Comportamento da força muscular, composição corporal e aptidão funcional de mulheres idosas submetidas a um programa de exercícios resistidos : impacto da experiência prévia ao treinamento

Data

2024-05-04

Autores

Carneiro, Nelson Hilario

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Resumo

Esta investigação comparou os efeitos de 12 semanas de treinamento resistido (TR) sobre a força muscular, composição corporal e aptidão funcional em mulheres idosas com e sem experiência prévia neste tipo de treinamento. Para tanto, 65 mulheres (> 60 anos), fisicamente independentes, foram separadas em dois grupos, a saber: com experiência (CEXP) a pelo menos três meses (CEXP, n = 33) e sem experiência (SEXP), (SEXP n = 32). Ambos os grupos foram submetidos a um programa padronizado de TR progressivo e supervisionado para o corpo inteiro (oito exercícios, três séries de 8–12 repetições) que foi executado em três sessões semanais, em dias alternados. Medidas de força muscular e composição corporal e testes motores foram realizados no pré e pós-treinamento. Os hábitos alimentares foram monitorados nas duas primeiras e nas duas últimas semanas de intervenção. Não houve diferenças significantes para o consumo energético e de macronutrientes entre os grupos ao longo do tempo (P > 0,05). Aumentos significantes de força (P < 0,001) foram revelados para todos os exercícios analisados, com diferenças entre os grupos para o chest press (SEXP = 32,1% vs. CEXP = 10,2%; P < 0,001) e a cadeira extensora (SEXP = 22,0% vs. CEXP = 11,8%; P < 0,001). Para o exercício rosca scott foi revelado apenas um efeito principal do tempo (P < 0,05), sem diferenças entre os grupos (SEXP = 11,9% vs. CEXP = 14,2%; P > 0,05). Um efeito principal do tempo (P < 0,05) foi identificado para massa muscular (SEXP = 2,2% vs. CEXP = 0,5%) e massa isenta de gordura e osso apendicular (SEXP = 2,4% vs. CEXP = 0,6%), sem interação grupo vs. tempo para essas variáveis (P > 0,05). Entretanto, o TR acarretou ganhos significantes de massa muscular e massa isenta de gordura e osso apendicular somente no grupo SEXP (P < 0,05). Uma interação grupo vs. tempo (P < 0,05) revelou que a redução na gordura corporal com o TR ocorreu somente no grupo SEXP (-0,5 kg ou -1,6%). Nenhuma mudança significante foi encontrada para a gordura androide e ginoide, densidade mineral óssea e água corporal total e suas frações intra e extracelular, ao longo do tempo (P > 0,05). Para o teste de velocidade de marcha foi identificada uma melhoria de desempenho apenas no grupo SEXP (P < 0,05), sem diferenças entre os grupos (P > 0,05). Um efeito principal do tempo foi encontrado (P < 0,05) para os testes sentar e levantar (SEXP = 10,6% vs. DT = 9,6%) e caminhada de 6 min (SEXP = 3,4% vs. CEXP = 1,7%). Nenhuma modificação foi identificada ao longo do tempo em nenhum dos grupos para o teste de levantar da cadeira e caminhar (P > 0,05). Nossos resultados sugerem que 12 semanas de TR podem promover aumentos de força e da massa muscular e melhoria da aptidão funcional em mulheres idosas com e sem experiência prévia neste tipo de treinamento. Entretanto, maiores aumentos de força muscular (chest press e cadeira extensora) e maior redução da gordura corporal parecem ocorrer em mulheres não-treinadas.

Descrição

Palavras-chave

Treinamento de força, Massa muscular, Gordura corporal, Desempenho motor, Memória muscular, Envelhecimento, Educação física para idosos, Massa muscular - Mulheres idosas, Força muscular, Exercícios físicos - Aspectos da saúde, Qualidade de vida

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