01 - Doutorado - Educação Física
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Item Alinhamento postural : intervenções, meridianos miofasciais e associações das curvaturas da coluna entre si e com variáveis antropométricasPorto, Alessandra Beggiato; Okazaki, Victor Hugo Alves [Orientador]; Candotti, Claudia Tarragô; Rodacki, André Luiz Félix; Achour Junior, Abdallah; Campos, Mário HeblingResumo: Alguns aspectos sobre o alinhamento postural não estão completamente elucidados na literatura, tal como o efeito do exercício nos desvios posturais e suas variáveis de prescrição, o efeito do alongamento e da liberação miofascial em musculaturas remotas e a relação entre as curvaturas da coluna vertebral e as variáveis antropométricas Diante disso, essa tese compreende em três capítulos O capítulo 1 consiste em um estudo de revisão sistemática com o objetivo de revisar estudos que analisaram o efeito de exercícios em desvios posturais e descrever suas variáveis de prescrição Para isso, foram realizadas buscas em bases de dados por meio de palavras-chave Foram incluídos 22 estudos, os quais foram combinados em quatro categorias: projeção da cabeça e disfunção no ombro, hipercifose, outras variáveis posturais e escoliose Os exercícios que envolvem alongamento e fortalecimento muscular apresentaram melhora nos desvios posturais Foi possível descrever algumas variáveis de prescrição de exercício como o tempo de duração de prática e o volume, entretanto, mais estudos são necessários para definir outras variáveis O capítulo 2 consiste em um estudo de revisão sistemática de estudos randomizados e meta-análise O objetivo foi descrever o efeito do alongamento e da liberação miofascial em musculaturas remotas considerando os meridianos miofasciais Foram realizadas buscas em bases de dados por meio de palavras-chave e 12 estudos foram incluídos Os estudos envolveram somente a linha superficial posterior Somente um estudo não demonstrou efeito da liberação miofascial na flexibilidade da musculatura remota A meta-análise demonstrou um pequeno efeito a favor do alongamento e da liberação miofascial Por fim, o capítulo 3 consiste em um estudo experimental com o objetivo de associar as curvaturas da coluna vertebral entre si e com variáveis antropométricas Para isso, 44 mulheres e 42 homens universitários tiveram os processos anatômicos das vértebras C7, T12 e L5 identificados para colocação de marcadores e foi realizada uma foto em plano sagital, na qual, no software SAPO, foram calculados os ângulos cervical, torácico e lombar O teste de correlação de Spearman demonstrou forte associação entre os ângulos cervical e torácico em homens (? =,77; p<,1) e moderada associação em mulheres (?=,65; p<,1) Houve uma fraca associação entre os ângulos torácico e lombar em homens (?=,37; p<,5) Também foram verificadas algumas associações entre variáveis antropométricas e as curvaturas da coluna De forma geral, o alinhamento postural parece ser influenciado por exercícios de força e flexibilidade e pela relação das curvaturas entre si e entre as medidas antropométricas do indivíduo Além disso, exercícios de alongamento e de liberação miofascial parecem influenciar tanto a musculatura envolvida quanto as musculaturas mais distantes, o que pode servir de complemento em tratamento e prescrição de exercícios quando a intenção é melhorar a postura e evitar lesõesItem Análise da carga interna, intensidade de jogo e efeito da fototerapia na performance de atletas de badminton de eliteBarazetti, Lilian Keila; Ramos, Solange de Paula [Orientador]; Mota, Gustavo Ribeiro da; Nampo, Fernando Kenji; Okuno, Nilo Massaru; Marques, InaraResumo: O Badminton é um esporte de raquete, amplamente praticado ao redor do mundo e que compõe o programa olímpico, desde os Jogos de Barcelona, em 1992 Apesar da grande popularidade da modalidade, não há informações sobre os efeitos causados pelo sistema de competição com jogos consecutivos, sobre o desempenho dos atletas Além disso recursos ergogêncios também não foram investigados em condições competitivas, até o presente momento, assim como não foram identificadas algumas demandas fisiológicas da modalidade no atual sistema de pontuação Nesse sentido, o primeiro objetivo do presente estudo foi descrever a carga interna de esforço baseada nas zonas de frequência cardíaca (FC), em jogos individuais e em duplas, de atletas masculinos de Badminton nas categorias sub-17, sub-19 e adulto O segundo objetivo foi avaliar os efeitos da fototerapia, como recurso ergogênico sobre o desempenho muscular durante uma competição oficial O trabalho foi dividido em dois estudos realizados durante a primeira Etapa do Campeonato Nacional de Badminton de 218 No estudo 1, vinte e seis atletas foram monitorados para análise da FC em jogo, durante a competição Foram realizadas 92 análises em 69 jogos nas modalidades simples e duplas, nos quais foram identificadas a FC média, FC máxima (FCmáx), quantificação da carga de jogo por meio do impulso de treinamento (TRIMP) de Edwards e Percepção Subjetiva do Esforço (PSE) No estudo 2, vinte e nove atletas foram pareados pela classificação oficial da Confederação Brasileira de Badminton, e aleatoriamente alocados pra a intervenção com fototerapia com diodos emissores de luz (LEDT) (63nm) ou Controle A fototerapia foi aplicada diariamente, antes do primeiro jogo de cada atleta, nos 4 dias do torneio Foram irradiados 31 pontos, em membros inferiores e superior dominante, com uma densidade de energia de 4,6 J/cm2 Os atletas foram submetidos aos testes de saltos verticais com agachamento (SVA) e com contramovimento (SVC) e força de preensão manual (FPM) imediatamente antes e após todos os jogos da competição Os resultados do estudo 1 demonstraram que a FC média, FCmáx e o TRIMP foram maiores nos confrontos realizados em modalidade simples em relação à de duplas (P<5), em diferentes categorias (sub-17, sub-19 e adulta) Os atletas que jogaram na modalidade simples, permaneceram mais tempo de jogo acima de 8% da FCmáx, enquanto nos jogos de dupla, entre 5 a 79% da FCmáx A intensidade dos jogos apresentou associação com a classificação do jogador, idade, número de sets por jogo, dias consecutivos de competição, FCmáx e tempo de jogo Os resultados demonstram que os atletas são expostos a esforços de alta intensidade durante a competição O estudo 2 demonstrou que após 3 ou mais jogos sucessivos diários, foi observada uma interação (P<5) da fototerapia com o desempenho no SVA e FPM, apresentando menor perda de rendimento Concluímos que o desempenho do SVA e FPM melhorou ao longo dos jogos sucessivos sugerindo que a fototerapia pode ter efeitos ergogênicos em atletas de Badminton durante situação competitivaItem Análise da contribuição dos músculos de membros superiores e inferior na tarefa de subir degraus em ônibus coletivo em idososGil, André Wilson de Oliveira; Teixeira, Denilson de Castro [Orientador]; Altimari, Leandro Ricardo; Gorgatti, Márcia Greguol; Oliveira Junior, Eros de; Amorim, Cesar Ferreira; Silva Junior, Rubens Alexandre da [Coorientador]Resumo: Durante o envelhecimento organismo sofre alterações em todos os seus sistemas, levando a prejuízos funcionais As dificuldades para realizar algumas atividades diárias também estão relacionadas às barreiras arquitetônicas como o acesso ao ônibus coletivo, pois a maioria possui degraus demasiadamente altos Essa barreira pode impedir ou dificultar o uso desse meio de transporte por idosos Nesse sentido, conhecer o quanto de força muscular de membros superiores e inferiores os idosos necessitam para subir em um ônibus coletivo, é de extrema relevância Esta tese é apresentada em dois estudos, sendo o primeiro com objetivo de verificar a reprodutibilidade de dois dinamômetros, construídos especialmente para o estudo, em formato de corrimão que avaliam a força de preensão manual e tração de braço; e o segundo avaliar a contribuição dos músculos de membros superiores e inferiores na tarefa de subir degraus de acesso ao ônibus coletivo em indivíduos idosos A amostra foi constituida num total de 14 paticipantes, 24 no primeiros estudo (12 idosos e 12 jovens) no e 8 no segundo (4 idosos e 4 jovens como controles) participantes Inicialmente foram avaliadas as CVM (contração voluntária máxima) de preensão manual e tração de braço pelos dinamômetros em formato de corrimão e a CVM de flexão e extensão do joelho com eletromiógrafo em uma cadeira flexora e extensora Na sequência os participantes foram submetidos à tarefa de subir o primeiro degrau em um protótipo com as dimensões do acesso ao um ônibus coletivo com altura original do primeiro degrau de 4 cm e corrigida para1cm Os dinamômetro/barra foram reprodutíveis apresentado baixos erros de medida tanto para os idosos quanto para os jovens, com índices de correlação intraclasse acima dos ,95 para todas as variáveis Os idosos tiveram maior contribuição da força de membros superiores e inferiores em comparação aos jovens (p<,5) na maioria das variáveis e nas diferentes alturas dos degraus Idosos e jovens executaram significativamente maior força em cinco das seis variáveis analisadas para subirem o degrau de 4cm em relação ao de 1cm (<,5) Foi observado também que as mulheres idosas executaram mais força para subir os degraus do que os homens idosos nas variáveis de preensão manual esquerda em 4cm e 1cm e na tração de braço esquerda em 4cm (p<,5) Conclui-se que os dinamômetros/barra apresentaram boa reprodutibilidade e que os idosos precisam de uma contribuição maior de força muscular do que os jovens para subir os degraus de um ônibus coletivo independente da altura do degrau O estudo mostrou também que idosos exercem menos força no degrau de 1cm em relação ao de 4cm Esses resultados podem contribuir diretamente para novas políticas públicas que possam melhorar o acesso ao transporte público para uma maior inclusão da população idosasItem Análise da marcha com ultrapassagem de obstáculos em condições com dupla tarefa de idosos praticantes e não praticantes de exercícios físicosMartins, Raquel de Melo; Marques, Inara [Orientador]; Moraes, Renato de; Barela, Ana Maria Forti; Teixeira, Denilson de Castro; Moura, Felipe ArrudaResumo: O objetivo do estudo foi analisar a marcha com ultrapassagem de obstáculo em condições com dupla tarefa de idosos praticantes e não praticantes exercícios físicos Participaram do estudo, cinquenta e três idosos, homens e mulheres, subdivididos em quadro grupos: Grupo treinamento com pesos - GTP (n=14), Grupo de hidroginástica – GHD (n=15), Grupo de tenistas - GTN (n=12) e Grupo de não praticantes – GNP (n=12) Com média de idade de 66,98 +4,82 anos Para tanto, os grupos foram submetidos a avaliações de marcha, com ultrapassagem de obstáculos e com e sem dupla tarefa e de força de membros inferiores Na avaliação da marcha, com ultrapassagem de obstáculo, com a dupla tarefa, todos os grupos apresentaram adaptações posturais distintas, quando comparados a condição sem a dupla tarefa, com alterações nas variáveis espaçotemporais e de estabilidade postural O grupo GNP apresentou maiores diferenças quando comparados aos outros grupos, mostrando um maior efeito da dupla tarefa e alterações no padrão da marcha Na a avaliação do Isocinético, os grupos GTP e GTN, tiveram resultados superiores, com o GHD apresentando menores resultados de força e potência de membros inferiores De maneira geral, os grupos de idosos praticantes de exercícios físicos apresentaram resultados superiores aos não praticantes, com ênfase nos resultados dos grupos GTN e GTP Concluiu-se, portanto, que a prática de exercícios físicos, independente de qual seja, é fundamental para a manutenção do equilíbrio postural, das capacidades funcionais e da marcha com ultrapassagem de obstáculosItem Análise das ações dos levantadores nos diferentes processos de jogo no voleibolBordini, Fábio Luis; Marques, Inara [Orientador]; Nakamura, Fábio Yuzo; Moura, Felipe Arruda; Rocha, Marcos Augusto; Corrêa, Umberto CesarResumo: Tomada de decisão é o processo pela qual as escolhas são feitas, estando este tema entre os tópicos mais investigados por pesquisadores do campo do Comportamento Motor Ao longo dos anos, estudos em tomada de decisão têm sido embasados por diferentes pressupostos teóricos, sendo que, a partir do final do século passado uma nova perspectiva vem se destacando Conhecida como a Dinâmica Ecológica da Tomada de Decisão, esta se utiliza de conceitos e ferramentas da Abordagem dos Sistemas Dinâmicos, Psicologia Ecológica, bem como da Psicologia Cognitiva, para entender o fenômeno da tomada de decisão a uma escala ecológica Assim, pautada nesta perspectiva, o objetivo desse trabalho é identificar e analisar as variáveis que influenciam as ações de levantadores pertencentes a diferentes faixas etárias, nos diferentes processos de jogo no voleibol Para tanto, o trabalho foi dividido em três estudos: ESTUDO 1: Com o objetivo de identificar as variáveis que influenciam as ações de levantadores nos diferentes processos de jogo em equipes voleibol, foi feita uma pesquisa com técnicos de voleibol, por meio de um questionário eletrônico Os resultados demonstram que fatores ambientais também se mostram intervenientes nas ações dos levantadores e que estes fatores influenciam, de forma distinta, as ações dos levantadores durante os Processos de Ataque e Contra-Ataque em uma partida de voleibol; ESTUDO 2: O intuito deste estudo foi construir e validar uma ferramenta computacional baseada em Redes Neurais Artificiais para análise das ações dos levantadores nos diferentes processos de jogo no voleibol As informações com Índice de Resposta maior que 55 no estudo 1 foram utilizadas, sendo cada uma delas ponderada de acordo com a qualidade da execução, posicionamento, entre outras Assim, foram analisados 12 e 1 jogos das categorias Sub19 e Sub21, respectivamente Os resultados demonstraram um desempenho satisfatório das Redes Neurais Artificiais no que se refere a predição correta do desfecho das ações dos levantadores, com os acertos sendo maiores nos Processos de Contra-Ataque do que nos Processos de Ataque de ambas as categorias; ESTUDO 3: O objetivo deste estudo foi analisar as ações dos levantadores de diferentes faixas etárias nos diferentes processos de jogo do voleibol, assim,foram utilizadas as Redes Neurais Artificiais construídas e validadas no estudo 2 Foram analisados os jogos das seleções brasileiras de voleibol Sub19 e Sub21 durante suas participações no campeonato mundial da categoria do ano de 213 Os resultados demonstraram ser satisfatórios no que se refere à manutenção das porcentagens de acertos das Redes Neurais Artificiais de sua construção e validação (estudo 2) para sua aplicação (estudo 3) Foi verificado, também, que, como descrito na literatura, os levantadores de categorias mais novas apresentam padrões de jogo mais evidentes, fazendo com que suas decisões possam ser preditas com mais facilidade do que levantadores pertencentes a categorias mais experientes Da mesma forma, as diferenças entre o trabalho dos levantadores nos diferentes processos que compõem os jogos de voleibol foram confirmadas De maneira geral, pode-se concluir que as ações dos levantadores enfrentam uma variedade de restrições, as quais podem propiciar ou inibir diferentes ações e, neste sentido, a Dinâmica Ecológica da Tomada de Decisão se mostra relevante ao embasar estudos com este tema, tendo nas Redes Neurais Artificiais uma importante ferramenta para análiseItem Análise de coordenação entre coluna torácica, lombar e pelve de pacientes com lombalgia específica no pré e pós-operatório(2020-08-25) Silva, Mariana Felipe; Cardoso, Jefferson Rosa; Kirkwood, Renata Noce; Moura, Felipe Arruda; Felício, Diogo Carvalho; Marques, InaraA lombalgia tem alta prevalência na população adulta e pode levar a alterações do padrão de marcha e coordenação entre os segmentos da coluna quando comparado a indivíduos assintomáticos. A hérnia discal lombar e a estenose do canal vertebral são umas das principais causas de lombalgia específica com sintomas que alteram a marcha desses pacientes. A cirurgia para correção dessas disfunções pode ser necessária para o tratamento e estudos demonstraram que a marcha de indivíduos após intervenção cirúrgica assemelha-se a de indivíduos controle devido à melhora dos sintomas, porém pode levar a alterações nas articulações adjacentes. Mudanças nos padrões de coordenação dos movimentos podem ser indicativos de disfunções e estudos com indivíduos com lombalgia demonstram uma coordenação entre segmentos da lombar e pelve em fase. Desta forma, o objetivo geral do trabalho é avaliar as diferenças entre os padrões de coordenação dos segmentos torácicos (superior e inferior), lombares (superior e inferior) e pélvico por meio do Vector Coding além de desfechos clínicos (dor e funcionalidade) de pacientes submetidos a cirurgias para correção de hérnias lombares ou estenose do canal vertebral lombar no período pré e pós-operatórios de um, três e seis meses durante a marcha em velocidade confortável e rápida comparados a indivíduos controle. Este estudo está dividido em dois artigos, o primeiro busca diferenças entre a frequência dos padrões de coordenação de pacientes com diferentes diagnósticos de lombalgia específica (estenose lombar ou hérnia discal lombar) e indivíduos controle durante a marcha em duas velocidades (confortável e rápida); o segundo investiga os ângulos de acoplamento dos padrões de coordenação, bem como desfechos clínicos (intensidade da dor e funcionalidade) entre pacientes com hérnia discal lombar submetidos a procedimentos cirúrgicos nos períodos pré e pós-operatórios de um, três e seis meses, comparados a indivíduos assintomáticos durante a marcha em velocidade confortável. Em ambos os artigos, os dados foram coletados por meio de um sistema de cinemática composto por 10 câmeras optoeletrônicas Oqus 400 (Qualisys Medical AB, Gothenburg, Suécia) com uma taxa de aquisição de 240 Hz. Para o primeiro artigo, foram incluídos vinte e um sujeitos divididos em três grupos: hérnia (n = 6), estenose (n = 4) e controle (n = 11). Foram calculadas as frequências dos padrões de coordenação durante a fase de apoio, oscilação e ciclo total da marcha e foram encontradas diferenças entre todos os grupos com diferenças dependentes da velocidade. Os pacientes com estenose foram o que apresentaram maiores diferenças em relação aos demais grupos, principalmente no plano sagital nos segmentos pelve e lombar inferior e em velocidades rápidas da marcha. Para o segundo artigo, dezoito participantes foram divididos em dois grupos: hérnia (n = 7) e controle (n = 11). Foram avaliados os desfechos clínicos de intensidade da dor e funcionalidade além dos padrões de coordenação durante todo o ciclo da marcha, ponto a ponto por meio da estatística circular. A intensidade da dor reduziu no 1º PósOperatório (PO) (Dif.Média (DM) = 3,4; P = 0,001), no 3º PO (DM = 6,0; P < 0,001) e no 6º PO (DM = 5,0; P < 0,001) comparado ao pré-operatório; a funcionalidade apresentou melhora no 1º PO (DM = 3,8; P = 0,025) e no 3º PO (DM = 7,4; P < 0,001), porém não se manteve no 6º PO. Quanto aos padrões de coordenação, diferenças foram observadas entre os grupos principalmente no plano transversal, na fase de oscilação da marcha, entre os segmentos pelve e lombar inferior. Após a cirurgia, grande parte das diferenças encontradas nos pacientes com hérnia no pré-operatório se igualam ao grupo controle após um mês. Conclui-se que pacientes com diferentes diagnósticos de lombalgia específica apresentam estratégias distintas nos padrões de coordenação e que pacientes com estenose do canal vertebral apresentam dificuldade nas transições de velocidade confortável para rápida. Ainda, pacientes com hérnia, quando submetidos a cirurgia, apresentam melhora nos desfechos clínicos e aproximam-se dos controles quanto aos padrões de coordenaçãoItem Análise de diferentes procedimentos de avaliação do controle postural na plataforma de força em postura bípede quietaCandido, Cristiane Regina Coelho; Okazaki, Victor Hugo Alves [Orientador]; Mochizuki, Luis; Lima, Andréa Cristina de; Moura, Felipe Arruda; Dascal, Juliana BayeuxResumo: O objetivo da presente tese foi analisar diferentes procedimentos de avaliação do controle postural na plataforma de força em postura bípede quieta com e sem informação visual em adultos jovens A tese foi composta por cinco estudos O primeiro estudo de revisão sistemática analisou o comportamento dos parâmetros do centro de pressão (COP) em função da série temporal, das características antropométricas, dos limites de estabilidade funcional e da instabilidade em postura bípede quieta A partir desta revisão, foram identificadas as lacunas para orientar as diretrizes metodológicas dos experimentos subsequentes O segundo estudo comparou os parâmetros do COP entre diferentes durações de série temporal (3, 6, 12 e 18 s) e períodos de adaptação (, 5, 1 e 2 s) com e sem informação visual Os resultados sugeriram um período adequado de avaliação em postura bípede quieta de 7 s, sendo 1 s de período de adaptação e 6 s de série temporal de análise O terceiro estudo testou a relação entre os parâmetros do COP em postura bípede quieta e as características antropométricas (estatura, massa corporal, índice de massa corporal, circunferência de cintura, circunferência de quadril, relação cintura e quadril e área da base de suporte (bordas dos pés) nas condições com e sem visão em adultos jovens As características antropométricas não foram intervenientes na análise do controle postural de postura bípede quieta em adultos jovens O quarto estudo testou a utilização dos limites de estabilidade funcional como referenciais no procedimento de normalização dos parâmetros do COP em postura bípede quieta nas condições com e sem visão em homens e mulheres adultos jovens O procedimento de normalização baseado nos limites de estabilidade pode eliminar diferenças interindividuais referente a capacidade de utilizar os limites máximos de estabilidade funcional e destacar os efeitos de sexo e de informação visual O quinto estudo identificou diferentes mecanismos de adaptação dos parâmetros do COP frente à oclusão visual na postura bípede quieta em adultos jovens Foram identificados quatro diferentes mecanismos de adaptação referente ao comportamento de oscilação dos parâmetros do COP decorrente da oclusão visual, o que sugere que as adaptações em postura bípede quieta não estão relacionadas com uma resposta padrão de aumento da oscilação dos parâmetros do COP Portanto, a padronização na seleção do período de análise e o controle de variáveis intervenientes por meio de um procedimento de normalização podem minimizar a variabilidade dos parâmetros do COP e, consequentemente, auxiliar na compreensão de como os diferentes comportamentos dos parâmetros do COP refletem os mecanismos de controle postural em postura bípede quieta com e sem informação visual de adultos jovensItem Análise dos resultados de dois testes de fundamentos técnicos do futebol em jovens futebolistas sub-15Gouvêa, Márcio André de; Cyrino, Edilson Serpeloni [Orientador]; Ronque, Enio Ricardo Vaz; Oliveira, Arli Ramos de; Ribeiro, Alex Silva; Moreira, Alexandre; Silva, Danilo Rodrigues Pereira da [Coorientador]Resumo: Introdução: Nas últimas duas décadas, houve um aumento crescente de estudos abordando diferentes variáveis relacionadas à prática do futebol Entretanto, ainda existem lacunas referentes à medição da capacidade técnica do atleta, destaques disso são a metodologia utilizada na aplicação de testes de fundamentos técnicos e a falta de informações relacionadas ao desempenho, durante a execução de diferentes números de tentativas Objetivos: Analisar as características metodológicas de testes utilizados para avaliar fundamentos técnicos do futebol; verificar a ocorrência de pico(s) de desempenho e/ou de estabilização nos resultados durante a execução de dez tentativas de dois testes de fundamentos técnicos Métodos: O presente estudo foi dividido em duas etapas Na primeira etapa, foi realizada uma revisão sistemática, junto às bases de dados MEDLINE e SciELO, sobre os procedimentos metodológicos utilizados em testes de fundamentos técnicos específicos de futebol Na segunda etapa, 69 atletas do sexo masculino, da categoria sub15- regularmente inscritos em três equipes de Futebol-, foram submetidos a dois testes de fundamentos técnicos específicos; um envolvendo controle de bola e outro condução de bola Na análise da estabilização dos resultados, utilizou-se o Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) para verificar a reprodutibilidade dos resultados Já na análise das diferenças entre as tentativas de amostras dependentes, foram utilizados Wilcoxon, ANOVA one-way e de Friedman O Qui-Quadrado foi adotado na análise da distribuição do número de tentativas A estatística descritiva - frequência relativa e absoluta-, foi utilizada para determinar o(s) pico(s) de desempenho(s) Resultados: Primeiramente, observamos uma grande diversificação dos procedimentos empregados durante a realização dos testes de fundamentos técnicos Há distinções em relação à trajetória, distância, área de execução, parte do corpo utilizado, forma de pontuação, tempo de execução, número de repetições, número de obstáculos, espaço entre esses e na ferramenta estatística adotada Em relação ao desempenho durante a execução dos testes, verificamos que não ocorre a estabilização do resultado, mesmo após dez tentativas Os atletas obtiveram melhoras consecutivas com o aumento do número de tentativas, no teste de controle de bola - considerando o melhor resultado em duas, três e dez tentativas (2ªT: 3,71 pontos ± 4,83; 3ªT: 4,49 pontos ± 5,22; 1ªT: 7,1 pontos ± 6,8; P < ,5), no teste de condução (2ªT: 358,2 frames ± 19,37; 3ªT: 347,99 frames ± 45,27; 1ªT: 345,6 frames ±12,93; P < ,5) O pico de desempenho variou de acordo com o tipo de teste No teste de condução bola, esse ocorreu nas primeiras tentativas e no teste de controle de bola, nas últimas tentativas A condição técnica do atleta influenciou apenas no teste de controle de bola, verificando-se diferença significativa entre o melhor resultado obtido após dez tentativas e o melhor resultado das duas primeiras tentativas (Menos Habilidosos: 1,13 pontos ± ,94; Mais Habilidosos: 6,73 pontos ± 3,45; P < ,5) Correlações significantes foram encontradas em relação ao status técnico (posicionamento no ranking de desempenho) no teste de controle de bola, entre duas e dez tentativas (= ,75; P<,1), e três e dez tentativas (r= ,81; P<,1) Concluímos que há uma grande variedade metodológica em relação aos testes de fundamentos técnicos; verificamos diferentes picos de desempenho e falta de estabilização dos resultados durante as sucessivas tentativas, porém encontramos estabilização no status técnico, principalmente entre os atletas mais habilidososItem Análises cinemática, da coordenação e variabilidade durante a marcha e de desempenho muscular em mulheres adultas com diferentes alturas do arco longitudinal medial do péGuenka, Leandro Caetano; Cardoso, Jefferson Rosa [Orientador]; Resende, Renan Alves; Santiago, Paulo Roberto Pereira; Moura, Felipe Arruda; Bini, Rodrigo RicoResumo: As variações na altura do arco longitudinal medial (ALM) do pé influenciam a biomecânica do tornozelo e multisegmentar dessa articulação, as quais podem estar relacionadas ao maior risco de disfunções nos membros inferiores (MMII) Os objetivos foram analisar a cinemática, coordenação durante a marcha e o desempeho muscular em mulheres adultas com diferentes alturas do arco longitudinal medial do péTrata-se de um estudo transversal com características descritivas e analíticas A amostra foi constituída com n total de 15 mulheres adultas divididas em três grupos, grupo 1: (ALM – alto, n=35), grupo 2: (ALM – normal, n=35) e grupo 3: (ALM – baixo, n=35), classificados pelo índice de postura do pé (IPP-6), índice de altura do arco (IAA) e flexibilidade do ALM Participantes realizaram avaliação em modo isocinético concêntrico a 3, 6 e 9 °/s (dorsiflexão/plantiflexão) do tornozelo, no dinamômetro Biodex System 4® e análise cinemática da marcha com um modelo multisegmentar do pé do Rizzoli Orthopaedic Institute (IOR) foot model A técnica do vector coding foi utilizada para calcular os padrões de coordenação entre os segmentos do pé e a variabilidade da coordenação foi calculada a partir do desvio angular dos padrões da coordenação Os dois grupos de pés, cavo e plano, demonstraram um déficit significativo no pico de toque/massa corporal em dorsiflexão a 6 °/s, pés cavos com Diff Média=-3 Nm/kg; ?2p=,6 e pés planos com DM=-1,1 Nm/kg; ?2p=,6 quando comparado com os pés normais O grupo pé cavo apresentou uma correlação negativa, r=-,37 com intervalo de confiança (IC) 95 % [-,63; -,5], entre flexibilidade e pico de toque/massa corporal a 3 °/s em plantiflexão Nos mapas de superfície 3D, o grupo pé normal demonstrou melhor desempenho muscular nas três velocidades Diferenças cinemáticas na amplitude de movimento (ADM) durante a marcha foram maiores para o grupo pé plano para o retropé no plano frontal (P=,7; R2=,34), quando comparado ao grupo pé normal Já o grupo pé cavo apresentou menor ADM no plano frontal (P=,3; R2=,12) do mediopé durante o contato inicial, quando comparado ao grupo pé normal O padrão de coordenação entre os segmentos perna no plano frontal e retropé no plano sagital no grupo pé cavo apresentou diferença com significância (P=,4; R2=,55) em anti-fase durante o contato inicial, quando comparado ao grupo pé plano Finalmente, foram identificadas diferenças entre os segmentos perna e retropé no plano frontal com maior variabilidade da coordenação para o grupo pé cavo (P=,1; R2=,12) durante o apoio final, quando comparado ao grupo pé normal e grupo pé plano Os grupos pé cavo e plano apresentaram diferenças no desempenho muscular, no padrão e na variabilidade da coordenação quando comparados o grupo pé normal Sugere-se que variações na altura do ALM influenciam negativamente o desempenho muscular do tornozelo, assim como parâmetros biomecânicos anormais durante a fase de apoio com associação de déficits em estruturas ativas e passivasItem Aplicação de métodos não lineares para estudo da variabilidade do movimento na corrida de fundoNascimento, Vitor Bertoli; Okazaki, Victor Hugo Alves [Orientador]; Mochizuki, Luis; Rodacki, André Luiz Félix; Moura, Felipe Arruda; Altimari, Leando RicardoResumo: A corrida é uma habilidade motora complexa, com movimentos não lineares e variáveis Logo, novos métodos que contemplem tais características têm sido propostos para a sua análise, tal como: expoentes de Lyapunov, medidas de correlação de longo alcance, medidas de entropia com conceitos associado a estabilidade, complexidade e similaridade utilizados para estudo da variabilidade do movimento Todavia, ainda não é completamente entendido qual destes métodos pode melhor analisar o desempenho em corridas de fundo Dentro deste escopo, a presente tese foi dividida em 4 capítulos, com os seguintes objetivos: (a: revisão sistemática) identificar e descrever as medidas não lineares mais comumente utilizadas para o estudo da variabilidade de movimento na corrida de fundo demostrando suas aplicações para entendimento do desempenho; (b: experimento I) testar a validade e a confiabilidade das medidas de acelerometria do centro de massa obtida por meio de smartphone em diferentes velocidades de corrida em relação a um acelerômetro já validado, à um único marcador cinemático posicionado sobre smartphone e a um modelo cinemático que considera vários marcadores no corpo para reconstrução do centro de massa; (c: experimento II) relacionar o tempo de prova em 1km com diferentes métodos não lineares aplicados às séries temporais de medidas angulares e às medidas de acelerometria do centro massa; e, (d: experimento III) identificar as estratégias de prova e comparar os parâmetros de desempenho em corredores de 1km com diferentes tempos de prova O estudo de revisão (a) utilizou as bases de dados PUBMED, SportDiscus, SCOPUS e Web of Science, em que foram incluídos 12 estudos Foram identificados o uso de medidas não lineares, tais como correlação de longo alcance, entropia e expoentes de Lyapunov No primeiro experimento (b), participaram 16 voluntários que realizaram corrida em 4 velocidades (1, 12, 14 e 16 km/h) As medidas de aceleração foram realizadas no centro massa, no marcador sacral, no acelerômetro e no smartphone Foi verificada validade das medidas de RMS e pico de aceleração smartphone em relação ao acelerômetro, ao marcador sacral e ao centro de massa e à validade para medidas de complexidade entre acelerômetros No segundo experimento (c), 28 voluntários (tempo de 37,1±363 minutos em prova de 1km) correram em cinco velocidades fixas (12, 14, 16, 18 e 2 km/h) Modelos de regressão linear múltipla foram obtidos para cada velocidade e a partir das medidas não lineares das séries temporais de variáveis angulares e de acelerometria de tronco Também foi verificada relação entre diferentes medidas não lineares e o tempo de prova na corrida de 1km No terceiro experimento (d), corredores competitivos (n=1,) e recreacionais (n=1) realizaram a corrida de 1km em pista de atletismo Os corredores competitivos e recreacionais adotaram estratégias de prova particulares (forma de “J” e “U”, respectivamente) Observou-se diferença entre grupos para variabilidade de aceleração do tronco, economia de aceleração, e correlação de longo alcance Em conjunto, os resultados da presente tese indicam que as medidas não lineares podem ser utilizadas para identificar fases da prova a serem treinadas para melhora do desempenho O uso da acelerometria de tronco, por meio de acelerômetros e smartphone, pode ser uma ferramenta em potencial para o monitoramento do treinamento por meio de medidas não lineares para atletas e treinadoresItem Aprimorando a aptidão física no câncer de mama : uma revisão sistemática e meta-análise sobre o tipo, duração, frequência, intensidade e volume do exercício físico(2023-10-29) Palma, Guilherme Henrique Dantas; Deminice, Rafael; Rezende, Leandro Fórnias Machado de; Christófaro, Diego Giuliano Destro; Cardoso Junior, Crivaldo Gomes; Almeida Junior, Ademar Avelar deO câncer de mama (CM) é o mais prevalente no sexo feminino, contribuindo com alta mortalidade. Embora o número de sobreviventes tenha crescido substancialmente, desafios no enfrentamento do câncer de mama permanecem. Dentre as medidas não farmacológicas o exercício físico é reconhecido como medida importante na melhora da qualidade de vida e aptidão física em mulheres com câncer de mama; contudo, a literatura apresenta lacunas com relação às variáveis e características do exercício físico para essa população, aspectos que devem ser avaliados no momento da prescrição. Além disso, a diversidade de protocolos pode ser uma barreira para a tomada de decisão clínica. Portanto, o objetivo dessa revisão sistemática e meta-análise foi investigar o efeito de componentes do treinamento sobre a capacidade física de mulheres com CM. Uma revisão sistemática foi conduzida utilizando as bases de dados MEDLINE, SportDiscuss, SciELO e Embase. Após os processos de identificação e triagem, baseados nos critérios de elegibilidade, 44 estudos foram incluídos. As informações relacionadas aos componentes do treinamento, força muscular, massa magra e capacidade cardiorrespiratória, avaliada por meio do teste de caminhada de 6 minutos, foram extraídas e o tratamento meta-analítico foi realizado utilizando o modelo de efeito randômico. Para todas as análises, o valor de significância estatística foi determinado como P<0,05. De maneira geral, a prática de exercícios aumenta a força muscular (0.473, IC95% 0.283, 0.664), a massa magra (0.252, IC95% 0.124, 0.379) e a capacidade cardiorrespiratória (0.622, IC95% 0.302, 0.942). Os exercícios aeróbicos não foram capazes de aprimorar a força muscular e a massa magra, enquanto os exercícios combinados foram capazes de aprimorar todas as variáveis avaliadas. Os exercícios supervisionados apresentaram maior magnitude de efeito em todas as análises, enquanto parece ser desejável considerar ao menos a prática de exercícios duas vezes por semana. Protocolos de exercício de intensidade moderada a alta apresentaram maior magnitude de efeito para as variáveis estudadas. Conclui-se que o exercício físico é eficaz em aprimorar a força muscular, massa magra e capacidade cardiorrespiratória em mulheres com CM. A força muscular foi aprimorada independentemente do momento do tratamento oncológico. Os exercícios combinados e supervisionados apresentaram maior tamanho de efeito e devem ser considerados na prescrição do exercício. O treinamento deve ocorrer ao menos duas vezes por semana, priorizando protocolos de maior intensidade.Item Aptidão funcional e diferentes modalidades de exercícios físicos : implicações sobre o desempenho cognitivo e atividade cerebral de idosos fisicamente independentesFerreira, Sandra Aires; Teixeira, Denilson de Castro [Orientador]; Altimari, Leandro Ricardo; Okano, Alexandre Hideki; Buzzachera, Cosme Franklin; Costa, Viviane Souza PinhoResumo: Introdução: Evidências apontam que o desempenho físico e funcional está relacionado ao desempenho cognitivo em idosos e que o exercício físico de caráter aeróbio, neuromotor, neuromuscular (resistido) e de flexibilidade exigem distintas demandas metabólicas e, por isso, podem estimular diferentemente a atividade cerebral e as funções cognitivas Apesar da forte associação entre o exercício físico e a cognição, não está esclarecido se uma das modalidades e / ou o desempenho das capaciades físicas / motoras possa provocar maiores efeitos no desempenho cognitivo e na atividade cerebral de idosos Objetivos: Por meio de um estudo transversal, verificar a capcacidade de testes de aptidão física e funcional em predizer o desempenho cognitivo (DC) de idosos fisicamente independentes e, por meio de uma revisão sistemática, demonstrar os efeitos de diferentes modalidades de exercício físico na atividade cerebral de idosos Métodos: Com a finalidade de responder o primeiro objetivo, 427 idosos (295 mulheres e 132 homens) foram submetidos a medidas antropométricas (massa corporal e estatura), avaliação de seis testes que avaliam a aptidão funcional (AF) e do desempenho cognitivo mediante Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) Para esclarecer o segundo objetivo, foi realizada uma revisão sistemática sobre os efeitos de diferentes modalidades de exercício físico na atividade cerebral de idosos Foram identificados inicialmente 332 estudos, excluíu-se 38 duplicatas e 284 após leitura dos títulos e resumos Dez artigos foram selecionados que forneceram indicações de outros quatro para leitura dos textos na íntegra, totalizando 14 artigos Destes, nove não atenderam aos critérios de elegibilidade, restando cinco artigos para a análise qualitativa Resultados: Os idosos com DC1 (<2) são mais velhos do que idosos com DC3 (24-26) e DC4 (>26-3) e possuem menor escolaridade e nível socioeconômico (NSE) Correlações significativas fracas e moderadas foram demonstradas entre o DC, a escolaridade, o NSE e o desempenho da aptidão funcional, exceto para o teste de flexibilidade Os idosos com DC1 (<2), demonstraram menor AF comparados aos outros grupos (2-23; 24-26; >26-3) O equilíbrio apresentou melhor sensibilidade / especificidade para discriminar idosos nos escores acima de 26 pontos (17,9 seg), enquanto a agilidade, discriminou melhor idosos nos escores abaixo de 2 pontos (27,6 seg) no MEEM A revisão sistemática demonstrou que exercícios aeróbios, neuromotores e neuromusculares, realizados de forma isolada ou combinados com alguma tarefa cognitiva (videogame) pode acionar diferentes mecanismos e redes neurocognitivas Porém, com indícios que a prática de exercícios neuromotores apresentam maiores efeitos na ativação cerebral Conclusão: Houve discretas vantagens, tanto na abordagem transversal quanto na revisão sistemática, do desempenho dos indicadores da aptidâo física e funcional, capacidades neuromotoras, no desempenho cognitivo e na atividade cerebral, de idosos fisicamente independentes Os resultados, permitem sugerir que os exercícios e as capacidades neuromotoras possuem potencial para contribuir com a prevenção e tratamento de déficits cognitivos em relação às as outras modalidades / capacidades Porém, são necessárias adicionais investigações com estudos clínicos randomizados que adotem intervenções que enfatizem a modalidade/tipo de exercício físico separadamente (componente único), com rigor na descrição dos componentes da sessões de exercíciosItem Aptidão muscular na infância e na adolescência e saúde óssea na idade adultaBarbosa, Cynthia Correa Lopes; Ronque, Enio Ricardo Vaz [Orientador]; Romanzini, Marcelo; Guedes, Dartagnan Pinto; Gonçalves, Ezequiel Moreira; Fernandes, Rômulo AraújoResumo: Objetivo geral: Analisar a relação entre indicadores da aptidão muscular (IAM) na infância e na adolescência e indicadores de saúde óssea (ISO) na idade adulta Métodos: Participaram do estudo 148 adultos saudáveis (75 homens e 73 mulheres; 22,3±1,7 anos) que continham dados anteriores em idades entre 6 e 12 anos Foram realizadas as seguintes medidas, da infância (aos 9, 1, 11 e 12 anos) à idade adulta (22 anos), totalizando cinco momentos: estatura e massa corporal; IAM: preensão manual membro dominante (PMD), salto em distância parado (SD), abdominal, escore AM (escore z de PMD+SD+abdominal) Na idade adulta, foram obtidos os ISO, sendo densidade mineral óssea (DMO) do corpo total, braços, pernas, tronco, colo femural direito e L1-L4, estimados por DXA (Lunar DPX-NT) Para análise dos dados utilizou-se a estatística descritiva para caracterização da amostra, os testes t de Student, U de Mann-Whitney e ANCOVA com post hoc de Sidak para comparações, trajetória baseada em grupos para identificação das trajetórias desenvolvimentais dos IAM, regressão linear múltipla para a relação entre IAM na infância e DMO das diferentes regiões na idade adulta e análise de mediação para verificar a mediação de IAM na idade adulta nesta relação, significância em p<,5 Resultados: Observou-se até quatro diferentes trajetórias desenvolvimentais para os IAM: a) aumento pouco expressivo, b) aumento gradual, c) alternando aumento gradual e menos expressivo e, d) aumento consistente Entre os rapazes, os voluntários com trajetória de aumento consistente nos IAM apresentaram DMO de algumas regiões de interesse cinco a 1% maior que os da trajetória gradual, fato não observado nas moças, entre as quais poucas apresentaram trajetória de aumento consistente Análise de regressão revelou que os IAM na infância apresentaram relação com ISO, sendo: PMD com DMO total, braços e tronco; abdominal com DMO L1-L4 e tronco; e escore AM com DMO tronco Os modelos de IAM na infância ajustados por sexo, idade e escore z do IMC na infância, explicaram ISO de 6% (abdominal x DMO L1-L4) a 58% (PMD x DMO braços) Análise de mediação apontou: PMD adulto mediou as relações entre PMD infância e DMO total [efeito indireto (EI)=,26; intervalo de confiança 95% (IC95%)=,6; ,5], DMO braços (EI=,18; IC95%=,8; ,31) e DMO tronco (EI=,24; IC95%=,3; ,5); efeito direto do abdominal na infância com a DMO L1-L4 (EI=-,8; IC95%=-,23; ,5) e um efeito total com a DMO tronco (EI=,2; IC95%=-,6; ,12); efeito total do escore da AM infância na DMO do tronco (EI=,31; IC95%=-,6; ,8) Conclusão: Ossos mais resistentes na idade adulta foram encontrados entre os participantes com aumento consistente nos IAM da infância à idade adulta, especialmente entre os rapazes Alguns IAM na infância apresentaram relação positiva em magnitude baixa a moderada com DMO de diferentes regiões de interesse na idade adulta e a maioria dessas relações foram mediadas por IAM adultoItem Associação combinada da atividade física e do comportamento sedentário com fatores de risco cardiometabólicos isolados e agrupados de adolescentes : interação com a maturidade somáticaVignadelli, Lidyane Zambrin; Ronque, Enio Ricardo Vaz [Orientador]; Stabelini Neto, Antonio; Christófaro, Diego Giulliano Destro; Legnani, Elto; Lopes, Wendell ArthurResumo: Objetivo geral: Analisar as associações combinadas entre atividade física (AF) e comportamento sedentário (CS) nos fatores de risco cardiometabólicos de adolescentes e a interação com a maturidade somática Métodos: Participaram do estudo 369 adolescentes (52,3% de garotas), com idade média de 11, 8±, 65 anos Medidas antropométricas de massa corporal e estatura foram realizadas para caracterização da amostra e com base nessas informações, o Índice de Massa Corporal (IMC) foi calculado Para o escore de risco cardiometabólico foram utilizadas as variáveis: circunferência de cintura, pressão arterial sistólica e diastólica e aptidão cardiorrespiratória (ACR) Estas variáveis foram padronizadas em unidades de escore z de acordo com sexo e idade A maturação biológica foi estimada por meio do Pico de Velocidade de Crescimento (PVC) A ACR foi estimada por meio do teste Shuttle Run-2m Os adolescentes foram monitorados por acelerometria (ActiGraph GT3X e GT3X-Plus, Pensacola, FL, USA) durante sete dias consecutivos Pontos de corte de Evenson (28) foram utilizados para a conversão dos valores de counts registrados pelos acelerômetros em tempo gasto em AF e CS Para a análise dos dados foi utilizado o teste T de Student, ANCOVA com post hoc de Bonferroni e Regressão Linear Múltipla Os dados foram armazenados e processados no SPSS 25 O nível de significância adotado foi de 5% Resultados: Com base nos artigos originais, quando observada a categorização por meio da AFMV, o grupo de referência somente demonstrou melhores valores na variável z-VO2 em comparação com os grupos “Baixa AFMV e Baixo CS” e “Baixa AFMV e Alto CS” Quando as análises combinadas foram realizadas com a AFT, o z-escore de risco metabólico apresentou relação significante, demonstrando que pertencer ao grupo de referência demanda melhor z-escore de risco metabólico do que o grupo “Baixa AFT e Alto CS” Além disso, a maturação somática influenciou tanto a AF quanto o risco cardiometabólico, indicando que os adolescentes categorizados como Pós-PVC aumentam o risco cardiometabólico e tendem a apresentar menor AFMV comparados com aqueles classificados como Pré-PVC Conclusão: Além da AFMV, a AFT também demonstrou ser uma variável adicional importante para representar o comportamento de movimento dos adolescentes Em adição, a maturação somática mostrou influência sobre a AF e CS, demonstrando que os adolescentes que atingiram primeiro o PVC apresentaram menor tempo gasto em AFMV e maior risco cardiometabólico quando comparados aos que ainda não alcançaram o PVC Recomenda-se que esforços para a promoção da saúde como o incentivo a prática de AF não levem em consideração somente a idade cronológica dos indivíduos, mas também as mudanças maturacionais que influenciam a mudança de comportamento em adolescentesItem Associação do estilo de vida e nível de atividade física com síndrome metabólica, obesidade e estresse em agentes da Guarda Municipal de Londrina/ParanáMoreira, Rosana Sohaila Teixeira; Oliveira, Arli Ramos de [Orientador]; Serassuelo Junior, Hélio; Ronque, Enio Ricardo Vaz; Guedes, Dartagnan Pinto; Gonçalves, Ezequiel MoreiraResumo: A preocupação com a melhora da qualidade de vida tem surgido como questão de importância social, levando ao surgimento de pesquisas com o propósito de investigar as condições físicas e psicológicas de diferentes segmentos da população e, no segmento da Segurança Pública, especificamente na perspectiva de saúde, pode auxiliar nas ações intervencionistas Compreender as características da saúde física e mental de agentes da Guarda Municipal é relevante para assegurar a integridade física e mental do agente e da população Este trabalho está estruturado em três artigos que se articulam pelas variáveis independentes comuns utilizadas para análise Sendo o objetivo principal deste estudo verificar a associação entre o estilo de vida e o nível de atividade física com indicadores de saúde física e mental de agentes da Guarda Municipal da cidade de Londrina/Paraná Assim para efetivação deste, objetivos específicos foram definidos: (a) verificar a prevalência da SM e de seus componentes, bem como verificar a possível associação da SM e de seus componentes com hábitos relacionados ao nível de AF e estilo de vida desta população; (b) verificar a associação entre a obesidade e os hábitos relacionados ao nível de atividade física (AF) e estilo de vida, bem como testar a associação entre os marcadores imediatos (colesteróis) e tardios (proteína C reativa) da obesidade, com o estilo de vida e o nível de atividade física dos agentes; e (c) verificar a prevalência de estresse, prática de atividade física e classificação do estilo de vida, bem como testar a associação entre estresse com os hábitos relacionados ao nível de atividade física (AF) e estilo de vida A amostra foi composta por 22 agentes nas avaliações do nível de AF, avaliação antropométrica e pressão arterial, 129 para os exames de triglicerídeos e HDL e 128 indivíduos para glicemia Para a presença da SM, adotou-se os critérios e pontos de corte propostos pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica/ABESO (216) A coleta sanguínea foi realizada para a determinação dos valores de colesterol total, LDL, HDL, triglicerídeos, proteína C reativa, TGO e TGP Para a presença da obesidade, adotou-se os critérios e pontos de corte propostos pela ABESO (216) Para análise de estresse, foi utilizado o Inventário de Sintomas de Estresse para Adultos de Lipp (ISSL); para determinação do estilo de vida, foi utilizado o questionário “Estilo de Vida Fantástico” (RODRIGUEZ-AÑEZ, REIS e PETROSKI; 28); e para verificação do nível de atividade física; foi utilizada a versão curta do Questionário Internacional de Atividade Física – IPAQ (MATSUDO et al, 21) O teste de Qui-quadrado foi utilizado para a verificação das associações entre as variáveis dependentes e independentes Para a verificação da magnitude das associações os valores de Razão de Chance (RC) e seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) foram calculados Os resultados indicaram que a prevalência de SM foi de 7,8% nesta população Dentre os componentes de fatores de risco, a maior prevalência foi observada para a circunferência de cintura elevada (CC) com 37,1% Conclui-se que apesar de baixa a prevalência da SM na amostra de agentes da Guarda Municipal de Londrina, indivíduos com baixos níveis de AF apresentam maiores chances de desenvolver SM Ao adotar o IMC como indicador de obesidade, a prevalência foi de 57,6% de sobrepeso Quando avaliada a RCQ, 39,6% apresentam valores aumentados Quanto ao nível de atividade física, 7,5% apresentaram nível alto A maior prevalência quanto ao estilo de vida foi encontrada para a classificação muito bom (59%) Conclui-se que apesar dos agentes da Guarda Municipal de Londrina apresentarem bom estilo de vida e nível de atividade física, já possuem indicativos imediatos de prejuízos à saúde, os quais podem ser desencadeados pela obesidade e sobrepeso, tais como as alterações na colesterolemia Os resultados indicaram que a prevalência de estresse foi de 2,3%, sendo que sua distribuição foi significativamente diferente de uma distribuição aleatória (p<,1) Para os sintomas de estresse, as prevalências variaram de zero a 19,8% A prática de atividade física não demonstrou associação com os sintomas de estresse, entretanto o estilo de vida teve associação significativa Concluiu-se que a prática de AF não apresentou associação com a presença de estresse, já um estilo de vida menos saudável parece aumentar a chance da presença do estresse, dos sintomas psicológicos, bem como da resistência nos agentes Adicionalmente, há associação entre melhor nível de AF e melhor escore de estilo de vida, o que pode estar associado a menores níveis de estresse A partir dos três estudos foi possível observar que há associação entre melhor nível de atividade física e melhor escore de estilo de vida, o que indiretamente pode estar associado à contribuição na redução da chance de apresentar o conjunto de componentes de fatores de risco para o desenvolvimento da SM, assim como os hábitos saudáveis podem prevenir o surgimento da obesidade Os agentes parecem se beneficiar das estratégias que contemplam o estilo de vida como um todo, o que inclui a prática de atividade física, assim ela deve ser considerada como um fator que pode, mesmo que indiretamente, beneficiar não somente os agentes da guarda analisados, mas também a população em geralItem Associação entre força muscular e composição corporal, capacidade funcional, qualidade muscular e biomarcadores sanguíneos em mulheres idosas submetidas ao treinamento resistidoMoraes, Jean Cléverson; Cyrino, Edilson Serpeloni [Orientador]; Teixeira, Denilson de Castro; Oliveira, Arli Ramos de; Aguiar, Andreo Fernando; Casonatto, Juliano; Altimari, Leandro [Coorientador]Resumo: Introdução: A força muscular é um importante componente da aptidão física, exercendo papel fundamental para a saúde e qualidade de vida em idosos, sendo a prática de exercícios resistidos recomendados para o aumento da força muscular Por outro lado, a redução da força muscular com o avanço da idade está relacionada com redução da capacidade funcional e maior risco de morte por todas as causas Objetivo: Analisar o efeito do treinamento resistido sobre força muscular, composição corporal, capacidade funcional, qualidade muscular e biomarcadores sanguíneos em mulheres idosas não-treinadas com diferentes níveis de força muscular Métodos: Noventa e nove mulheres (> 6 anos) fisicamente independentes foram submetidas a treinamento resistido (oito exercícios para membros inferiores, tronco e membros superiores), em três sessões semanais, durante 24 semanas Medidas de força muscular (testes de 1-RM), capacidade funcional (bateria de testes motores), composição corporal (absortometria radiológica de dupla energia e impedância bioelétrica) e biomarcadores sanguíneos (glicose, triglicerídeos, colesterol total, LDL-c, HDL-c, proteína C-reativa) foram obtidas na linha de base e após 24 semanas de intervenção A força muscular das participantes na linha de base foi categorizada em tercis (baixa, média e alta força) e os resultados encontrados foram comparados entre os três grupos Resultados: Aumentos na força muscular (P < ,5) foram encontrados nos três exercícios analisados (supino vertical = 32,8 - 41,8%; cadeira extensora = 22,1 - 33,3%; rosca scott = 13,6 – 17,6%), com diferenças entre os grupos somente para cadeira extensora (média > alta; P < ,5) Ganhos estatisticamente significativos (P < ,5) de massa muscular (3,4% a 5,6%), massa isenta de gordura e ossea de membros superiores (5,% a 8,1%) e inferiores (2,3% a 4,3%) e melhoria da qualidade muscular (18,8% a 27,4%) foram encontrados em todos os grupos Por outro lado, a massa isenta de gordura e osso de tronco só melhorou (P < ,5) os grupos média e alta (2,2% e 2,3%; respectivamente) A velocidade de caminhada só melhorou no grupo alta (5,9%; P < ,5), com diferenças entre os grupos (alta > média = baixa; P < ,5) O desempenho no teste de levantar e sentar foi melhorado somente nos grupos baixa e média (15,3% e 11,4%; respectivamente), com diferenças estatisticamente significantes do grupo alta (P < ,1) Aumentos significantes (P < ,5) foram verificados para água corporal total (1,4% a 2,1%), água intracelular (1,9% a 2,3%) e ângulo de fase (2,6% a 3,7%) em todos os grupos A concentração de triglicérides foi reduzida somente no grupo média (15,1%; P < ,5) com diferenças estatisticamente significantes dos grupos baixa e alta (P < ,5) Nenhuma alteração foi verificada nos demais parâmetros metabólicos, na pressão arterial e na relação cintura quadril (P > ,5) Todos os grupos reduziram gordura relativa (P < ,5) com o tamanho do efeito variando de ,23 a ,35 Por outro lado, somente o grupo média reduziu a gordura androide e de tronco (P < ,5) Os resultados do presente estudo sugerem que o treinamento resistido pode melhorar a força muscular, capacidade funcional e composição corporal, independente dos níveis de força muscular, embora a magnitude das respostas adaptativas após 24 semanas de intervenção tenha sido menos pronunciada em mulheres idosas que apresentavam níveis iniciais de força mais reduzidosItem Atividade eletrodérmica e realidade virtual na personalização do treinamento cognitivo para o mindfulness : fundamentação nos princípios do treinamento desportivo(2022-12-16) Dib, Luiz Roberto Paez; Serassuelo Júnior, Hélio; Salvagioni, Denise Albieri Jodas; Silva, José Luciano Tavares da; Simões, Lucilla Maria Moreira Camargo; Almeida Junior, Ademar Avelar deSintomas de depressão, ansiedade e eventos de estresse crônico, são ocorrências que têm acompanhado profissionais das mais diversas áreas e despertado o interesse da ciência há mais de oito décadas. No caso do profissional de Educação Física que atua na prescrição de exercícios físicos, apesar dos vários fatores predisponentes ao surgimento da síndrome, são escassos os levantamentos com essa população, representando, portanto, uma importante lacuna a ser preenchida. Dentre as estratégias para prevenção e enfrentamento dos acometimentos citados, a meditação se apresenta como uma estratégia viável, já tendo demonstrado sua eficácia em vários estudos, em contrapartida, a dificuldade de concentração e relaxamento apresentado justamente por indivíduos com sintomas de ansiedade, depressão e estresse crônico, surge como uma barreira para esse tipo de intervenção. Nesse sentido, a realidade virtual pode atuar como um facilitador do processo de imersão meditativa, possibilitando ao indivíduo experimentar os benefícios da prática. Portanto, diante dessas inconclusões, o presente estudo se propôs a verificar a prevalência de sintomas predisponentes ao estresse crônico, ansiedade e depressão em Profissionais de Educação Física que atuam na prescrição de exercícios físicos, além de aplicar um protocolo de treinamento cognitivo desenvolvido com base em princípios do treinamento desportivo. Para a intervenção foram utilizados áudios, vídeos e aplicativos específicos, aliados aos óculos de realidade virtual para a facilitação do processo de meditação. Para quantificar os sintomas de estresse crônico, ansiedade e depressão de modo subjetivo, foram utilizados o inventário de Burnout de Copenhagen, a escala de estresse percebido e a escala hospitalar de ansiedade e depressão, respectivamente. A análise objetiva da atividade simpática relacionada ao estresse, foi realizada por meio do monitoramento da resposta eletrodérmica. As principais análises foram os testes não paramétricos de comparação entre os grupos e os momentos, Mann-Whitney e Wilcoxon, respectivamente, e os cálculos de tamanho de efeito e probabilidade de superioridade. Para identificação da aderência nos diferentes protocolos, foi efetuado a estimador de sobrevivência Kaplan-Meier e o risco de abandono pela regressão de COX. Os Principais resultados do estudo demonstram que os processos mentais relacionados ao preenchimento dos instrumentos subjetivos de análise, foram capazes de gerar alteração significativa, estatística e prática, da atividade eletrodérmica onde X2 = 50,1; 23,6; 29,9 no geral, masculino e feminino respectivamente, onde P< 0,001; e que o protocolo desenvolvido apresentou melhores resultados quando comparado à uma estratégia convencional de mindfulness, tanto em relação aos resultados nos itens avaliados (Tamanho do efeito grande para todos os itens da atividade eletrodérmica tônica, onde P<0,001); quanto na adesão ao programa (Risco total de 16,6% de desistência para indivíduos no protocolo de treinamento cognitivo e de 38,6% para os indivíduos na meditação convencional). Os resultados são promissores ao se tratar de um dos primeiros estudos a considerar os princípios do treinamento desportivo em um protocolo de treinamento cognitivo para o mindfulness.Item Atividade física, comportamento sedentário e indicadores de saúde óssea em adultos jovens: um estudo longitudinal(2024-04-19) Costa, Julio Cesar da; Ronque, Enio Ricardo Vaz; Fernandes, Rômulo Araújo; Serassuelo Junior, Hélio; Pelegrini, Andreia; Campos, Rossana Anelice Gomez; Barbosa, Cynthia Correa LopesIntrodução: A prática de atividade física (AF) e o comportamento sedentário (CS) estão relacionados ao equilíbrio homeostático entre a formação e a reabsorção do osso. Estes diferentes comportamentos induzem respostas fisiológicas à massa óssea por meio de mecanismos como a mecanostática e a mecanotransdução. Contudo, na idade adulta próximo ao período do pico da massa óssea (PMO), as informações sobre o impacto da AF e do CS sobre os indicadores de saúde óssea (ISO) são divergentes, dificultando sua interpretação. Deste modo, é necessário entender se as respostas obtidas a partir da prática habitual da AF e do CS no início da idade adulta podem ocasionar benefícios e/ou prejuízos na saúde óssea ao longo do tempo. Objetivos: Verificar as relações longitudinais das diferentes intensidades da atividade física e do padrão do comportamento sedentário com os ISO em adultos jovens durante sete anos de acompanhamento, e ainda: a) analisar longitudinalmente os impactos da AF e do CS nos indicadores de saúde óssea em adultos jovens, por meio de uma revisão sistemática da literatura; b) verificar a associação entre o tracking da atividade física moderada a vigorosa com os indicadores de saúde óssea em adultos jovens; c) associar diferentes intensidades e bouts da atividade física e do comportamento sedentário sobre a força e resistência óssea em adultos jovens em um estudo de sete anos de seguimento. Metodologia: Trata-se de um estudo com o delineamento longitudinal, que teve sua fase anterior realizada no ano 2016. Para esta fase, 43 adultos jovens de ambos os sexos, com idade entre 25 e 32 foram recrutados. Foram realizadas medidas antropométricas de massa corporal, estatura e o IMC foi determinado. A AF e o comportamento sedentário (CS) foram mensurados pelo uso da acelerometria, com o acelerômetro modelo GT3X+ e as intensidade leve (AFL), moderada (AFM) e vigorosa (AFV) e moderada a vigorosa (AFMV) e o padrão AF e do CS através da obtenção dos bouts foram estabelecidos. A densidade mineral óssea (DMO) foi obtida pelo Absorciometria por dupla emissão de raio-x (DXA) e os parâmetros de força e resistência óssea foram analisados pelo software Hip Strength Analysis. O Coeficiente de Correlação Intraclasse foi empregado para observar o tracking entre o baseline e o follow-up da AF, do CS e da DMO. A Regressão linear foi empregada para observar as associações entre as intensidades da AF (AFL, AFM e AFMV) e o CS com a DMO, bem como os bouts da AF e do CS com os indicadores de força e resistência óssea. A significância adotada foi de 5%. Resultados: A revisão da literatura encontrou 17 artigos com o delineamento longitudinal, somente um estudo foi selecionado entre os períodos da infância e idade adulta, e os resultados mostraram uma ausência de associação entre a AF e os ISO. Associações positivas das diferentes intensidades da AF foram observadas nos períodos da adolescência e a idade adulta com o conteúdo mineral ósseo (CMO), a densidade mineral óssea (DMO) e a microarquitetura do osso. No entanto, ao longo da idade adulta as associações foram classificadas como inconsistentes, uma vez que somente dois estudos foram localizados nas bases de dados. Quanto ao CS, somente dois estudos entre os períodos da infância e adolescência com a idade adulta foram encontrados nas bases de dados, com as evidências sendo classificadas como inconsistentes. Nos artigos originais foram observados um moderado tracking da AFL, AFM e AFMV (CCI entre 0, 36 e 0,39; p>0,05) e um alto tracking da DMO total do corpo, coluna lombar, quadril, braços, pernas e fêmur (CCI entre 0,79 a 0,96; p>0,001) ao longo dos sete anos de estudo e associações negativas foram observadas somente entre a DMO das pernas no grupo que reduziu a AFM (ß= -0,041) e AFMV (ß= -0,035) e com a DMO do fêmur com o grupo que reduziu a AFMV (ß= -0,090) comparada aos que mantiveram a AF ao longo do tempo, indicando que manter a AF ao longo dos anos atenua a perda da DMO. Associações positivas entre dos bouts de 3 a 4 minutos da AFM e AFMV com o índice de força, módulo de seção Z e CSMI (entre ß=0,002 e ß-0,004) e bouts de 5 a 9 minutos de AFMV com o CSMI e CSA (ß =0,001) foram observadas, enquanto os bouts de 1 a 29 minutos do CS apresentaram uma associação negativa (ß= -0,14) com o índice de força, apontando que aumentar ao longo dos anos bouts de AFM e AFMV auxiliam no aumento dos indicadores de força óssea. Conclusão: As evidências do efeito positivo da prática de AF e suas intensidades entre período da adolescência até a idade adulta com os ISO parecem estar mais consolidadas, principalmente nos rapazes, sendo necessário entender o papel das intensidades e do volume da AF na população feminina. Além disso, O tracking da AF ao longo de sete anos de acompanhamento foi moderado e alto para a DMO, no entanto indivíduos que reduziram a AFM e AFMV apresentam redução da DMO, principalmente nas regiões que suportam a carga do peso corporal, além disso, os indivíduos que mantiveram ou aumentaram a AFM e AFMV obtiveram uma atenuação na redução da DMO. E os bouts da AFM (3 a 4 minutos) e AFMV (3 a 4 minutos e 5 a 9 minutos) foram associados positivamente, enquanto os bouts de CS (1 a 29 minutos) negativamente com os indicadores de força e resistência óssea durante a idade adulta. Essas informações podem subsidiar ações de intervenção com o objetivo de aumento da AFM e AFMV para a promoção da saúde óssea e prevenção da osteoporose, minimizando gastos públicos.Item Atividade física, comportamento sedentário, indicadores relacionados à saúde e desempenho escolar em adolescentes : um estudo prospectivo de três anosArruda, Gustavo Aires de; Oliveira, Arli Ramos de [Orientador]; Cyrino, Edilson Serpeloni; Glaner, Maria Fátima; Guedes, Dartagnan Pinto; Barros, Mauro Virgílio deResumo: Os objetivos deste estudo foram verificar a associação prospectiva da prática de esporte e/ou exercício físico (PEEF) com fatores de risco cardiovascular, dor na coluna e o desempenho escolar E também verificar a estabilidade da prática de atividade física, comportamento sedentário, fatores de risco cardiovascular, dor na coluna e o desempenho escolar do início para o final da adolescência Participaram das análises entre 231 e 265 indivíduos (rapazes: ~ 5%) com idade inicial média de 13,9 (Desvio padrão = 1,2) anos As informações quanto à prática de atividade física, comportamento sedentário e a PEEF de moderada à elevada intensidade (= 15 min/sem) foram obtidas por meio de questionário Os fatores de risco cardiovascular verificados foram o Excesso de Massa Corporal (EMC) e a Pressão Arterial Elevada (PAE) Foi analisada a presença de dor na coluna vertebral ao menos moderada O desempenho escolar foi verificado mediante o resultado final de cada disciplina e dicotomizado em “insatisfatório ou satisfatório” e “elevado” (notas = 7, em pelo menos 7% das disciplinas, com notas = 6, nas demais disciplinas) As informações foram coletadas em dois momentos, com um intervalo médio de três anos A Regressão Logística Binária foi utilizada para a estimativa da Razão de Chance (RC) e Intervalo de Confiança de 95% (IC95%), de forma bruta e ajustada Os resultados indicaram que a prática de atividade física (RC ajustada = 3,5; IC95%: 1,77 - 5,26) e o comportamento sedentário (RC ajustada = 1,81; IC95%: 1,3 - 3,19) atuais de adolescentes parecem ser significativamente influenciados pelos respectivos comportamentos de forma prévia, exceto a atividade física com baixa intensidade As chances de apresentar EMC (RC ajustada = 36,38; IC95%: 13,95 - 94,87), PAE (RC ajustada = 6,96; IC95%: 2,42 - 2,8), dor na coluna (RC ajustada = 3,17; IC95%: 1,75 - 5,75) e desempenho escolar “elevado” (RC ajustada = 9,4; IC95%: 4,61 - 17,74) foram significativamente superiores entre indivíduos que apresentaram estes desfechos anteriormente A PEEF não apresentou associação com o EMC e o desempenho escolar A PAE e a dor na coluna após a realização de análises ajustadas também não apresentaram associação com a PEEF, sendo identificado o sexo como uma das principais variáveis de confusão Os hábitos em relação à atividade física e ao comportamento sedentário no final da adolescência parecem ser significativamente influenciados pelas práticas adotadas no início deste período, sendo exceção apenas a prática de atividade física de baixa intensidade Os indicadores relacionados à saúde demonstraram associação significativa entre as condições apresentadas no início e no final da adolescência, sendo relevante a adoção de estratégias preventivas quanto a desfechos indesejados Intervenções utilizando a PEEF por período = 15 min/sem com o objetivo de melhorar os indicadores relacionados à saúde durante a adolescência podem não ser efetivas, sendo recomendável maior acúmulo de tempo Porém, a PEEF = 15 min/sem no início da adolescência pode contribuir para o aumento da chance de prática ao final deste período A PEEF não deve ser considerada como uma atividade concorrente quanto ao desempenho escolar elevadoItem Autoconceito físico, qualidade de vida e bem-estar subjetivo de adultos com deficiência motora: mediação e relação com prática de atividade física(2024-06-14) Vaz Junior, Arnaldo; Serassuelo Júnior, Hélio; Greguol, Márcia; Seron, Bruna Barboza; Rosa, Francisco Heitor da; Salerno, Marina BrasilianoA psicologia positiva vem ganhando destaque dentre pessoas com deficiência, pois apresenta importantes medidas da saúde psicológica. Tais variáveis apresentam relação direta e positiva com a prática de atividades físicos em diferentes contextos. Desta forma, compreender como pessoas com deficiência motoras respondem a diferentes protocolos de treinamento, possibilita que órgãos públicos elaborem estratégias de inserção dessa população em programas de atividades físicas, possibilitando melhorias. Assim, o objetivo do projeto é analisar a percepção da qualidade de vida, o autoconceito físico e o bem-estar subjetivo de pessoas com deficiência motora submetidas a diferentes frequências em programas de exercícios físicos. Participaram do estudo 25 pessoas com diferentes deficiências motoras, entre 18 e 40 anos, estratificadas em três grupos distintos. O período do estudo compreendeu 14 semanas, dentre intervenção, avaliação e período de washout. A Qualidade de vida foi avaliada por meio do WHOQOL-dis, o Autoconceito físico foi avaliado pelo PSDQ-S e o Bem-Estar Subjetivo foi analisado pelo EBES. Para caracterização da amostra e desfechos das variáveis psicológicas foram realizadas tabelas de frequência. A comparação entre grupos e entre períodos foi observada pela ANOVA (tempo*grupo), com ajuste de Bonferroni. A análise de DELTA % = [(POS – PRE) / PRE] x 100 identificou a variação dos resultados obtidos entre os momentos pré e pós-intervenção. A associação do tempo de deficiência e variáveis psicológicas foi obtida pela análise de covariância (ANCOVA) e a análise de mediação foi obtida pelo processo de Baron e Kenny e teste de Sobel para efeito indireto. Foi adotado como nível de significância P = 0,05. Os resultados demonstraram que os indivíduos que praticaram atividades duas vezes por semana obtiveram melhores resultados quando comparados com os que fizeram atividades uma vez por semana ou com o grupo controle. A análise de variação entre os momentos pré e pós identificou ?%= 217% na dimensão Relações sociais da qualidade de vida, ?%= 161% na dimensão Autoestima do Autoconceito físico e ?%= 209% na dimensão Afetos negativos do Bem-Estar Subjetivo. Ademais observou-se que a atividade física foi moderadora das melhorias das percepções das três variáveis psicométricas apresentando escores estatisticamente significativos (p<0,05) em cinco análises observadas. O estudo conclui que a inserção de pessoas com deficiência motora em programas de atividades físicas impacta positivamente na Qualidade de vida, Autoconceito físico e Bem-estar subjetivo, no entanto, observou-se que a maior frequência semanal no programa de atividade física apresentou melhoras mais relevantes nas diferentes variáveis psicométricas.