Análise da capacidade funcional e das propriedades de medidas de testes funcionais em mulheres com Síndrome da Dor do Grande Trocânter

Data

2024-04-11

Autores

Silva, Laryssa Oliveria

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Resumo

Introdução: A síndrome da dor do grande trocânter (SDGT) é comum em mulheres, e se relaciona com diminuição da capacidade funcional. Entretanto, ainda não existem testes funcionais com validade e confiabilidade, ou que possam discriminar esta disfunção. Objetivo: Comparar a capacidade funcional, estabelecer as propriedades de medidas de testes funcionais e apresentar qual teste funcional melhor discrimina mulheres com e sem SDGT. Métodos: Participaram do estudo 46 mulheres de 35 a 60 anos com e sem SDGT em dois diferentes dias, com intervalo de 7 a 14 dias. No primeiro dia, dois avaliadores cegos e independentes avaliaram a força muscular do quadríceps e complexo póstero lateral do quadril e o desempenho nos testes funcionais sentar e levantar de 30 segundos (TSL30), teste de subida de escadas (TSE), testes de descida de escadas (TDE) e Timed Up and Go Test (TUG). No segundo dia o avaliador 1 repetiu a mesma bateria de testes funcionais. A confiabilidade intra e interavaliador foi estabelecida pelo coeficiente de correlação intraclasse e a validade pela correlação do desempenho dos testes com o escore obtido junto ao questionário VISA-G e testes de força muscular pelo coeficiente de correlação de Spearman. Por fim, foi realizada a Análise Discriminante com dois grupos, para estabelecer quais testes funcionais são melhores para distinguir mulheres com e sem SDGT. Resultados: A amostra foi composta por 46 participantes (23 com SDGT e 23 controles). Os grupos foram semelhantes em idade (p=0,740), massa corporal (p=0,830), estatura (p=0,562) e IMC (p=0,538). O grupo SDGT apresentou pior pontuação no VISA-G (p<0,001) e pior desempenho no TSE (p=0,009), TDE (p=0,033) e TUG (p=0,039). A confiabilidade intraexaminador dos testes funcionais variou de moderada à excelente (CCI de 0,59 à 0,91), e a interexaminador de boa à excelente (CCI de 0,78 à 0,97). A validade dos testes funcionais não pôde ser estabelecida, pois as correlações entre testes funcionais, testes de força muscular e questionário VISA-G foram fracas. Somente os testes de subida de escadas e o Timed Up and Go foram capazes de discriminar indivíduos com e sem SDGT. Conclusão: Mulheres com SDGT apresentam pior capacidade funcional avaliada pelos testes TDE, TSE e TUG quando comparadas a mulheres assintomáticas. Os testes funcionais (TSL30, TDE, TSE e TUG) apresentam boa confiabilidade intra e interexaminador, porém não estabeleceram validade para esta população. Somente o TSE e TUG devem ser utilizados para discriminar indivíduos com e sem SDGT.

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Palavras-chave

Tendinopatia, Quadril, Desempenho Físico Funcional, Capacidade Funcional

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