01 - Doutorado - Educação Física

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    Efetividade e validação de instrumentos de menor custo na avaliação e intervenção de parâmetros espaço-temporais e cinemáticos da corrida
    (2023-12-14) Dorst, Lissandro Moisés; Bini, Rodrigo Rico; Silva, Danilo de Oliveira; Soares, Gustavo Leporace de Oliveira Lomelino; Santiago, Paulo Roberto Pereira; Palhano, Rudinei; Moura, Felipe Arruda
    Avanços tecnológicos, como dispositivos vestíveis e sistemas de captura de movimento sem marcadores, permitem migrar de ambientes caros para configurações acessíveis e portáteis. As palmilhas instrumentadas coletam dados de pressão plantar durante a corrida, fornecendo informações importantes. Ao mesmo tempo, sistemas de análise de movimento sem marcadores, como o OpenPose, empregam visão computacional avançada para analisar o movimento tridimensional sem marcadores físicos, tornando a avaliação cinemática mais acessível e não invasiva. Os objetivos deste estudo foram: 1- Avaliar a efetividade de equipamentos de menor custo na avaliação e intervenção do retreinamento da corrida, por meio de uma revisão sistemática; 2- Analisar a validade de um sistema de palmilhas com sensores de pressão, para medir parâmetros espaço-temporal e cinemáticos da corrida; 3- Verificar a validade de um método de análise tridimensional sem marcadores, utilizando OpenPose, para a determinação do movimento angular das articulações dos membros inferiores. A revisão sistemática foi realizada de acordo com os protocolos do PRISMA e verificou-se que fortes evidências sugerem que metrônomos, smartwatches e câmeras digitais são eficazes na execução de programas de retreinamento da corrida para intervir e/ou avaliar os resultados da cadência e do padrão de pisada. Para a validação do protótipo BeRun (palmilhas equipadas com sensores de pressão resistivos), vinte e seis voluntários foram analisados através de corridas em diferentes velocidades (8, 12 e 16 km/h). Os resultados demonstraram que no tempo de contato o sistema BeRun apresentou valores médios inferiores ao sistema de referência (-4,66 ms a 8 km/h, -17,07 ms a 12 km/h e -22,10 ms a 16 km/h) e para o tempo da fase aérea o BeRun apresentou valores médios mais altos (4,04 ms a 8 km/h, 17,30 ms a 12 km/h e 22,91 ms a 16 km/h). Na cadência de passo houve concordância excelente entre os métodos em todas as velocidades de corrida e para o tipo de pisada a concordância entre os métodos foi quase perfeita a 8 km/h e forte a 12 e 16 km/h. Para a avaliação da validade de um sistema tridimensional sem marcadores usando o OpenPose, participaram treze voluntários. Os resultados apresentaram uma falta de concordância, classificada como ruim, entre o OpenPose e o sistema de referência para ângulo máximo, ângulo mínimo e amplitude articular dos membros inferiores. Apenas o movimento do joelho mostrou uma concordância moderada durante a corrida a 16 km/h para o joelho direito e esquerdo, e a 12 km/h para o joelho esquerdo. Por meio dos estudos da presente tese conclui-se que metrônomos, smartwatches e câmeras digitais são eficazes na execução de programas de retreinamento da corrida. Já o sistema BeRun mostrou concordância satisfatória com o sistema padrão-ouro em variáveis como cadência de passo e tipo de pisada, independentemente da velocidade da corrida. Por fim, a baixa concordância entre OpenPose e sistema de referência pode ser atribuída ao número limitado de câmeras, posicionamento inadequado, uso de imagens em escala de cinza e ausência de pontos-chave no tronco na reconstrução 3D do OpenPose.
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    Capital, trabalho produtivo e trabalho docente : professores de educação física reproduzindo capital e produzindo lutas nas redes públicas de ensino de Londrina-Paraná
    (2023-07-31) Cândido, Fernando Pereira; Both, Jorge; Souza, Maristela da Silva; Taffarel, Celi Nelza Zulke; Azevedo, Mario Luiz Neves de; Martineli, Telma Adriana Pacifico
    O trabalho é investigado como a mediação entre homem e a natureza, práxis constituinte do ser social, e, diferentemente, como trabalho abstrato, medida do valor e, nesse sentido, trabalho produtivo de capital, como fator associado ao mal-estar e a doença ou, como meio de realização e satisfação do trabalhador. Assim, o problema da investigação foi: como se configura o trabalho do professor de Educação Física (PEF) das redes públicas de ensino no município de Londrina - Paraná, considerando as determinações do trabalho assalariado na sociedade atual? O objetivo geral estabelecido foi: investigar o trabalho do professor de Educação Física (singularidade) enquanto expressão do trabalho assalariado (particularidade) no modo de produção atual (universal). O método funda-se em uma pesquisa de caráter materialista histórico, buscando analisar o trabalhado dos PEF dialeticamente, de forma contraditória e buscando suas conexões para explicar concretamente o fenômeno na perspectiva da totalidade. Na pesquisa de campo: a população foram 284 professores de educação física das redes públicas de Londrina-Pr, enquanto a amostra foi de 209 professores (73,74 % da população). Utilizou os instrumentos QVT-PEF (BOTH et al., 2006) e o QSD (SAMPAIO et al., 2021) para coleta dos dados, empregamos a análise de clusters, considerando as dimensões e avaliação global do QVT-PEF e do QSD, com método de agrupamento de Ward. As diferenças entre os grupos estabelecida com Prova U de Man-Withney; teste Qui-Quadrado para as diferenças entre os grupos; Regressão Linear Múltipla para identificar as variáveis (do QVT-PEF e sociodemográficas) que interferiam nas dimensões da saúde docente, com modelo final identificado pelo método de Bach-ward, considerando alfa < 0,05. Foi considerado nível de significância de 95% (p< 0,05). Quanto aos resultados apresentamos a tese estruturada em 6 capítulos: 1) Introdução; 2) Metodologia; 3) Ensaio sobre o trabalho e suas formas; 4) Reestruturação produtiva e as condições materiais de trabalho do PEF; 5) Artigo da pesquisa empírica sobre influências da satisfação no trabalho na saúde docente; 6) Artigo bibliográfico/documental sobre economia, política e avanço do capital sobre o trabalho dos PEF; finalmente, nas considerações finais, ao discutirmos o avanço do capital sobre o trabalho do professor de Educação Física nas redes públicas de Londrina- Paraná, constatamos que a maior parte dos professores trabalha até 40 horas/semanais nas redes municipal e estadual de ensino, ou 59,81% (125 professores) de 40 a 50 horas. Argumentamos que esta carga horária não é salutar para os professores, considerando este trabalho é de alta demanda e potencialmente pode causar o adoecimento do professor. Delimitamos o trabalho deste professor com as mediações da ideologia burguesa e da alienação do trabalho. Evidenciamos os projetos históricos em disputa, entendendo que a crítica radical à escola capitalista e seus limites, pode colaborar com a análise concreta da realidade concreta e estabelecer outro projeto estratégico e tático, pautado pela superação dos entraves à emancipação humana pelo sujeito revolucionário da história. Apesar do controle externo, da imposição das competências, empreendedorismo, flexibilidade, qualidade total, educação como capital humano, os professores de Educação Física das redes públicas de Londrina também se colocam como produtores de lutas e, nessa condição, não atendem as necessidades do mercado, das coisas/propriedade privada, para buscar a satisfação de seus próprios interesses e de seus alunos, abrindo margem para a construção da consciência que identifique que reproduz sua vida em relações alienadas e, dessa forma, possam buscar a sua superação.
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    Efeito da suplementação de creatina na toxicidade muscular induzida pelo tratamento com doxorrubicina em camundongos C57/BL/6
    (2022-07-18) Cella, Paola Sanches; Deminice, Rafael; Bracarense, Ana Paula Frederico Rodrigues Loureiro; Chimin, Patrícia; Armani, Alessandra Lourenço Cecchini; Rosa Neto, José Cesar; Marinello, Poliana Camila
    Introdução: A doxorrubicina (DOX) é um quimioterápico muito utilizado no tratamento de diversos tipos de câncer. Devido a um aumento na produção de radicais livres a DOX induz miotoxicidade prejudicando a qualidade de vida dos pacientes. Sabendo dos efeitos pleotrópicos da suplementação de creatina no músculo esquelético, o presente estudo tem como objetivo de 1) estudar a miotoxicidade induzida por ciclos de tratamento com DOX e sua capacidade de promover perda de força, massa muscular e função física, parâmetros definidores da sarcopenia e fragilidade em camundongos e; 2) estudar os efeitos da suplementação de creatina sobre esses parâmetros de miotoxicidade induzida pelo tratamento com ciclos de DOX em camundongos. Metodologia: Foram realizados 3 experimentos. Experimento 1- objetivo foi desenvolver um modelo de tratamento de DOX em ciclos, compatível com o tratamento oncológico, útil para estudo de miotoxicidade: camundongos foram expostos a 4 diferentes regimes de tratamento com DOX (16 a 24mg-kg por 10 a 20 dias). Experimento 2- analisar o efeito do tratamento com DOX sobre os principais parâmetros da sarcopenia e fragilidade- perda de força, atrofia muscular e perda de função- em camundongos expostos a 18 mg/kg fracionados em 15 dias. Experimento 3- analisar os efeitos da suplementação de creatina na ração (4%) sobre a perda de força, atrofia e função muscular promovidos pelo tratamento com DOX em camundongos expostos a 16 mg/kg fracionados em 20 dias. Resultados O tratamento com DOX promoveu redução da força 20% (P<0,05) a partir do décimo dia e atrofia muscular, distúrbios compatíveis com a sarcopenia e induziu um escore de fragilidade moderado (P<0,05). A suplementação de creatina modulou a perda de força promovida pela DOX, amenizou a atrofia dos músculos EDL e sóleo, reduziu os níveis de IL-6 (interleucina-6), reduziu a depleção linfoide esplênica retardou a redução do folículo do baço, mas não alterou o escore de fragilidade. Conclusões: O tratamento com DOX promoveu perda de força, função muscular e atrofia, principais definidores da sarcopenia e fragilidade. A suplementação de creatina pode ser uma estratégia para auxiliar a amenizar a perda de força promovida pela DOX.
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    Região dominante de jogadores de futebol determinada por um modelo probabilístico baseado em variáveis cinemáticas instantâneas
    (2022-09-21) Caetano, Fabio Giuliano; Moura, Felipe Arruda; Andrade, André Gustavo Pereira de; Praça, Gibson Moreira; Dal Pupo, Juliano; Misuta, Milton Shoiti
    Os jogadores de futebol se movem constantemente durante a partida para ocupar diferentes regiões do campo com o intuito de gerar oportunidades para sua equipe e prevenir ações ofensivas dos seus adversários. As regiões dominantes são definidas como regiões do campo onde os jogadores conseguem atingir antes dos demais e normalmente são definidas sem considerar as características cinemáticas do deslocamento dos jogadores, ou negligenciam a possibilidade de haver espaços livres no campo. Sendo assim, o objetivo desse estudo foi apresentar uma nova abordagem de representação da região dominante de jogadores de futebol baseada em modelos de movimento criados a partir das posições, deslocamentos, velocidades e acelerações instantâneas dos jogadores. A amostra foi constituída por 109 jogadores brasileiros profissionais de futebol analisados durante partidas oficiais, sendo computados aproximadamente 15 milhões de dados de posição registrados através de um sistema de rastreamento automático. Velocidades e acelerações vetoriais instantâneas dos jogadores foram utilizadas para gerar os modelos de movimento. Posteriormente foi computado um modelo de probabilidade através da função de histograma com normalização por função de densidade de probabilidade e por fim, determinadas as regiões dominantes dos jogadores. A determinação das regiões dominantes pelo modelo proposto foi avaliada em janelas de tempo futuro de um, dois e três segundos. As áreas das regiões dominantes determinadas pelo modelo proposto, os espaços livres e regiões de Voronoi foram calculadas, bem como os valores de área das regiões dominantes e regiões de Voronoi foram comparados. O modelo proposto foi aplicado para determinar a área do jogo, as regiões dominantes das equipes absolutas e relativas à área de jogo durante as partidas considerando o campo todo, as metades e os terços do campo, assim como foi analisada a relação da região dominante relativa das equipes com ações técnicas realizadas. Os valores médios de predições corretas na determinação das regiões dominantes dos jogadores foram 96,56%, 88,64% e 72,31% para as janelas de tempo de um, dois e três segundos, respectivamente. As áreas de região dominante dos jogadores foram inferiores as computadas pelo Voronoi com valores medianos de 73 e 171 m², respectivamente. O valor mediano de área dos espaços livres no campo foi 5.551 m², enquanto para área de jogo foi 1.588 m² e da região dominante das equipes considerando campo todo de 794 m². Os valores de área da região dominante das equipes foram superiores na metade defensiva do campo em comparação a ofensiva, enquanto na comparação entre os terços do campo, o terço médio apresentou maiores valores, seguido pelo terço defensivo e ofensivo. A área de região dominante relativa das equipes apresentou maiores valores para as equipes mandantes em todas as situações (exceto terço médio do campo), assim como apresentaram relação com melhores indicadores nas ações técnicas. A abordagem proposta mostrou-se mais realista, representando a natureza dinâmica da modalidade, e pode ser uma ferramenta útil para avaliar os comportamentos táticos relacionados à exploração espaço-temporal dos jogadores e equipes durante as partidas de futebol
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    Estimulação audiovisual: implicações sobre as respostas psicofisiológicas durante o exercício físico em indivíduos com sobrepeso e obesos
    (2021-04-13) Barreto-Silva, Vinícius; Altimari, Leandro Ricardo; Okano, Alexandre Hideki; Gonçalves, Ezequiel Moreira; Casonatto, Juliano; Nascimento, Matheus Amarante do
    O objetivo desta tese foi analisar os efeitos da estimulação audiovisual (EAV) nas respostas psicofisiológicas de indivíduos sobrepeso e obesos durante o exercício físico a partir da elaboração de dois artigos científicos, com características de complementaridade. Desse modo, o presente estudo foi composto inicialmente por uma revisão sistemática com metanálise, que apresenta de forma geral o estado da arte sobre à EAV e respostas psicofisiológicas durante o exercício físico em indivíduos com sobrepeso e obesos, seguido de um artigo original envolvendo a utilização de EAV durante a prática de exercício físico em indivíduos obesos. A revisão sistemática foi conduzida de acordo com as diretrizes do PRISMA e submetida para registro no banco de dados internacional de revisões sistemáticas PROSPERO. Para a avaliação dos artigos considerou-se dois aspectos principais: análise de viés e o estudo em si, onde os pontos de análise foram criados com base nas sugestões da COCHRANE. Inicialmente, a revisão sistemática foi composta pela seleção de 6 (seis) artigos originais, de forma que apenas 3 (três) foram inclusos na metanálise, calculada utilizando o pacote “meta” no software R, versão 3.5. Os achados apresentaram resultados positivos relacionados à utilização da EAV, em pelo menos uma das variáveis avaliadas, indicando que a EAV se mostrou eficaz em melhorar o desempenho e as respostas afetivas ao programa de treinamento em indivíduos sobrepesos e obesos. Em relação ao artigo original vinte e quatro participantes (28,3 ± 5,5 anos; IMC = 32,2 ± 2,4 Kg/m²) foram submetidos a exercício físico em um cicloergômetro reclinado, em intensidade autosselecionada em três condições experimentais (estimulação sensorial [ES], privação sensorial [PS] e controle [CO]). Parâmetros Perceptivos (foco de atenção e esforço percebido), afetivo (estado afetivo e ativação percebida) e fisiológicos (variabilidade da frequência cardíaca) foram monitorados ao longo das sessões de exercício. A análise de variância one-way para medidas repetidas foi utilizada para comparar as variáveis auto-relatadas e psicofisiológicas (principal e efeitos de interação [5 pontos de tempo × 3 condições]). Os resultados indicam que a ES aumentou o uso de pensamentos dissociativos ao longo da sessão de exercícios (np 2 = 0,19), melhorou os sintomas relacionados à fadiga (np 2 = 0,15) e provocou respostas afetivas mais positivas (np 2 = 0,12) do que CO e PS. Por fim, a partir desses achados, pode-se concluir que a EAV interfere positivamente nas respostas afetivas, perceptuais e de desempenho físico de indivíduos sobrepeso e obesos durante sessões de exercício físico
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    Controle postural de mulheres idosas na visão de diferentes métodos de análise: cognição, fatores determinantes e diferentes intervenções com exercícios físicos
    (2021-04-22) Pereira, Camila; Teixeira, Denilson de Castro; Moura, Felipe Arruda; Amorim, Cesar Ferreira; Probst, Vanessa Suziane; Marchiori, Luciana Lozza de Moraes; Silva Junior, Rubens Alexandre da
    Introdução: Alterações decorrentes do envelhecimento humano podem acarretar inúmeros comprometimentos na funcionalidade da pessoa idosa, dentre eles o controle postural (CP), que é essencial para a realização das tarefas diárias e prevenção de quedas. Objetivo: Analisar o CP de idosas por meio dos métodos de análise no domínio do tempo e no domínio do tempo-frequência, em várias condições de equilíbrio, 1) comparando o CP em idosas com diferentes estados cognitivos, 2) analisando quais fatores podem atuar como determinantes do CP, e 3) verificando os efeitos das intervenções Dança de Salão (DS), Pilates Solo (PS) e Treinamento Aeróbico na esteira (TA) no CP. Métodos: 129 idosas, foram avaliadas em relação ao CP, por meio de uma plataforma de força em cinco condições de equilíbrio: bipodal com olhos abertos (BIOA), bipodal com olhos fechados (BIOF), unipodal (UNIP), bipodal sobre espuma (BIES) e bipodal com realidade virtual (BIRV). A análise dos dados da plataforma foi feita pelo método de análise no domínio do tempo e no domínio do tempo-frequência (frequência baixa, média e alta). Foram avaliados ainda, o estado cognitivo das idosas pelo MoCA (Montreal Cognitive Assessment), o estado de saúde, status de fragilidade, depressão, a composição corporal, a força de pressão manual e de flexão e extensão de joelhos por dinamômetros, as vitaminas D e B12, e a função física pelo Short Physical Performance Battery. As idosas foram alocadas em um dos grupos de intervenção e submetidas à 36 sessões de treinamento durante 12 semanas. Resultados: Na análise no domínio do tempo do CP, idosas com melhor cognição apresentaram menores resultados (p<0.05) nas variáveis de CP que idosas com comprometimento cognitivo, nas condições BIOA, BIES, BIOF e BIRV. Já nos resultados no domínio do tempo-frequência, não foram observadas diferenças significativas (p>0.05) em nenhuma das variáveis e condições testadas. Observou-se também, que variáveis, principalmente a idade, índice de massa corporal, MoCA, depressão, massa magra e força muscular, quando combinadas, conseguem explicar o equilíbrio postural em grande porcentagem. A intervenção DS reduziu os valores das variáveis de CP nas idosas pelo método de análise no domínio do tempo (p<0.05) e apresentou menores valores que os outros grupos em todas as condições testadas. Já o grupo PS mostrou um aumento nas variáveis de CP nas condições BIOA e UNIP. Em relação ao método no domínio do tempo-frequência foi observado que na condição BIOA o grupo de TA apresentou melhoras pós intervenção. Na condição BIOF tanto o grupo TA quanto o DS apresentaram melhora pós intervenção, e o grupo DS apresentou melhores resultados em relação aos outros grupos tanto na condição BIOF como na posição UNIP. Conclusão: As idosas com melhor cognição apresentaram melhor CP que as outras idosas pelo método de análise no domínio do tempo, mas essas diferenças não foram percebidas pelo método no domínio do tempo-frequência. A idade, a composição corporal, a cognição e a força muscular, foram as principais preditoras do CP. Além disso, a intervenção com DS melhorou o CP de idosas, bem como se destacou entre as outras intervenções
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    Influência da motivação, apoio no estágio e preocupações docentes frente a competência profissional de estudantes do curso de licenciatura em educação física ofertado a distância
    (2021-03-22) Belem, Isabella Caroline; Both, Jorge; Souza Neto, Samuel de; Rinaldi, Ieda Parra Barbosa; Farias, Gelcemar Oliveira; Costa, Luciane Cristina Arantes da
    O objetivo deste estudo foi analisar a competência profissional, preocupação docente, motivação inicial e apoio no estágio e motivação acadêmica de estudantes do curso de licenciatura em Educação Física EAD. O estudo foi desenvolvido em três momentos: elaboração de estudos teóricos, validações e estudos empíricos. O primeiro momento foi centrado na realização de revisões sistemáticas acerca da competência profissional, preocupações docentes e motivação acadêmica. Além da escrita de um ensaio sobre o desenvolvimento da educação à distância e sua relação com os estágios. Os resultados das revisões sistemáticas evidenciaram que o tema “Motivação” é o mais investigado, seguido das “Preocupações docentes”, e a “Competência profissional”. Os estudos indicam haver uma relação entre competência e motivação, visto que a motivação atua como mediadora no processo de desenvolvimento das competências, além de preditora no desempenho e permanência no curso. Notadamente há uma escassez na literatura a respeito de estudos que investiguem os estágios na modalidade EAD. No segundo momento foram realizadas as validações dos instrumentos: Escala de Preocupações de Professores e Escala de Motivação Inicial e Apoio Pedagógico. Para tanto, participaram destes estudos alunos terceiro e quarto ano do curso de graduação em Educação Física licenciatura a distância e presencial, que cursavam a disciplina de ECS. Foram empregados os seguintes testes estatísticos: Coeficiente de Validade de Conteúdo, Coeficiente Kappa, Alfa de Cronbach e Análise Fatorial Confirmatória (AFC). O instrumento Escala de Preocupações de Professores final passou a ter 13 itens distribuídos em três dimensões: preocupação consigo, com a tarefa e com o impacto da tarefa, alcançando ajuste psicométrico adequado. A Escala de Avaliação da Motivação Inicial e Apoio Pedagógico mostrou-se adequada e com indicadores psicométricos válidos, sendo que a versão final foi compota por 32 itens distribuídas nas dimensões: Motivação Inicial, Modelo de Formação Educacional, Apoio no estágio e Resultados profissionais. O terceiro momento se refere aos estudos empíricos, no qual fizeram parte 212 acadêmicos de uma instituição privada de ensino superior, todos matriculados nas disciplinas de ECS. Para a coleta de dados foi utilizada uma ficha de identificação, a Escala de Autopercepção de Competência Profissional em Educação Física e Desportos, Escala de Motivação Inicial e Apoio Pedagógico, Escala de Preocupações dos Professores e a Escala de Motivação acadêmica. Para análise dos dados foi utilizado coeficiente de correlação de Pearson, ANOVA de medidas repetidas, ANOVA One-Way e AFC. Os resultados indicaram que os estudantes se percebem competentes, sobretudo quanto a habilidade de motivação, são preocupados consigo e com a tarefa, tem uma percepção positiva acerca de seus resultados profissionais, modelo de formação educacional e apoio no estágio, são motivados para vivenciar estímulos, por identificação e desmotivados. O modelo de competência profissional indicou que a motivação tem um pequeno impacto mediador na competência profissional (ß=0,13). As preocupações têm um grande efeito direto significativo na competência (ß=0,93), bem como a motivação e apoio no estágio (ß= -0,68). As preocupações tiveram efeitos diretos igualmente fortes sobre a motivação acadêmica (ß=0,96). A motivação inicial e o apoio no estágio também apresentaram efeito direto e forte sobre a motivação acadêmica (ß= -0,89). Conclui-se que os estudantes se percebem competentes, sobretudo em suas habilidades, apresentam preocupações consigo e com a tarefa e são desmotivados. Os modelos de formação educacional, resultados profissionais e o apoio no estágio foram fatores que influenciaram de modo positivo os alunos em sua formação e intervenção profissional. Contatou-se que a competência profissional é mediada pela motivação acadêmica, e que as preocupações e motivação e apoio no estágio contribuem para que os estudantes desenvolvam seus conhecimentos e habilidades durante a realização dos estágios
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    Análise de coordenação entre coluna torácica, lombar e pelve de pacientes com lombalgia específica no pré e pós-operatório
    (2020-08-25) Silva, Mariana Felipe; Cardoso, Jefferson Rosa; Kirkwood, Renata Noce; Moura, Felipe Arruda; Felício, Diogo Carvalho; Marques, Inara
    A lombalgia tem alta prevalência na população adulta e pode levar a alterações do padrão de marcha e coordenação entre os segmentos da coluna quando comparado a indivíduos assintomáticos. A hérnia discal lombar e a estenose do canal vertebral são umas das principais causas de lombalgia específica com sintomas que alteram a marcha desses pacientes. A cirurgia para correção dessas disfunções pode ser necessária para o tratamento e estudos demonstraram que a marcha de indivíduos após intervenção cirúrgica assemelha-se a de indivíduos controle devido à melhora dos sintomas, porém pode levar a alterações nas articulações adjacentes. Mudanças nos padrões de coordenação dos movimentos podem ser indicativos de disfunções e estudos com indivíduos com lombalgia demonstram uma coordenação entre segmentos da lombar e pelve em fase. Desta forma, o objetivo geral do trabalho é avaliar as diferenças entre os padrões de coordenação dos segmentos torácicos (superior e inferior), lombares (superior e inferior) e pélvico por meio do Vector Coding além de desfechos clínicos (dor e funcionalidade) de pacientes submetidos a cirurgias para correção de hérnias lombares ou estenose do canal vertebral lombar no período pré e pós-operatórios de um, três e seis meses durante a marcha em velocidade confortável e rápida comparados a indivíduos controle. Este estudo está dividido em dois artigos, o primeiro busca diferenças entre a frequência dos padrões de coordenação de pacientes com diferentes diagnósticos de lombalgia específica (estenose lombar ou hérnia discal lombar) e indivíduos controle durante a marcha em duas velocidades (confortável e rápida); o segundo investiga os ângulos de acoplamento dos padrões de coordenação, bem como desfechos clínicos (intensidade da dor e funcionalidade) entre pacientes com hérnia discal lombar submetidos a procedimentos cirúrgicos nos períodos pré e pós-operatórios de um, três e seis meses, comparados a indivíduos assintomáticos durante a marcha em velocidade confortável. Em ambos os artigos, os dados foram coletados por meio de um sistema de cinemática composto por 10 câmeras optoeletrônicas Oqus 400 (Qualisys Medical AB, Gothenburg, Suécia) com uma taxa de aquisição de 240 Hz. Para o primeiro artigo, foram incluídos vinte e um sujeitos divididos em três grupos: hérnia (n = 6), estenose (n = 4) e controle (n = 11). Foram calculadas as frequências dos padrões de coordenação durante a fase de apoio, oscilação e ciclo total da marcha e foram encontradas diferenças entre todos os grupos com diferenças dependentes da velocidade. Os pacientes com estenose foram o que apresentaram maiores diferenças em relação aos demais grupos, principalmente no plano sagital nos segmentos pelve e lombar inferior e em velocidades rápidas da marcha. Para o segundo artigo, dezoito participantes foram divididos em dois grupos: hérnia (n = 7) e controle (n = 11). Foram avaliados os desfechos clínicos de intensidade da dor e funcionalidade além dos padrões de coordenação durante todo o ciclo da marcha, ponto a ponto por meio da estatística circular. A intensidade da dor reduziu no 1º PósOperatório (PO) (Dif.Média (DM) = 3,4; P = 0,001), no 3º PO (DM = 6,0; P < 0,001) e no 6º PO (DM = 5,0; P < 0,001) comparado ao pré-operatório; a funcionalidade apresentou melhora no 1º PO (DM = 3,8; P = 0,025) e no 3º PO (DM = 7,4; P < 0,001), porém não se manteve no 6º PO. Quanto aos padrões de coordenação, diferenças foram observadas entre os grupos principalmente no plano transversal, na fase de oscilação da marcha, entre os segmentos pelve e lombar inferior. Após a cirurgia, grande parte das diferenças encontradas nos pacientes com hérnia no pré-operatório se igualam ao grupo controle após um mês. Conclui-se que pacientes com diferentes diagnósticos de lombalgia específica apresentam estratégias distintas nos padrões de coordenação e que pacientes com estenose do canal vertebral apresentam dificuldade nas transições de velocidade confortável para rápida. Ainda, pacientes com hérnia, quando submetidos a cirurgia, apresentam melhora nos desfechos clínicos e aproximam-se dos controles quanto aos padrões de coordenação
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    Influência da prática regular de exercício aeróbio e resistido na hipotensão pós-exercício: revisão sistemática com metanálises
    (2013-10-31) Casonatto, Juliano; Polito, Marcos Doederlein; Cardoso, Jefferson Rosa; Nakamura, Fábio Yuzo; Silva, Bruno Moreira; Forjaz, Cláudia Lúcia de Moraes
    Introdução: Diversos estudos têm identificado a ocorrência do fenômeno hipotensão pós-exercício, no entanto, os moduladores dessa queda da pressão arterial após a realização de uma única sessão de exercício ainda permanecem obscuros. Objetivos: Reunir de forma sistemática os resultados de estudos e aplicar o modelo meta-analítico para identificar a influência da prática regular de exercícios físicos de característica aeróbia e resistida sobre a hipotensão pós-exercício em normotensos e hipertensos, além de verificar o impacto de outros possíveis influenciadores do efeito hipotensor, como o estado clínico, duração/volume e intensidade. Métodos: Para contemplar os objetivos propostos, a presente tese foi composta por dois estudos de revisão sistemática com metanálises. O primeiro trata-se de uma revisão sistemática com metanálises para verificar a influência da prática regular de exercícios aeróbios sobre a hipotensão pós-exercício. O segundo realizou uma revisão sistemática com metanálises para verificar a influência da prática regular de exercícios resistidos sobre a hipotensão pós-exercício. As buscas foram realizadas nas bases de dados Medline, Scientific Electronic Library Online (SciELO), Lilacs, EMBASE, SPORTDiscus e EBSCO sem limites de data até setembro de 2013. Os desfechos comparados foram: Pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica, considerando as diferenças entre prática regular de exercício aeróbio, estado clínico, duração/volume e intensidade. Foram avaliadas as diferenças das médias padronizadas e atribuído o tamanho do efeito hipotensivo seguido dos seus respectivos intervalos de confiança. Resultados: O presente estudo foi constituído por 121 estudos (88 com exercício aeróbio e 33 com exercício resistido). Especificamente para as metanálises constitui-se uma sub-amostra de nove estudos envolvendo exercício aeróbio e 19 envolvendo exercício resistido. O efeito hipotensor pós-exercício foi identificado nos dois modelos de exercício, independentemente da prática regular de exercício físico. Os sujeitos classificados como hipertensos apresentaram maior efeito hipotensivo em relação aos normotensos (-1,24; IC95%= -1,61 a -0,87 vs -0,33; IC95%= -0,52 a -0,15 - para pressão arterial diastólica, respectivamente) após a realização de exercício aeróbio. Conclusão: A magnitude da hipotensão pós-exercício não é influenciada pela prática regular de exercícios aeróbios e resistidos. Indivíduos hipertensos apresentam maior efeito hipotensor pós-exercício aeróbio quando comparados a seus pares normotensos. A duração/volume e intensidade aparentemente não exercem influência sobre a hipotensão pós-exercício.
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    Efetividade de intervenções de educação em saúde e dança de salão na saúde metabólica, nível de atividade física, capacidade cardiorrespiratória e hábitos alimentares em mulheres idosas
    (2020-12-10) Scherer, Fabiana Cristina; Teixeira, Denilson de Castro; Cardoso Junior, Crivaldo Gomes; Ribeiro, Alex Silva; Marquez, Audrey de Souza; Benedetti, Tânia Rosane Bertoldo; Tomeleri, Crisieli Maria
    Introdução: A trajetória do envelhecimento pode ser influenciada por fatores relativos ao estilo de vida, como a boa nutrição e a prática de atividade física, que por sua vez, podem promover melhoras na saúde metabólica e, consequentemente redução de agravos à saúde. Neste sentido, torna-se importante, conhecer os efeitos de diferentes tipos de intervenção sobre essas variáveis. Objetivos: Analisar os efeitos de um programa de educação em saúde (VAMOS) e de dança de salão (DS) no nível de atividade física, na capacidade cardiorrespiratória, nos hábitos alimentares e na saúde metabólica de mulheres idosas. Métodos: Ofertou-se o programa VAMOS, uma vez/semana e a DS três vezes/semana, durante 12 semanas em um contexto comunitário no município de Londrina-PR. Participaram 49 mulheres idosas (VAMOS, n = 27 e DS, n = 22; 71 anos), não participantes de programas estruturados de atividade física nos últimos três meses. As análises foram realizadas com os dados pré e pós-intervenções, com resultados de avaliações de atividade física habitual, capacidade aeróbia, hábitos alimentares, antropometria, composição corporal, perfil lipídico [colesterol total, colesterol lipoproteico de baixa densidade (LDL-c), colesterol lipoproteico de alta densidade (HDL-c), triglicerídeos (TG), não HDL-c e índice de Castelli II], glicemia de jejum, estresse oxidativo [produtos avançados de oxidação protéica (AOPP), hidroperóxidos por espectrofotometria (FOX), glutationa reduzida (GSH), superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), potencial antioxidante total plasmático (TRAP) e grupamento sulfidrila (SH)]. Resultados: O grupo DS obteve melhora significativa na capacidade aeróbia (p < 0,05; ES = 0,58) e o grupo VAMOS redução significante do LDL-c (p < 0,05; ES = -0,37). Em ambos os grupos houveram reduções significativas, após as intervenções, na glicemia de jejum, colesterol total, não HDL-c e índice de Castelli II (p<0,05). Em relação ao estresse oxidativo, para o FOX (pró-oxidante), apenas o grupo VAMOS reduziu seus escores pós-intervenção (ES = -0,90) e para o TRAP (antioxidante), somente o grupo DS aumentou significativamente seus escores (ES = 1,22). Foi observado também aumento para os biomarcadores anti-oxidantes GSH, SOD e CAT para ambos os grupos de intervenção (p<0,05). Conclusões: O programa DS traz importantes benefícios na capacidade aeróbia e no antioxidante TRAP nas mulheres idosas participantes do estudo, já o programa VAMOS promove a redução do colesterol LDL-c e biomarcador pró-oxidante FOX. Ambas as intervenções são capazes de reduzir a glicemia em jejum, colesterol total, não HDL-c e índice de Castelli II e aumentar os antioxidantes GSH, SOD e CAT
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    Caracterização de jogadores de e-sport e respostas da neuromodulação sobre o desempenho cognitivo
    (2023-03-10) Takabayashi, Priscila Chierotti; Altimari, Leandro Ricardo; Okazaki, Victor Hugo Alves; Okano, Alexandre Hideki; Buzzachera, Cosme Franklim; Okuno, Nilo Massaru
    O aumento da prática de esportes eletrônicos (e-sport) tem ocorrido de forma rápida e exponencial nas últimas décadas. Atividade antes exclusiva de momentos de lazer, atualmente movimenta cerca de 1,6 bilhão de dólares em prêmios. Essa atividade tem como principais características a alta carga mental, na qual os praticantes permanecem por várias horas com elevada demanda de processo executivo e de atenção e necessitam realizar tomada de decisão rápidas e precisas. Logo, o objetivo desta tese foi caracterizar jogadores de e-sport e analisar respostas da neuromodulação sobre o desempenho cognitivo. Para tanto, o estudo foi composto por dois artigos originais, o primeiro procurou caracterizar praticantes de e-sport com relação ao número de horas de jogo, nível de atividade física (NAF), índice de massa corporal (IMC), qualidade de sono (QS) e vigor mental (VM), por meio de uma pesquisa descritiva, realizada com auxílio de um questionário auto reportado, anônimo on-line e transversal, que foi respondido por 123 praticantes de jogos eletrônicos distintos. Os dados foram analisados a partir de estatística descritiva, onde os resultados indicaram que em média os sujeitos praticavam 4h por dia de jogo durante cinco (5) dias na semana, onde 80% desses indivíduos apresentaram indicadores de moderado e alto NAF, porém com baixos níveis de QS e VM. Além disso, 52% foram classificados com sobrepeso e obesidade enquanto 48% estão com o peso ideal e abaixo do peso. Já o segundo estudo investigou possíveis efeitos da estimulação por corrente contínua-alta definição (ETCC-HD) no desempenho cognitivo de jogadores de League of Legends (LoL), e contou com a participação de 15 sujeitos (13 do sexo masculino e 2 do sexo feminino), com no mínimo dois anos de prática que realizaram familiarização a situações as quais seriam submetidos. Os jogadores foram submetidos a duas condições experimentais em um estudo, randomizado e placebo-controlado, sendo uma condição experimental de ETCC-HD Anódica (2mA) e a outra estimulação Sham-controle (ETCC-HD Sham) na região do córtex pré-frontal dorsolateral esquerdo. O estudo foi realizado inicialmente com a coleta dos dados de repouso, onde foi avaliada a atividade elétrica cortical, respostas ao questionário de bem-estar (QBE), seguido do teste de Stroop incongruente por 10 minutos (Tempo de reação - TR e Acurácia - ACU). Posteriormente foi realizada a intervenção com ETCC-HD por 20 minutos, e ao final realizado novamente o teste de Stroop incongruente. Para análise estatística dos dados foi utilizada ANOVA Two-way para medidas repetidas, seguida do teste de Tukey. O nível de significância adotado foi de p < 0,05. Nenhum efeito significante foi encontrado para o TR, a ACU e o QBE entre as condições ETCC-HD Anódica e ETCC-HD Sham, nos momentos pré e pós experimento (p > 0,05). Os resultados demonstraram que os jogadores de e-sport, embora pudessem ser ativos fisicamente, apresentaram baixos níveis de QS e VM e a maioria está em sobrepeso e obesidade. Além disso, constatou-se que a ETCC-HD Anódica não possibilitou benefícios adicionais aos parâmetros de desempenho cognitivo e de bem-estar dos jogadores de LoL.
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    Forças de contato no joelho e análise da demanda muscular durante atividades funcionais em pacientes com osteoartrite de joelho : análises com modelo musculoesquelético
    (2023-04-14) Pelegrinelli, Alexandre Roberto Marcondes; Moura, Felipe Arruda; Sarro, Karine Jacon; Santiago, Paulo Roberto Pereira; Lucareli, Paulo Roberto Garcia; Okazaki, Victor Hugo Alves
    A intensidade da força de contato tibiofemoral e a distribuição entre os compartimentos do joelho são relacionados ao desenvolvimento e progressão da osteoartrite (OA). Estas forças de contato durante atividades funcionais podem ser estimadas de forma não-invasiva, utilizando modelos musculoesqueléticos (MSK). As tarefas de marcha, sentar e levantar são consideradas algumas das atividades funcionais mais relevantes e, quando afetadas pela OA, têm impacto na qualidade de vida dos pacientes. Para análises das forças tibiofemoral durante estas tarefas é importante a escolha e definição do modelo mais adequado. Desta forma, o objetivo geral da tese foi identificar as alterações nas forças de contato no joelho durante a marcha, o sentar e levantar em pacientes afetados pela OA. A tese foi dividida em três estudos. No primeiro, o objetivo foi de identificar o melhor modelo MSK para predizer a força de contato vertical no joelho e nos compartimentos medial e lateral. No segundo estudo, as alterações na força de contato no joelho e da demanda muscular durante a marcha foram comparadas entre pacientes com OA de joelho e indivíduos controles. Além disso, um modelo de predição baseado em aprendizagem de máquina foi empregado para identificar as variáveis cinemáticas e cinéticas mais relevantes e testar a capacidade de predizer os picos de força tibiofemoral. Por fim, no último estudo, foram analisadas as tarefas de sentar e levantar quanto às forças musculares e no joelho em pacientes com OA. No primeiro estudo, o modelo adaptado proposto foi o que melhor estimou as forças de contato vertical total e nos compartimentos medial e lateral para as atividades de sentar e levantar. Os resultados foram comparados com dados medidos in vivo em pacientes com uma prótese instrumentada de joelho. Para a marcha os resultados foram similares entre os modelos analisados. Diante desse resultado, o modelo adaptado foi empregado para as análises nos estudos 2 e 3, para a comparação entre pacientes com OA grave de joelho e controles saudáveis. No estudo 2, utilizando um modelo preditivo, generalized linear model (GLM), o primeiro pico de força vertical total no joelho e os dois picos no compartimento medial foram preditos com um erro em torno de 6 a 10% do pico calculado. O momento extensor do joelho e o abdutor do quadril foram as variáveis mais relevantes para predizer as forças total e no compartimento medial, respectivamente. Ainda, a comparação entre os grupos mostrou maiores valores de vale entre os picos para a força de contato vertical no grupo OA comparado aos controles. Adicionalmente, os pacientes com OA modificaram a marcha para reduzir a força no compartimento medial comparado aos controles. Por fim, no último estudo a tarefa de sentar foi a mais afetada na OA de joelho comparado ao levantar. A força muscular dos vastos foram reduzidas no grupo OA durante a atividade sentar, onde a contração é principalmente excêntrica. Para as duas tarefas, as força vertical total e no compartimento medial foram menores comparado aos controles. O grupo OA apresentou uma estratégia compensatória impondo maiores cargas no membro não afetado em comparação ao lesionado. Desta forma, concluímos que o modelo musculoesquelético, identificado como o que melhor estimava as forças de contato, foi capaz de encontrar diferenças durante as tarefas funcionais em pessoas com OA grave de joelho. Os resultados da tese indicam um grande potencial de, por meio de modelos de aprendizagem de máquina, predizer os resultados de força de contato tibiofemoral a partir de variáveis mais simples de serem calculadas. Por fim, os estudos indicam importantes modificações nas forças de contato tibiofemoral durante atividades funcionais em pessoas com OA grave de joelho. As alterações encontradas são associadas a diferentes estratégias de minimizar a compressão no compartimento medial. Dessa forma, exercícios de retreinamento da marcha e treino excêntrico da musculatura extensora do joelho devem ser estudados quanto à capacidade de minimizar as diferenças encontradas no presente estudo.
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    Aprimorando a aptidão física no câncer de mama : uma revisão sistemática e meta-análise sobre o tipo, duração, frequência, intensidade e volume do exercício físico
    (2023-10-29) Palma, Guilherme Henrique Dantas; Deminice, Rafael; Rezende, Leandro Fórnias Machado de; Christófaro, Diego Giuliano Destro; Cardoso Junior, Crivaldo Gomes; Almeida Junior, Ademar Avelar de
    O câncer de mama (CM) é o mais prevalente no sexo feminino, contribuindo com alta mortalidade. Embora o número de sobreviventes tenha crescido substancialmente, desafios no enfrentamento do câncer de mama permanecem. Dentre as medidas não farmacológicas o exercício físico é reconhecido como medida importante na melhora da qualidade de vida e aptidão física em mulheres com câncer de mama; contudo, a literatura apresenta lacunas com relação às variáveis e características do exercício físico para essa população, aspectos que devem ser avaliados no momento da prescrição. Além disso, a diversidade de protocolos pode ser uma barreira para a tomada de decisão clínica. Portanto, o objetivo dessa revisão sistemática e meta-análise foi investigar o efeito de componentes do treinamento sobre a capacidade física de mulheres com CM. Uma revisão sistemática foi conduzida utilizando as bases de dados MEDLINE, SportDiscuss, SciELO e Embase. Após os processos de identificação e triagem, baseados nos critérios de elegibilidade, 44 estudos foram incluídos. As informações relacionadas aos componentes do treinamento, força muscular, massa magra e capacidade cardiorrespiratória, avaliada por meio do teste de caminhada de 6 minutos, foram extraídas e o tratamento meta-analítico foi realizado utilizando o modelo de efeito randômico. Para todas as análises, o valor de significância estatística foi determinado como P<0,05. De maneira geral, a prática de exercícios aumenta a força muscular (0.473, IC95% 0.283, 0.664), a massa magra (0.252, IC95% 0.124, 0.379) e a capacidade cardiorrespiratória (0.622, IC95% 0.302, 0.942). Os exercícios aeróbicos não foram capazes de aprimorar a força muscular e a massa magra, enquanto os exercícios combinados foram capazes de aprimorar todas as variáveis avaliadas. Os exercícios supervisionados apresentaram maior magnitude de efeito em todas as análises, enquanto parece ser desejável considerar ao menos a prática de exercícios duas vezes por semana. Protocolos de exercício de intensidade moderada a alta apresentaram maior magnitude de efeito para as variáveis estudadas. Conclui-se que o exercício físico é eficaz em aprimorar a força muscular, massa magra e capacidade cardiorrespiratória em mulheres com CM. A força muscular foi aprimorada independentemente do momento do tratamento oncológico. Os exercícios combinados e supervisionados apresentaram maior tamanho de efeito e devem ser considerados na prescrição do exercício. O treinamento deve ocorrer ao menos duas vezes por semana, priorizando protocolos de maior intensidade.
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    Efeito agudo dos exercícios físicos aeróbico e funcional em variáveis cognitivas e emocionais de pacientes internados para o tratamento dos transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas
    (2023-03-08) Malagodi, Bruno Marson; Serassuelo Júnior, Hélio; Aguiar, Andreo Fernando; Okano, Alexandre Hideki; Carmo, David Roberto do; Ferreira, Sionaldo Eduardo
    As bases neurobiológicas do Transtorno por Uso de Substância (TUS) têm recebido crescente atenção de diversas áreas de pesquisa, uma vez que uma melhor compreensão dos mecanismos cerebrais e cognitivos ligados ao comportamento de dependência tem permitido a busca por tratamentos mais eficazes. Sessões agudas de exercícios físicos têm sido relacionadas a melhoras na função cognitiva, influenciando de maneira benéfica aspectos como o controle inibitório, nível de fissura, e humor, porém os estudos têm em sua maioria focado apenas em exercícios aeróbios. Dessa forma, objetivo do presente estudo foi investigar o efeito agudo de dois tipos diferentes de exercícios físicos na resposta afetiva ao exercício, estado de humor, nível de fissura e no controle inibitório de indivíduos internados para o tratamento de TUS. Para tanto, 43 indivíduos (31 homens e 12 mulheres) com pelo menos 12 meses de diagnóstico e na fase inicial do processo de tratamento, todos os indivíduos com idades dos 19 aos 40 anos (27,63 ± 5,94 anos) foram submetidos a duas sessões de exercícios físicos de intensidade moderada (uma aeróbia e uma funcional) e uma sessão controle, com intervalo de 48 horas entre elas. Antes e imediatamente após as sessões, os indivíduos responderam a questionários sobre a ativação percebida, resposta afetiva, fissura e estado de humor. Foi analisado o controle inibitório por meio do protocolo Go-NoGo. Os dados foram tratados por estatística descritiva e análise de correlação de Pearson entre as variáveis no momento pré-intervenção. Uma análise de variância (ANOVA) de medidas repetidas (pré versus pós exercício versus pré e pós condição controle) foi usada para comparar variáveis dependentes (humor, resposta afetiva, ativação percebida, controle inibitório e nível de fissura) entre os grupos e os momentos para cada sessão. Foi adotada significância de p < 0,05. Os resultados mostraram influência positiva em ambas sessões de exercícios físicos moderados nas variáveis do controle inibitório (redução no número de erros específicos, do tempo de reação específico e do tempo de reação geral), estado de humor (redução dos níveis de tensão, depressão, raiva, fadiga e confusão) e das respostas afetivas (sensação de prazer/desprazer e de ativação alta/baixa), sem alterações para a sessão controle. Não foram detectadas diferenças significativas para o vigor e o nível de fissura em nenhuma das sessões. Da mesma forma, não se observaram efeitos da capacidade cardiorrespiratória e do nível de atividade física prévio dos participantes na amplitude das mudanças. Pelos dados obtidos conclui-se que sessões de exercícios físicos aeróbios e funcionais de intensidade moderada proporcionam incrementos em aspectos cognitivos e emocionais para indivíduos em processo de reabilitação para o TUS, reforçando o potencial benéfico da prática de exercícios físicos como estratégia segura, viável e eficaz no tratamento dessa condição.
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    Efeito da estimulação transcraniana por corrente contínua e da demanda da tarefa na aprendizagem e no controle motor
    (2023-02-27) Guimarães, Anderson Nascimento; Okazaki, Victor Hugo Alves; Ugrinowitsch, Herbert; Teixeira, Luís Augusto; Altimari, Leandro Ricardo; Lage, Guilherme Menezes
    Os objetivos da presente tese foram: sistematizar o conhecimento da literatura sobre os efeitos da ETCC na aprendizagem motora e analisar o efeito da ETCC na aprendizagem e no controle de habilidades com diferentes demandas cognitivas reguladas via feedback online. Um estudo de revisão sistemática foi realizado com artigos recuperados em 10 bases de dados e publicados até o ano de 2021. O efeito da ETCC demonstrou ser dependente das características da tarefa motora e das especificações de montagem da ETCC (natureza da estimulação, local da estimulação e tempo/sessão de estimulação). O córtex motor primário (M1) e o cerebelo (CC) são as estruturas que mais apresentam efeito na aprendizagem motora. Como o M1 e o cerebelo exercem funções motoras relacionadas com a execução de tarefas motoras com menor ou maior demanda cognitiva, um estudo experimental foi realizado. A ETCC anódica foi aplicada em três grupos (M1, CC e sham), durante a prática de tarefas de desenhar um quadrado com a mão esquerda, com diferentes demandas cognitivas (experimento I: tarefa com menor demanda cognitiva; experimento II: tarefa com maior demanda cognitiva). Nos dois experimentos, os três grupos melhoram seus desempenhos após a prática, reduzindo o tempo de movimento e o tempo em erro, bem como a quantidade de submovimentos e picos de velocidade, e mantiveram este desempenho nos testes de retenção. Todavia, os desempenhos dos grupos M1 e CC não foram superiores em nenhum momento comparado ao grupo sham, demonstrando que a ETCC anódica no M1 e no cerebelo não proporcionou efeitos positivos na aprendizagem motora ou no controle motor das tarefas de desenho com diferentes demandas cognitivas. Isso pode ter ocorrido devido à variabilidade intra e interindividual dos participantes à estimulação cerebral. Em suma, além de o efeito da ETCC ser dependente da interação entre as especificações de montagem da ETCC e as características da tarefa motora, bem como da quantidade suficiente de prática motora, o efeito da ETCC na aprendizagem motora e, possivelmente, no controle motor, parece também depender da sensibilidade intra e interindividual dos participantes à estimulação cerebral. O efeito do processo natural de prática motora parece ser suficiente para que as adaptações necessárias ao estabelecimento da aprendizagem motora e das melhorias no controle motor em pessoas pouco sensíveis à estimulação cerebral ocorra.
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    Esporte e educação : competências da dupla carreira de estudantes-atletas do estado do Paraná
    (2023-08-29) Grubertt, Guilherme Alves; Serassuelo Júnior, Hélio; Alvarez, Miquel Torregrossa; Aburachid, Layla Maria Campos; Costa, Felipe Rodrigues da; Dourado, Antonio Carlos
    No âmbito da ciência do esporte, os desafios da combinação entre a formação educacional ou vocacional e esporte é denominada dupla carreira. As competências relacionadas a dupla carreira são caracterizadas pelo conjunto de atitudes, habilidades e conhecimentos que permitem os atletas combinarem de maneira efetiva a formação educacional com a carreira esportiva. Diante de todas as características multifatoriais do processo de adaptação humana, as etapas de transição da dupla carreira devem ser consideradas tanto em termos de desenvolvimento como em um âmbito holístico. Até o momento, os trabalhos realizados no Brasil que identificaram e quantificaram características da dupla carreira não investigaram as competências dos estudantes-atletas utilizando instrumentos específicos baseados em uma abordagem holística. Assim, o objetivo geral do presente estudo foi analisar as competências, atitudes e habilidades da dupla carreira de estudantes-atletas do estado do Paraná-Brasil através de investigações com delineamento quantitativo. Os objetivos específicos foram: (1) apresentar as propriedades psicométricas e evidências de validades de conteúdo, baseada na estrutura interna e resposta aos itens da versão brasileira do Dual Career Competency Questionnarie for Atlhetes (DCCQ-A); (2) investigar em que medida os escores das competências da dupla carreira variam para estudantes-atletas de ambos os sexos, tipos de instituições de ensino (IES) e nível de escolaridade. Para tanto, foram avaliados 745 estudantes-atletas (Midade17,3 + 5,4; sexo feminino 54%; estudantes-atletas com deficiência 8%) do Programa de bolsas do estado do Paraná – Geração Olímpica e Paralímpica. A versão Brasileira do DCCQ-A apresentou propriedades psicométricas satisfatórias através cálculo da validade de conteúdo, da análise fatorial confirmatória e índices de ajuste excelentes (CFI = 0.982, TLI = 0.980, SRMR = 0.057, RMSEA = 0.056). A análise Rasch multidimensional indicou uma excelente consistência interna das pontuações e uma boa discriminação dos participantes. Além disso, houve resultados estatisticamente significativos no efeito principal para sexo (F(4, 738) = 17,782, p < 0,001), instituição de ensino (F(4, 738) = 5,509, p <0,001) e escolaridade (F(4, 738) = 3,335, p<0,05). Estudantes-atletas do sexo feminino de IES públicas apresentaram escores maiores para a gestão da dupla carreira (M = 4,23 + 0,38) quando comparados ao sexo masculino de IES públicas (M = 4,03 + 0,04). Em IES privadas, estudantes-atletas do sexo feminino apresentaram escores menores da competência consciência emocional (M = 3,73 + 0,04). Escores de consciência emocional também foram menores para estudantes-atletas do sexo feminino nos dois tipos IES (ensino básico, M = 3,78 + 0,03; p < 0,05; ensino superior, M = 3,66 + 0,06; p < 0,001). Devido a robustez psicométrica da versão brasileira do DCCQ-A, esse instrumento indica uma contribuição importante para a aplicabilidade prática e de pesquisa da psicologia do esporte. Os resultados desse estudo demonstraram a relevância das competências da dupla carreira e recomenda que as diferenças entre sexo e IES devem ser consideradas no desenvolvimento da dupla carreira. Esse desfecho pode auxiliar treinadores, gestores do esporte, estudantes-atletas e todos os envolvidos a compreenderem e otimizarem suas atitudes referentes a dupla carreira, além de auxiliar pesquisadores a avançar o conhecimento nessa área tão recente no Brasil.
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    Efeito da restrição de fluxo sanguíneo nos membros inferiores sobre o desempenho e respostas psicofisiológicas em corrida de 10 KM
    (2023-03-14) Gabardo, Juliano Moro; Altimari, Leandro Ricardo; Almeida Junior, Ademar Avelar de; Casonatto, Juliano; Polito, Marcos Doederlein; Osiecki, Raul
    A restrição de fluxo sanguíneo (RFS) no exercício tem sido utilizada sobretudo nas modalidades de força, com objetivo de aumentar a intensidade do exercício. No endurance esta técnica começou a ser investigada recentemente com o propósito de aumentar o aporte de oxigênio nos músculos ativos e consequentemente melhorar o desempenho. A RFS tem sido realizada em diferentes protocolos de aplicação, e nos esportes de endurance previamente ao exercício como estratégia ergogênica. Contudo, existem poucos estudos que, de fato, confirmam sua efetividade, especialmente quando se discute a validade ecológica no contexto esportivo (ex: testes contrarrelógio). Assim, o objetivo do presente estudo foi investigar o efeito da RFS realizada nos membros inferiores sobre o desempenho e respostas psicofisiológicas em corrida de 10 km. Para tanto, foi realizado um estudo com delineamento cross over, randomizado e balanceado. A amostra foi composta por 12 corredores amadores voluntários do sexo masculino (idade: 26,4 ± 4,7anos; massa corporal: 70,96 ± 6,12kg; estatura: 1,74 ± 0,03m; tempo de experiência: 4,5 ± 3,4anos; tempo de prova de 10 km: 42,6 ± 7min). Na primeira sessão experimental foi realizada avaliação antropométrica, familiarização na pista de atletismo e ancoragem da escala de percepção subjetiva de esforço PSE (6-20) (Borg, 1982). Na segunda e terceira sessões foram realizados os testes de corrida contrarrelógio de 10 km. Previamente aos testes de corrida foi aplicada a RFS ou Sham. Pré e pós aplicação da RFS ou Sham foi aferida a pressão arterial. Antes, durante e após a RFS e Sham foi mensurada a oxigenação muscular e a frequência cardíaca (FC). Durante os testes de corrida, além da PSE reportada pelos participantes a cada volta (400m), foi obtida a FC e o tempo por volta. Comparado com Sham, a RFS melhorou o desempenho da corrida na distância de 10 km em pista para o grupo todo (n =12; RFS: 2674 ± 405s vs Sham: 2701± 400s; t = -2,589; P = 0,02), e para o grupo “competidores” (n = 6; RFS: 2334 ± 194s vs Sham: 2366 ± 194s; t = -2,576; P = 0,05). A mínima mudança detectável (MMD) foi de 19,96s, com 8 (oito) participantes com melhora no desempenho de corrida abaixo da MMD, 2 (dois) sem efeito algum e 2 (dois) com efeito negativo, acima da MMD. O tempo analisado a cada km foi menor na condição RFS no grupo todo e nos “competidores” (F = 7,383; P = 0,02; ?p² = 0,402 e F = 6,971; P = 0,046; ?p² = 0,582, respectivamente). O último quilômetro apresentou um tempo (s) significantemente menor quando comparado ao penúltimo para as duas condições experimentais, e em todos os grupos. O delta do tempo entre os dois últimos kms apontou que, a RFS proporcionou uma queda significantemente maior no tempo médio do que o Sham, para o grupo total (P < 0,001). Foi analisado qual ponto no teste, onde de fato, ocorreu a diferença entre as condições através de parciais meio e quartis. As parciais meio não tiveram diferença, as parciais quartis apontaram que a RFS foi menor no terceiro quartil (do 5º ao 7,5º km; RFS: 684 ± 107s vs 694 ± 109s; P = 0,04). A velocidade, analisada a cada km, foi significantemente maior na condição RFS para o grupo todo (F = 7,211; P = 0,02; ?p² = 0,396). A PSE, FC e amplitude da FC apresentaram efeito do tempo (P < 0,001). A FC apresentou maiores valores na condição RFS (F = 8,097; P = 0,02) do segundo ao décimo quilômetro. Ainda, na FC normalizada pelos valores prévios ao início da corrida, foi encontrado efeito do tempo e diferença entre as condições (RFS vs Sham; F = 7,136; P = 0,02). A PSE aumentou significantemente na última volta nas duas condições (RFS e Sham) para o grupo total e competidores, nos recreacionais ocorreu somente para a condição Sham. As resposta da pressão sistólica teve redução após o procedimento de oclusão arterial (PAS-RFS: pré: 142 ± 12mmHg vs pós: 136 ± 9mmHg; P = 0,009). Os dados de oxigenação (O2Hb) e desoxigenação (HHb) muscular comprovou que a condição RFS (220mmHg), de fato, restringiu o fluxo sanguíneo para os membros inferiores, enquanto na condição Sham (20mmHg) isso não ocorreu (RFS vs Sham: P < 0,001), valor respectivo as duas variáveis. Os resultados sugerem que a RFS aplicada previamente ao teste de corrida de 10 km melhorou o desempenho, que aconteceu especificamente no grupo dos atletas competidores, no momento final do teste. Esses resultados indicam que a estratégia prévia de ocluir os membros inferiores resulta numa melhor performance, denotada também pela carga interna de esforço maior mesmo sem alterar a percepção, em contexto esportivo, sobretudo nos atletas com performance de competidores regionais.
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    Efeito de dois tipos de progressão no treinamento de força sobre a força, hipertrofia e resistência muscular em mulheres jovens destreinadas
    (2023-08-03) Costa, Bruna Daniella de Vasconcelos; Cyrino, Edilson Serpeloni; Ugrinowitsch, Carlos; Souza, Eduardo Oliveira de; Silva, Renato Barroso da; Tricoli, Valmor Alberto Augusto
    Introdução: A aplicação do princípio da sobrecarga progressiva no treinamento de força (TF) é de fundamental importância, sobretudo, para otimizar as adaptações musculares (força, hipertrofia e resistência muscular). Entretanto, o estabelecimento da estratégia de progressão mais adequada tem sido um grande desafio para a comunidade científica. Objetivo: Comparar o efeito de dois tipos de progressão no TF sobre a força, resistência e hipertrofia muscular em mulheres jovens. Métodos: Trinta e cinco mulheres destreinadas, entre 18 e 35 anos, foram recrutadas e alocadas de maneira aleatória em um dos dois grupos, a saber: (1) progressão simples, por meio do aumento do peso (SIMPprog), ou (2) progressão dupla, por meio do aumento do peso e do número de séries (DUPprog). Inicialmente, ambos os grupos foram submetidos a um programa de TF para os diferentes segmentos corporais (tronco, membros superiores e inferiores), em uma frequência de três sessões semanais, em dias alternados, com duas séries de 8-12 repetições máximas (RM) para cada exercício, durante duas semanas. A partir daí, o grupo SIMPprog permaneceu realizando duas séries em todos os exercícios ao longo das oito semanas de intervenção, ao passo que o grupo DUPprog progrediu para três séries da terceira a quinta semana e para quatro séries da sexta a oitava semana. O peso foi ajustado em todos os exercícios ao longo do tempo em ambos os grupos. A força e a resistência muscular foram avaliadas por meio do teste de uma repetição máxima (1-RM) e de repetições máximas (60% 1-RM), nos exercícios leg press 45° e supino reto com barra. A hipertrofia muscular foi analisada por meio da espessura muscular dos músculos da coxa anterior (vasto intermédio e reto femoral) e lateral (vasto intermédio e vasto lateral), flexores (bíceps braquial e braquial) e extensores do cotovelo (cabeça longa do tríceps). Resultados: Aumentos na força e resistência muscular (P < 0,05) foram revelados em ambos os grupos para os exercícios leg press 45° (1-RM: SIMPprog = 23,9% vs. DUPprog = 27,4%; 60% 1-RM: SIMPprog = 57,0% vs. DUPprog = 59,0%) e supino reto com barra (1-RM: SIMPprog = 16,5% vs. DUPprog = 15,8%; 60% 1-RM: SIMPprog = 29,8% vs. DUPprog = 34,9%), sem diferença entre eles (P > 0,05). Ambos os grupos apresentaram aumentos da espessura muscular (P < 0,05) dos flexores (SIMPprog = 7,4% vs. DUPprog = 9,8%) e extensores do cotovelo (SIMPprog = 14,3% vs. DUPprog = 13,7%), sem diferença entre eles (P > 0,05). Adicionalmente, aumentos significantes (P < 0,05) foram encontrados em ambos os grupos para a espessura muscular da coxa anterior e da coxa lateral, após oito semanas de TF. Entretanto, diferenças significantes entre os grupos foram identificadas tanto na espessura muscular da coxa anterior (SIMPprog = 7,8% vs. DUPprog = 13,5%; P = 0,03), quanto da espessura muscular da coxa lateral (SIMPprog = 7,1% vs. DUPprog = 10,3%; P = 0,04). Conclusão: Os resultados sugerem que o aumento gradativo no número de séries por exercício no TF parece ser uma estratégia de progressão mais eficiente para hipertrofia muscular de membros inferiores do que simplesmente o aumento do peso. Entretanto, ambas as estratégias se mostraram efetivas para a melhoria da força e resistência muscular nos diferentes segmentos corporais, assim como para hipertrofia muscular de membros superiores.
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    Efeitos da fotobiomodulação no desempenho de atletas de futebol em jogos de campo reduzido
    (2022-10-19) Souza, Edirley Guimarães de; Ramos, Solange de Paula; Dourado, Antônio Carlos; Gonçalves, Helcio Rossi; Buzzachera, Cosme Franklin; Gomes, Paulo Sergio Chagas; Milanez, Vinícius Flávio
    O treinamento de atletas de futebol com jogos de campo reduzido (JCR) promove adaptações aeróbias e anaeróbias, na capacidade de realizar sprints, bem como a habilidade em realizar mudanças de direção. Além disso, também permite o aprimoramento das habilidades técnicas, táticas e de tomada de decisão. Dependendo do número de jogadores, regras e dimensões do campo, as sessões de JCR podem impor grande carga externa e interna aos jogadores. O uso de métodos ergogênicos associados ao JCR podem promover aumento do desempenho na sessão, reduzindo a fadiga. A fotobiomodulação é uma modalidade de tratamento com aplicação de luz de baixa potência, com comprimento de onda do vermelho ao infravermelho longo, para indução de fenômenos biológicos nos tecidos vivos. Estudos demonstram que a FBM tem efeito ergogênico em algumas modalidades de exercício aeróbios e anaeróbios. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da FBM sobre a carga externa e interna de trabalho, e no desempenho em acelerações e desacelerações e redução da fadiga em uma sessão de treino com JCR. Esta tese foi dividida em dois estudos. O estudo 1 analisou o efeito da FBM sobre o impulso de treinamento baseado em zonas de FC (TRIMPEdwards) e na distância total e percorrida em cinco zonas de velocidade. O estudo 2 determinou o efeito da FBM em séries consecutivas de JCR nas variáveis de número, tempo e distância total percorrida em acelerações e desacelerações. Ambos os estudos contaram com a participação de dezesseis jogadores de futebol juvenil sub-17, do sexo masculino, que foram submetidos a duas sessões de treinamento utilizando protocolo de JCR (4 x 4; 8 x 4 min; 20 x 30 m; Stop Ball), com a aplicação de FBM (630 nm, 4,5 J/cm2, 6 J em 17 pontos de cada membro inferior) ou placebo (CON). No estudo 1, não foram encontrados efeitos significativos da FBM na TRIMPEdwards (F(1,30) = 0,01532; p = 0,90; ?2 = 0,03), distância total por JCR (F (1,15) = 0,35; p = 0,56; ?2 = 0,24) e distância por zonas de velocidade: zona 1 (F(1, 30) = 0,018; p = 0,89; ?2 =0,02), zona 2 (F (1, 30) = 0,3708; p = 0,54; ?2 = 0,47), zona 3 (F(1, 30) = 0,4537; p = 0,50; ?2 = 0,51) e zona 4 (F(1, 29) = 3,874; p = 0,99; ?2 = 3,40). Apenas houve efeito do tempo na distância por jogo (F (7, 105) = 0,3522; p = 0,56; ?2 = 10,28), na carga interna (F (3.861, 115.8) = 3,781; p = 0,006; ?2 = 3,54), e na distância nas zonas 2 (F (4.681, 140.4) = 5,468; p = 0,002; ?2 = 9,32) e zona 3 (F (4.368, 131,0) = 3,234; p = 0,01; ?2 = 6,23). Desta forma, concluímos que a aplicação da FBM na dosimetria utilizada, não foi capaz de promover efeito ergogênico sobre a carga interna e externa em séries de JCR. No estudo 2, as variáveis acelerações e desacelerações não apresentaram interação entre as séries de JCR e o tratamento. As variáveis de JCR apresentaram apenas diferença intragrupo para número total de acelerações (F (7, 105) = 6,808; p<0,0001; ?2= 11,68), aceleração de alta intensidade (F (7, 105) = 2,58; p = 0,01; ?2 = 5,03), desacelerações totais (F (7, 105) = 0,97; p= 0,006; ?2= 5,69) e de muito alta intensidade (F (7,105) = 2,14; p= 0,04; ?2= 4,07). Na sessão FBM, houve redução do número de acelerações entre o JCR 1 e o 2 (p=0,01), 4 (p=0,02), 5 (p=0,0003), 6 (p=0,002), 7 (p=0,01) e 8 (p=0,002). A sessão CON apresentou redução no JCR 5 (p=0,04), 6 (p=0,008) e 8 (p=0,003). Para acelerações de alta intensidade foram encontradas diferenças apenas no grupo CON no JCR 6 (p=0,01) e 8 (p=0,01) em relação a primeira série. A sessão CON também apresentou redução do número de desacelerações de alta intensidade no JCR 5 (p=0,006). Nas demais variáveis, incluindo tempo e distância total percorrida em diferentes zonas de aceleração, não foi observada efeitos das séries, FBM e interação entre ambas as variáveis. Concluímos que a FBM não apresentou efeitos sobre o desempenho em ações de alta intensidade e redução de fadiga nas sessões de treinamento JCR. Os resultados dos estudos da tese sugerem que o comprimento de onda e dosimetria empregadas neste estudo não conferem vantagens sobre o desempenho físico e carga interna e externa em sessões de treinamento com JCR em atletas juvenis de futebol.
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    Relação entre os genótipos da alfa-actinina 3 e enzima conversora de angiotensina com indicadores de desempenho em corredores recreacionais quando submetidos a um treinamento intervalado de alta intensidade
    (2022-10-04) Silva, Karina Alves da; Polito, Marcos Doederlein; Ramos, Solange de Paula; Silva, Carla Cristiane da; Flores, Lucinar Jupir Forner; Peres, Sidney Barnabé
    Introdução: O desempenho esportivo tem sido relacionado com os genes da alfa actnina (ACTN-3) e enzima conversora de angiotensina (ECA). A literatura tem apresentado que os genótipos RR e RX do ACTN-3 estão relacionados com a formação de ?bras musculares do tipo II e, consequentemente, melhor associados com esportes que requerem força e potência. Por outro lado, o genótipo XX relaciona-se à completa de?ciência de ACTN-3 e parece demonstrar melhor associação com atividades que envolvam resistência aeróbia. Quanto ao gene da ECA, enquanto o alelo I tem sido associado a uma maior proporção de fibras musculares de contração lenta, em atividades esportivas, o alelo D tem sido verificado juntamente com uma maior atividade tecidual da ECA e, portanto, presente em indivíduos com maior proporção de fibras musculares de contração rápida, os quais tendem a apresentar maiores níveis de volume e força muscular. Objetivo: Investigar a relação entre os genótipos do gene ACTN-3 e da ECA com indicadores de desempenho em corredores recreacionais moderadamente treinados quando submetidos a um protocolo de treinamento SIT “all out”. Metodologia: a amostra foi composta por 41 indivíduos, 15 homens e 26 mulheres com idades entre 23 e 56 anos, integrantes de um projeto de extensão da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Os participantes realizaram duas etapas de avaliações consistindo em duas visitas cada. Na primeira visita, os participantes foram orientados a assinarem um termo de consentimento livre e esclarecido e preencherem uma ficha de anamnese. Em seguida, amostras salivares foram coletadas para o processo de genotipagem. Posteriormente foi realizada uma avaliação antropométrica. A segunda visita consistiu na familiarização dos indivíduos com a placa de salto e, logo em seguida, na realização de séries de saltos verticais contramovimento e saltos com agachamento. Por fim, aplicou-se o Shuttle run test de 20 m. Após as avaliações iniciais os participantes foram submetidos durante doze semanas a um protocolo de SIT numa frequência de duas sessões semanais. Foi utilizado o software SPSS versão 20.0. Foi aplicado o teste de normalidade de Kolmogorov Smirnov e o teste de Levene para homogeneidade das variâncias. A ANOVA de uma entrada foi utilizada para comparar o desempenho nos testes em função dos diferentes grupos genéticos, seguido pelo post-hoc de Tukey. Resultados: Não foi encontrada uma relação estatisticamente significativa entre os genótipos do ACTN-3 e ECA com os resultados dos testes de desempenho físico; corredores que apresentaram o genótipo DD da ECA obtiveram maior média significativa (P=0,02) na altura no salto CMJ (23,9±2,9 cm) em comparação com o genótipo II (17,2±3,1 cm). Conclusão: não houve relação entre os genótipos do ACTN-3 e da ECA com as variáveis de desempenho físico de corredores recreacionais moderadamente treinados após a aplicação de um programa de treinamento de SIT. Observou-se que indivíduos com o genótipo DD da ECA apresentaram maior altura no teste de salto com contramovimento em comparação com o genótipo II.