Suavidade do movimento da passada e predição da velocidade pico de corredores recreacionais de rua em velocidades submáximas
Data
2023-03-09
Autores
Cimonetti, Vitor
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Resumo
Criar alternativas que ajudem corredores recreacionais a melhorar o desempenho é importante para um melhor planejamento dos treinamentos. Em vista disso, é benéfico criar formas mais seguras e menos exaustivas de estimar a velocidade pico e verificar se movimentos de passada mais suaves durante a corrida estão relacionados com o tempo de contato com o solo, tempo de fase aérea, deslocamento do centro de massa e pico vertical de força de reação com o solo durante a corrida. Por isso, o objetivo do presente estudo foi mensurar e estimar as variáveis acima citadas em velocidades submáximas para verificar como estas variáveis são relacionadas com a suavidade da passada do corredor e se estas são capazes de explicar a velocidade pico. Participaram do estudo 26 corredores recreacionais de rua. No primeiro dia, os participantes realizaram um protocolo de velocidade pico em esteira e, no segundo dia, após calculados os valores relativos à velocidade de 80% da velocidade pico, foi capturada a cinemática do movimento da corrida. Os dados cinemáticos foram processados e tratados, foram considerados 10 passos para as análises e em seguida calculados o tempo de contato, tempo de fase aérea, deslocamento do centro de massa, estimativa de pico de força máxima de reação do solo e suavidade do calcâneo. No primeiro estudo, os resultados da correlação mostram que apenas o tempo de contato (R=-0,60; p=<0,001) e de fase aérea (R=0,41; p=0,01) apresentam correlação significativa com a velocidade pico, entretanto, quando realizada a regressão múltipla, apenas o tempo de contato foi incluído no modelo, indicando que o tempo de contato parece ser crítico na predição da velocidade pico. No segundo estudo, foram encontradas correlações significativas entre a suavidade do movimento e a massa do participante (R=-0,42; p=0,04), pico vertical de força de reação do solo (R=-0,50; p=0,04), tempo de fase aérea (R=-0,70; p=<0,005), tempo de contato (R=-0,51; p=0,01), e cadência (R=0,45; p=0,02). Conclui-se que a variável tempo de contato é uma variável crítica para a predição da velocidade pico enquanto as outras variáveis parecem ser de menor importância. Ainda, a suavidade do movimento pode ser uma métrica capaz de ser usada para entender o comportamento de variáveis biomecânicas em velocidades submáximas, pois um corredor com um movimento de passada mais suave está associado com maior cadência, menor tempo de contato, menor tempo de fase aérea e menor massa corporal.
Descrição
Palavras-chave
Corrida, Corredores recreacionais, Cinemática, Velocidade pico, Biomecânica, Suavidade da corrida