Comportamento das variáveis isocinéticas durante o movimento de flexão-extensão e rotação interna-externa de ombros em homens jovens assintomáticos

Data

2022-09-30

Autores

Silva, Claudia Karine da

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Resumo

A articulação glenoumeral é considerada uma articulação instável pelo aspecto anatômico, entretanto, possui características biomecânicas capaz de promover um equilíbrio dinâmico entre estabilidade e mobilidade. O manguito rotador e os músculos escapulares são músculos responsáveis por proporcionar estabilidade a articulação glenoumeral e, portanto, tem um papel protetor no risco de lesões. Desequilíbrios musculares do ombro, indicados por baixos valores da relação de rotação interna-externa, têm sido observados em indivíduos com desproporcionalidade na articulação glenoumeral, considerados um fator de risco de lesão no ombro. A dinamometria isocinética é frequentemente utilizada para medir o pico de torque muscular aplicada ao longo de uma amplitude de movimento, em uma velocidade angular constante pré-determinada. O movimento isocinético pode ser analisado em três fases: fase de aceleração (FA) e fase da velocidade sustentada (FVS) também conhecida como faixa de carga (load range), onde a velocidade pré-selecionada é mantida e a fase de desaceleração (FD). O objetivo deste estudo foi comparar o desempenho isocinético, durante a velocidade sustentada, entre membros dominante e não dominante, dos movimentos de flexão-extensão, rotação interna-externa, nas velocidades de 60, 120, 180, 240 e 300 °/s e a relação agonista-antagonista, em jovens assintomáticos. Amostra composta por indivíduos do sexo masculino (n=18), não atletas, com idade entre 18 e 25 anos, assintomáticos. A avaliação foi realizada no modo isocinético concêntrico a 60, 120, 180, 240 e 300 °/s, para os movimentos de flexão-extensão e rotação interna-externa. Os dados extraídos foram processados com algoritmos Matlab ® específicos. Foram encontradas diferenças com significância entre os valores medianos na fase da velocidade sustentada para rotação externa a 60 °/s, pico de torque a 60 e 120 °/s e relação agonista-antagonista em todas as cinco velocidades. Na rotação interna, somente na fase da velocidade sustentada a 60, 120 e 180 °/s. Na flexão, na fase da velocidade sustentada a 60, 120 e 180 °/s, pico de torque a 60 e 180 °/s e relação agonista-antagonista a 60 e 300 °/s. Já para extensão a 240 °/s na fase da velocidade sustentada e 60 e 180 °/s no pico de torque. Os achados do estudo demonstram que os dados isocinéticos extraídos da fase da velocidade sustentada diferem quando comparados com o membro dominante e não dominante, nos quatros movimentos. Conclui que os percentuais mais altos da velocidade sustentada, normalizados pela amplitude de movimento e os maiores valores de pico de torque são em velocidades mais baixas (60, 120 e 180 °/s) independente da dominância. A relação agonista-antagonista se mostra dentro dos valores recomendados na maioria das velocidades, sugerindo bom controle muscular e comportamento dos movimentos realizados nesse estudo. Ainda, os achados podem colaborar na avaliação e programas específicos de treinamento e tratamento

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Palavras-chave

Ombro, Membro superior, Dinamômetro isocinético, Relação agonista-antagonista, Pico de torque, Educação física, Articulação dos ombros, Músculos, Lesões corporais

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