02 - Mestrado - Educação Física
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Item Comportamento das variáveis isocinéticas durante o movimento de flexão-extensão e rotação interna-externa de ombros em homens jovens assintomáticos(2022-09-30) Silva, Claudia Karine da; Cardoso, Jefferson Rosa; Nascimento, Vitor Bertoli; Navarro, FranciscoA articulação glenoumeral é considerada uma articulação instável pelo aspecto anatômico, entretanto, possui características biomecânicas capaz de promover um equilíbrio dinâmico entre estabilidade e mobilidade. O manguito rotador e os músculos escapulares são músculos responsáveis por proporcionar estabilidade a articulação glenoumeral e, portanto, tem um papel protetor no risco de lesões. Desequilíbrios musculares do ombro, indicados por baixos valores da relação de rotação interna-externa, têm sido observados em indivíduos com desproporcionalidade na articulação glenoumeral, considerados um fator de risco de lesão no ombro. A dinamometria isocinética é frequentemente utilizada para medir o pico de torque muscular aplicada ao longo de uma amplitude de movimento, em uma velocidade angular constante pré-determinada. O movimento isocinético pode ser analisado em três fases: fase de aceleração (FA) e fase da velocidade sustentada (FVS) também conhecida como faixa de carga (load range), onde a velocidade pré-selecionada é mantida e a fase de desaceleração (FD). O objetivo deste estudo foi comparar o desempenho isocinético, durante a velocidade sustentada, entre membros dominante e não dominante, dos movimentos de flexão-extensão, rotação interna-externa, nas velocidades de 60, 120, 180, 240 e 300 °/s e a relação agonista-antagonista, em jovens assintomáticos. Amostra composta por indivíduos do sexo masculino (n=18), não atletas, com idade entre 18 e 25 anos, assintomáticos. A avaliação foi realizada no modo isocinético concêntrico a 60, 120, 180, 240 e 300 °/s, para os movimentos de flexão-extensão e rotação interna-externa. Os dados extraídos foram processados com algoritmos Matlab ® específicos. Foram encontradas diferenças com significância entre os valores medianos na fase da velocidade sustentada para rotação externa a 60 °/s, pico de torque a 60 e 120 °/s e relação agonista-antagonista em todas as cinco velocidades. Na rotação interna, somente na fase da velocidade sustentada a 60, 120 e 180 °/s. Na flexão, na fase da velocidade sustentada a 60, 120 e 180 °/s, pico de torque a 60 e 180 °/s e relação agonista-antagonista a 60 e 300 °/s. Já para extensão a 240 °/s na fase da velocidade sustentada e 60 e 180 °/s no pico de torque. Os achados do estudo demonstram que os dados isocinéticos extraídos da fase da velocidade sustentada diferem quando comparados com o membro dominante e não dominante, nos quatros movimentos. Conclui que os percentuais mais altos da velocidade sustentada, normalizados pela amplitude de movimento e os maiores valores de pico de torque são em velocidades mais baixas (60, 120 e 180 °/s) independente da dominância. A relação agonista-antagonista se mostra dentro dos valores recomendados na maioria das velocidades, sugerindo bom controle muscular e comportamento dos movimentos realizados nesse estudo. Ainda, os achados podem colaborar na avaliação e programas específicos de treinamento e tratamentoItem Variáveis de lançamento da bola e efeito da altura de lançamento do arremesso de basquetebol(2022-08-02) Cunha, Rafael Baraldi da; Okazaki, Victor Hugo Alves; Barbieri, Fábio Augusto; Ugrinowitsch, Herbert; Rodacki, André Luís FélixO arremesso é o fundamento mais importante no basquetebol. Todavia, ainda se faz necessário sistematizar estudos que descrevam a cinemática do arremesso e analisem o efeito da altura de lançamento da bola. O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão sistemática sobre a cinemática da bola e das articulações de lançamento do arremesso e analisar o efeito da altura de lançamento no arremesso de basquetebol. Para tanto, foi realizada uma revisão sistemática e um estudo experimental que manipulou a altura de lançamento da bola. A revisão sistemática incluiu estudos experimentais dos últimos doze anos (2009-2021), com análises cinemáticas do braço que realiza o arremesso de basquetebol e análises do ângulo, da altura e da velocidade de lançamento da bola. As buscas foram realizadas nas seguintes bases de dados: LILACS (154), PubMed (294), MEDLINE (239), SportDiscus (408), Scopus (597), Web ofScienci (240). A partir desse estudo, foi possível caracterizar a cinemática da bola e do braço de lançamento no arremesso de basquetebol. O estudo experimental analisou a cinemática do arremesso de 10 atletas universitários de basquetebol, desempenhando o arremesso (a) saltando do chão, (b) sob uma plataforma com acréscimo de (b) 10 cm ou (c) 20 cm em relação solo. Os dados foram coletados no sistema Vicon, processados em rotinas personalizadas e analisados no software SPSS. Não foram verificadas alterações no arremesso com a manipulação da altura de lançamento. Logo, foi sugerido que pequenas alterações, realizadas por meio da manipulação da altura de lançamento, foram compensadas pela variabilidade inter-articular, caracterizando a equifinalidade no movimento de arremesso.Item Efeito do exercício com pesos no controle da pressão arterial de repouso: revisão sistemática de ensaios clínicos aleatórios com metanálises(2009-03-05) Schiavoni, Durcelina; Cardoso, Jefferson Rosa; Cyrino, Edilson Serpeloni; Polito, Marcos Doederlein; Forjaz, Claudia Lucia de Moraes; Farinatti, Paulo de Tarso VerasObjetivos: Verificar a efetividade da prática regular de exercícios com pesos para a redução dos valores de pressão arterial (PA), de repouso, em indivíduos normotensos e hipertensos. Método: Revisão sistemática de ensaios clínicos aleatórios com metanálises. Os desfechos comparados foram: Pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD), pressão arterial média (PAM) e percentual de gordura (% gord) considerando as diferenças entre gêneros, idades, tipo de treinamento (circuito, isométrico e convencional) e tempo de treinamento (até 12 semanas e acima de 12 semanas). Foram avaliadas as diferenças das médias (DM) e atribuído o tamanho do efeito do treinamento ( d de Cohen). As análises foram realizadas de acordo com as recomendações do Handbook da Colaboração Cochrane, por meio do programa Revman 5. Resultados: Foram encontrados 19 ensaios clínicos aleatórios que puderam ser comparados os efeitos do treinamento com pesos (TP) com a não realização de exercícios físicos sistematizados (Controle). Na comparação entre os grupos TP e Controle, o grupo TP apresentou uma redução estatisticamente significante para PAS (DM = -5,68 mmHg; IC 95% = -9,18;-2,17 mmHg; P < 0,0001) e PAD (DM = -4,03 mmHg; IC 95% = -6,52;-1,53 mmHg; P < 0,0001) quando analisado a população normotensa geral que realizou o método convencional de treinamento. Em ambos os desfechos o efeito do TP foi considerado de grande magnitude ( d de Cohen = 0,93 e 0,85 para PAS e PAD respectivamente). Não foram observadas reduções significativas na comparação dos desfechos PAS, PAD e PAM entre os grupos Controle e TP quando as metanálises foram analisadas separadamente por gênero, idade e disfunções metabólicas como hipertensão, diabetes e obesidade. Conclusão: Evidências foram encontradas quanto à efetividade do TP no método convencional, quando comparada com a não realização de exercícios físicos sistematizados na redução dos valores da PAS e PAD de repouso de indivíduos normotensos quando considerada a população em geral. Não foram encontradas evidências quanto à efetividade do TP na redução da PA de repouso quando analisada as características da população em relação ao gênero, idade e as disfunções metabólicas.Item Efeitos dos exercícios aquáticos em mulheres submetidas às cirurgias mamárias após câncer de mama : revisão sistemática com metanálises(2022-05-25) Silva, Carla Tassiana da; Cardoso, Jefferson Rosa; Sunemi, Mariana Maia; Melo, Ana Paula deO câncer de mama (CM) é o mais comum entre as mulheres, inúmeras são as consequências clínicas e funcionais decorrentes dos tratamentos. Os exercícios aquáticos (EA) são recursos não farmacológico que pode oferecer as sobreviventes de câncer de mama uma série de benefícios. Os objetivos desse estudo foi avaliar os efeitos dos exercícios aquáticos na qualidade de vida (QV), linfedema, dor, fadiga e amplitude de movimento em sobreviventes de câncer de mama e comparar com exercícios em solo (ES) e grupo controle (GC). Trata-se de uma Revisão sistemática com metanálises, seguindo as recomendações da Cochrane Collaboration, PRISMA Statement e AMSTAR 2. As buscas foram realizadas em dez bases de dados (1945-2022), o risco de viés foi avaliado pelo risk of bias 2 (RoB-2) e a evidência foi classificada pelo Grades of Recommendations Assessment, Development and Evaluation (GRADE). Foram identificados 1.873 estudos, nove foram incluídos e quatro fizeram parte das metanálises; 22,2 % dos estudos foram classificados com baixo risco de viés. Nenhum efeito adverso relevante foi relatado. Os EA foram superiores ao grupo controle para o desfecho QV no subdomínio emocional com tamanho de efeito de 0,58 (IC 95 %: 0,19; 0,97; P=0,004), sem relato de heterogeneidade (I²=0%), a qualidade da evidência foi classificada como alta. Quando comparados com ES, não foram encontradas diferenças com significância para o desfecho dor (DMP=1,10; IC 95 %: 1,53; 3,74; P=0,41), heterogeneidade alta (I²=97 %) e qualidade da evidência, baixa. Os EA foram efetivos na qualidade de vida, para o subdomínio emocional quando comparados com GC e efeito adverso importante algum que contraindiquem EA foram encontrados.Item Efeito de dois anos de treinamento com pesos sobre a força muscular, composição corporal, perfil glicêmico e lipídico em mulheres idosas(2016-12-06) Cyrino, Letícia Trindade; Cardoso Junior, Crivaldo Gomes; Deminice, Rafael; Ribeiro, Alex SilvaIntrodução: O envelhecimento causa modificações em diversas variáveis e idosos tornam-se mais susceptiveis a perturbação de sua saúde. Neste sentido, a prática de treinamento com pesos (TP) apresenta-se como estratégia para previnir ou mesmo mitigar o agravo de condições adversas. Entretanto, as informações sobre os possíveis efeitos do TP em mulheres, a partir de um período de intervenção prolongado são escassas. Objetivo: Verificar o efeito de dois anos de TP sobre a força muscular, composição corporal, perfil glicêmico e lipídico em mulheres idosas. Métodos: Sessenta e uma mulheres idosas (= 60 anos) e fisicamente independentes foram submetidas a dois anos de TP progressivo. As variáveis força muscular, massa muscular, qualidade muscular, gordura corporal, densidade e conteúdo mineral ósseo, água corporal total (ACT) e suas frações intra (AIC) e extracelular (AEC), glicose, colesterol total (CT), lipoproteína de alta densidade (HDL-c), lipoproteína de baixa (LDL-c) e muito baixa densdade (VLDL-c), e triglicerídeos (TG) foram analisadas na linha de base, após um ano (1 ano) e após dois anos (2 anos) de intervenção. Os programas de TP foram compostos padronizadamente por oito exercícios para os diferentes segmentos corporais (membros inferiores, tronco e membros superiores) e executados em 1-3 séries com múltiplas repetições, com uma frequência de duas a três sessões semanais. Os resultados são apresentados em média e desvio-padrão. Análise de variância (ANOVA) foi utilizada para a comparação das médias das variáveis ao longo do tempo, seguida pelo post hoc de Bonferroni para identificar as diferenças quando o valor de F foi significante. O valor de significância adotado foi de P < 0,05. Resultados: Todas as participantes realizaram no mínimo 85% das sessões de treinamento programadas. Aumentos significantes foram encontrados na força muscular, qualidade muscular, ACT, AIC, densidade mineral óssea e HDL-c (P <0,05). Por outro lado, uma redução significante foi identificada nas variáveis glicose, triglicerídeos, LDL-c e VLDL-c (P < 0,05). Conclusão: Os resultados sugerem que a prática do TP por períodos prolongados de tempo é uma estratégia efetiva para melhorar a força muscular, a qualidade muscular, a composição corporal e biomarcadores metabólicos em mulheres idosas.Item Tracking do tempo de tela e sua associação com a função cognitiva em adolescentes escolares: um estudo longitudinal de três anos(2022-06-28) Freitas, Mileny Caroline Menezes de; Ronque, Enio Ricardo Vaz; Silva, Danilo Rodrigue Pereira da; Cossio-Bolaños, MarcoO objetivo do presente estudo foi analisar o tracking do tempo de tela (TT) e sua associação com a função cognitiva em adolescentes escolares da rede pública de ensino do município de Londrina-PR. O presente estudo se refere à segunda fase (follow-up) de um estudo longitudinal de base escolar, para o qual foram elegíveis os indivíduos que possuíssem dados completos na primeira fase (baseline), totalizando uma amostra de 394 escolares. Em ambas as fases foram coletadas informações sociodemográficas (escolaridade da mãe e idade), TT (questionário), atividade física (acelerometria), aptidão cardiorrespiratória (Shutlle-run). No follow-up foram coletadas as variáveis do controle cognitivo (controle inibitório [Teste de Stroop] e memória de trabalho [Teste de blocos de Corsi]), BDNF (coleta sanguínea). Generalized Estimating Equations (GEE) foi utilizada para análise do tracking. Análises de regressão linear múltipla com os devidos ajustes, foram realizadas no programa SPSS 25.0, adotando-se P<0,05. Participaram do estudo 153 adolescentes, com média de idade de 14,5 (0,7) anos. Rapazes diminuíram o tempo de assistir TV (26,3% vs. 12,8%; P<0,001), VG (21,9% vs. 15,3%; P<0,001), PC (estudo) (7,9% vs. 4,2%; P<0,001) e PC (lazer) (17,5% vs. 9,6%; P<0,001). As moças, diminuíram, TV (26,8% vs. 14,7%; P<0,001); VG (23,2% vs. 15,8%; P<0,001); PC (estudo) (6,3% vs. 3,2%; P<0,001); PC (lazer) (12,1%; P<0,001). Rapazes aumentaram o tempo de assistir na TV/celular/tablete (TCT) (13,1% vs. 32,7%; P<0,001) e celular (13,3% vs. 25,4%; P<0,001) e moças TCT (15,5% vs. 31,1%; P<0,001) e celular (16,1% vs. 25,6%; P<0,001). Para ambos os sexos, o tempo de TV apresentou moderada estabilidade, rapazes (ß=0,45; P<0,001) e moças (ß=0,55; P<0,001), alta estabilidade no tempo de TCT (ß=0,87; P<0,001) e celular (ß=0,67; P<0,001) para rapazes, bem como, TCT (ß=0,85; P<0,001) e celular (ß=0,69; P<0,001) para as moças. O aumento do ?% de celular associou negativamente com total score (ß=-0,24; r2= 0,06; P= 0,01) e block span (ß=-0,21; r2= 0,06; P= 0,02) (memória de trabalho) e positivamente com resposta congruente (controle inibitório) (ß=0,21; r2= 0,09; P= 0,01). A redução do tempo de TV associou-se positivamente com o tempo de reação (TR) incongruente (controle inibitório) (ß=0,19; r2= 0,12; P= 0,03). A redução do tempo de VG (ß=0,23; r2= 0,17; P= 0,01), PC lazer (ß=-0,19; r2= 0,16; P= 0,03) e PC estudo (ß=0,30; r2= 0,20; P= 0,001) associou-se de forma positiva com BDNF. Conclui-se que, o período dos 11 os 14 anos de idade demonstra um tendencia de estabilidade moderada a alta em decorrência do tipo de dispositivo, ademais, a associação positiva observada na redução do tempo de TV, VG e PC para estudo e lazer com o controle cognitivo, indica que estes TT podem ser um fator de risco à saúde cognitiva em adolescentes, portanto devem ser limitados.Item Efeito ergogênico da fotobiomodulação no teste de Wingate: ensaio clínico, cruzado, duplo cego e randomizado(2019-03-28) Corrêa, Julio Cesar Molina; Ramos, Solange de Paula; Freitas, Victor Hugo de; Moraes, Solange Marta Franzói deIntrodução: A fototerapia de baixa intensidade utilizando Diodos Emissores de Luz (LED - Light Emitting Diode, LEDterapia) ou Amplificação da Luz por Emissão Estimulada de Radiação (Laser - Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation, LASERterapia) tem demostrado aumentar a capacidade do desempenho muscular em exercícios com características predominantemente aeróbicos. Por outro lado estudos sugerem que também ocorra efeito ergogônicos em exercícios resistidos de curta duração e alta intensidade. O teste de Wingate possui uma grande validade prática e sua característica é predominantemente. Objetivo: avaliar os efeitos ergogênicos da fotobiomodulação com luz vermelha sobre a capacidade anaeróbia no teste de Wingate. Metodologia: 16 indivíduos do sexo masculino participaram de um ensaio clínico, duplo-cego, randomizado, cruzado e com situação de controle. Os sujeitos realizaram 3 sessões de testes de Wingate, com 48 horas de intervalo entre os testes. Na primeira sessão foi realizado teste de Wingate para avaliação do desempenho inicial dos voluntários. Os participantes foram pareados por desempenho no teste inicial e sorteados para receber fototerapia (630nm, 4,6 J/cm2, 6 J por ponto, 16 pontos) ou controle negativo, na segunda sessão de teste. Na terceira sessão de teste foi realizado o tratamento cruzado. A variância foi analisada com o teste de ANOVA One Way (dados paramétricos) seguido do teste post hoc de Tukey ou pelo teste de Kruskal-Wallis (dados não paramétricos) com teste post hoc de Dunn, considerante p<0,05. O tamanho do efeito para comparação das médias foi calculado usando a estatística de Cohen. Resultados: A sessão de teste com fototerapia promoveu a aumento do desempenho nas medidas máximas (PAmáx, PRmáx, RPMmáx, Vmáx) e DTP em relação a sessão com controle negativo. As medidas médias (PAméd, PRméd, RPMéd, Vméd) foram maiores nas sessões com fotobiomodulação em relação a sessão inicial. O deslocamento total foi maior na sessão com fotobiomodulação, seguido do teste inicial e controle negativo. Conclusão: a fototerapia promoveu melhorara do desempenho em um exercícios predominantemente anaeróbico.Item Ocorrência de quedas e medo de cair em mulheres idosas: associações com o desempenho físico, cognitivo e efeitos de um modelo de treinamento funcional em circuito(2023-03-02) Vido, Amanda; Teixeira, Denilson de Castro; Bento, Paulo Cesar Barauce; Trelha, Celita SalmasoEste estudo teve como objetivo geral analisar a associação do medo de cair e o histórico de quedas com o desempenho cognitivo, físico e funcional de idosos e, verificar os efeitos de um modelo de treinamento funcional em circuito (método FEC- Functional exercise circuit) dessas variáveis em mulheres idosas fisicamente independentes. A presente dissertação conta com dois estudos apresentados em dois artigos científicos: Artigo 1, um estudo Transversal e Artigo 2 um Ensaio Clínico não Randomizado. Foram avaliados 169 idosos, que foram distribuídos em 130 mulheres idosas para o Artigo 1, e 50 idosas para o Artigo 2. As características sociodemográficas e histórico de quedas foram avaliados por meio de questionário criado especificamente para o estudo, o nível socioeconômico foi avaliado pelo questionário Critério Brasil. Os indicadores de saúde foram verificados por meio do índice de comorbidade de Charlson, Edmonton Frail Scale(EFS), questionário SARC-F e Escala de Depressão Geriátrica (EDG). O medo de cair foi avaliado pela Escala Internacional de Eficácia de Quedas – FES-I. Para verificar o desempenho cognitivo foi utilizado a Avaliação Cognitiva de Montreal (MoCA). Para avaliação antropométrica foram utilizadas as medidas de estatura e peso para cálculo do índice de massa corporal (IMC). O desempenho físico e funcional foi avaliado pelos testes velocidade de marcha de 4 metros (VM), agilidade e equilíbrio dinâmico da AAHPERD, força de preensão palmar (PM), sentar e levantar da cadeira em 5 repetições (SL), caminhada de 6 minutos (TC6) e pontuação do SPPB. Ainda, o pico de torque muscular foi avaliado por um dinamômetro isocinético BIODEX e o controle postural por uma plataforma de força da EMG-Sistems. Os resultados do Artigo 1 apresentaram que o grupo de idosas com ocorrência de quedas, tiveram maior pontuação nos questionários EFS, Charlson, MoCA e SARC-F e maior tempo de execução do teste de agilidade em comparação ao grupo sem ocorrência. O grupo com alto medo de cair também apresentaou maior pontuação nos questionários SARC-F e EFS, e maior tempo no teste de agilidade em comparação ao grupo com baixo medo de cair. Os resultados do Artigo 2 mostraram um efeito da interação, em que o grupo treinamento diminuiu o escore no EDG, menores tempos nos testes VM e SL e aumentou a distância percorrida no TC6. No controle postural foi identificado um efeito de interação nas variáveis Velocidade AP e Velocidade ML (p<0,001) na condição bipodal olhos abertos, em que o grupo GC mostrou menor oscilação. Conclui-se que a ocorrência de quedas e o medo de cair são fatores associados a fragilidade e sarcopenia, e que afetam o desempenho funcional. Além disso, o treinamento funcional FEC foi capaz de promover mudanças em variáveis que atuam no medo de cair, principalmente de variáveis que exigem do controle de marcha e equilíbrio em apenas 36 sessões.Item Associação entre a prática de atividade física, equilíbrio corporal e medo de quedas em adultos com deficiência visual(2023-09-19) Siqueira Junior, Edson Ferreira de; Greguol, Márcia; Morato, Márcio Pereira; Teixeira, Denilson de CastroIndependentemente do nível em que acontece, a deficiência visual pode culminar em prejuízos funcionais, os quais causam limitações e restringem a participação e o desempenho do indivíduo nas atividades do cotidiano e na realização de atividades físicas. Dessa forma, interfere na independência, autonomia e qualidade de vida do indivíduo. A presente pesquisa verificou a associação entre a prática de atividade física, o equilíbrio corporal e o medo de quedas em adultos com deficiência visual. Participaram do estudo 34 adultos de ambos os sexos com idades dos 18 aos 50 anos com deficiência visual, que frequentam instituições específicas de atendimento no Estado do Paraná. Foram comparados os dados obtidos entre adultos com cegueira e aqueles com baixa visão e entre aqueles com deficiência congênita e adquirida, além de verificadas as associações entre o volume de prática de atividade física e os indicadores do equilíbrio corporal e o medo de quedas. Para a coleta de dados, inicialmente foi realizada uma análise antropométrica e aplicada uma anamnese. Em seguida foi aplicado o questionário de Baecke para a medida da atividade física habitual e a Escala Internacional de Eficácia de Quedas-Brasil (FES-I) a fim de verificar o medo de quedas. Para a avaliação do equilíbrio postural utilizou-se a plataforma de pressão plantar da marca AMTI Accu Sway Portable Platform – EUA, com análise do deslocamento do centro de pressão (COP) nos eixos anteroposterior e médio lateral, a velocidade do deslocamento do COP (COP VEL) e a área da Elipse. Os dados foram tratados por estatística descritiva, comparação de médias, teste de correlação de Pearson e análise de regressão simples, adotando-se significância P< 0,05. Houve predominância de participantes do sexo masculino, com cegueira congênita e sem comorbidades. Verificou-se que o resíduo visual favorece o equilíbrio corporal e que indivíduos com cegueira apresentaram piores resultados no teste de equilíbrio quando comparados àqueles com baixa visão. O medo de cair mostrou relação significativa com a prática de atividade física e com o equilíbrio corporal. Nesse sentido, a maior quantidade de atividade física praticada e os melhores resultados no teste de equilíbrio corporal mostraram relação com o menor medo de quedas. Tendo em vista os resultados, conclui-se que a prática de atividade física parece influenciar positivamente o equilíbrio corporal e a redução do medo de quedas. Dessa forma, a ampliação do acesso a um estilo de vida fisicamente ativo deve ser vista como prioridade para a melhora do estado de saúde e da autonomia de pessoas com deficiência visual.Item Satisfação no Trabalho e autoeficácia dos docentes de Educação Física da Educação Básica da Rede Municipal e Estadual de Educação de Londrina - Paraná(2023-06-02) Lopes, Yasmin Dolores; Both, Jorge; Arantes, Luciane Cristina; Silva Júnior, Arestides Pereira daAs percepções de Satisfação no Trabalho e crenças de Autoeficácia são variáveis que influenciam no engajamento profissional de Professores de Educação Física e a preposição a permanecerem na carreira docente. Considerando isso, o objetivo do estudo foi analisar a Satisfação no Trabalho e a Autoeficácia docente de professores de Educação Física da Educação Básica do município de Londrina. A pesquisa se constituiu por um estudo de campo com características descritivas, com corte transversal e abordagem quantitativa. A população deste estudo foi composta por 237 professores de Educação Física das Redes Estadual e Municipal da cidade de Londrina – Paraná, sendo a amostra constituída no estudo de 209 professores que concordaram em participar do estudo. Para a coleta de dados foram utilizados três instrumentos, sendo um questionário sociodemográfico, a Escala de Autoeficácia de Professores de Educação Física, desenvolvida por Polydoro et al. (2004) e a Escala de Qualidade de vida no Trabalho Percebida por Professores de Educação Física do Ensino Fundamental e Médio (QVT-PEF) validada por Both et al. (2006). Os resultados das variáveis sociodemográficas demonstraram prevalência de alguns dados, sendo em sua maioria professores do sexo feminino, possuíam filhos, casadas, possuíam 43 anos de idade, atuavam em dois níveis de ensino, com vínculo empregatício concursado na rede municipal, possuíam título de especialista, desenvolviam a atividade docente a 14 anos, atuavam com 40 horas semanais de trabalho, em 12 turmas tendo em média 27 alunos, recebendo aproximadamente 4 salários-mínimos, possuíam 8 horas semanais de lazer, haviam se formado em instituições públicas e estavam no ciclo de desenvolvimento profissional de afirmação. Na avaliação global da Autoeficácia e da Satisfação no Trabalho o resultado foi mediano, sendo que os maiores índices de satisfação foram evidenciados nas dimensões: progressão na carreira, relevância social no trabalho, autonomia e leis e normas; e os menores índices de satisfação foram apresentados nas dimensões: trabalho e espaço total de vida, remuneração, condições de trabalho e integração social no trabalho. Ao avaliar por meio da análise de agrupamentos, foram identificados três grupos, sendo que o grupo 2 apresentava os maiores índices de satisfação no trabalho e autoeficácia. Os docentes que apresentaram maiores níveis de satisfação no trabalho e de autoeficácia são os que possuem poucas turmas, atuam na etapa da educação infantil e com vínculo empregatício com o município de Londrina, sendo possível afirmar que ministrar aulas no Ensino fundamental séries iniciais já começa a influenciar negativamente no sentimento de autoeficácia e percepção de satisfação.Item Avaliação da capacidade para o trabalho e saúde dos docentes de educação física da educação básica(2023-08-14) Hocama, Louise Harumi Valentim; Both, Jorge; Afonso, Mariângela da Rosa; Lima, Dartel Ferrari deA presente pesquisa teve por objetivo investigar a Capacidade para o Trabalho e Saúde dos docentes de Educação Física da educação básica no município de Londrina das redes estadual e municipal. Considerando as alterações no modo de produção da sociedade e também as mudanças que a educação brasileira sofreu ao longo dos anos, cabe investigar os impactos dessas mudanças sobre a saúde e capacidade para o trabalho de uma das peças fundamentais para a educação de qualidade, o professor. A Educação Física se entrelaça em diversos momentos político-educacionais da formação e evolução do Estado, na contemporaneidade os docentes de Educação Física partilham das mesmas circunstancias e preocupações dos professores das demais disciplinas, acompanhado dos agravos a saúde que as instalações e equipamentos próprios da função lhe exigem, bem como o combate constante pela sua legitimação e permanência na escola. O trabalho se justifica ao possibilitar aos sujeitos a avaliação da sua atividade profissional e pelo valor preditivo do instrumento da capacidade para o trabalho associado ao Questionário de Saúde Docente a fim de investigar causas e conseqüências das faltas e aposentadorias precoces entre os professores investigados. A amostra foi composta de 209 professores e para a coleta de dados foram utilizados o Índice de Capacidade para o Trabalho, o Questionário de Saúde Docente e o Questionário Sociodemográfico, analisados através de análise fatorial confirmatória e validados através do Coeficiente de Spearman e Cronbach. Os resultados demonstraram que a amostra analisada apresenta o constructo Saúde Docente moderado e a Capacidade para o Trabalho entre boa e moderado, influenciados principalmente pelos constructos Número de Doenças e Esgotamento para o Trabalho. Outros pontos relevantes são: planos de carreira e salário, avanço da idade e sentimento de valoração docente. Os resultados apontam para a necessidade de medidas de suporte e melhoria da Capacidade para o Trabalho e Saúde dos docentes.Item Suavidade do movimento da passada e predição da velocidade pico de corredores recreacionais de rua em velocidades submáximas(2023-03-09) Cimonetti, Vitor; Bini, Rodrigo Rico; Soares, Gustavo Leporace de Oliveira Lomelino; Okazaki, Victor Hugo Alves; Moura, Felipe ArrudaCriar alternativas que ajudem corredores recreacionais a melhorar o desempenho é importante para um melhor planejamento dos treinamentos. Em vista disso, é benéfico criar formas mais seguras e menos exaustivas de estimar a velocidade pico e verificar se movimentos de passada mais suaves durante a corrida estão relacionados com o tempo de contato com o solo, tempo de fase aérea, deslocamento do centro de massa e pico vertical de força de reação com o solo durante a corrida. Por isso, o objetivo do presente estudo foi mensurar e estimar as variáveis acima citadas em velocidades submáximas para verificar como estas variáveis são relacionadas com a suavidade da passada do corredor e se estas são capazes de explicar a velocidade pico. Participaram do estudo 26 corredores recreacionais de rua. No primeiro dia, os participantes realizaram um protocolo de velocidade pico em esteira e, no segundo dia, após calculados os valores relativos à velocidade de 80% da velocidade pico, foi capturada a cinemática do movimento da corrida. Os dados cinemáticos foram processados e tratados, foram considerados 10 passos para as análises e em seguida calculados o tempo de contato, tempo de fase aérea, deslocamento do centro de massa, estimativa de pico de força máxima de reação do solo e suavidade do calcâneo. No primeiro estudo, os resultados da correlação mostram que apenas o tempo de contato (R=-0,60; p=<0,001) e de fase aérea (R=0,41; p=0,01) apresentam correlação significativa com a velocidade pico, entretanto, quando realizada a regressão múltipla, apenas o tempo de contato foi incluído no modelo, indicando que o tempo de contato parece ser crítico na predição da velocidade pico. No segundo estudo, foram encontradas correlações significativas entre a suavidade do movimento e a massa do participante (R=-0,42; p=0,04), pico vertical de força de reação do solo (R=-0,50; p=0,04), tempo de fase aérea (R=-0,70; p=<0,005), tempo de contato (R=-0,51; p=0,01), e cadência (R=0,45; p=0,02). Conclui-se que a variável tempo de contato é uma variável crítica para a predição da velocidade pico enquanto as outras variáveis parecem ser de menor importância. Ainda, a suavidade do movimento pode ser uma métrica capaz de ser usada para entender o comportamento de variáveis biomecânicas em velocidades submáximas, pois um corredor com um movimento de passada mais suave está associado com maior cadência, menor tempo de contato, menor tempo de fase aérea e menor massa corporal.Item Percepção de bem-estar, síndrome pós-COVID e prática de atividade física em adolescentes pós pandemia(2023-06-20) Araujo, Gustavo Baroni; Serassuelo Júnior, Hélio; Amado, Ana Cristina da Silva; Trelha, Celita SalmasoO objetivo deste estudo foi analisar a percepção de bem-estar, síndrome pós-COVID e prática de atividade física em adolescentes pós pandemia e infecção por COVID-19. Trata-se de um estudo transversal de natureza quantitativa composto por 312 adolescentes (51,9% do sexo feminino e 48,1% do sexo masculino) com idade entre 11-17 anos (14,97±1,87) que tiveram diagnóstico confirmado da COVID-19 no município de Londrina-PR entre agosto e dezembro de 2021. A amostra foi selecionada por conveniência através da plataforma oficial da Secretaria de Saúde do Paraná - “Notifica-Covid” e estratificada em três grupos segundo as classificações maturacionais propostas por TANNER, 1962 de acordo com a idade cronológica, sendo eles: G1) 11 e 12 anos (pré-púberes); G2) 13 e 14 anos (púberes) e G3) 15, 16 e 17 anos (pós-púberes). O questionário utilizado para investigar o bem-estar subjetivo foi a “Escala Global de Satisfação de Vida para Adolescentes” (EGSV-A); para investigar a síndrome pós-COVID (SPC) utilizou-se o questionário “Manifestações clínicas de quadro prolongado - Síndrome pós-COVID” e para investigar a atividade física utilizou-se o “IPAQ versão curta.” A coleta de dados foi realizada por meio de formulário digital online criado na plataforma Google (Google Forms) e enviado via WhatsApp. O teste t de student para amostras independentes foi utilizado para comparar as médias da percepção de bem-estar entre sexos e o teste de U de Mann Whitney para analisar as diferenças na amostra por faixa etária. Para investigar a associação entre a SPC com a atividade física, utilizou-se o teste Qui-quadrado e Regressão Logística Binária para verificar se a prática de atividade física, sexo e faixa etária são previsores do desenvolvimento de SPC, onde a SPC foi a variável dependente e sexo, prática de atividade física (Fisicamente ativo ou Insuficientemente ativo) e faixa etária como variáveis independentes. Os dados foram analisados através do software SPSS 27 adotando p=0,05. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas na percepção de bem-estar no G1 aos 11 anos (p=0,09) e 12 anos (p=0,08). A partir do G2, aos 13 e 14 anos, observa-se uma queda na percepção do bem-estar (p=0,04; p=0,02, respectivamente). No G3 foram encontradas diferenças estatisticamente significativas (p<0,01) aos 15, 16 e 17 anos. O sexo feminino apresentou menores escores em relação aos meninos em todas as idades, principalmente a partir da puberdade. De um total de 75 adolescentes (24%) apresentaram um quadro de síndrome pós-COVID com mediana do número de sintomas de 1 [0-3]. Destes, 61 do sexo feminino (81,3%) e 14 (18,7%) do sexo masculino. O tempo médio de atividade física dos adolescentes que apresentaram a síndrome foi de 148 minutos, classificados como “insuficientemente ativos”. As variáveis preditoras para o desenvolvimento da síndrome foram: Sexo feminino (OR= 4,76; IC 95%= 4,49 – 4,92; p<0,01); pós-púberes (OR=3,41; IC 95%= 3,15 – 3,57) e insuficientemente ativo (OR=4,68; IC 95%= 4,27 – 4,89). Conclui-se que o período de pandemia da COVID-19 impactou negativamente o bem-estar de adolescentes pós-púberes, e os prejuízos à saúde pós infecção são maiores em adolescentes do sexo feminino e insuficientemente ativos.Item Efeitos de um programa para promoção da atividade física nos indicadores de saúde mental de adolescentes(2022-11-25) Silva, Jadson Marcio da; Stabelini Neto, Antonio; Ronque, Enio Ricardo Vaz; Sasaki, Jeffer EidiDiante dos benefícios da atividade física (AF) para a saúde mental, aproximadamente 80% dos adolescentes não atendem as recomendações para a prática de atividade física. Desta forma, tornam-se necessários programas para promoção da AF para a melhoria da saúde mental de adolescentes. O objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos de um programa para promoção da atividade física nos indicadores de saúde mental de adolescentes. Esse estudo teve como característica um ensaio clínico randomizado com de 12 semanas de duração. A amostra foi composta por adolescentes de ambos os sexos (52,8% feminino) com idades entre 12 e 14 anos, os quais foram alocados em dois grupos (grupo intervenção n= 169 e grupo controle= 149). O programa de intervenção incluiu os seguintes componentes: sessões estruturadas com exercícios de fortalecimento muscular e cardiorrespiratório; incentivo a prática de AF fora do ambiente escolar (auto-monitoramento e estabelecimento de metas); e orientação sobre o estilo de vida (e-heath). Também foram enviadas mensagens aos pais/responsáveis com o intuito de promover o conhecimento e enfatizar a importância dos pais apoiarem seus filhos na aquisição de um estilo de vida saudável. As coletas de dados foram realizadas em dois momentos (pré e pós-intervenção). Os indicadores de saúde mental analisados foram: ansiedade e depressão mediante a escala DASS 21; qualidade do sono por meio do questionário de Pittsburgh; e bem-estar psicológico por meio do questionário Kidscreen-27. A AF foi avaliada pelo questionário PAQ-A. Para analisar os efeitos da intervenção sobre os indicadores de saúde mental, foram construídas equações de estimativas generalizadas (GEEs). A comparação intergrupos foi realizada pela análise de covariância. Foi adotado um nível de significância de p<0,05. Após 12 semanas de intervenção, não foram observadas diferenças significativas no grupo intervenção (GI) para o escore do sono (Pré: 4,1; IC95%: 3,6 - 4,6 x Pós: 4,5; IC95%: 4 - 5), ansiedade (Pré: 4,4; IC95%: 3,5 - 5,2 x Pós: 4,8; IC95%: 3,9 - 5,7), depressão (Pré: 4; IC95%: 3,3 - 4,7 x Pós: 4,5; IC95%: 3,7 - 5,2) e bem-estar psicológico (Pré: 24; IC95%: 22,8 - 25,2 x Pós: 24 IC95%: 22,9 - 25,1). Já para o grupo controle, foi encontrada diminuição significativa do bem-estar psicológico entre os momentos (Pré: 24,6; IC95%: 23,2 - 26,1 x Pós: 23 IC95%: 21,8 - 24,2). Nas análises de subgrupos, foi observada diminuição significativa nos escores de depressão apenas nos adolescentes classificados com sintomas moderado do GI (Pré: 15; IC95%: 15 - 15 x Pós: 14,1; IC95%: 13,8 - 14,6). Em relação às analises intergrupos, foram encontradas diferenças significativas nos escores do sono nos valores brutos (p=0,01), ajustado por sexo (p=0,02) e ajustado pela atividade física (p=0,01). Conclui-se que 12 semanas de intervenção de um programa de intervenção de atividade física promoveu redução significativa nos adolescentes com sintomas moderados de depressão.Item O treinamento resistido periodizado com a quimioterapia atenua a atrofia, perda de força muscular e estresse oxidativo induzido pela doxorrubicina em camundongos(2022-04-22) Nunes, Jonathan Henrique Carvalho; Deminice, Rafael; Lopes, Wendell Arthur; Lira, Fabio Santos deIntrodução: A doxorrubicina (DOX) é um quimioterápico amplamente utilizado na área oncológica devido a sua eficiência na redução de tumores, no entanto, ela apresenta diversos efeitos colaterais, dentre eles, aumento do estresse oxidativo de forma exacerbada, além da perda de massa e força muscular. Nesse sentido o treino resistido (TR) parece ser uma importante intervenção para atenuação desses efeitos, porém, pouco se sabe sobre a melhor forma de periodizar essa modalidade durante os ciclos de quimioterapia que possa gerar melhores benefícios ao paciente oncológico. Objetivo: Determinar os efeitos do TR periodizado em relação aos dias da quimioterapia na força, massa muscular, marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo em camundongos tratados com DOX. Métodos: Camundongos Swiss foram divididos aleatoriamente em cinco grupos (n = 70) sendo 14 animais em cada grupo: controle (C), tratados com quimioterapia (Q), treinamento (T), treinamento tratados com quimioterapia (TQ) e treinamento periodizado com a quimioterapia (TPQ). A doxorrubicina (DOX) (i.p.) foi aplicada semanalmente em um total de 11 mg / kg durante 3 semanas (semana 1: 4 mg; semana 2: 4mg; semana 3: 3mg). O treinamento resistido consistiu de 4 a 8 escaladas, com intensidade progressiva, 3 vezes por semana durante 3 semanas. Ao final da terceira semana, os animais foram eutanasiados. Resultados: o tratamento com DOX promoveu redução no peso corporal (-14,6%), atrofia dos músculos esqueléticos extensor digital longo (-22,6%), sóleo (-27,6%), diafragma (-30,4%), redução da espessura da parede do ventrículo esquerdo (-42,5%) e perda de força (-29,6%). Peroxidação lipídica local, caracterizada por concentração muscular elevada de MDA (+62%) e concentração plasmática elevada de IL-6 (13,9%) também foi demonstrada em animais tratados com quimioterapia em comparação ao grupo controle (P<0,05). O treinamento periodizado em relação a quimioterapia, mas não o não periodizado, preveniu a atrofia do músculo sóleo (57,2%), EDL (33,3%) e diafragma (21,6%), perda de força muscular (77,3%) e peroxidação lipídica muscular (-53,2%), ambos com p<0,05. Conclusão: O treinamento periodizado com a quimioterapia, mas não o não periodizado, atenua a atrofia muscular induzida pela doxorrubicina, perda de força e dano oxidativo muscular. Nesse sentido, à periodização demonstra ser importante na prescrição de exercícios durante a quimioterapia.Item Fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) em idosas: associação com aptidão física e os efeitos do exercício físico multicomponente(2021-06-25) Imaizumi, Mayara; Teixeira, Denilson de Castro; Mazo, Giovana Zarpellon; Cabrera, Marcos Aparecido SarriaIntrodução: A prática regular de atividade física parece modular o nível de BDNF (Brain-Derived Neurotrophic Factor) periférico de idosos, embora os benefícios possam variar de acordo com o tipo de exercício. Apesar disso, a relação entre a aptidão física e os níveis de BDNF periférico, particularmente de idosas, ainda não é bem estabelecida na literatura. Objetivo: Analisar a associação do nível de BDNF com a aptidão física de idosas fisicamente independentes e investigar os efeitos de dois programas de exercícios físicos (Treinamento Funcional e Pilates solo) sobre os níveis de BDNF e aptidão física. Métodos: 139 idosas participaram das avaliações iniciais e foram inclusas nas análises de associação. Dessas, 90 participaram das intervenções. Para caracterização da amostra foram coletadas informações sociodemográficas e medidas antropométricas para o cálculo do IMC. Para avaliar a aptidão física, utilizou-se o Short Physical Performance Battery (SPPB), o teste de agilidade (AGI) da bateria da American Alliance for Health, Physical Education, Recreation & Dance (AAHPERD), o teste de seis minutos de caminhada (TC6) e o teste de preensão manual (PMAN), utilizando um dinamômetro hidráulico. O nível de BDNF foi mensurado pelo teste imunofluorimétrico multiplex de microesferas para a plataforma Luminex. Utilizou-se a versão brasileira da Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage versão reduzida (GDS-15) para determinação dos sintomas depressivos e a função cognitiva foi avaliada por meio da Avaliação Cognitiva de Montreal (MoCA). Foram realizados dois programas de exercícios físicos multicomponentes: Treinamento Funcional (TF) e Pilates solo (PS), realizados por 12 semanas, três vezes semanais, com sessões de aproximadamente 50 minutos. O grupo controle participou de um programa de Educação em Saúde (ES). Resultados: Em relação aos testes de aptidão física, observou-se apenas uma correlação positiva fraca com a velocidade de marcha habitual. Após dividir a amostra em quartis do nível de aptidão física, não houve efeito do grupo para o nível de BDNF. Após o período de intervenção, os grupos TF e PS apresentaram aumento significativo nos níveis de BDNF e apenas o grupo TF melhorou o desempenho em um dos testes de aptidão física (TC6). Conclusão: Não houve associação entre o nível de BDNF e a aptidão física de mulheres idosas. No entanto, as duas modalidades de programas de exercício físico multicomponente aumentaram os níveis de BDNF, sugerindo que o nível de BDNF pode não depender apenas da condição física do indivíduo, mas sim do estímulo constante de exercícios físicos que englobam diferentes capacidades físicasItem Efeitos de diferentes modalidades de exercício físico em variáveis de aptidão física e funcional de idosas com e sem síndrome da fragilidade(2021-04-15) Gomes, Bruna Prado; Teixeira, Denilson de Castro; Trelha, Celita Salmaso; Dascal, Juliana BayeuxA fragilidade é uma síndrome geriátrica, que está associada a desfechos clínicos adversos, destacando-se o declínio físico e funcional, que são consequências importantes e limitadoras das atividades de vida diária. Objetivo: Verificar os efeitos de 12 semanas de três diferentes tipos de intervenções, Pilates Solo (PS), Dança de salão (DS) e Treinamento Aeróbico (TA), no status de fragilidade e em variáveis de aptidão funcional de idosas com e sem síndrome da fragilidade. Métodos: Foram analisadas 54 idosas fisicamente independentes, residentes do município de Londrina-PR. Os dados sociodemográficos foram coletados mediante um questionário, e a síndrome da fragilidade pela Edmonton Frail Scale (EFS), que classificou as idosas em não-frágeis (NF) e vulneráveis/frágeis (VF). O controle postural foi coletado nas condições bipodal com olhos abertos e bipodal sobre uma espuma, avaliado pela plataforma de força (EMG SYSTEM –BIOMEC 400). A aptidão funcional foi avaliada pelo Short Physical Performance Battery (SPPB), teste de caminhada de seis minutos (TC6) e teste de agilidade e equilíbrio dinâmico. A força muscular foi avaliada pelo dinamômetro isocinético (Biodex System 4 Pro®), nas contrações musculares concêntrica, nas velocidades de 60°/s e 180º/s. Resultados: Foi observado a prevalência de VF em 37% das participantes do estudo; já em relação as intervenções, 34% das idosas do grupo PS eram VF, enquanto havia 52% na DS e 20% no TA. Ao final das intervenções, 18% das idosas VF migraram para a categoria NF, enquanto 4% passou da classificação NF para VF. Ao considerarmos as modalidades de exercício físico, foi notório para o grupo PS: redução de escore da EFS e nas variáveis de pico de torque de extensão e flexão na velocidade de 180º/s para NF (p<0,05). Já no grupo DS houve um aumento do escore do SPPB para NF e VF, aumento do pico de torque em extensão para VF e de flexão para VF e NF na velocidade de 60º/s, e melhora do equilíbrio estático com olhos abertos, tanto para NF como para VF (p<0,05 para todos). No TA ocorreu um aumento do escore do SPPB para NF, aumento do pico de torque em extensão para VF e de flexão para NF e VF (p<0,05). Conclusão: Após as 12 semanas das intervenções o número de idosas VF foi reduzido em 18% e em todas as intervenções houve melhora nos desempenhos das idosas, com magnitude maior para as idosas NF e para as idosas da intervenção de DSItem Determinantes demográficos, socioeconômicos, antropométricos e da aptidão física na hipotrofia muscular de idosos ingressantes em programa de mudança do estilo de vida(2020-12-16) Coelho, Salete Trevisan; Burini, Roberto Carlos; Manda, Rodrigo Minoru; Tomeleri, Crisieli MariaO envelhecimento é um processo progressivo e dinâmico associado a alterações fisiológicas, morfológicas, bioquímicas e psicológicas, ocasionando perdas e maior dificuldade de adaptação. A queda na qualidade de vida no envelhecimento resulta da interação de diversos fatores, em especial o estilo de vida e as doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT). A hipotrofia muscular, condição de redução quantitativa dos componentes estruturais e das funções celulares, culmina em diminuição funcional da massa muscular com alterações patológicas e comprometimento das atividades cotidianas. O estilo de vida moderno tem sido fator de risco para inúmeras doenças crônicas não-transmissíveis e quadros clínicos, dentre elas a hipotrofia muscular, condição associada a redução da força muscular e, consequente, declínio funcional. Portanto, o objetivo do estudo é entender a relação entre determinantes demográficos, socioeconômicos, antropométricos e de aptidão física na hipotrofia muscular e na diminuição do desempenho funcional, além de possíveis fatores ligados a hipotrofia muscular. Foi realizado estudo transversal, descritivo e analítico em 600 idosos (138 homens e 462 mulheres), ingressantes (2005-2019) de programa para mudança do estilo de vida. Foram realizadas as seguintes avaliações: anamnese clínica, aptidão física, composição corporal e antropométrica. O nível de significância considerado foi de p<0,05. A população estudada apresentou 10,3% de hipotrofia muscular (n=62), sendo 47 mulheres e 15 homens. Adicionalmente foram observados os seguintes quadros clínicos: 45,3% de obesidade, 27,0% de ergopenia, 10,2% de hipotrofia muscular associada a ergopenia, 2,8% de obesidade associada a hipotrofia muscular, 9,8% de obesidade associada a ergopenia e 2,8% de obesidade associada a ergopenia e a hipotrofia muscular. O Índice de Massa Muscular (IMM) apresentou correlações positivas e significativas com o Índice de Massa Corporal e com indicadores de aptidão física. O nível de atividade física, a flexibilidade e o VO2máx tiveram seus valores reduzidos à medida que os quadros clínicos foram associados, atingindo seus menores valores na obesidade associada a ergopenia e a hipotrofia muscular (p<0,05). O nível de atividade física abaixo do recomendado, a flexibilidade ruim e o baixo VO2máx estiveram associados como fator de risco para hipotrofia muscular. Após realizado o ajuste para o gênero, somente o VO2máx baixo continuou como fator de risco. A hipotrofia muscular está associada ao declínio de indicadores da aptidão física, sendo o baixo VO2máx como maior fator de risco para hipotrofia muscular em idosos.Item Efeito da variação do exercício no treinamento resistido sobre força e hipertrofia muscular em mulheres jovensOliveira, Witalo Kassiano Ferreira de; Cyrino, Edilson Serpeloni [Orientador]; Tricoli, Valmor Alberto Augusto; Libardi, Cleiton AugustoResumo: O objetivo deste estudo foi comparar as adaptações arquitetônicas e funcionais do músculo esquelético induzidas por um único programa de treinamento resistido com e sem variação dos exercícios por sessão Setenta mulheres jovens (18–35 anos) foram selecionadas para um ensaio clínico aleatorizado e controlado, sendo alocadas nos grupos com (VAR, n = 32) ou sem (N-VAR, n = 38) variação dos exercícios entre as sessões de treinamento resistido Am-bos os grupos foram submetidos a 1 semanas de treinamento para o corpo inteiro (quatro exercícios, duas séries/exercício, 8–15 repetições máximas, três sessões semanais) Os desfe-chos primários da presente investigação foram força máxima mensurada de diferentes formas (isoinercial, isocinética, isométrica) e espessura do tecido muscular em diferentes grupos musculares (coxa anterior, lateral e posterior, braço anterior e posterior) e comprimentos lon-gitudinais (porção proximal, média, distal) Para comparar os efeitos das duas intervenções foram adotadas equações de estimativa generalizadas de dois fatores fixos (grupo e tempo) com medidas repetidas Para as comparações entre as porções de um mesmo músculo também foi feita por meio do GEE com a porção (proximal, média, distal) como fator fixo Aumentos significantes (P < ,5) foram revelados para as medidas de espessura muscular em ambos os grupos (N-VAR: 4,6–16,3% vs VAR: 7,6–17,6%), sem diferenças entre eles (P > ,5) Similarmente, a força muscular foi aumentada significantemente nas diferentes manifestações analisadas (P < ,5), em ambos os grupos (N-VAR: 6,1–36,3% vs VAR: 9,7–33,6%), sem diferenças significantes entre eles (P > ,5) Apesar da semelhança entre os resultados encontrados em ambos os grupos, nossos resultados sugerem que a variação dos exercícios entre as sessões de treinamento pode promover uma hipertrofia mais homogênea, ou seja, em diferentes regiões de um mesmo grupamento muscular, diferente do encontrado na rotina sem variação Apesar disso, ambas estruturas de treinamento resistido se mostraram efetivas para o aumento de força muscular em mulheres jovensItem Análise da postura vertebral e da cinemática dos seios com diferentes suportes durante a corrida calçada e descalçaLeme, Juliane Cristina; Moura, Felipe Arruda [Orientador]; Macedo, Christiane de Souza Guerino; Campos, Mário HeblingResumo: A corrida é uma modalidade com grande número de adeptos Portanto, é importante entender como materiais esportivos podem auxiliar as mulheres, com atenção especial à coluna vertebral em função da movimentação dos seios Ainda, sabendo da importância de se analisar a cinemática dos seios em conjunto com as curvaturas da coluna, há uma consideração metodológica que deve ser ressaltada, relacionada ao processo de determinação do sistema de coordenadas local do tronco e as restrições de cada modelo biomecânico dependendo da análise a ser realizada Assim, o objetivo da presente Dissertação foi analisar a postura vertebral e a cinemática dos seios com diferentes suportes durante a corrida calçada e descalça, em dois estudos No estudo 1, foram avaliados diferentes modelos biomecânicos de tronco para determinação da cinemática relativa dos seios No estudo 2 foi avaliado o efeito de diferentes suportes de seios e calçados na cinemática dos seios e postura vertebral Dezessete mulheres, com idade entre 18 e 3 anos, realizaram uma tarefa de corrida em diferentes condições Para análise cinemática, foram posicionados marcadores sobre os mamilos, na face lateral do calcâneo e base do quinto metatarso (ciclos de passada) No tronco, foram avaliados três diferentes modelos biomecânicos (estudo 1), a saber: Modelo1 - recomendado pela Sociedade Internacional de Biomecânica; Modelo 2 - marcadores na fossa supraesternal, décima costela direita e esquerda; e a proposta do estudo, Modelo 3 - marcadores no processo xifóide e nas clavículas Os marcadores foram registrados por meio de câmeras do Sistema Optitrack® Para a análise das curvaturas da coluna, câmeras do Sistema Optitrack® em modo vídeo em escala de cinza foram posicionadas no plano posterior à participante, de modo a registrar marcadores refletivos fixados nas vértebras, da região cervical a sacral As variáveis foram deslocamento, velocidade, aceleração e aceleração negativa dos seios e curvatura torácica e lombar no momento do contato do calcâneo com o solo, curvatura neutra e curvatura torácica e lombar máxima nos planos sagital e frontal Para a análise estatística foram aplicados os testes de Equações de Estimativas Generalizadas, Correlação de Spearman e análise gráfica de concordância de Bland e Altman realizados nos softwares SPSS (v21) e MedCalc (v1641) com significância de 5% Os resultados do estudo 1 demonstraram haver interação entre as condições de modelo e suporte sobre as variáveis cinemáticas (p<,5) Também foi verificada correlação (variando de r=,2 a r=,98; p<,5) e concordância entre os modelos O Modelo 2 foi o que mais se aproximou do modelo sugerido pela SIB, uma vez que apresentou menos diferenças significativas nas variáveis cinemáticas, altas correlações e maior número de concordância No estudo 2 observou-se uma grande importância do suporte para diminuir o movimento dos seios durante a corrida, sendo o top esportivo o suporte mais recomendado Ainda, o calçado não foi um fator que contribuiu significativamente para redução do movimento dos seios Na análise da postura vertebral o top e o calçado esportivo foram capazes de gerar adaptações na coluna