizada por confusão e coma e, se não tratada, progride com hipertensão intracraniana, convulsões e morte O edema cerebral e a hipertensão intracraniana devem ser tratados em caráter de emergência e a eliminação de amônia deve ser facilitada A avaliação a beira leito das graves complicações da hiperamonemia não hepática de maneira não invasiva nos pacientes críticos é de grande valor, visto que os modos invasivos de monitorização da pressão intracraniana estão sujeitos a complicações graves como infecção, sangramentos e intercorrências durante o transporte do paciente grave Objetivo: Avaliar a associação entre níveis elevados de amonemia de origem não hepática e hipertensão intracraniana avaliada por dopplerfluxometria e medida da bainha de nervo optico Métodos: Estudo de coorte prospectivo em pacientes graves internados consecutivamente em Unidades de Terapia Intensiva geral (clínico-cirúrgica) e de queimados do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina entre março de 215 e fevereiro de 216 Foram calculados os escores APACHE II na admissão e diariamente o escore SOFA dos pacientes Também foram registrados a escala de coma de Glasgow, uso de sedação, uso de drogas vasoativas e a necessidade de terapia renal substitutiva Foram coletadas amostras para dosagem sérica de amônia e os primeiros 5 resultados consecutivos dos casos de hiperamonemia leve, moderada e grave foram submetidos a avaliação por doppler transcraniano Se o paciente pontuava menos que 8 na escala de coma de Glasgow, também era realizada a medida da bainha de nervo óptico Resultados: Não houve diferença significativa entre os pacientes que apresentaram ou não hiperamonemia no que se refere aos escores de gravidade iniciais como APACHE II e SOFA nem em relação à idade, gênero, uso de drogas vasoativas ou necessidade de terapia renal substitutiva Não houve diferença de velocidade de fluxo nas artérias cerebrais examinadas entre os pacientes com e sem hiperamonemia, nem entre os grupos de maior ou menor gravidade do distúrbio Os pacientes com hiperamonemia apresentaram maior tempo de internação em UTI O grupo com hiperamonemia grave apresentou espessura de bainha do nervo óptico significativamente maior que os pacientes com hiperamonemia leve e moderada O desfecho composto de escala de coma de Glasgow baixo e aumento de bainha do nervo óptico foi maior nos pacientes com hiperamonemia grave Foi observada maior mortalidade no grupo com hiperamonemia grave Conclusões: A hiperamonemia não hepática foi frequente e os pacientes eram graves com múltiplas disfunções orgânicas Houve associação de hiperamonemia grave e hipertensão intracraniana definida como um desfecho composto de escala de coma de Glasgow menor que 8 e aumento de bainha do nervo óptico Não foi encontrada correlação entre níveis de amônia e velocidade de fluxo sanguíneo cerebral ao exame de doppler A hiperamonemia grave se associou a maior mortalidadeItem Análise dos polimorfismos genéticos GSTM1 e GSTT1 em fumantes e nunca fumantesMelo, Luiz Gustavo Piccoli de; Nunes, Sandra Odebrecht Vargas [Orientador]; Barbosa, Décio Sabbatini; Oliveira, Karen Brajão de; Moreira, Estefânia Gastaldello; Maes, Michael; Guembarovski, Roberta Losi [Coorientadora]Resumo: Introdução: O transtorno do tabaco, além de ser a maior causa evitável de doença e morte prematura em todo o mundo, gera como consequência grande impacto econômico devido ao potencial de anos de vida perdidos, perda de produtividade e custos elevados com morte e saúde Além disso, sabe-se que o tabagismo é um dos principais fatores de risco para várias doenças crônicas, como doenças cardiovasculares, pulmonares e vários tipos de câncer Durante a evolução, a espécie humana tornou-se capaz de metabolizar um grande número de compostos químicos que podem causar danos à saúde O equilíbrio entre as taxas de absorção e eliminação destes compostos tem um papel importante na prevenção de danos ao DNA Polimorfismos nos genes que codificam enzimas que promovem conjugação, fundamentais na homeostasia celular, como as glutationa-S-transferases (GSTs) e seu papel na suscetibilidade a diversas doenças têm sido extensivamente investigados Dentre os genes desta superfamília mais estudados encontram-se GSTM1 e GSTT1, os quais são altamente polimórficos por deleção na população humana objetivo: O presente estudo teve como objetivo analisar a possível associação entre polimorfismos dos genes das glutationa-S-transferases (GSTs) GSTM1 e GSTT1 e o transtorno por uso de tabaco e a cessação do tabagismo entre fumantes e nunca fumantes da Universidade Estadual de Londrina Método: Foi realizado um estudo de associação do tipo caso controle em que foram selecionados 182 portadores do transtorno por uso de tabaco, recrutados do Centro de Referência de Abordagem e Tratamento do Tabagismo (CRATT), da Universidade Estadual de Londrina (UEL), e 182 nunca fumantes recrutados na mesma instituição A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UEL Os participantes foram submetidos a um questionário estruturado para avaliar as características sócio-demográficas, clínicas, doenças relacionadas ao uso do tabaco, tais como doença cardiovascular, câncer, diabetes e doenças pulmonar Foi avaliado o Índice de massa corpórea, bem como o uso de álcool, sedativos e história familiar de transtorno por uso de tabaco O diagnóstico de transtorno por uso de tabaco foi realizado por entrevista clínica estruturada, na versão clínica (SCD-1), baseada no DSM-IV A cessação do tabagismo foi avaliada utilizando monóxido de carbono exalado A partir do sangue periférico, os DNAs genômicos de pacientes e controles foram extraídos por Kit (Biometrix, Biopur, Curitiba, PR) e os polimorfismos genéticos foram avaliados através de Reação em cadeia da polimerase (PCR) Multiplex, segundo um protocolo padrão Foram feitas comparações utilizando análises univariadas e multivariadas Foram utilizadas as análises de Regressão Logística Binária e Multivariada Resultados: A análise de regressão logística mostrou uma associação significativa (efeito protetor) entre o transtorno do uso do tabaco e os polimorfismos dos genes GSTM1 e GSTT1, quando realizado o ajuste para anos de escolaridade, idade, sexo, estado civil e etnia Não houve associação significativa entre os polimorfismos GSTT1, GSTM1 e GSTT1/M1 e altas pontuações no teste de Fagerström para Dependência de Nicotina, idade de início do uso do tabaco, cessação do tabagismo após 52 semanas ou histórico familiar de tabagismo Pacientes com Transtorno por uso do Tabaco tinham mais doença cardiovascular, hipertensão, doenças pulmonares e uma história familiar de tabagismo, em comparação aos controles O genótipo nulo GSTT1 esteve associado com aumento do risco de hipertensão arterial Os resultados mostraram que o polimorfismo do gene GSTM1 e talvez do gene GSTT1 podem conferir proteção contra o transtorno por do uso do tabaco Conclusão: Os polimorfismos analisados nos genes das GSTs mostraram-se positivamente associados ao tabagismo (efeito protetor), mas não com a tentativa de cessação do tabaco Diante disso, descreve-se um novo paradigma que liga os efeitos periféricos dos genótipos nulos das GSTs (efeitos protetores) com os efeitos centrais dos polimorfismos genéticos dos genes responsáveis pelo circuito da recompensa relacionando-os com os efeitos fisiopatológicos do Transtorno por Uso do TabacoItem Análise histológica do uso do plasma rico em plaquetas (PRP) na integração de telas de polipropileno implantadas em mucosa vaginal de coelhasParizi, Natália Gomes; Almeida, Sílvio Henrique Maia de [Orientador]; Riccetto, Cássio Zanetti; Verri Junior, Waldiceu AparecidoResumo: Introdução: As telas de polipropileno vêm sendo utilizadas dentro da ginecologia na correção de defeitos do assoalho pélvico e incontinência urinária de esforço (IUE), entretanto ainda apresentam taxas significativas de complicações, provavelmente decorrentes de uma resposta inflamatória inadequada O plasma rico em plaquetas vem sendo empregado com sucesso em diversas áreas da Medicina, proporcionando um melhor processo de reparo de feridas, consequente à sua elevada quantidade de fatores de crescimento Objetivo: Estudar o efeito do recobrimento do gel de plasma rico em plaquetas (PRP) na integração de telas de polipropileno monofilamentar implantadas em mucosa vaginal de coelha Métodos: 3 coelhas adultas da raça White New Zealand, foram submetidas à cirurgia de implante da tela de polipropileno monofilamentar em suas vaginas, sendo que em 15 delas junto à tela se depositou plasma rico em plaquetas na forma de gel Estas coelhas foram dividas em 3 grupos de 1 coelhas (5 com e 5 sem PRP) eutanasiadas 7, 3 e 9 dias após a cirurgia para a extração da vagina e tela A avaliação do infiltrado inflamatório se deu através da contagem de células inflamatórias usando a coloração hematoxilina-eosina O depósito de colágeno tipo I e III foi avaliado através da coloração de Picro-Sirius Os resultados foram apresentados em mediana e intervalo interquartílico (P75-P25) e submetidos aos testes de Shapiro-Wilk e Levene, respectivamente Devido à violação da normalidade os dados foram tratados com testes não paramétricos Para as comparações entre os grupos com e sem PRP e entre os tempos de eutanásia foram empregados os testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis seguido do teste de múltiplas comparações proposto por Bonferroni P<,5 Resultados: Houve diferença significativa no número de células inflamatórias entre os grupos com e sem PRP após 3 dias O grupo com PRP apresentou contagem inferior de células inflamatórias comparado ao sem PRP Ocorreu aumento na produção de colágeno tipo III com o uso do PRP, após 9 dias Conclusão: Não houve alteração na resposta inflamatória aguda (7 dias) com o uso do PRP A contagem de células inflamatórias que aumentou significativamente no grupo sem o PRP após 3 dias, não se elevou no grupo com PRP, indicando redução da resposta inflamatória Houve aumento significativo de colágeno tipo III após 9 dias do estudoItem Análise morfoquantitativa de neurônios entéricos do jejuno de ratos submetidos a alterações nutricionais pós-natais por manipulação do tamanho da ninhada(2021-08-25) Bruniera, Beatriz Neves; Araújo, Eduardo José de Almeida; Moreira, Estefania Gastaldello; Miqueloto, Carlos AlbertoO estresse causado por extremos nutricionais pode influenciar qualquer período do desenvolvimento de ratos. Restringindo-se ao controle nervoso gastrointestinal, estudos demonstram que estes extremos podem impactar neurônios entéricos. No entanto, a literatura é frágil quanto às consequências para neurônios de ratos expostos a extremos nutricionais durante a lactação e que chegam à fase adulta. Assim, este trabalho avaliou os efeitos da subnutrição e supernutrição, induzidas por modelo de programação de ninhadas, sobre aspectos morfoquantitativos dos plexos mientérico e submucoso do jejuno de ratos Wistar adultos. Dezoito ratos Wistar (Rattus norvegicus) machos foram distribuídos em três grupos: ninhada normal (NN), formado por animais oriundos de prole com 5 filhotes/matriz; ninhada reduzida (NR), formado por animais oriundos de prole com 2 filhotes/matriz; e ninhada expandida (NE), formado por animais oriundos de prole com 8 filhotes/matriz. O jejuno foi coletado, pesado e teve seu comprimento e largura mensurados. Multiplicou-se comprimento e a largura para obter a área jejunal. Anéis de 1cm do jejuno foram microdissecados, visando obtenção de preparados totais contendo o plexo mientérico e a camada muscular e o plexo submucoso. Estes foram submetidos à técnica de imunofluorescência para marcação da população total de ambos plexos (HuC/D+) e as subpopulações nitrérgica (nNOS+) e colinérgica (HuC/D+/nNOS-) no plexo mientérico e, no plexo submucoso, as subpopulações foram marcadas com calretinina fortemente e fracamente (Calr+ ).Capturaram-se 32 imagens em fotomicroscópio de fluorescência na objetiva de 20x, resultando em uma área para análise de 0,0448 cm2 .Contou-se o número de neurônios da população total e subpopulações nesta área do jejuno e projetou-se esse número para toda a área do órgão, como fator de correção devido à variação nas dimensões provocada pelo experimento. Além disso, a área de 100 corpos celulares de neurônios da população total e subpopulações de ambos os plexos foi mensurada. Utilizou-se o teste Shapiro Wilk para avaliar a normalidade. O teste t de Student para amostras independentes foi utilizado para comparar dados com distribuição normal entre os grupos NRxNN e NExNN. Dados com distribuição livre, utilizou-se o teste Mann-Whitney. Para todos os testes o nível de significância considerado foi de 5%. Os resultados mostraram que ratos do grupo NR tinham massa corporal maior que a do controle. Não se observou diferença significativa na massa corporal entre os grupos NE e NN. A área do jejuno estava ampliada nos dois grupos experimentais quando comparados ao controle. Neurônios de ambos plexos entéricos não sofreram nenhuma alteração no número da população total e das subpopulações avaliadas. Quanto à morfometria, observou-se hipertrofia de neurônios mientéricos estimados como colinérgicos tanto no NR como no NE, quando comparados ao NN. Também houve hipertrofia de neurônios submucosos marcados fracamente em NR e NE e nos marcados fortemente com calretinina apenas em NE comparados a NN.Conclui-se que a subnutrição e supernutrição durante a lactação de ratos Wistar não provoca perda de neurônios entéricos no jejuno de animais adultos. No entanto, o estresse nutricional causa hipertrofia do corpo celular de neurônios mientéricos estimados como colinérgicos e também de neurônios submucosos marcados fracamente e fortemente com calretinina.Item Aspectos epidemiológicos de pacientes admitidos em centro especializado de tratamento de queimadurasQueiroz, Luiz Fernando Tibery; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho [Orientador]; Delfino, Vinicius Daher Alvares; Leonardi, Dilmar FranciscoResumo: Objetivo: Descrever os aspectos epidemiológicos dos pacientes vítimas de queimaduras e hospitalizados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Centro de Tratamento Queimados (CTQ) do Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná (HURNP) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) Métodos: Estudo longitudinal, retrospectivo, envolvendo pacientes admitidos na UTI do CTQ do HURNP, no período de janeiro de 21 a dezembro de 212 Foram coletados dados demográficos, dados de diagnóstico, diagnóstico da extensão e causas das queimaduras, presença de complicações, necessidade de intervenções cirúrgicas específicas, além dos dados para o cálculo dos escores APACHE II (AcutePhysiologyandChronic Health Evaluation), SOFA (SequentialOrganFailureAssessment), TISS-28 (TherapeuticIntervention Score System) e ABSI (AbbrevietedBurnSeverity Index) Os dados foram coletados na admissão do paciente, assim como diariamente e até a alta da UTI Foram analisados fatores de risco para morte e desempenho dos escores prognósticos para predizer mortalidade O nível de significânciaadotado foi de 5% Resultados: Foram analisados 293 pacientes no estudo, sendo 68,3% do gênero masculino, com mediana de idade de 38 anos (Intervalo interquatilico: 28-52), média de superfície corporal queimada de 26,6% ±18,5% Os acidentes domésticos foram mais frequentes e ocorreram em 53,9%casos, sendo o fogo a causa mais comum em 77,1% dos pacientes O álcool líquido foi o agente mais comum, aparecendo em 51,5% dos casosO ABSI apresentou mediana de 7 e área sob a curva ROC de ,89Na análise multivariada a idade(p<1), o gênero feminino(p=,2), a área de superfície corporal queimada (p<,1), a ventilação mecânica (p<,1) e a insuficiencia renal aguda (p<,1) foram fatores independentes associados com pior prognósticoA mortalidade na saída da UTI foi de 32,8% e a mortalidade hospitalar de 34,1% Conclusão: A queimadura acometeu mais frequentemente homens adultos jovens em nosso estudo A causa mais comum foi a chama direta, sendo o álcool líquido o agente acelerante mais frequente Os pacientes apresentaram média de superfície corporal queimada elevadaeforamconsideradosgrandes queimados na maior parte da amostra O escore ABSI apresentou o melhor desempenho em discriminar não sobreviventes A taxa de mortalidade hospitalar foi elevadaItem Aspectos epidemiológicos de síndrome do desconforto respiratório agudo em unidade de terapia intensiva de um centro de tratamento de queimadosSilva, Lais Magalhães Carvalho Santos; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho [Orientador]; Carrilho, Alexandre José Faria; Lavado, Edson LopesResumo: Introdução: A Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) é uma síndrome heterogênea de mecanismos patológicos complexos que afeta comumente pacientes criticamente enfermos e está associada a altas taxas de mortalidade e alto custo de tratamento Queimaduras são lesões teciduais que podem ser causadas por diversos agentes e que levam a um quadro de reação inflamatória sistêmica A SDRA pode se apresentar como uma complicação da queimadura e pode representar um fator de piora no prognóstico Objetivo: Avaliar perfil epidemiológico da SDRA em pacientes adultos graves internados na unidade de terapia intensiva (UTI) de um centro de tratamento de queimados (CTQ) em hospital universitário Métodos: Estudo de coorte prospectiva realizado na UTI do CTQ no período de janeiro a dezembro de 212 Os dados foram coletados com base nos registros de prontuário dos pacientes e no banco de registros de dados do CTQ Foram coletados dados demográficos, diagnósticos, escores prognósticos, dados sobre etiologia, extensão e profundidade das queimaduras Também foram anotados dados sobre fatores de risco para o desenvolvimento de SDRA e para a morte Os dados foram analisados nos programas MedCalc 932 e SPSS 21, e o nível de significância utilizado foi de 5% Resultados: Um total de 85 registros de pacientes foram inseridos no estudo Os pacientes tinham 41,7 (DP = 15,7) anos de idade, 71,8% eram do gênero masculino e apresentavam em média 28,3% (DP = 19,1%) da superfície corporal queimada, sendo que 35,3% tinham lesão inalatória A maior parte dos pacientes teve queimadura por acidente com fogo, sendo o álcool o agente acelerante mais comum Suporte ventilatório invasivo foi necessário em 51,8% dos pacientes durante a internação na UTI SDRA foi diagnosticada em 63,6% dos pacientes em ventilação mecânica invasiva Na análise multivariada, a presença de lesão inalatória foi o fator de risco independente identificado para a ocorrência de SDRA (RPaj = 1,233; IC 95% 1,32 – 1,474; P = ,21) A mortalidade no desfecho da UTI foi maior para os pacientes com diagnóstico de SDRA (71,4%), comparada aos pacientes sem SDRA (19,3%, P < ,1) Na análise multivariada o fator de risco detectado para o desfecho morte hospitalar foi a superfície corporal queimada (RPaj = 1,5; IC 95% = 1,1 – 1,8; P = ,6) O Abbreviated Burn Severity Index (ABSI) apresentou área sob a curva ROC de ,9 Conclusões: SDRA é uma complicação comum em pacientes queimados admitidos em unidade de terapia intensiva especializada A presença de lesão inalatória foi fator de risco independente para SDRA A mortalidade encontrada nos pacientes do estudo foi elevada e provavelmente multifatorial O escore ABSI foi o indicador prognóstico com melhor desempenhoItem Associação da doença aterosclerótica carotídea com a incontinência urinária de esforço em mulheres(2023-10-25) Mauro, Daniel Miguel; Almeida, Sílvio Henrique Maia de; Rodrigues, Marco Aurélio de Freitas; Fornazieri, Marco AurélioObjetivo: Avaliar a associação entre o aumento da espessura mediointimal e a placa carotídea de origem aterosclerótica com a incontinência urinária de esforço em mulheres. Materiais e métodos: Estudo caso controle com mulheres entre 30 e 70 anos com o diagnóstico prévio de incontinência urinária de esforço diagnosticas através do International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form. Estas foram submetidas a avaliação clínica com ênfase na realização da ultrassonografia carotídea para avaliação do espessamento médio intimal e pesquisa de placa aterosclerótica. As pacientes foram alocadas dois grupos, com incontinência urinária de esforço e pacientes continentes. A placa carotídea ateromatosa foi definida como uma estrutura focal estendendo-se no mínimo 0,5 mm para a luz do vaso, e/ou medindo mais do que 50% do valor da medida da espessamento médio intimal adjacente, e/ou ainda uma medida do espessamento médio intimal maior que 1,5 mm. A análise estatística considera como p<0,05 como significante e com intervalo de confiança (IC) de 95%. Resultados: Setenta pacientes foram avaliadas pelo estudo. Não houve diferença estatística entre as características demográficas e clínicas dos grupos. Do grupo amostral, trinta e quatro (48,6%) das pacientes apresentavam placa carotídea (p <0,001) e quarenta e dois (60%) encontravam-se com aumento do espessamento médio intimal espessamento médio intimal) (p <0,001). Vinte e seis (74,3%) pacientes portadoras de IUE apresentavam placa carotídea, em 22,8% estimou-se estenose 31-40% da circunferência carotídea enquanto 22,9% das pacientes sem incontinência urinária apresentavam placa carotídea. Trinta pacientes 85,% das pacientes com incontinência urinária apresentavam aumento do espessamento médio intimal enquanto 12 pacientes 34,3% do grupo continente apresentavam aumento da espessura médio intimal. A análise multivariada através da regressão logística binomial confirmou esses resultados (razão de chances = 7,9; IC 95% (2,15 – 29,4); p= 0,002. Conclusão: A prevalência da placa aterosclerótica durante avaliação ultrassonográfica em mulheres com incontinência urinária de esforço foi significativamente maior do que no grupo controle com razão de chances de 7,9 vezes em relação ao grupo continente. Contudo, por se tratar de uma amostra reduzida e de conveniência, mais estudos são necessários para maior correlação entre a aterosclerose, a placa carotídea e a incontinência urinária de esforço.Item Associação do polimorfismo genético do fator de necrose tumoral (TNF) BETA +252 G>A (rs909253) com os níveis plasmáticos de TNF-ALFA e com autoanticorpos em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico em atividadeSekiguchi, Bruno Alexandre; Dichi, Isaías [Orientador]; Reiche, Edna Maria Vissoci; Cazarin, Sayonara Rangel Oliveira; Simão, Andréa Name Colado [Coorientadora]Resumo: Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune inflamatória crônica de origem multifatorial cuja etiologia inclui fatores genéticos, hormonais e ambientais Os genes do Fator de Necrose Tumoral (TNF)-a e TNF-ß são candidatos importantes na resposta inflamatória, estão próximos entre si e localizados dentro do locus que compõem o Antígeno Leucocitário Humano de classe III que está localizado no braço curto do cromossomo 6 A fisiopatologia do LES caracteriza-se pela produção de autoanticorpos contra inúmeras estruturas nucleares O polimorfismo TNF-ß (rs99253) na posição +252 no primeiro intron, consistindo de uma base guanina, caracteriza o alelo B1 e uma adenina caracteriza o alelo B2 +252 G>A Esse polimorfismo de nucleotídeo único que tem sido associado com alterações nos níveis de TNF-a e falha na regulação de sua síntese, em locais de lesão imunológica, leva à ativação crônica das células da resposta imunes que potencialmente causam dano tecidual Objetivo: Avaliar a associação entre o polimorfismo TNF-ß +252 G>A (rs99253) com a susceptibilidade ao LES, níveis plasmáticos de TNF-a e a presença de autoanticorpos em pacientes com LES em atividade Método: Este estudo caso-controle incluiu 195 pacientes com LES atendidos pelo Ambulatório de Reumatologia do Hospital Universitário de Londrina e 226 indivíduos saudáveis (controles) da mesma área geográfica Os pacientes foram diagnosticados de acordo com os critérios propostos pelo Colégio Americano de Reumatologia em 1997 A atividade da doença foi determinada utilizando o escore SLEDAI e foi considerada doença em atividade quando SLEDAI =6 O polimorfismo genético foi estudado pelo método de reação em cadeia da polimerase seguido pelo polimorfismo do comprimento dos fragmentos de restrição (PCR-RFLP) Os níveis plasmáticos de TNF-a e dos autoanticorpos, anti-dsDNA (DNA de dupla fita), anti-SSA/Ro, anti-SSB/La, anti-Smith (anti-Sm), anti-URNP e anti-nucleossoma, foram determinados pelo ensaio de imunoabsorção ligado em enzima Os níveis séricos dos componentes C3 e C4 do sistema complemento foram determinados por turbidimetria Resultados: Não foram observadas diferenças entre pacientes e controles na frequência alélica e na distribuição de genótipos quando avaliados nos modelo aditivo e modelo recessivo Pacientes com genótipo B2/B2 apresentaram maiores níveis plasmáticos de TNF-a (p=,4) quando comparados ao grupo com a presença do alelo B1 No entanto, após a correção para idade, sexo, índice de massa corpórea (IMC), tratamento e atividade da doença, os níveis de TNF-a não permaneceram associados ao genótipo B2/B2 Somente pacientes portadores de genótipo B2/B2 com doença em atividade apresentaram níveis mais elevados de anti-dsDNA e anti-Sm e baixos níveis de C4, independentemente dos dados demográficos, clínicos e laboratoriais Além disso, pacientes com genótipo B2/B2 e com a presença de anti-dsDNA (OR:4,5, IC 95%: 1,61-12,54), anti-Sm (OR:16,87, IC 95%: 1,97-44,38) ou ambos (OR:12,23, IC 95%: 1,4-46,86), foram independetemente associados a doença em atividade, independentemente dos dados demográficos e clínicos Conclusão: O polimorfismo do TNF-ß +252 G>A não foi associado à susceptibilidade ao LES, à atividade da doença e aos níveis plasmáticos de TNF-a e autoanticorpos em pacientes com LES No entanto, a interação entre doença em ativa e a presença do genótipo B2/B2 foi associada com os níveis de anti-dsDNA e anti-SmItem Associação entre a aterosclerose e o espessamento mediointimal carotídeos e os sintomas do trato urinário inferior em pacientes com síndrome metabólicaSchimit, Gustavo Teixeira Fulton; Almeida, Sílvio Henrique Maia de [Orientador]Resumo: Objetivo: avaliar a associação entre o aumento da espessura mediointimal (EMI) e a placa carotídea (PC) de origem aterosclerótica com os sintomas do trato urinário inferior (STUI) bem como da síndrome da bexiga hiperativa idiopática (SBHI) em pacientes com síndrome metabólica (SM) Materiais e métodos: participaram do estudo homens e mulheres com idade entre 4 e 75 anos, com diagnóstico de SM Estes foram submetidos a uma consulta médica e responderam a questionários para o cálculo dos escores: OAB-V8, ICIQ-SF, IPSS e IPSS s, utilizados para avaliar os sintomas urinários, sendo divididos em grupos de acordo com os resultados Em seguida foram submetidos à ultrassonografia (USG) de artérias carótidas A análise estatística foi realizada considerando p < ,5 como significante e com intervalo de confiança (IC) de 95% Resultados: sessenta pacientes com SM, 15 (25%) homens e 45 (75%) mulheres foram avaliados Destes, 38 (64%) pacientes apresentavam PC ou EMI aumentada A razão de prevalência de alterações ao USG de carótidas nos pacientes com sintomas moderados a graves sobre os pacientes com sintomas leves segundo o IPSS foi de 1,5 (p = ,356) O grupo de pacientes com sintomas moderados a graves também apresentavam idade significativamente maior (p = ,49) Nas demais análises, as avaliações da EMI, grau de estenose, presença de doença aterosclerótica e EMI aumentada não demonstraram diferenças significantes entre os grupos de pacientes com STUI leves dos com sintomas moderados a graves e dos grupos de pacientes com e sem o diagnóstico clínico de SBHI bem como a gravidade de seus sintomas Conclusão: a prevalência de alterações à USG de carótidas nos pacientes com sintomas moderados a graves foi significativamente maior sobre os pacientes com sintomas leves O grupo de pacientes com sintomas moderados a graves apresentaram idade significativamente maior Nas demais análises realizadas, o aumento da EMI ou a presença de PC não demonstraram associação com a presença de STUI ou de SBHI em pacientes com SMItem Associação entre o polimorfismo genético NcoI (rs909253) do fator de necrose tumoral beta e marcadores inflamatórios e metabólicos e o prognóstico em pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico atendidos em um hospital universitárioParreira, Johnathan de Sousa; Kaimen-Maciel, Damacio Ramón [Orientador]; Oliveira, Karen Brajão de; Souza, Mônica Marcos de; Reiche, Edna Maria Vissoci [Coorientadora]Resumo: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo, causando um forte impacto econômico e social Várias vias fisiológicas, como o metabolismo lipídico, resposta inflamatória crônica, coagulação e hemostasia, regulação da pressão sanguínea e adesão celular têm sido implicadas na fisiopatologia do AVC e polimorfismos em genes que codificam moléculas envolvidas nestas vias representam importantes fatores para a patogênese e curso clínico do AVC Entretanto, os resultados prévios são contraditórios e não devem ser generalizados para a população brasileira, geneticamente uma das mais heterogêneas do mundo O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre o polimorfismo genético NcoI (A252G, rs99253) do gene fator de necrose tumoral beta (TNFB) e marcadores inflamatórios, metabólicos e o prognóstico em pacientes com AVC isquêmico agudo da população brasileira O estudo incluiu 93 pacientes e 134 indivíduos saudáveis controlados por idade, sexo, etnia e índice de massa corpórea (IMC) A capacidade funcional dos pacientes com AVC foi avaliada no momento da admissão hospitalar pela Escala de Rankin Modificada O subtipo de AVC isquêmico foi classificado segundo os critérios de TOAST Amostras de sangue periférico foram coletadas em até 24 horas após o diagnóstico de AVC para a realização da genotipagem do polimorfismo NcoI do TNFB e determinação dos marcadores inflamatórios e metabólicos A análise do polimorfismo NcoI foi realizada pela técnica de PCR-RFLP, utilizando-se a enzima de restrição NcoI Os marcadores inflamatórios avaliados foram: contagem de leucócitos periféricos totais e plaquetas, velocidade de hemossedimentação (VHS), níveis séricos de proteína C reativa ultrassensível (usPCR), ferritina, níveis plasmáticos de interleucina 6 (IL-6) e fator de necrose tumoral alfa (TNFA) Os marcadores metabólicos foram: níveis séricos de ferro, colesterol total, lipoproteína de alta densidade (HDL) colesterol, lipoproteína de baixa densidade (LDL) colesterol, triglicerídeos e níveis plasmáticos de glicose e insulina O índice de resistência à insulina foi determinado pelo modelo de avaliação da homeostase - resistência à insulina (HOMA-IR) Entre os pacientes, 57,% eram homens e 43,% eram mulheres, a mediana de idade foi 65 [interquartil 25%-75% (IQR): 56,-75,] e a mediana de IMC foi 25,4 kg/m2 (IQR: 21,9 - 29,4) A frequência de hipertensão, sedentarismo e dislipidemia foi maior entre os pacientes que os controles (p<,1) Pacientes com AVC apresentaram valores mais elevados de leucócitos totais, usPCR, ferritina, glicose e HOMA-IR (p<,1), VHS e insulina (p<,1) e menores níveis de HDL-colesterol (p<,1) comparados aos controles O subtipo de AVC isquêmico agudo de aterosclerose de grandes artérias foi diagnosticado em 28,% dos pacientes, infarto lacunar em 23,7%, infarto cardioembólico em 13,9%, outras etiologias em 8,6% e etiologia indeterminada em 25,8% Entre os pacientes com AVC, a frequência dos genótipos TNFB1/B1, TNFB1/B2 e TNFB2/B2 foi de 9,7%, 46,2%, 44,1%, respectivamente; dos alelos TNFB1 e TNFB2 foi de ,328 e ,672, respectivamente, sem apresentar diferença significativa entre os pacientes e controles (p>,5) Entretanto, os pacientes portadores do genótipo TNFB2/B2, comparados aos que possuíam outros genótipos, apresentaram maiores níveis dos marcadores inflamatórios TNFA e leucócitos periféricos e dos marcadores metabólicos ferro sérico, colesterol total, LDL colesterol, glicemia, insulina e HOMA-IR (p<,5) Verificou-se uma correlação positiva entre os níveis de leucócitos, IL-6, usPCR e VHS e negativa entre os níveis de ferro com o grau de incapacidade dos pacientes (p<,5) obtidos na admissão dos mesmos Os resultados mostram que o polimorfismo NcoI do TNFB não está associado, por si só, com o desenvolvimento e evolução do AVC isquêmico agudo nesta população; no entanto, o genótipo TNFB2/B2 está associado com maior resposta inflamatória e alterações metabólicas que aumentam a chance de ocorrência do AVC Os resultados confirmam a intensa reação inflamatória e alterações metabólicas associadas ao AVC isquêmico agudo Desta forma, esta variante genômica pode interagir com outros fatores genéticos e ambientais criando um perfil favorável que contribua para o desenvolvimento e evolução do AVC