02 - Mestrado - Ciências da Reabilitação
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Item Acompanhamento do tônus da musculatura acessória da inspiração por meio da eletromiografia de superfície em recém-nascidos pré-termo com e sem displasia broncopulmonar : estudo longitudinalRosa, Tathiane Ribeiro; Probst, Vanessa Suziane [Orientador]; Felcar, Josiane Marques; Ferrari, Lígia Silvana LopesResumo: Introdução: Embora as diferenças de tônus muscular sejam observadas na prática clínica em recém-nascidos prematuros (RNPT) com displasia broncopulmonar (DBP), elas permanecem pouco estudadas nesta população, especialmente com ferramentas mais objetivas Objetivos: Avaliar objetivamente o tônus da musculatura acessória da inspiração dos RNPT com e sem DBP desde o nascimento até completarem 36 semanas gestacionais Métodos: Foram incluídos 37 RNPT com menos de 36 semanas de idade gestacional e peso inferior a 15 gramas no período de maio de 216 a fevereiro de 217 Os RNPT foram submetidos à avaliação do tônus muscular com eletromiografia de superfície (EMG) a cada duas semanas após o nascimento, nos músculos: peitoral maior (PM), serrátil anterior (SA), trapézio (TP) e eretor da espinha (EE) Aqueles com complicações graves, óbitos e menos de três medidas EMG foram excluídos A posteriori, os RNPT foram separados em: GDBP (com DBP, definida pela necessidade de oxigênio suplementar por 28 dias ou mais) e grupo controle (GC), sem DBP Resultados: Foi observado maior tônus do músculo TP no GDBP quando comparado ao GC na 1ª, 2ª, 3ª e 4ª avaliações EMG; p<,4 para todas O SA apresentou-se com maior tônus apenas na 1ª avaliação, e o EE na 2ª e na 4ª avaliações no GDBP em comparação ao GC, p<,5 para todas Na análise intragrupo, o tônus muscular do EE diminuiu ao longo do tempo em ambos os grupos (p<,5) Conclusão: Ao longo do período de internação na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) o tônus da musculatura acessória da inspiração é maior nos RNPT com DBPItem Adaptação transcultural e avaliação das propriedades psicométricas da moorong self efficacy scale (MSES) para a língua portuguesa e cultura brasileira : MSES ? BrasilBortolloti, Ligia Franciele; Lavado, Edson Lopes [Orientador]; Santos, Suhaila Mahmoud Smaili; Costa, Viviane de Souza PinhoResumo: Introdução: a lesão da medula espinal (LME) representa um dos maiores desafios físicos e emocionais que o ser humano pode enfrentar, com mudanças devastadoras para o funcionamento físico do indivíduo, independência, papéis sociais, profissionais e sexuais, e estilo de vida Variáveis psicológicas são bem reconhecidas por influenciar nos resultados de saúde após uma LME, uma variável que tem sido objeto de estudos recentes em relação aos resultados de saúde em pessoas com uma série de condições médicas é a autoeficácia A Moorong Self-Efficacy Scale (MSES) é uma escala que avalia com uma série de itens específicos a autoeficácia em pessoas com LME Objetivo: realizar a adaptação transcultural e avaliação das propriedades psicométricas da MSES para a língua portuguesa e cultura brasileira em uma amostra de pacientes com LME, sendo que a avaliação das propriedades psicométricas envolve a reprodutibilidade (confiabilidade intra e interavaliadores), validade de construto (correlação com o Medical Outcomes Study 36 – Item from Health Survey - SF-36 e a Medida de Independência Funcional - MIF) e a responsividade (3 e 6 meses) Método: para a fase de adaptação transcultural participaram 1 indivíduos e para a fase de avaliação das propriedades psicométricas foram 72 A confiabilidade intra e interavaliadores foi realizada com os 2 primeiros pacientes Na avaliação inicial a MSES era aplicada pela pesquisadora e por um segundo entrevistador 15 minutos depois, obtendo-se a confiabilidade interavaliadores Passados 5 a 7 dias a MSES – Brasil era novamente aplicada pela pesquisadora e com isso obtinha-se a avaliação intra-avaliador Todos os 72 pacientes foram entrevistados, na avalição inicial, além da MSES – Brasil, com o SF-36 e a MIF para a avaliação da validade de constructo Após 3 e 6 meses da avaliação inicial os 72 pacientes foram reavaliados com a MSES – Brasil para a obtenção da responsividade Resultados: a adaptação transcultural gerou a versão MSES - Brasil que manteve o mesmo número de itens, domínios, alocação dos itens, formato e padrões de respostas da versão original A reprodutibilidade intra-avaliador teve um CCI de ,97 e interavaliador de ,98 A consistência interna no tempo inicial de aplicação foi de ,835, após 3 meses foi ,89 e 6 meses depois o a de Cronbach foi de ,88 Não houve efeito ceiling e floor As correlações de validade de constructo (rho) foram obtidas no domínio capacidade funcional do SF-36 e autocuidado, transferências, escore motor e total da MIF A responsividade apresentou limitações durante o seguimento (P=,865) Conclusão: A MSES - Brasil apresentou medidas psicométricas aceitáveis, mostrando ser uma escala com boa consistência interna, reprodutibilidade, validade, sendo um instrumento de rápida administração e fácil compreensãoItem Adaptação transcultural para a língua portuguesa e avaliação das propriedades psicométricas da Exercise Self-Efficacy Scale (ESES) para indivíduos com lesão na medula espinalPisconti, Fernando; Lavado, Edson Lopes [Orientador]; Santos, Suhaila Mahmoud Smaili; Costa, Viviane de Souza PinhoResumo: Introdução: Com a melhora da assistência médica, a expectativa de vida após uma lesão na medula espinal tem aumentado, mas o comportamento sedentário é uma consequência comum nesses indivíduos que pode acarretar complicações secudárias que podem levar ao óbito Um dos conceitos que mais vem sendo utilizados dentro das pesquisas sobre promoção da saúde é a Autoeficácia, conceito esse que a partir de 27 passou a ser avaliado, especificamente em indivíduos com lesão medular praticantes habituais ou não de uma atividade física ou programa de exercícios físicos, através da escala ESES Objetivo: Adaptar transculturalmente e validar a Exercise Self-Efficacy Scale (ESES) para a língua Portuguesa e cultura brasileira para avaliação da autoeficácia em exercícios em indivíduos com lesão medular no Brasil Método: O processo de adaptação transcultural seguiu o método preconizado por Beaton (2) e contou com uma amostra de 1 indivíduos Na etapa de validação,o ESES foi aplicado três vezes, em intervalos de três meses, em 76 indivíduos com lesão medular entre os níveis C5-L2 A confiabilidade foi avaliada pelos métodos CCI e Bland e Altman e a consistência interna foi avaliada através do Alpha de Cronbach Para análise da validade de construto, o ESES foi correlacionado com os domínios do SF-36 e da MIF e avaliado através do coeficiente rho de Spearman Resultados: A versão brasileira do ESES apresentou boa consistência interna (Alpha de Cronbach: a1=856, a2=855, a3=822) e alta confiabilidade no teste-reteste (CCI = ,97; IC 95% [,92 ; ,99]) Houve uma correlação forte do ESES somente com o domínio Capacidade Funcional do questionário genérico de qualidade de vida SF-36 (rho de Spearman = ,78) Não houve mudança estatísticamente significante nas pontuações do ESES entre a primeira, segunda e terceira aplicações (P = ,796) Conclusão: Os resultados da versão brasileira do ESES suportam seu uso como uma medida válida e confiável na avaliação da autoeficácia em exercícios em indivíduos com lesão medular Futuras pesquisas devem diferenciar a pontuação do ESES-Brasil em indivíduos praticantes de um exercício físico regular de indivíduos com atividade física ligada à demandas funcionais diáriasItem Adaptação transcultural, validação e reprodutibilidade do teste alusti para avaliação da capacidade física e funcional de idosos brasileiros(2024-01-31) Ribeiro, Isabella Servilha; Probst, Vanessa Suziane; Dellarosa, Mara Solange Gomes; Teixeira, Denilson de Castro; Loyola, Walter Aquiles SepúlvedaIntrodução: O Teste Alusti, desenvolvido na Espanha em 2018, é uma escala de avaliação multidimensional da situação funcional da pessoa idosa. No entanto, tal instrumento ainda não foi adaptado transculturalmente para a língua Portuguesa. Objetivo: Realizar a adaptação transcultural do Teste Alusti para a língua portuguesa do Brasil, bem como avaliar suas propriedades psicométricas. Método: O processo de adaptação transcultural para o Português brasileiro foi feito de acordo com as recomendações internacionais. Após este processo, a escala foi aplicada em 100 indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos, residentes na comunidade e em instituições de longa permanência. Uma ficha de avaliação com dados pessoais, antropométricos, demográficos e nível de escolaridade foi preenchida, o estado cognitivo foi avaliado pela versão brasileira do Montreal Cognitive Assessment (MoCA) e a presença de comorbidades foi identificada por meio do Índice de Comorbidades de Charlson. A reprodutibilidade intraobservador da escala foi avaliada em dois momentos diferentes (D1 e D2, respectivamente), com intervalo entre 7 a 10 dias entre eles (teste-reteste) por meio do coeficiente de correlação intraclasse (CCI). A consistência interna foi avaliada por meio do Coeficiente alfa de Cronbach. Finalmente, a validação do Teste Alusti em relação à Escala de Barthel e à Short Physical Performance Battery foi verificada por meio do coeficiente de correlação de Spearman. Resultados: A versão brasileira do Teste Alusti apresentou excelente coeficiente de correlação intraclasse (CCI = 0,997 [0,996 – 0,998]). A consistência interna foi verificada obtendo-se um valor de Alpha de Crobanch de 0,96. Houve correlação positiva, forte e significativa entre o Teste Alusti com a escala de Barthel (r=0,93) e SPPB (r=0,94); p<0,0001 para ambas. Conclusão: A versão em língua portuguesa do Teste Alusti proposta neste estudo demonstrou ser válida e reprodutível em pessoas idosas, fornecendo uma nova ferramenta para avaliar a capacidade funcional da população geriátrica.Item A adição de um treino cognitivo à fisioterapia melhora o equilíbrio de indivíduos com doença de Parkinson? Ensaio clínico aleatórioTerra, Marcelle Brandão; Santos, Suhaila Mahmoud Smaili [Orientador]; Probst, Vanessa Suziane; Swarowsky, AlessandraResumo: Introdução: Há intrínseca relação entre a instabilidade postural e as disfunções cognitivas na doença de Parkinson (DP), o que confirma a importância de tratamentos que combinem tarefas motoras e cognitivas, de maneira a oferecer benefícios adicionais a estes pacientes Objetivo: Verificar a efetividade da adição do treino cognitivo à fisioterapia motora em comparação à fisioterapia motora no equilíbrio de indivíduos com doença de Parkinson Métodos: Trata-se de um ensaio clínico aleatório, no qual os indivíduos foram randomizados e submetidos a dois protocolos de tratamento: o Grupo Motor (GM; n=29) realizou treino de equilíbrio, com duração de 6 minutos; o Grupo Cognitivo Motor (GCM; n=29) foi submetido ao mesmo protocolo de treino de equilíbrio acrescidos ao final de cada terapia 3 minutos de atividades de estimulação cognitiva, envolvendo atividades de memória, cálculo, concentração e orientação espacial Ambos os grupos realizaram 32 sessões de tratamento (4 meses), com supervisão direta e individualizada e frequência de duas vezes semanais As avaliações foram realizadas em 3 momentos: pré-intervenção, pós-intervenção e após 3 meses do término da intervenção (follow up), pelos seguintes instrumentos: Escala Unificada para a Avaliação da Doença de Parkinson (UPDRS); Balance Evaluation Systems Test (BesTest); Timed up and go e Timed up and go associado a dupla-tarefa Resultados: Quanto à UPDRS, foram verificadas diferenças significantes para o GCM, quando considerado o efeito tempo, no domínio II - atividades de vida diária (pré vs pós e pré vs follow up) no domínio III - exame motor (pré vs pós) e na pontuação total (pré vs pós); no GM foi verificada diferença na pontuação total da UPDRS (pré vs pós) No BesTest houve diferença significante para o GCM na seção I – restrições biomecânicas (pré vs pós e pré vs follow up), na seção III – transições e ajustes posturais antecipatórios (pré vs pós e pré vs follow up), na seção VI – estabilidade na marcha (pré vs pós e pré vs follow up) e na pontuação total (pré vs pós e pré vs follow up) Para o GM foi encontrada apenas diferença na seção V – orientação sensorial (pré vs pós e pré vs follow up) Foi encontrada diferença significante entre os grupos GCM e GM no domínio VI (estabilidade na marcha) do BesTest, a favor do GCM, quando comparado a diferença de melhora entre os momentos pré e pós-intervenção Conclusão: Ambas as intervenções foram benéficas para os sinais e sintomas da DP e para o equilíbrio dos indivíduos Entre os grupos, houve superioridade do grupo cognitivo motor em comparação ao grupo motor apenas no domínio estabilidade da marcha do BesTestItem Análise da capacidade funcional e das propriedades de medidas de testes funcionais em mulheres com Síndrome da Dor do Grande Trocânter(2024-04-11) Silva, Laryssa Oliveria; Macedo, Christiane de Souza Guerino; Lima, Pedro Olavo de Paula; Lobato, Daniel Ferreira MoreiraIntrodução: A síndrome da dor do grande trocânter (SDGT) é comum em mulheres, e se relaciona com diminuição da capacidade funcional. Entretanto, ainda não existem testes funcionais com validade e confiabilidade, ou que possam discriminar esta disfunção. Objetivo: Comparar a capacidade funcional, estabelecer as propriedades de medidas de testes funcionais e apresentar qual teste funcional melhor discrimina mulheres com e sem SDGT. Métodos: Participaram do estudo 46 mulheres de 35 a 60 anos com e sem SDGT em dois diferentes dias, com intervalo de 7 a 14 dias. No primeiro dia, dois avaliadores cegos e independentes avaliaram a força muscular do quadríceps e complexo póstero lateral do quadril e o desempenho nos testes funcionais sentar e levantar de 30 segundos (TSL30), teste de subida de escadas (TSE), testes de descida de escadas (TDE) e Timed Up and Go Test (TUG). No segundo dia o avaliador 1 repetiu a mesma bateria de testes funcionais. A confiabilidade intra e interavaliador foi estabelecida pelo coeficiente de correlação intraclasse e a validade pela correlação do desempenho dos testes com o escore obtido junto ao questionário VISA-G e testes de força muscular pelo coeficiente de correlação de Spearman. Por fim, foi realizada a Análise Discriminante com dois grupos, para estabelecer quais testes funcionais são melhores para distinguir mulheres com e sem SDGT. Resultados: A amostra foi composta por 46 participantes (23 com SDGT e 23 controles). Os grupos foram semelhantes em idade (p=0,740), massa corporal (p=0,830), estatura (p=0,562) e IMC (p=0,538). O grupo SDGT apresentou pior pontuação no VISA-G (p<0,001) e pior desempenho no TSE (p=0,009), TDE (p=0,033) e TUG (p=0,039). A confiabilidade intraexaminador dos testes funcionais variou de moderada à excelente (CCI de 0,59 à 0,91), e a interexaminador de boa à excelente (CCI de 0,78 à 0,97). A validade dos testes funcionais não pôde ser estabelecida, pois as correlações entre testes funcionais, testes de força muscular e questionário VISA-G foram fracas. Somente os testes de subida de escadas e o Timed Up and Go foram capazes de discriminar indivíduos com e sem SDGT. Conclusão: Mulheres com SDGT apresentam pior capacidade funcional avaliada pelos testes TDE, TSE e TUG quando comparadas a mulheres assintomáticas. Os testes funcionais (TSL30, TDE, TSE e TUG) apresentam boa confiabilidade intra e interexaminador, porém não estabeleceram validade para esta população. Somente o TSE e TUG devem ser utilizados para discriminar indivíduos com e sem SDGT.Item Análise da dor, funcionalidade, controle postural e estabilidade do core em mulheres corredoras com dor anterior no joelhoBomtempo, Kathiane Klettinguer; Macedo, Christiane de Souza Guerino [Orientador]; Andraus, Rodrigo Antônio Carvalho; Camargo, Mariana ZingariResumo: A dor anterior nos joelhos é frequente em mulheres que praticam corrida de rua Sabe-se que os músculos estabilizadores do tronco (core) têm papel importante no controle das articulações de membros inferiores, por atuarem na manutenção da postura e prevenir algias Portanto, essa Dissertação teve como objetivo analisar a dor, funcionalidade, controle postural e estabilidade do core em mulheres corredoras com dor anterior no joelho Foi desenvolvido um artigo científico para comparar os resultados nos grupos de corredoras com dor anterior no joelho e controle, assim como a confiabilidade dos resultados para análise do controle postural e para os testes de resistência dos músculos do core para mulheres corredoras com dor anterior no joelho Foram avaliadas 26 mulheres que praticavam corrida de rua, distribuídas em grupo dor anterior no joelho (GDAJ) (n=14) e grupo controle (GC) (n=12) As variáveis analisadas foram dor, funcionalidade relacionada à dor anterior no joelho, controle postural (em posição ortostática unipodal e no teste de ponte unipodal), bem como a resistência dos músculos do core O GDAJ estabeleceu maior dor, pior funcionalidade e pior controle postural no teste de ponte unipodal Porém, o GC apresentou pior controle postural em posição ortostática unipodal Para os testes de resistência dos músculos do core, os grupos não estabeleceram diferença Também foi estabelecida confiabilidade excelente para os resultados do controle postural em posição ortostática unipodal e no teste de ponte unipodal; e de moderada a fraca para os testes de resistência do core Por fim, pode-se concluir que mulheres corredoras com dor anterior no joelho têm pior funcionalidade e pior controle postural no teste de ponte unipodal Ainda, que as medidas do teste de ponte unipodal, não estebelecidas previamente pela literatura, tenham excelente confiabilidadeItem Análise da funcionalidade, flexibilidade, força muscular e valores angulares em corredores recreacionais com e sem dor patelofemoral(2022-10-25) Nascimento, Daniele Pereira do; Macedo, Christiane de Souza Guerino; Lima, Pedro Olavo de Paula; Oliveira, Marcio Rogério deIntrodução: A dor patelofemoral (DPF) está relacionada a disfunções biomecânicas, entretanto as alterações dos movimentos são incertas em corredores. Objetivo: Analisar o volume semanal da corrida, capacidade funcional, flexibilidade, força muscular, valores angulares bidimensionais (2D) durante a corrida e no teste Step Down lateral (SDL) em corredores com e sem DPF. Materiais e método: Foram avaliados 81 corredores recreacionais, 40 com DPF (19 homens, 21 mulheres) e 41 sem dor (grupo controle, 24 homens, 17 mulheres). Todos responderam ao questionário de caracterização da amostra e da corrida, as escalas Anterior Knee Pain Scale e Lower Extremity Functional Scale. Foram avaliadas a flexibilidade dos isquiotibiais, quadríceps, sóleo e gastrocnêmios; e força muscular isométrica dos extensores de joelho e dos rotadores externos/abdutores do quadril. Além disso, obteve-se os valores angulares 2D durante o SDL e no apoio médio da corrida. Resultados: O grupo dos corredores com DPF apresentou menor volume de corrida semanal (p=0,049), pior capacidade funcional dos membros inferiores (p<0,001), maior inclinação ipsilateral do tronco durante o SDL (p=0,002), e maior inclinação ipsilateral do tronco (p<0,001) com menor queda contralateral da pelve (p=0,006) no plano frontal da corrida. Não houve diferenças para força muscular do quadríceps e quadril e flexibilidade do sóleo, gastrocnêmios e quadríceps, exceto para os isquiotibiais, os quais foram menos flexíveis no grupo controle. As correlações foram baixas (?=0,30 a 0,49) entre a força muscular, capacidade funcional, volume de corrida e variáveis angulares 2D analisadas. No entanto, no plano frontal da corrida, a adução do quadril no grupo DPF e inclinação ipsilateral de tronco no grupo controle, apresentaram correlação moderada com a força isométrica do quadríceps (?=0,50 a 0,69). Conclusão: Corredores recreacionais com dor patelofemoral percorrem distâncias menores, têm menor capacidade funcional dos membros inferiores, maior inclinação ipsilateral do tronco durante o SDL e maior inclinação ipsilateral do tronco e menor queda contralateral da pelve no apoio médio da corrida. Corredores sem dor patelofemoral apresentam maior rigidez muscular dos ísquiotibiais. Contudo, corredores recreacionais não demonstram diferenças em relação a força muscular independente da dor. Além disso, somente a força muscular do quadríceps se correlacionou moderadamente com a adução do quadril e inclinação lateral do tronco no plano frontal da corrida. Os achados sugerem que esses parâmetros podem ser úteis na avaliação de corredores recreativos com DFP e podem fornecer novas estratégias de prevenção e reabilitação.Item Análise da preensão, tração dos membros superiores e força de reação ao solo na tarefa de subir no ônibus em idosos com e sem doença de ParkinsonMiri, Andressa Leticia; Santos, Suhaila Mahmoud Smaili [Orientador]; Oliveira, Márcio Rogério de; Lavado, Edson LopesResumo: Introdução: A redução da força muscular pode levar a dificuldades na realização de tarefas funcionais Subir no ônibus em países em desenvolvimento é um desafio para idosos e para indivíduos acometidos por doenças neurodegenerativas, como a doença de Parkinson (DP) Objetivo: Analisar a força da preensão e tração dos membros superiores e a força de reação ao solo (FRS) na tarefa de subir no ônibus, nas condições de simples tarefa (ST) e dupla tarefa (DT), em indivíduos com e sem DP Métodos: Estudo caso-controle, constituído por 31 indivíduos com DP (GDP), entre estadiamento de 1 a 3 na escala de Hoehn e Yahr e 3 idosos saudáveis (GIS), pareados por idade e sexo A avaliação foi realizada utilizando o protótipo de um ônibus: a força da preensão e tração dos membros superiores foi medida por meio de dinamômetros instalados nos corrimãos e a FRS pela plataforma de força acoplada ao primeiro degrau, todos medidos em kgf O tempo de execução das tarefas foi cronometrado (s) e as medidas foram realizadas na ST e DT Na análise estatística, foram feitas comparações entre o GPD e GIS, entre as condições de ST e DT, além de uma subanálise entre os participantes caidores, de acordo com o ponto de corte da Escala de Eficácia de Quedas Resultados: Na comparação intergrupo, a força máxima à direita foi significantemente menor no GDP, tanto na preensão (3,43 vs 36,62, P=,2), quanto na tração (1,77 vs 12,81, P=,3) Nas tarefas, a força de tração esquerda foi a mais exigida no GDP, tanto na ST (6,35 vs 4,76, P<,1), quanto na DT (6,32 vs 5,2, P<,1), representando aproximadamente 93% da contração voluntária máxima esquerda nas tarefas O tempo de execução foi maior no GDP para ST (6,14 vs 4, 67, P<,1) e DT (6,8 vs 4,81, P<,1), além disso, o GDP tem maior preocupação em cair em relação ao controle (34,74 vs 24,77, P<1), 72% dos participantes consideram-se caidores, destes 61% fazem parte do GDP Não houve diferenças estatisticamente significantes quando comparado a ST e a DT, e a FRS na comparação intergrupo Conclusão: Entrar no ônibus é uma tarefa complexa para indivíduos com DP, pois eles demoram mais tempo, apresentam menor força muscular e maior dispêndio funcional, tanto na ST quanto na DT Este fato requer maior atenção por parte dos profissionais de saúde envolvidos no tratamento dessa população, assim como no desenvolvimento de políticas públicas efetivas que garantam maior independência e condições de participação social para essa populaçãoItem Análise de diferentes fórmulas de predição de força muscular de quadríceps femoral em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônicaNellessen, Aline Gonçalves; Pitta, Fábio de Oliveira [Orientador]; Macedo, Christiane de Souza Guerino; Bellinetti, Laryssa MilenkovichResumo: Objetivo: Comparar três diferentes fórmulas de predição do pico de força muscular do quadríceps femoral (QF) propostas por Neder et al(1999), Decramer et al(1997) e Seymour et al(21); investigar a concordância entre elas para identificar fraqueza muscular em pacientes com DPOC; e verificar as diferenças nas características dos pacientes com DPOC classificados como apresentando ou não fraqueza muscular de QF Métodos: Cinquenta e seis pacientes com DPOC foram avaliados quanto ao pico de força muscular periférica do QF por meio de dinamometria (contração isométrica voluntária máxima de extensão de joelho) Os valores preditos foram calculados a partir das três fórmulas propostas Resultados: A proporção de pacientes que apresentavam fraqueza muscular de QF (pico de força <8% predito) pelas fórmulas de Neder et al, Decramer et al e Seymour et al foi respectivamente, 59%, 68% e 7%, sem diferença estatisticamente significante nas proporções A comparação da porcentagem do predito obtida pelas três fórmulas mostrou a de Neder et al com maiores valores quando comparada às fórmulas de Decramer et al e Seymour et al, e ausência de diferença entre estas A fórmula de Neder et al apresentou concordância mediana com as fórmulas de Decramer et al e Seymour et al, enquanto estas duas fórmulas apresentaram baixa concordância entre si Conclusão: As três fórmulas foram equivalentes para classificar pacientes com DPOC com presença ou ausência de fraqueza quanto à sua força do quadríceps femoral Os pacientes classificados com presença de fraqueza pelas fórmulas de Neder et al e Decramer et al apresentaram idade mais baixa, e ainda os pacientes considerados com fraqueza pela fórmula de Decramer et al apresentaram menor massa magra e maior IMC A fórmula de Neder et al, no entanto, apresentou maior valor do pico de força e melhor concordância com as fórmulas de Decramer et al e Seymour et al, que não concordaram entre siItem Análise eletromiográfica nos testes funcionais do core em jovens sedentários e praticantes de exercício resistidoIkezaki, Fábio Issamu; Macedo, Christiane de Souza Guerino [Orientador]; Silva Junior, Rubens Alexandre da; Oliveira, Márcio Rogério deResumo: Os testes de prancha frontal (TPF) e ponte unilateral (TPU) avaliam a estabilidade e endurance do core, no entanto, há divergências quanto a confiabilidade e fadiga muscular relacionadas a estes testes Os objetivos do estudo foram analisar o tempo de permanência, confiabilidade e fadiga muscular no TPF e TPU em jovens sedentários e praticantes de exercício resistido Avaliou-se 6 participantes, distribuídos em Grupo sedentário (GS, n=3, 15 homens e 15 mulheres, 22±2 anos e Índice de Massa Corporal [IMC] de 22±2 kg/m²); Grupo exercício resistido (GER, n=3; 15 homens e 15 mulheres, idade de 22±2 anos, IMC de 23±2 kg/m²); submetidos ao uma repetição do TPF e, após descanso, uma repetição do TPU Os testes foram mantidos até o tempo máximo de sustentação e a escolha de qual teste iniciou a coleta foi aleatorizada Os mesmos testes foram repetidos após 3 minutos e uma semana, pelo mesmo avaliador As variáveis analisadas foram o tempo de permanência e a frequência mediana, por eletromiografia de superfície, nos testes Os resultados estabeleceram boa confiabilidade no TPF (ICC>,89/SEM<3,8), com maior tempo de sustentação no GER= 112±9 segundos (s) comparado ao GS 81±7 s (p=,1) O TPU também apresentou boa confiabilidade (ICC>,89/SEM<3,3) com GER= 1,7±8,1 s, GS=79±9,2 s (p=,9) A comparação da fadiga muscular não estabeleceu diferença entre os grupos (GS e GER) Entretanto, quando analisado os resultados da fadiga entre os músculos, para os dois grupos, o TPF apontou que o músculo glúteo máximo apresentou maior fadiga quando comparado ao tríceps braquial (p=,13), oblíquo externo (p=,23) e reto femoral (p=,4) No TPU, o reto abdominal apresentou maior fadiga quando comparado ao oblíquo externo, multífidos, latíssimo do dorso (p<,1), glúteo máximo (p=,4), bíceps femoral e gastrocnêmio lateral (p<,1); ainda, foi observada maior fadiga no glúteo médio comparado aos multífidos (p=,37) e bíceps femoral (p=,6) Conclui-se que houve boa confiabilidade para o TPF e TPU, praticantes de exercício resistido permanecem maior tempo no TPF, o padrão de fadiga foi semelhante entre os dois grupos, com maior fadiga para o músculo glúteo máximo no TPF e músculo reto abdominal e glúteo médio no TPUItem Análise postural quantitativa no plano frontal e sagital e da dor de crianças e adolescentes vítimas de queimadurasValenciano, Paola Janeiro; Fujisawa, Dirce Shizuko [Orientador]; Costa, Viviane de Souza Pinho; Siqueira, Cláudia Patrícia Cardoso MartinsResumo: Contextualização: As queimaduras são consideradas grave problema de saúde em todo o mundo, sendo as crianças e adolescentes uma faixa etária, frequentemente acometida A fase de cicatrização da ferida pode durar até dois anos, sendo período crítico para a formação de quelóides e cicatrizes hipertróficas, bem como, para a instalação de problemas musculoesqueléticos, que podem ocorrer em poucas semanas ou levar anos após a lesão, afetando, significativamente, a qualidade de vida Na prática da fisioterapia, a avaliação quantitativa é fundamental, contudo, clinicamente as complicações posturais envolvendo vítimas de queimaduras estão sub-reportadas na literatura Objetivo: Avaliar quantitativamente, no plano frontal e sagital, o alinhamento postural e a dor de crianças e adolescentes vítimas de queimaduras Metodologia: Estudo transversal, com amostra de conveniência de 21 crianças e adolescentes, no período de seis meses a dois anos após a alta hospitalar Foi investigado a presença e intensidade de dor relacionada a queimadura, por meio da escala de Faces A avaliação postural utilizou o software SAPo, que possibilitou a análise fotogramétrica e a descrição global, nas vistas anterior, posterior e lateral; o alinhamento tóraco-lombo-pélvico, no plano sagital; e a estimativa da projeção do centro de gravidade (CG) Resultados: A idade média dos participantes foi de 1, ± 2,7 anos, sendo 16 do sexo masculino e cinco do feminino, com média de tempo após alta hospitalar de 12,7 ± 5,5 meses Em relação ao aspecto dor, apenas dois adolescentes relataram dor leve associada à queimadura O presente estudo forneceu descrição detalhada da postura desses indivíduos, sendo possível observar, por meio da análise quantitativa, desvios da projeção do CG, tanto no plano frontal (desvio latero-lateral), quanto no plano sagital, em que ambos os grupos, crianças e adolescentes, apresentaram a projeção mais anterior que o ponto de referência Além disso, foi verificado anteriorização da cabeça e assimetria escapular em ambos os grupos Na análise do alinhamento tóraco-lombo-pélvico, as crianças apresentaram tendência à inclinação anterior de tronco, aumento da cifose torácica e lordose lombar, já nos adolescentes foi observado o aumento da cifose torácica e da lordose lombar Conclusões: Os resultados indicam que, nessa população específica, há risco aumentado para o desenvolvimento de escoliose e até mesmo de dor, em função da assimetria, futuramente Portanto, há necessidade do acompanhamento postural das crianças e adolescentes vítimas de queimaduras até o término do crescimento Além disso, a fotogrametria mostrou-se instrumento útil para a avaliação postural de crianças e adolescentes vítimas de queimadurasItem Aplicabilidade, reprodutibilidade e desempenho no teste de caminhada de 6 minutos na alta hospitalar de indivíduos queimadosKakitsuka, Emely Emi; Hernandes, Nidia Aparecida [Orientador]; Probst, Vanessa Suziane; Okamura, Larissa Araújo de CastroResumo: Introdução: A capacidade funcional de exercício, desfecho importante no processo de reabilitação física do paciente queimado, pode ser avaliada pelo teste de caminhada de 6 minutos (TC6min) Apesar de ser amplamente utilizado em diversas populações, não há evidências sobre a aplicabilidade do TC6min na população vítima de queimaduras Objetivos: Verificar a aplicabilidade do TC6min, bem como sua reprodutibilidade em indivíduos queimados e analisar o desempenho dos mesmos neste teste no momento da alta hospitalar Métodos: Foi realizado um estudo transversal, em indivíduos com queimaduras, no momento da alta hospitalar Todos realizaram dois TC6min de acordo com a padronização internacional Foram registradas as seguintes variáveis: distância total percorrida, frequência cardíaca, pressão arterial, saturação periférica de oxigênio, sintomas de dispneia e fadiga de membros inferiores, queixas e dificuldades relatadas pelos participantes, antes e após cada teste Adicionalmente, informações sobre história clínica e dados antropométricos foram registrados Resultados: Cem indivíduos foram avaliados, 7 homens, idade: 36 [26-48]anos, índice de massa corporal (IMC): 25 [22-29]kg/m2 e porcentagem da superfície corporal queimada (SCQ): 1 [6-18]% Houve excelente concordância da distância percorrida nos dois TC6min (CCI=,97) Entretanto, 73% dos indivíduos avaliados apresentaram melhor desempenho no segundo teste, tendo um aumento médio de 23 [-9-47]m ou 5 [-2-1]% (P=,1); o tempo de recuperação das variáveis fisiológicas (frequência cardíaca, pressão arterial, saturação periférica de oxigênio) e sintomatológicas (dor, fadiga e dispneia) entre os testes foi de 16 [11-26]minutos Quanto à reprodutibilidade das demais vaiáveis, houve concordância nas variações de Borg dispneia e fadiga (CCI=,85 e ,83, respectivamente) Quando o melhor teste foi considerado, verificou-se que a distância percorrida foi de 488 [396-718] m (ou 8 [65-92]% predito), sendo que 51% dos indivíduos apresentaram limitação da capacidade de exercício, ou seja, abaixo do limite inferior da normalidade Quando os indivíduos foram agrupados de acordo com o acometimento dos membros inferiores em: sem queimaduras, apenas com área queimada, apenas com área doadora, com queimadura e presença de área doadora; o grupo sem queimaduras em membros inferiores apresentou melhor desempenho no TC6min (P<,1) em comparação aos demais grupos Por fim, todos os indivíduos concluíram os dois testes e apenas três necessitaram realizar pausas durante algum teste Conclusão: O TC6min é aplicável, bem tolerado e reprodutível no momento da alta hospitalar em indivíduos queimados Entretanto, deve-se considerar que a maioria apresentou maior distância percorrida no segundo teste Além disso, observou-se que, no geral, esses indivíduos apresentaram redução da capacidade funcional de exercício, o que reforça a necessidade de reabilitação física precoce para evitar ou atenuar a limitação funcional dessa populaçãoItem Associação entre funcionalidade e atividade física de vida diária durante exacerbação aguda de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônicaGuzzi, Giovana Labegalini; Probst, Vanessa Suziane [Orientador]; Reche, Gianna Kelren Waldrich Bisca; Oliveira, Josiane Marques Felcar Piaie deResumo: Introdução e Objetivos: Pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) apresentam disfunção musculoesquelética, intolerância ao exercício e inatividade física que se agravam quando hospitalizados por exacerbação da doença Sendo assim, os objetivos do estudo foram verificar a associação entre funcionalidade e atividade física na vida diária (AFVD) e a influência da funcionalidade na AFVD nessa população Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal, no qual, pacientes hospitalizados por exacerbação da DPOC realizaram avaliação da espirometria e da funcionalidade por meio do Teste 4-metre gait speed (4MGS), Teste Sit to Stand de um minuto (STS1min) e cinco repetições (STS5rep), Teste Timed Up and Go (TUG) e Short Physical Performance Battery (SPPB) A monitorização da AFVD foi realizada por meio do monitor Actigraph wGT3X-BT® até a alta hospitalar ou durante 7 dias Resultados: Foram avaliados 35 indivíduos (17 homens, 7±1anos; VEF1 34[24-52]%predito) O tempo gasto em atividade moderada em pacientes com exacerbação aguda da DPOC associou-se moderadamente com o TUG (r= -,41), STS5rep (r= -,54), STS1min (r=,54) e pontuação total do SPPB (r=,55) Observou-se correlação negativa entre a média de número de passos com o melhor tempo no TUG (r= -,45) Na análise de regressão linear simples, foi encontrada influência do STS1min (r2=,18; P=,3), STS5rep (r2=,19; P=,3), TUG (r2=,19; P=,3) e pontuação no SPPB (r2=,45; P=,3) na atividade física moderada Conclusão: A funcionalidade avaliada pelo TUG, STS1min, STS5rep e pontuação total no SPPB em pacientes com exacerbação da DPOC está associada com a AFVD Além disso, o desempenho nos testes funcionais influencia a atividade física moderadaItem Associação entre funcionalidade e atividade física de vida diária durante exacerbação aguda de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônicaGuzzi, Giovana Labegalini; Probst, Vanessa Suziane [Orientador]; Reche, Gianna Kelren Waldrich Bisca; Oliveira, Josiane Marques Felcar Piaie deResumo: Introdução e Objetivos: Pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) apresentam disfunção musculoesquelética, intolerância ao exercício e inatividade física que se agravam quando hospitalizados por exacerbação da doença Sendo assim, os objetivos do estudo foram verificar a associação entre funcionalidade e atividade física na vida diária (AFVD) e a influência da funcionalidade na AFVD nessa população Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal, no qual, pacientes hospitalizados por exacerbação da DPOC realizaram avaliação da espirometria e da funcionalidade por meio do Teste 4-metre gait speed (4MGS), Teste Sit to Stand de um minuto (STS1min) e cinco repetições (STS5rep), Teste Timed Up and Go (TUG) e Short Physical Performance Battery (SPPB) A monitorização da AFVD foi realizada por meio do monitor Actigraph wGT3X-BT® até a alta hospitalar ou durante 7 dias Resultados: Foram avaliados 35 indivíduos (17 homens, 7±1anos; VEF1 34[24-52]%predito) O tempo gasto em atividade moderada em pacientes com exacerbação aguda da DPOC associou-se moderadamente com o TUG (r= -,41), STS5rep (r= -,54), STS1min (r=,54) e pontuação total do SPPB (r=,55) Observou-se correlação negativa entre a média de número de passos com o melhor tempo no TUG (r= -,45) Na análise de regressão linear simples, foi encontrada influência do STS1min (r2=,18; P=,3), STS5rep (r2=,19; P=,3), TUG (r2=,19; P=,3) e pontuação no SPPB (r2=,45; P=,3) na atividade física moderada Conclusão: A funcionalidade avaliada pelo TUG, STS1min, STS5rep e pontuação total no SPPB em pacientes com exacerbação da DPOC está associada com a AFVD Além disso, o desempenho nos testes funcionais influencia a atividade física moderadaItem Associação entre medidas clínicas para o diagnóstico de osteosarcopenia com funcionalidade e mortalidade em idosos fisicamente independentesMella de Cuevas, Kerlina Mariel; Probst, Vanessa Suziane [Orientador]; Trelha, Celita Salmaso; Santos, Suhaila Mahmoud SmailiResumo: Introdução: O aumento da população de idosos, especialmente nos países em desenvolvimento como o Brasil, está ocorrendo rapidamente e tornou-se um tema de interesse atual e estudo em diversas áreas da saúde O envelhecimento pode estar relacionado a várias alterações, como a osteosarcopenia caracterizada pela combinação de sarcopenia e osteoporose Sendo uma nova síndrome geriátrica, faltam estudos sobre a relação entre esta síndrome com funcionalidade e mortalidade e eventuais diferenças por sexo Objetivo: Identificar a associação entre medidas clínicas para o diagnóstico de osteosarcopenia (massa e força muscular e densidade mineral óssea) com funcionalidade e mortalidade em idosos fisicamente independentes Métodos: Estudo observacional transversal e longitudinal, com 242 idosos (idade = 68 ± 6 anos: mulheres = 69%) do estudo sobre envelhecimento e longevidade (dados Projeto ELLO de 29 a 218) da comunidade de Londrina, Brasil As medidas clínicas para o diagnóstico de osteosarcopenia foram: índice de massa magra (IMLG); índice de massa muscular apendicular esquelética (IMMAE); circunferência da panturrilha (CP); ângulo de fase (AF); força de pressão manual (FPM) e densidade mineral óssea (DMO) Foram realizados também: o incremental shuttle walking test (ISWT); teste de caminhada de 6 minutos (TC6); teste de apoio unipodal (TAU); sit-to-stand test (STS); análise de marcadores inflamatórios (interleucina 6 [IL-6] e fator de necrose tumoral alfa [TNF-a]) e mortalidade em 5 e 9 anos Resultados: Foram observadas correlações fracas a moderadas entre as variáveis clínicas da osteosarcopenia com funcionalidade e mortalidade em ambos os sexos (,2 = r = ,43; p<,5) Os preditores de mortalidade em 5 anos foram AF ,38 (95% IC= ,19-,76; p= ,7) e DMO ,59 (95% IC= ,39-,89; p= ,12) para mulheres e AF ,61 (95% IC= ,43-,86; p= ,5) para homens e em 9 anos foram o AF ,41 (95% IC= ,21-,81; p= ,9) e DMO ,56 (95% IC= ,33-,95; p= ,31) para mulheres, e CP ,87 (95% IC= ,78-,97; p= ,12) e AF ,39 (95% IC= ,19-,77; p= ,7) para homens Conclusões: As medidas clínicas para o diagnóstico de osteosarcopenia estão associadas a importantes variáveis clínico-funcionais e à mortalidade em 5 e 9 anos de idosos na comunidade Essas associações são diferentes entre homens e mulheresItem Associações entre alterações de composição corporal e características clínicas e físico-funcionais em DPOCMachado, Felipe Vilaça Cavallari; Hernandes, Nidia Aparecida [Orientador]; Camillo, Carlos Augusto; Mesquita, Rafael Barreto de; Pitta, Fábio de Oliveira [Coorientador]Resumo: Introdução: As anormalidades de composição corporal são determinantes independentes de desfechos em pacientes com DPOC Atualmente, já se sabe que a estratificação destes pacientes em fenótipos de composição corporal (metabólicos) está associada à desfechos importantes, como capacidade de exercício e inflamação, mas não há dados comparando a atividade física na vida diária (AFVD) e força muscular entre esses fenótipos Deste modo, o objetivo deste estudo foi comparar características clínicas e físico-funcionais em pacientes com DPOC estratificados em fenótipos metabólicos Métodos: Uma análise transversal foi realizada com 27 pacientes com DPOC estável De acordo com os percentis 1 e 9 dos valores de referência específicos para gênero, idade e índice de massa corporal (IMC) de índices de massa livre de gordura e índice de massa gorda, os pacientes foram estratificados em quatro grupos: Composição Corporal Normal (CCN), Obesos, Sarcopênicos e Obesos-sarcopênicos (OS) Os pacientes foram submetidos à avaliação da capacidade de exercício, força muscular periférica e respiratória, AFVD por meio de sensores de movimento, severidade de dispneia, estado funcional e sintomas de ansiedade e depressão Resultados: A prevalência de pacientes classificados como CCN, Obesos, Sarcopênicos e OS foi de 39%, 13%, 21% e 27%, respectivamente OS apresentaram menor distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos (TC6min), comparado com CCN (P<,5) Sarcopênicos e OS apresentaram pior força muscular periférica e respiratória comparados com CCN (P<,5) Sarcopênicos apresentaram mais tempo em AFVD de moderada à alta intensidade comparados com todos os outros grupos (P<,5) e menos tempo em AFVD sedentárias comparados com CCN e Obesos (P<,5) Não foram encontradas diferenças com relação a severidade de dispneia, estado funcional e sintomas de ansiedade e depressão (P>,16) Sarcopênicos e OS apresentaram, respectivamente, 7,8 [95% IC: 1,6-37,7] e 9,5 [2,2-41,7] vezes mais chance de percorrer menos que 35 metros no TC6min Conclusões: Os fenótipos metabólicos estão associados às características físico-funcionais em pacientes com DPOC Pacientes com Obesidade-sarcopênica foram considerados os mais debilitadosItem Avaliação cinemática do equilíbrio e da marcha normal, com dupla tarefa e com obstáculo em indivíduos com estadiamento leve e moderado da doença de ParkinsonSilva, Taís Caroline Oliveira da; Santos, Suhaila Mahmoud Smaili [Orientador]; Lavado, Edson Lopes; Moura, Felipe ArrudaResumo: Introdução: Doenças neurodegenerativas, como a doença de Parkinson (DP), por afetar o controle motor e levar à alterações nos parâmetros da marcha e dificuldade na resolução de problemas durante o ato de caminhar (execução de duplas tarefas, transposição de obstáculo, mudanças de direção, entre outras) dificultam a caminhada com eficiência e com segurança Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a interferência da marcha com dupla tarefa e da marcha com obstáculo nos parâmetros da marcha normal em indivíduos com DP e verificar a influência da progressão da doença no equilíbrio e marcha em indivíduos com DP entre o estadiamento leve a moderado Método: trata-se de um estudo transversal, composto por 5 indivíduos com diagnóstico médico de DP idiopática, idade acima de 35 anos, com escore no Mini-exame do estado mental maior ou igual a 24, com estadiamento da doença entre 1, a 3, de acordo com a escala de Hoehn & Yarh modificada Para a análise biomecânica da marcha por meio da cinemetria, foram realizadas três condições diferentes, numa passarela de 7 metros: marcha normal (MN); marcha com dupla-tarefa (DT): caminhar enquanto realiza subtrações de 3 em 3; marcha com obstáculo (OBS): caminhar em velocidade normal e ultrapassar obstáculo de 18 cm de altura A análise do equilíbrio foi realizada nas seguintes posições: romberg com olhos abertos (ROA), romberg com olhos fechados (ROF), tandem com olhos abertos (TOA) e tandem com olhos fechados (TOF) Análise estatística: foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk para verificar a distribuição de normalidade A comparação da macha dos participantes entre os momentos: MN, marcha com DT e marcha com OBS foi feita por meio do teste de Friedman A comparação das variáveis de equilíbrio e marcha dos grupos de acordo com o estadiamento foi realizada pelo teste de Mann-Whitney A significância estatística adotada foi P<,5 Resultados: foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre marcha normal e a marcha com DT para as variáveis comprimento do passo 1 (P=,2) e comprimento do passo 2 (P=,1), velocidade (P=,1) e cadência (P=,1) O comprimento do passo 2 também teve diferença significante entre a marcha normal e a marcha com obstáculo, com diminuição do comprimento do passo na marcha com obstáculo (P=,2) Equilíbrio e marcha não foram diferentes quando considerado o estadiamento da DP Conclusão: os indivíduos com DP apresentaram redução do comprimento do passo, da velocidade e da cadência sob condições de marcha com DT e com OBS quando comparados à marcha normal, revelando que tarefas complexas (concomitantes) representam maior desafio para essa população Equilíbrio e marcha não foram diferentes entre os pacientes classificados entre estadiamento leve a moderado da DP e, portanto, devem ser objetivos terapêuticos já em fases bem inicias da DPItem Avaliação de um novo sensor de movimento em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônicaSant'Anna, Thaís Jordão Perez; Pitta, Fábio de Oliveira [Orientador]; Mayer, Anamaria Fleig; Probst, Vanessa SuzianeResumo: Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) são consideravelmente menos ativos na vida diária quando comparados a idosos saudáveis A inatividade está associada a diversas complicações da doença, além de ser considerada o mais importante fator preditor de mortalidade em pacientes com DPOC Por conta disso, sensores de movimento válidos e economicamente acessíveis são necessários para a monitorização da atividade física Objetivos: Avaliar a validade e a reprodutibilidade do sensor de movimento Power Walker 61 (PW) em pacientes com DPOC Métodos: Trinta pacientes com DPOC (17 homens, VEF1 44±17% do predito) foram filmados enquanto realizavam dois protocolos de atividade física: um incluindo duas caminhadas lentas e duas caminhadas rápidas de 5 minutos e outro incluindo um circuito de atividades de vida diária (AVD) Concomitantemente, os pacientes utilizaram dois sensores de movimento: PW e SenseWear Armband (SAB, previamente validado para uso em pacientes com DPOC) Os desfechos do PW (contagem de passos [CP], gasto energético [GE], distância percorrida [DP], tempo de atividade [TA] e intensidade da caminhada [IC]) foram comparados ao vídeo e ao SAB como métodos critérios Resultados: As correlações entre o PW e os métodos critérios foram altas para a CP durante as caminhadas lentas e rápidas (r=,79 e ,95) e para GE durante a caminhada rápida (r=,83) A correlação foi mais modesta para GE durante a caminhada lenta (r=,65) e para DP e IC durante as duas velocidades (,47,79 para todas) Já durante o circuito de AVD, o PW subestimou em média 55% o TA, mas obteve uma estimativa aceitável do GE para o grupo como um todo (diferença média de 6% quando comparado ao SAB) Conclusões: Em pacientes com DPOC, o PW é reprodutível para a maioria dos seus desfechos e válido para a contagem de passos durante caminhadas lentas e rápidas e para estimativa do gasto energético durante caminhadas rápidas A validade do aparelho é mais limitada para estimar o gasto energético durante a caminhada lenta e a distância percorrida e intensidade da caminhada nas duas velocidades Durante a realização de AVDs, o PW subestima significativamente o tempo de atividade, mas fornece um estimativa aceitável do gasto energético no grupo como um todoItem Avaliação do controle postural de indivíduos com doença de Parkinson durante atividades funcionais sob diferentes demandas atencionais(2023-10-27) Silva, Patrícia Gonçalves Broto da; Smaili, Suhaila Mahmoud; Lavado, Edson; Oliveira, Marcio Rogério deIntrodução: Embora a instabilidade postural seja amplamente reconhecida como um sintoma prevalente na doença de Parkinson (DP), sua avaliação permanece restrita a posturas estáticas. Por isto, para melhor compreender os mecanismos e as estratégias de controle postural (CP) utilizadas por esses indivíduos, são necessárias novas abordagens de avaliação que levem em consideração a análise CP durante atividades funcionais. Objetivo: Comparar o CP de indivíduos com DP durante atividades funcionais sob diferentes demandas atencionais. Método: Estudo transversal, composto por 50 indivíduos com DP leve a moderada, avaliados pela plataforma de força durante as seguintes atividades: 1) tarefa de alimentação (servir-se e beber água), 2) tarefa de vestuário (vestir uma camisa e abotoá-la) e 3) tarefa de função executiva (guardar corretamente 20 objetos em uma prateleira distribuídos em quatro categorias: itens de higiene pessoal, itens de alimentação, itens de materiais de escritório e itens de ferramentas). Foram realizadas duas tentativas de 30 segundos para cada condição em simples tarefa (ST) e dupla tarefa (DT). Os parâmetros analisados foram a área de COP (center of pressure) (cm2), amplitude (cm) e velocidade (cm2) anteroposterior (AP) e mediolateral (ML). Para a análise de comparação do controle postural entre ST vs DT durante as atividades funcionais foi realizado o teste de Wilcoxon. Para a comparação da média de acertos na avaliação do CP entre a ST e a DT (atividade de função executiva) foi utilizado o teste t pareado. Resultados: Na atividade funcional de alimentação, foram verificadas diferenças estatisticamente significantes na área de COP (12,10 vs 10,67; P=0,004), amplitude ML (3,88 vs 3,86; P=0,029), velocidades AP (2,27 vs 2,11; P=0,003) e ML (1,90 vs 1,83; P=<0,001) com valores inferiores destes parâmetros durante a DT. Na atividade funcional de vestuário, houve diferença na amplitude AP (4,90 vs 4,53, P=0,009), com valor inferior deste parâmetro durante a DT. Na atividade funcional de função executiva, houve diminuição de todos os parâmetros: área de COP (55,82 vs 53,77; P=0,010), amplitude AP (7,23 vs 6,81; P=0,038); amplitude ML (10,66 vs 10,47, P=0,034); velocidades AP (3,70 vs 3,38; P=<0,001) e ML (4,09 vs 3,77; P=<0,001) quando comparadas as performances em ST e DT. Conclusão: Os indivíduos com DP apresentaram redução da oscilação postural em atividades funcionais quando submetidos a atividades associadas à DT, em hipótese ao aumento da rigidez axial e redução do controle ativo e coordenado dos músculos do tronco e membros inferiores quando há aumento da demanda atencional.