02 - Mestrado - Patologia Experimental
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Item Ação da metformina in vivo e in vitro em modelo experimental de melanoma murinoSouza Neto, Fernando Pinheiro de; Armani, Alessandra Lourenço Cecchini [Orientador]; Guarnier, Flávia Alessandra; Prado, Sara Santos Bernardes RealResumo: O melanoma cutâneo se origina de alterações dos melanócitos, células produtoras de melanina, sendo um dos cânceres mais letais A metformina é uma droga usada para diabetes tipo dois, mas a partir dos anos 2, estudos pré-clínicos e epidemiológicos demostraram que a metformina reduz tanto o risco de desenvolvimento de câncer quanto sua mortalidade, fornecendo menos energia necessária ao crescimento tumoral Indiretamente age ativando AMPK (adenina monofosfato quinase), enzima relacionada à homeostase energética, diminuindo vias anabólicas necessárias à proliferação celular O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da metformina em modelo experimental de melanoma murino in vitro e in vivo, a fim de estudar a participação dos radicais livres na proliferação tumoral No presente trabalho foram utilizados camundongos machos de 8-12 semanas da linhagem C57BL6 Implantados subcutaneamente na região dorsal (15 células de B16F1) Entre a implantação do tumor e o sacrifício do animal são 14 dias O tratamento com metformina se inicia após 3 dias da implantação, permitindo avaliar a progressão tumoral O tratamento com metformina foi por via intraperitoneal dado diariamente, na dose de 9mg/kg de camundongo diluída em PBS In vivo, verificou-se se a metformina altera o EO no melanoma murino Resultados in vivo foram que o tratamento com metformina (9mg/kg) via intraperitoneal reduziu consideravelmente o volume tumoral p<5 Os níveis de MDA não foram alterados no tratamento com metformina O grupo tumor metformina aumentou significativamente a capacidade antioxidante total comparado com o grupo controle (p<5), sugerindo uma proteção sistêmica dada pela metformina ao aumento de espécies reativas Foram realizados testes do tipo ELISA para detecção de citocinas como TGF-ß (fator de crescimento tumoral do tipo ß), um dos marcadores de imunossupressão e para VEGF (fator de crescimento endotelial vascular), favorecendo o crescimento tumoral Os resultados para LDH de ambos os grupos tumores, tanto o grupo tratado com PBS quanto o tratado com MET, estão elevadosOs níveis de VEGF no grupo tumor metformina está diminuído em relação ao seu grupo controle (p<5), portanto, o tratamento com metformina foi suficiente em diminuir os níveis dessa citocina responsável pelo crescimento tumoral, via angiogênese In vitro foi analisado os efeitos da metformina sobre células murinas (B16F1) de melanoma metastático, a mesma célula que foi implantada in vivo As células foram expostas a metformina por 24 e 48 horas, nas concentrações de 6, 3, 1 e 5 µM Estes resultados condizem com o teste de proliferação celular que em 24 horas e em 48 horas apresentam resultados semelhantes As principais conclusões do estudo in vivo deste trabalho são: A metformina diminui o crescimento celular com diminuição do volume tumoral; o estresse oxidativo sistêmico no melanoma é baseado na diminuição de alguns parâmetros antioxidantes Quando do tratamento com a metformina, esta reestabelece estes para a normalidade O VEGF está diminuído quando metformina é usada no tratamento do tumor, indicando um possível alvo terapêutico Os estudos in vitro indicam que a metformina é citotóxica, aumenta a apoptose e diminui a proliferação celularItem Ácido caurenóico da Sphagneticola trilobata (L.) Pruski inibe a dor inflamatória : efeito na produção de citocinas e ativação da via NO/GMPc/PKG/K+ATPMizokami, Sandra Satie; Verri Junior, Waldiceu Aparecido [Orientador]; Ambrosio, Sergio Ricardo; Pavanelli, Wander RogérioResumo: Ácido caurenóico (AC) é um diterpeno presente em muitas plantas, incluindo a Sphagneticola trilobata (L) Pruski A única evidência do seu efeito antinociceptivo é em inibir as contorções abdominais induzida por ácido acético em camundongos Portanto, nós aprofundamos o estudo do efeito analgésico do AC e seus mecanismos de ação em diferentes modelos nociceptivos em camundongos O tratamento com AC via intraperitoneal e via oral, inibiu de maneira dose-dependente a nocicepção inflamatória induzida pela administração de ácido acético O tratamento oral com AC também inibiu a nocicepção induzida por fenil-p-benzoquinona, ambas as fases do teste da formalina e no teste com Adjuvante completo de Freund’s (CFA) O composto AC também inibiu a hiperalgesia mecânica na inflamação aguda induzida pela carragenina e PGE2, e inflamação prolongada induzida pelo CFA Quanto aos mecanismos de ação do AC, houve inibição da produção de citocinas pró-inflamatórias TNF-a e IL-1ß Além disso, o feito analgésico do AC foi inibido pelos pré-tratamentos com L-NAME, ODQ, KT5823 e glibenclamida, demonstrando que o efeito analgésico também é dependente da ativação da via NO/GMPc/PKG/canais de potássio dependentes de ATP, respectivamente Esses resultados demonstram que AC apresenta efeito analgésico e que seus mecanismos envolvem a inibição na produção de citocinas e ativação da via NO/GMPc/PKG/K+ATPItem Alterações cardiovasculares e autonômicas de ratos com parkinsonismo induzido por 6-OHDA e tratados com L-DopaSilva, Aline Santana da; Pinge, Marli Cardoso Martins [Orientador]; Ceravolo, Graziela Scalianti; Barbosa, Décio Sabbatini; Ariza, Deborah [Coorientadora]Resumo: Objetivo: Avaliar os efeitos causados por medicamentos antiparkinsonianos sobre parâmetros cardiovasculares no modelo animal de parkinsonismo induzido por 6-OHDA Métodos: Ratos Wistar adultos pesando entre 28-32g, foram colocados no aparelho estereotáxico para microinfusão bilateral de 6-OHDA na substância negra O grupo sham foi submetido ao mesmo procedimento, sendo infundido somente salina Foram tratados por gavagem com L-Dopa ou água no período de 7 dias Um dia após o cateterismo da artéria femoral foi realizado o registro basal nos animais acordados Em seguida foram submetidos ao “tilt teste” Foram avaliadas a pressão arterial média (PAM) e frequência cardíaca (FC) A análise espectral da variabilidade cardiovascular, foi realizada utilizando-se o Cardioseries V24 Para confirmação da lesão foi quantificado os níveis de dopamina no estriado por HPLC Resultados: Os níveis de dopamina estavam diminuídos no estriado, comprovando a lesão Os valores basais da PAM e FC não foram diferentes entre os grupos Durante o tilt observamos aumento da PAM e da FC, atenuado nos grupos 6-OHDA água, prolopa e no controle prolopa No basal, a variância da pressão sistólica (PAS) foi menor nos grupos 6-OHDA e sham prolopa, sem alterações para o intervalo de pulso (IP) entre os grupos Já na análise do baroreflexo espontâneo basal, o grupo 6-OHDA apresentou um maior ganho quando comparado aos outros grupos Na análise espectral da variabilidade da PAS, do IP, e na análise baroreflexa durante o tilt, não foram observadas diferenças entre os 6 grupos experimentais Conclusões: Nossos dados sugerem que o tratamento com prolopa não interferiu nas variáveis cardiovasculares já alteradas pela lesão, porém durante o tilt os animais 6-OHDA água e prolopa tiveram uma menor compensação cardiovascular, sugerindo um possível comprometimento do sistema nervoso autônomo no parkinsonismo induzido por 6-OHDAItem Alterações cardiovasculares e modulação autonômica no estresse ortostático em animais sendentários ou submetidos à treinamento físicoBorghi, Sergio Marques; Pinge, Marli Cardoso Martins [Orientador]; Souza, Helenir Medri de; Fontes, Marco Antônio PelikyResumo: O sistema nervoso autônomo (SNA) tem como uma de suas principais funções, a manutenção dos níveis de pressão arterial (PA) durante os desafios ortostáticos A maior parte das manifestações de intolerância ortostática nos humanos está relacionada à hipotensão arterial, no entanto, 5% da população podem apresentar aumento da PA em reposta a um estresse ortostático Os testes ortostáticos têm sido usados como importantes ferramentas para avaliação das alterações pressóricas e para encaminhamento e tratamento clínico de pacientes que apresentam sintomas relacionados à intolerância ortostática O treinamento físico de baixa intensidade induz bradicardia de repouso e decréscimo na pressão arterial tanto em animais quanto em humanos Baseado nesses dados, o principal objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do SNA e do óxido nítrico (NO) nas alterações da PA e freqüência cardíaca (FC) em animais treinados (T) e sedentários (C) durante o estresse ortostático (“head up tilt test”) Para este estudo foram utilizados ratos Wistar machos adultos, pesando entre 22-24g Os animais do grupo T foram previamente submetidos a treinamento físico por natação (1 hora/dia; 5 dias/semana; 4 semanas) Os ratos sedentários (C) e treinados (T), um dia após o término do treinamento físico, foram anestesiados para implantação de catéter na artéria e veia femorais para registro de pressão arterial média (PAM) e FC e injeção de drogas respectivamente Depois de 24 horas, após registro dos parâmetros basais, os animais dos grupos C e/ou T acordados foram introduzidos em um tubo plástico posicionado sobre a plataforma de tilt O “tilt teste” foi conduzido pela elevação da plataforma de tilt do lado da cabeça do animal, partindo de uma posição horizontal, para uma inclinação de 75º com duração de 15 minutos Os grupos controle e treinado tratados com salina mostraram diferenças (p<,5) da PAM basal (C=16±2 mmHg; T=115±3 mmHg) Na FC basal foi observado bradicardia (p<,5) de repouso nos animais treinados (C=359±5 bpm; T=335±5 bpm) Após o bloqueio autonômico os animais treinados apresentaram grande aumento da pressão arterial, enquanto o grupo sedentário apresentou apenas um leve aumento Após a infusão de L-NAME, inicialmente notou-se um maior aumento da PA nos animais sedentários acompanhada de bradicardia, e durante a fase do tilt ambos os grupos apresentaram taquicardia Após a infusão de prazosin, os animais do grupo treinado apresentaram menor queda inicial da PA, e mostraram uma recuperação mais rápida da FC após a fase do tilt Esses dados mostram que o animal treinado foi beneficiado com bradicardia de repouso, um fator considerado cardioprotetor, e que o SNA, juntamente com tônus vascular periférico é de vital importância para a manutenção das funções cardiovasculares durante o estresse ortostático, no entanto o NO parece ser essencial no período de recuperação, especialmente nos animais treinadosItem Alterações metabólicas na caquexia induzida por tumor Walker-256 em ratos : anormalidades de parâmetros plasmáticos e hepáticosCassolla, Priscila; Souza, Helenir Medri de [Orientador]; Bazotte, Roberto Barbosa; Zaia, Cássia Thais Bussamra VieiraResumo: A caquexia, síndrome associada à perda de peso e redução da ingestão de alimentos, ocorre em muitas doenças crônicas como o câncer e é importante causa de morbidade e mortalidade Relativamente pouco é conhecido sobre as alterações metabólicas na caquexia, suas causas e tratamento O objetivo do presente estudo foi o estabelecimento do modelo de caquexia induzida por tumor Walker-256 em ratos e a caracterização do perfil metabólico plasmático e hepático nesta condição Para a implantação do tumor, células Walker-256 foram injetadas subcutaneamente no flanco direito traseiro de ratos machos Wistar na concentração de 8x17 células/animal No 5º, 8º, 11º e 14º dia após a inoculação das células avaliou-se as massas corporal, tumoral e do músculo gastrocnêmio, a ingestão alimentar, o conteúdo de glicogênio hepático e a concentração de vários parâmetros plasmáticos (colesterol, triacilgliceróis, ácidos graxos livres, glicerol, lactato, uréia e glicose) A maioria das análises também foi feita em animais submetidos a um esquema de alimentação reduzida (animais controle pair fed), semelhante a dos animais com tumor portadores de anorexia, ou em animais controles com alimentação ad libitum Foram também avaliados, no 12º dia de desenvolvimento tumoral, a neoglicogênese e o consumo de oxigênio hepáticos a partir de vários precursores de glicose (alanina 2,5 mM, piruvato 5 mM, lactato 2 e 8 mM e glicerol 2 mM) em estudos de perfusão de fígado in situ Nestes experimentos os animais portadores de tumor e seus controles foram submetidos a 24 horas de privação alimentar Todos os dados obtidos foram testados quanto à distribuição e homogeneidade das variâncias e testes estatísticos adequados foram empregados para análise dos resultados De uma forma geral, especialmente no 14º dia após a inoculação das células Walker-256, os animais portadores do tumor apresentaram: a) redução (p<,5) da massa corpórea e perda de massa muscular; b) redução (p<,5) da ingestão alimentar, glicemia e do conteúdo de glicogênio hepático; c) aumento (p<,5) dos triacilgliceróis, ácidos graxos livres, lactato e uréia plasmáticos e d) não alteração (p>,5) no colesterol e glicerol plasmático Estas alterações não ocorreram nos animais controle pair fed, exceto a glicemia e o conteúdo de glicogênio hepático, e em sua maioria acompanhou o aumento progressivo da massa tumoral Adicionalmente, houve inibição (p<,5) da neoglicogênese e do consumo de oxigênio hepáticos nos animais portadores de tumor (12o dia) quando os precursores utilizados foram a alanina, o piruvato ou o lactato 2 mM, mas não (p>,5) o glicerol ou o lactato 8 mM Os resultados indicam que, além dos sinais característicos da síndrome da caquexia como emagrecimento, catabolismo muscular e anorexia, os animais portadores de tumor Walker-256 apresentam várias alterações metabólicas plasmáticas e hepáticas, algumas das quais se iniciam já no 5º dia após a inoculação das células tumorais, e são acentuadas no decorrer do desenvolvimento do processo caquético As evidências de que as alterações do perfil metabólico dos animais portadores de tumor não foram encontradas nos animais controle pair fed indicam que as mesmas não são decorrentes da menor ingestão alimentar Estas alterações, e também as observadas na neoglicogênese, provavelmente, são mediadas por fatores produzidos pelo tumor ou pelo hospedeiro (citocinas) em resposta à presença do tumorItem Análise da associação subtipo-específica de polimorfismos genéticos e estruturas haplotípicas do gene TGFB1 na patogênese de carcinomas mamáriosVitiello, Glauco Akelinghton Freire; Watanabe, Maria Angelica Ehara [Orientador]; Vilas-Bôas, Laurival Antônio; Oliveira, Carlos Eduardo Coral de; Guembarovski, Roberta Losi [Coorientadora]Resumo: O câncer de mama, neoplasia mais frequente e com a maior taxa de mortalidade entre as mulheres no mundo todo, é uma doença heterogênea, composta por ao menos seis subtipos moleculares que diferem na apresentação clínica e no valor prognóstico e resposta terapêutica O Fator de Crescimento Transformador ß1 (TGFß1) é uma citocina pleiotrópica, que desempenha funções célula- e contexto-específicas No câncer de mama essa citocina inibe o crescimento de células pouco invasivas, porém estimula a proliferação e invasão de carcinomas mais agressivos Apesar desse efeito paradoxal, pouco se conhece sobre os possíveis efeitos subtipo-específicos de polimorfismos do gene TGFB1 em relação à susceptibilidade e apresentação clínica de carcinomas mamários Dessa forma, o presente estudo objetivou avaliar a influência dos polimorfismos rs18468 (G-8A), rs18469 (C-59T), rs1847 (C29T) e rs18471 (G74C) do TGFB1 e de suas estruturas haplotípicas na susceptibilidade e apresentação clínica de carcinomas mamários em análises estratificadas por subtipos tumorais Os genótipos foram analisados por PCR-RFLP em 32 pacientes com câncer de mama e 45 mulheres livres de neoplasia As análises de associação foram feitas por regressão logística binária controlada pela idade O polimorfismo C-59T aumentou o risco para câncer de mama de forma dominante (OR=1,5; IC95%=1,9-2,4), especialmente para o subgrupo HER2+ (OR=2,16; IC95%=1,16-4,1); o polimorfismo G74C também foi um fator de risco para cânceres HER2+ recessivamente (OR=11,37; IC95%=1,65-78,2), enquanto o polimorfismo C29T foi protetor contra esses tumores no modelo recessivo (OR=,39; IC95%=,18-,84) Reciprocamente, o haplótipo GTCG foi um fator de risco no modelo dominante para o câncer de mama geral (OR=1,41; IC95%=1,3-1,92), particularmente para cânceres HER2+ (OR=1,89; IC95%=1,7-3,35); o haplótipo GCTC também foi um fator de risco para tumores HER2+ (OR=17,9; IC95%=1,86-171,3), enquanto o haplótipo GCTG mostrou-se um fator protetor para esses tumores tanto no modelo recessivo (OR=,35; IC95%=,13-,9) quanto no modelo dominante (OR=,51; IC95%=,29-,9); o haplótipo GCCG foi um fator protetor de forma geral (OR=,52; IC95%=,29-,94), mas especialmente os do subtipo luminal A (LA) (OR=,49; IC95%=,24-,97) O polimorfismo C29T e o haplótipo GCTG correlacionaram-se negativamente com parâmetros clínicos de agressividade (tamanho tumoral, metástase em linfonodo e grau histopatológico) em cânceres HER2+ e triplo negativos (TN); no entanto, o haplótipo GCTG correlacionou-se positivamente com o índice de proliferação celular (Ki67) em tumores LA; por outro lado, o haplótipo GTCG indicou pior prognóstico em cânceres HER2+ e TN, mas correlacionou-se negativamente com o a marcação de Ki67 em tumores LA Assim, o presente trabalho demonstra, pela primeira vez, que variantes alélicas no gene TGFB1 envolvidas na produção da respectiva citocina apresentam papéis subtipo-específicos na patogênese tumoral mamária, o que é consistente com o papel paradoxal desse marcador, inibindo tumores iniciais e pouco agressivos e promovendo aqueles de fenótipo mais agressivosItem Análise da atividade antimicrobiana in vitro de anticorpos IgY contra bactérias multirresistentes aos antimicrobianosFerraro, Ana Carolina Navarro dos Santos; Venâncio, Emerson José [Orientador]; Marroni, Floristher Elaine Carrara; Itano, Eiko NakagawaResumo: Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa são responsáveis por infecções hospitalares de difícil tratamento em razão da emergência de cepas multirresistentes aos antimicrobianos IgY, um anticorpo produzido nas aves, tem sido utilizado em estudos de imunoterapia de doenças por possuir vantagens, como a facilidade na sua produção e purificação O objetivo desse trabalho foi produzir anticorpos IgY específicos para cepas de A baumannii e P aeruginosa multirresistente e determinar sua atividade antimicrobiana in vitro Galinhas poedeiras (White Leghorns) foram imunizadas via intramuscular nos dias 14, 28, e 42 e receberam 4 doses reforços a cada 42 dias com 2 cepas de P aeruginosa e uma de A baumannii produtoras de carbapenemases e portadoras dos genes de resistência aos beta-lactâmicos blaspm-1, blavim-2 e blaoxa-23 respectivamente respectivamente Foram realizadas coletas de sangue e ovo As técnicas de ELISA e western blotting foram realizadas para caracterização imunoquímica dos anticorpos IgY A ação antimicrobiana dos anticorpos IgY foi avaliada por incubação das cepas bacterianas de A baumannii e P aeruginosa a 1x16 UFC/mL com anticorpos IgY específicos e inespecíficos na concentração de 5 a ,156 mg/ml Os resultados obtidos mostraram que há um aumento nos níveis de anticorpos IgY específicos no soro dos animais a partir da primeira imunização Os anticorpos IgY extraídos da gema reconhecem os antígenos bacterianos Além disso, IgY anti-A baumannii produtora de OXA-23, promoveu a inibição do crescimento in vitro de A baumannii blaOXA-23 e IgY anti-P aeruginosa produtora de SPM-1 Enquanto os anticorpos IgY anti-P aeruginosa produtora de VIM-2 foram capazes de inibir o crescimento in vitro das cepas de P aeruginosa blaSPM-1 e blaVIM-2, respectivamente Em ambos os casos a inibição ocorreu de maneira dose dependente Nossos resultados sugerem que a imunoterapia com IgY possa ser uma alternativa utilizada no tratamento de infecções por A baumannii e P aeruginosa multirresistentes aos antimicrobianosItem Análise da expressão proteica e da variante polimórfica rs3761548 no gene FOXP3 em pacientes com câncer de mama triplo negativoLopes, Leandra Fiori; Watanabe, Maria Angelica Ehara [Orientador]; Borelli, Sueli Donizete; Ariza, Carolina Batista; Guembarovski, Roberta Losi [Coorientadora]Resumo: Entre os diversos tipos de câncer, o de mama apresenta-se como um grave problema de saúde pública, sendo o segundo tipo mais frequente no mundo e o primeiro na população feminina Tem sido demonstrado que o câncer de mama pode ser classificado em subgrupos biologicamente e clinicamente distintos Um subgrupo que tem recebido muita atenção é o subtipo triplo negativo (TN), que possui fenótipo de receptor de estrógeno (RE) negativo, receptor de progesterona (RP) negativo e não apresenta a superexpressão do oncogene HER2 (fator de crescimento epidérmico humano 2) As células T reguladoras (Tregs) representam uma população de células que estão envolvidas na regulação da ativação de células T, sendo essenciais para a homeostasia imunológica O marcador comumente utilizado para identificá-las é o gene FOXP3 (forkhead transcription factor 3), um fator de transcrição das Tregs, cuja expressão pode estar aumentada em células tumorais, além das Tregs Neste contexto, este trabalho teve como objetivo investigar um polimorfismo genético (rs3761548) no gene FOXP3, bem como sua expressão proteica, na busca por possíveis envolvimentos na patogênese do câncer de mama TN O polimorfismo genético foi avaliado em 5 pacientes com câncer de mama TN e em 115 controles livre de neoplasia, utilizando-se a técnica de PCR alelo específica A análise proteica foi realizada por imunohistoquímica com anticorpo monoclonal específico para FOXP3 A frequência genotípica para FOXP3 foi 12 % (6/5) e 4 % (4/115) para o homozigoto AA, 34 % (17/5) e 57 % (66/115) para o heterozigoto CA e 54 % (27/5) e 39 % (45/115) para o homozigoto CC, em pacientes e controles, respectivamente Quando analisado a mutação de FOXP3, as pacientes homozigotas AA apresentaram um risco quase 4 vezes maior, indicando uma associação positiva entre este genótipo e o desenvolvimento do câncer de mama TN (OR = 3,78; IC 95 % = 1,2-14,6) Ao correlacionar os genótipos com os parâmetros clínicos e histopatológicos, não houve significância em relação a: tamanho do tumor (p = ,482; rho = ,12), comprometimento de linfonodos (p = ,89; rho = -,23) e grau nuclear (p = ,682; rho = -,62) Adicionalmente, observou-se que a maioria das pacientes (83 %) apresentou expressão elevada de FOXP3 por imunohistoquímica e também que esta expressão foi predominantemente citoplasmática Em relação ao infiltrado de Tregs FOXP3-positivo, obtivemos resultado em 38 das 5 pacientes, das quais 47 % e 58 % apresentaram um infiltrado intratumoral e peritumoral moderado ou intenso, respectivamente Não encontramos resultados significativos quando analisamos este parâmetro em relação a dois dos fatores prognósticos: comprometimento de linfonodos (intratumoral p = ,31 e peritumoral p = ,679) e grau nuclear (intratumoral p = ,531 e peritumoral p = ,39) Entretanto, para o parâmetro tamanho do tumor, as pacientes que apresentaram tamanhos entre 1,5-3 cm o infiltrado intratumoral (p = ,26) foi mais intenso Assim sendo, o gene FOXP3, por ter sido positivamente associado ao desenvolvimento do câncer de mama TN e também por ter apresentado uma elevada expressão proteica neste subgrupo tumoral e uma associação positiva entre o infiltrado intratumoral e o tamanho do tumor, parece ser um candidato promissor a futuras investigações em amostras maiores e em outros subtipos de câncer mamárioItem Análise de polimorfismos do gene PDCD1 no câncer de mama : implicações na patogênese mamária(2021-05-18) Moretto, Sarah Lott; Watanabe, Maria Angelica Ehara; Oliveira, Jaqueline Carvalho de; Oda, Julie Massayo Maeda; Hirata, Bruna Karina BaninOs tumores são heterogêneos e incluem, além das células neoplásicas e do estroma circundante, as células do sistema imunológico. Os linfócitos T CD8+ ativados apresentam grande importância na resposta antitumoral. A proteína de morte celular programada 1 (PD-1), expressa principalmente por linfócitos T, faz parte de um importante ponto de checagem da resposta imune, podendo contribuir para a tumorigênese quando associado ao seu ligante PD-L1 ou PD-L2, expresso por células tumorais. Sabe-se que polimorfismos genéticos podem causar alterações estruturais e quantitativas, influenciando na resposta imunológica. Nesse contexto, este estudo teve por objetivo analisar as variantes alélicas 7146 G>A (rs11568821) e 7209 C>T (rs41386349) do gene PDCD1, o qual codifica para a proteína PD-1, em 204 pacientes com câncer de mama e em 400 mulheres livres de câncer, e correlacioná-las com parâmetros clínico-patológicos. A extração do DNA foi realizada a partir de amostras de sangue periférico e após a execução da técnica de reação em cadeia da polimerase, seguida de digestão enzimática (PCR-RFLP), os fragmentos de DNA foram separados por eletroforese em gel de acrilamida para genotipagem e análise. Neste estudo de associação caso-controle, verificou-se que portadores do alelo A do polimorfismo genético 7146 G>A do gene PDCD1 têm risco maior de desenvolver câncer de mama (OR = 2,42; IC 95% = 1,59 - 3,69; p < 0,001). Esse polimorfismo também se correlacionou com amostras positivas para receptores de estrogênio (τ = 0,25; p < 0,01) e progesterona (τ = 0,17; p = 0,021). No entanto, nenhuma associação entre a variação 7209 C>T e o câncer de mama foi encontrada. Esses resultados relacionados ao polimorfismo PD-1 7146 G>A podem contribuir como um marcador potencial de suscetibilidade e prognóstico para câncer de mama.Item Análise do envolvimento de marcadores sistêmicos de estresse oxidativo e de processo inflamatório no desenvolvimento de múltiplos tipos de câncer de pele não-melanomaBrito, Walison Augusto da Silva; Armani, Alessandra Lourenço Cecchini [Orientador]; Simão, Andréa Name Colado; Oliveira, Karen Brajão de; Marinello, Poliana Camila [Coorientadora]Resumo: O câncer de pele não-melanoma (CPNM) é a neoplasia mais incidente no mundo O tipo mais comum é o carcinoma basocelular (CBC), seguido pelo carcinoma espinocelular (CEC), que por sua vez, pode originar-se de uma lesão pré-neoplásica denominada queratose actínica (QA) Sabe-se que o estresse oxidativo (EO) tem um papel importante na carcinogênese da pele, que ocorre principalmente devido à radiação ultravioleta, que também é capaz de induzir processo inflamatório, ambos relacionados com a iniciação, promoção e a progressão tumoral Entretanto, não está claro se marcadores sistêmicos de EO e do processo inflamatório estão associados com a presença de único e múltiplos tipos de CPNM Assim, este trabalho tem como objetivo investigar marcadores sistêmicos de EO e do processo inflamatório em pacientes com QA e CPNM que poderiam estar associados com a presença de múltiplos tipos de CPNM em um mesmo paciente Participantes foram categorizados em 6 grupos: Controle (sem câncer, n=75), CBC (n=9), CEC (n=24), QA (n=19), CEC+CBC (n=13) e CEC+CBC+QA (n=36) (CEP-UEL n processo 177557 e n 3146725) Três comparações foram feitas entre os grupos: 1) Lesões de CPNM de único tipo: controle vs CBC vs CEC; 2) Diferença entre lesão pré-maligna e CEC: controle vs QA vs CEC; 3) Lesões de múltiplos tipos de CPNM: CBC vs CEC vs CEC+CBC vs CEC+CBC+QA Amostras de sangue foram coletadas, processadas e armazenadas para posteriores análises Dados qualitativos foram analisados pelo teste de Qui-quadrado e pelo teste z para comparar proporções Dados quantitativos foram analisados pelo ANOVA (one-way) ou Kruskal-Wallis depois da verificação da normalidade e homogeneidade dos dados Todos os resultados com p<,1 na análise univariada foram incluídos no modelo multinomial de regressão logística p<,5 foi considerado significativo Na comparação 1, os pacientes com CBC e CEC apresentaram níveis menores de EO sistêmicos comparados ao controle, observado na redução da razão glutationa oxidada e reduzida (p=,12 e p=,25, respectivamente) e na redução da lipoperoxidação (p=,4 e p=,2, respectivamente) Na comparação 2, somente redução na lipoperoxidação dos pacientes com CEC comparados ao grupo controle (p=,37) foi observada Nenhum dos parâmetros avaliados diferiu entre a QA e o CEC Na comparação 3, foi possível observar que a atividade da gama-glutamil transpeptidase (GGT) é diferente nos pacientes com um único tipo de CPNM, e também que os pacientes com ambos os tipos de CPNM (CEC+CBC), apresentaram a maior atividade da enzima Entretanto, essa diferença é perdida quando se considera a localização da lesão Em conclusão, pacientes com CBC e CEC apresentam baixos níveis sistêmicos de EO; a atividade da GGT sistêmica é o único parâmetro de EO, dentre os avaliados, que difere entre os dois tipos de CPNM, além de estar associada com o desenvolvimento dos dois tipos de CPNM em um mesmo paciente, entretanto, a localização do tumor interfere nessas diferenças; nenhum dos marcadores de estresse oxidativo e inflamação analisados difere sistemicamente entre quem possui a lesão pré-maligna e maligna; os parâmetros de inflamação avaliados não diferem sistemicamente nos pacientes, independente de possuírem um ou mais tipos de CPNMItem Análise do estresse oxidativo sistêmico em ratos submetidos ao tratamento com paclitaxel e seu agente solubilizador, Cremophor ELCampos, Fernanda Carolina de; Cecchini, Rubens [Orientador]; Breganó, José Wander; Panis, CarolinaResumo: A quimioterapia com paclitaxel (PTX) é uma das principais formas de tratamento de diversas neoplasias Devido à sua baixa solubilidade, é necessário o uso de Cremophor-EL (CREL), como veículo Embora os efeitos tóxicos do PTX e CREL sejam bem estabelecidas in vitro, os mecanismos in vivo pelos quais isso ocorre ainda não está claro Através de um modelo experimental mimetizando o tratamento quimioterápico realizado em humanos, o objetivo deste estudo foi investigar a participação do estresse oxidativo como um provável mecanismo de toxicidade do tratamento e elucidar se os efeitos tóxicos são devido à associação PTX-CREL ou somente ao veículo CREL Este trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em experimentação animal da Universidade Estadual de Londrina (CEEA n°82/1) Foram utilizados ratos Wistars (25g) canulados na veia femoral para infusão intravenosa (iv) com duração de uma hora Foram avaliados em dois tempos, imediatamente (após 1 hora de infusão) e 24 horas após a infusão e divididos em 2 sets de 4 grupos Grupo controle (CTR) que recebeu infusão iv de 3 mL de NaCl ,9%, grupo etanol (ET) que recebeu infusão iv de 3 mL de NaCl ,9% + etanol 5% v / v , grupo Cremophor (CREL) que recebeu infusão iv de 3 mL de NaCl ,9% + Cremophor 5% v / v em etanol e o grupo paclitaxel (PTX) que recebeu infusão iv de 3 mL de NaCl ,9% + paclitaxel 175mg/m2 (PTX = paclitaxel + cremophor EL + etanol + NaCl ,9%) No primeiro set, os grupos apenas receberam a infusão com duração de 1 hora No segundo set, receberam 72 horas antes dos mesmos protocolos descritos acima, 1mg/kg ip de vitamina E (vitE), para validar a participação do estresse oxidativo Os animais foram sedados com éter etílico e o sangue foi coletado via punção cardíaca Uma alíquota de sangue heparinizado total foi utilizado para determinar a cotagem de hemácias e leucócitos O plasma foi obtido a partir da centrifugação do sangue a 15 rpm, 1 minutos 4 °C, e armazenadas a -2°C Os eritrócitos foram lavados três vezes com solução salina ,9% a 4°C e utilizado imediatamente para as análises Foram realizadas as seguintes avaliações: lipoperoxidação eritrocitária e plasmática avaliada por quimiluminescência (QL), determinação da atividade das enzimas superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT), glutationa reduzida (GSH), contagem de hemácias, perfil de hemoglobina para determinar metahemoglobina (metHB) e oxyhemoglobina (oxyHB), capacidade antioxidante total plasmática (TRAP), determinação de óxido nítrico (NO), hidroperóxidos e níveis de malondialdeído (MDA) Os dados foram analisados utilizando o programa GraphPad Prism 5, two-way ANOVA para cálculos de QL, one way ANOVA e teste t de Student, adotando p < 5 como significativo Os resultados mostraram aumento da QL eritrocitária no grupo CREL nos dois tempos analisados (P < 1) e reversão após 24 horas com o uso da vitE (P < 1) No grupo tratado com PTX a QL eritrocitária não obteve nenhuma diferença significante, diminuindo ainda mais a lipoperoxidação quando tratados com vitE em ambos os tempos analisados A atividade da enzima catalase teve um aumento significativo após 24 horas da infusão de CREL (P< 5), revertido pela vitE, também 24 horas após ( P < 1) O grupo infundido com PTX obteve diminuição da CAT em 24 horas após infusão, e 7 esta diminuição foi alterada pelo prévio tratamento com vitE no mesmo tempo A contagem de hemácias aumentou significatimente no grupo tratado com etanol 24 horas (P < 5) Os níveis de GSH não foram diferentes entre os grupos Os níveis de oxyHB, diminuiu no grupo infundido com PTX imediatamente e previamente tratados com vitE (P < 1), e aumentou no mesmo tempo (P < 1), no grupo tratado com CREL e vitE PTX obteve em 1 hora de infusão aumento de metHB e diminuição após 24 horas, ambos revertido por vitE (P < 5) O TRAP foi aumentado imediatamente no grupo CREL, diminuindo após 24 horas, mas apenas o efeito visto em 24h foi revertido pelo tratamento prévio de vitE (P< 1) No grupo PTX foi observado diminuição imediata do TRAP e vitE reverteu este parâmetro(P < 5) Houve aumento na QL plasmática no grupo PTX em ambos os tempos analisados, revertido pelo tratamento com vitE apenas imediatamente após 1 hora de infusão (P < 1) A lipoperoxidação plasmática do grupo CREL esteve diminuida tanto em 1 hora, quanto após 24 horas, contudo o tratamento com vitE aumentou o perfil da QL no grupo CREL apenas na análise imediata (P < 1) Nenhuma alteração significante em relação a SOD, NO, hidroperóxidos e MDA foram revelados Nossos dados mostraram que o tratamento com CREL é o principal responsável pelos danos oxidativos eritrocitários, enquanto PTX responde principalmente pelos efeitos plasmáticos, ambos através da geração de estresse oxidativo Estes resultados fornecem novas informações sobre a presença de estresse oxidativo, como um mecanismo de toxicidade sistêmica in vivo do tratamento com CREL e PTX e identificam a necessidade de desenvolver novas formulações menos tóxicas de PTXItem Análise do polimorfismo CXCL12 rs1801157 e envolvimento dos inibidores de tirosina quinase na expressão da quimiocina humana CXCL12 e do seu receptor CXCR4 em leucemia mielóide crônicaFujita, Thiago Cezar; Watanabe, Maria Angelica Ehara [Orientador]; Luiz, Rodrigo Cabral; Oliveira, Karen Brajão deResumo: As leucemias são doenças particularmente heterogêneas e complexas, tanto do aspecto morfológico quanto biológico A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma doença proliferativa do sistema hematopoiético caracterizada por uma superprodução de células da linhagem granulocítica, especialmente neutrófilos e ocasionalmente monócitos, resultando em acentuada esplenomegalia e elevada leucometria Cerca de 9% dos pacientes diagnosticados com LMC apresentam um “marcador” denominado cromossomo Filadélfia (Ph), produto de uma translocação entre os cromossomos 9 e 22, caracterizando uma oncoproteína denominada BCR/ABL O tratamento para LMC, Ph positivo, inclui diferentes estratégias, que vão desde o simples controle na contagem de leucócitos, eliminação das células Ph positivas por substituição de células alogênicas ou por supressão não-específica do clone neoplásico Dentre as drogas descritas para o tratamento de LMC na fase crônica são o Bussulfan e a Hidroxiuréia; transplante alogênico de células tronco hematopoiéticas, Interferon-_ e inibidores do domínio tirosina quinase do BCR/ABL Ultimamente têm-se discutido o papel das quimiocinas e o seu envolvimento nas neoplasias O fator-1 derivado do estroma da medula óssea (SDF-1/CXCL12) é uma quimiocina que ao se ligar ao receptor (CXCR4), desenvolve importantes funções na migração, retenção e desenvolvimento de progenitores hematopoiéticos na medula óssea Além disso, o sistema CXCL12/CXCR4 está envolvido na quimiotaxia de células cancerosas e na metástase tumoral Observou-se que as células leucêmicas escapam da apoptose in vitro quando entram em contato com as células produtoras de CXCL12 Foi descrito um polimorfismo do CXCL12 designado rs181157 na região 3’ UTR da quimiocina CXCL12 relacionada com um possível aumento da expressão dessa quimiocina Portanto, o presente trabalho investigou a relação do polimorfismo rs181157 CXCL12 na expressão de CXCL12 e CXCR4 em pacientes com LMC comparado a indivíduos saudáveis No presente estudo, não foi encontrado relação entre a presença do polimorfismo 3’A para o CXCL12 e os pacientes acometidos por Leucemia Mielóide Crônica Além disso, não houve associação entre a expressão de CXCL12 e a expressão de CXCR4, teste de correlação de Sperman não significante (p = ,621) Entretanto, foi detectada uma maior expressão de CXCR4 (1,946 vezes maior) nos pacientes com Leucemia Mielóide Crônica (p = ,9) comparados aos indivíduos saudáveis Além disso, nesse trabalho, os diferentes aspectos da terapia na LMC também foram considerados para análise Nessa população, há uma inferência entro o tempo de tratamento com o mesmo quimioterápico e a expressão de CXCR4 (p = ,36) nos pacientes com LMC Curiosamente, sete pacientes analisados que possuem tempo de tratamento por um período igual ou superior a 2 meses, demonstraram aumento acentuado na expressão de CXCR4, sendo que esse aumento foi em média três vezes maior aos pacientes com tempo de tratamento inferior a 1 meses (p = ,43) Os aspectos moleculares desse trabalho podem auxiliar no diagnóstico, monitoramento e prognóstico das leucemias Podem proporcionar também uma melhor compreensão dos mecanismos moleculares envolvidos na patogênese assim como outros alvos e alternativas terapêuticas para a Leucemia Mielóide CrônicaItem Análise do polimorfismo genético do receptor de quimiocina CCr5 em pacientes com Leishmaniose Tegumentar Americana da região Norte do ParanáOliveira, Karen Brajão de; Watanabe, Maria Angelica Ehara [Orientador]; Borelli, Sueli Donizete; Estevão, DirceuResumo: As quimiocinas são importantes determinantes da resposta inflamatória A variante D32 do receptor de quimiocina 5 (CCR5) resulta na forma não funcional desse receptor, e tem sido relacianada com diversas doenças No presente trabalho, reação em cadeia da polimerase, utilizando oligonucleotídeos iniciadores específicos para o CCR5, abrangendo a região da deleção , detectou um produto de 225 pb para o alelo selvagem (CCR5) e um produto de 193pb para o alelo D32 O objetivo deste estudo foi investigar a variante D32 do gene do CCR5 na população brasileira com leishmaniose e comparar com indivíduos saudáveis e também verificar a progressão da forma cutânea para a mucocutânea da leishmaniose nos portadores do alelo D32 Dentre 1 pacientes com valores para teste de Montenegro e imunofluorescência indireta positivos para leishmaniose, 32% eram mulheres e 68% homens, com uma prevalência significativa de homens com idade entre 21 a 6 anos Encontramos uma freqüência de ,6 para o alelo D32 Os pacientes com leishmaniose apresentaram 89% (89/1) de CCR5/CCR5, 1% (1/1) CCR5/D32 e 1% D32/ D32 enquanto que os indivíduos saudáveis apresentaram 91% (91/1) de CCR5/CCR5, 8% (8/1) CCR5/D32 e 1% (1/1) D32/D32, portanto não houve diferença significativa entre os grupos analisados Os pacientes selvagens (89% - 89/1) apresentaram um largo espectro de manifestações clínicas Entre eles verificou-se 22,47% (2/89) de lesões mucosas com perfuração do septo nasal cartilaginoso e 77,53% (69/89) de lesões cutâneas Destes pacientes com septo nasal perfurado, 55% (11/2) apresentaram as lesões mucosas após 2,85 ± ,5 anos do diagnóstico inicial e valor médio para o teste de Montenegro de 11,87 (± 2,45) mm Já 45% (9/2) dos pacientes desenvolveram estas lesões após 16,25 (± 4,6) anos e apresentaram valores médios para o teste de Montenegro de 25 (± 2,74) mm Neste trabalho os portadores do alelo D32 (1% - 1/1) apresentaram apenas lesões cutâneas Finalmente em relação aos portadores D32, observou-se um espectro de manifestações clínicas menos severo, em comparação com indivíduos selvagens Apesar dos portadores do alelo D32 terem demonstrado ausência de lesões mucocutâneas, mais estudos são necessários para esclarecer o papel do CCR5 nos aspectos clínicos da leishmaniose devido ao baixo numero de portadores do alelo D32Item Análise do polimorfismo rs1801157 de CXCL12 na infecção pelo Papilomavírus humano (HPV) e no desenvolvimento de lesões cervicaisOkuyama, Nádia Calvo Martins; Oliveira, Karen Brajão de [Orientador]; Ariza, Carolina Batista; Hirata, Bruna Karina BaninResumo: O Papilomavírus Humano (HPV) é o principal agente etiológico no desenvolvimento de lesões cervicais que podem evoluir para o câncer cervical Entretanto, somente o vírus HPV não é suficiente para o desenvolvimento das lesões e do carcinoma cervical Neste contexto, mediadores imunes como as quimiocinas são importantes para o tráfego de leucócitos em processos biológicos como a inflamação e podem influenciar no desfecho da patologia Dentre estas se destaca a quimiocina CXCL12, a qual apresenta um polimorfismo genético na região 3’UTR, denominado rs181157 (g17289G>A), cujo papel biológico no prognóstico do câncer é controverso Até o momento não há estudos sobre a sua influência na infecção pelo HPV, assim como no desenvolvimento de lesões são escassos e contraditórios Desta forma, o presente estudo teve por objetivo avaliar a associação deste polimorfismo com a infecção pelo HPV e no desenvolvimento de lesões cervicais Dentre as 364 mulheres avaliadas, atendidas pelo Sistema Único de Saúde, o DNA viral foi detectado, em células do colo uterino por Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), em 169 pacientes O polimorfismo de CXCL12 foi analisado através de PCR seguida de restrição enzimática (PCR-RFLP) A maior frequência do vírus foi observada em mulheres com idade inferior a 24 anos (p<,1), solteiras (p=,2), tabagistas (p<,1) e com renda inferior a 1 salário mínimo (p=,4), que apresentaram mais de 4 parceiros sexuais durante a vida (p=,7) e mais de 5 gestações (p=,17) Quando avaliado o papel do polimorfismo na infecção pelo HPV observou-se que o vírus foi mais prevalente em mulheres portadoras do alelo A (p<,1), dado confirmado por meio da análise de regressão logística, ajustada para fatores de confusão: conhecimento sobre o vírus, renda mensal, tabagismo, estado civil, número de gestações, partos e de parceiros sexuais Foi encontrada associação entre o polimorfismo e o desenvolvimento de lesão intraepitelial de alto grau (LIEAG) (p=,3) Tendo em vista os dados apresentados, o polimorfismo de CXCL12 rs181157 está independentemente associado à infecção por HPV, podendo ser considerado como um marcador de susceptibilidade para a infecção Contudo, mais estudos são necessários a fim de esclarecer o mecanismo pelo qual o polimorfismo contribui para a infecção e para a expressão da quimiocina no microambiente cervical, e qual o seu papel no desenvolvimento de lesõesItem Análise dos padrões de morte celular induzida pela metformina em células de câncer de mama humano MCF-7Lopes, Natália Medeiros Dias; Armani, Alessandra Lourenço Cecchini [Orientador]; Cecchini, Rubens; Marinello, Poliana CamilaResumo: O câncer de mama é a neoplasia com a maior incidência e mortalidade entre as mulheres no mundo todo Apesar de novas formas de tratamento para este tipo de câncer, o desenvolvimento de resistência ao tratamento ainda é uma grande preocupação A metformina, um fármaco de utilização oral para o tratamento de diabetes tipo 2, vem apresentando resultados interessantes ao ser utilizado como uma possível alternativa para o tratamento de vários tipos de câncer, inclusive o câncer de mama, onde estudos mostram que a metformina induz a morte das células tumorais pela geração de estresse oxidativo Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi analisar por quais vias a metformina estaria induzindo a morte das células de câncer de mama humano MCF-7, utilizando os inibidores específicos para cada via de morte, como o Z-vad, um inibidor de pan-caspases, que age no sítio catalítico das caspases bloqueando a apoptose; o inibidor de necroptose, a Necrostatina-1 que age bloqueando a RIPK1, impedindo a morte por necroptose, e a Deferoxamina, um quelante de ferro que inibe a morte por ferroptose Para isso, as células foram tratadas com duas concentrações de metformina (1mM e 5mM) concomitantemente com os inibidores de morte, Z-vad (1µM), Necrostatina-1 (5 µM) e Deferoxamina (1 µM) Após 24 horas de tratamento, foram analisados a viabilidade e proliferação celular, análise de morte celular por citometria de fluxo através da coloração com Anexina V e Iodeto de propidio, e quanto aos parâmetros de estresse oxidativo foram analisados tiol total, GSH, GSSG e malondialdeído Os resultados mostraram que após o tratamento com as duas concentrações de metformina houve uma redução da viabilidade e proliferação das células, porém quanto ao tratamento concomitante da metformina com os inibidores, estes índices foram restaurados Quanto aos parâmetros de estresse oxidativo, a metformina reduziu os níveis de antioxidantes (Tiol, GSH e GSSG), porém no tratamento concomitante com os inibidores de morte os antioxidantes foram preservados Em relação ao marcador de lipoperoxidação, malondialdeído, as duas concentrações de metformina foram capazes de aumentar a sua concentração Estes resultados nos sugerem que a metformina não induz apenas um tipo de morte celular, uma vez que os três inibidores de morte utilizados foram capazes de reverter os efeitos tóxicos do fármaco Quanto à geração de estresse oxidativo, o tratamento com os inibidores de morte parecem proteger as células da morte induzida pela metformina, condizendo com os resultados já descritos de que a morte induzida pela metformina estaria associada com a geração de estresse oxidativoItem Análise dos polimorfismos genéticos de CXCL12 e CXCR4 e níveis plasmáticos de CXCL12 na leucemia linfoide aguda infantojuvenilPetenuci, Diego Lima; Watanabe, Maria Angelica Ehara [Orientador]; Amarante, Marla Karine; Oliveira, Karen Brajão de; Oliveira, Carlos Eduardo Coral de [Coorientador]Resumo: A leucemia linfoide aguda (LLA) é uma doença maligna originada a partir de uma série de alterações genéticas e/ou epigenéticas em um único precursor hematopoiético que adquire características de malignidade No processo de desenvolvimento da doença, há um acúmulo inicial de leucócitos malignos na medula óssea com tendência de evasão para a corrente sanguínea e invasão para outros órgãos Embora de etiologia desconhecida, acredita-se que a leucemogênese ocorre a partir de uma complexa rede de interações entre fatores ambientais e genéticos que favorecem as modificações celulares Estudos de associação genética e suscetibilidade ao câncer, incluindo a LLA, têm avaliado polimorfismos de nucleotídeo único (SNP) em genes que regulam a hematopoiese e outros processos imunológicos importantes A quimiocina CXCL12 e seu receptor CXCR4 desempenham uma função essencial no homing de células tronco hematopoiéticas e a ativação deste eixo serve de suporte para eventos malignos em células leucêmicas, além de desempenhar um importante papel na invasão extramedular em crianças com LLA O gene que codifica a quimiocina CXCL12 apresenta um polimorfismo no segmento conservado da região 3’UTR (rs181157) (G/A), o qual foi relacionado com o aumento de sua expressão, podendo facilitar a metástase e a mobilização de células leucêmicas Da mesma forma, foi descrito no gene CXCR4 um polimorfismo de base única (C/T) no códon 138 (rs222814) que vem sendo associado a diferentes neoplasias Neste contexto, no presente estudo, investigouse a associação destes polimorfismos e os níveis plasmáticos de CXCL12, com a suscetibilidade da doença, risco de recidiva, fase clínica dos pacientes e risco de óbito A análise dos polimorfismos foi realizada pelo método de reação em cadeia da polimerase seguido da avaliação do tamanho dos fragmentos de restrição (PCRRFLP), a partir de amostras de sangue periférico de 94 pacientes com LLA e 137 indivíduos livres de neoplasia; os níveis plasmáticos de CXCL12 foram determinados por ensaio de imunoadsorção ligado à enzima (ELISA) (grupo LLA n=62 e grupo controle n= 59) Não foram observadas associações entre os polimorfismos rs181157 e rs222814 com a suscetibilidade ou risco de recidiva da LLA; no entanto, foi observada uma forte associação do polimorfismo do CXCL12 com o risco de morte em pacientes com o genótipo AA comparado com os outros genótipos (p=,14) Diferentemente, os níveis plasmáticos da quimiocina não demonstraram diferenças significativas entre pacientes com LLA e grupo controle, nem quanto ao risco de recidiva No entanto, foi notado um significativo aumento de CXCL12 em pacientes (p=,4) e controles (p=,4) portadores do alelo A para o polimorfismo rs181157 Este estudo sugere que o polimorfismo no gene CXCL12 pode alterar a sua expressão, e indica um possível envolvimento do polimorfismo do CXCL12 e o risco de morte em pacientes com LLAItem Análise dos polimorfismos genéticos dos receptores de quimiocinas CCR5 Delta32 e CCR2-V64I e do nível plasmático de RANTES em indivíduos obesos e não-obesosDias, Flávia Luísa; Watanabe, Maria Angelica Ehara [Orientador]; Losi-Guembarovski, Roberta; Rosa, Flávia Troncon; Oliveira, Carlos Eduardo Coral de [Coorientador]Resumo: A obesidade é definida como uma doença resultante de um desequilíbrio energético, onde o consumo calórico é maior que o gasto, que tem como consequência o acúmulo de ácidos graxos nas células do tecido adiposo, manifestado pelo aumento de peso corporal O tecido adiposo é imunologicamente dinâmico e possui uma concentração de leucócitos residentes responsáveis pela homeostase A mudança destas células para um perfil inflamatório tem sido implicada na patogênese da obesidade De fato, a ativação de macrófagos no tecido adiposo é relacionada à desregulação metabólica, assim como a migração de monócitos derivados da medula óssea e sua diferenciação em macrófagos com fenótipo inflamatório no tecido adiposo obeso é direcionada por quimiocinas e seus receptores A este respeito, a citocina quimiotática regulada sob ativação, expressa e secretada por células T normais (RANTES) e os receptores 5 e 2 da família de quimiocinas CC (CCR5 e CCR2) desempenham papéis importantes, controlando o recrutamento e a polarização de macrófagos no tecido adiposo, com subsequente desenvolvimento de resistência à insulina e obesidade Portanto, o objetivo deste estudo foi investigar o impacto dos polimorfismos CCR2-V64I (rs1799864) e CCR5-?32 (rs333) e os níveis plasmáticos de RANTES em 9 indivíduos sobrepesos e obesos, em comparação com 9 indivíduos não-obesos Os polimorfismos no CCR5 e CCR2 foram detectados a partir do DNA genômico do sangue total, utilizando o método de reação em cadeia da polimerase (PCR) convencional e de polimorfismo de fragmento de restrição (RFLP), respectivamente As tabelas de contingência de 2 × 2 e análise de regressão múltipla foram utilizadas para determinar a associação dos genótipos com obesidade ELISA para RANTES humana foi usada para determinar os níveis da quimiocina no plasma Ao nosso conhecimento, este é o primeiro estudo buscando associar os polimorfismos CCR2-V64I e CCR5-?32 e a suscetibilidade à obesidade na população brasileira Como resultado, não houve diferenças significativas nas freqüências genotípicas e alélicas dos polimorfismos do CCR2 e CCR5, bem como em relação ao risco de obesidade (p> ,5) No entanto, um aumento significativo da RANTES plasmático foi detectado no grupo de obesos comparados ao grupo controle (p=,3) Quando estratificados por grau de obesidade e comparados ao grupo controle, os níveis plasmáticos de RANTES nos obesos classe I (n = 1; p = ,2) e obesos classe II (n = 17; p = ,4) foram significantemente maiores, embora apenas uma tendência foi notada no grupo de obesos classe III (n = 13; p = ,7) Foi demonstrando um aumento significativo no RANTES plasmático dos homens obesos comparadas aos homens não-obesos (p=,4), porém este aumento não foi evidenciado entre as mulheres Mulheres do grupo não-obeso apresentaram concentrações maiores de RANTES plasmático em relação aos homens do mesmo grupo (p=,2), porém esta diferença entre gêneros não foi notada no grupo obeso A constatação de que entre as pessoas não-obesas, o gênero tem um efeito significativo sobre a concentração RANTES é potencialmente importante e deve ser investigada No entanto, os níveis plasmáticos de RANTES foram significativamente maiores no grupo obeso, independentemente do gênero, sugerindo uma relação desta quimiocina com o excesso de peso, demonstando um possível alvo de intervenções terapêuticas na obesidadeItem Análise dos polimorfismos genéticos rs1800468 e rs1800469 e níveis plasmáticos de TGFB1 na leucemia linfoide aguda infantojuvenilSakaguchi, Alberto Yoichi; Watanabe, Maria Angelica Ehara [Orientador]; Oliveira, Carlos Eduardo Coral de; Ariza, Carolina Batista; Amarante, Marla Karine [Coorientadora]Resumo: A leucemia linfoide aguda (LLA) é um tipo de neoplasia hematológica que afeta as células precursoras das linhagens B e T, com maior incidência na faixa pediátrica Sua fisiopatologia envolve o bloqueio da diferenciação e a elevada proliferação das células precursoras, denominadas blastos leucêmicos Apesar do desconhecimento, acredita-se que a leucemogênese origine-se de uma complexa interação entre fatores ambientais e genéticos que propicia as modificações celulares Na LLA, vários estudos de análises genéticas, como polimorfismos de base única (SNPs), têm sido realizados na tentativa de encontrar marcadores que possam estar relacionados com à susceptibilidade a doença ou influenciar a resposta à quimioterapia O fator de crescimento transformador B1 (TGFB1) é uma citocina pleiotrópica capaz de exercer várias funções biológicas, como moduladora do sistema imune e reguladora da proliferação de células epiteliais e hematológicas No contexto patológico e carcinogênico, esta citocina pode favorecer a invasão e provocar metástase por meio da modulação do sistema imune e microambiente tumoral O gene que codifica a citocina TGFB1 apresenta dois polimorfismos na região promotora, rs18468 (G-8A) e rs18469 (C-59T), os quais vêm se destacando como possíveis marcadores associados ao câncer e outras doenças Neste estudo, objetivou-se avaliar estes polimorfismos e os níveis plasmáticos de TGFB1, e determinar sua associação com a susceptibilidade e o prognóstico em pacientes infantojuvenis com LLA A análise dos polimorfismos genéticos foi realizada pelo método de reação em cadeia da polimerase seguido de avaliação do tamanho dos fragmentos de restrição (PCR-RFLP), e os níveis plasmáticos de TGFB1 foram quantificados por ensaio de imunoadsorção ligado à enzima (ELISA) Não foram observadas associações entre os dois polimorfismos (rs18468 e rs18469) com susceptibilidade ou risco de recidiva da LLA (p>,5) Na análise de expressão proteica, os polimorfismos da região promotora não foram associados às alterações da concentração plasmática do TGFB1 No entanto, pacientes com LLA apresentaram concentração média de TGFB1 significativamente reduzida em relação ao grupo controle (p<,1) A quimioterapia parece exercer influência na modulação da concentração plasmática desta citocina Ao diagnóstico, os pacientes com LLA apresentaram níveis plasmáticos significativamente menores quando comparados aos pacientes em tratamento (p=,8) e em remissão (p=,2) Além disso, a concentração de TGFB1 plasmático nos pacientes foi restaurada durante a remissão, sendo similar ao grupo controle (p=,95) Portanto, este estudo demonstra os efeitos de uma função imune desregulada na LLA infantojuvenil, no que se refere ao TGFB1, e indica uma possível regulação do TGFB1 induzida pelo tratamento na LLAItem Análise dos polimorfismos rs1800470 e rs1800471 do TGFB1 em mulheres HPV positivas e controlesTrugilo, Kleber Paiva; Oliveira, Karen Brajão de [Orientador]; Losi-Guembarovski, Roberta; Watanabe, Maria Angelica Ehara; Ariza, Carolina Batista [Coorientadora]Resumo: A infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) e a manutenção de vias inflamatórias estão envolvidas na patogênese das lesões pré-malignas e do câncer cervical No microambiente da infecção, várias citocinas são produzidas e influenciam direta e indiretamente a persistência das lesões cervicais e a progressão para o câncer Neste contexto, o fator de transformação do crescimento ß (TGFB), uma citocina reguladora do crescimento e diferenciação celular, possui um papel paradoxal e atua tanto na supressão como na progressão do tumor Polimorfismos genéticos de base única (SNPs) que alteram a produção de TGFB, como c29C>T (rs1847) e c74G>C (18471), vêm sendo associados ao câncer No entanto, a relação com as lesões provocadas pelo HPV e com o câncer cervical ainda não está bem estabelecida Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a associação destes polimorfismos do TGFB1 com a infecção por HPV e com as lesões intraepiteliais escamosas de baixo e alto grau (LSIL e HSIL) Para isso foram coletadas amostras de 35 mulheres para detecção de HPV por PCR e genotipagem dos polimorfismos c29C>T e c74G>C por PCR-RFLP; dados sócio-demográficos e de comportamento sexual foram obtidos através de aplicação de questionário O DNA viral foi detectado em 172 (49,1%) mulheres com maior frequência entre as com idade =24 anos (p=6), solteiras (p=13), que nunca gestaram (p=7), nulíparas (p=8) e que desconheciam sobre o que é o HPV (p=17) No caso das lesões, LSIL foi mais frequente entre mulheres com idade =24 anos (p=36), enquanto HSIL esteve mais presente em mulheres que tiveram pelo menos 4 parceiros sexuais durante a vida (p<1) Tanto LSIL como HSIL tiveram alta frequência entre as fumantes (p=2) Em relação aos polimorfismos, pacientes HPV+ apresentaram maior frequência do genótipo c74CG (p=4) e dos genótipos combinados c29CC+CT/c74CG (p=4) associados à maior susceptibilidade de contrair o vírus [OR=281 CI95% (135-586); OR=314 CI95% (142 – 694), respectivamente] Por outro lado, utilizando um modelo de regressão logística ajustado, o genótipo c29CC foi associado à HSIL (b=91, ?²Wald (df=1)=396, p=47) e elevou 2,48 vezes as chances de apresentar este tipo de lesão comparado ao genótipo c29TT [OR=248 CI95% (11-68)] Desta forma, o presente trabalho demonstrou pela primeira vez que os polimorfismos c74G>C e c29C>T foram associados ao risco de infecção por HPV e ao desenvolvimento de HSIL, respectivamente Por conseguinte, estes dois SNPs, fazendo parte da composição de um painel genotípico, poderiam ser utilizados como potenciais marcadores moleculares de prognóstico para estas doenças Contudo, uma maior população de estudo é necessária para que sejam feitas análises adicionais a fim de validar estes resultadosItem Análise histológica do íleo de ratos Wistar suplementados com ovoprodutosDamasco, Kamila Falchetti; Venâncio, Emerson José [Orientador]; Kwasniewski, Fábio Henrique; Fernandes, Eduardo VignotoResumo: O íleo e suas placas de Peyer (PPs) fazem parte do tecido linfoide associado ao intestino (GALT), um componente do tecido linfoide associado à mucosa que pode ser subdividido em GALT indutor e GALT efetor O primeiro induz a resposta imune local e, o segundo protege o intestino contra a invasão microbiana Apesar disso, o trato intestinal representa uma importante porta de entrada de patógenos Nesse contexto, a IgY, imunoglobulina presente na gema de ovos, vem sendo investigada Alguns estudos relataram que os anticorpos IgY têm a capacidade de aumentar a relação da altura das vilosidades e profundidade das criptas, reduzir a quantidade de microrganismos patogênicos, reduzir a quantidade de folículos linfoides jejunais e linfócitos T nas PPs e, estimular a produção de anticorpos contra a IgY Diante do potencial antimicrobiano e imunomodulador da IgY e, da rica composição nutricional dos ovos integrais, empresas alimentícias têm investido na comercialização de ovoprodutos Estes, segundo os fabricantes, são constituídos de pó de ovo e caracterizados como suplementos dietéticos hiperimunes No entanto, os efeitos da sua administração a organismos saudáveis ainda é desconhecido Diante disso, o objetivo desse estudo foi analisar os efeitos da administração oral de dois ovoprodutos sobre o íleo e PPs de ratos Wistar fêmeas saudáveis Como controle foram utilizados ovos comerciais não hiperimunes secos por spray drying Ambos os ovoprodutos e os ovos comerciais foram avaliados quanto a composição centesimal, o perfil proteico, a presença e reatividade dos anticorpos IgY e a qualidade microbiológica Os ratos Wistar saudáveis foram alimentados pela via oral com 13 mg dos ovoprodutos ou ,5 mL de PBS durante 14 dias e, induzidos a eutanásia Após a laparatomia, foram quantificadas as PPs do íleo dos animais e coletados uma placa de Peyer e 1,5 cm do íleo de cada animal As fezes coletadas antes e depois da suplementação foram processadas para a análise da presença de IgA anti-IgY e os tecidos coletados para a análise morfométrica Os resultados obtidos demonstraram que os ovoprodutos contemplam as características descritas pelos fabricantes A suplementação com os ovoprodutos não alterou a espessura das camadas do íleo O ovoproduto 1 e o ovo comercial aumentaram a quantidade de folículos linfoides nas PPs e a IgY não foi imunogênica ao modelo experimental utilizado Portanto, a suplementação alimentar via oral de ratos Wistar saudáveis com os ovoprodutos não causou prejuízos ao íleo e a suplementação com os ovoproduto 1 e o ovo comercial imunoestimulou as PPs do íleo dos animais