01 - Doutorado - Educação Física

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    Valores de referência de variáveis isocinéticas de flexores e extensores de tronco e relação com testes físicos de mulheres assintomáticas entre 20 e 49 anos
    Bela, Laís Faganello Dela; Cardoso, Jefferson Rosa [Orientador]; Brasileiro, Jamilson Simões; Costa, Viviane de Souza Pinho; Moura, Felipe Arruda; Ronque, Enio Ricardo Vaz
    Resumo: A dinamometria isocinética é considerada padrão ouro para avaliação de desempenho muscular, no entanto, envolve um alto custo e complexidade em sua aplicação Esse estudo teve como objetivo estabelecer valores de referência para variáveis isocinéticas de flexores e extensores de tronco e relacioná-las com testes físicos de mulheres assintomáticas entre 2 e 49 anos Foram avaliadas 143 mulheres, divididas em 3 grupos etários (G2-29, G3-39 e G4-49), utilizando o dinamômetro isocinético (módulo: seated compressed) com uma amplitude total de 6 o (4 o de flexão e 2 o de extensão) nas velocidades de 6, 9 e 12 o/s Ainda, foram realizados a eletromiografia de superfície nos músculos reto abdominal, oblíquos externos e eretores espinhais e testes físicos Sorensen e abdominais por minuto As análises foram realizadas considerando as fases da contração isocinética (fase de aceleração, fase de isocinetismo e fase de desaceleração, normalizadas pela amplitude de movimento) Para as variáveis isocinéticas, não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos, assim uma média geral foi proposta para o pico de torque em extensão (PT_EXTENSÃO) (6 o/s: 18,13 Nm (DP = 53,15); 9 o/s: 175,11 (5,62) e 12 o/s: 173,29 (51,1)), pico de toque em flexão (PT_FLEXÃO) (6 o/s: 111,68 (31,77); 9 o/s: 15,67 (3,78) e 12 o/s: 98,69 (28,7)), pico de torque em flexão normalizado pela massa corporal (PT_FLEXÃO_NORM) (6 o/s: 1,84 (,56); 9 o/s: 1,73 (,53) e 12 o/s: 1,62 (,5)), pico de torque em extensão normalizado pela massa corporal (PT_EXTENSÃO_NORM) (6 o/s: 2,95 (,85); 9 o/s: 2,87 (,84) e 12 o/s: 2,82 (,81)) e relação agonista/antagonista (RELAÇÃO AGO/ANT) para 6 o/s: ,71 (,45); 9 o/s: ,69 (,43) e 12 o/s: ,58 (,41) Para a comparação entre as velocidades dentro do mesmo grupo foram encontradas diferenças para o PT_FLEXÃO no G2-29 (todas as velocidades), G3-39 (6-12 o/s e 9-12 o/s) e G4-49 (6-12 o/s) PT_FLEXÃO_NORM no G3_39 entre as velocidades de 6-12 o/s (P = ,1) e RELAÇÃO AGO/ANT no G2-29 (6-12 o/s) Para a porcentagem de ativação muscular, não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os músculos do lado direito e esquerdo do tronco Assim, foram apresentados apenas os resultados das diferenças na flexão para o oblíquo externo direito (OED) no grupo G2-29, G3-39 e G4-49 entre as velocidades 6-12 o/s (P = ,1) e 12-9 o/s (P = ,1) Para o reto abdominal direito (RAD), no G2-29 entre as velocidades 6-9 o/s (P = ,31) e G4-49 entre as velocidades 12-9 o/s (P = ,1), para eretor espinhal direito (EED), foram encontradas diferenças entre todas as velocidades (P < ,5) Quando realizada a comparação durante a extensão, foram encontradas diferenças para o OED entre todas as velocidades no G2-29 (P < ,5), no G3-39 e G4-49 (P < ,5) nas velocidades 6-9 o/s (P = ,1) e 6-12 o/s (P = ,1) Para o RAD, no G2-29 entre as velocidades 6-9 o/s (P = ,1), 6-12 o/s (P = ,1), no G3-39 nas velocidades 6-12 o/s (P = ,1) e 12-9 o/s (P = ,1) e no G4-49 apenas para 6-12 o/s (P = ,1) Para o EED, não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre as velocidades Foram encontradas correlações com significância entre os testes de abdominais por minuto e o trabalho total na velocidade de 9 o/s: (r = ,18) e 12 o/s (r = ,25) e potência em 12 o/s (r = ,25), ambos durante o movimento de flexão Assim, considerando a interação dessas variáveis com o IMC e a idade foram elaboradas equações específicas Dessa maneira, esse estudo apresentou valores de referência para variáveis isocinéticas e elaborou equações para predizer variáveis da avaliação isocinética (trabalho total e potência) por meio do teste de abdominais por minuto que envolve um baixo custo e complexidade de execução
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    Preditores ecológicos da atividade física nas capitais brasileiras : 2006-2016
    Cavazzotto, Timothy Gustavo; Serassuelo Junior, Hélio [Orientador]; Ronque, Enio Ricardo Vaz; Oliveira, Arli Ramos de; Fernandes, Rômulo Araújo; Guedes, Dartagnan Pinto
    Resumo: A prática insuficiente de atividade física (AF) e tempo sedentário ininterrupto são fatores de risco para doenças graves não transmissíveis, morbidade e mortalidade prematura, com alto nível de evidência Comparativamente, o conhecimento sobre os determinantes mais importantes e modificáveis destes comportamentos é ainda frágil e questionável A AF pode ser modulada por multifatores em diferentes níveis de observação, que variam de escalas microbiológicas até ecológicas, o que gera uma certa dificuldade na compreensão integral dos possíveis determinantes Isoladamente, os principais resultados, características de ambiente construído, criminalidade, aspectos motivacionais, características biológicas e genéticas, são correlatos e determinantes da AF Contudo, a compreensão integral que permite explorar as interações entre os determinantes é inviabilizada nos atuais modelos analíticos empregados Portanto, o objetivo do presente estudo foi elaborar um modelo ecológico com capacidade de predição integrativa da atividade física e comportamento sedentário de adultos nas capitais brasileiras entre 26-216 Em segundo plano, três modelos preditivos foram comparados, um modelo ecológico linear, um modelo logístico e um modelo de Rede Bayesiana O modelo final foi obtido a partir do melhor resultado preditivo, caracterizado por análises de acurácia e precisão Para isso, foram empregados bancos de dados nacionais disponíveis online, totalizando 47 macropreditores e 18 micropreditores e categorizadas em oito subclasses: Ambiente construído; Clima; Política; Social; Demográficos; Nutrição; e duas subclasses de desfechos Atividade física (quatro variáveis); Comportamento Sedentário (duas variáveis) Do total de 572477 sujeitos, após limpeza dos sujeitos com dados incorretos ou ausentes e retirada dos idosos (sujeitos com idade autorrelatada acima de 6 anos) a amostra final foi composta por 393648 adultos residentes nas capitais brasileiras, participantes da pesquisa VIGITEL entre 26 e 216 Estes dados foram harmonizados e analisados no software R utilizando pacotes específicos O modelo linear foi obtido pela aplicação de uma regressão linear hierárquica O modelo logístico foi obtido pela aplicação de regressão logística para amostras complexas E a modelagem de Rede Bayesiana foi aplicada utilizando os pacotes “bnlearn” no software R Todo o procedimento foi validado por métodos de reamostragens (“Bootstraping”) Os três modelos foram operacionalizados para gerar resultados preditivos para cada desfecho De modo geral, homens atenderam a recomendação para AF no tempo livre com prevalência 5% maior que as mulheres no período Contudo, ambos os sexos apresentaram aumento no período, cerca de 3,5% ao ano Em relação a disparidade entre os sexos, as mulheres apresentaram prevalência 4% maior para realização de atividade domiciliar A capital com maior prevalência de adultos completando 15 minutos de atividade física no tempo livre foi Brasília (32% de prevalência), e a menor São Paulo (11% prevalência) Resultados alarmantes mostraram que há uma diferença expressiva no investimento em esporte e lazer com variação entre R$ , e R$ 117, anuais por pessoa Entretanto, de modo geral este investimento cresceu 76% no período, demonstrando a preocupação crescente com as estratégias preventivas para saúde da população Em relação aos modelos preditivos, os modelos linear e logístico apresentaram desempenho preditivo menor que o modelo de rede, contudo, apresentaram maior volume de variáveis preditoras significativas para cada desfecho O modelo final, portanto, foi composto pelo modelo de Rede Bayesiana Sexo, região e consumo regular de frutas foram os preditores proximais da atividade física no tempo livre Em nível distal ou indireto, a AF no tempo livre foi ainda influenciada por: expectativa de vida de homens; proporção de mulheres; ocupados na área de atividade física; cobertura das estratégias de atenção básica; número de famílias com uma a dois salários mínimos; ano; consumo regular de hortaliças Os demais desfechos foram preditos especialmente por fatores individuais (micropreditores) Criminalidade apresentou relação indireta com a AF para mulheres controlado pelo aumento no número de profissionais atuantes na área de AF, esporte e lazer A umidade relativa do ar elevada é uma barreira nas regiões mais úmidas e nas regiões mais secas estimula a pratica regular de AF Para os homens, cidades com maior expectativa de vida ao nascer apresentaram maiores probabililidades de prática de AF Maior cobertura do SUS, e proporção de famílias com renda entre um a dois salários mínimos proprociona maiores probabilidades de AF tempo livre apenas nas regiões mais pobres do país O modelo de rede proporcionou uma visão ampla e interativa dos preditores da atividade física no tempo livre
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    Efeito da redução de volume de treinamento resistido sobre a força muscular, composição corporal e biomarcadores sanguíneos em mulheres idosas treinadas
    Antunes, Melissa; Cyrino, Edilson Serpeloni [Orientador]; Teixeira, Denilson de Castro; Romanzini, Marcelo; Gobbo, Luís Alberto; Orsatti, Fábio Lera; Ohara, David [Coorientador]
    Resumo: O objetivo deste estudo foi analisar o efeito de diferentes reduções no número de séries em programa de treinamento resistido (TR) sobre a força muscular, composição corporal e biomarcadores sanguíneos em mulheres idosas treinadas Cinquenta mulheres (= 6 anos), após serem treinadas durante 2 semanas em programa de TR composto por três séries por exercício, foram submetidas a oito semanas de treinamento em uma série (G1S = 17), duas séries (G2S = 17) ou três séries (G3S = 16) O programa de TR foi composto por oito exercícios para os diferentes segmentos que foram executados em 8-12 RM, em três sessões semanais A composição corporal foi determinada por meio da absortometria radiológica de dupla energia e bioimpedância mulltifrequencial A força muscular foi estimada por testes de 1-RM Glicose, colesterol total, LDL-c, HDL-c e triglicerídeos foram determinados em jejum Aumentos de força muscular nos três exercícios analisados foram encontrados somente no grupo G3S (P < ,5) No grupo G2S incrementos de força não foram identificados apenas no exercício cadeira extensora (P > ,5) Aumento na carga total levantada foi a única modificação revelada na força no grupo G1S (P < ,5) A massa muscular, bem como a gordura por segmento, não foi modificada em nenhum dos grupos (P > ,5) Incrementos na água corporal total e intracelular foram identificados somente no grupo G3S (P < ,5), revelando interação significante grupo vs tempo para essas variáveis (P < ,5) Interações grupo vs tempo não foram encontradas para nenhum dos biomarcadores analisados (P > ,5) Os resultados do presente estudo sugerem que redução do volume de três séries para uma ou duas séries durante oito semanas de intervenção parece ser suficiente para pelo menos manter os benefícios adquiridos ao longo de 2 semanas de TR com relação a força muscular, composição corporal e biomarcadores sanguíneos, em mulheres idosas treinadas
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    Análise dos resultados de dois testes de fundamentos técnicos do futebol em jovens futebolistas sub-15
    Gouvêa, Márcio André de; Cyrino, Edilson Serpeloni [Orientador]; Ronque, Enio Ricardo Vaz; Oliveira, Arli Ramos de; Ribeiro, Alex Silva; Moreira, Alexandre; Silva, Danilo Rodrigues Pereira da [Coorientador]
    Resumo: Introdução: Nas últimas duas décadas, houve um aumento crescente de estudos abordando diferentes variáveis relacionadas à prática do futebol Entretanto, ainda existem lacunas referentes à medição da capacidade técnica do atleta, destaques disso são a metodologia utilizada na aplicação de testes de fundamentos técnicos e a falta de informações relacionadas ao desempenho, durante a execução de diferentes números de tentativas Objetivos: Analisar as características metodológicas de testes utilizados para avaliar fundamentos técnicos do futebol; verificar a ocorrência de pico(s) de desempenho e/ou de estabilização nos resultados durante a execução de dez tentativas de dois testes de fundamentos técnicos Métodos: O presente estudo foi dividido em duas etapas Na primeira etapa, foi realizada uma revisão sistemática, junto às bases de dados MEDLINE e SciELO, sobre os procedimentos metodológicos utilizados em testes de fundamentos técnicos específicos de futebol Na segunda etapa, 69 atletas do sexo masculino, da categoria sub15- regularmente inscritos em três equipes de Futebol-, foram submetidos a dois testes de fundamentos técnicos específicos; um envolvendo controle de bola e outro condução de bola Na análise da estabilização dos resultados, utilizou-se o Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) para verificar a reprodutibilidade dos resultados Já na análise das diferenças entre as tentativas de amostras dependentes, foram utilizados Wilcoxon, ANOVA one-way e de Friedman O Qui-Quadrado foi adotado na análise da distribuição do número de tentativas A estatística descritiva - frequência relativa e absoluta-, foi utilizada para determinar o(s) pico(s) de desempenho(s) Resultados: Primeiramente, observamos uma grande diversificação dos procedimentos empregados durante a realização dos testes de fundamentos técnicos Há distinções em relação à trajetória, distância, área de execução, parte do corpo utilizado, forma de pontuação, tempo de execução, número de repetições, número de obstáculos, espaço entre esses e na ferramenta estatística adotada Em relação ao desempenho durante a execução dos testes, verificamos que não ocorre a estabilização do resultado, mesmo após dez tentativas Os atletas obtiveram melhoras consecutivas com o aumento do número de tentativas, no teste de controle de bola - considerando o melhor resultado em duas, três e dez tentativas (2ªT: 3,71 pontos ± 4,83; 3ªT: 4,49 pontos ± 5,22; 1ªT: 7,1 pontos ± 6,8; P < ,5), no teste de condução (2ªT: 358,2 frames ± 19,37; 3ªT: 347,99 frames ± 45,27; 1ªT: 345,6 frames ±12,93; P < ,5) O pico de desempenho variou de acordo com o tipo de teste No teste de condução bola, esse ocorreu nas primeiras tentativas e no teste de controle de bola, nas últimas tentativas A condição técnica do atleta influenciou apenas no teste de controle de bola, verificando-se diferença significativa entre o melhor resultado obtido após dez tentativas e o melhor resultado das duas primeiras tentativas (Menos Habilidosos: 1,13 pontos ± ,94; Mais Habilidosos: 6,73 pontos ± 3,45; P < ,5) Correlações significantes foram encontradas em relação ao status técnico (posicionamento no ranking de desempenho) no teste de controle de bola, entre duas e dez tentativas (= ,75; P<,1), e três e dez tentativas (r= ,81; P<,1) Concluímos que há uma grande variedade metodológica em relação aos testes de fundamentos técnicos; verificamos diferentes picos de desempenho e falta de estabilização dos resultados durante as sucessivas tentativas, porém encontramos estabilização no status técnico, principalmente entre os atletas mais habilidosos
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    Efeitos de dois programas de treinamento combinado sobre a composição corporal e cinemática da marcha de jovens com síndrome de Down
    Modesto, Everaldo Lambert; Greguol, Márcia [Orientador]; Moura, Felipe Arruda; Stanganelli, Luiz Cláudio Reeberg; Marques, Alexandre Carriconde; Nabeiro, Marli
    Resumo: Indivíduos com síndrome de Down (SD) apresentam índices excessivos de gordura corporal e alterações biomecânicas que podem limitar a sua capacidade de realizar tarefas funcionais da vida diária O objetivo do estudo foi verificar os efeitos de dois programas de 24 semanas treinamento combinado (treinamento resistido tradicional e treinamento funcional ambos associados ao exercício aeróbio) sobre a composição corporal e cinemática da marcha em jovens com SD Participaram do estudo 3 jovens com SD idade 17,4±3,2 anos de ambos os sexos, divididos em três grupos: grupo controle (GC, n=1), grupo de treinamento resistido (GTR, n=11) e grupo de treinamento funcional (GTF, n=9) e 1 jovens sem deficiência e com idade média de 18,3+,8 anos de ambos os sexos como grupo referencial (GR) O programa de treinamento foi realizado em 24 semanas, com duas sessões de 8 minutos semanais O programa de treino para GTR consistiu de 2min de exercício aeróbio em esteira com intensidade entre 5 a 7% da frequência cardíaca de reserva seguido de dez exercícios resistidos, realizados em duas séries de 12 repetições máximas, intervalo de um minuto entre as séries e dois minutos entre os exercícios O GTF teve dois modelos de treino (TF1 e TF2), um para cada sessão semanal com duas séries entre oito a 15 repetições de acordo com o exercício Os dados apresentaram distribuição normal (Teste de Shapiro-Francia) Dados pré-intervenção foram comparados por meio de ANOVA unifatorial, com correção de Welch quando o pressuposto de homogeneidade das variâncias foi violado Um modelo de equações de estimativas generalizadas (GEE) com função de ligação e distribuições apropriadas foi usado para examinar alterações significantes em função do grupo (resistido, funcional e controle) e momento (pré e pós) Os dois modelos de treinamento aplicados (aeróbio combinado ao funcional e aeróbio combinado ao resistido) promoveram melhoras na composição corporal Efeito quase perfeito (d=4,56) com redução no percentual de gordura androide e taxa Andróide/Ginoiede (A/G), efeito grande (d=1,45) com aumento na densidade mineral óssea DMO e tecido magro absoluto, redução da gordura corporal (d=1,96) Também foram constatadas melhoras com efeitos entre moderado (d=,98) e muito grande (d=2,4) nas variáveis espaçotemporais da marcha (comprimento, largura do passo e cadência), angulares (quadril, joelhos e tornozelos) e no centro de massa (amplitude vertical e médio lateral) em especial nas condições com obstáculos em 1% e 15% Ambos os programas de treinamento influenciaram diretamente a melhora da composição corporal e marcha em jovens com SD, com destaque para o treinamento aeróbio/funcional que apresentou maiores efeitos nas variáveis pesquisadas
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    Valores normativos da aptidão física e funcional e sua associação com a mortalidade de idosos fisicamente independentes
    Molari, Mario; Teixeira, Denilson de Castro [Orientador]; Gobbo, Luís Alberto; Fernandes, Karen Barros Parron; Oliveira, Arli Ramos de; Ronque, Enio Ricardo Vaz
    Resumo: O envelhecimento e o estilo de vida provocam alterações nos sistemas corporais que levam a redução da aptidão fisica e funcional do indivíduo idoso Dentre as repercursões desencadeadas por esse contexto destaca-se a vulnerabilidade às comorbidades, redução da aptidão física e funcional e aumento da incidência de morte A identificação de avaliações que possam predizer a mortaliade na população idosa por métodos de fácil aplicação, como os testes de aptidão física e funcional (TAFF), podem ser úteis para profissionais e programas de saúde a fim de evitar que esses agravos ocorram Nesse sentido, esta tese tem como objetivos estabelecer valores de referências para TAFF e criar um escore, com base nesses testes, para representar o índice de aptidão funcional geral (IAFG-6) de idosos fisicamente independentes e identificar qual TAFF e/ou IAFG-6 é o melhor preditor de mortalidade em idosos fisicamente independentes O estudo foi realizado com uma coorte com base populacional do município de Londrina - PR (422 idosos), com os dados de base coletados entre 29 a 21 e a mortalidade em um período de sete anos (29 a 217) Os dados foram coltedados mediante a) uma entrevista estruturada com informações sobre características sociodemográficas e estado de saúde geral dos participantes; b) medidas antropométricas; c) testes de aptidão física e funcional (TAFF) e e) taxas de mortalidade em sete anos após as avaliações de base Os valores de referência de cada TAFF e o IAFG-6 foram realizados pelo escore-percentil e a associação dessas variáveis e as sociodemográficas e de comorbidades com a mortalidade foi realizada pela Regressão de Cox Os resultados referentes aos valores de referência para os TAFF e IAFG-6, mostraram que as três classificações propostas, “fraco”, “regular” e “bom”, tiveram poder para discriminar o desempenho dos idosos em cada teste e no IAFG-6 em cada grupo estratificado por sexo e idade (homens de 6-69 e 7+ e mulheres de 6-69 e 7+) As associações entre as variáveis do estudo (sociodemográficas, IMC, comorbidades, TAFF e o IAFG-6) com a mortalidade, mostraram que somente a hipertensão arterial, os testes de AGI, EQUI, SLEV, TC6 e IAFG-6 foram estatisticamente significativos e entraram nos modelos de regressão multivariada O modelo de regressão múltipla considerando os TAFF, mostrou que o idoso com desempenho fraco na AGI, possui 3, vezes mais chances de vir a óbito em sete anos do que os idosos classificados na categoria “bom”, enquanto que os idosos que possuem uma IAFG-6 “fraco” possuem 3,9 vezes mais chances de vir a óbito no mesmo tempo de acompanhamento Concluimos que a categorias utilizadas para valores de referências nos TAFF e IAFG-6 possuem poder para discriminar sexo e faixa etária nas três classificações por desmpenho e que os idosos com desempenho funcional “fraco” possuem significativamente mais chances de mortalidade em sete anos de acompanhamento do que os idosos com desempneho “bom” e “regular”, tanto nas avaliações isoladamente dos TAFF, quanto no IAFG-6
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    Distância dos pedais e posicionamento dos ombros : análise cinemática e eletromiográfica em diferentes tipos de saída para prova de 100 metros rasos no atletismo
    Lanaro Filho, Pedro; Altimari, Leandro Ricardo [Orientador]; Stanganelli, Luiz Cláudio Reeberg; Aguiar, Andreo Fernando; Gomes, Antônio Carlos; Moraes, Antônio Carlos de; Moura, Felipe Arruda [Coorientador]
    Resumo: Dentre as diversas variáveis que determinam o desempenho em provas de velocidade do atletismo, a fase de saída do bloco pode influenciar diretamente na produção de alta velocidade de deslocamento bem como no resultado final Assim, deve-se considerar que as diferentes condições de saída para prova de 1 m rasos podem ser influenciadas pela regulagem dos pedais do bloco e alterações na posição dos ombros, o que até o momento parece não ter sido devidamente explorado nas pesquisas disponíveis na literatura Neste caminho, o presente estudo dividiu-se em três trabalhos completos na tentativa de explorar o tema em questão, onde inicialmente, teve por finalidade promover uma revisão bibliográfica, com o objetivo de obter informações sobre o estado da arte dos aspectos técnicos, biomecânicos e neuromusculares apontados como responsáveis pelo desempenho de atletas durante a saída em provas de velocidade Posteriormente, foi conduzido estudo experimental que é apresentado por meio de dois artigos originais, que tiveram por objetivo analisar parâmetros de cinemática 3D como centro de massa (CM) e espaço-temporais (ET), e o tempo de deslocamento (T) nos 1 m e 2 m, bem como a atividade eletromiográfica (EMG) dos músculos gastrocnêmio medial (GM), reto femoral (RF) e porção longa do bíceps femoral (BFPL), nas condições de saída de bloco curta (SC), média (SM) e longa (SL) para prova de 1 m rasos no atletismo, tendo por base a distância dos pedais à linha de saída e diferentes posições dos ombros Para tanto, fizeram parte deste estudo quinze atletas (21,5 ± 4,7 anos) velocistas da modalidade de atletismo do sexo masculino que estavam em período pré-competitivo Os mesmos foram submetidos inicialmente a mensurações antropométricas e de composição corporal e em seguida, a três condições experimentais de saída no bloco (SC, SM e SL), que foram repetidas por três vezes cada uma, com intervalo de 3 a 5 minutos, onde os parâmetros de cinemática, tempo de deslocamento e EMG foram coletados Inicialmente, os achados apresentados na revisão da literatura demonstraram que o sucesso na execução de uma boa saída é dependente de muitos fatores e variáveis que contribuem para a geração de potência no momento da saída e passadas iniciais Observou-se ainda, que as condições de saída, SC, SM e SL, têm sido estudadas experimentalmente, mas quase sempre tendo por base a distância interpedais, sendo que a maioria dos estudos encontrados apontaram para SM como sendo a de melhor eficácia Os resultados do estudo de campo que envolveu os parâmetros cinemáticos, demonstraram que a SM se apresentou como o melhor tipo de saída Quanto aos parâmetros EMG analisados, constatou-se que, independentemente do tipo de saída de bloco utilizado, a atividade dos músculos BFPL e RF foi maior que do músculo GM Por outro lado, a SC e a SM apresentaram-se como as melhores opções de saída do bloco para prova de 1 m rasos, com resultados pouco favoráveis à SM
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    Efeitos dos treinamentos resistido e aeróbio em pacientes infectados pelo HIV : um estudo de revisões sistemáticas e meta-analises
    Martins, Roberto Poton; Polito, Marcos Doederlein [Orientador]; Cardoso Junior, Crivaldo Gomes; Greguol, Márcia; Casonatto, Juliano; Aguiar, Andreo Fernando
    Resumo: Introdução: Diversos estudos têm reportado aumento na força muscular, melhora da função imune, metabólica e da aptidão física em pacientes soropositivo para o HIV (HIV+) com o treinamento aeróbio e de força Contudo, potenciais moduladores desses desfechos ainda são desconhecidos Objetivo: Investigar de forma sistematizada na literatura estudos randomizados e controlados que tenham abordado o treinamento aeróbio (TA) e treinamento de força (TF) em pacientes HIV+, aplicar o modelo meta-analítico para verificar a consistência dos resultados encontrados, e analisar a influência de variáveis moderadoras sobre a força/massa muscular, função imunológica, cardiorrespiratória e parâmetros metabólicos desses pacientes Métodos: A tese foi composta por dois estudos de revisão sistemática com meta-análise de acordo com os padrões do Relatório de Itens Preferenciais para Revisões Sistemáticas e Meta-análises (PRISMA) O primeiro estudo refere-se aos efeitos do TR sobre a força/massa muscular e número de células CD4 em pacientes HIV+, enquanto o segundo estudo foi referente aos efeitos do TA sobre parâmetros cardiorrespiratórios, imunológicos e metabólicos As buscas foram realizadas nas bases de dados PubMed, ISI Web of Knowledge, SportDiscus, Scopus e Scielo para o primeiro estudo, e nas bases PubMed, ISI Web of Knowledge, SportDiscus, Lilacs, Science Direct e Scielo para o segundo estudo, sem filtro de idioma e data As meta-análises do primeiro e segundo estudo foram realizadas com base no tamanho de efeito (g) de cada estudo, definido como a diferença média padronizada e corrigida pelo viés de Hedges No primeiro estudo, os ensaios incluídos tiveram a qualidade avaliada pela escala Pedro, enquanto no segundo estudo foi utilizada a escala TESTEX Resultados: O estudo referente aos efeitos do TR em pacientes HIV+ reportou aumento da força muscular (~355%, p<1) e aumento do número de células CD4 (~261%, p=3) em relação ao controle Além disso, a meta-regressão seguida por análise de subgrupos mostrou maiores alterações na força muscular com o maior tempo de treinamento (24 semanas; 493%) melhor qualidade dos estudos investigados (383%) e maior tempo de TARV (12 meses; 597%) Já o estudo referente aos efeitos do TA, foram detectados ganhos no VO2MÁX (~13,1%; p<,1), aumento na contagem de células CD4 (~8,7%; p<,1), nenhuma alteração dos triglicerídeos (p=,1) ou colesterol HDL (p=,26) Conclusão: O TR é capaz de melhorar a força muscular e o número de células CD4 em pacientes HIV+ independente da combinação de volume e intensidade do exercício, mas não a massa magra, enquanto o TA é capaz de promover maior magnitude de melhora do VO2máx nas semanas iniciais de treinamento e maior aumento do número de células CD4 em pessoas que apresentem melhor condição imune prévia ao treinamento; e que variáveis do treinamento e da característica da amostra devem ser consideradas como potenciais moduladores desses resultados
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    Fatores associados a efetividade de posse de bola no futsal
    Rinaldo, Marcio Aparecido; Ramos, Solange de Paula [Orientador]; Brandt, Ricardo; Gomes, Paulo Sérgio Chagas; Moares, Solange Marta Franzói de; Almeida Junior, Ademar Avelar de
    Resumo: A efetividade de posse de bola em Futsal é definida como a capacidade de realização de um gol em jogadas ofensivas O estado de recuperação entre partidas, o estresse físico e emocional do jogador durante o jogo e fontes de estresse ambientais (local do jogo, deslocamento de viagem, tempo de recuperação entre jogos) e circunstanciais (classificação na tabela do campeonato, vitórias e derrotas no jogo anterior, placar do jogo, número de faltas cometidas, vantagem numérica em jogo) podem, potencialmente, alterar o estado de bem-estar e recuperação dos atletas e o desempenho ofensivo em jogo O objetivo deste estudo foi determinar a influência do contexto de jogo e fontes de estresse ambientais e circunstanciais sobre o estado de bem-estar e recuperação de atletas de futsal competindo em domínio de campo O segundo objetivo foi avaliar os fatores associados com a efetividade de posse de bola durante jogos oficiais Foram avaliados 2 jogadores de Futsal profissionais, contratados por uma equipe que disputou o campeonato Paranaense e a Liga Nacional de Futsal em 219 No primeiro estudo, os atletas foram monitorados durante 11 jogos (6 estaduais) Uma hora antes do jogo, foram aplicados o índice de Hooper (IH) para avaliação da qualidade do sono, fadiga, estresse e dor de acometimento tardio e a escala de qualidade de recuperação total 6-2 (TQR) Informações sobre a classificação e pontuação dos times nos campeonatos foram coletadas das tabelas classificatórias divulgadas publicamente pela Liga Nacional de Futsal A análise da efetividade de posse de bola foi determinada por filmagem e análise das jogadas com posse de bola Os resultados foram apresentados em 3 estudos No primeiro estudo, foi avaliado os efeitos das fontes de estresse e idade sobre o IH e TQR O IH foi maior nos jogos da liga nacional (p<,5) e apresentou correlação fraca com a dificuldade predita de jogo (r=,18, p=,2) O TQR foi maior após jogos antecedidos por derrota (15,4 ± 1,6 ua) em relação ao empate (14,6 ± 1,8 ua, p<,5) e vitória (14,7 ± 1,7 ua, p<,5) A TQR foi menor nos jogos com vitória (14,3 ± 1,8 ua) em relação aos jogos com empate (15,4 ± 1,7 ua, p<,1) e derrota (15,1 ± 1,6 ua, p<,5) A derrota do adversário no jogo anterior aumentou o estresse percebido (2,1 ± ,8 ua) em relação a vitória (1,9 ± ,9 ua, p<,5) Os resultados sugerem que a percepção do balanço de recuperação e estresse reportado antes de jogos está correlacionado com a idade e qualidade do oponente No segundo estudo, sete jogos foram filmados e as imagens foram utilizadas para análise de ações de ataque com perda de bola, manutenção de posse de bola ou gol (efetividade de posse de bola) Os resultados demonstraram que a ausência de pressão defensiva do oponente resultou em chances maiores de perda de posse de bola (OR=1,7, IC95%= 1,7 a 2,2), mas também chances de gol (IC95%=2,2 a 19,5) O recebimento de faltas contribuiu para o aumento das chances de manutenção de posse de bola (OR=4,6, IC95% = 2,6 a 8,3), mas não em gol (p=,4) As regiões de quadra próximo a área de gol adversária e onde ocorreu menor pressão defensiva apresentaram maior frequência de gols (p<,5) Os resultados sugerem que as maiores chances de gol ocorrem em áreas próximas a meta adversária sem a presença de defensores No terceiro estudo, foi avaliado o estado de bem-estar, estado de recuperação, resultados de jogos anteriores e qualidade do oponente sobre a manutenção de posse de bola e realização de gol Nenhum fator apresentou diferença entre as jogadas com manutenção de posse de bola e perda de posse de bola No entanto, os jogadores envolvidos nas jogadas que resultaram em gol apresentaram menor percepção de estresse, apresentaram vitória nos jogos anteriores e melhor classificação no campeonato do que o adversário Concluímos que o estado de bem-estar parece ser influenciado pela qualidade do oponente e, assim como algumas situações contextuais de jogo (posição em quadra e pressão defensiva) podem estar associados a maiores chances de gol (efetividade total de bola)
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    Resposta da síndrome metabólica aos protocolos de exercícios físicos para mudança do estilo de vida em adultos
    Nakagaki, Mariana Santoro; Burini, Roberto Carlos [Orientador]; Ronque, Enio Ricardo Vaz; Teixeira, Denilson de Castro; Orsatti, Fábio Lera; Michelin, Edilaine
    Resumo: O objetivo do estudo foi analisar o efeito de quatro diferentes protocolos de exercícios físicos (EF), com a mesma duração de 1 semanas, sobre a Síndrome Metabólica (SM) e de seus componentes, em adultos participantes de Programa de Mudança de Estilo de Vida (MEV) da cidade de Botucatu/SP A amostra de conveniência contou com dados de 32 indivíduos (55,5 ± 1,8 anos) de ambos os gêneros, participantes do programa de MEV “Mexa-se Pró-Saúde” no período de 213 a 216 e distribuídos por demanda espontânea em 4 grupos Foram avaliados no momento basal (M) e após 1 semanas de intervenção (M1) supervisionada com protocolos de EF tipo hidroginástica (PHi, aeróbio, 2x/sem, 6 min), intervalado (PIn, 9% FCmáx em esteira intercalados com descanso ativo de 7% FCmáx, 2x/sem, 6 min), resistido em academia (PAc, 13 exercícios, 3 séries de 8 a 12 rep de 6-7% de 1RM, 3x/sem, 6 min) e misto simultâneo (PMi, 3 min de 6-8% FCmáx e resistido – 13 exercícios, 3 séries de 8 a 12 rep de 6-7% de 1RM, 3 a 5x/sem, 9 min) O aconselhamento nutricional do programa de MEV, foi comum a todos os grupos Foram utilizados os instrumentos de avaliação: Questionário Internacional de Atividades Físicas (IPAQ-forma longa-versão 8) para nível de atividade física (NAF) e caracterização sócio demográfica; Índice de Alimentação Saudável (IAS) para diagnóstico da qualidade da dieta, antropometria, analises bioquímicas plasmáticas e aptidão física (flexibilidade, força de preensão manual e capacidade cardiorrespiratória - VO2máx) SM foi diagnosticada segundo NCEP-ATP III (25) Os dados foram avaliados nas formas contínua e categorizada Foram utilizados os testes de qui-quadrado, ANOVA medidas repetidas (distribuição simétrica) e distribuição gama seguido do teste de Wald (distribuição assimétrica) para comparação múltipla (momento versus protocolo); o nível de significância adotado foi de 5% Após intervenção houve aumento significativo da capacidade aeróbia (3,3 a 4,9 mL/kg/min no VO2máx) em todos os protocolos; da flexibilidade (1,7 a 2,7 cm), exceto no PIn; da força em PAc (2,9kg) e PMi (1,6kg) e do NAF semanal no PMi (354,2 min/sem) Houve aumento de massa muscular em PAc (,6kg) e redução da gordura corporal em PHi (1,1%) No geral, houve redução de 16,9% na SM, com efetividade decrescente PHi (25,4%), PIn (21,5%), PAc (16,2%) e PMi (12,7%) Os componentes da SM mais responsivos ao protocolo de MEV foram hiperglicemia (2,6%) e hipertensão arterial (15,9%) A redução da circunferência abdominal discriminou a efetividade dos protocolos na redução da SM Assim, o programa de MEV “Mexa-se Pró-Saúde” constitui estratégia eficaz na redução da SM, em todos seus protocolos de exercícios, mas com sensibilidade diferenciada dentre os componentes da SM, para uma mesma duração de intervenção “Quaisquer que sejam os tipos de exercícios, “Mexa-se Pró-Saúde”
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    Cinemática do chute no futebol : variáveis preditoras da direção da bola para o treinamento perceptivo de goleiros
    Faquin, Bruno Secco; Okazaki, Victor Hugo Alves [Orientador]; Teixeira, Luís Augusto; Rodrigues, Sérgio Tosi; Moura, Felipe Arruda
    Resumo: O pênalti é uma oportunidade importante para marcar gol, decidir a partida ou o campeonato de futebol Devido ao curto período de tempo que a bola leva para chegar ao gol, uma antecipação adequada da direção da bola aumentaria as possibilidades de defesa do goleiro Todavia, não está claro quais informações cinemáticas do chutador predizem a direção da bola, bem como o uso delas no treinamento perceptivo de goleiros Sendo assim, o objetivo da tese foi analisar as variáveis preditoras da direção da bola no chute de pênalti do futebol (experimento I), para o treinamento perceptivo de goleiros (experimento II) Do experimento I, participaram 2 jogadores de futebol da categoria Sub-19 A tarefa foi realizar a cobrança do pênalti em direção a quatro alvos posicionados no gol Os chutes foram analisados cinematicamente, por meio do sistema Vicon A análise de Regressão logística demonstrou que a rotação do tronco é a principal preditora da direção horizontal da bola nos instantes temporais de 25, 2 e 15ms antes do contato do pé com bola e altura do pé de chute foi preditora da direção vertical apenas no instante de contato A rotação do tronco representa um aspecto invariante do chute tendo alta relação com a direção horizontal da bola Do experimento II, participaram 6 indivíduos com idade entre 16 e 32 anos, divididos em quatro grupos com intervenção por meio do Método Explícito (observação de vídeos com informações relevantes) ou Método Implícito (apenas observação de vídeos): a) 15 Goleiros via Método Explícito; b) 15 Goleiros por meio do Método Implícito; c) 15 Não jogadores expostos ao Método Explícito; e d) 15 Não jogadores submetidos ao Método implícito A tarefa consistiu em observar vídeos pré-produzidos de chutadores realizando a cobrança do pênalti a partir do ponto de vista do goleiro, na tela de um notebook, sendo exibido o início da passada até 2ms antes do ponto de contato do pé com a bola Os participantes prediziam o mais rápido possível para qual lado a bola iria, por meio de tecla correspondente O software registrou o tempo de reação e o lado escolhido Foram realizados Pré-teste, Aquisição, Pós-teste e Teste de Retenção Para análise estatística foi utilizado GEE para os Testes (dois métodos x quatro grupos x três fases) e outra para a Aquisição (dois métodos x quatro grupos x seis fases) A significância adotada foi de 5% (P<,5) Independentemente do tipo de método, houve melhora de desempenho e aprendizagem tanto nos grupos de Goleiros quanto nos de Não jogadores Os grupos de método implícito também conseguiram extrair informações relevantes para predição da bola Portanto, a rotação do tronco é a principal preditora da direção da bola Entretanto, o uso dessa informação no método explícito não aperfeiçoou o treinamento perceptivo em comparação ao implícito Logo, o treinamento perceptivo promove aprimoramento do desempenho e a aprendizagem em Goleiros e Não jogadores
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    Análise da marcha com ultrapassagem de obstáculos em condições com dupla tarefa de idosos praticantes e não praticantes de exercícios físicos
    Martins, Raquel de Melo; Marques, Inara [Orientador]; Moraes, Renato de; Barela, Ana Maria Forti; Teixeira, Denilson de Castro; Moura, Felipe Arruda
    Resumo: O objetivo do estudo foi analisar a marcha com ultrapassagem de obstáculo em condições com dupla tarefa de idosos praticantes e não praticantes exercícios físicos Participaram do estudo, cinquenta e três idosos, homens e mulheres, subdivididos em quadro grupos: Grupo treinamento com pesos - GTP (n=14), Grupo de hidroginástica – GHD (n=15), Grupo de tenistas - GTN (n=12) e Grupo de não praticantes – GNP (n=12) Com média de idade de 66,98 +4,82 anos Para tanto, os grupos foram submetidos a avaliações de marcha, com ultrapassagem de obstáculos e com e sem dupla tarefa e de força de membros inferiores Na avaliação da marcha, com ultrapassagem de obstáculo, com a dupla tarefa, todos os grupos apresentaram adaptações posturais distintas, quando comparados a condição sem a dupla tarefa, com alterações nas variáveis espaçotemporais e de estabilidade postural O grupo GNP apresentou maiores diferenças quando comparados aos outros grupos, mostrando um maior efeito da dupla tarefa e alterações no padrão da marcha Na a avaliação do Isocinético, os grupos GTP e GTN, tiveram resultados superiores, com o GHD apresentando menores resultados de força e potência de membros inferiores De maneira geral, os grupos de idosos praticantes de exercícios físicos apresentaram resultados superiores aos não praticantes, com ênfase nos resultados dos grupos GTN e GTP Concluiu-se, portanto, que a prática de exercícios físicos, independente de qual seja, é fundamental para a manutenção do equilíbrio postural, das capacidades funcionais e da marcha com ultrapassagem de obstáculos
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    Estimulação transcraniana por corrente contínua melhora o desempenho e a estratégia de pacing em time trial de 2 km no remoergômetro
    Costa, Marcelo Vitor da; Altimari, Leandro Ricardo [Orientador]; Moura, Felipe Arruda; Deminice, Rafael; Okuno, Nilo Massaru; Fontes, Eduardo Bodnariuc
    Resumo: Durante exercícios exaustivos de alta intensidade há uma diminuição na excitabilidade e facilitação intracortical que pode reduzir a produção de potência e consequentemente piorar o desempenho Essa piora no desempenho é acompanhada por um aumento na percepção subjetiva de esforço Dessa forma, nosso principal objetivo foi utilizar a estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) anódica para aumentar a excitabilidade e facilitação intracortical numa tentativa de contrabalancear os efeitos inibitórios do exercício e melhorar o desempenho Onze atletas (idade, 29 ± 2 anos; estatura, 174 ± 4; massa corporal, 81 ± 7; tempo de prática, 2 ± 1 anos; consumo de oxigênio pico, 53 ± 4 ml kg-1 min-1) foram submetidos a três time trials de 2 km com no mínimo 48 h de intervalo entre testes Sendo que antes de um dos testes o voluntário recebia 2 min de estimulação anódica A condição ETCC anódica foi comparada com uma condição placebo e outra controle O tempo para completar o time trial foi menor na condição ETCC anódica (44,5 ± 15,2 s) quando comparada a condição placebo (447,9 ± 18,1 s) e controle (449,4 ± 13,1 s) A percepção subjetiva de esforço foi significativamente menor apenas ao final dos últimos 5 m de teste na condição ETCC anódica comparada as outras duas condições Não foi encontrada qualquer diferença na concentração de lactato, frequência cardíaca, consumo de oxigênio e eletromiografia entre as três condições experimentais A potência foi maior nos últimos 5 m para a condição ETCC anódica comparada a placebo e controle Os dados demonstraram que os indivíduos tiveram um melhor desempenho após receber 2 min de ETCC anódica A melhora no desempenho foi explicada pela menor fadigabilidade percebida que por sua vez permitiu aos voluntários imprimirem maior potência nos últimos 5 m do time trial melhorando seu pacing
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    Comportamento sedentário e correlatos associados de escolares de uma comunidade do Pantanal sul-mato-grossense
    Ribeiro, Edineia Aparecida Gomes; Oliveira, Arli Ramos de [Orientador]; Romanzini, Marcelo; Ronque, Enio Ricardo Vaz; Guedes, Dartagnan Pinto; Silva, Kelly Samara da
    Resumo: O objetivo da pesquisa foi verificar os correlatos do comportamento sedentário de escolares de uma comunidade do Pantanal sul-mato-grossense Trata-se de um estudo transversal, realizado com adolescentes de 11 a 18 anos de idade, matriculados na rede pública de ensino da cidade de Corumbá, Mato Grosso do Sul Participaram do estudo 1,692 adolescentes (861 moças) que responderam um questionário sobre atividades do comportamento sedentário pelo instrumento Helena, incluindo os fatores ambientais, intrapessoais e interpessoais relacionados ao tempo de tela (televisão, computador e jogos eletrônicos), a prática de atividade física dos adolescentes pelo PAQ-A, e questões sociodemográficas Foi utilizado o ponto de corte de =2 horas/dia para o tempo de tela A prevalência do comportamento sedentário em diferentes contextos e os correlatos em adolescentes foram analisados pela regressão logística binária Houve diferença significativa (P<,1) no uso dos jogos eletrônicos durante a semana e nos finais de semana entre os sexos (moças=27,8% e rapazes= 53,1%; moças= 44,5% e rapazes= 73,5%, respectivamente) O estudo também verificou a associação entre fatores ambientais (uso de tela pelos pais), fatores sociais (contexto familiar, apoio social e controle dos pais) e tempo de tela dos adolescentes, com ênfase em possíveis fatores mediadores intrapessoais (expectativa e autoeficácia), por meio do modelo de equação estrutural Adotaram-se os coeficientes de ajuste e seus valores aceitáveis, sendo eles CMIN/DF<4, RMR<,8, RMSEA<,6 e GFI>,9 As análises foram realizadas no programa estatístico SPSS 23 e AMOS 23, adotando P<,5 Observou-se que a disponibilidade de aparelhos eletrônicos no ambiente doméstico teve efeito direto positivo no tempo total de tela entre as moças (P<,5) O uso de tela pelos pais teve associação significativa com o tempo de tela dos adolescentes (P<,5) A expectativa exerceu efeito direto no tempo de tela entre as moças e os rapazes (ß=2,841 e 4,21, respectivamente, P<,1) O apoio social manifestou efeito direto positivo entre os rapazes no tempo de tela (ß=1,119, P<,1) e o controle dos pais identificou efeito direto inverso ao tempo de tela em moças e rapazes (ß= -,495 e -,63, respectivamente, P<,5) A expectativa foi mediada pelo apoio social entre os adolescentes (P<,1) e a autoeficácia foi mediada exclusivamente pelo contexto familiar em relação ao tempo de tela (ß= ,491 moças e ,282, rapazes, P<,1) O controle dos pais teve parte do efeito no tempo de tela e a expectativa exerceu maior efeito sobre o desfecho observado, em ambos os sexos (P<,5) Conclui-se que a prevalência do comportamento sedentário em diferentes contextos foi elevada entre os adolescentes do Pantanal Os ajustes dos modelos teóricos elaborados foram considerados aceitáveis e explicaram que a expectativa e a autoeficácia mediaram parcialmente à relação entre o fator ambiental doméstico e o tempo de tela em adolescentes A disponibilidade de aparelhos eletrônicos apresentou efeito direto positivo para o tempo de tela entre as moças O controle dos pais teve associação inversa ao tempo de tela dos adolescentes e o apoio social mostrou associação inversa ao tempo de tela entre os rapazes Resumindo, a expectativa exerceu forte influência no tempo de tela dos adolescentes
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    Tracking da aptidão física relacionada à saúde entre a infância e idade adulta e relação com fatores de risco cardiometabólico
    Shigaki, Gabriela Blasquez; Ronque, Enio Ricardo Vaz [Orientador]; Gonçalves, Ezequiel Moreira; Casonatto, Juliano; Greguol, Márcia; Serassuelo Junior, Hélio
    Resumo: A aptidão física relacionada à saúde (AFRS) apresenta relação com desenvolvimento de fatores de risco cardiometabólico (FRCM) tanto na população adulta quanto na pediátrica Todavia, essas relações entre o período da infância e idade adulta ainda não são claras, assim como a associação com o aparecimento de fatores de risco Assim, o objetivo desse estudo foi analisar o tracking da AFRS entre a infância e idade adulta e a relação com fatores de risco cardiometabólico O estudo apresenta delineamento longitudinal, sendo que o baseline ocorreu anualmente entre 22 a 26, e o follow-up em 216 Participaram 15 adultos jovens, na faixa etária entre 21 e 25 anos, de ambos os sexos Medidas de massa corporal, estatura, espessuras de dobras cutâneas (?DC) e circunferência de cintura (CC) foram obtidas A composição corporal foi avaliada por meio do DXA Testes motores de sentar e alcançar (AS); abdominal (ABDO) e Shuttle run de 2 metros foram aplicados Análises bioquímicas foram obtidas mediante taxas de lipidograma, glicemia de jejum e HOMA-IR A pressão arterial foi avaliada com aparelho digital A atividade física foi mensurada por acelerometria e informações sociodemográficas por meio de questionários O coeficiente de correlação intraclasse (CCI) indicou que todas as variáveis da AFRS apresentaram valores considerados de moderado a elevado tracking (,37–,67; P<,5) entre o período analisado A adiposidade corporal na idade adulta apresentou relação positiva com o ?DC da infância (ß=,324; P<,1) e relação negativa com a aptidão cardiorrespiratória (ACR) na infância (ß=-,132; P<,1) O teste de SA na infância demonstrou relação positiva com a flexibilidade na idade adulta em ambos os sexos (ß=,663; P<,1) A resistência muscular na idade adulta apresentou relação positiva com os resultados na infância dos testes de SA, ABDO e corrida (P<,5) A ACR apresentou relação positiva com o resultado do teste de corrida na infância (ß=,554; P<,1) Com relação aos FRCM no grupo masculino a ACR da infância apresentou relação inversa com os triglicerídeos (ß=-,3; P=,4), insulina (ß=-,3; P=,5) e HOMA-IR (ß=-,3; P=,4) No sexo feminino verificou-se relação positiva do ?DC na infância com a CC (ß=,29; P<,1) e glicose (ß=,87; P<,1) na idade adulta Por outro lado, a ACR na infância apresentou relação positiva com a PAS na idade adulta (ß=,1; P=,31) Assim, conclui-se que a AFRS apresentou tracking moderado para o teste de ABDO e corrida, enquanto o teste de SA apresentou um alto tracking entre a infância e idade adulta Ainda, verificamos que a AFRS apresenta relação entre os valores da infância e a idade adulta, sendo que adiposidade corporal e a ACR na infância estão fortemente associadas à saúde cardiometabólica na idade adulta Níveis mais elevados de AFRS na infância promovem efeitos protetores de desenvolver FRCM mesmo entre aqueles com baixa AFRS atual, e reduzem o risco de FRCM nos indivíduos com alta adiposidade corporal na idade adulta
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    Observando e interpretando a aula de educação física : conhecimentos sobre o processo ensino-aprendizagem manifestos nos relatos de estudantes e professores de educação física com diferentes tempos de experiência
    De Santo, Dalberto Luiz; Marques, Inara [Orientador]; Manoel, Edison de Jesus; Souza Neto, Samuel de; Lara, Larissa Michele; Palma, José Augusto Victória
    Resumo: A capacidade de observar e interpretar os acontecimentos durante a aula é uma habilidade importante por meio da qual se pode avaliar a efetividade de professores atuantes e de estudantes nos seus estágios Nesta perspectiva, o objetivo deste estudo foi contrastar as características das observações e interpretações de situações de ensino-aprendizagem de habilidades motoras por estudantes e professores de educação física com diferentes tempos de formação De forma mais específica, ao solicitarmos a estudantes e professores que relatassem o que observaram da aula de outro colega, procurou-se identificar se conhecimentos da área de Comportamento Motor estariam presentes em seus relatos escritos O encaminhamento metodológico de caráter exploratório–descritivo consistiu de quatro etapas: (i) seleção e gravação em vídeo de uma aula de educação física do ensino fundamental, com foco no processo ensino-aprendizagem do fundamento de passe do basquetebol; (ii) apresentação do vídeo a 14 estudantes e 27 professores de educação física formados na UEL, aos quais foi solicitado que descrevessem o que haviam observado da aula; (iii) apresentação do mesmo vídeo para nove especialistas, sendo quatro em Formação de Professores de educação física e cinco em Comportamento Motor, que avaliaram, por escrito, os acontecimentos da aula; (iv) tratamento dos dados utilizando o paradigma principiante–perito e o ferramental da análise de conteúdo com categorias predefinidas A interpretação dos resultados obtidos permitiu considerar que: (a) houve uma melhora considerável na qualidade redacional com o passar do tempo de formação dos estudantes e dos professores; (b) contudo, a estrutura dos textos destes dois grupos seguiu sempre o tempo cronológico da aula ao passo que os especialistas empregaram quadros mais holísticos da aula como o foco na resposta do aluno; (c) este fato não impediu que os professores relatassem ou sugerissem mudanças em alguns pontos chaves da aula para que ela atendesse os objetivos de uma adequada educação escolarizada; (d) por fim, observou-se que, quanto maior o tempo de formado, menor foi a presença de conhecimentos da área de Comportamento Motor nos relatórios dos pesquisados, que mais se fundamentaram em conhecimentos da didática geral, aproximando-se das análises dos especialistas da área de Formação de Professores
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    Efeito da estimulação transcraniana por corrente contínua sobre o desempenho físico e respostas psicofisiológicas
    Machado, Daniel Gomes da Silva; Okano, Alexandre Hideki [Orientador]; Cyrino, Edilson Serpeloni; Altimari, Leandro Ricardo; Dáquer, Egas Caparelli Moniz de Aragão; Baptista, Abrahão Fontes
    Resumo: A estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) tem sido utilizada na tentativa de melhorar o desempenho físico, contudo, os estudos têm apresentando resultados conflitantes Na presente tese, testamos a hipótese de que (A) a ETCC melhoraria o desempenho físico e (B) a técnica de ETCC de alta-definição (ETCC-HD) seria mais eficaz que a convencional simulada para a melhoria do desempenho físico Realizamos uma revisão sistemática nas bases de dados do PubMed/MEDLINE, Embase, Web of Science, Scopus e SportDiscus, buscando por estudos, publicados até dezembro de 217, que utilizaram a ETCC para melhorar o desempenho físico de adultos saudáveis Foram incluídos 22 artigos envolvendo 393 participantes Por meio de uma meta-análise, verificamos um efeito favorável a ETCC anódica aplicada sobre o córtex motor no aumento do tempo até a exaustão no ciclismo [diferença média (DM) = 93,41 s; intervalo de confiança (IC) 95% = 27,39 a 159,43 s] Não foram encontrados efeitos favoráveis a ETCC para aumento na força muscular isométrica de membros superiores (DM = 22,94 s; IC 95% = -26,4 a 71,91 s) nem inferiores (DM = -1,81 s; IC 95% = -31,5 a 27,42 s) Posteriormente, realizamos um estudo experimental, onde nove atletas de ciclismo e remo do sexo masculino (27,9 ± 7,8 anos; VO2max = 59,16 ± 4,39 mlkg-1min-1) realizaram uma avaliação da reprodutibilidade do desempenho em um teste até a exaustão (TAE) em ciclo simulador com 8% da potência máxima em teste incremental e, após, receberam ETCC anódica convencional simulada, HD ou sham sobre o córtex motor por 2 min antes do TAE O estado psicológico basal foi similar em todas as sessões do estudo (P > 16) O desempenho no TAE apresentou excelente reprodutibilidade (CCI = ,984; IC 95% = ,951 a ,995; t = -,228; P = ,82) com erro padrão de medida de 31,1 s e mínima diferença detectável de 15,4 s Entretanto, não houve diferença no TAE entre a condição de ETCC-HD (875,8 ± 273,5 s), convencional simulada (854,2 ± 235,4 s) e sham (82,1 ± 251,9 s) [F(2, 14) = ,914; P = ,42; ?2p = ,116] Alternativamente, uma análise de inferência baseada em magnitude identificou um efeito de pequena magnitude e que a ETCC-HD e convencional simulada possuem 66% e 53% de chance de ter um efeito positivo no desempenho Também não houve modificação na frequência cardíaca, pensamentos associativos ao exercício, percepção subjetiva de esforço para os membros inferiores e corpo inteiro Portanto, os resultados do presente estudo sugerem que (A) a ETCC anódica sobre o córtex motor pode melhorar o desempenho físico em exercício cíclico de corpo inteiro, contudo, o nível de evidência é fraco; e (B) a ETCC-HD não apresenta efeito superior à ETCC convencional simulada, embora ambas apresentem uma chance plausível de melhorar o desempenho físico em exercício cíclico de corpo inteiro
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    O esporte educacional na política de educação em tempo integral no Brasil : a questão da atividade física e saúde
    Vilauta, Cleide Marlene; Oliveira, Arli Ramos de [Orientador]; Both, Jorge; Oliveira, Amauri Aparecido Bássoli de; Petersen, Ricardo Demétrio de Souza; Cidade, Ruth Eugênia Amarante
    Resumo: O Esporte Educacional é parte constituinte da atual iniciativa de educação em tempo integral no Brasil, inserido no Programa Mais Educação, no Macrocampo Esporte e Lazer – Esporte da Escola Porém, ainda são escassos os estudos que buscaram analisar ações específicas de tais iniciativas Nesse sentido, o objetivo desse estudo foi analisar a participação do Esporte Educacional na política indutora de educação em tempo integral no Brasil – o Programa Mais Educação A tese é estruturada em três artigos O primeiro, uma revisão narrativa, teve por objetivo apresentar o Esporte Educacional como elemento integrante da proposta de política indutora de educação em tempo integral A partir dos princípios do Esporte Educacional e sua interface com a política indutora de educação integral e em tempo integral, apresenta-se os elementos que proporcionaram a parceria entre os Ministérios da Educação (Programa Mais Educação) e do Esporte (Programa Segundo Tempo), a qual deu origem ao Esporte da Escola, bem como a indissociabilidade entre as políticas e a necessidade de mais ações intersetoriais O segundo artigo, de caráter metodológico, visou construir e validar instrumentos para avaliar as atividades do Esporte da Escola no Programa Mais Educação, testando as propriedades psicométricas de validade e reprodutibilidade, envolvendo diferentes dimensões e diferentes atores Conclui-se que os instrumentos são válidos e fidedignos para avaliar a percepção dos atores do Esporte da Escola, tendo em vista que a maioria dos índices de fidedignidade e validade atingiram valores acima do padrão estabelecido O artigo 3, estudo descritivo de cunho transversal, verificou a efetividade do Esporte Educacional-Esporte da Escola no Programa Mais Educação, na percepção de seus atores Os questionários construídos no artigo 2 foram aplicados em 592 atores, sendo 221 alunos de 11 a 16 anos, 147 gestores de escolas, 149 monitores do Esporte da Escola e 75 professores de Educação Física das escolas Estes atores são provenientes de 153 escolas extraídas intencionalmente das 1584 escolas cujos monitores foram capacitados pelo ME, e constituíram o foco do estudo Conclui-se que as atividades do Esporte da Escola foram efetivas em todas as dimensões (conhecimento, recursos, atividades, capacitação, atendimento, aprendizagem e atividade física e saúde), trazendo impacto positivo para a maioria dos indicadores, influenciando mudanças de comportamento, e assim, contribuindo para a melhoria da qualidade da formação integral de crianças e jovens Percebeu-se que os alunos passaram a se envolver mais em atividades física e reduziram a exposição a comportamentos sedentários depois que começaram a participar das atividades do Esporte da Escola Entretanto, observou-se carência de monitores com formação na área de Educação Física e necessidade de melhorar os espaços físicos das escolas onde ocorrem as atividades Destaca-se a imprescindível associação entre as políticas educacionais e esportivas, assim como a necessidade de ações intersetoriais a fim de atender plenamente a população, especialmente aqueles em risco e vulnerabilidade social A parceria aqui estudada apresenta indicadores positivos, todavia ressalta-se a necessidade de uma política pública de qualidade e permanente, ou seja, uma política de Estado que garanta a continuidade destas ações
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    Análise da contribuição dos músculos de membros superiores e inferior na tarefa de subir degraus em ônibus coletivo em idosos
    Gil, André Wilson de Oliveira; Teixeira, Denilson de Castro [Orientador]; Altimari, Leandro Ricardo; Gorgatti, Márcia Greguol; Oliveira Junior, Eros de; Amorim, Cesar Ferreira; Silva Junior, Rubens Alexandre da [Coorientador]
    Resumo: Durante o envelhecimento organismo sofre alterações em todos os seus sistemas, levando a prejuízos funcionais As dificuldades para realizar algumas atividades diárias também estão relacionadas às barreiras arquitetônicas como o acesso ao ônibus coletivo, pois a maioria possui degraus demasiadamente altos Essa barreira pode impedir ou dificultar o uso desse meio de transporte por idosos Nesse sentido, conhecer o quanto de força muscular de membros superiores e inferiores os idosos necessitam para subir em um ônibus coletivo, é de extrema relevância Esta tese é apresentada em dois estudos, sendo o primeiro com objetivo de verificar a reprodutibilidade de dois dinamômetros, construídos especialmente para o estudo, em formato de corrimão que avaliam a força de preensão manual e tração de braço; e o segundo avaliar a contribuição dos músculos de membros superiores e inferiores na tarefa de subir degraus de acesso ao ônibus coletivo em indivíduos idosos A amostra foi constituida num total de 14 paticipantes, 24 no primeiros estudo (12 idosos e 12 jovens) no e 8 no segundo (4 idosos e 4 jovens como controles) participantes Inicialmente foram avaliadas as CVM (contração voluntária máxima) de preensão manual e tração de braço pelos dinamômetros em formato de corrimão e a CVM de flexão e extensão do joelho com eletromiógrafo em uma cadeira flexora e extensora Na sequência os participantes foram submetidos à tarefa de subir o primeiro degrau em um protótipo com as dimensões do acesso ao um ônibus coletivo com altura original do primeiro degrau de 4 cm e corrigida para1cm Os dinamômetro/barra foram reprodutíveis apresentado baixos erros de medida tanto para os idosos quanto para os jovens, com índices de correlação intraclasse acima dos ,95 para todas as variáveis Os idosos tiveram maior contribuição da força de membros superiores e inferiores em comparação aos jovens (p<,5) na maioria das variáveis e nas diferentes alturas dos degraus Idosos e jovens executaram significativamente maior força em cinco das seis variáveis analisadas para subirem o degrau de 4cm em relação ao de 1cm (<,5) Foi observado também que as mulheres idosas executaram mais força para subir os degraus do que os homens idosos nas variáveis de preensão manual esquerda em 4cm e 1cm e na tração de braço esquerda em 4cm (p<,5) Conclui-se que os dinamômetros/barra apresentaram boa reprodutibilidade e que os idosos precisam de uma contribuição maior de força muscular do que os jovens para subir os degraus de um ônibus coletivo independente da altura do degrau O estudo mostrou também que idosos exercem menos força no degrau de 1cm em relação ao de 4cm Esses resultados podem contribuir diretamente para novas políticas públicas que possam melhorar o acesso ao transporte público para uma maior inclusão da população idosas
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    Efeito do treinamento com pesos sobre parâmetros do sistema imunológico em pessoas vivendo com HIV/AIDS : ensaio clínico randomizado controlado
    Garcia, Alesandro; Almeida Junior, Ademar Avelar de [Orientador]; Ramos, Solange de Paula; Bertolini, Dennis Armando; Voltarelli, Fabrício Azevedo; Lopes, Wendell Arthur
    Resumo: A infecção causada pelo HIV é caracterizada pela diminuição do número de células TCD4+ e aumento das células TCD8+, causando inversão na razão TCD4/TCD8, podendo ser um possível marcador para caracterizar disfunção imunológica O presente estudo investigou o efeito do treinamento com pesos (TP) sobre parâmetros do sistema imunológico em pessoas vivendo com HIV / aids (PVHA) A amostra foi composta por 18 PVHA), de ambos os sexos, com idade média de 44±11,34 anos, alocados em dois grupos, sendo: grupo TP (GT; n=11): submetido a um protocolo padronizado de TP durante 8 semanas, 3 vezes por semana; grupo controle (GC; n=7): monitorado nas condições habituais de vida As avaliações foram realizadas nos momentos pré e pós TP e comparadas ao GC nos dois momentos A contagem de células TCD4+ e TCD8+ foi realizada por Citometria de fluxo e as concentrações das citocinas Interferon gama (INF-Y) e Interleucina-4 (IL-4) foram determinadas pelo método de – (ELISA) Os dados foram processados por meio do Statistical Package for the Social Sciences (SPSS® Versão 22) O teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para análise da normalidade dos dados Conforme normalidade, aplicou-se teste t de Student ou de Wilcoxon para análise dos dados Os resultados estão expressos como média±DP (p<,5) O TP proporcionou um aumento de força no GT na magnitude de 88% em média para todos os exercícios Quanto as diferenças intergrupo GT em relação a GC nos momentos pré e pós TP as célulasTCD4+ não apresentaram alterações significativas o mesmo ocorrendo para a razão TCD4+/TCD8+ O mesmo ocorreu com as citocinas nos momentos pós TP para INF-? GC (,66±,77) vs GT (1,22±1,53) p=,38, IL4 GC (14,99 ±2,84) vs GT (15,58±4,) p=,73 e razão entre elas INF-?/ IL4 GC (,4±1,13) vs GT (,8±1,15) p=,81 Com base nos resultados obtidos, é possível concluir que 8 semanas de TP promoveram de forma expressiva aumento da força muscular sem provocar alterações adversas no SI de PVHA