01 - Doutorado - Educação Física

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    Autoconceito físico, qualidade de vida e bem-estar subjetivo de adultos com deficiência motora: mediação e relação com prática de atividade física
    (2024-06-14) Vaz Junior, Arnaldo; Serassuelo Júnior, Hélio; Greguol, Márcia; Seron, Bruna Barboza; Rosa, Francisco Heitor da; Salerno, Marina Brasiliano
    A psicologia positiva vem ganhando destaque dentre pessoas com deficiência, pois apresenta importantes medidas da saúde psicológica. Tais variáveis apresentam relação direta e positiva com a prática de atividades físicos em diferentes contextos. Desta forma, compreender como pessoas com deficiência motoras respondem a diferentes protocolos de treinamento, possibilita que órgãos públicos elaborem estratégias de inserção dessa população em programas de atividades físicas, possibilitando melhorias. Assim, o objetivo do projeto é analisar a percepção da qualidade de vida, o autoconceito físico e o bem-estar subjetivo de pessoas com deficiência motora submetidas a diferentes frequências em programas de exercícios físicos. Participaram do estudo 25 pessoas com diferentes deficiências motoras, entre 18 e 40 anos, estratificadas em três grupos distintos. O período do estudo compreendeu 14 semanas, dentre intervenção, avaliação e período de washout. A Qualidade de vida foi avaliada por meio do WHOQOL-dis, o Autoconceito físico foi avaliado pelo PSDQ-S e o Bem-Estar Subjetivo foi analisado pelo EBES. Para caracterização da amostra e desfechos das variáveis psicológicas foram realizadas tabelas de frequência. A comparação entre grupos e entre períodos foi observada pela ANOVA (tempo*grupo), com ajuste de Bonferroni. A análise de DELTA % = [(POS – PRE) / PRE] x 100 identificou a variação dos resultados obtidos entre os momentos pré e pós-intervenção. A associação do tempo de deficiência e variáveis psicológicas foi obtida pela análise de covariância (ANCOVA) e a análise de mediação foi obtida pelo processo de Baron e Kenny e teste de Sobel para efeito indireto. Foi adotado como nível de significância P = 0,05. Os resultados demonstraram que os indivíduos que praticaram atividades duas vezes por semana obtiveram melhores resultados quando comparados com os que fizeram atividades uma vez por semana ou com o grupo controle. A análise de variação entre os momentos pré e pós identificou ?%= 217% na dimensão Relações sociais da qualidade de vida, ?%= 161% na dimensão Autoestima do Autoconceito físico e ?%= 209% na dimensão Afetos negativos do Bem-Estar Subjetivo. Ademais observou-se que a atividade física foi moderadora das melhorias das percepções das três variáveis psicométricas apresentando escores estatisticamente significativos (p<0,05) em cinco análises observadas. O estudo conclui que a inserção de pessoas com deficiência motora em programas de atividades físicas impacta positivamente na Qualidade de vida, Autoconceito físico e Bem-estar subjetivo, no entanto, observou-se que a maior frequência semanal no programa de atividade física apresentou melhoras mais relevantes nas diferentes variáveis psicométricas.
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    Eficácia das ações defensivas em atletas de uma equipe profissional de futsal : fatores contextuais, circunstanciais e influência da percepção de bem-estar
    (2023-05-13) Souza, Eberton Alves; Ramos, Solange de Paula; Brandt, Ricardo; Filgueiras, Guilherme Bracarense; Branco, Braulio Henrique Magnani; Vasconcelos, Alan Bruno Silva
    A eficácia das ações defensivas no futsal é definida como a capacidade de impedir ou dificultar ações ofensivas que possibilitem finalizações e gols da equipe adversária. O estado de bem-estar entre partidas, o estresse físico e emocional do jogador durante o jogo e variáveis contextuais e circunstanciais, podem, potencialmente, alterar seu desempenho físico e técnico-tático, reduzindo a eficácia defensiva individual e coletiva. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia das ações defensivas em atletas de futsal, em competições oficiais, sob a influência dos fatores contextuais, circunstanciais e da percepção de bem-estar. Foram avaliados 16 jogadores de futsal, profissionais e de categoria adulta, pertencentes a uma equipe profissional participante da Liga Nacional de Futsal, na temporada de 2022. Os atletas foram monitorados durante 21 jogos da primeira fase da competição. O questionário de bem-estar de McLean foi aplicado aos atletas, nos dois dias antecedentes aos jogos e no dia de jogo para avaliar a percepção média de dor muscular, fadiga, humor, qualidade de sono e estresse dos jogadores individualmente e das linhas defensivas. Os jogos foram filmados e as imagens foram utilizadas para análise de ações defensivas (desarmes, bloqueios, roubadas de bola, erros de passes dos adversários, coberturas, antecipações e interceptações) que resultaram na interrupção do ataque adversário. As situações contextuais incluíram os dias de intervalo entre os jogos, deslocamentos da viagem (km) entre jogos, local do jogo (mandatário ou visitante) e classificação do adversário no campeonato. As variáveis circunstanciais incluíram o tempo de jogo, tipo de contra-ataque, situação do início da jogada, local de início e fim da jogada, tipo ação defensiva e fim de jogada. A eficácia da jogada foi tabulada como ações que resultaram em sucesso da ação defensiva, finalizações do adversário e defesas do goleiro. Diferenças entre as variáveis foram determinadas por meio de testes t de Student e ANOVA one-way com post hoc de Bonferroni (dados paramétricos), ou teste de Kruskal-Wallis com post hoc de Dunn (dados não paramétricos). Os dados categóricos foram avaliados por meio do teste de Qui quadrado com correção de Yates e determinação de risco relativo com intervalo de confiança de 95%. A associação multifatorial do desfecho do jogo e eficácia defensiva foram determinados por análise de regressão linear multivariada ou regressão logística multivariada. Diferenças foram consideradas significantes se p<0,05. Os resultados do projeto são apresentados em dois estudos. A frequência de jogadas defensivas com sucesso foi maior nos jogos com vitória (p = 0,002) e em jogos como mandatários (p<0,05). A menor frequência de desarmes nos empates aumentou em 9% o risco relativo (RR) de derrotas (RR=1,09; IC95%=1,01 a 1,18) e reduziu em 38% o RR de vitórias (RR=0,62; IC95% = 0,42 a 0,91). A frequência de bloqueios foi 1,37 vezes maior nos jogos com vitórias em relação às derrotas (RR=1,37; IC95%=1,10 a 1,65). A marcação pressão foi maior nas jogadas de sucesso (p=0,0001). As diferentes situações de contra-ataque (p<0,0001) e goleiro linha (p<0,0001) aumentaram as falhas de defesa. As falhas de defesa apresentaram associação com o escanteio (p<0,0001) e cobranças de faltas (p<0,0001) e o sucesso com as jogadas sem contra-ataque (p<0,001) e iniciadas na quadra ofensiva (p<0,001). A efetividade de defesa do goleiro diminuiu no segundo tempo (p<0,001) e quando a finalização ocorreu na quarta linha defensiva (p<0,01). O bem-estar dos jogadores que formaram a linha defensiva não foi estatisticamente diferente entre aquelas linhas que tiveram êxito ou falharam nas jogadas defensivas. No entanto, a mediana do nível de bem-estar dos atletas que realizaram a ação defensiva foi inferior, 3,4 [3,0 a 3,9] unidades arbitrárias, em comparação com os demais jogadores da linha que não realizaram a ação defensiva (p<0,0001; 3,6 [3,4 a 3,7]). Os jogadores em linha defensiva tiveram níveis de bem-estar mais altos em jogos com derrota (p<0,05) e como mandatários (p<0,05). Os fatores associados com o nível de bem-estar foram a maior distância entre locais de jogo (p<0,0001), classificação superior do adversário (p<0,0001), e a posição de jogador (p<0,0001). As análises por posição indicaram que os jogadores de ala direita tiveram maior sucesso em ações defensivas (p<0,0001), e menor bem-estar em comparação com outras posições (p<,0001). Concluímos as jogadas de bola parada e contra-ataque, com menor número de passes e tempo de posse de bola adversária, e que se aproximam da quarta linha defensiva são de maior risco de falhas de defesa. O melhor nível bem-estar da linha defensiva não aumentou eficácia da ação defensiva, mas o jogador que apresentou nível de bem-estar inferior a mediana dos jogadores em linha realizou as ações defensivas com maior risco de sucesso.
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    Atividade física, comportamento sedentário e indicadores de saúde óssea em adultos jovens: um estudo longitudinal
    (2024-04-19) Costa, Julio Cesar da; Ronque, Enio Ricardo Vaz; Fernandes, Rômulo Araújo; Serassuelo Junior, Hélio; Pelegrini, Andreia; Campos, Rossana Anelice Gomez; Barbosa, Cynthia Correa Lopes
    Introdução: A prática de atividade física (AF) e o comportamento sedentário (CS) estão relacionados ao equilíbrio homeostático entre a formação e a reabsorção do osso. Estes diferentes comportamentos induzem respostas fisiológicas à massa óssea por meio de mecanismos como a mecanostática e a mecanotransdução. Contudo, na idade adulta próximo ao período do pico da massa óssea (PMO), as informações sobre o impacto da AF e do CS sobre os indicadores de saúde óssea (ISO) são divergentes, dificultando sua interpretação. Deste modo, é necessário entender se as respostas obtidas a partir da prática habitual da AF e do CS no início da idade adulta podem ocasionar benefícios e/ou prejuízos na saúde óssea ao longo do tempo. Objetivos: Verificar as relações longitudinais das diferentes intensidades da atividade física e do padrão do comportamento sedentário com os ISO em adultos jovens durante sete anos de acompanhamento, e ainda: a) analisar longitudinalmente os impactos da AF e do CS nos indicadores de saúde óssea em adultos jovens, por meio de uma revisão sistemática da literatura; b) verificar a associação entre o tracking da atividade física moderada a vigorosa com os indicadores de saúde óssea em adultos jovens; c) associar diferentes intensidades e bouts da atividade física e do comportamento sedentário sobre a força e resistência óssea em adultos jovens em um estudo de sete anos de seguimento. Metodologia: Trata-se de um estudo com o delineamento longitudinal, que teve sua fase anterior realizada no ano 2016. Para esta fase, 43 adultos jovens de ambos os sexos, com idade entre 25 e 32 foram recrutados. Foram realizadas medidas antropométricas de massa corporal, estatura e o IMC foi determinado. A AF e o comportamento sedentário (CS) foram mensurados pelo uso da acelerometria, com o acelerômetro modelo GT3X+ e as intensidade leve (AFL), moderada (AFM) e vigorosa (AFV) e moderada a vigorosa (AFMV) e o padrão AF e do CS através da obtenção dos bouts foram estabelecidos. A densidade mineral óssea (DMO) foi obtida pelo Absorciometria por dupla emissão de raio-x (DXA) e os parâmetros de força e resistência óssea foram analisados pelo software Hip Strength Analysis. O Coeficiente de Correlação Intraclasse foi empregado para observar o tracking entre o baseline e o follow-up da AF, do CS e da DMO. A Regressão linear foi empregada para observar as associações entre as intensidades da AF (AFL, AFM e AFMV) e o CS com a DMO, bem como os bouts da AF e do CS com os indicadores de força e resistência óssea. A significância adotada foi de 5%. Resultados: A revisão da literatura encontrou 17 artigos com o delineamento longitudinal, somente um estudo foi selecionado entre os períodos da infância e idade adulta, e os resultados mostraram uma ausência de associação entre a AF e os ISO. Associações positivas das diferentes intensidades da AF foram observadas nos períodos da adolescência e a idade adulta com o conteúdo mineral ósseo (CMO), a densidade mineral óssea (DMO) e a microarquitetura do osso. No entanto, ao longo da idade adulta as associações foram classificadas como inconsistentes, uma vez que somente dois estudos foram localizados nas bases de dados. Quanto ao CS, somente dois estudos entre os períodos da infância e adolescência com a idade adulta foram encontrados nas bases de dados, com as evidências sendo classificadas como inconsistentes. Nos artigos originais foram observados um moderado tracking da AFL, AFM e AFMV (CCI entre 0, 36 e 0,39; p>0,05) e um alto tracking da DMO total do corpo, coluna lombar, quadril, braços, pernas e fêmur (CCI entre 0,79 a 0,96; p>0,001) ao longo dos sete anos de estudo e associações negativas foram observadas somente entre a DMO das pernas no grupo que reduziu a AFM (ß= -0,041) e AFMV (ß= -0,035) e com a DMO do fêmur com o grupo que reduziu a AFMV (ß= -0,090) comparada aos que mantiveram a AF ao longo do tempo, indicando que manter a AF ao longo dos anos atenua a perda da DMO. Associações positivas entre dos bouts de 3 a 4 minutos da AFM e AFMV com o índice de força, módulo de seção Z e CSMI (entre ß=0,002 e ß-0,004) e bouts de 5 a 9 minutos de AFMV com o CSMI e CSA (ß =0,001) foram observadas, enquanto os bouts de 1 a 29 minutos do CS apresentaram uma associação negativa (ß= -0,14) com o índice de força, apontando que aumentar ao longo dos anos bouts de AFM e AFMV auxiliam no aumento dos indicadores de força óssea. Conclusão: As evidências do efeito positivo da prática de AF e suas intensidades entre período da adolescência até a idade adulta com os ISO parecem estar mais consolidadas, principalmente nos rapazes, sendo necessário entender o papel das intensidades e do volume da AF na população feminina. Além disso, O tracking da AF ao longo de sete anos de acompanhamento foi moderado e alto para a DMO, no entanto indivíduos que reduziram a AFM e AFMV apresentam redução da DMO, principalmente nas regiões que suportam a carga do peso corporal, além disso, os indivíduos que mantiveram ou aumentaram a AFM e AFMV obtiveram uma atenuação na redução da DMO. E os bouts da AFM (3 a 4 minutos) e AFMV (3 a 4 minutos e 5 a 9 minutos) foram associados positivamente, enquanto os bouts de CS (1 a 29 minutos) negativamente com os indicadores de força e resistência óssea durante a idade adulta. Essas informações podem subsidiar ações de intervenção com o objetivo de aumento da AFM e AFMV para a promoção da saúde óssea e prevenção da osteoporose, minimizando gastos públicos.
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    Envelhecimento, capacidade de resiliência e treinamento resistido: efeito do exercício em diferentes condições de desuso sobre indicadores de saúde e função muscular
    (2024-04-25) Carneiro, Marcelo Augusto da Silva; Cyrino, Edilson Serpeloni; Gerage, Aline Mendes; Assumpção, Claudio de Oliveira; Silva-Grigoletto, Marzo Edir da; Dias, Raphael Mendes Ritti
    O desenvolvimento de estratégias que possam atenuar e/ou reverter os efeitos deletérios associados ao envelhecimento tem sido um grande desafio para profissionais e pesquisadores nas áreas de saúde. Assim, a presente tese foi estruturada a partir de três estudos. No primeiro estudo, nós analisamos os efeitos de intervenções pautadas em exercícios resistidos sobre a força muscular, potência muscular e aptidão funcional em idosos hospitalizados de maneira aguda, por meio de uma revisão sistemática com metanálise. Para tanto, nós selecionamos estudos clínicos aleatorizados que adotaram medidas de força muscular (preensão manual no handgrip e teste de uma repetição máxima no exercício leg press), potência muscular (potência máxima de saída no exercício leg press) e aptidão funcional (timed-up-and-go e short physical performance battery). No que tange aos nossos achados, esta meta-análise endossa o aumento de força e potência muscular e melhoria da aptidão funcional em favor da intervenção com exercícios resistidos em idosos hospitalizados de maneira aguda. No segundo estudo, novamente, uma revisão sistemática com metanálise foi empregada para comparar as possíveis alterações provocadas por intervenções baseadas em exercícios físicos, imediatamente após a alta hospitalar, com aquelas resultantes do cuidado usual, em idosos pós-hospitalizados. O comportamento da força de preensão manual, short physical performance battery, teste de caminhada de seis minutos e velocidade da marcha foram analisados por meio de estudos clínicos que ofereceram exercício resistido somente no período após a alta hospitalar. Os resultados revelaram que a intervenção com exercícios resistidos após a alta hospitalar promove melhores respostas adaptativas em comparação aos cuidados habituais, incluindo orientação para realização de atividade física. Por fim, no terceiro estudo analisamos o impacto de dois anos de interrupção do treinamento resistido sobre a composição corporal, força muscular, perfil metabólico e desempenho físico em mulheres idosas fisicamente independentes. Adicionalmente, para investigar a capacidade de resiliência, comparamos as mudanças provocadas por 12 semanas de retreinamento com as mudanças alcançadas após as primeiras 12 semanas de treinamento. Nesse sentido, 67 idosas foram submetidas a um programa de treinamento resistido de corpo inteiro durante 24 semanas (8–12 repetições, oito exercícios, três séries), em três sessões semanais em dias não consecutivos. A partir daí, um período de interrupção de dois anos foi estabelecido em virtude da pandemia de COVID-19. Na sequência, as participantes idosas foram submetidas a 12 semanas de retreinamento. Indicadores de composição corporal (absortometria radiológica de dupla energia), força muscular (testes de 1RM), perfil metabólico (concentrações de lipídeos sanguíneos) e aptidão funcional (testes motores) foram analisados nas diferentes etapas do estudo. Nosso resultados sugerem que dois anos de destreinamento causam prejuízos nos biomarcadores de saúde e função muscular que podem não ser recuperados totalmente após um período curto de retreinamento, indicando baixa capacidade de resiliência devido a menores mudanças provocadas por 12 semanas de retreinamento comparado as primeiras 12 semanas de intervenção sobre a massa muscular esquelética, massa isenta de gordura e osso apendicular, força muscular, perfil metabólico e aptidão funcional em mulheres idosas fisicamente independentes.
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    Comportamento da força muscular, composição corporal e aptidão funcional de mulheres idosas submetidas a um programa de exercícios resistidos : impacto da experiência prévia ao treinamento
    (2024-05-04) Carneiro, Nelson Hilario; Cyrino, Edilson Serpeloni; Teixeira, Denilson de Castro; Altimari, Leandro Ricardo; Santarém, José Maria; Dias, Raphael Mendes Ritti
    Esta investigação comparou os efeitos de 12 semanas de treinamento resistido (TR) sobre a força muscular, composição corporal e aptidão funcional em mulheres idosas com e sem experiência prévia neste tipo de treinamento. Para tanto, 65 mulheres (> 60 anos), fisicamente independentes, foram separadas em dois grupos, a saber: com experiência (CEXP) a pelo menos três meses (CEXP, n = 33) e sem experiência (SEXP), (SEXP n = 32). Ambos os grupos foram submetidos a um programa padronizado de TR progressivo e supervisionado para o corpo inteiro (oito exercícios, três séries de 8–12 repetições) que foi executado em três sessões semanais, em dias alternados. Medidas de força muscular e composição corporal e testes motores foram realizados no pré e pós-treinamento. Os hábitos alimentares foram monitorados nas duas primeiras e nas duas últimas semanas de intervenção. Não houve diferenças significantes para o consumo energético e de macronutrientes entre os grupos ao longo do tempo (P > 0,05). Aumentos significantes de força (P < 0,001) foram revelados para todos os exercícios analisados, com diferenças entre os grupos para o chest press (SEXP = 32,1% vs. CEXP = 10,2%; P < 0,001) e a cadeira extensora (SEXP = 22,0% vs. CEXP = 11,8%; P < 0,001). Para o exercício rosca scott foi revelado apenas um efeito principal do tempo (P < 0,05), sem diferenças entre os grupos (SEXP = 11,9% vs. CEXP = 14,2%; P > 0,05). Um efeito principal do tempo (P < 0,05) foi identificado para massa muscular (SEXP = 2,2% vs. CEXP = 0,5%) e massa isenta de gordura e osso apendicular (SEXP = 2,4% vs. CEXP = 0,6%), sem interação grupo vs. tempo para essas variáveis (P > 0,05). Entretanto, o TR acarretou ganhos significantes de massa muscular e massa isenta de gordura e osso apendicular somente no grupo SEXP (P < 0,05). Uma interação grupo vs. tempo (P < 0,05) revelou que a redução na gordura corporal com o TR ocorreu somente no grupo SEXP (-0,5 kg ou -1,6%). Nenhuma mudança significante foi encontrada para a gordura androide e ginoide, densidade mineral óssea e água corporal total e suas frações intra e extracelular, ao longo do tempo (P > 0,05). Para o teste de velocidade de marcha foi identificada uma melhoria de desempenho apenas no grupo SEXP (P < 0,05), sem diferenças entre os grupos (P > 0,05). Um efeito principal do tempo foi encontrado (P < 0,05) para os testes sentar e levantar (SEXP = 10,6% vs. DT = 9,6%) e caminhada de 6 min (SEXP = 3,4% vs. CEXP = 1,7%). Nenhuma modificação foi identificada ao longo do tempo em nenhum dos grupos para o teste de levantar da cadeira e caminhar (P > 0,05). Nossos resultados sugerem que 12 semanas de TR podem promover aumentos de força e da massa muscular e melhoria da aptidão funcional em mulheres idosas com e sem experiência prévia neste tipo de treinamento. Entretanto, maiores aumentos de força muscular (chest press e cadeira extensora) e maior redução da gordura corporal parecem ocorrer em mulheres não-treinadas.
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    Efetividade e validação de instrumentos de menor custo na avaliação e intervenção de parâmetros espaço-temporais e cinemáticos da corrida
    (2023-12-14) Dorst, Lissandro Moisés; Bini, Rodrigo Rico; Silva, Danilo de Oliveira; Soares, Gustavo Leporace de Oliveira Lomelino; Santiago, Paulo Roberto Pereira; Palhano, Rudinei; Moura, Felipe Arruda
    Avanços tecnológicos, como dispositivos vestíveis e sistemas de captura de movimento sem marcadores, permitem migrar de ambientes caros para configurações acessíveis e portáteis. As palmilhas instrumentadas coletam dados de pressão plantar durante a corrida, fornecendo informações importantes. Ao mesmo tempo, sistemas de análise de movimento sem marcadores, como o OpenPose, empregam visão computacional avançada para analisar o movimento tridimensional sem marcadores físicos, tornando a avaliação cinemática mais acessível e não invasiva. Os objetivos deste estudo foram: 1- Avaliar a efetividade de equipamentos de menor custo na avaliação e intervenção do retreinamento da corrida, por meio de uma revisão sistemática; 2- Analisar a validade de um sistema de palmilhas com sensores de pressão, para medir parâmetros espaço-temporal e cinemáticos da corrida; 3- Verificar a validade de um método de análise tridimensional sem marcadores, utilizando OpenPose, para a determinação do movimento angular das articulações dos membros inferiores. A revisão sistemática foi realizada de acordo com os protocolos do PRISMA e verificou-se que fortes evidências sugerem que metrônomos, smartwatches e câmeras digitais são eficazes na execução de programas de retreinamento da corrida para intervir e/ou avaliar os resultados da cadência e do padrão de pisada. Para a validação do protótipo BeRun (palmilhas equipadas com sensores de pressão resistivos), vinte e seis voluntários foram analisados através de corridas em diferentes velocidades (8, 12 e 16 km/h). Os resultados demonstraram que no tempo de contato o sistema BeRun apresentou valores médios inferiores ao sistema de referência (-4,66 ms a 8 km/h, -17,07 ms a 12 km/h e -22,10 ms a 16 km/h) e para o tempo da fase aérea o BeRun apresentou valores médios mais altos (4,04 ms a 8 km/h, 17,30 ms a 12 km/h e 22,91 ms a 16 km/h). Na cadência de passo houve concordância excelente entre os métodos em todas as velocidades de corrida e para o tipo de pisada a concordância entre os métodos foi quase perfeita a 8 km/h e forte a 12 e 16 km/h. Para a avaliação da validade de um sistema tridimensional sem marcadores usando o OpenPose, participaram treze voluntários. Os resultados apresentaram uma falta de concordância, classificada como ruim, entre o OpenPose e o sistema de referência para ângulo máximo, ângulo mínimo e amplitude articular dos membros inferiores. Apenas o movimento do joelho mostrou uma concordância moderada durante a corrida a 16 km/h para o joelho direito e esquerdo, e a 12 km/h para o joelho esquerdo. Por meio dos estudos da presente tese conclui-se que metrônomos, smartwatches e câmeras digitais são eficazes na execução de programas de retreinamento da corrida. Já o sistema BeRun mostrou concordância satisfatória com o sistema padrão-ouro em variáveis como cadência de passo e tipo de pisada, independentemente da velocidade da corrida. Por fim, a baixa concordância entre OpenPose e sistema de referência pode ser atribuída ao número limitado de câmeras, posicionamento inadequado, uso de imagens em escala de cinza e ausência de pontos-chave no tronco na reconstrução 3D do OpenPose.
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    Capital, trabalho produtivo e trabalho docente : professores de educação física reproduzindo capital e produzindo lutas nas redes públicas de ensino de Londrina-Paraná
    (2023-07-31) Cândido, Fernando Pereira; Both, Jorge; Souza, Maristela da Silva; Taffarel, Celi Nelza Zulke; Azevedo, Mario Luiz Neves de; Martineli, Telma Adriana Pacifico
    O trabalho é investigado como a mediação entre homem e a natureza, práxis constituinte do ser social, e, diferentemente, como trabalho abstrato, medida do valor e, nesse sentido, trabalho produtivo de capital, como fator associado ao mal-estar e a doença ou, como meio de realização e satisfação do trabalhador. Assim, o problema da investigação foi: como se configura o trabalho do professor de Educação Física (PEF) das redes públicas de ensino no município de Londrina - Paraná, considerando as determinações do trabalho assalariado na sociedade atual? O objetivo geral estabelecido foi: investigar o trabalho do professor de Educação Física (singularidade) enquanto expressão do trabalho assalariado (particularidade) no modo de produção atual (universal). O método funda-se em uma pesquisa de caráter materialista histórico, buscando analisar o trabalhado dos PEF dialeticamente, de forma contraditória e buscando suas conexões para explicar concretamente o fenômeno na perspectiva da totalidade. Na pesquisa de campo: a população foram 284 professores de educação física das redes públicas de Londrina-Pr, enquanto a amostra foi de 209 professores (73,74 % da população). Utilizou os instrumentos QVT-PEF (BOTH et al., 2006) e o QSD (SAMPAIO et al., 2021) para coleta dos dados, empregamos a análise de clusters, considerando as dimensões e avaliação global do QVT-PEF e do QSD, com método de agrupamento de Ward. As diferenças entre os grupos estabelecida com Prova U de Man-Withney; teste Qui-Quadrado para as diferenças entre os grupos; Regressão Linear Múltipla para identificar as variáveis (do QVT-PEF e sociodemográficas) que interferiam nas dimensões da saúde docente, com modelo final identificado pelo método de Bach-ward, considerando alfa < 0,05. Foi considerado nível de significância de 95% (p< 0,05). Quanto aos resultados apresentamos a tese estruturada em 6 capítulos: 1) Introdução; 2) Metodologia; 3) Ensaio sobre o trabalho e suas formas; 4) Reestruturação produtiva e as condições materiais de trabalho do PEF; 5) Artigo da pesquisa empírica sobre influências da satisfação no trabalho na saúde docente; 6) Artigo bibliográfico/documental sobre economia, política e avanço do capital sobre o trabalho dos PEF; finalmente, nas considerações finais, ao discutirmos o avanço do capital sobre o trabalho do professor de Educação Física nas redes públicas de Londrina- Paraná, constatamos que a maior parte dos professores trabalha até 40 horas/semanais nas redes municipal e estadual de ensino, ou 59,81% (125 professores) de 40 a 50 horas. Argumentamos que esta carga horária não é salutar para os professores, considerando este trabalho é de alta demanda e potencialmente pode causar o adoecimento do professor. Delimitamos o trabalho deste professor com as mediações da ideologia burguesa e da alienação do trabalho. Evidenciamos os projetos históricos em disputa, entendendo que a crítica radical à escola capitalista e seus limites, pode colaborar com a análise concreta da realidade concreta e estabelecer outro projeto estratégico e tático, pautado pela superação dos entraves à emancipação humana pelo sujeito revolucionário da história. Apesar do controle externo, da imposição das competências, empreendedorismo, flexibilidade, qualidade total, educação como capital humano, os professores de Educação Física das redes públicas de Londrina também se colocam como produtores de lutas e, nessa condição, não atendem as necessidades do mercado, das coisas/propriedade privada, para buscar a satisfação de seus próprios interesses e de seus alunos, abrindo margem para a construção da consciência que identifique que reproduz sua vida em relações alienadas e, dessa forma, possam buscar a sua superação.
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    Efeito da suplementação de creatina na toxicidade muscular induzida pelo tratamento com doxorrubicina em camundongos C57/BL/6
    (2022-07-18) Cella, Paola Sanches; Deminice, Rafael; Bracarense, Ana Paula Frederico Rodrigues Loureiro; Chimin, Patrícia; Armani, Alessandra Lourenço Cecchini; Rosa Neto, José Cesar; Marinello, Poliana Camila
    Introdução: A doxorrubicina (DOX) é um quimioterápico muito utilizado no tratamento de diversos tipos de câncer. Devido a um aumento na produção de radicais livres a DOX induz miotoxicidade prejudicando a qualidade de vida dos pacientes. Sabendo dos efeitos pleotrópicos da suplementação de creatina no músculo esquelético, o presente estudo tem como objetivo de 1) estudar a miotoxicidade induzida por ciclos de tratamento com DOX e sua capacidade de promover perda de força, massa muscular e função física, parâmetros definidores da sarcopenia e fragilidade em camundongos e; 2) estudar os efeitos da suplementação de creatina sobre esses parâmetros de miotoxicidade induzida pelo tratamento com ciclos de DOX em camundongos. Metodologia: Foram realizados 3 experimentos. Experimento 1- objetivo foi desenvolver um modelo de tratamento de DOX em ciclos, compatível com o tratamento oncológico, útil para estudo de miotoxicidade: camundongos foram expostos a 4 diferentes regimes de tratamento com DOX (16 a 24mg-kg por 10 a 20 dias). Experimento 2- analisar o efeito do tratamento com DOX sobre os principais parâmetros da sarcopenia e fragilidade- perda de força, atrofia muscular e perda de função- em camundongos expostos a 18 mg/kg fracionados em 15 dias. Experimento 3- analisar os efeitos da suplementação de creatina na ração (4%) sobre a perda de força, atrofia e função muscular promovidos pelo tratamento com DOX em camundongos expostos a 16 mg/kg fracionados em 20 dias. Resultados O tratamento com DOX promoveu redução da força 20% (P<0,05) a partir do décimo dia e atrofia muscular, distúrbios compatíveis com a sarcopenia e induziu um escore de fragilidade moderado (P<0,05). A suplementação de creatina modulou a perda de força promovida pela DOX, amenizou a atrofia dos músculos EDL e sóleo, reduziu os níveis de IL-6 (interleucina-6), reduziu a depleção linfoide esplênica retardou a redução do folículo do baço, mas não alterou o escore de fragilidade. Conclusões: O tratamento com DOX promoveu perda de força, função muscular e atrofia, principais definidores da sarcopenia e fragilidade. A suplementação de creatina pode ser uma estratégia para auxiliar a amenizar a perda de força promovida pela DOX.
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    Região dominante de jogadores de futebol determinada por um modelo probabilístico baseado em variáveis cinemáticas instantâneas
    (2022-09-21) Caetano, Fabio Giuliano; Moura, Felipe Arruda; Andrade, André Gustavo Pereira de; Praça, Gibson Moreira; Dal Pupo, Juliano; Misuta, Milton Shoiti
    Os jogadores de futebol se movem constantemente durante a partida para ocupar diferentes regiões do campo com o intuito de gerar oportunidades para sua equipe e prevenir ações ofensivas dos seus adversários. As regiões dominantes são definidas como regiões do campo onde os jogadores conseguem atingir antes dos demais e normalmente são definidas sem considerar as características cinemáticas do deslocamento dos jogadores, ou negligenciam a possibilidade de haver espaços livres no campo. Sendo assim, o objetivo desse estudo foi apresentar uma nova abordagem de representação da região dominante de jogadores de futebol baseada em modelos de movimento criados a partir das posições, deslocamentos, velocidades e acelerações instantâneas dos jogadores. A amostra foi constituída por 109 jogadores brasileiros profissionais de futebol analisados durante partidas oficiais, sendo computados aproximadamente 15 milhões de dados de posição registrados através de um sistema de rastreamento automático. Velocidades e acelerações vetoriais instantâneas dos jogadores foram utilizadas para gerar os modelos de movimento. Posteriormente foi computado um modelo de probabilidade através da função de histograma com normalização por função de densidade de probabilidade e por fim, determinadas as regiões dominantes dos jogadores. A determinação das regiões dominantes pelo modelo proposto foi avaliada em janelas de tempo futuro de um, dois e três segundos. As áreas das regiões dominantes determinadas pelo modelo proposto, os espaços livres e regiões de Voronoi foram calculadas, bem como os valores de área das regiões dominantes e regiões de Voronoi foram comparados. O modelo proposto foi aplicado para determinar a área do jogo, as regiões dominantes das equipes absolutas e relativas à área de jogo durante as partidas considerando o campo todo, as metades e os terços do campo, assim como foi analisada a relação da região dominante relativa das equipes com ações técnicas realizadas. Os valores médios de predições corretas na determinação das regiões dominantes dos jogadores foram 96,56%, 88,64% e 72,31% para as janelas de tempo de um, dois e três segundos, respectivamente. As áreas de região dominante dos jogadores foram inferiores as computadas pelo Voronoi com valores medianos de 73 e 171 m², respectivamente. O valor mediano de área dos espaços livres no campo foi 5.551 m², enquanto para área de jogo foi 1.588 m² e da região dominante das equipes considerando campo todo de 794 m². Os valores de área da região dominante das equipes foram superiores na metade defensiva do campo em comparação a ofensiva, enquanto na comparação entre os terços do campo, o terço médio apresentou maiores valores, seguido pelo terço defensivo e ofensivo. A área de região dominante relativa das equipes apresentou maiores valores para as equipes mandantes em todas as situações (exceto terço médio do campo), assim como apresentaram relação com melhores indicadores nas ações técnicas. A abordagem proposta mostrou-se mais realista, representando a natureza dinâmica da modalidade, e pode ser uma ferramenta útil para avaliar os comportamentos táticos relacionados à exploração espaço-temporal dos jogadores e equipes durante as partidas de futebol
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    Estimulação audiovisual: implicações sobre as respostas psicofisiológicas durante o exercício físico em indivíduos com sobrepeso e obesos
    (2021-04-13) Barreto-Silva, Vinícius; Altimari, Leandro Ricardo; Okano, Alexandre Hideki; Gonçalves, Ezequiel Moreira; Casonatto, Juliano; Nascimento, Matheus Amarante do
    O objetivo desta tese foi analisar os efeitos da estimulação audiovisual (EAV) nas respostas psicofisiológicas de indivíduos sobrepeso e obesos durante o exercício físico a partir da elaboração de dois artigos científicos, com características de complementaridade. Desse modo, o presente estudo foi composto inicialmente por uma revisão sistemática com metanálise, que apresenta de forma geral o estado da arte sobre à EAV e respostas psicofisiológicas durante o exercício físico em indivíduos com sobrepeso e obesos, seguido de um artigo original envolvendo a utilização de EAV durante a prática de exercício físico em indivíduos obesos. A revisão sistemática foi conduzida de acordo com as diretrizes do PRISMA e submetida para registro no banco de dados internacional de revisões sistemáticas PROSPERO. Para a avaliação dos artigos considerou-se dois aspectos principais: análise de viés e o estudo em si, onde os pontos de análise foram criados com base nas sugestões da COCHRANE. Inicialmente, a revisão sistemática foi composta pela seleção de 6 (seis) artigos originais, de forma que apenas 3 (três) foram inclusos na metanálise, calculada utilizando o pacote “meta” no software R, versão 3.5. Os achados apresentaram resultados positivos relacionados à utilização da EAV, em pelo menos uma das variáveis avaliadas, indicando que a EAV se mostrou eficaz em melhorar o desempenho e as respostas afetivas ao programa de treinamento em indivíduos sobrepesos e obesos. Em relação ao artigo original vinte e quatro participantes (28,3 ± 5,5 anos; IMC = 32,2 ± 2,4 Kg/m²) foram submetidos a exercício físico em um cicloergômetro reclinado, em intensidade autosselecionada em três condições experimentais (estimulação sensorial [ES], privação sensorial [PS] e controle [CO]). Parâmetros Perceptivos (foco de atenção e esforço percebido), afetivo (estado afetivo e ativação percebida) e fisiológicos (variabilidade da frequência cardíaca) foram monitorados ao longo das sessões de exercício. A análise de variância one-way para medidas repetidas foi utilizada para comparar as variáveis auto-relatadas e psicofisiológicas (principal e efeitos de interação [5 pontos de tempo × 3 condições]). Os resultados indicam que a ES aumentou o uso de pensamentos dissociativos ao longo da sessão de exercícios (np 2 = 0,19), melhorou os sintomas relacionados à fadiga (np 2 = 0,15) e provocou respostas afetivas mais positivas (np 2 = 0,12) do que CO e PS. Por fim, a partir desses achados, pode-se concluir que a EAV interfere positivamente nas respostas afetivas, perceptuais e de desempenho físico de indivíduos sobrepeso e obesos durante sessões de exercício físico
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    Controle postural de mulheres idosas na visão de diferentes métodos de análise: cognição, fatores determinantes e diferentes intervenções com exercícios físicos
    (2021-04-22) Pereira, Camila; Teixeira, Denilson de Castro; Moura, Felipe Arruda; Amorim, Cesar Ferreira; Probst, Vanessa Suziane; Marchiori, Luciana Lozza de Moraes; Silva Junior, Rubens Alexandre da
    Introdução: Alterações decorrentes do envelhecimento humano podem acarretar inúmeros comprometimentos na funcionalidade da pessoa idosa, dentre eles o controle postural (CP), que é essencial para a realização das tarefas diárias e prevenção de quedas. Objetivo: Analisar o CP de idosas por meio dos métodos de análise no domínio do tempo e no domínio do tempo-frequência, em várias condições de equilíbrio, 1) comparando o CP em idosas com diferentes estados cognitivos, 2) analisando quais fatores podem atuar como determinantes do CP, e 3) verificando os efeitos das intervenções Dança de Salão (DS), Pilates Solo (PS) e Treinamento Aeróbico na esteira (TA) no CP. Métodos: 129 idosas, foram avaliadas em relação ao CP, por meio de uma plataforma de força em cinco condições de equilíbrio: bipodal com olhos abertos (BIOA), bipodal com olhos fechados (BIOF), unipodal (UNIP), bipodal sobre espuma (BIES) e bipodal com realidade virtual (BIRV). A análise dos dados da plataforma foi feita pelo método de análise no domínio do tempo e no domínio do tempo-frequência (frequência baixa, média e alta). Foram avaliados ainda, o estado cognitivo das idosas pelo MoCA (Montreal Cognitive Assessment), o estado de saúde, status de fragilidade, depressão, a composição corporal, a força de pressão manual e de flexão e extensão de joelhos por dinamômetros, as vitaminas D e B12, e a função física pelo Short Physical Performance Battery. As idosas foram alocadas em um dos grupos de intervenção e submetidas à 36 sessões de treinamento durante 12 semanas. Resultados: Na análise no domínio do tempo do CP, idosas com melhor cognição apresentaram menores resultados (p<0.05) nas variáveis de CP que idosas com comprometimento cognitivo, nas condições BIOA, BIES, BIOF e BIRV. Já nos resultados no domínio do tempo-frequência, não foram observadas diferenças significativas (p>0.05) em nenhuma das variáveis e condições testadas. Observou-se também, que variáveis, principalmente a idade, índice de massa corporal, MoCA, depressão, massa magra e força muscular, quando combinadas, conseguem explicar o equilíbrio postural em grande porcentagem. A intervenção DS reduziu os valores das variáveis de CP nas idosas pelo método de análise no domínio do tempo (p<0.05) e apresentou menores valores que os outros grupos em todas as condições testadas. Já o grupo PS mostrou um aumento nas variáveis de CP nas condições BIOA e UNIP. Em relação ao método no domínio do tempo-frequência foi observado que na condição BIOA o grupo de TA apresentou melhoras pós intervenção. Na condição BIOF tanto o grupo TA quanto o DS apresentaram melhora pós intervenção, e o grupo DS apresentou melhores resultados em relação aos outros grupos tanto na condição BIOF como na posição UNIP. Conclusão: As idosas com melhor cognição apresentaram melhor CP que as outras idosas pelo método de análise no domínio do tempo, mas essas diferenças não foram percebidas pelo método no domínio do tempo-frequência. A idade, a composição corporal, a cognição e a força muscular, foram as principais preditoras do CP. Além disso, a intervenção com DS melhorou o CP de idosas, bem como se destacou entre as outras intervenções
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    Influência da motivação, apoio no estágio e preocupações docentes frente a competência profissional de estudantes do curso de licenciatura em educação física ofertado a distância
    (2021-03-22) Belem, Isabella Caroline; Both, Jorge; Souza Neto, Samuel de; Rinaldi, Ieda Parra Barbosa; Farias, Gelcemar Oliveira; Costa, Luciane Cristina Arantes da
    O objetivo deste estudo foi analisar a competência profissional, preocupação docente, motivação inicial e apoio no estágio e motivação acadêmica de estudantes do curso de licenciatura em Educação Física EAD. O estudo foi desenvolvido em três momentos: elaboração de estudos teóricos, validações e estudos empíricos. O primeiro momento foi centrado na realização de revisões sistemáticas acerca da competência profissional, preocupações docentes e motivação acadêmica. Além da escrita de um ensaio sobre o desenvolvimento da educação à distância e sua relação com os estágios. Os resultados das revisões sistemáticas evidenciaram que o tema “Motivação” é o mais investigado, seguido das “Preocupações docentes”, e a “Competência profissional”. Os estudos indicam haver uma relação entre competência e motivação, visto que a motivação atua como mediadora no processo de desenvolvimento das competências, além de preditora no desempenho e permanência no curso. Notadamente há uma escassez na literatura a respeito de estudos que investiguem os estágios na modalidade EAD. No segundo momento foram realizadas as validações dos instrumentos: Escala de Preocupações de Professores e Escala de Motivação Inicial e Apoio Pedagógico. Para tanto, participaram destes estudos alunos terceiro e quarto ano do curso de graduação em Educação Física licenciatura a distância e presencial, que cursavam a disciplina de ECS. Foram empregados os seguintes testes estatísticos: Coeficiente de Validade de Conteúdo, Coeficiente Kappa, Alfa de Cronbach e Análise Fatorial Confirmatória (AFC). O instrumento Escala de Preocupações de Professores final passou a ter 13 itens distribuídos em três dimensões: preocupação consigo, com a tarefa e com o impacto da tarefa, alcançando ajuste psicométrico adequado. A Escala de Avaliação da Motivação Inicial e Apoio Pedagógico mostrou-se adequada e com indicadores psicométricos válidos, sendo que a versão final foi compota por 32 itens distribuídas nas dimensões: Motivação Inicial, Modelo de Formação Educacional, Apoio no estágio e Resultados profissionais. O terceiro momento se refere aos estudos empíricos, no qual fizeram parte 212 acadêmicos de uma instituição privada de ensino superior, todos matriculados nas disciplinas de ECS. Para a coleta de dados foi utilizada uma ficha de identificação, a Escala de Autopercepção de Competência Profissional em Educação Física e Desportos, Escala de Motivação Inicial e Apoio Pedagógico, Escala de Preocupações dos Professores e a Escala de Motivação acadêmica. Para análise dos dados foi utilizado coeficiente de correlação de Pearson, ANOVA de medidas repetidas, ANOVA One-Way e AFC. Os resultados indicaram que os estudantes se percebem competentes, sobretudo quanto a habilidade de motivação, são preocupados consigo e com a tarefa, tem uma percepção positiva acerca de seus resultados profissionais, modelo de formação educacional e apoio no estágio, são motivados para vivenciar estímulos, por identificação e desmotivados. O modelo de competência profissional indicou que a motivação tem um pequeno impacto mediador na competência profissional (ß=0,13). As preocupações têm um grande efeito direto significativo na competência (ß=0,93), bem como a motivação e apoio no estágio (ß= -0,68). As preocupações tiveram efeitos diretos igualmente fortes sobre a motivação acadêmica (ß=0,96). A motivação inicial e o apoio no estágio também apresentaram efeito direto e forte sobre a motivação acadêmica (ß= -0,89). Conclui-se que os estudantes se percebem competentes, sobretudo em suas habilidades, apresentam preocupações consigo e com a tarefa e são desmotivados. Os modelos de formação educacional, resultados profissionais e o apoio no estágio foram fatores que influenciaram de modo positivo os alunos em sua formação e intervenção profissional. Contatou-se que a competência profissional é mediada pela motivação acadêmica, e que as preocupações e motivação e apoio no estágio contribuem para que os estudantes desenvolvam seus conhecimentos e habilidades durante a realização dos estágios
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    Análise de coordenação entre coluna torácica, lombar e pelve de pacientes com lombalgia específica no pré e pós-operatório
    (2020-08-25) Silva, Mariana Felipe; Cardoso, Jefferson Rosa; Kirkwood, Renata Noce; Moura, Felipe Arruda; Felício, Diogo Carvalho; Marques, Inara
    A lombalgia tem alta prevalência na população adulta e pode levar a alterações do padrão de marcha e coordenação entre os segmentos da coluna quando comparado a indivíduos assintomáticos. A hérnia discal lombar e a estenose do canal vertebral são umas das principais causas de lombalgia específica com sintomas que alteram a marcha desses pacientes. A cirurgia para correção dessas disfunções pode ser necessária para o tratamento e estudos demonstraram que a marcha de indivíduos após intervenção cirúrgica assemelha-se a de indivíduos controle devido à melhora dos sintomas, porém pode levar a alterações nas articulações adjacentes. Mudanças nos padrões de coordenação dos movimentos podem ser indicativos de disfunções e estudos com indivíduos com lombalgia demonstram uma coordenação entre segmentos da lombar e pelve em fase. Desta forma, o objetivo geral do trabalho é avaliar as diferenças entre os padrões de coordenação dos segmentos torácicos (superior e inferior), lombares (superior e inferior) e pélvico por meio do Vector Coding além de desfechos clínicos (dor e funcionalidade) de pacientes submetidos a cirurgias para correção de hérnias lombares ou estenose do canal vertebral lombar no período pré e pós-operatórios de um, três e seis meses durante a marcha em velocidade confortável e rápida comparados a indivíduos controle. Este estudo está dividido em dois artigos, o primeiro busca diferenças entre a frequência dos padrões de coordenação de pacientes com diferentes diagnósticos de lombalgia específica (estenose lombar ou hérnia discal lombar) e indivíduos controle durante a marcha em duas velocidades (confortável e rápida); o segundo investiga os ângulos de acoplamento dos padrões de coordenação, bem como desfechos clínicos (intensidade da dor e funcionalidade) entre pacientes com hérnia discal lombar submetidos a procedimentos cirúrgicos nos períodos pré e pós-operatórios de um, três e seis meses, comparados a indivíduos assintomáticos durante a marcha em velocidade confortável. Em ambos os artigos, os dados foram coletados por meio de um sistema de cinemática composto por 10 câmeras optoeletrônicas Oqus 400 (Qualisys Medical AB, Gothenburg, Suécia) com uma taxa de aquisição de 240 Hz. Para o primeiro artigo, foram incluídos vinte e um sujeitos divididos em três grupos: hérnia (n = 6), estenose (n = 4) e controle (n = 11). Foram calculadas as frequências dos padrões de coordenação durante a fase de apoio, oscilação e ciclo total da marcha e foram encontradas diferenças entre todos os grupos com diferenças dependentes da velocidade. Os pacientes com estenose foram o que apresentaram maiores diferenças em relação aos demais grupos, principalmente no plano sagital nos segmentos pelve e lombar inferior e em velocidades rápidas da marcha. Para o segundo artigo, dezoito participantes foram divididos em dois grupos: hérnia (n = 7) e controle (n = 11). Foram avaliados os desfechos clínicos de intensidade da dor e funcionalidade além dos padrões de coordenação durante todo o ciclo da marcha, ponto a ponto por meio da estatística circular. A intensidade da dor reduziu no 1º PósOperatório (PO) (Dif.Média (DM) = 3,4; P = 0,001), no 3º PO (DM = 6,0; P < 0,001) e no 6º PO (DM = 5,0; P < 0,001) comparado ao pré-operatório; a funcionalidade apresentou melhora no 1º PO (DM = 3,8; P = 0,025) e no 3º PO (DM = 7,4; P < 0,001), porém não se manteve no 6º PO. Quanto aos padrões de coordenação, diferenças foram observadas entre os grupos principalmente no plano transversal, na fase de oscilação da marcha, entre os segmentos pelve e lombar inferior. Após a cirurgia, grande parte das diferenças encontradas nos pacientes com hérnia no pré-operatório se igualam ao grupo controle após um mês. Conclui-se que pacientes com diferentes diagnósticos de lombalgia específica apresentam estratégias distintas nos padrões de coordenação e que pacientes com estenose do canal vertebral apresentam dificuldade nas transições de velocidade confortável para rápida. Ainda, pacientes com hérnia, quando submetidos a cirurgia, apresentam melhora nos desfechos clínicos e aproximam-se dos controles quanto aos padrões de coordenação
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    Influência da prática regular de exercício aeróbio e resistido na hipotensão pós-exercício: revisão sistemática com metanálises
    (2013-10-31) Casonatto, Juliano; Polito, Marcos Doederlein; Cardoso, Jefferson Rosa; Nakamura, Fábio Yuzo; Silva, Bruno Moreira; Forjaz, Cláudia Lúcia de Moraes
    Introdução: Diversos estudos têm identificado a ocorrência do fenômeno hipotensão pós-exercício, no entanto, os moduladores dessa queda da pressão arterial após a realização de uma única sessão de exercício ainda permanecem obscuros. Objetivos: Reunir de forma sistemática os resultados de estudos e aplicar o modelo meta-analítico para identificar a influência da prática regular de exercícios físicos de característica aeróbia e resistida sobre a hipotensão pós-exercício em normotensos e hipertensos, além de verificar o impacto de outros possíveis influenciadores do efeito hipotensor, como o estado clínico, duração/volume e intensidade. Métodos: Para contemplar os objetivos propostos, a presente tese foi composta por dois estudos de revisão sistemática com metanálises. O primeiro trata-se de uma revisão sistemática com metanálises para verificar a influência da prática regular de exercícios aeróbios sobre a hipotensão pós-exercício. O segundo realizou uma revisão sistemática com metanálises para verificar a influência da prática regular de exercícios resistidos sobre a hipotensão pós-exercício. As buscas foram realizadas nas bases de dados Medline, Scientific Electronic Library Online (SciELO), Lilacs, EMBASE, SPORTDiscus e EBSCO sem limites de data até setembro de 2013. Os desfechos comparados foram: Pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica, considerando as diferenças entre prática regular de exercício aeróbio, estado clínico, duração/volume e intensidade. Foram avaliadas as diferenças das médias padronizadas e atribuído o tamanho do efeito hipotensivo seguido dos seus respectivos intervalos de confiança. Resultados: O presente estudo foi constituído por 121 estudos (88 com exercício aeróbio e 33 com exercício resistido). Especificamente para as metanálises constitui-se uma sub-amostra de nove estudos envolvendo exercício aeróbio e 19 envolvendo exercício resistido. O efeito hipotensor pós-exercício foi identificado nos dois modelos de exercício, independentemente da prática regular de exercício físico. Os sujeitos classificados como hipertensos apresentaram maior efeito hipotensivo em relação aos normotensos (-1,24; IC95%= -1,61 a -0,87 vs -0,33; IC95%= -0,52 a -0,15 - para pressão arterial diastólica, respectivamente) após a realização de exercício aeróbio. Conclusão: A magnitude da hipotensão pós-exercício não é influenciada pela prática regular de exercícios aeróbios e resistidos. Indivíduos hipertensos apresentam maior efeito hipotensor pós-exercício aeróbio quando comparados a seus pares normotensos. A duração/volume e intensidade aparentemente não exercem influência sobre a hipotensão pós-exercício.
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    Efetividade de intervenções de educação em saúde e dança de salão na saúde metabólica, nível de atividade física, capacidade cardiorrespiratória e hábitos alimentares em mulheres idosas
    (2020-12-10) Scherer, Fabiana Cristina; Teixeira, Denilson de Castro; Cardoso Junior, Crivaldo Gomes; Ribeiro, Alex Silva; Marquez, Audrey de Souza; Benedetti, Tânia Rosane Bertoldo; Tomeleri, Crisieli Maria
    Introdução: A trajetória do envelhecimento pode ser influenciada por fatores relativos ao estilo de vida, como a boa nutrição e a prática de atividade física, que por sua vez, podem promover melhoras na saúde metabólica e, consequentemente redução de agravos à saúde. Neste sentido, torna-se importante, conhecer os efeitos de diferentes tipos de intervenção sobre essas variáveis. Objetivos: Analisar os efeitos de um programa de educação em saúde (VAMOS) e de dança de salão (DS) no nível de atividade física, na capacidade cardiorrespiratória, nos hábitos alimentares e na saúde metabólica de mulheres idosas. Métodos: Ofertou-se o programa VAMOS, uma vez/semana e a DS três vezes/semana, durante 12 semanas em um contexto comunitário no município de Londrina-PR. Participaram 49 mulheres idosas (VAMOS, n = 27 e DS, n = 22; 71 anos), não participantes de programas estruturados de atividade física nos últimos três meses. As análises foram realizadas com os dados pré e pós-intervenções, com resultados de avaliações de atividade física habitual, capacidade aeróbia, hábitos alimentares, antropometria, composição corporal, perfil lipídico [colesterol total, colesterol lipoproteico de baixa densidade (LDL-c), colesterol lipoproteico de alta densidade (HDL-c), triglicerídeos (TG), não HDL-c e índice de Castelli II], glicemia de jejum, estresse oxidativo [produtos avançados de oxidação protéica (AOPP), hidroperóxidos por espectrofotometria (FOX), glutationa reduzida (GSH), superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), potencial antioxidante total plasmático (TRAP) e grupamento sulfidrila (SH)]. Resultados: O grupo DS obteve melhora significativa na capacidade aeróbia (p < 0,05; ES = 0,58) e o grupo VAMOS redução significante do LDL-c (p < 0,05; ES = -0,37). Em ambos os grupos houveram reduções significativas, após as intervenções, na glicemia de jejum, colesterol total, não HDL-c e índice de Castelli II (p<0,05). Em relação ao estresse oxidativo, para o FOX (pró-oxidante), apenas o grupo VAMOS reduziu seus escores pós-intervenção (ES = -0,90) e para o TRAP (antioxidante), somente o grupo DS aumentou significativamente seus escores (ES = 1,22). Foi observado também aumento para os biomarcadores anti-oxidantes GSH, SOD e CAT para ambos os grupos de intervenção (p<0,05). Conclusões: O programa DS traz importantes benefícios na capacidade aeróbia e no antioxidante TRAP nas mulheres idosas participantes do estudo, já o programa VAMOS promove a redução do colesterol LDL-c e biomarcador pró-oxidante FOX. Ambas as intervenções são capazes de reduzir a glicemia em jejum, colesterol total, não HDL-c e índice de Castelli II e aumentar os antioxidantes GSH, SOD e CAT
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    Caracterização de jogadores de e-sport e respostas da neuromodulação sobre o desempenho cognitivo
    (2023-03-10) Takabayashi, Priscila Chierotti; Altimari, Leandro Ricardo; Okazaki, Victor Hugo Alves; Okano, Alexandre Hideki; Buzzachera, Cosme Franklim; Okuno, Nilo Massaru
    O aumento da prática de esportes eletrônicos (e-sport) tem ocorrido de forma rápida e exponencial nas últimas décadas. Atividade antes exclusiva de momentos de lazer, atualmente movimenta cerca de 1,6 bilhão de dólares em prêmios. Essa atividade tem como principais características a alta carga mental, na qual os praticantes permanecem por várias horas com elevada demanda de processo executivo e de atenção e necessitam realizar tomada de decisão rápidas e precisas. Logo, o objetivo desta tese foi caracterizar jogadores de e-sport e analisar respostas da neuromodulação sobre o desempenho cognitivo. Para tanto, o estudo foi composto por dois artigos originais, o primeiro procurou caracterizar praticantes de e-sport com relação ao número de horas de jogo, nível de atividade física (NAF), índice de massa corporal (IMC), qualidade de sono (QS) e vigor mental (VM), por meio de uma pesquisa descritiva, realizada com auxílio de um questionário auto reportado, anônimo on-line e transversal, que foi respondido por 123 praticantes de jogos eletrônicos distintos. Os dados foram analisados a partir de estatística descritiva, onde os resultados indicaram que em média os sujeitos praticavam 4h por dia de jogo durante cinco (5) dias na semana, onde 80% desses indivíduos apresentaram indicadores de moderado e alto NAF, porém com baixos níveis de QS e VM. Além disso, 52% foram classificados com sobrepeso e obesidade enquanto 48% estão com o peso ideal e abaixo do peso. Já o segundo estudo investigou possíveis efeitos da estimulação por corrente contínua-alta definição (ETCC-HD) no desempenho cognitivo de jogadores de League of Legends (LoL), e contou com a participação de 15 sujeitos (13 do sexo masculino e 2 do sexo feminino), com no mínimo dois anos de prática que realizaram familiarização a situações as quais seriam submetidos. Os jogadores foram submetidos a duas condições experimentais em um estudo, randomizado e placebo-controlado, sendo uma condição experimental de ETCC-HD Anódica (2mA) e a outra estimulação Sham-controle (ETCC-HD Sham) na região do córtex pré-frontal dorsolateral esquerdo. O estudo foi realizado inicialmente com a coleta dos dados de repouso, onde foi avaliada a atividade elétrica cortical, respostas ao questionário de bem-estar (QBE), seguido do teste de Stroop incongruente por 10 minutos (Tempo de reação - TR e Acurácia - ACU). Posteriormente foi realizada a intervenção com ETCC-HD por 20 minutos, e ao final realizado novamente o teste de Stroop incongruente. Para análise estatística dos dados foi utilizada ANOVA Two-way para medidas repetidas, seguida do teste de Tukey. O nível de significância adotado foi de p < 0,05. Nenhum efeito significante foi encontrado para o TR, a ACU e o QBE entre as condições ETCC-HD Anódica e ETCC-HD Sham, nos momentos pré e pós experimento (p > 0,05). Os resultados demonstraram que os jogadores de e-sport, embora pudessem ser ativos fisicamente, apresentaram baixos níveis de QS e VM e a maioria está em sobrepeso e obesidade. Além disso, constatou-se que a ETCC-HD Anódica não possibilitou benefícios adicionais aos parâmetros de desempenho cognitivo e de bem-estar dos jogadores de LoL.
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    Forças de contato no joelho e análise da demanda muscular durante atividades funcionais em pacientes com osteoartrite de joelho : análises com modelo musculoesquelético
    (2023-04-14) Pelegrinelli, Alexandre Roberto Marcondes; Moura, Felipe Arruda; Sarro, Karine Jacon; Santiago, Paulo Roberto Pereira; Lucareli, Paulo Roberto Garcia; Okazaki, Victor Hugo Alves
    A intensidade da força de contato tibiofemoral e a distribuição entre os compartimentos do joelho são relacionados ao desenvolvimento e progressão da osteoartrite (OA). Estas forças de contato durante atividades funcionais podem ser estimadas de forma não-invasiva, utilizando modelos musculoesqueléticos (MSK). As tarefas de marcha, sentar e levantar são consideradas algumas das atividades funcionais mais relevantes e, quando afetadas pela OA, têm impacto na qualidade de vida dos pacientes. Para análises das forças tibiofemoral durante estas tarefas é importante a escolha e definição do modelo mais adequado. Desta forma, o objetivo geral da tese foi identificar as alterações nas forças de contato no joelho durante a marcha, o sentar e levantar em pacientes afetados pela OA. A tese foi dividida em três estudos. No primeiro, o objetivo foi de identificar o melhor modelo MSK para predizer a força de contato vertical no joelho e nos compartimentos medial e lateral. No segundo estudo, as alterações na força de contato no joelho e da demanda muscular durante a marcha foram comparadas entre pacientes com OA de joelho e indivíduos controles. Além disso, um modelo de predição baseado em aprendizagem de máquina foi empregado para identificar as variáveis cinemáticas e cinéticas mais relevantes e testar a capacidade de predizer os picos de força tibiofemoral. Por fim, no último estudo, foram analisadas as tarefas de sentar e levantar quanto às forças musculares e no joelho em pacientes com OA. No primeiro estudo, o modelo adaptado proposto foi o que melhor estimou as forças de contato vertical total e nos compartimentos medial e lateral para as atividades de sentar e levantar. Os resultados foram comparados com dados medidos in vivo em pacientes com uma prótese instrumentada de joelho. Para a marcha os resultados foram similares entre os modelos analisados. Diante desse resultado, o modelo adaptado foi empregado para as análises nos estudos 2 e 3, para a comparação entre pacientes com OA grave de joelho e controles saudáveis. No estudo 2, utilizando um modelo preditivo, generalized linear model (GLM), o primeiro pico de força vertical total no joelho e os dois picos no compartimento medial foram preditos com um erro em torno de 6 a 10% do pico calculado. O momento extensor do joelho e o abdutor do quadril foram as variáveis mais relevantes para predizer as forças total e no compartimento medial, respectivamente. Ainda, a comparação entre os grupos mostrou maiores valores de vale entre os picos para a força de contato vertical no grupo OA comparado aos controles. Adicionalmente, os pacientes com OA modificaram a marcha para reduzir a força no compartimento medial comparado aos controles. Por fim, no último estudo a tarefa de sentar foi a mais afetada na OA de joelho comparado ao levantar. A força muscular dos vastos foram reduzidas no grupo OA durante a atividade sentar, onde a contração é principalmente excêntrica. Para as duas tarefas, as força vertical total e no compartimento medial foram menores comparado aos controles. O grupo OA apresentou uma estratégia compensatória impondo maiores cargas no membro não afetado em comparação ao lesionado. Desta forma, concluímos que o modelo musculoesquelético, identificado como o que melhor estimava as forças de contato, foi capaz de encontrar diferenças durante as tarefas funcionais em pessoas com OA grave de joelho. Os resultados da tese indicam um grande potencial de, por meio de modelos de aprendizagem de máquina, predizer os resultados de força de contato tibiofemoral a partir de variáveis mais simples de serem calculadas. Por fim, os estudos indicam importantes modificações nas forças de contato tibiofemoral durante atividades funcionais em pessoas com OA grave de joelho. As alterações encontradas são associadas a diferentes estratégias de minimizar a compressão no compartimento medial. Dessa forma, exercícios de retreinamento da marcha e treino excêntrico da musculatura extensora do joelho devem ser estudados quanto à capacidade de minimizar as diferenças encontradas no presente estudo.
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    Aprimorando a aptidão física no câncer de mama : uma revisão sistemática e meta-análise sobre o tipo, duração, frequência, intensidade e volume do exercício físico
    (2023-10-29) Palma, Guilherme Henrique Dantas; Deminice, Rafael; Rezende, Leandro Fórnias Machado de; Christófaro, Diego Giuliano Destro; Cardoso Junior, Crivaldo Gomes; Almeida Junior, Ademar Avelar de
    O câncer de mama (CM) é o mais prevalente no sexo feminino, contribuindo com alta mortalidade. Embora o número de sobreviventes tenha crescido substancialmente, desafios no enfrentamento do câncer de mama permanecem. Dentre as medidas não farmacológicas o exercício físico é reconhecido como medida importante na melhora da qualidade de vida e aptidão física em mulheres com câncer de mama; contudo, a literatura apresenta lacunas com relação às variáveis e características do exercício físico para essa população, aspectos que devem ser avaliados no momento da prescrição. Além disso, a diversidade de protocolos pode ser uma barreira para a tomada de decisão clínica. Portanto, o objetivo dessa revisão sistemática e meta-análise foi investigar o efeito de componentes do treinamento sobre a capacidade física de mulheres com CM. Uma revisão sistemática foi conduzida utilizando as bases de dados MEDLINE, SportDiscuss, SciELO e Embase. Após os processos de identificação e triagem, baseados nos critérios de elegibilidade, 44 estudos foram incluídos. As informações relacionadas aos componentes do treinamento, força muscular, massa magra e capacidade cardiorrespiratória, avaliada por meio do teste de caminhada de 6 minutos, foram extraídas e o tratamento meta-analítico foi realizado utilizando o modelo de efeito randômico. Para todas as análises, o valor de significância estatística foi determinado como P<0,05. De maneira geral, a prática de exercícios aumenta a força muscular (0.473, IC95% 0.283, 0.664), a massa magra (0.252, IC95% 0.124, 0.379) e a capacidade cardiorrespiratória (0.622, IC95% 0.302, 0.942). Os exercícios aeróbicos não foram capazes de aprimorar a força muscular e a massa magra, enquanto os exercícios combinados foram capazes de aprimorar todas as variáveis avaliadas. Os exercícios supervisionados apresentaram maior magnitude de efeito em todas as análises, enquanto parece ser desejável considerar ao menos a prática de exercícios duas vezes por semana. Protocolos de exercício de intensidade moderada a alta apresentaram maior magnitude de efeito para as variáveis estudadas. Conclui-se que o exercício físico é eficaz em aprimorar a força muscular, massa magra e capacidade cardiorrespiratória em mulheres com CM. A força muscular foi aprimorada independentemente do momento do tratamento oncológico. Os exercícios combinados e supervisionados apresentaram maior tamanho de efeito e devem ser considerados na prescrição do exercício. O treinamento deve ocorrer ao menos duas vezes por semana, priorizando protocolos de maior intensidade.
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    Efeito agudo dos exercícios físicos aeróbico e funcional em variáveis cognitivas e emocionais de pacientes internados para o tratamento dos transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas
    (2023-03-08) Malagodi, Bruno Marson; Serassuelo Júnior, Hélio; Aguiar, Andreo Fernando; Okano, Alexandre Hideki; Carmo, David Roberto do; Ferreira, Sionaldo Eduardo
    As bases neurobiológicas do Transtorno por Uso de Substância (TUS) têm recebido crescente atenção de diversas áreas de pesquisa, uma vez que uma melhor compreensão dos mecanismos cerebrais e cognitivos ligados ao comportamento de dependência tem permitido a busca por tratamentos mais eficazes. Sessões agudas de exercícios físicos têm sido relacionadas a melhoras na função cognitiva, influenciando de maneira benéfica aspectos como o controle inibitório, nível de fissura, e humor, porém os estudos têm em sua maioria focado apenas em exercícios aeróbios. Dessa forma, objetivo do presente estudo foi investigar o efeito agudo de dois tipos diferentes de exercícios físicos na resposta afetiva ao exercício, estado de humor, nível de fissura e no controle inibitório de indivíduos internados para o tratamento de TUS. Para tanto, 43 indivíduos (31 homens e 12 mulheres) com pelo menos 12 meses de diagnóstico e na fase inicial do processo de tratamento, todos os indivíduos com idades dos 19 aos 40 anos (27,63 ± 5,94 anos) foram submetidos a duas sessões de exercícios físicos de intensidade moderada (uma aeróbia e uma funcional) e uma sessão controle, com intervalo de 48 horas entre elas. Antes e imediatamente após as sessões, os indivíduos responderam a questionários sobre a ativação percebida, resposta afetiva, fissura e estado de humor. Foi analisado o controle inibitório por meio do protocolo Go-NoGo. Os dados foram tratados por estatística descritiva e análise de correlação de Pearson entre as variáveis no momento pré-intervenção. Uma análise de variância (ANOVA) de medidas repetidas (pré versus pós exercício versus pré e pós condição controle) foi usada para comparar variáveis dependentes (humor, resposta afetiva, ativação percebida, controle inibitório e nível de fissura) entre os grupos e os momentos para cada sessão. Foi adotada significância de p < 0,05. Os resultados mostraram influência positiva em ambas sessões de exercícios físicos moderados nas variáveis do controle inibitório (redução no número de erros específicos, do tempo de reação específico e do tempo de reação geral), estado de humor (redução dos níveis de tensão, depressão, raiva, fadiga e confusão) e das respostas afetivas (sensação de prazer/desprazer e de ativação alta/baixa), sem alterações para a sessão controle. Não foram detectadas diferenças significativas para o vigor e o nível de fissura em nenhuma das sessões. Da mesma forma, não se observaram efeitos da capacidade cardiorrespiratória e do nível de atividade física prévio dos participantes na amplitude das mudanças. Pelos dados obtidos conclui-se que sessões de exercícios físicos aeróbios e funcionais de intensidade moderada proporcionam incrementos em aspectos cognitivos e emocionais para indivíduos em processo de reabilitação para o TUS, reforçando o potencial benéfico da prática de exercícios físicos como estratégia segura, viável e eficaz no tratamento dessa condição.
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    Efeito da estimulação transcraniana por corrente contínua e da demanda da tarefa na aprendizagem e no controle motor
    (2023-02-27) Guimarães, Anderson Nascimento; Okazaki, Victor Hugo Alves; Ugrinowitsch, Herbert; Teixeira, Luís Augusto; Altimari, Leandro Ricardo; Lage, Guilherme Menezes
    Os objetivos da presente tese foram: sistematizar o conhecimento da literatura sobre os efeitos da ETCC na aprendizagem motora e analisar o efeito da ETCC na aprendizagem e no controle de habilidades com diferentes demandas cognitivas reguladas via feedback online. Um estudo de revisão sistemática foi realizado com artigos recuperados em 10 bases de dados e publicados até o ano de 2021. O efeito da ETCC demonstrou ser dependente das características da tarefa motora e das especificações de montagem da ETCC (natureza da estimulação, local da estimulação e tempo/sessão de estimulação). O córtex motor primário (M1) e o cerebelo (CC) são as estruturas que mais apresentam efeito na aprendizagem motora. Como o M1 e o cerebelo exercem funções motoras relacionadas com a execução de tarefas motoras com menor ou maior demanda cognitiva, um estudo experimental foi realizado. A ETCC anódica foi aplicada em três grupos (M1, CC e sham), durante a prática de tarefas de desenhar um quadrado com a mão esquerda, com diferentes demandas cognitivas (experimento I: tarefa com menor demanda cognitiva; experimento II: tarefa com maior demanda cognitiva). Nos dois experimentos, os três grupos melhoram seus desempenhos após a prática, reduzindo o tempo de movimento e o tempo em erro, bem como a quantidade de submovimentos e picos de velocidade, e mantiveram este desempenho nos testes de retenção. Todavia, os desempenhos dos grupos M1 e CC não foram superiores em nenhum momento comparado ao grupo sham, demonstrando que a ETCC anódica no M1 e no cerebelo não proporcionou efeitos positivos na aprendizagem motora ou no controle motor das tarefas de desenho com diferentes demandas cognitivas. Isso pode ter ocorrido devido à variabilidade intra e interindividual dos participantes à estimulação cerebral. Em suma, além de o efeito da ETCC ser dependente da interação entre as especificações de montagem da ETCC e as características da tarefa motora, bem como da quantidade suficiente de prática motora, o efeito da ETCC na aprendizagem motora e, possivelmente, no controle motor, parece também depender da sensibilidade intra e interindividual dos participantes à estimulação cerebral. O efeito do processo natural de prática motora parece ser suficiente para que as adaptações necessárias ao estabelecimento da aprendizagem motora e das melhorias no controle motor em pessoas pouco sensíveis à estimulação cerebral ocorra.