Autoconceito físico, qualidade de vida e bem-estar subjetivo de adultos com deficiência motora: mediação e relação com prática de atividade física
Data
2024-06-14
Autores
Vaz Junior, Arnaldo
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Resumo
A psicologia positiva vem ganhando destaque dentre pessoas com deficiência, pois apresenta importantes medidas da saúde psicológica. Tais variáveis apresentam relação direta e positiva com a prática de atividades físicos em diferentes contextos. Desta forma, compreender como pessoas com deficiência motoras respondem a diferentes protocolos de treinamento, possibilita que órgãos públicos elaborem estratégias de inserção dessa população em programas de atividades físicas, possibilitando melhorias. Assim, o objetivo do projeto é analisar a percepção da qualidade de vida, o autoconceito físico e o bem-estar subjetivo de pessoas com deficiência motora submetidas a diferentes frequências em programas de exercícios físicos. Participaram do estudo 25 pessoas com diferentes deficiências motoras, entre 18 e 40 anos, estratificadas em três grupos distintos. O período do estudo compreendeu 14 semanas, dentre intervenção, avaliação e período de washout. A Qualidade de vida foi avaliada por meio do WHOQOL-dis, o Autoconceito físico foi avaliado pelo PSDQ-S e o Bem-Estar Subjetivo foi analisado pelo EBES. Para caracterização da amostra e desfechos das variáveis psicológicas foram realizadas tabelas de frequência. A comparação entre grupos e entre períodos foi observada pela ANOVA (tempo*grupo), com ajuste de Bonferroni. A análise de DELTA % = [(POS – PRE) / PRE] x 100 identificou a variação dos resultados obtidos entre os momentos pré e pós-intervenção. A associação do tempo de deficiência e variáveis psicológicas foi obtida pela análise de covariância (ANCOVA) e a análise de mediação foi obtida pelo processo de Baron e Kenny e teste de Sobel para efeito indireto. Foi adotado como nível de significância P = 0,05. Os resultados demonstraram que os indivíduos que praticaram atividades duas vezes por semana obtiveram melhores resultados quando comparados com os que fizeram atividades uma vez por semana ou com o grupo controle. A análise de variação entre os momentos pré e pós identificou ?%= 217% na dimensão Relações sociais da qualidade de vida, ?%= 161% na dimensão Autoestima do Autoconceito físico e ?%= 209% na dimensão Afetos negativos do Bem-Estar Subjetivo. Ademais observou-se que a atividade física foi moderadora das melhorias das percepções das três variáveis psicométricas apresentando escores estatisticamente significativos (p<0,05) em cinco análises observadas. O estudo conclui que a inserção de pessoas com deficiência motora em programas de atividades físicas impacta positivamente na Qualidade de vida, Autoconceito físico e Bem-estar subjetivo, no entanto, observou-se que a maior frequência semanal no programa de atividade física apresentou melhoras mais relevantes nas diferentes variáveis psicométricas.
Descrição
Palavras-chave
Saúde Mental, Psicologia do Esporte, Educação Física, Treinamento físico, Pessoas com Deficiência, Esportes - Aspectos psicológicos, Exercícios físicos