02 - Mestrado - Patologia Experimental

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    Desenvolvimento de doença periodontal na síndrome metabólica murina: efeito do tratamento com aspirina
    (2023-12-18) Rossi, Lucas Sobral de; Pinge Filho, Phileno; Kwasniewski, Fábio Henrique; Ishiuchi, Giovana Gomes de Carvalho; Pinge, Marli Cardoso Martins
    A doença periodontal (PD) é uma condição inflamatória crônica multifatorial associada à formação de biofilmes bacterianos na superfície dos dentes, afetando os tecidos de suporte. Essa doença está relacionada a condições sistêmicas como diabetes tipo 2, hipertensão e obesidade abdominal, características clássicas da síndrome metabólica (MetS). Embora os usos e efeitos da aspirina (ASA) sejam bem conhecidos, seus efeitos no contexto da PD e MetS ainda não estão totalmente esclarecidos. Portanto, este estudo teve como objetivo avaliar o impacto da ASA em um modelo de camundongo com MetS e PD simultâneas. Para isso, camundongos Swiss fêmeas recém-nascidos receberam glutamato monossódico (MSG) (4 mg kg-1 dia, s.c.) nos primeiros 5 dias de vida para induzir a MetS, enquanto o grupo de controle (SAL) recebeu uma solução salina equimolar. No 60º dia, a PD foi induzida em ambos os grupos MSG e SAL. A MetS foi caracterizada usando o índice de Lee, níveis de glicose no sangue e parâmetros cardiovasculares. As maxilas foram avaliadas por microtomografia e análise histopatológica, revelando perda significativa de osso após a indução da PD. Os animais MSG apresentaram índices de Lee elevados, maior massa de tecido adiposo, hipertensão e níveis elevados de glicose no sangue em comparação com o grupo SAL. Independentemente da MetS, os animais submetidos à indução da PD exibiram níveis reduzidos de osso em comparação com seus respectivos controles. A reabsorção óssea alveolar foi significativamente maior nos grupos MSG em relação aos seus controles. Os animais SAL tratados com ASA apresentaram menor perda óssea do que os equivalentes do grupo MSG. Os níveis de óxido nítrico (NO) gengival, determinados pela reação de Griess/Cádmio, foram mais elevados em animais com PD. Uma correlação robusta de Pearson foi estabelecida, associando a perda óssea aos níveis de NO gengival. Esses resultados sugerem um mecanismo protetor da ASA contra a perda óssea em animais não obesos com PD, um efeito ausente em animais MSG. Consequentemente, este estudo fornece novas perspectivas sobre a intricada relação entre obesidade e PD em camundongos.
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    Estudo da síndrome metabólica em camundongos Swiss fêmeas submetidos a sepse severa: avaliação dos parâmetros cardiovasculares, inflamatórios e hematológicos
    (2024-05-07) Berto-Pereira, Leonardo; Pinge, Marli Cardoso Martins; Guarnier, Flávia Alessandra; Uchoa, Ernane Torres; Pinge Filho, Phileno
    A obesidade é considerada uma doença complexa que ocorre mediante interação entre uma predisposição genética e fatores ambientais, definida como um excesso de gordura corporal resultante de um balanço energético inadequado por um longo período. O quadro de obesidade está também associado ao desenvolvimento de diversas outras complicações, como hiperglicemia, hipertrigliceridemia, dislipidemia e hipertensão. Quando indivíduos apresentam pelo menos três dessas complicações, clinicamente são diagnosticados com síndrome metabólica (Smet). Outro problema de saúde pública é a sepse, definida como uma disfunção orgânica com risco de vida causada por uma resposta desregulada do hospedeiro à infecção. A sepse é considerada uma das causas mais comuns de morte em unidades de terapia intensiva (UTI), apresentando um diagnóstico difícil devido às múltiplas comorbidades e doenças subjacentes que os indivíduos desenvolvem. Dados recentes mostraram que camundongos machos com síndrome metabólica apresentam melhor prognóstico e sobrevida quando submetidos a uma condição séptica moderada, corroborando com a teoria do paradoxo da obesidade. Nesse estudo, animais com Smet apresentam hipertensão e quando estes são submetidos à condição séptica por ligadura e punção do ceco (CLP) que, em animais controle promove hipotensão, estes não apresentam alterações significativas na pressão arterial. No entanto, essa associação não foi avaliada ainda em fêmeas, inclusive se as mesmas apresentam um perfil dentro do paradoxo da obesidade. Dessa maneira, o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da Smet em camundongos Swiss fêmeas submetidos à sepse polimicrobiana severa induzida por CLP. A Smet foi induzida em camundongos Swiss neonatos através de injeção subcutânea de glutamato monossódico (MSG) com 4mg/g de peso corporal do dia 1 ao dia 5 após o nascimento.Os animais do grupo controle (CTL) foram tratados com solução salina equimolar na mesma concentração e período. No 75° dia de vida, o modelo CLP foi utilizado para induzir sepse polimicrobiana severa. Para os parâmetros inflamatórios avaliamos o óxido nítrico (NO), determinado pela técnica de cádmio e Griess e a quantificação de IL-6 através da técnica de ELISA. A dosagem de glicose foi realizada 24 horas antes e 24 horas após CLP por monitor de glicose, e o perfil lipídico foi dosado a partir de kit comercial. Os parâmetros cardiovasculares foram mensurados utilizando a plataforma CODA e a avaliação hematológica foi determinada por contagem padrão. A Smet não alterou a sobrevida dos animais submetidos à sepse, visto que os grupos CTL e Smet CLP apresentaram quadro de hipotensão e hipoglicemia, acompanhado de leucopenia e aumento de citocina inflamatória IL-6. Com isso, podemos concluir que a teoria do paradoxo da obesidade não é observada nas fêmeas, embora tenha sido observado que a Smet atenue alguns parâmetros durante a sepse, como hematológicos e resistência ao aumento de NO. Esses achados fornecem novas informações para a literatura relacionando a Smet e sepse
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    Genes diferencialmente expressos no carcinoma hepatocelular: abordagem in silico para o reposicionamento de fármacos
    (2024-03-01) Caputo, Wesley Ladeira; Seiva, Fábio Rodrigues Ferreira; Fernandes, Glaura Scantamburlo Alves; Garcia, Vitor Augusto dos Santos
    O reposicionamento de medicamentos é uma estratégia que complementa a abordagem convencional no desenvolvimento de novos fármacos. O carcinoma hepatocelular (CHC) é uma doença prevalente e agressiva, necessitando de uma compreensão mais detalhada das alterações moleculares envolvidas para o tratamento adequado. Nesse estudo, buscamos em banco de dados experimentais de microarray e RNA-seq por genes diferencialmente expressos (DEGs) em células de CHC e saudáveis. Por meio de distintos processos de filtragem, identificamos e enriquecemos DEGs, bem como classes distintas de possíveis novos medicamentos capazes de atuar sobre esses genes. A análise de enriquecimento funcional revelou características biológicas distintas: Processos químicos associados a íons metálicos, incluindo zinco, cádmio e cobre, potencialmente implicando exposição crônica a íons metálicos na tumorigenese, foram eventos associados aos genes que estão regulados negativamente no CHC. Por outro lado, genes regulados positivamente foram associados com eventos mitóticos e atividades de quinase, alinhando-se com a relevância das quinases no CHC. Para investigar redes de interação entre os DEGs, empregamos métodos de análise topológica, identificando 25 genes centrais e seus fatores de transcrição. Na busca de potenciais opções terapêuticas, exploramos estratégias de reaproveitamento de medicamentos com base em abordagens computacionais, analisando seu potencial para reverter os padrões de expressão de genes-chave, incluindo AURKA, CCNB1, CDK1, RRM2 e TOP2A. Potenciais candidatos farmacológicos foram alvocidib, AT-7519, kenpaullone, PHA-34 793887, JNJ-7706621, danusertiba, doxorrubicina e análogos, mitoxantrona, podofilox, teniposide e amonafide. Este estudo in silico ofereceu uma visão abrangente dos DEGs no CHC, lançando luz sobre potenciais alvos terapêuticos como os genes CDK1, RRM2 e TOP2A e oportunidades para experimentações futuras com o reposicionamento de medicamentos
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    Atividade antitumoral in vitro do 3,3’,5,5’-tetrametoxibifenil-4,4’-diol sobre as linhagens HuH7.5 e HepG2/C3A de carcinoma hepatocelular humano
    (2022-03-11) Inoue, Fabricio Seidy Ribeiro; Pavanelli, Wander Rogério; Bortoleti, Bruna Taciane da Silva; Sapla, Milena Menegazzo Miranda
    Dentre os cânceres hepáticos primários, o carcinoma hepatocelular (CHC) é o mais incidente e agressivo, apresentando apenas 18% de sobrevida em 5 anos, baixa responsividade e recorrente resistência à quimioterapia devido a heterogeneidade molecular encontrada nos tumores. Neste contexto, a utilização de compostos fenólicos como alternativa terapêutica para o câncer tem sido o foco de muitos estudos devido às suas propriedades biológicas como antimutagenicidade, anti-inflamatória e antiproliferativa. O 3,3’,5,5’-tetrametoxibifenil-4,4’-diol (TMBP) é um composto biossintético obtido através da oxidação do 2,6-dimetoxifenol por meio da biotransformação enzimática. Em estudos prévios utilizando o TMBP, foi demonstrado sua capacidade antiproliferativa sobre a linhagem A549 (adenocarcinoma pulmonar). O presente trabalho propôs explorar a atividade antitumoral do TMPB sobre as linhagens HuH7.5 e HepG2/C3A (CHC), assim como os mecanismos de morte celular envolvidos. Inicialmente, foi avaliada a viabilidade celular das linhagens tratadas com o TMBP (12,5–150 µM) nos tempos de 24 e 48h por ensaio de MTT. Posteriormente foram calculadas as concentrações inibitórias mínimas de 50% (IC50), utilizadas para os experimentos seguintes. Para a confirmação do ensaio de viabilidade, foi realizado contagem através do método de exclusão azul de tripan. Para a análise dos efeitos celulares foram avaliadas as alterações morfológicas, ultraestruturais e capacidade de migração celular por microscopia eletrônica e ensaio de cicatrização de ferida. Como forma de avaliar as alterações metabólicas após tratamento com IC50 foram mensuradas espécies reativas de oxigênio (ERO) total for fluorescência, utilizando a sonda de diacetato de 2’,7’-diclorohidrofluoresceína (H2DCFDA), óxido nítrico (NO) pelo método de Griess, potencial de membrana mitocondrial, vacúolos autofágicos e gotículas lipídicas por métodos de fluorescência utilizando as marcações tetrametilrodamina (TMRE), monodansilcadaverina (MDC) e vermelho neutro (NR), respectivamente. A distribuição do ciclo celular também foi avaliada, juntamente com o ensaio de caracterização de morte celular por citometria de fluxo. O tratamento com TMBP reduziu a viabilidade celular em todas as concentrações testadas, chegando aos valores de IC50 de 68 e 50 µM em 24h para as linhagens HuH7.5 e HepG2/C3A, respectivamente, os quais foram utilizados para os seguintes experimentos. As células tratadas apresentaram migração comprometida, além de severas alterações morfológicas. O tratamento induziu aumento nos níveis de ERO e NO, despolarização da membrana mitocondrial e ativação de mecanismos de adaptação, como aumento da biosíntese de gotículas lipídicas e vacúolos autofágicos em ambas as linhagens, tais alterações foram validadas através das alterações ultraestuturais. Além disso o tratamento com TMBP promoveu similarmente nas duas linhagens a parada do ciclo celular na fase G2/M, e induziu a morte celular por apoptose. Desse modo, foi possível verificar a ação citotóxica e antiproliferativa direta do TMBP sobre as linhagens tumorais, indicando este composto como um candidato promissor ao desenvolvimento de uma droga antitumoral
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    Nanopartícula biogênica de prata induz morte de esquistossômulos e vermes adultos de Schistosoma mansoni e reduz carga parasitária na esquistossomose mansônica experimental
    (2020-11-27) Detoni, Mariana Barbosa; Pavanelli, Wander Rogério; Bidoia, Danielle Lazarin; Pereira, Vanessa Carregaro; Sapla, Milena Menegazzo Miranda
    A esquistossomose constitui uma doença parasitária aguda e crônica causada por trematódeos do gênero Schistosoma, a qual está incluída na lista de Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs) pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Atualmente, a quimioterapia representa o principal recurso para minimizar a prevalência e incidência desta doença no mundo. O tratamento atual é baseado na administração do Praziquantel (PZQ), quimioterápico ineficaz contra formas imaturas do parasito, tampouco durante a formação dos granulomas, além de demonstrar que é capaz de induzir resistência do parasito ao medicamento em casos de uso constante. Desta forma, é necessário a busca por novas alternativas terapêuticas que atuem nas diferentes formas evolutivas do parasito bem como durante a patologia. Em vista disso, este estudo buscou avaliar a ação esquistossomicida in vitro e in vivo de nanopartículas biogênicas de prata (AgNp-Bio) produzidas extracelularmente utilizando fungo filamentoso Fusarium oxysporum. Inicialmente, esquistossômulos de S. mansoni foram expostos a diferentes concentrações de AgNp-Bio (0.2-10 µg/mL) e avaliados quanto à viabilidade, sendo determinada a concentração letal para 50% dos parasitos (LC50) de 0,84 µg/mL e avaliada alteração de integridade de membrana. Vermes adultos foram avaliados quanto à motilidade, viabilidade, metabolismo mitocondrial, alterações morfológicas, além de parâmetros de estresse oxidativo, como avaliação de espécies reativas de oxigênio (ERO), determinação dos níveis de óxido nítrico (NO), e malondialdeído (MDA). Em relação aos mecanismos envolvidos na morte de vermes adultos, o estudo também avaliou alteração do potencial de membrana mitocondrial e da membrana celular, formação de vacúolos autofágicos, além da produção de corpos lipídicos. Como resultado, foi determinada LC50 de 12,62 µg/mL, com perda de motilidade e indução de danos tegumentares. Quanto aos possíveis mecanismos envolvidos na morte do parasito AgNp-Bio foi capaz de promover estresse oxidativo nos vermes adultos tratados através do aumento da produção ERO, bem como aumento de NO e MDA. Também foi avaliado que o composto induziu despolarização da membrana mitocondrial, formação de vacúolos autofágicos e perda da integridade da membrana plasmática. Em relação a infecção experimental, camundongos BALB/c tratados por via oral com AgNp-Bio nas doses de 0,25; 0,5 e 1 mg/kg não apresentaram toxicidade significativa. Posteriormente, o tratamento com 0,5 mg/kg de AgNp-bio em camundongos infectados por S. mansoni demonstrou redução total de vermes perfundidos do sistema porta-hepático e da contagem de ovos retidos no fígado, bem como diminuição da hepatoesplenomegalia, com resultados semelhantes aos tratados com PZQ. Em vista disso, os resultados demonstraram que AgNp-Bio apresenta ação esquistossomicida, induzindo a morte de formas imaturas e de vermes adultos, e contribuindo para a redução da patologia associada à doença
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    Efeitos do tratamento isolado e combinado de aspirina e benznidazol sobre lesões neuronais mioentéricas observadas no modelo murino da doença de Chagas
    (2020-04-27) Dionisio, Joyce Hellen Ribeiro; Araújo, Eduardo José de Almeida; Fernandes, Glaura Scantamburlo Alves; Ceravolo, Graziela Scalianti
    A Doença de Chagas (DC) é a manifestação clínica causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. As manifestações clínicas da DC são características da fase crônica. Dos indivíduos infectados pelo T.cruzi, de 30- 40% evoluem para a fase crônica, podendo apresentar manifestações cardíacas ou digestivas. O megaesôfago e o megacólon são as maiores causas de morbidade na forma clínica digestiva da DC crônica. A forma digestiva da DC é caracterizada por alterações na função motora, secretória e absortiva do trato gastrointestinal, resultante de lesões no plexo mioentérico, um dos principais componentes do Sistema Nervoso Entérico (SNE). Para que ocorram as lesões no plexo mioentérico e desenvolvimento das manifestações digestivas, estudos indicam a existência de mecanismos mistos, com participação direta do parasita e reações autoimunes. Existem no mercado dois fármacos para o tratamento da DC: Benznidazol (BZN) e Nifurtimox. O BZN é o fármaco de primeira escolha para o tratamento da DC. Esse medicamento apresenta eficácia limitada dependendo da fase da doença, além de apresentar efeitos adversos, que muito frequentemente, levam à interrupção do tratamento pelo paciente. A ação desse fármaco está relacionada a danos em macromoléculas do parasito, como o DNA. Durante a fase crônica da DC, os danos teciduais observados no hospedeiro são decorrentes da resposta inflamatória, e não da presença do parasito nas lesões, sendo a utilização de anti-inflamatórios uma estratégia para controle das alterações crônicas na DC. Neste sentido, estudos têm demonstrado que a utilização de baixas doses de anti-inflamatórios, como a aspirina (ASA), tem apresentado bons resultados no controle do parasito, além de neuropreservação. O objetivo desse estudo foi avaliar a eficácia do tratamento isolado e combinado do BZN e ASA sobre neurônios do plexo mioentérico de camundongos infectados com T. cruzi. Para isso, camundongos machos BALB/c foram distribuídos em cinco grupos (n=5): controle, infectado sem tratamento, infectado+ASA, infectado+BZN e infectado+ASA+BZN. Os camundongos foram infectados por via intraperitoneal, com 5x102 formas tripomastigotas sanguíneas da cepa Y de T. cruzi (CEUA/UEL nº03/2019). Quarenta e oito horas após a infecção, os tratamentos foram iniciados e tiveram duração de trinta dias. A dose de ASA e BZN foi de 25mg/kg/dia via gavagem. A parasitemia foi avaliada em dias alternados a partir 2º dia pós infecção, por um período de 31 dias. Os animais foram submetidos a eutanásia 180 dias após a infecção e, durante esse período, a taxa de sobrevida foi avaliada. Foram avaliados o comprimento e largura do cólon dos camundongos, para posterior cálculo da área do órgão. As amostras de cólon foram submetidas a técnica de imunofluorescência para marcação da população neuronal mioentérica geral (PGP9.5+), colinérgica (ChAT+) e nitrérgica (nNOS+). Contou-se o número total de células presentes em 32 imagens microscópicas advindas de cada animal. A área do cólon de todos os animais infectados pelo T.cruzi encontrava-se maior quando comparada a de camundongos não infectados. A parasitemia comprova a infecção pelo T.cruzi. A ASA administrada de forma isolada não foi capaz de controlar de forma eficiente a parasitemia, pois apresentou comportamento semelhante aos animais infectados sem tratamento. O grupo infectado+BZN e infectado+ASA+BZN apresentaram parasitemia semelhante, com baixo pico parasitêmico ao 7º dia pós infecção. Os animais dos grupos infectados+BZN e infectados+ASA+BZN apresentaram taxa de sobrevida semelhantes ao grupo sem infecção. A densidade populacional de neurônios gerais e colinérgicos estava diminuída nos animais infectados sem tratamento, mesmo após aplicar fator de correção devido ao aumento da área colônica. Essa mesma redução foi observada nos grupos infectados+ASA e infectados+BZN, quando comparados ao grupo controle. Os animais infectados+ASA+BZN apresentaram preservação para população neuronal geral e subpopulação colinérgica. A subpopulação nitrérgica apresentou redução numérica nos animais infectados sem tratamento e infectados+BZN, quando consideradas as amostras avaliadas. Os grupos infectados+ASA e infectados+ASA+BZN se mostrou preservada nessas amostras. Porém quando aplicamos o fator de correção para a área do órgão, observou-se que a subpopulação nitrérgica não foi alterada em nenhum dos grupos avaliados. Durante a infecção ocorreu alteração morfológica nos corpos celulares dos neurônios. A subpopulação neuronal nitrérgica dos camundongos pertencentes aos grupos infectados sem tratamento, infectados+ASA e infectados+ASA+BZN encontrava-se hipertrofiada quando comparada a do grupo controle. Já nos camundongos infectados tratados com BZN, observou-se atrofia do corpo celular. Em relação aos neurônios colinérgicos, somente o grupo infectado+ASA apresentou alteração morfométrica (hipertrofia) do corpo celular. A neuropreservação promovida pela combinação ASA+BZN se mostrou superior aos tratamentos administrados de forma isolada, também sendo capaz de promover sobrevida dos camundongos BALB/c infectados com T. cruzi.
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    Ação anti-toxoplasma do ácido cafeico em modelo de infecção congênita in vitro
    (2022-08-18) Santos, Yasmin Munhoz; Costa, Idessania Nazareth; Fernandes, Glaura Scantamburlo Alves; Sanfelice, Raquel Arruda da Silva
    Toxoplasmose é a infecção causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, que assume caráter grave em indivíduos imunocomprometidos, na toxoplasmose ocular e principalmente em casos de infecção congênita. O tratamento da toxoplasmose é dificultado pela toxicidade apresentada pelos fármacos convencionais, sulfadiazina e pirimetamina, e por isso, outros compostos vêm sendo avaliados como tratamento alternativo para esta infecção. O ácido cafeico é um composto fenólico, encontrado em abundância em muitas plantas e alimentos com comprovados efeitos antimicrobiano, antioxidante, anti-Leishmania e anti- tripanossomal. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito anti- proliferativo, imunológico, bem como os mecanismos envolvidos no processo de morte de formas taquizoítas de Toxoplasma gondii (cepa RH) e na infecção de células trofoblásticas extravilosas HTR8/Svneo utilizando ácido cafeico. Para isso, foi avaliada a citotoxicidade do tratamento com AC em células HTR8/SVneo pelo ensaio de resazurina. A viabilidade dos taquizoítas foi realizada utilizando método de exclusão por azul de tripan. A atividade antiproliferativa do tratamento com AC foi determinada pelos índices de infecção e proliferação intracelular do parasito e confirmados também pela microscopia ótica. Os mecanismos envolvidos na morte do parasito analisados foram, níveis de espécies reativas de oxigênio (ERO), óxido nítrico (NO), potencial de membrana mitocondrial e gotículas lipídicas. Apoptose e permeabilização da membrana plasmática foram avaliados através da marcação com Anexina-V e iodeto de propídeo, além de autofagia por monodansilcadaverina. Por fim foi analisada a produção de citocinas pró e antiinflamatórias. Os resultados demonstram que AC não apresenta toxicidade para células HTR8/SVneo e diminui a viabilidade de taquizoítas de T.gondii. Houve redução da infecção e da proliferação intracelular, com aumento da produção das interleucinas IL-1ß, MIF e TGF-ß. Além disso no parasito foi observado aumento de NO e ERO, despolarização da membrana mitocondrial, formação de gotículas lipídicas e morte sugestiva de apoptose. Ácido cafeico portanto é um potencial candidato para novos estudos que visam o desenvolvimento de terapias para toxoplasmose congênita
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    Mulheres com COVID-19 internadas na UTI do Hospital Universitário de Londrina: um cohort de mulheres com desfecho de alta e óbito
    (2023-07-27) Melo, Jôse de; Armani, Alessandra Lourenço Cecchini; Cecchini, Rubens; Souza Neto, Fernando Pinheiro de
    Nos últimos dois anos, muitas publicações científicas foram divulgadas com o intuito de aprimorar o entendimento da fisiopatologia e das manifestações da COVID-19. Embora as pesquisas clínicas tenham fornecido importantes informações sobre a doença, a identificação de possíveis marcadores que possam influenciar a evolução do paciente internado é crucial para compreender não apenas a COVID-19, mas também a resposta oxidativa e sistêmica do organismo diante de doenças virais. Considerando que as mulheres apresentam uma resposta mais eficaz ao vírus, este estudo foi desenhado com pacientes do sexo feminino, identificando os fatores que podem influenciar o desfecho de alta ou óbito, chamado de sobreviventes e não sobreviventes, neste estudo. Utilizando marcadores hematológicos, bioquímicos e de estresse oxidativo para comparação, evidenciamos que pacientes não sobreviventes possuiam níveis maiores de marcadores oxidativos sistêmicos,um marcador secundário de lipoperoxidação de membrana. Além disso, as sobreviventes apresentam parâmetros hematológicos e bioquímicos mais próximos da normalidade. Esse estudo é importante para trazer o destaque da análise de moléculas oxidantes e antioxidantes como marcadores que possam ser utilizados para acompanhamento da COVD-19.
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    Avaliação da neoglicogênese hepática e das citocinas circulantes na caquexia induzida por tumor Walker-256
    (2010-02-25) Moreira, Carolina Campos Lima; Souza, Helenir Medri de; Batista, Márcia Regina; Zaia, Cássia Thaïs Bussamra Vieira
    A caquexia neoplásica é caracterizada por um conjunto de desvios metabólicos provocados por diversos fatores denominados mediadores da caquexia. Poucos estudos têm investigado as alterações metabólicas hepáticas na caquexia associada ao câncer, não havendo consenso se a neoglicogênese está aumentada ou diminuída nesta patologia. Além disso, não há estudos sobre as concentrações circulantes de citocinas durante o processo de desenvolvimento do tumor Walker-256. O objetivo deste estudo foi avaliar a neoglicogênese hepática e parâmetros metabólicos relacionados, bem como as concentrações séricas de citocinas, em ratos portadores de caquexia induzida por tumor Walker-256, em diferentes estágios do desenvolvimento tumoral. Para a implantação do tumor, 8x107 células Walker-256 (grupo WK) foram inoculadas subcutaneamente no flanco direito traseiro de ratos machos Wistar (220-230 g). Animais controles foram inoculados com PBS (salina tamponada com fosfato) no mesmo local. A neoglicogênese hepática e os parâmetros metabólicos relacionados foram avaliados em estudos de perfusão de fígado in situ, a partir dos precursores alanina, piruvato, lactato ou glicerol, no 5º (WK 5º) e 8º (WK 8º) dia após a inoculação das células tumorais. As citocinas séricas, fator de necrose tumoral a (TNFa) e as interleucinas 1ß (IL-1ß) e 6 (IL-6), foram avaliadas no 2º, 5º, 8º, 11º e 14º dia de desenvolvimento tumoral. Os resultados demonstraram redução (p<0,05) da produção hepática de glicose e do consumo de oxigênio a partir da alanina 2,5 mM nos grupos WK 5º e WK 8º. Nestes estudos de perfusão com alanina, houve aumento (p<0,05) da produção hepática de piruvato e lactato e tendência de aumento na produção hepática de uréia no grupo WK 5º, enquanto no grupo WK 8º houve tendência de redução na produção hepática de piruvato, lactato e uréia. A produção hepática de glicose e o consumo de oxigênio a partir do piruvato 5 mM ou lactato 2 mM foram também reduzidos (p<0,05) nos animais portadores de tumor (WK 5º e WK 8º), exceto para o grupo WK 5º que apresentou apenas tendência de redução no consumo de oxigênio a partir do piruvato. Entretanto, a produção de glicose e o consumo de oxigênio a partir do lactato 5,5 mM (grupo WK 8º) ou a partir do glicerol 2 mM (grupos WK 5º e WK 8º) não foram reduzidos nos animais portadores de tumor. As concentrações séricas de TNFa, IL-1ß e IL-6 foram indetectáveis nos ratos portadores de tumor (grupos WK 2º, WK 5º, WK 8º, WK 11º e WK 14º). Os resultados permitiram concluir que houve inibição da neoglicogênese hepática a partir dos precursores alanina, piruvato e lactato, mas não a partir do glicerol, no 5º e 8º dia de desenvolvimento tumoral. Estes achados, juntamente com os de produção hepática de lactato, piruvato e uréia a partir da alanina, permitem sugerir que houve inibição de enzimas regulatórias da neoglicogênese, como a piruvato carboxilase e/ou PEPCK (fosfoenolpiruvato carboxiquinase) e tendência de inibição da alanina aminotransferase (WK 8º), mas não houve inibição de enzimas que catalisam reações posteriores à entrada do glicerol (frutose 1,6-bifosfatase e glicose 6-fosfatase), nos ratos portadores de tumor. É possível que o TNFa, a IL-1ß e a IL-6, produzidos localmente no fígado e em outros tecidos, estejam atuando como mediadores autócrinos/parácrinos e inibindo a expressão e/ou atividade destas enzimas regulatórias da neoglicogênese. Os dados também indicam, como demonstrado pela inibição da produção hepática de glicose a partir do lactato 2 mM, mas não a partir do lactato 5,5 mM, que houve alteração da concentração saturante de lactato, nos fígados dos animais portadores de tumor. Assim, é possível que a produção hepática de glicose a partir de maiores concentrações circulantes de lactato, como as observadas nos ratos portadores de tumor, contribua para o impedimento de hipoglicemia acentuada e, portanto para o prolongamento da vida no estado portador de tumor
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    Malation e ciclosporina a alteram a morfofisiologia renal e hepática em modelos de roedor
    (2021-05-27) Fígaro, Pedro Mareti Maçaira; Fernandes, Glaura Scantamburlo Alves; Seiva, Fábio Rodriguês Ferreira; Torsoni, Adriana Souza; Andrade, Fábio Goulart de
    O malation e a ciclosporina A são compostos utilizados para o controle de pragas na agricultura e para evitar a rejeição de órgãos transplantados, respectivamente. No entanto, ambos apresentam histórico de toxicidade. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar as possíveis alterações histológicas, funcionais e no status antioxidante em rins e fígado de roedores expostos ao malation e à ciclosporina A. Para estudo dos efeitos do malation, utilizaram-se 18 ratos machos Wistar adultos distribuídos em 3 grupos (n=6): controle (C), recebeu água; malation 10 mg/kg (G10); malation 50 mg/kg (G50), tratados diariamente. Após o 41º dia experimental, os animais foram anestesiados e submetidos à eutanásia. Para avaliação da exposição à Ciclosporina A, 30 camundongos Swiss adultos foram tratados durante 10 e 50 dias, distribuídos em 5 grupos (n= 6): o grupo controle (C) recebeu água e o grupo CsA10i recebeu 10 mg/kg de CsA, ambos submetidos à eutanásia no 11º dia experimental; o grupo CsA10r recebeu 10 mg/kg de CsA, passou por período de recuperação de 10 dias e foi submetido à eutanásia no 21º dia experimental. Com relação ao período de 50 dias, o grupo CsA50i recebeu 10 mg/kg de CsA, e foi submetido à eutanásia no 51º dia experimental; o grupo CsA50r recebeu 10 mg/kg de CsA, passou por período de recuperação de 50 dias e foi submetido à eutanásia no 101º dia experimental. Em ambos experimentos, foram coletados: plasma, para as dosagens das concentrações de AST, ALT, ureia e creatinina; rins e fígado, para análise histopatológica e avaliação de biomarcadores de estresse oxidativo. A exposição ao malation causou aumento no diâmetro glomerular no grupo 50M e redução do espaço de Bowman no grupo 10M. No córtex renal, houve diminuição de glicogênio em ambas dosagens. No fígado, foi observado aumento das reservas de glicogênio na região periportal e centrolobular, nos grupos 10M e 50M. Referente à nefrotoxicidade e à hepatotoxicidade, os animais do grupo 50M apresentaram aumento das concentrações de AST, ALT e creatinina. Também foi observado aumento da atividade de GST hepática e da catalase renal, além de diminuição da atividade de SOD nos rins. Referente à exposição à CsA, verificou-se diminuição apenas no espaço de Bowman no grupo CsA10r e CsA50r. No fígado, houve aumento no diâmetro médio das vênulas centrolobulares nos grupos CsA10i e CsA10r, e da vênula porta, apenas no grupo CsA10r. Houve diminuição no diâmetro médio dos ductos biliares no grupo CsA50i, e dilatação dos sinusoides periportais e vênulas centrolobulares nos grupos CsA10i e CsA10r. A concentração de ureia aumentou no grupo CsA50r e as dosagens de ALT diminuíram no grupo CsA10i. A lipoperoxidação renal e hepática aumentou no grupo CsA50r, enquanto a GST renal diminuiu em todos os grupos tratados e no fígado houve diminuição apenas nos grupos CsA50i e CsA50r. Houve diminuição de SOD renal nos grupos CsA10i, CsA10r e CsA50i. Conclui-se que a exposição as doses de 10 mg/kg e 50 mg/kg de malation e 10 mg/kg de ciclosporina A provoca hepatotoxicidade e nefrotoxicidade em roedores machos
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    Estresse oxidativo e integridade celular : efeitos do tratamento com melatonina em células de Carcinoma Hepatocelular
    (2022-10-21) Valentim, Juliana Maria Bitencourt Morais; Seiva, Fábio Rodrigues Ferreira; Fernandes, Glaura Scantamburlo Alves; Costa, Fabiano Gonçalves
    O carcinoma hepatocelular (CHC) é uma neoplasia primária de fígado, agressiva, com alta capacidade metastática e baixa responsividade aos quimioterápicos disponíveis, além disso, seu diagnóstico é normalmente tardio, resultando em um mau prognóstico. Diversos estudos buscam por compostos alternativos que demonstrem potencial antiproliferativo e que combatam as células tumorais do fígado. A melatonina (Melatonina), uma indolamina secretada pela glândula pineal e em menor quantidade em outros órgãos como o fígado, apresenta atividade antitumoral tanto in vitro quanto in vivo, porém os mecanismos envolvidos ainda carecem de esclarecimento. O presente estudo teve como objetivo investigar os efeitos da Melatonina em células de CHC (HuH7.5) sobre vias de morte celular e estresse oxidativo. A linhagem celular HuH7.5 foi tratada por 24h, 48h e 72h com Melatonina (0,5 – 4,0 mM) e, posteriormente foi definido a concentração citotóxica de 50% nos dois tempos (3,891 mM ± 0.03 e 1,746 mM ± 0.01). Os demais experimentos utilizaram as concentrações de 2 mM e 4 mM, pelos mesmos períodos. O tratamento com Melatonina aumentou biomarcadores do estresse oxidativo, como as espécies reativas de oxigênio, malonaldeído, óxido nítrico e ânion superóxido e reduziu as atividades das enzimas antioxidantes superóxido dismutase, catalase e glutationa-s-transferase. A Melatonina induziu disfunção mitocondrial, aumento de formação de corpos lipídios e vacúolos autofágicos, bem como, provocou a parada de ciclo celular na fase G1, desencadeando apoptose. Portanto, a Melatonina apresentou relevantes efeitos antitumorais em células Huh7.5; seu uso como adjuvante em quimioterapias para o tratamento do CHC deve ser investigado em detalhes.
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    Tempo de permanência em UTI na determinação do desfecho para morte ou alta de pacientes com COVID-19
    (2023-06-02) Fumegali, William Capellari; Armani, Alessandra Lourenço Cecchini; Fernandes, Glaura Scantamburlo Alves; Lopes, Natalia Medeiros Dias; Luiz, Rodrigo Cabral; Souza Neto, Fernando Pinheiro de
    A COVID-19 é uma doença complexa, que afeta o sistema imunológico e e causa respostas inflamatórias, estresse oxidativo e danos teciduais. A exacerbação do estresse oxidativo é uma das principais causas de complicações da doença. Sabendo que as complicações apresentadas pelos pacientes internados possuem uma duração média de 3 semanas, nosso estudo visou compreender as diferenças existentes em dois grupos de pacientes com diferentes tempos de internação, a partir da análise de exames hematológicos, bioquímicos, do estresse oxidativo e de características clínicas e demográficas como parâmetros de comparação, afim de se compreender suas associações com a gravidade e prognóstico da doença. Amostras de sangue foram coletadas de 160 pacientes internados em UTI e foram divididos em dois grupos (grupo A = Até 21 dias de internação, grupo B = Mais de 21 dias de internação). Dados clínicos e demográficos foram obtidos a partir dos prontuários eletrônicos. Para avaliar o estresse oxidativo, foram avaliadas a atividade das enzimas antioxidantes glutationa reduzida (GSH); Catalase (CAT) e Superóxido Dismutase (SOD); formação de hidroperóxidos de membrana e malondialdeido (MDA) foram medidos. O grupo B apresentou uma diferença mais acentuada em parâmetros hematimétricos. Ambos os grupos apresentaram aumentos acentuados nos níveis de Uréia e Creatinina, sendo que o grupo B apresentou niveís significativamente maiores. Os níveis de GSH estavam aumentados no grupo B, assim como os marcadores oxidativos sistêmicos como a lipoperoxidação inicial e tardia. Observamos um predomínio de óbito em ambos os grupos (67,7% no grupo A e 53,8% no grupo B). Com relação a comorbidades, hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitos (DM) e obesidade foram as mais prevalentes, sendo também as que mais apresentaram um desfecho de óbito em ambos os grupos, juntamente com doença renal. Demonstramos que o período de internação se correlaciona diretamente com parâmetros hematimétrico e de marcadores de lesão renal, assim como de marcadores de estresse oxidativo e que, aparentemente, a presença destas comorbidades elencada anteriormente levam os pacientes a terem um pior desdobramento da doença.
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    Análise in vitro da formação de biofilme por Arthrographis kalrae por microscopia eletrônica de varredura e comparação das atividades citotóxica e hemolítica entre os extratos de biofilme e de células planctônicas
    (2021-02-18) Souza, Bianca Dorana de Oliveira; Itano, Eiko Nakagawa; Nakanishi-Ito, Fernanda Akemi; Ono, Mario Augusto
    Arthrographis kalrae é um fungo termodimórfico envolvido em diversas doenças em humanos, como ceratite, infecção pulmonar, sinusite, onicomicose, artrite, endocardite, meningite e acidente vascular cerebral. Estudos sobre a patogenicidade e fatores de virulência de A. kalrae são escassos, comprometendo o diagnóstico e o tratamento dos pacientes. Sabe-se que A. kalrae causa síndrome neurológica em camundongos e que apresenta atividade proteolítica, hemolítica e citotóxica, sendo que estas atividades podem representar importantes fatores de virulência deste patógeno. Biofilmes são comunidades microbianas fixadas a uma superfície que produzem matriz extracelular (ECM) própria. A formação de biofilme confere aos microrganismos um importante fator de virulência, pois os biofilmes são altamente resistentes aos antimicrobianos e às defesas do hospedeiro. Diversos biofilmes fúngicos têm sido investigados, como os biofilmes de Candida spp. e Aspergillus spp., porém, até o momento, a formação de biofilme por A. kalrae não havia sido demonstrada. Portanto, o objetivo deste trabalho foi demonstrar a formação de biofilme por A. kalrae e analisar as suas atividades citotóxica e hemolítica. O ensaio de biofilme foi feito em placas de poliestireno em diferentes tempos de incubação (4, 12, 24, 36, e 48 h) e a biomassa total do biofilme foi examinada por coloração de cristal violeta. Biofilmes de A. kalrae crescidos por 24 e 48h em poliestireno e em lamínulas de vidro foram analisados por microscopia eletrônica de varredura. Extratos totais de células planctônicas e de biofilme de A. kalrae foram analisados em ensaios de citotoxicidade (com linhagens celulares RAW 264.7 e JURKAT) e de atividade hemolítica (com hemácias de carneiro). A. kalrae formou biofilme em 24-48h com forte agregação de fungos e com área densa de ECM, principalmente em 48h. Os extratos totais de células planctônicas e de biofilme de A. kalrae apresentaram atividade citotóxica em células JURKAT. Nestas células, o extrato total de biofilme de A. kalrae apresentou maior atividade citotóxica em relação ao extrato total de células planctônicas (p<0,0001). Em células RAW 264.7, apenas o extrato total de biofilme de A. kalrae apresentou atividade citotóxica. O extrato total de células planctônicas de A. kalrae apresentou maior atividade hemolítica em relação ao extrato total de biofilme. Este estudo demonstrou pela primeira vez que A. kalrae apresenta capacidade de formar biofilme in vitro, que o biofilme apresenta atividades citotóxica e hemolítica e que o fator citotóxico é mais frequente nesta forma.
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    Investigação da associação do polimorfismo de deleção APOBEC3A/B na infecção pelo HPV, no desenvolvimento de lesões intraepiteliais cervicais e de câncer de colo de útero
    (2022-05-05) Castilha, Eliza Pizarro; Oliveira, Karen Brajão de; Guembarovski, Roberta Losi; Galhardi, Ligia Carla Faccin
    O papilomavírus humano (HPV) gera uma infecção sexualmente transmissível que é majoritariamente assintomática, mas pode gerar diferentes graus de lesões cervicais de acordo com a competência imunológica do indivíduo, do tipo viral envolvido e da persistência da infecção. Variações em componentes do sistema imune, como nos genes da Enzima de Edição do mRNA da Apolipoproteína B (APOBEC), podem alterar essa resposta. O polimorfismo híbrido de deleção APOBEC3A/B (A3A/B) fornece uma atividade mutagênica para a proteína A3A, que é relatada no câncer cervical. Diante do exposto, o objetivo desse estudo foi avaliar a associação do polimorfismo A3A/B com a infecção pelo HPV e o desenvolvimento de lesões intraepiteliais cervicais e do câncer de colo de útero em mulheres atendidas pelo serviço público de saúde na região Norte do Paraná, Brasil. Foram coletadas amostras de sangue periférico e secreção cervical para a extração de DNA genômico, que foi utilizado para genotipagem do polimorfismo A3A/B (Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) alelo-específico) e caracterização quanto a presença do HPV (PCR convencional). Análises estatísticas foram realizadas utilizando o software SPSS Statistics adotando-se o nível de significância de p<0.05. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa com seres humanos da Universidade Estadual de Londrina (CAAE 05505912.0.0000.5231). Foram incluídas no estudo 369 mulheres pelo critério de amplificação para o polimorfismo, estas foram agrupadas inicialmente quanto a presença da infecção pelo HPV. O grupo com infecção pelo HPV foi subdivido de acordo com o grau de lesão em sem lesão, Lesão Intraepitelial Escamosa de Baixo Grau (LIEBG), Lesão Intraepitelial Escamosa de Alto Grau (LIEAG) e câncer cervical. Mediante a análise das características sociodemográficas e de comportamento sexual e reprodutivo incluídas no estudo (idade, tabagismo, renda mensal, uso de contraceptivos, uso de preservativos e sexarca), observamos que mulheres com ensino fundamental incompleto e que recebiam menos de um salário-mínimo eram mais suscetíveis ao desenvolvimento de LIEAG e câncer cervical, evidenciando limitações por fatores socioculturais. Em relação ao polimorfismo A3A/B, a distribuição dos genótipos homozigoto para o alelo selvagem, homozigoto para o alelo variante e heterozigoto foi equivalente entre os grupos e subgrupos analisados. Não houve diferenças significativas quanto a presença da infecção ou desenvolvimento de lesões, mesmo após exclusão de fatores confundidores. Esse resultado não exclui totalmente a associação, pois a presença de mutações assinaturas de A3A são relatadas em células cancerosas, mas sugere que outros genes podem influenciar a malignização cervical. Além disso, a alta variabilidade gênica pela miscigenação da população estudada pode afetar o resultado da associação desse polimorfismo. Esse é o primeiro trabalho que avalia a associação do polimorfismo A3A/B com a infecção pelo HPV e o desenvolvimento de lesões intraepiteliais e do câncer cervical em brasileiras da região sul, sendo indispensável para a caracterização social e genética dessas mulheres.
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    Estudo de associação do polimorfismo PDCD1 com infecção por SARS-CoV-2 em pacientes oncológicos e não oncológicos
    (2022-04-01) Fernandes, Caroline Yukari Motoori; Oliveira, Karen Brajão de; Galhardi, Ligia Carla Faccin; Tamarozzi, Carolina Batista Ariza; Aoki, Mateus Nobrega
    A COVID-19 (Doença por Coronavírus 2019), doença causada pelo novo coronavirus SARS-CoV-2, continua a se espalhar mesmo após 2 anos de sua descoberta. Estudos demonstraram que pacientes com câncer correm um alto risco de desenvolver COVID-19 grave, em especial aqueles em tratamento ativo contra o câncer ou com doença metastática. A proteína de morte celular programada 1 (PD-1), expressa principalmente por linfócitos T, faz parte de um importante ponto de checagem da resposta imune, podendo contribuir para a tumorigênese quando associado ao seu ligante PD-L1 ou PD-L2, expresso por células tumorais. Sabe-se que polimorfismos genéticos podem causar alterações estruturais e quantitativas, influenciando na resposta imunológica, além de poderem contribuir para variações individuais na resposta imune a patógenos e tecidos epiteliais com alta expressão de receptores para o SARS-CoV-2.Dentro desse contexto, o presente estudo tem como objetivo avaliar a associação do polimorfismo PDCD1 em voluntários confirmados ou não para COVID-19 (COVID+ ou -) e oncológicos ou não (CÂNCER + ou -). Para isto, realizou-se um estudo caso-controle, analisando o SNP PDCD1 rs41386349 por discriminação alélica utilizando-se sondas de hidrólise em ensaios validados para reação em cadeia da polimerase em tempo real (qPCR). No estudo de associação voluntários COVID+/CÂNCER+ tiveram pior evolução clínica do que pacientes CÂNCER- (Tau-b = 0,228; p = 0,001). Na análise de correlação entre a presença de câncer e o número de dias decorridos entre o diagnóstico e a alta hospitalar em pacientes COVID+/CÂNCER+ e em pacientes COVID+/CÂNCER-, encontramos uma correlação positiva, onde pacientes COVID+/CÂNCER+ demoraram mais para receber alta (Tau-b = 0,122; p = 0,030) e foram a óbito mais cedo em comparação aos pacientes não oncológicos (Tau-b = -0,157; p = 0,028). Quando estratificamos as amostras por sexo, a piora da infecção por SARS-CoV-2, incluindo pacientes COVID+/CÂNCER+ e CÂNCER-, foi positivamente correlacionada com o sexo masculino (Tau-b = 0,173; p = 0,005). No entanto, nenhuma associação foi encontrada avaliando o polimorfismo no gene PDCD1 considerando a infecção por SARS-CoV-2. Embora mais estudos sejam necessários, podemos sugerir que pacientes COVID+/CÂNCER+ têm um pior curso clínico e desfecho de morte do que pacientes COVID-/CÂNCER+, e o sistema imunológico masculino também pode explicar os riscos divergentes relacionados à infecção por SARS-CoV-2.
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    Exposição ao dimesilato de lisdexanfetamina durante a peripuberdade provoca alterações em parâmetros renais e hepáticos de ratos Wistar
    (2022-06-06) Silva, João Vinícius Honório da; Fernandes, Glaura Scantamburlo Alves; Andrade, Fábio Goulart de; Verri Junior, Waldiceu Aparecido; Ceravolo, Graziela Scalianti; Andrade, Fábio Goulart de
    O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurocomportamental caracterizado por sintomas como desatenção, hiperatividade ou impulsividade, causando prejuízos à qualidade de vida das pessoas. O dimesilato de lisdexanfetamina (LDX) é um psicoestimulante do sistema nervoso central amplamente recomendado para o tratamento do TDAH e pouco se sabe sobre sua possível toxicidade em órgãos como o fígado e os rins uma vez que o fígado é órgão relacionado no metabolismo da maioria das drogas e está envolvido em diversas funções do organismo, e os rins são responsáveis pela excreção dos fármacos e seus metabólitos. Portanto, o presente estudo tem como objetivo avaliar os efeitos da exposição de LDX na morfofisiologia hepática e renal de ratos Wistar púberes, expostos ao LDX durante o período peripuberal. Para isso, 20 ratos Wistar machos foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos experimentais: Grupo LDX (LDX) - recebeu 11,3 mg/kg/dia de LDX diluído em água da torneira; e Grupo Controle (C) - recebeu água da torneira. Os animais foram tratados por gavagem (via oral) do dia pós-natal (PND) 25 a 65. No PND 66, os animais ficaram em jejum de 12 horas, e foram anestesiados e eutanasiados por punção da veia cava inferior. O plasma foi coletado e destinado à dosagem de marcadores de lesão hepática, metabolismo lipídico e função renal. O fígado, rins e tecido adiposo branco foram coletados e pesados. O fígado e rins foram destinados para determinações do perfil inflamatório (atividade de MPO e NAG), biomarcadores de estresse oxidativo (concentração de MDA e GSH, atividade da SOD, GST e CAT), análises histoquímicas (coloração de Picrosirius red, ácido periódico de Schiff, tricrômico de Azan Heidenhain, azul de Toluidina) e morfométricas. Além disso, nos rins foi realizada a imunohistoquímica para Caspase-3 de modo a avaliar o número de células em apoptose. Os resultados mostraram que a administração de LDX causou diminuição do peso do tecido adiposo branco, sem alterar o ganho de peso. A concentração plasmática de ALT e AST aumentaram, indicando lesão hepática por esse fármaco. Além disso, LDX causou aumento na atividade de NAG, indicando indiretamente um aumento do recrutamento de macrófagos para o fígado, e redução da atividade da GST ao avaliar o status de estresse oxidativo. Em relação aos rins, a administração de LDX causou redução no diâmetro médio do túbulo contorcido proximal e distal, e aumento no número de células em processo de apoptose na região cortical. A atividade da NAG e MPO foi aumentada após o uso de LDX, indicando indiretamente maior recrutamento de macrófagos e neutrófilos, respectivamente, para os rins. Além disso, nos rins de animais pertencentes ao grupo LDX houve aumento na atividade de antioxidantes como a CAT e GST, redução na concentração de GSH e níveis normais de MDA. Em conclusão, esses resultados mostram que a administração de LDX em ratos durante o período peripuberal, prejudica o fígado e os rins na idade puberal.
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    Estudo da sepse polimicrobiana na síndrome metabólica em camundongos
    (2021-08-20) Nakama, Raquel Pires; Pinge Filho, Phileno; Kwasniewski, Fábio Henrique; Ceravolo, Graziela Scalianti; Pinge, Marli Cardoso Martins
    A obesidade é um problema de saúde considerada uma epidemia relacionada a fatores ambientais e genéticos, capaz de atingir todas as faixas etárias da população. Ela é definida como um acúmulo anormal ou excessivo de tecido adiposo, podendo estar fortemente relacionada a síndrome metabólica (SM). A SM compreende um conjunto de fatores associados à obesidade, como hipertensão, dislipidemia e resistência à insulina. Outro problema de saúde pública extremamente comum é a sepse, uma doença grave, com alto índice de incidência em UTIs. Dados recentes, sugerem que o quadro de um paciente com sepse pode ser agravado caso esse paciente seja obeso, devido ao exagero da resposta inflamatória quando comparado a indivíduos magros, no entanto, existem estudos controversos em que demonstram o “paradoxo da obesidade”, onde a obesidade é capaz de gerar efeitos positivos frente a doenças críticas como a sepse. Dessa maneira, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da SM em camundongos após a indução da sepse moderada, avaliando, sobrevida, produção de óxido nítrico (NO), parâmetros cardiovasculares e hematológicos. A SM foi induzida em camundongos Swiss por meio de injeções subcutâneas com glutamato monossódico (4mg/g/peso corporal) do 1°-5° dia de vida e os controles foram tratados com salina equimolar, no mesmo período. No 75° dia de vida os animais foram submetidos a cirurgia para a indução da sepse polimicrobiana moderada através do modelo de ligadura e punção do ceco (CLP), a quantificação de NO foi realizada através da técnica de cádmio e Griess, os parâmetros cardiovasculares foram mensurados utilizando a plataforma CODA, e a avaliação hematológica foi determinada por contagem padrão. A sobrevida dos animais com SM foi significativamente maior do que nos animais controle após o período de observação de 168h. O aumento da sobrevida foi acompanhado por melhoras nos parâmetros hematológicos, por apresentarem menor aumento de reticulócitos e um menor decaimento de células fagocíticas. Os parâmetros cardiovasculares dos animas com SM também foram melhores do que os animais controle, pois não houve quadro de hipotensão e também só houve aumento de NO nos grupos controles. Com isto, concluímos que a SM melhora a sobrevida, provavelmente em parte, devido às melhoras nos parâmetros cardiovasculares e hematológicos, além de provocar uma resistência à produção de NO durante a sepse. Nossos achados da relação da SM e sepse moderada são favoráveis à teoria do “paradoxo da obesidade”.
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    Desenvolvimento e aplicação de um método quimiluminescente para quantificação de GSH e peróxido de hidrogênio em amostras de pacientes com COVID-19 admitidos na UTI
    (2021-07-19) Cavalcanti, Liara Freitas; Cecchini, Rubens; Armani, Alessandra Lourenço Cecchini; Marinello, Poliana Camila
    O estresse oxidativo (EO) está possivelmente envolvido na patogênese da COVID-19, doença declarada como pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em março de 2020. As concentrações de glutationa (GSH) e peróxido de hidrogênio (H2O2) são importantes indicativos de estresse oxidativo, e a dosagem dos mesmos pode elucidar os mecanismos pelos quais o SARS-CoV-2 (corona vírus) causa danos aos tecidos. A quantificação dessas moléculas é realizada por técnicas pouco sensíveis ou de alto custo e complexidade de execução. Desta forma, este trabalho teve como objetivo demonstrar o possível envolvimento do EO na COVID-19 através da quantificação de GSH em eritrócitos e H2O2 no plasma sanguíneo utilizando um método quimiluminescente altamente sensível e de baixo custo desenvolvido em nosso laboratório. O sistema luminol–ferricianeto foi escolhido para a reação quimiluminescente devido ao custo mínimo, fácil armazenamento dos reagentes e sua utilização de forma consistente para quantificação de dopamina na urina e ferro em amostras de água. A temperatura da reação, o pH e concentração dos reagentes, a precipitação de proteínas e diluição das amostras foram padronizados previamente para obtenção de resultados satisfatórios. As amostras foram obtidas de pacientes com COVID-19 admitidos na UTI do Hospital Universitário de Londrina. De forma geral, apenas uma amostra foi coletada de cada pacientes, mas, em alguns casos, uma segunda amostra foi coletada. Após as coletas, as amostras de ambas as coletas foram agrupadas, formando o grupo COVID, e as amostras da primeira coleta foram também analisadas de acordo com o desfecho clínico do paciente. O grupo controle foi formado por voluntários saudáveis recrutados no campus da Universidade Estadual de Londrina ou provenientes de um banco de dados. As concentrações de GSH no grupo COVID, no grupo óbito e alta foram similares a do grupo controle. Em contrapartida, os níveis de H2O2 apresentaram uma redução significativa de 10 vezes no grupo COVID, 3.7 vezes no grupo alta e 23 vezes no grupo óbito em relação ao controle. Além disso, a concentração de H2O2 foi 6 vezes menor no grupo óbito comparado ao grupo alta. Por fim, houve uma redução da atividade da catalase de 1.4 vezes em ambos os grupos: COVID e óbito, comparados ao controle. Conclui-se que houve uma boa linearidade do método proposto utilizando o luminol (10 µM) preparado em tampão carbonato de sódio (pH 9,5), e o ferricianeto de potássio (4,5 mM) a 21 – 24ºC e pode-se supor que o estresse oxidativo está envolvido na patogênese da COVID-19.
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    Análise de polimorfismos do gene PDCD1 no câncer de mama : implicações na patogênese mamária
    (2021-05-18) Moretto, Sarah Lott; Watanabe, Maria Angelica Ehara; Oliveira, Jaqueline Carvalho de; Oda, Julie Massayo Maeda; Hirata, Bruna Karina Banin
    Os tumores são heterogêneos e incluem, além das células neoplásicas e do estroma circundante, as células do sistema imunológico. Os linfócitos T CD8+ ativados apresentam grande importância na resposta antitumoral. A proteína de morte celular programada 1 (PD-1), expressa principalmente por linfócitos T, faz parte de um importante ponto de checagem da resposta imune, podendo contribuir para a tumorigênese quando associado ao seu ligante PD-L1 ou PD-L2, expresso por células tumorais. Sabe-se que polimorfismos genéticos podem causar alterações estruturais e quantitativas, influenciando na resposta imunológica. Nesse contexto, este estudo teve por objetivo analisar as variantes alélicas 7146 G>A (rs11568821) e 7209 C>T (rs41386349) do gene PDCD1, o qual codifica para a proteína PD-1, em 204 pacientes com câncer de mama e em 400 mulheres livres de câncer, e correlacioná-las com parâmetros clínico-patológicos. A extração do DNA foi realizada a partir de amostras de sangue periférico e após a execução da técnica de reação em cadeia da polimerase, seguida de digestão enzimática (PCR-RFLP), os fragmentos de DNA foram separados por eletroforese em gel de acrilamida para genotipagem e análise. Neste estudo de associação caso-controle, verificou-se que portadores do alelo A do polimorfismo genético 7146 G>A do gene PDCD1 têm risco maior de desenvolver câncer de mama (OR = 2,42; IC 95% = 1,59 - 3,69; p < 0,001). Esse polimorfismo também se correlacionou com amostras positivas para receptores de estrogênio (τ = 0,25; p < 0,01) e progesterona (τ = 0,17; p = 0,021). No entanto, nenhuma associação entre a variação 7209 C>T e o câncer de mama foi encontrada. Esses resultados relacionados ao polimorfismo PD-1 7146 G>A podem contribuir como um marcador potencial de suscetibilidade e prognóstico para câncer de mama.
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    Modulação farmacológica da hiperalgesia e inflamação desencadeadas pela peçonha do escorpião Rhopalurus rochai na pata de camundongos
    (2021-06-14) Battocchio, Eduardo Coló; Kwasniewski, Fábio Henrique; Zamuner, Stella; Pinge Filho, Phileno
    O escorpionismo é um problema de saúde pública no mundo, sendo a família Buthidae a mais relevante nos aspectos clínicos. No Brasil, é o acidente envolvendo animais peçonhentos com maior número de casos registrados. Dentre os representantes da nossa escorpiofauna, o Tityus serrulatus é o escorpião envolvido na maioria dos acidentes moderados a graves, sendo também o mais estudado. Porém, outros representantes da família Buthidae no Brasil, como o Rhopalurus rochai, são ainda pouco estudados. O principal sintoma observado nos acidentes escorpiônicos é a dor, tema pouco explorado, até o momento, no campo de pesquisa. O envolvimento de mediadores inflamatórios na dor e hiperalgesia vem sendo relatado em estudos, tanto direta como indiretamente, sendo que em relação aos estudos induzidos por peçonhas escorpiônicas e fazendo tal associação, a quantidade de trabalhos é escassa. Outros parâmetros da inflamação recorrentes em acidentes escorpiônicos, como o edema e o recrutamento de neutrófilos também foram avaliados, sendo resultados inéditos aqui apresentados para o Rhopalurus rochai. O objetivo desse trabalho foi avaliar os potenciais fisiopatológicos da peçonha de Rhopalurus rochai (pRr), assim como a participação do NF- B, TNF- COX, histamina e NO na hiperalgesia mecânica, edema e recrutamento de neutrófilos na pata. Foram utilizados camundongos Swiss machos e fêmeas (20 a 25g). A pRr liofilizada foi diluída em NaCl 0,9% no momento do uso e injetada i.pl. (20 L). Foram utilizados os fármacos PDTC (inibidor de NF- B; 100mg/kg, 100 L, sc., 1h antes do estímulo); etanercepte (bloqueador de TNF- ; 10mg/kg, 200 L, ip., 48h e 1h antes do estímulo); dexametasona (anti-inflamatório esteroidal; 2 mg/kg, 10 L por gavagem, 1h antes do estímulo); indometacina (inibidor não-seletivo de COX; 5mg/kg, 200 L, ip., 40 minutos antes do estímulo); celecoxibe (inibidor seletivo de COX-2, 30mg/kg, ip., 1h antes do estímulo); pirilamina (agonista inverso do receptor H1, 6mg/kg, ip., 30 minutos antes do estímulo); L-NAME (inibidor não-seletivo de NO-sintase, 10mg/kg, ip., 30 minutos antes do estímulo). A hiperalgesia mecânica utilizando o método de von Frey (versão eletrônica) e o edema, utilizando um medidor de espessura, foram avaliados nos tempos de 0,5h, 1h, 3h e 6h após estímulo. Os tecidos plantares foram coletados 3 horas após o estímulo para a dosagem de MPO, utilizada como indicador indireto de recrutamento de neutrófilos. Das doses utilizadas da pRr (0,2, 0,6 e 2,4 g/pata) para avaliar a hiperalgesia mecânica, a de 2,4 g/pata induziu maior intensidade de hiperalgesia mecânica, e edema, tendo sido a escolhida para os experimentos subsequentes. A produção de IL-1 e TNF- foi avaliada pelo método de ELISA, com a concentração de ambas atingindo o pico após 3h do estímulo. O tratamento com PDTC, dexametasona, etanercepte, indometacina e celecoxibe diminuiu a hiperalgesia mecânica e o edema. O tratamento com PDTC, dexametasona e celecoxibe diminuíram o recrutamento de neutrófilos. O presente estudo conclui que a pRr foi capaz de induzir hiperalgesia mecânica, edema, produção de IL-1 e TNF- , e recrutamento de neutrófilos em pata de camundongos e, que o NF- B, TNF- , COX têm participação na hiperalgesia mecânica e edema, enquanto, NF- B, COX-2 têm participação no recrutamento de neutrófilos.