02 - Mestrado - Patologia Experimental

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    Resposta oxidativa e viabilidade da célula de carcinoma papilífero de tireoide, k1, após tratamento indireto com plasma físico frio
    Lens, Hannah Hamada Mendonça; Armani, Alessandra Lourenço Cecchini [Orientador]; Guarnier, Flávia Alessandra; Armani, André
    Resumo: O carcinoma de tireoide é considerado o tipo mais comum de câncer endócrino e uma das neoplasias que mais cresce em número de diagnósticos A incidência aumenta a cada ano, sendo o carcinoma papilífero de tireoide (CPT) o tipo mais prevalente A K1, diferentemente de outras linhagens, possui uma mutação em BRAF (V6E), que representa grande parte dos casos de CPT, e proteína p53 ativa, culminando numa linhagem única de carcinoma tireoidiano A linhagem de células de CPT- K1, é uma das linhagens que possui o menor número de estudos que discutem sua interação com espécies reativas (ER), pouco sabendo-se sobre ela nesse cenário O efeito das ER em células tumorais pode desempenhar papel tanto pró quanto anti-tumoral, justificando a necessidade de investigar o comportamento de carcinomas frente às espécies reativas Este trabalho teve como objetivo compreender os efeitos do tratamento indireto com plasma frio atmosférico de argônio, um gerador de ER mistas, na K1 Este plasma físico é um potente produtor de ER, principalmente peróxido de hidrogênio e espécies reativas de nitrogênio (ERN) Foi avaliado o comportamento da K1 com a terapia indireta com plasma e com cada uma dessas espécies por meio da caracterização tanto da viabilidade quanto do balanço redox das células de CPT Os tempos de irradiação (3, 6 e 12 segundos) com o plasma frio atmosférico, afetaram a K1 de forma a diminuir sua viabilidade, principalmente o tempo de 12 segundos (p<,1), e aumentar o estresse sofrido de forma significativa (p<,1) em todos os tempos Os resultados também mostraram que apenas altas concentrações de peróxido de hidrogênio (18µM) e nitroprussiato de sódio (doador de ERN) (4µM), foram capazes de afetar a célula K1 isoladamente, mostrando diminuições significativas (p<,5) nos parâmetros de viabilidade, tanto proliferativo quanto metabólico, e de estresse oxidativo sofrido pelas células (p<,5) É possível concluir, portanto, que a linhagem K1 sofre diminuição da viabilidade celular e aumento do estresse oxidativo com o tratamento indireto com plasma frio, principalmente no tempo de irradiação maior (12 segundos), conferindo ao plasma físico frio uma nova possibilidade terapêutica O peróxido de hidrogênio e as ERN também afetam a célula, isoladamente, principalmente em altas concentrações
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    Envolvimento dos polimorfismos rs28362491 de NFKB1 e rs696 de NFKBIA na infecção pelo papilomavírus humano
    Sena, Michelle Mota; Oliveira, Karen Brajão de [Orientador]; Hirata, Bruna Karina Banin; Ariza, Carolina Batista
    Resumo: O Papilomavírus Humano (HPV) consiste no agente etiológico da infecção sexualmente transmissível mais frequente do trato anogenital Embora, na maioria das vezes, sua presença não leve à manifestações clínicas, sendo uma infecção facilmente resolvida em grande parte dos casos, quando há a persistência por HPVs de alto risco em conjunto com características intrínsecas ao hospedeiro, tais como estado imunológico, padrões comportamentais e fatores genéticos, é possível que haja o desenvolvimento de lesões intraepiteliais escamosas, as quais podem evoluir para o câncer cervical (CC) caso não exista identificação e tratamento adequados No contexto da resposta imunológica, proliferação, diferenciação, apoptose, dentre outros, a via do NF-kB atua na regulação de inúmeros genes e alterações estruturais e/ou funcionais em componentes dessa via podem propiciar o desenvolvimento de diversos tumores Tendo em vista que a presença de alterações nesta via sob as circunstâncias da infecção pelo HPV, bem como as suas possíveis relações com as lesões induzidas pelo vírus e com o CC ainda não estão bem estabelecidas, o objetivo deste estudo foi avaliar a influência dos polimorfismos rs28362491 de NFKB1 e rs696 de NFKBIA na infecção por HPV e no desenvolvimento de lesões pré-neoplásicas e neoplásicas em 334 pacientes do sexo feminino Para tal, as amostras foram submetidas à Reação em Cadeia da Polimerase para detecção viral e posterior restrição enzimática para genotipagem dos polimorfismos, cujos resultados foram observados em gel de poliacrilamida 1% corado com nitrato de prata Por meio da aplicação de questionário, foram obtidas informações socio-demográficas e de comportamento sexual das pacientes O vírus esteve presente em 163 mulheres, sendo mais frequente entre aquelas que desconheciam o vírus, com idade =24 anos, fumantes, solteiras e que tiveram =4 parceiros sexuais durante a vida As pacientes com lesões precursoras declararam ter tido mais parceiros durante a vida do que aquelas com resultado citológico normal, enquanto que, quando comparadas a estas últimas, as pacientes com CC relataram desconhecer as formas de transmissão do vírus, apresentaram idade =55 anos, em sua maioria viúvas, com baixa escolaridade, renda mensal <1 salário mínimo, que tiveram =5 gestações, cujos partos foram, em geral, do tipo normal Quanto aos polimorfismos, os genótipos de NFKB1 homozigotos para inserção (II) e AA para NFKBIA, quando combinados por meio de regressão logística multinominal com valores ajustados para fatores confundidores, demonstraram exercer papel protetor contra a infecção pelo HPV, não sendo observada influência sobre o desenvolvimento de lesões e progressão para o CC Assim, o presente trabalho demonstrou pela primeira vez que os polimorfismos rs28362491 e rs696 estão envolvidos com a proteção contra a infecção pelo HPV Tendo em vista o resultado promissor, estudos adicionais permitirão compreender de que forma essas alterações genéticas atuam na situação de infecção e, por fim, uma maior população de estudo será necessária para a validação dos resultados encontrados
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    Plasticidade mitocondrial e de retículo sarcoplasmático em músculos com diferentes tipos de fibras e correlação com parâmetros oxidativos na pré-caquexia induzida por tumor de Walker-256
    Blegniski, Fernanda Paschoal; Guarnier, Flávia Alessandra [Orientador]; Souza, Helenir Medri de; Fernandes, Luiz Cláudio
    Resumo: A caquexia pelo câncer pode ser definida como síndrome multifatorial, na qual há perda contínua de massa muscular, com perda ou ausência de perda de massa gorda, que não pode ser totalmente revertida pela terapia nutricional convencional, conduzindo ao comprometimento funcional progressivo do organismo Esta síndrome é raramente identificada ou diagnosticada, e ainda com menor frequência, tratada e representa causa direta de mortalidade em até 4% dos pacientes A perda de massa muscular, característica proeminente da caquexia, surge através de uma combinação de hipoanabolismo, com aumento do catabolismo de proteínas miofibrilares No entanto, a perda muscular durante a progressão da caquexia pelo câncer ocorre de forma distinta em diferentes tipos de fibras musculares Assim, o presente trabalho objetivou avaliar a plasticidade mitocondrial e do retículo sarcoplasmático (RS) em músculos esqueléticos com diferentes tipos de fibras, de ratos Wistar portadores da forma sólida do tumor de Walker-256 no estágio de pré- caquexia, assim como investigar o envolvimento do estresse oxidativo nestas alterações, por meio do tratamento com um antioxidante que tem demonstrado atuar positivamente sobre a atrofia Após 5 dias de implantação tumoral, foram coletados os músculos sóleo e extensor longo dos dedos (EDL) A caracterização de parâmetros fisiológicos foi realizada para classificação do estágio de caquexia A área de secção transversa foi determinada por morfometria Os parâmetros de estresse oxidativo foram analisados através das técnicas de quimiluminescência estimulada por terc-butil hidroperóxido (QL), quantificação de proteínas carboniladas e quantificação de glutationa reduzida (GSH) e oxidada (GSSG) Análises quantitativas mitocondriais e de RS foram determinadas por microscopia eletrônica A implantação tumoral promoveu diminuição no peso corpóreo dos animais compatível ao estágio de pré-caquexia, seguido de perda significativa de peso do músculo EDL (-15,33%), contrastando com uma pequena perda demonstrada pelo músculo sóleo (-5,14%) As áreas de secção transversa revelaram fibras atróficas no sóleo e EDL, parcialmente prevenidas no grupo tumor tratado com N-acetilcisteína (T5NAC) Os níveis de GSH do sóleo foram significativamente menores no grupo tumor (T5) (5,4 ± ,78 mmol / mg de proteína) quando comparados com o grupo controle (C5) (7,49 ± 2,34) Houve aumento significativo na curva de quimiluminescência em T5 somente no músculo EDL, parcialmente prevenida em T5NAC Os músculos EDL e sóleo não apresentaram alterações na quantificação de grupos carbonílicos O volume do RS diminuiu no grupo T5, tanto no músculo EDL (18,89%) quanto no sóleo (22,9%) em relação ao grupo C5 Contudo, apenas as fibras do músculo EDL de T5 mostraram volume mitocondrial significativamente reduzido, totalmente revertido em T5NAC Ainda, o tratamento foi capaz de promover fissão nas mitocôndrias no grupo T5NAC do músculo EDL Com base nos resultados apresentados, pode-se concluir que durante a fase de pré-caquexia, a perda de massa muscular, acompanhada de alterações oxidativas e ultraestruturais ocorre primariamente em músculo com metabolismo predominantemente glicolítico, o EDL Entretanto, adaptação de RS pode ser observadas no músculo sóleo, independentemente da ocorrência de perda de massa muscular ou alteração oxidativa
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    Atividade leishmanicida e hepatoprotetora da Concanavalina-A na infecção experimental por L. amazonensis
    Alvarenga, Daniele Sapede; Costa, Ivete Conchon [Orientador]; Loyola, Wagner; Silva, Suelen Santos da
    Resumo: A leishmaniose é considerada a sexta doença de maior importância pela Organização Mundial da Saúde (WHO) É causada por protozoários flagelados do gênero Leishmania e é responsável por um espectro de desordens em animais e humanos O curso da doença é determinado pela resposta imunológica, no qual citocinas como interferon-? (IFN-?), fator de necrose tumoral- a (TNF-a) e espécies reativas de oxigênio (ROS) representam importantes elementos para controlar a doença Vários estudos têm mostrado o potencial imunomodulador da concanavalina-A (Con-A) em infecções experimentais Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a resposta imunológica de camundongos pré-tratados com Con-A ou PBS e infectados por Leishmania amazonensis e verificar se o tratamento é eficiente para modular o curso da infecção Neste estudo, camundongos BALB/c foram pré-tratados intraperitonealmente com Con-A (25µg mL-1 PBS) ou PBS (25µL) por 72h e infectados com 17 promastigotas para avaliar a migração celular, citocinas, produção de NO, ROS e o aspecto histológico do fígado Foi encontrado maior número de linfócitos e macrófagos após o tratamento com Con-A no começo da infecção que no grupo PBS O percentual de macrófagos infectados pré-tratados com Con-A in vivo foi significantemente maior quando comparado com o grupo PBS Macrófagos pré-tratados com Con-A e infectados eliminaram mais Leishmania Um significante aumento da produção de TNF-a e IFN-? também foram observados Encontramos níveis de ROS em 3 minutos após a infecção no grupo Con-A mas não no grupo PBS O número absoluto de células por área de infiltrado no fígado do grupo Con-A foi significativamente reduzido quando comparado ao grupo PBS Nossos dados demonstram que Con-A teve um efeito imunomodulatório na leishmaniose experimental, sugerindo que a estimulação inicial em macrófagos leva ao aumento da eliminação de parasitas devido à produção de NO e ROS no sítio inflamatório, prevenindo injúria hepática na fase crônica da doença
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    Avaliação da reativação do citomegalovírus em pacientes com sepse
    Silva, Taylon Felipe; Conchon-Costa, Ivete [Orientador]; Simão, Andréa Name Colado; Tavares, Eliandro Reis
    Resumo: A sepse é uma síndrome patológica com anormalidades bioquímicas induzida por infecção É definida como uma disfunção orgânica com ameaça iminente a vida desencadeada por uma resposta do hospedeiro desregulada frente a uma infecção É caracterizada por uma reposta heterogênea do hospedeiro frente a um patógeno, amplificada por diversos fatores endógenos que ativam precocemente respostas pró-inflamatórias e anti-inflamatórias de forma compensatória O Citomegalovírus Humano (CMV)ou Betaherpesvirus Humano tipo 5, pode ser transmitido por diversassecreções corporais A infecção pelo CMV acomete ,5 a 1,% de todos os recém-nascidos e a soroprevalência em algumas regiões desenvolvidas, como França eAlemanha, variam de 4 a 6%, enquanto as populações em desenvolvimento podemvariar de 8 a 1% A reativação do CMV tem sido amplamente associada à sepsebacteriana, e provavelmente resulta do processo inflamatório característico dessequadro A reativação ocorre em aproximadamente 3%dos indivíduos com sepse semimunossupressão Está associada com uma maior permanência de pacientes nasUTIs, prolongamento da necessidade de ventilação mecânica e aumento de mais de8% da taxa de mortalidade Além disso, a reativação de CMV em pacientes comquadro de sepse já foi descrita como sendo fator de pior prognóstico clínico, comaumento significativo de morbimortalidade, estando diretamente associado comdisfunção orgânica severa e desequilíbrio hemodinâmico Os objetivos deste trabalhoforam identificar quais fatores imunobiológicos e clínicos relacionados a reativação docitomegalovírus que poderiam estar envolvidos na disfunção orgânica presente nasepse e sua relação com o prognóstico e desfecho clínico destes pacientes Este éum estudo de coorte prospectivo observacional realizado no Hospital Universitário deLondrina, Paraná, Brasil (HU-UEL) entre maio e outubro de 217, que avalia areativação do CMV em pacientes diagnosticados com sepse Os pacientesdiagnosticados com sepse a no máximo sete dias e que eram sorologicamentepositivos para IgG anti-CMV foram incluídos para participarem do estudo No períododo estudo 168 pacientes foram diagnosticados com sepse e avaliados quanto aoscritérios de inclusão e exclusão, 56 fizeram parte deste estudo e destes 1 (17,58%) apresentavam carga viral condizente com o processo de reativação do CMVVerificamos aumento nos níveis plasmáticos de oxido nítrico e interleucina 1(p<,1) no grupo reativado Houve ainda aumento significativo de creatinina séricae redução do débito urinário de 24 horas correlacionados com IL-1 e carga viral doCMV, demonstrando uma associação entre o processo de reativação e insuficiênciarenal presente na sepse O grupo reativado ainda apresentou 2,1 vezes mais risco dedesenvolver choque séptico e até 2,5 vezes mais risco em 28 dias de mortalidade Areativação do CMV pode aumentar as taxas de mortalidade entre pacientes com sepsee nossos dados sugerem que IL-1 e NO possam estar envolvidos neste processo
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    Produção e caracterização imunoquímica da atividade biológica de anticorpos anti-K88 e F41
    Cheirubim, Ana Paula; Venâncio, Emerson José [Orientador]; Ono, Mário Augusto; Panagio, Luciano Aparecido
    Resumo: As doenças infecciosas são a causa de 2% das perdas na produção animal em todo o mundo Dentre as enfermidades entéricas que levam a perdas na suinocultura, a colibacilose é uma das mais importantes Em suínos, as Escherichia coli enterotoxigênicas (ETECs) associadas a distúrbios entéricos expressam as fímbrias K88 (F4), K99 (F5), 987P (F6), F41, F42 e F18 Neste estudo, investigamos a produção de anticorpos IgY em galinhas poedeiras White Leghorn e anticorpos IgG em coelhos Nova Zelândia contra proteínas de fímbrias K88 e F41 de ETEC As amostras de ovos e soros de ambas as espécies foram coletadas ao longo do experimento para análise dos seguintes parâmetros: níveis e títulos de anticorpos às proteínas fimbriais e E coli, perfil dos antígenos reconhecidos pelos anticorpos produzidos e o efeito antibacteriano de IgY do ovo e dos soros sobre o crescimento de E coli K88+ Os resultados obtidos mostraram que galinhas e coelhos responderam de modo semelhante aos antígenos utilizados Os soros e os anticorpos IgY não imunes parcialmente purificados de ovos têm a capacidade de reconhecer diversos antígenos de E coli K88+ e E coli F41+, inclusive os antígenos fimbriais K88 e F41 Além disso, foi observado um aumento da reatividade às fímbrias K88 e F41 após as imunizações Já os soros não imunes de coelhos apresentaram um baixo reconhecimento dos antígenos de E coli K88+ e E coli F41+ e as imunizações influenciaram apenas em relação às proteína usadas na indução de resposta Os soros (não imune e imune) de galinhas foram capazes de interferir no crescimento bacteriano da cepa K88, enquanto os soros de coelhos não mostraram a mesma atividade antimicrobiana Quanto às propriedades imunoquímicas de anticorpos IgY obtidos das gemas, os resultados mostraram que houve um aumento dos títulos de IgY anti-K88 A avidez de IgY da gema permaneceu elevada do início ao término do experimento, e assim como no soro, apresentou um reconhecimento prévio das bactérias e após as imunizações foi observado um aumento da resposta somente para o antígeno corresponde à fímbria K88 Em todas as concentrações avaliadas neste trabalho, IgY imune e não imune foram capazes de inibir o crescimento de E coli K88+ Em conclusão, os anticorpos de mamíferos e aves apresentarem propriedades imunoquímicas semelhantes No entanto, apenas anticorpos de aves mostraram a capacidade de reconhecer as fímbrias presentes na ETEC e interferir no crescimento de ETEC K88+ Portanto, a inibição bacteriana demonstrada pelos anticorpos IgY sugere que estes anticorpos oferecem aplicabilidade para tratamento e prevenção de doenças entéricas como a colibacilose uma alternativa para a produção de anticorpos policlonais em mamíferos
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    Vírus do tumor Mamário Humano (MMTV-like) : correlação com prognóstico no câncer de mama
    Pereira, Nathália de Sousa; Watanabe, Maria Angelica Ehara [Orientador]; Faccin-Galhardi, Ligia Carla; Hirata, Bruna Karina Banin; Amarante, Marla Karine [Coorientadora]
    Resumo: Câncer de mama é uma doença heterogênea e complexa cuja evolução depende da interação entre tumor e hospedeiro Este tipo de câncer ocorre quando células mamárias benignas começam a se proliferar descontroladamente, e assim podem invadir tecidos adjacentes ou promover metástases O vírus do tumor mamário de camundongo (MMTV) tem sido sugerido como agente etiológico do câncer de mama murino A identificação de uma sequência similar ao MMTV, chamada de MMTV-like ou vírus do tumor mamário humano (HMTV), tem suportado a teoria do envolvimento viral na patogênese do câncer de mama humano No entanto, várias questões-chave ainda não estão claras, como o significado clínico de sua infecção e seu papel na patogênese do câncer de mama Assim, este estudo teve como objetivo detectar a presença de DNA do HMTV em 216 amostras de tecidos de tumores mamários humanos e em 32 amostras de sangue periférico e correlacionar com os parâmetros clínico patológicos, tais como idade, tamanho tumoral, grau histológico, acometimento de linfonodos, entre outros A sequência de 251pb referente ao gene env do HMTV foi obtida por nested-PCR e os produtos foram submetidos à eletroforese em gel de poliacrilamida a 1% O sequenciamento foi realizado para confirmar a amplificação do gene estudado As análises estatísticas foram realizadas utilizando o coeficiente de correlação de Tau-b de Kendall A sequência viral foi verificada em 19,% (n = 41) do tecido mamário tumoral e em 53,1% (n = 17) das amostras de sangue periférico Em nosso estudo, não houve correlação significativa entre a presença do DNA viral e parâmetros clínico patológicos no câncer de mama geral e nem nos subtipos Luminal A e triplo negativo com os parâmetros clínico patológicos Para o subtipo Luminal B, a presença do DNA do HMTV foi correlacionada a menor estadiamento TNM do câncer de mama (t = -,382, p = ,42) Mesma correlação foi observada no subtipo HER2-superexpresso (t = -,551, p = ,1), além de estar associada a ausência de acometimento de linfonodos neste subtipo molecular de câncer de mama (t = -,559, p = ,15) Em relação às amostras de sangue periférico, foi observada uma tendência de correlação entre a presença do DNA viral com menor idade ao diagnóstico (t = -,355, p = ,53) e com a ausência de comprometimento de linfonodos (t = -,4, p = ,51) Embora mais estudos sejam necessários para esclarecer os mecanismos pelos quais o vírus pode afetar o prognóstico das pacientes e participar da patogênese do câncer de mama, os resultados obtidos no presente estudo mostram pela primeira vez a presença de DNA do HMTV em amostra de tecido mamário tumoral e sangue periférico de pacientes brasileiras Além disso, é a primeira vez que uma análise de correlação entre os parâmetros clínico patológicos e o DNA viral em subtipos moleculares de câncer de mama é realizada
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    Nanopartículas biogênicas de prata : ação contra formas taquizoítas da cepa RH de Toxoplasma gondii em células HeLa
    Machado, Laís Fernanda; Costa, Idessania Nazareth da [Orientador]; Nakazato, Gerson; Oliveira, Francisco José de Abreu
    Resumo: Devido à dificuldade no tratamento da toxoplasmose e toxicidade apresentada pelos fármacos convencionais (sulfadiazina e pirimetamina), como supressão de atividade da medula óssea e interação indistinta com os processos bioquímicos tanto do parasito quanto do hospedeiro, outros compostos vêm sendo pesquisados como tratamento alternativo para esta infecção Neste contexto, nanomateriais vem demonstrando sucesso como ferramenta alternativa no tratamento de infecções, com destaque neste âmbito às nanopartículas biogênicas de prata (AgNp-Bio) que, de forma geral, apresentam baixa toxicidade (dependente do tamanho e concentração utilizada) Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a ação das AgNp-Bio em células HeLa frente à infecção pela cepa RH de Toxoplasma gondii Primeiramente, foi realizado teste de viabilidade celular através de MTT e caracterização das AgNp-bio para verificar seu tamanho médio Em seguida, foi realizada a infecção experimental, com células HeLa (1x15) infectadas por taquizoítas de T gondii (5x15) e tratadas com AgNp-Bio ou tratamento convencional Posteriormente, foi determinado o nível de citocinas padrão Th1 e Th2 no sobrenadante de células infectadas, assim como a quantidade de Óxido Nítrico (NO) e Espécies Reativas de Oxigênio (ROS) Os resultados demonstram que AgNp-Bio apresentou tamanho médio de 69nm de diâmetro e obteve toxicidade dose dependente, mantendo as células viáveis nas concentrações de 3 e 6 µM Além disso, AgNp-Bio nas concentrações de 3 e 6µM promoveram redução da adesão dos parasitos (51% e 56%), redução no índice de células infectadas (78% e 9%) e inibição da proliferação intracelular de taquizoítas (82% e 94%), respectivamente Também foi observada tanto uma modulação da resposta inflamatória (com redução de IL-8) quanto baixa produção de NO e ROS, sugerindo ação direta das AgNp-Bio sobre o parasito Diante desses apontamentos, este foi um trabalho pioneiro que destacou a ação anti-T gondii das nanopartículas de prata sintetizadas de forma biogênica Assim, segundo nossos resultados, além de imunomodular IL-8, essas nanopartículas demonstraram ter a capacidade de reduzir a proliferação do parasito sem a produção de ROS e NO Dessa forma, esses resultados somam-se ao crescente número de pesquisas que apoiam a necessidade de explorar o potencial de AgNp-Bio dentro da esfera nanomédica e em estudos com T gondii, uma vez que apresentam resultados promissores como alternativa terapêutica na toxoplasmose
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    Efeito da hiperhomocisteínemia e do exercício físico, isolados ou associados, sobre o sistema genital de camundongos machos adultos
    Santos, Dayane Priscila dos; Fernandes, Glaura Scantamburlo Alves [Orientador]; Costa, Idessania Nazareth; Ceravolo, Graziela Scalianti; Deminice, Rafael [Coorientador]
    Resumo: Hyperhomocisteínemia é caracterizada pela elevação dos níveis plasmáticos de homocisteína devido ao desequilíbrio ou comprometimento em seu metabolismo Defeitos nas enzimas envolvidas na via de remetilação e na via de transulfuração, assim como deficiência nos níveis de vitaminas do complexo B ou outros fatores nutricionais são as principais causas da hiperhomocisteínemia A hiperhomocisteínemia induz ao estresse oxidativo e por isso tem sido associada a deficiência na espermatogênese e função espermática No entanto, pouco se sabe sobre sua interação com os órgãos do sistema genital masculino Outro fator relacionado ao estresse oxidativo e mudanças no sistema de defesa antioxidante é o exercício físico As funções testiculares (espermatogênese e esteroidogênese) podem ser prejudicadas ou favorecidas, de acordo com o tipo, intensidade e duração do exercício físico Neste contexto, o estudo buscou avaliar os efeitos da hiperhomocisteínemia e do exercício físico, isolados ou associados, desde a fase puberal até a fase adulta sobre os órgãos do sistema genital masculino de camundongos Swiss Para isso, 48 camundongos foram distribuídos aleatoriamente em quatro grupos experimentais (C, H, E e H+E) e tratados durante 52 dias Para indução de hiperhomocisteínemia os animais receberam diariamente via gavagem 1g/Kg de peso de dl-homocisteína thiolactona (diluída em água filtrada) e o exercício físico foi realizado por corrida voluntária em rodas de exercício adaptadas às caixas de biotério Ao fim do período experimental os animais foram anestesiados por inalação de isoflurano e submetidos à eutanásia O sangue foi coletado para determinação da concentração de testosterona Os testículos e epidídimos foram coletados, pesados e utilizados para contagem espermática, análises morfológicas e histopatológicas, determinação do perfil inflamatório, avaliação da peroxidação lipídica e atividade da catalase Além disso, foi realizada dosagem de colesterol testicular Os ductos deferentes foram coletados, pesados e deles foram obtidos espermatozoides para análises de morfologia, integridade acrossômica, atividade mitocondrial e motilidade As próstatas e tecido adiposo periepididimal foram coletados, pesados e descartados A hiperhomocisteínemia, isolada ou associada ao exercício físico, causou alterações morfométricas e hitopatológicas no testículo Não houve aumento atividade de mieloperoxidase, aumento da lipoperoxidação ou comprometimento da atividade da catalase no testículo, porém houve elevação nas concentrações de colesterol No epidídimo, independente do tratamento houveram alterações morfométricas na região da cabeça Não houve aumento atividade de mieloperoxidase, aumento da lipoperoxidação ou comprometimento da atividade da catalase no epidídimo Apesar das alterações teciduais, a produção de testosterona e a qualidade espermática não foi prejudicada Conclui-se que a hiperhomocisteínemia, isolada ou associada ao exercício físico, desde a fase puberal até a fase adulta causa alterações estruturais testiculares Essas alterações não estão relacionadas com aumento de lipoperoxidação e comprometimento da atividade da enzima catalase Desta forma, propomos que as alterações observadas estão relacionadas ao processo de homocisteinização Além disso, a hiperhomocisteínemia e o exercício físico, isolados ou associados, acarretam em modificações teciduais na cabeça epididimária Apesar das alterações estruturais observadas, a fisiologia testicular e epididimária não foram alteradas e a qualidade espermática foi preservada
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    Resolvina D1 reduz a inflamação e hiperalgesia induzida por cristais de urato monossódico por mecanismos dependentes do inflamassoma NLRP3 e maturação da IL-1B
    Zaninelli, Tiago Henrique; Verri Junior, Waldiceu Aparecido [Orientador]; Kwasniewski, Fábio Henrique; Ceravolo, Graziela Scalianti
    Resumo: A artrite gotosa (AG) é caracterizada por uma intensa resposta inflamatória aos cristais de urato monossódico (MSU), induzindo dor severa As terapias atuais, muitas vezes são pouco eficazes na redução da dor em casos de gota Resolvina D1 (RvD1) é um mediador lipídico pró-resolução derivado do ácido graxo poliinsaturado ?-3, ácido docosahexaenóico (DHA) Este mediador possui propriedades anti-inflamatórias e analgésicas Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos protetores da RvD1 em modelos experimentais de AG in vivo e in vitro Camundongos foram tratados com RvD1 (,3, 3 ou 3 ng/animal) ou veículo (3,2% de etanol em salina) ,5 h antes da injeção intra-articular de MSU (1 µg/articulação) Em outros experimentos, os camundongos foram tratados com RvD1 (3 ng / animal / intraperitonealmente [ip]) ou veículo, 72, 48, 24 ou ,5 h antes da injeção de MSU Foi observado que a RvD1 inibiu a hiperalgesia mecânica induzida por MSU de maneira tempo dependente RvD1 também reduziu o recrutamento de leucócitos induzidos por MSU (leucócitos totais, neutrófilos e células mononucleares), sinovite e produção de citocinas pró-inflamatórias, IL-1ß e TNF-a in vivo In vitro, RvD1 reduziu a maturação da IL-1ß no sobrenadante de macrófagos derivados da medula óssea (BMDM), indicando a inibição da ativação do inflamassoma Além disso, RvD1 reduziu a ativação do NF-?B, expressão de RNAm dos componentes do inflamassoma (Nlrp3, Asc, Pro-caspase-1 e Pro-il-1ß) e níveis de expressão de suas proteínas (NLRP3 e ASC) in vitro Desta forma, foi demonstrado que a RvD1 possui propriedade anti-inflamatória e analgésica no modelo animal de AG induzida por MSU
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    O efeito do trolox e da curcumina sobre a ação da dacarbazina em células de melanoma murino (B16F10)
    Souza, Paola Gomes Benício; Cecchini, Rubens [Orientador]; Costa, Ivete Conchon; Souza Neto, Fernando Pinheiro de
    Resumo: Pesquisas, continuamente, vêm abordando o aumento anual de novas ocorrências do melanoma para o câncer de pele no mundo, o que tem despertado uma preocupação com o crescimento da taxa de mortalidade deste tipo de câncer de pele com característica altamente invasiva e na maioria das vezes, mortal em casos de melanoma com metástase Estudos têm relatado um cenário controverso quanto ao uso de antioxidantes para tratamento do melanoma Mediante a essa questão, nosso trabalho analisa a interferência do estresse oxidativo (EO) causado pela ação do quimioterápico DTIC na célula B16F1 e a interferência do pré-tratamento por antioxidantes como o trolox (análogo da vitamina E) e a curcumina (antioxidante natural derivado da planta curcuma longa L) na ação da Dacarbazina in vitro Para a realização da pesquisa, fizemos o uso da linhagem celular de melanoma murino B16F1 Foram conferidas três etapas de tratamento in vitro nesse experimento: com Trolox (análogo VIT E); com curcumina; e com Dacarbazina (DTIC) Em cada etapa, foram realizados testes para verificar a citotoxicidade e a proliferação celular do quimioterápico em todos os pré-tratamentos Os grupos testados foram Trolox 5µM, Curcumina 1µM e Trolox µM + Curcumina 1µM Depois de 24 horas de pré-tratamento, os grupos citados foram tratados com Dacarbazina 5 µg/ml por mais 24 horas Encontramos uma maior citotoxicidade em relação ao controle e ao grupo Dacarbazina quando as células são pré tratadas com curcumina Também, no grupo DTIC+curcumina houve uma diminuição significativa na proliferação celular das células B16F1 em relação à Dacarbazina isolada Considerando que a disseminação do melanoma evolui em face do EO, no qual lipoperóxidos são formados, também, analisamos o quimioterápico DTIC e seu impacto na lipoperoxidação das células B16F1 e notamos um aumento significativo, quando as células são pré tratadas com curcumina (p<5) Concluímos, nesta pesquisa, que a curcumina, aplicada experimentalmente nas células B16F1 in vitro, apresentou atividade citotóxica e antiproliferativa, potencializando a ação do quimioterápico Dacarbazina quando utilizada como pré-tratamento
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    Exposição ao cloreto de alumínio prejudica a morfologia testicular e prostática de ratos durante o período peripuberal
    Leal, Franciely Aparecida Vaz Dantas; Fernandes, Glaura Scantamburlo Alves [Orientador]; Araújo, Eduardo José de Almeida; Guerra, Marina Trevizan
    Resumo: Os metais podem apresentar graves consequências sobre o desenvolvimento do sistema reprodutivo masculino, diretamente, quando prejudicam órgãos reprodutivos específicos, ou indiretamente, quando provocam uma reação no sistema neuroendócrino Entre eles, o alumínio (Al) é o metal mais amplamente distribuído no ambiente sendo o terceiro elemento mais abundante na crosta terrestre A puberdade compreende um período de complexo desenvolvimento sexual, envolvendo mudanças físicas, comportamentais e hormonais, através das quais ocorre a maturação sexual e a obtenção da capacidade reprodutiva As investigações em humanos e em animais experimentais tem encontrado associação entre a exposição ao Al e a toxicidade do sistema reprodutor masculino em adultos, porém, pouco se conhece sobre os efeitos desse metal durante o período peripuberal Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar se a exposição ao cloreto de alumínio (AlCl3), durante o período peripuberal, pode afetar o desenvolvimento testicular e prostático em ratos Ratos machos Wistar foram divididos em três grupos experimentais, sendo dois grupos tratados com AlCl3 (em solução salina estéril ,9%) nas doses de 7 mg/Kg (grupo AL7) ou 34 mg/Kg (grupo AL34) de peso corpóreo via intraperitoneal do dia pós natal (DPN) 36 ao 66 (período peripuberal) O terceiro grupo (controle) recebeu apenas o veículo Ao final do período experimental, os animais foram anestesiados, pesados e submetidos à eutanásia Foram avaliados peso dos órgãos reprodutivos: testículo, epidídimo, próstata, glândula seminal e ducto deferente; morfologia espermática e produção diária de espermatozoides (PDE); histopatologia e morfometria testicular e prostática, contagem de célula de Sertoli e marcação imunohistoquímica para receptor de andrógeno (AR) nos testículos; contagem de mastócitos na próstata; avaliação da atividade de mieloperoxidase (MPO) e N-acetyl glicosidase (NAG) e determinação dos níveis de citocinas IL1-ß, IL-6, IL-1 and TNF-a nos testículos e IL-6 na próstata; dosagem de testosterona plasmática Não foram observadas diferenças no peso dos órgãos reprodutivos, dosagem de testosterona, e número de mastócitos Os animais do grupo AL34 apresentaram diminuição no peso corpóreo, contagem espermática e PDE em comparação aos demais grupos A morfologia espermática mostrou-se alterada nos animais do grupo AL7 comparado com os demais grupos experimentais Houve diminuição no número de células de Sertoli e no número de células de Sertoli imunomarcadas para AR nos testículos no grupo AL34 em relação aos demais grupos experimentais As análises histopatológicas dos testículos mostraram aumento significativo no número de túbulos seminíferos anormais nos animais do grupo AL34 A atividade de MPO foi elevada nos testículos e próstatas dos animais AL34 Nos testículo, houve aumento da citocina TNF-a no grupo AL34 e aumento de IL-1 no grupo AL7 Não houve diferença significativa na análise morfométrica dos testículos entre os grupos experimentais As análises estereológicas na próstata demonstraram aumento no estroma e diminuição no lúmen dos animais do grupo AL7 e AL34 Dessa forma, podemos concluir que o cloreto de alumínio, durante o período peripuberal, na doses de 7 mg/Kg e 34 mg/Kg prejudica os parâmetros espermáticos e o desenvolvimento testicular e prostático em ratos
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    Lesão pulmonar aguda no escorpionismo experimental : comparativo entre peçonhas de dois representantes da família Buthidae da escorpiofauna brasileira
    Miyamoto, Jackson Gabriel; Kwasniewski, Fábio Henrique [Orientador]; Dionisio, Andressa de Freitas Mendes; Venâncio, Emerson José
    Resumo: O escorpionismo é importante assunto de saúde pública no Brasil e em vários países, sendo os escorpiões da família Buthidae envolvidos nos acidentes de importância médica No Brasil, os principais escorpiões dessa família são do gênero Tityus, cujos representantes respondem pela maioria dos acidentes Os Tityus serrulatus são os principais desencadeadores de acidentes graves no Brasil, quando edema pulmonar pode se instalar e está envolvido com o óbito Assim, a maioria dos estudos é desenvolvida com sua peçonha, tendo sido demonstrado que desencadeia inflamação sistêmica e pulmonar, com leucocitose, edema e influxo leucocitário para os pulmões Os escorpiões Rhopalurus rochai também pertencem à escorpiofauna brasileira e à família Buthidae; ocupando regiões de cerrado, pouco habitadas, não existem estudos epidemiológicos ou experimentais acerca da ação da sua peçonha no aparelho respiratório Investigamos comparativamente a fisiopatologia do escorpionismo experimental em ratos machos, induzido pela administração intravenosa (iv) das peçonhas de T serrulatus 2 µg/kg (pTs) e R rochai 2 µg/kg (pRr 2) ou 4µg/kg (pRr 4); animais controles receberam NaCl ,9% apirogênica iv em mesmo volume que as peçonhas Foram avaliados parâmetros pulmonares como a permeabilidade vascular por extravasamento de azul de Evans (aE, 3 minutos) e proteínas (por Bradford) no lavado bronco-alveolar (LBA, 4 e 24 horas), hemorragia pela quantificação da cianometahemoglobina (6 minutos), influxo de leucócitos (4 e 24 horas) para os pulmões pela atividade da mieloperoxidase (MPO) e da N-acetil-ß-D-glicosaminidase (NAG), e contagem no LBA, e produção de óxido nítrico (NO) nos pulmões pelo método de Griess modificado Foram avaliadas também a mobilização de leucócitos para o sangue (contagem total e diferencial por microscopia) e produção do NO no coração As peçonhas induziram aumento da permeabilidade vascular (3 minutos) no aparelho respiratório e acúmulo de proteínas nos pulmões após 24 horas, porém, ambos foram mais afetados pela pTs e só esta promoveu aumento da permeabilidade nos brônquios internos e pulmões, e acúmulo de proteínas em 4 horas A hemorragia ocorreu nos brônquios internos e pulmão do grupo pTs A atividade da MPO (4 e 24 horas) e NAG (24 horas), além da concentração de NO nos pulmões (4 e 24 horas), aumentou apenas no grupo pTs No LBA houve aumento de leucócitos e células mononucleares (4 horas) no grupo pRr 4, enquanto o grupo pTs apresentou aumento de polimorfonucleares da 4ª a 24ª hora quando também ocorreu leucocitose Alterações no leucograma ocorreram apenas no grupo pTs, com leucocitose, neutrofilia e linfopenia após 4; em 24 horas observou-se adicionalmente linfocitose e monocitose No coração, apenas a pRr 4 promoveu diminuição de NO abaixo dos controles Concluímos que a maioria das alterações avaliadas, ocorreram, e foram mais intensas com a pTs; a pRr não pode ser considerada atóxica, mas provavelmente é incapaz de induzir acidentes graves e morte
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    Análise do polimorfismo rs1801157 de CXCL12 na infecção pelo Papilomavírus humano (HPV) e no desenvolvimento de lesões cervicais
    Okuyama, Nádia Calvo Martins; Oliveira, Karen Brajão de [Orientador]; Ariza, Carolina Batista; Hirata, Bruna Karina Banin
    Resumo: O Papilomavírus Humano (HPV) é o principal agente etiológico no desenvolvimento de lesões cervicais que podem evoluir para o câncer cervical Entretanto, somente o vírus HPV não é suficiente para o desenvolvimento das lesões e do carcinoma cervical Neste contexto, mediadores imunes como as quimiocinas são importantes para o tráfego de leucócitos em processos biológicos como a inflamação e podem influenciar no desfecho da patologia Dentre estas se destaca a quimiocina CXCL12, a qual apresenta um polimorfismo genético na região 3’UTR, denominado rs181157 (g17289G>A), cujo papel biológico no prognóstico do câncer é controverso Até o momento não há estudos sobre a sua influência na infecção pelo HPV, assim como no desenvolvimento de lesões são escassos e contraditórios Desta forma, o presente estudo teve por objetivo avaliar a associação deste polimorfismo com a infecção pelo HPV e no desenvolvimento de lesões cervicais Dentre as 364 mulheres avaliadas, atendidas pelo Sistema Único de Saúde, o DNA viral foi detectado, em células do colo uterino por Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), em 169 pacientes O polimorfismo de CXCL12 foi analisado através de PCR seguida de restrição enzimática (PCR-RFLP) A maior frequência do vírus foi observada em mulheres com idade inferior a 24 anos (p<,1), solteiras (p=,2), tabagistas (p<,1) e com renda inferior a 1 salário mínimo (p=,4), que apresentaram mais de 4 parceiros sexuais durante a vida (p=,7) e mais de 5 gestações (p=,17) Quando avaliado o papel do polimorfismo na infecção pelo HPV observou-se que o vírus foi mais prevalente em mulheres portadoras do alelo A (p<,1), dado confirmado por meio da análise de regressão logística, ajustada para fatores de confusão: conhecimento sobre o vírus, renda mensal, tabagismo, estado civil, número de gestações, partos e de parceiros sexuais Foi encontrada associação entre o polimorfismo e o desenvolvimento de lesão intraepitelial de alto grau (LIEAG) (p=,3) Tendo em vista os dados apresentados, o polimorfismo de CXCL12 rs181157 está independentemente associado à infecção por HPV, podendo ser considerado como um marcador de susceptibilidade para a infecção Contudo, mais estudos são necessários a fim de esclarecer o mecanismo pelo qual o polimorfismo contribui para a infecção e para a expressão da quimiocina no microambiente cervical, e qual o seu papel no desenvolvimento de lesões
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    Estresse oxidativo na ação da cafeína sobre a proliferação e morte de células de câncer de mama MCF-7 e MDA-MB-231
    Machado, Kaliana Larissa; Armani, Alessandra Lourenço Cecchini [Orientador]; Salgueiro, Clairce Luzia; Costa, Ivete Conchon
    Resumo: O câncer de mama é a neoplasia com maior taxa de mortalidade entre as mulheres no mundo todo A cafeína é uma substância consumida mundialmente e vem sendo muito estudada devido à sua capacidade de induzir apoptose em células tumorais, porém os mecanismos pelos quais age sobre células de câncer de mama ainda não foram totalmente esclarecidos Portanto, os objetivos desse trabalho foram verificar a participação do estresse oxidativo na ação da cafeína sobre a proliferação e morte de células de câncer de mama MCF-7 e MDA-MB-231, analisando se a cafeína altera a viabilidade e proliferação celular e se ocorre alteração do estado oxidativo, correlacionando essa alteração com a presença ou não de lesão de DNA e alteração da taxa de apoptose celular Para isso as duas linhagens foram tratadas com quatro concentrações de cafeína (1,; 2,5; 5, e 1mM) e em seguida foram avaliadas a viabilidade, proliferação e os padrões de morte celular Também foram analisados os parâmetros de estresse oxidativo através dos níveis de lipoperóxidos de membrana, malondialdeído e tióis totais e o efeito da cafeína no material genético das células através dos níveis de 8-hidroxi-2-deoxiguanosina e teste do cometa Para avaliar a participação do estresse oxidativo na citotoxicidade da cafeína o teste do brometo de 3-[4,5-dimetil-tiazol-2-il]-2,5-difeniltetrazólio (MTT) foi realizado após o tratamento com 1mM de cafeína na ausência e presença de sequestradores de espécies reativas de oxigênio (ERO) específicos histidina, superóxido dismutase e trolox para sequestro de oxigênio singlete, ânion radical superóxido e radical peroxil, respectivamente Os resultados demonstraram que a cafeína apresenta efeito citotóxico em células de mama tumorais, sendo observado, nas concentrações mais elevadas (5 e 1mM), indução de apoptose e necrose Esse efeito parece estar relacionado com seu potencial de indução de estresse oxidativo e dano ao DNA Reações distintas entre as linhagens celulares frente ao tratamento com cafeína foram observadas, verificando uma maior resistência das células MCF-7 Esses resultados ajudam a entender os mecanismos de ação da cafeína sobre células de câncer de mama e sugerem que seu uso possa ser eficaz como adjuvante no tratamento do câncer de mama
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    Avaliação de adipocinas e moléculas de adesão celular em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico, na presença ou ausência de síndrome metabólica
    Dall’Aqua, Lígia Grecco Costa; Simão, Andréa Name Colado [Orientador]; Dichi, Isaías; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti
    Resumo: INTRODUÇÃO: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune multifatorial, que exibe distintas manifestações clínicas que variam segundo a gravidade e o curso clínico, sendo a inflamação crônica e a produção de autoanticorpos eventos característicos Tem sido demonstrado que pacientes com LES apresentam maior prevalência de Síndrome Metabólica (SM), a qual é descrita como um conjunto de fatores de risco cardiovasculares que incluem: obesidade, resistência à insulina, dislipidemia e hipertensão arterial Estudos recentes demonstram o envolvimento de moléculas de adesão (MACs) e adipocinas com a fisiopatologia da SM e com a atividade da doença e manifestações clínicas do LES No entanto, não há até o presente momento, estudos que tenham avaliado esses parâmetros em ambas as doenças concomitantemente OBJETIVO: Dessa forma o objetivo deste trabalho foi avaliar o envolvimento de MACs e adipocinas em pacientes com LES na presença ou não de SM SUJEITOS E MÉTODOS: Neste estudo transversal, cento e vinte e seis pacientes com LES foram alocados em dois grupos: com SM (n=64) e sem SM (n=62) O diagnóstico de LES foi determinado de acordo com os critérios propostos pelo Colégio Americano de Reumatologia A presença de SM foi determinada de acordo com os critério do Adult Treatment Panel III (ATP III), sendo necessária a presença de pelo menos três critérios dos seguintes: 1) circunferência da cintura com mais de 94 cm nos homens e 8 cm nas mulheres; 2) níveis de triglicérides, em jejum, =15 mg/dL; 3) lipoproteína de alta densidade (HDL) <4 mg/dL em homens ou <5 mg/dL em mulheres; 4) pressão arterial =13/85 mmHg (ou o uso de medicação anti-hipertensiva); e 5) níveis de glicose, em jejum, =1 mg/dL ou a utilização de medicamento antidiabético A atividade da doença foi determina utilizando o escore SLEDAI (Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index), sendo considerada doença ativa severa quando SLEDAI =1 Os níveis de anticorpos anti-DNA de dupla fita (anti-dsDNA) foram determinados por enzima imunoensaio (ELISA) Os níveis de glicose, colesterol total e frações, e triglicerídeos (TG) foram dosados em um autoanalisador bioquímico; Os níveis séricos de insulina foram determinados por quimioluminescência em micropartículas; Os componentes séricos C3 e C4 do sistema complemento foram determinados por turbidimetria; As MACs PECAM-1 (Molécula-1 de Adesão Celular Endotelial a Plaquetas), VCAM-1 (Molécula-1 de Adesão de Célula Vascular), ICAM-1 (Molécula-1 de Adesão Intercelular), E-selectina e P-selectina e as adipocinas resistina, leptina, MCP-1 (Proteína Quimiotática de Monócitos-1), HGF (Fator de Crescimento de Hepatócitos), LCN2 (Lipocalina-2), TNF-a (Fator de necrose tumoral alfa), IL-1 (Interleucina-1), IL-6 (Interleucina-6), IL-8 (Interleucina-8), IL-1 (Interleucina-1), PAI-1 (Inibidor-1 do Ativador do Plasminogênio) e SAA (Proteína Amiloide A Sérica) foram determinadas por imunofluorimetria para plataforma Luminex® e os níveis de adiponectina por ELISA Os dados categóricos foram analisados com o teste exato de Fisher ou qui-quadrado, quando necessário, e os resultados expressos por números absolutos O teste de Kolmogorov-Smirnov foi usado para avaliar a normalidade da distribuição Utilizou-se a transformação de logaritmo natural (Ln) de dados contínuos quando as variáveis não foram normalmente distribuídas Para a comparação entre os grupos aplicou-se o teste t-Student, sendo dos dados expressos em média (±SEM) As variáveis que apresentaram p<,1 na análise univariada foram utilizadas como variáveis explanatórias na regressão logística binária para verificar associação com a presença de SM ou ainda com a atividade da doença Todos os testes foram bicaudais e considerada a significância estatística de p como ,5 As análises foram executadas com o software IBM SPSS Statistic, Versão 2 (SPSS, Chicago, Illinois, USA) RESULTADOS: A análise univariada indicou que pacientes com SM eram mais velhos (p=,3) Como esperado, o índice de massa corporal (IMC), pressão arterial, circunferência abdominal, insulina, glicose, HOMA-IR (Modelo de Avaliação de Homeostase – Resistência à Insulina) e TG estavam mais altos (p<,1), enquanto os níveis de HDL mostraram-se mais baixos (p<,4), nos pacientes com SM comparado aos pacientes sem SM Não houve diferença entre a duração da doença e escore SLEDAI, bem como, quanto ao tratamento, exceto o uso de anti-hipertensivos que foram mais comumente utilizados no grupo com SM (p<,1) Os pacientes com SM apresentaram níveis maiores de IL-8 (p=,16), IL-1 (p=,8), MCP-1 (p=,2) e HGF (p=,4) quando comparado com pacientes sem SM As demais adipocinas avaliadas não diferiram entre os grupos PAI-1 e as MACs PECAM-1, E-selectina e P-selectina foram significativamente maiores em pacientes com a presença de SM (p<,5) A análise multivariada demonstrou que os níveis de IL-1 (p=,43) foram diretamente e E-selectina (p=,12) inversamente associados a presença de SM, independentemente de idade, gênero e etnia P-selectina (p=,49) apresentou-se inversamente associada a presença de SM, enquanto IL-1 (p=,59) perdeu essa associação, quando o modelo que considerava o uso de terapia farmacológica foi avaliado A frequência de positividade de anti-dsDNA (p=,34) estava aumentada em pacientes com SLEDAI =1, enquanto os níveis séricos de C3 (p=,6) estavam diminuídos neste grupo SLEDAI apresentou-se inversamente associado com ICAM-1 e LCN2 e, diretamente associado com IL-6 e MCP-1 A análise de regressão logística binária indicou que IL-6 (p=,24), MCP-1 (p=,27) e LCN2 (p=,9) foram associados com o escore SLEDAI independente de idade, gênero, etnia e terapia farmacológica CONCLUSÃO: Nossos resultados demonstraram que a SM não está diretamente associada à atividade da doença determinada pelo escore SLEDAI, porém há diferença nos perfis inflamatórios entre LES e SM que indiretamente interferem na complexa rede inflamatória de adipocinas e MACs que podem favorecer a modificação da atividade da doença Assim, são necessários novos estudos para analisar os efeitos a longo prazo destes diferentes perfis inflamatórios sobre a atividade da doença e os danos acumulativos decorrentes da SM em pacientes com LES
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    Análise dos padrões de morte celular induzida pela metformina em células de câncer de mama humano MCF-7
    Lopes, Natália Medeiros Dias; Armani, Alessandra Lourenço Cecchini [Orientador]; Cecchini, Rubens; Marinello, Poliana Camila
    Resumo: O câncer de mama é a neoplasia com a maior incidência e mortalidade entre as mulheres no mundo todo Apesar de novas formas de tratamento para este tipo de câncer, o desenvolvimento de resistência ao tratamento ainda é uma grande preocupação A metformina, um fármaco de utilização oral para o tratamento de diabetes tipo 2, vem apresentando resultados interessantes ao ser utilizado como uma possível alternativa para o tratamento de vários tipos de câncer, inclusive o câncer de mama, onde estudos mostram que a metformina induz a morte das células tumorais pela geração de estresse oxidativo Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi analisar por quais vias a metformina estaria induzindo a morte das células de câncer de mama humano MCF-7, utilizando os inibidores específicos para cada via de morte, como o Z-vad, um inibidor de pan-caspases, que age no sítio catalítico das caspases bloqueando a apoptose; o inibidor de necroptose, a Necrostatina-1 que age bloqueando a RIPK1, impedindo a morte por necroptose, e a Deferoxamina, um quelante de ferro que inibe a morte por ferroptose Para isso, as células foram tratadas com duas concentrações de metformina (1mM e 5mM) concomitantemente com os inibidores de morte, Z-vad (1µM), Necrostatina-1 (5 µM) e Deferoxamina (1 µM) Após 24 horas de tratamento, foram analisados a viabilidade e proliferação celular, análise de morte celular por citometria de fluxo através da coloração com Anexina V e Iodeto de propidio, e quanto aos parâmetros de estresse oxidativo foram analisados tiol total, GSH, GSSG e malondialdeído Os resultados mostraram que após o tratamento com as duas concentrações de metformina houve uma redução da viabilidade e proliferação das células, porém quanto ao tratamento concomitante da metformina com os inibidores, estes índices foram restaurados Quanto aos parâmetros de estresse oxidativo, a metformina reduziu os níveis de antioxidantes (Tiol, GSH e GSSG), porém no tratamento concomitante com os inibidores de morte os antioxidantes foram preservados Em relação ao marcador de lipoperoxidação, malondialdeído, as duas concentrações de metformina foram capazes de aumentar a sua concentração Estes resultados nos sugerem que a metformina não induz apenas um tipo de morte celular, uma vez que os três inibidores de morte utilizados foram capazes de reverter os efeitos tóxicos do fármaco Quanto à geração de estresse oxidativo, o tratamento com os inibidores de morte parecem proteger as células da morte induzida pela metformina, condizendo com os resultados já descritos de que a morte induzida pela metformina estaria associada com a geração de estresse oxidativo
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    Efeito analgésico e anti-inflamatório da naringenina em modelo de artrite induzido por dióxido de titânio e inflamação por ânion superóxido
    Manchope, Marília Fernandes; Verri Junior, Waldiceu Aparecido [Orientador]; Costa, Ivete Conchon; Dionisio, Andressa de Freitas Mendes
    Resumo: Flavonoides são compostos polifenólicos encontrados amplamente na dieta humana A naringenina é um flavonoide pertencente a classe das flavanonas, encontrada em frutas cítricas como toranja, laranja e limão Ademais, a naringenina é uma molécula pleiotropica com atividade anti-inflamatória Portanto, nosso objetivo foi avaliar o efeito da naringenina em modelo crônico de artrite induzido pelo dióxido de titânio (TiO2) e modelo agudo de dor inflamatória induzido pelo superóxido de potássio (KO2) – um doador de ânion superóxido A hiperalgesia mecânica, hiperalgesia térmica e edema foram avaliados por um analgesímetro digital, placa quente e paquímetro Leucócitos totais foram contados em câmara de Neubauer e subsequentemente foram feitas lâminas para a contagem diferencial de polimorfonuclear e mononuclear Ensaios colorimétricos foram usados para avaliar a atividade da mieloperoxidase (MPO), estresse oxidativo (GSH, capacidade antioxidante total [FRAP], lipoperoxidação e produção de ânion superóxido) e toxicidade Produção de citocinas (TNF?, IL-1) e ativação do NF?B foram avaliados por ELISA A expressão de RNAm foi determinada por RT-qPCR para os genes gp91phox, TNF?, pro-IL-1?, IL-33, COX-2, preproET-1, Nrf-2, HO-1, RANKL, RANK e OPG A toxicidade do tratamento com naringenina em induzir dano gástrico, hepático e renal foi avaliado pela atividade da MPO no estômago, níveis plasmáticos de aspartato aminotransferase (AST), alanina aminotransferase (ALT), ureia e creatinina Em relação ao modelo crônico, no primeiro dia após o estímulo intra-articular com TiO2 foi realizado uma curva dose-resposta de naringenina e os animais foram tratados diariamente com naringenina (167, 5 e 15 mg/kg, via oral [vo]) e a hiperalgesia mecânica e edema foram mensurados após 1, 3, 5, 7, e 24 h após o tratamento e seguidamente de dois em dois dias até o 3º dia Verificamos que a dose de 5 mg/kg inibiu a hiperalgesia mecânica, edema, migração de leucócitos totais – polimorfonuclear e mononuclear – estresse oxidativo (expressão de RNAm gp91phox, produção de ânion superóxido e lipoperoxidação), expressão de RNAm de citocinas pró-inflamatórias (TNF?, pro-IL-1? e IL-33), ativação do NF?B e modulou o sistema RANKL/RANK/OPG Posteriormente, avaliamos a ação da naringenina (167, 5 e 15 mg/kg, vo) no modelo agudo de dor induzido pelo estímulo intraplantar de KO2 A dose de 5 mg/kg de naringenina inibiu o número de contorções abdominais avaliado por 2 min, número de sacudidas da pata e o tempo gasto lambendo a pata em 3 min A hiperalgesia mecânica e hiperalgesia térmica foram avaliados ,5, 1, 3, 5, e 7 h após o estímulo intraplantar com KO2 A dose de 5 mg/kg de naringenina inibiu a hiperalgesia mecânica e hiperalgesia térmica dependente da ativação da via de sinalização NO–GMPc–PKG–canais KATP Ademais essa dose também inibiu a MPO na pata após 7 h do estímulo com KO2, estresse oxidativo (GSH, FRAP, lipoperoxidação, produção de ânion superóxido e expressão de RNAm gp91phox), produção de citocinas (TNF?, IL-1 e expressão de RNAm IL-33), expressão de RNAm para COX-2, preproET-1, e ativou a via Nrf2/HO-1 após 3 h do estímulo com KO2 Com base no exposto acima, naringenina apresenta efeito analgésico e anti-inflamatório em modelos de artrite crônica e dor inflamatória aguda Com o estudo foi possível contribuir para a compreensão dos mecanismos de ação que permeiam atividade dessa molécula e reforça a ação pleiotropica da naringenina
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    Associação de fatores de risco para o câncer em estudantes de graduação da Universidade Estadual de Londrina - PR
    Gutierrez, Priscilla Ferreira Crespo; Luiz, Rodrigo Cabral [Orientador]; Costa, Idessania Nazareth da; Marinello, Poliana Camila
    Resumo: Com as mudanças dos hábitos alimentares e o envelhecimento da população, um notável aumento na incidência de câncer é observado em todo o mundo, surgindo a necessidade cada vez mais precoce de identificar fatores de risco populacionais visando a elaboração de programas de prevenção O câncer é uma doença multifatorial que apresenta vários fatores de risco Estes fatores variam conforme o tipo de câncer, mas de uma maneira geral os que mais se destacam são: obesidade, alcoolismo, tabagismo, exposição solar e hábitos alimentares O objetivo principal deste trabalho foi identificar os principais fatores de risco para o câncer em uma população universitária jovem, e apontar os fatores que necessitam de campanhas de conscientização A pesquisa foi realizada por meio do estudo transversal exploratório descritivo com a participação de 52 estudantes de graduação da Universidade Estadual de Londrina (entre 18 a 24 anos de idade) A identificação de fatores de risco foi realizada por meio de aplicação de questionário que abordou questões como vacinação e uso de preservativo, exposição solar, estilo de vida e hábito alimentar O questionário foi respondido de forma anônima pelos graduandos das áreas de Biológicas, Exatas, Humanas, Saúde, vinculados a todos os Centros de estudo da UEL A análise estatística foi dividida em variáveis categóricas que foram analisadas pelo teste de qui-quadrado (?2) ou teste exato de Fisher, e variáveis contínuas pelos testes de Shapiro Wilk e Levene, respectivamente, portanto, foram utilizados testes paramétricos (one way-ANOVA com post-test de Tukey), calculadas a partir do software SPSS® Para identificar as diferenças estatísticas entre as variáveis sexo e área de conhecimento foi adotada significância estatística de p <,5 Dos alunos que participaram da pesquisa, 323 (64,3%) eram mulheres e 179 (35,7%) homens A média de idade da população foi de 2,91 (±2,83) anos Para esta população 64,9% dos entrevistados relataram serem sexualmente ativos, 23,% relataram não serem vacinados contra a hepatite B e um número expresso de 31,2% não faz uso de preservativo Dentre as mulheres 51,5% não relataram serem vacinadas contra o HPV e 39,3% também relataram não fazer o exame preventivo anualmente Quanto à exposição solar 78% relataram exposição frequente, 44,8% não utiliza medidas de proteção e das medidas a mais utilizada é o protetor solar (55,8%) Para o tabagismo apenas 15,6% relataram uso de cigarro Com relação ao consumo de bebida alcoólica, 82,1% relataram fazer uso, tipo de bebida mais consumido é a cerveja (39%) e a frequência semanal de consumo foi relatada por 5,4% dos entrevistados Para o exercício físico 51% relatam fazer algum tipo de atividade Com base na relação peso e altura relatada pelo aluno, 25,6% obtiveram escores de sobrepeso (IMC>24,9) e 26,6% de obesidade (ICM>29,9) A origem dos alimentos que consomem é predominantemente advinda de mercado e sacolão com 94,4%, e o consumo e preparação é principalmente realizada em casa (63,3%) Em relação ao conhecimento sobre os fatores de risco para câncer, 89,2% relataram já saber da relação, sendo que a maior fonte de informação relatada foi mídias digitais e internet (3,6%) Quanto às comparações estatísticas, foi possível observar que as mulheres apresentam maior conhecimento dos fatores de risco, fazem mais uso de protetor solar, consomem mais frutas in natura, vegetais crus, crucífera, chá verde ou café, consomem menos refrigerantes a base de cola e alimentos embutidos (p=,46), além de relatarem menor consumo de tabaco As mulheres relataram menor frequência de uso de preservativo (p<,5) Para as comparações entre as grandes áreas de conhecimento pudemos observar que os alunos da área da saúde relataram maior consumo de bebidas alcoólicas e menor consumo diário de frituras Com base nos achados da presente pesquisa é possível concluir que embora os alunos relatem ter acesso a informação, alguns fatores de risco para o desenvolvimento de câncer foram identificados, bem como a falta da utilização de preservativos, vacinação, exposição solar, consumo de bebidas alcoólicas, pouca prática de atividade física e alimentação inadequada, com consumo insuficiente de frutas, vegetais e outros alimentos protetores e um elevado consumo de carnes vermelhas, embutidos, pasteurizados, frituras, industrializados, refrigerantes a base de cola e conservas, desta forma, preconiza-se que intervenções devem ser tomadas nesta população para a conscientização e mudança de hábitos
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    Polimorfismos genéticos do Fator de Crescimento Transformador B1 e receptor TGFBRII em pacientes pediátricos com Tumor de Wilms
    Ishibashi, Cintya Mayumi; Watanabe, Maria Angelica Ehara [Orientador]; Oliveira, Karen Brajão de; Hirata, Bruna Karina Banin; Ariza, Carolina Batista [Coorientadora]
    Resumo: Os tumores renais compreendem 6% de todas as neoplasias pediátricas e, destes, 95% são do tipo embrionário, denominado de Tumor de Wilms (TW) O microambiente é crítico na patogênese do câncer através da interação entre as células neoplásicas, estroma e sistema imune O Fator de Crescimento Transformador B1 (TGFB1) é uma citocina pleiotrópica que, através da ligação com um complexo de receptores transmembranares serina/treonina quinase (TGFBRI e TGFBRII), atua de maneira dual no contexto neoplásico como inibidor do crescimento tumoral em estágios iniciais e promotor do crescimento em estágios avançados da carcinogênese Muitos polimorfismos genéticos de TGFB1 e de seu receptor TGFBR2 têm sido relatados em associação com o desenvolvimento de doenças, inclusive o câncer Nesse contexto, o presente estudo objetivou avaliar a influência dos polimorfismos rs18468, rs18469, rs1847 e rs18471 de TGFB1 e suas estruturas haplotípicas e do polimorfismo rs387465 de TGFBR2 na susceptibilidade e prognóstico da doença Inicialmente, investigou-se os 4 polimorfismos de TGFB1 em relação a susceptibilidade e prognóstico de TW Foram genotipadas 35 amostras de tecido tumoral de pacientes com TW e 17 amostras de sangue periférico ou mucosa bucal de crianças livres de neoplasia, por PCR-RFLP seguido de análise em gel de poliacrilamida corado em nitrato de prata Foi encontrada associação do alelo T do polimorfismo rs18469 (OR= 8,417; 95% IC= 3,177 a 22,297; p<,1) e do alelo C do polimorfismo rs1847 (OR= 3,; 95% IC= 1,296 a 6,944; p<,1) de TGFB1, ambos no modelo recessivo, com risco de desenvolvimento ao tumor Nenhuma correlação foi observada entre os polimorfismos e os parâmetros clínicos dos pacientes (tamanho tumoral, invasão capsular, acometimento de linfonodos e metástase) Além disso foi encontrada associação significativa da estrutura haplotípica GCTG com a diminuição do risco de desenvolvimento de TW (OR= ,2361, IC 95%= ,15 a ,534; p< ,1) e GTTG, que foi associado com risco (OR= 12,; IC 95%= 4,22 a 34,27; p<,1) Posteriormente, foi investigado o polimorfismo rs387465 de TGFBR2 Esse estudo foi constituído de 35 amostras de tecido tumoral de pacientes TW e 123 amostras de sangue periférico de indivíduos controles Nenhuma associação foi observada quanto ao polimorfismo e susceptibilidade ao TW, no entanto, em relação às características clínico-patológicas dos pacientes foi observada uma correlação negativa do polimorfismo para invasão capsular (t=-,43; p=,29) e acometimento de linfonodos (t=-,449; p= ,22) Assim, embora estudos adicionais sejam necessários para esclarecer o papel de TGFB1 e TGFBRII no TW, o presente trabalho é o primeiro a demonstrar que variantes alélicas destes genes, podem representar um marcador de suscetibilidade e prognóstico ao TW