02 - Mestrado - Ciências da Reabilitação
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Item Mínima diferença importante de dois testes de força muscular de quadríceps femoral em pacientes com DPOC(2020-12-17) Martins, Laís Carolini Santin; Pitta, Fábio de Oliveira; Furlanetto, Karina Couto; Castro, Larissa Araújo deIntrodução: A avaliação da força do quadríceps femoral é recomendada por diretrizes internacionais para avaliar os resultados de programas de treinamento físico (TF) em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Sua melhora é uma característica comum após o TF; no entanto, um valor que representa sua mínima diferença importante (MDI) ainda não foi identificado. Objetivo: Portanto, nosso objetivo foi identificar a MDI de dois métodos de avaliação da melhora da força de quadríceps femoral após um programa de TF de alta intensidade em indivíduos com DPOC, utilizando o teste de 1 repetição máxima (1RM) e contração isométrica voluntária máxima (CIVM). Métodos: Indivíduos com diagnóstico de DPOC estável de moderada a muito grave foram submetidos a um programa de TF de alta intensidade composto por exercícios em esteira e bicicleta associados a exercícios de fortalecimento muscular (3 dias / semana, 3 meses, 36 sessões). Avaliações da função pulmonar (espirometria), capacidade de exercício (teste de caminhada de 6 minutos [TC6min]) e força de quadríceps femoral (teste de 1RM realizado em um multigym e CIVM utilizando uma célula de carga) foram realizadas no início e após 12 semanas TF. Resultados: Vinte e um indivíduos (11 homens, 65 ± 8 anos, volume expiratório forçado no primeiro segundo 51 ± 16% previsto, TC6min 478 ± 56 metros) foram estudados. Ao final do programa de TF, a força do quadríceps femoral melhorou significativamente (8 ± 6 kg para 1RM e 10 ± 4 Nm para CIVM), assim como o TC6min (26 ± 43 m) (P <0,05 para todos). A MDI para melhora da força do quadríceps femoral calculado por métodos distribution- based encontra-se entre 9,4 a 16 Nm para a CIVM ou aumento entre 7,4% e 12,6% do valor basal, enquanto que para o teste de 1RM os valores foram entre 2,5 a 3 kg ou incremento na força muscular entre 12% e 15%. Estas MDIs não puderam ser calculadas por meio do método anchor-based. Conclusões: Esses resultados indicam que a MDI para melhora da força do quadríceps femoral após um programa de TF de alta intensidade em indivíduos com DPOC estável de moderada a grave situa-se entre 9,4 e 16 Nm para a CIVM medida com uma célula de carga, e 2,5 e 3 kg para o teste de 1RM.Item Efeitos do exercício funcional em circuito (FEC) comparado ao treinamento aeróbico sobre desfechos relacionados à sarcopenia e estresse oxidativo em idosos saudáveis(2020-12-03) Maciel, Renata Pires Tricanico; Probst, Vanessa Suziane; Teixeira, Denilson de Castro; Lopes, JosianeIntrodução: O envelhecimento leva a um declínio na capacidade regenerativa dos tecidos musculares que causa perda de massa e força muscular com risco de eventos adversos como incapacidade física e funcional. Esse processo é denominado sarcopenia e estudos relacionam-a ao estresse oxidativo. O exercício físico regular pode trazer benefícios significativos à saúde. Existem evidências cada vez mais indicativas de que o exercício físico pode prolongar anos de vida independente e ativa, reduzir a incapacidade e melhorar a qualidade de vida de pessoas idosas. Objetivo: O objetivo deste estudo foi comparar o efeito de duas intervenções (exercício funcional em circuito (FEC) e exercício aeróbico) sobre variáveis metabólicas e funcionais relacionadas à sarcopenia e estresse oxidativo em idosos saudáveis. Métodos: Foram incluídos neste estudo 48 idosos que não praticavam exercícios físicos há pelo menos 6 meses. Foram avaliados o desempenho físico, força muscular, composição corporal, níveis de estresse oxidativo e marcadores metabólicos. Após a avaliação inicial, foram formados dois grupos e separadamente submetidos aos programas de exercício FEC e aeróbico por 12 semanas, 3 vezes por semana, com duração de 50 minutos cada sessão. Resultados: Nos testes de capacidade de exercício, ambos os grupos obtiveram melhora nos testes de caminhada de 6 minutos, velocidade de marcha de 4 metros e sit to stand 5 repetições (p<0,05). O grupo FEC apresentou diferença significativa na composição corporal após o treinamento, com aumento da massa livre de gordura e uma diminuição da massa gorda, além de aumento na circunferência da panturrilha (p<0,05 para todos). Já o grupo aeróbico teve diminuição da circunferência da panturrilha (p<0,05). Sobre o estresse oxidativo, no grupo FEC observamos aumento nos níveis de NO, FOX, GT, GSH, TRAP, SH e CAT (p<0,05) e no grupo aeróbico houve diminuição de FOX e aumento de SH e CAT (p<0,05). Em relação às variáveis metabólicas, o grupo FEC apresentou diminuição nos níveis de glicose, colesterol e triglicerídeos, e o grupo aeróbico nos níveis de LDL e HDL (p<0,05). Conclusão: O método FEC apresentou mais efeitos nas medidas funcionais de sarcopenia (massa muscular e função física), capacidade antioxidante e marcadores metabólicos em população idosa saudável em comparação com o exercício aeróbico.Item Validade e confiabilidade do Y Balance Test-Upper Quarter em homens praticantes de CrossFit®(2023-03-30) Policarpo, Fernanda Nair Nicolau; Macedo, Christiane de Souza Guerino; Oliveira, Marcio Rogerio de; Lima, Pedro Olavo De Paula; Zamboti, Camile LudovicoIntrodução: O Y Balance Test-Upper Quarter (YBT-UQ) foi desenvolvido com para avaliar a estabilidade dinâmica do membro superior, entretanto não existem estudos que comprovem sua validade, e correlacionem seus resultados com a plataforma de força, equipamento o padrão ouro para análise de estabilidade, equilíbrio e controle postural. O CrossFit®, por utilizar amplamente os membros superiores, apresenta cerca de 26% de lesões no ombro, porém poucos estudos analisaram a estabilidade do membro superior. Objetivo: Verificar a validade do YBT-UQ para a avaliação da estabilidade do membro superior e a confiabilidade intra e inter examinadores do YBT-UQ desenvolvido sobre a plataforma de força em praticantes de CrossFit®. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, com 31 praticantes de CrossFit®, do sexo masculino, com idade entre 18 e 35 anos. As avaliações foram desenvolvidas por dois avaliadores independentes, em dois dias, com intervalo de duas semanas, e sequência de realização previamente aleatorizada. Em um dos dias, ambos os avaliadores coletaram os dados do YBT-UQ sobre a plataforma de força, no outro dia o avaliador 1 coletou novamente os dados do YBT-UQ sobre a plataforma de força e o teste YBT-UQ no solo. A análise estatística foi realizada no programa SPSS® 22. O teste de Shapiro-Wilk estabeleceu a normalidade dos dados. A validade do YBT-UQ foi apontada por meio do coeficiente de correlação de Spearman. A confiabilidade intra e inter avaliador foi analisada por meio do coeficiente de correlação intraclasse (CCI). Para todos os testes foram calculados o Coeficiente de Correlação Intraclasse Intra e Inter avaliadores, Erro padrão de medida (EPM), Mínima mudança detectável (MMD) e efeito aprendizagem. Resultados: Somente o escore composto do YBT-UQ apresentou correlação moderada com todas as variáveis da plataforma de força (0,40Item Desfechos clínicos, físicos e psicológicos entre indivíduos com diferentes níveis de estado funcional pós COVID-19(2023-04-25) Panont, Aline Gil; Probst, Vanessa Suziane; Castro, Larissa Araújo de; Ramos, Ercy Mara Cipulo; Loyola, Walter SepúlvedaContextualização: A presente dissertação de mestrado versa sobre aspectos da avaliação física e funcional de pacientes com sequelas resultantes da COVID-19 (Coronavirus Disease 2019). O texto da dissertação envolve a revisão da literatura e artigo científico, que contém os resultados encontrados pelo estudo desenvolvido. Introdução: A COVID-19 é uma doença respiratória viral e altamente transmissível causada pelo vírus SARS-CoV-2 (Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2). É comum a presença de vários sintomas, podendo levar ao desenvolvimento da doença de uma forma leve até grave, com necessidade de hospitalização. Devido à complexidade da doença e seu enorme impacto sobre o organismo do indivíduo, sobreviventes da infecção podem persistir a longo prazo com diferentes graus de comprometimento funcional, social e emocional, conhecidos como a Síndrome pós-COVID-19. Objetivo: Comparar desfechos clínicos, físicos e psicológicos entre indivíduos com diferentes níveis de estado funcional após internação por COVID-19. Métodos: Trata-se de um estudo transversal com 75 indivíduos que foram hospitalizados devido à COVID-19 e que após a alta hospitalar, ainda apresentavam queixas de fraqueza muscular, dispneia e/ou fadiga. Os indivíduos foram submetidos à avaliação da função pulmonar (espirometria simples), capacidade de exercício (teste de caminhada de seis minutos [TC6min]), funcionalidade (teste de sentar e levantar de 1 minuto [STS-1min]), força muscular periférica (teste de força de preensão palmar [FPP] e teste de uma repetição máxima [1RM]), sintomas de ansiedade e depressão (Hospital Anxiety and Depression Scale [HADS]), qualidade de vida (Short-Form Healthy Survey [SF-36]) e estado funcional (Post-COVID Functional Scale [PCFS]). Também foram levantados dados a respeito das características antropométricas, hábitos de vida, comorbidades, histórico da internação, uso de medicamentos e atividade profissional. Para análise, os indivíduos foram separados de acordo com o desempenho na PCFS em dois grupos: menor e maior limitação funcional (PCFS 1-2 e PCFS 3-4, respectivamente). A análise estatística foi realizada pelo software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) e a diferença estatisticamente significante foi considerada como P<0,05. Resultados: Os indivíduos com maior limitação funcional apresentaram pior qualidade de vida nos seguintes domínios do SF-36: Capacidade funcional (PCFS 1-2 50 [34-66] versus PCFS 3-4 40 [28-55] pontos; p=0,01); Dor (PCFS 1-2 61[41-90] versus PCFS 3-4 41[22-61] pontos; p=0,006) e Aspectos Sociais (PCFS 1-2 62[50-75] versus PCFS 3-4 50[25-62] pontos; p=0,01). Também houve diferença em relação à necessidade de internação em unidade de terapia intensiva [UTI] (PCFS 1-2 46% versus PCFS 3-4 71%; p=0,03) e o número de dias de internação em UTI (PCFS 1-2 0[0-11] versus PCFS 3-4 7[0-29] dias; p=0,04). Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos nos demais desfechos avaliados. Conclusões: Indivíduos com maior limitação funcional autorreferida pela escala PCFS apresentam pior qualidade de vida em relação aos domínios capacidade funcional, dor e aspectos sociais quando comparados aos com menor limitação. A necessidade de internação em UTI, bem como o número de dias em UTI foi maior nos indivíduos com maior limitação funcional autorreferida pela escala PCFS.Item Efetividade da intervenção fisioterapêutica pré-operatória na incidência de complicações pulmonares após cirurgias cardíacas em crianças com Síndrome de Down(2022-10-02) Micheleti, Juliana Fonseca; Oliveira, Josiane Marques Felcar Piaie de; Probst, Vanessa Suziane; Borges, Daniel LagoIntrodução: Muitas crianças com Síndrome de Down (SD) apresentam cardiopatias congênitas (CCs) que necessitam de tratamento cirúrgico e as complicações pulmonares (CP) são comuns no pós-operatório. Fatores como tempo de ventilação mecânica e tempo de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aumentam a chance de CP. Além disso, pacientes com SD apresentam predisposição que aumenta o risco de CP como a disfunção imune, hipotonia, hipoplasia pulmonar, dentre outros. A intervenção fisioterapêutica (IF) no pós-operatório de cirurgia cardíaca reduz o risco de CP, utilizando técnicas de reexpansão pulmonar, terapia de remoção de secreção e extubação precoce. Entretanto, são escassos dados sobre a IF no pré-operatório nestes pacientes. Objetivo: Avaliar a efetividade da IF pré-operatória associada à pós-operatória na incidência de CP pós-operatórias em cirurgia cardíaca de crianças com SD. Métodos: Ensaio clínico aleatório incluindo crianças com SD com idade entre 0 e 6 anos que realizaram cirurgia cardíaca para correção de CCs. Os pacientes foram aleatorizados em dois grupos: IF pré-operatória associada à pós-operatória (G1) e somente IF pós-operatória (G2). O diagnóstico de CP foi feito por médicos, utilizando-se critérios radiológico e clínico, de acordo com Centers for Disease Control and Prevention. Foram utilizados os testes de Mann-Whitney e Qui-quadrado para comparação das variáveis entre os grupos. Foram calculados o risco absoluto e o número necessário para tratar. A significância estatística foi estipulada em 5%. Resultados: Foram analisados 80 pacientes, 39 do G1 (15 [38%] masculino, idade 5[3-14] meses) e 41 no G2 (28 [68%] masculino, idade 7[4-18] meses). Os pacientes do G1 apresentaram menos CP quando comparados ao G2 (P=0,04). Além disso, os pacientes do G1 permaneceram menos tempo em UTI (P=0,03). A redução do risco absoluto para CP foi 23% com IC 95% [1,58;41,64], ou seja, pacientes do G1 tiveram 23% menos chance de desenvolver CP do que pacientes do G2. O NNT foi 4,4, IC 95% [2;6,3]. Conclusão: A IF pré-operatória nos pacientes com SD diminuiu a frequência e o risco de complicações no pós-operatório de cirurgias cardíacas, bem como o tempo de internação em UTI.Item Influência da posição mandibular e lado de preferência de mastigação no apoio plantar de crianças de quatro a 11 anos(2023-03-10) Bittar, Karina Correia Bonalumi; Macedo, Christiane de Souza Guerino; Fujisawa, Dirce Shizuko; Seixas, Gabriela Fleury; Zamboti, Camile LudovicoIntrodução: O posicionamento mandibular propicia estímulos aferentes ao Sistema Nervoso Central que podem causar adaptações posturais globais, com consequente alteração no equilíbrio e no apoio plantar. Entretanto esta interferência ainda não está estabelecida, tampouco as mudanças do apoio plantar em função da faixa etária e lado de preferência de mastigação em crianças. Objetivos: Verificar a influência do posicionamento mandibular em lateralidade no apoio plantar de crianças e estabelecer as diferenças em relação à idade e ao lado de preferência de mastigação. Métodos: Este é um estudo transversal com avaliação de crianças saudáveis, entre quatro e 11 anos. Todas as crianças foram avaliadas por fotogrametria da face e, simultaneamente, a análise do apoio plantar por baropodometria, com a mandíbula em máxima interscuspidação (mandíbula centralizada) e lateralidade direita e esquerda. A distância do deslocamento mandibular para os lados direito e esquerdo foram comparados por meio do teste de Wilcoxon. A comparação da pressão média, pressão máxima e área de superfície plantares nos três posicionamentos mandibulares foi realizada por meio do teste de Friedman. As variáveis também foram comparadas em função da idade (4 - 7 anos e 8 - 11 anos) e pelo lado de preferência de mastigação. O coeficiente de correlação de Spearman foi utilizado para correlacionar as variáveis do apoio plantar com a idade, massa corporal e estatura das crianças. Resultados: Foram incluídas 93 crianças com idade de 8 [7 - 9] anos, 27 [21-34] quilos e 1,3 [1,21 - 1,41] metros. Houve maior deslocamento mandibular em lateralidade esquerda (13 [9-19] centímetros) em comparação com a lateralidade direita (7 [3,50-12,00] centímetros) (p<0,01). A mudança do posicionamento mandibular não estabeleceu diferenças na pressão média, pressão máxima e superfície de apoio plantar (p>0,05). Quando a mandíbula estava centralizada foram observadas maior pressão média, pressão máxima e área de superfície no pé esquerdo (p<0,01). As crianças mais velhas apresentaram maior deslocamento mandibular à esquerda (p<0,01), entretanto não foram observadas diferenças para as variáveis do apoio plantar em função da idade (p>0,05) e em função do lado de preferência de mastigação (p>0,05). Houve moderada a forte correlaçao entre idade, massa corporal, estatura e a área de superficie plantar (0,63Item Padrões de atividade física na vida diária de pacientes com DPOC, asma e fibrose pulmonar idiopática(2022-12-16) Polastri, Cláudia Barbosa; Mantoani, Leandro Cruz; Camilo, Carlos Augusto Marçal; Proença, Mahara-Daian Garcia LemesIntrodução: As doenças pulmonares crônicas têm se destacado como umas das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. DPOC, asma e Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI) assumem relevância ainda maior pela sua prevalência e gravidade. Além do comprometimento pulmonar, o sedentarismo e a inatividade física são características comuns dessas populações. Entretanto, pouco se sabe sobre como é o comportamento/padrão de atividade física de indivíduos com DPOC, asma ou FPI em diferentes horários ao longo da semana. Objetivo: Verificar o nível de atividade física / comportamento de três populações com problemas respiratórios crônicos (DPOC, Asma e FPI) em diferentes horários do dia ao longo da semana. Métodos: Estudo transversal que incluiu pacientes com DPOC, asma e FPI. Os indivíduos foram submetidos à caracterização antropométrica e avaliados quanto à função pulmonar (espirometria), capacidade de exercício (Teste de Caminhada de Seis Minutos – TC6min), força muscular periférica (1RM), dispneia (escala mMRC) e nível de ansiedade e depressão (escala HADS). Foi feita a avaliação do nível de atividade física na vida diária (AFVD) através do acelerômetro Actigraph GT3X por uma semana, durante pelo menos doze horas/dia e verificados: kcals, MET, contagem de passos e o nível de atividade física (sedentário, leve, moderado ou vigoroso), intragrupo. Para análise e exploração dos padrões de AFVD ao longo do dia, subdividimos os períodos do dia em: (M1) das 07:00 às 09:59h; (M2) das 10:00 às 12:59h; (T1) das 13:00 às 15:59h; e (T2) 16:00 às 18:59h. Os dados foram analisados no GraphPad Prism versão 6.0. Realizada a comparação das variáveis quantitativas e das médias, usados o teste de Shapiro-Wilk e dados com distribuição normal descritos usando média ± desvio padrão. Para dados não paramétricos usou-se mediana [intervalo interquartil 25-75%] e na comparação das variáveis de AFVD intragrupo nos diferentes dias e horários da semana o teste ANOVA medidas repetidas ou teste de Friedman. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Foram estudados 105 indivíduos (50 com asma, 38±6 anos, IMC 24±3 kg/m2; 31 com DPOC, 58±7 anos, IMC 26±3 kg/m2; 24 com FPI, 57±7 anos, IMC 24±3 kg/m2). Os parâmetros do acelerômetro no período matutino (soma dos dois períodos da manhã [M1+M2]), não apresentou diferença estatisticamente significante para nenhuma das variáveis estudadas em nenhum grupo de pacientes – gasto energético [Kcal], tempo gasto em atividades sedentárias [SED], tempo gasto em atividades leves [Light], tempo gasto em atividades moderadas a vigorosas [MVPA], número de passos/dia [STEPS] (p>0,05). Indivíduos com DPOC, tiveram maiores níveis de AFVD no período vespertino da sexta-feira quando comparados ao domingo 2071 [1508-4037] vs 1069 [548-1630] passos/dia respectivamente; p<0,05. Pacientes asmáticos, tiveram um maior nível de AFVD no início da semana comparados ao final de semana 11 [2-33] e 0 [0-11] kcal T1 segunda vs sábado, respectivamente; p<0,05. Algumas variações nos níveis de AFVD também foram observadas em indivíduos com FPI ao longo dos dias da semana; eles apresentaram menor tempo gasto em atividades sedentárias no período vespertino quinta vs domingo, 193 [0-244] vs 255 [209-279] minutos/dia, respectivamente; p<0,05. Conclusão: O presente estudo demonstrou que não existe variação significativa do comportamento de AFVD no período matutino nas 3 doenças estudadas. Entretanto, no período vespertino, observamos que nos 3 grupos foram encontradas diferenças significativas em relação à AFVD. Esses resultados são promissores e podem trazer grandes avanços para o campo da prescrição de atividade física, a fim de diminuir a inatividade de pacientes com doenças respiratórias crônicas.Item Uso da escala Borg dispneia para identificar hiperinsuflação dinâmica durante o TC6min em indivíduos com DPOC estável moderada a grave(2022-06-20) Freitas, Ana Paula Vicentin Melendi de; Pitta, Fábio de Oliveira; Furlanetto, Karina Couto; Corso, Simone Dal; Belo, Letícia FernandesIntrodução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma das principais causas de morbimortalidade no mundo, e cursa com sintomas pulmonares e extrapulmonares. A dispneia é o principal sintoma pulmonar da doença e um preditor independente de mortalidade. A literatura mostra que a hiperinsuflação dinâmica (HD) pode ser um dos principais determinantes da dispneia e sua avaliação pode contribuir para o melhor gerenciamento da doença. No entanto, métodos atuais para identificação de hiperinsufladores necessitam de equipamento espirométrico adequado e profissionais muito bem treinados, o que muitas vezes se mostra de difícil acesso na prática clínica. Levando em conta a relação entre HD e dispneia, seria de grande valia clínica desenvolver um método mais simples e acessível (e.g., utilizando a escala de Borg dispneia) que identificasse hiperinsufladores durante o esforço. Objetivos: Encontrar um ponto de corte para escala de Borg dispneia (BORG-D) avaliada durante o TC6min, que identifique indivíduos com DPOC (homens e/ou mulheres) que hiperinsuflam durante o esforço; e comparar os desfechos clínicos (i.e., antropométricos, de função pulmonar e capacidade de exercício) dos homens e mulheres, a fim de identificar diferenças entre eles. Métodos: Este estudo transversal foi desenvolvido com uma sub-análise de dados retrospectivos coletados previamente para um estudo desenvolvido no Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar da Universidade Estadual de Londrina. Indivíduos com DPOC foram avaliados quanto à função pulmonar (espirometria e pletismografia), capacidade de exercício (teste de caminhada de seis minutos [TC6min]), dispneia durante o TC6min por meio da BORG-D e HD (manobras seriadas de capacidade inspiratória [CI]) realizadas durante o TC6min). HD foi definida quando houvesse redução pós-6MWT da CI = 150 ml ou 10% em relação ao pré-test (repouso). O ponto de corte foi determinado pela área sob a curva (AUC) da curva característica de operação do receptor (ROC). Diferenças entre os sexos foram analisadas por testes paramétricos, não-paramétricos e qui-quadrado, de acordo com a natureza da variável e a normalidade na distribuição dos dados. Resultados: 24 indivíduos com DPOC (67±7 anos; VEF1 56±18 %previsto), sendo que 18 deles (i.e., 75% da amostra) apresentaram HD durante o TC6min. Quando comparados, homens (n=13) e mulheres (n=11) da amostra apresentaram diferença de idade (69±5 vs 64±7 anos, respectivamente), VEF1 (47±14 vs 64±17 %predito), hiperinsuflação estática (índice VR/CPT 53±6 vs 46±7) e variação pós-pré da saturação periférica de oxigênio (-6±3 vs -2±3%) (P <0,05 para todas). O ponto de corte para a variação pós-pré TC6min da escala de BORG-D foi de 2,75 pontos para homens (AUC: 0,84; sensibilidade: 81%; especificidade: 100%). Não foi encontrado um ponto de corte estatisticamente satisfatório para mulheres. Conclusão: Uma variação =2,75 (ou 3) pontos na escala BORG-D no pós-pré TC6min é capaz de identificar homens com DPOC moderada-grave que hiperinsuflam durante o teste. Não houve ponto de corte satisfatório para as mulheres, embora o grupo feminino apresentasse doença mais leve. Novos estudos poderão investigar um ponto de corte para mulheres com doença moderada-grave, assim como identificado nos homens.Item Estudo comparativo dos aspectos funcionais entre pacientes com fibrose pulmonar idiopática, esclerose sistêmica e seus controles(2022-10-17) Paula, Luiz Eduardo de; Mantoani, Leandro Cruz; Camillo, Carlos Augusto Marçal; Hernandes, Nidia AparecidaIntrodução: A esclerose sistêmica (ES) é uma doença do tecido conjuntivo caracterizada por fibrose da pele e órgãos internos, isquemia por obliteração vascular e autoimunidade. Além do quadro típico de envolvimento cutâneo, pode apresentar envolvimento de órgãos internos, com destaque para o acometimento pulmonar, que é motivo de maior morbimortalidade nessa população. O comprometimento pulmonar observado nesses pacientes se assemelha muito com o de indivíduos com outras doenças pulmonares intersticiais (DPIs), especialmente com Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI). Apesar de algum grau de sobreposição em suas características clínicas e patogênese, a DPI associada à ES e a FPI possuem diferenças importantes, com implicações significativas para diagnóstico, avaliação e manejo clínico. Objetivos: Comparar variáveis de capacidade funcional em indivíduos com ES, FPI e uma amostra de indivíduos saudáveis. Metodologia: Neste estudo transversal, todos os participantes foram submetidos a avaliações de função pulmonar (pletismografia corporal), capacidade de exercício através do teste de caminhada de 6 minutos (TC6m), força muscular periférica através da contração isométrica voluntária máxima do quadríceps femoral (CIVM), teste de sentar e levantar (TSL, 5 repetições e de 1 minuto), atividade física de vida diária (monitor Actigraph wGT3X-BT®), avaliação da qualidade de vida (questionário SF-36), questionário do hospital Saint George na doença respiratória (SGRQ) e escala hospitalar de ansiedade e depressão (HADS). Resultados: Ao todo, 78 indivíduos (26 FPI, 64±9 anos, 27,9±4,7 Kg/m2, CVF 68±18%; 17 ES, 54±10 anos, 26,4±6 Kg/m2, CVF 74±22%; 35 saudáveis, 60±9 anos, 27,6±4,8Kg/m2, CVF 97±11%) foram estudados. Pacientes com FPI e ES demonstraram desempenhos inferiores de funcionalidade no TC6m (436±100 vs 455±98 vs 569±67, respectivamente, p<0,05) e no TSL de 1 minuto (23[20-27] vs 23[20-28] vs 28[25-38], p<0,05) quando comparados com indivíduos saudáveis. Pacientes com FPI e ES apresentaram menor número médio de passos por dia (4404 [2959-5968 vs 5533 [3730-6670] vs 6932 [5387-9939], p<0,05), tempo em pé em minutos por dia (267±86 vs 307±83 vs 374±78, p<0,05) e atividade física moderada a intensa (7 [3-10] vs 8 [2-11] vs 21 [12-36], p<0.05), quando comparados aos indivíduos saudáveis, porém sem apresentar diferenças significantes entre os grupos com doença pulmonar. Da mesma maneira, a força de quadríceps foi menor nos grupos FPI e ES (300 [250-442] vs 243 [226-323] vs 401 [347-516] N, p<0,05). No grupo FPI foi encontrada correlação positiva moderada do TC6m com força do quadríceps (r=0,59 p=0,001), tendência a moderada correlação positiva com TSL de 1 minuto (r=0,52 p=0,057) e fraca correlação positiva (r=0,47 p=0,01) com atividade física moderada a intensa. Nos pacientes com ES, o TC6m se correlacionou fortemente com o número de passos (r=0,77 p<0,001) e de maneira moderada com as variáveis tempo em atividade leve (r=0,67 p=0,004), tempo em atividade moderada a intensa (r=0,61 p=0,01) e tempo em pé (r=0,51 p=0,04). Conclusão: O presente estudo mostrou que os pacientes com ES e FPI apresentaram redução da capacidade funcional, menores níveis de AFVD e menor força da musculatura de quadríceps quando comparados à indivíduos saudáveis. A moderada correlação do TC6m com TSL de 1 minuto e força de quadríceps na população com FPI sugere que neste grupo a força dos membros inferiores podem ter influência importante no desempenho funcional.Item Prevalência, fatores associados e instrumentos de avaliação da disfunção do trato urinário em meninas de 5 a 17 anos: uma revisão sistemática com metanálise(2022-10-21) Cruz, Cassiana Azevedo; Mantoani, Leandro Cruz; Probst, Vanessa Suziane; Zamboti, Camile Ludovico; Sepúlveda-Loyola, Walter AquilesIntrodução: A disfunção do trato urinário inferior (DTUI) é definida como distúrbios do ciclo da micção em crianças acima de 5 anos, neurologicamente saudáveis e sem alterações obstrutivas. Predominante na população feminina e atinge cerca de 2% a 25% das crianças. De acordo com a Sociedade Internacional de Continência Infantil (ICCS em inglês), a classificação se divide em sintomas disfuncionais de armazenamento e esvaziamento da bexiga e outros sintomas relacionados. Dessa forma, ferramentas de avaliação válidas e detalhadas devem ser utilizadas, uma vez que há grande variabilidade na prevalência desses sintomas, assim como no emprego das terminologias, classificações, sobreposição dos sintomas e subnotificação dos casos, comprometendo o reconhecimento das reais causas da DTUI na população em geral. Objetivos: Definir a prevalência das DTUI em meninas de 5 a 17 anos, conhecer os fatores associados e a implicação clínica desses sintomas, além de identificar na literatura as ferramentas e instrumentos de avaliação utilizados na mensuração das disfunções miccionais. Métodos: Uma busca sistemática em 7 bases de dados: PubMed/Medline, Cinahl, Embase, Lilacs, Scielo, Scopus e Web of Science foi realizada em julho de 2020. Seguindo recomendações internacionais, foram realizadas buscas com termos e palavras-chaves MeSH do Pubmed em inglês como “child”, “lower urinary tract dysfunction”, “girls” e “epidemiology”. Foram incluídos estudos na população feminina de 5 a 17 anos, que apresentaram desfechos de prevalência, associação ou fatores de risco para os diferentes DTUI de causa funcional, no idioma inglês, português ou espanhol. E, excluídos estudos com dados insuficientes, indisponíveis ou não discriminados de acordo com o gênero e a idade, realizados por dois revisores independentes que também analisaram a qualidade das evidências (com o National Institutes of Health - NIH Quality Assessment Tool), e qualquer divergência foi resolvida por um terceiro avaliador. O protocolo do estudo foi registrado na plataforma PROSPERO (CRD42020187076). As análises quantitativas foram realizadas utilizando o software JAMOVI 2.3. Resultados: Dos 14.901 estudos, 26 foram incluídos com uma amostra de 49.562 meninas, e boa qualidade da evidência em 50% dos estudos. A prevalência feminina mundial da DTUI é de 14% (IC95% 12-15) nessa população. Até os 12 anos, dentre os sintomas de armazenamento, a enurese (EN) e a incontinência urinária (IU) atingem igualmente 8% das crianças, e na adolescência cerca de 2% e 6% respectivamente. E, as manobras de retenção atingem 28% de meninas e adolescentes. A EN esteve mais presente em meninas com desordens psiquiátricas e problemas de sono na infância. A disfunção do armazenamento miccional se relacionou à condições de saúde como obesidade, infecção do trato urinário (ITU), distúrbios psiquiátricos e problemas de sono, à fatores do ambiente escolar como bullying e o ambiente dos banheiros, ou biológicos como a gravidez na adolescência. Os instrumentos de avaliação dos hábitos urinários são, em sua maioria, questionários demográficos não validados ou recomendados pela ICCS. Conclusão: A DTUI é prevalente em 14% das meninas na infância e adolescência em todo o mundo, estando o sintoma noturno em maior evidência nos distúrbios do sono, do comportamento ou da aprendizagem. Um ou mais sintomas disfuncionais de armazenamento estão relacionados à obesidade, ITU, distúrbios psiquiátricos ou do sono, ambiente dos banheiros escolares, bullying e a gravidez na adolescência. Os instrumentos de avaliação da DTUI, em geral, estão em desacordo com as recomendações internacionais.Item Tradução, adaptação transcultural e validação da versão em português do Brasil da escala de medo e escala de descontrole relacionado à COVID-19: um estudo multicêntrico(2022-10-18) Almeida, Rafaela Cristina de; Mantoani, Leandro Cruz; Furlanetto, Karina Couto; Bisca, Gianna Kelren WaldrichIntrodução: A pandemia de COVID-19 tem acarretado efeitos desfavoráveis a saúde mental da população como medo, ansiedade e descontrole emocional. Frente a isso, instrumentos têm sido desenvolvidos para investigação destes aspectos. Objetivos: Realizar a tradução e a adaptação transcultural da Escala de Medo e da Escala de Descontrole para o idioma português do Brasil, bem como investigar sua validade na população brasileira. Metodologia: Estudo multicêntrico internacional que investigou os efeitos da pandemia de COVID-19 na saúde da população. Duas escalas que avaliassem o medo e descontrole foram criadas em inglês. As versões em inglês das Escala de Medo e Descontrole passaram por um processo de tradução para a língua portuguesa do Brasil, realizada por dois tradutores bilingues (um nativo na língua alvo), seguido por uma retrotradução ao idioma original, retificação de discrepâncias e obtenção de uma versão semifinal para a aplicação de um piloto para então a obtenção da versão final. A coleta de dados se deu através de um questionário disponibilizado on-line, no qual os participantes responderam aos instrumentos autorrelatados sobre seus sentimentos de medo e descontrole frente a pandemia de COVID-19. Foram conduzidas Análise Fatorial Exploratória (AFE) e Confirmatória (AFC) das escalas, além da avaliação da validade convergente e confiabilidade interna. Resultados: Um total de 451 indivíduos brasileiros foram incluídos no estudo. A maioria do sexo feminino (70%), com menos de 25 anos (22%), empregados (68%) e com alto nível educacional (90%). Após a AFE os itens com carga fatorial =0,4 foram eliminados e a variância total explicada foi de 67% na Escala de Medo e de 62% na Escala de Descontrole. Ambas as escalas apresentaram Alpha de Cronbach = 0,9. A Escala de Medo e de Descontrole se correlacionaram de forma moderada com o Patient Health Questionnaire (PHQ-4) (r=0,54 e r=0,69, respectivamente). Conclusão: As escalas investigadas apresentaram propriedades psicométricas satisfatórias, podendo ser usadas para acessar sintomas de medo e descontrole frente a pandemia de COVID-19 na população brasileira.Item Análise da funcionalidade, flexibilidade, força muscular e valores angulares em corredores recreacionais com e sem dor patelofemoral(2022-10-25) Nascimento, Daniele Pereira do; Macedo, Christiane de Souza Guerino; Lima, Pedro Olavo de Paula; Oliveira, Marcio Rogério deIntrodução: A dor patelofemoral (DPF) está relacionada a disfunções biomecânicas, entretanto as alterações dos movimentos são incertas em corredores. Objetivo: Analisar o volume semanal da corrida, capacidade funcional, flexibilidade, força muscular, valores angulares bidimensionais (2D) durante a corrida e no teste Step Down lateral (SDL) em corredores com e sem DPF. Materiais e método: Foram avaliados 81 corredores recreacionais, 40 com DPF (19 homens, 21 mulheres) e 41 sem dor (grupo controle, 24 homens, 17 mulheres). Todos responderam ao questionário de caracterização da amostra e da corrida, as escalas Anterior Knee Pain Scale e Lower Extremity Functional Scale. Foram avaliadas a flexibilidade dos isquiotibiais, quadríceps, sóleo e gastrocnêmios; e força muscular isométrica dos extensores de joelho e dos rotadores externos/abdutores do quadril. Além disso, obteve-se os valores angulares 2D durante o SDL e no apoio médio da corrida. Resultados: O grupo dos corredores com DPF apresentou menor volume de corrida semanal (p=0,049), pior capacidade funcional dos membros inferiores (p<0,001), maior inclinação ipsilateral do tronco durante o SDL (p=0,002), e maior inclinação ipsilateral do tronco (p<0,001) com menor queda contralateral da pelve (p=0,006) no plano frontal da corrida. Não houve diferenças para força muscular do quadríceps e quadril e flexibilidade do sóleo, gastrocnêmios e quadríceps, exceto para os isquiotibiais, os quais foram menos flexíveis no grupo controle. As correlações foram baixas (?=0,30 a 0,49) entre a força muscular, capacidade funcional, volume de corrida e variáveis angulares 2D analisadas. No entanto, no plano frontal da corrida, a adução do quadril no grupo DPF e inclinação ipsilateral de tronco no grupo controle, apresentaram correlação moderada com a força isométrica do quadríceps (?=0,50 a 0,69). Conclusão: Corredores recreacionais com dor patelofemoral percorrem distâncias menores, têm menor capacidade funcional dos membros inferiores, maior inclinação ipsilateral do tronco durante o SDL e maior inclinação ipsilateral do tronco e menor queda contralateral da pelve no apoio médio da corrida. Corredores sem dor patelofemoral apresentam maior rigidez muscular dos ísquiotibiais. Contudo, corredores recreacionais não demonstram diferenças em relação a força muscular independente da dor. Além disso, somente a força muscular do quadríceps se correlacionou moderadamente com a adução do quadril e inclinação lateral do tronco no plano frontal da corrida. Os achados sugerem que esses parâmetros podem ser úteis na avaliação de corredores recreativos com DFP e podem fornecer novas estratégias de prevenção e reabilitação.Item Cuidados paliativos em perinatologia e neonatologia: percepção da equipe multiprofissional(2021-04-05) Melo, Fernanda Pegoraro de Godoi; Probst, Vanessa Suziane; Fujisawa, Dirce Shizuko; Bernardes, Lisandra Stein; Zani, Adriana ValongoIntrodução: A melhora do manejo perinatal tem permitido cada vez mais a sobrevivência de recém-nascidos vulneráveis. No entanto, em situações críticas como bebês gravemente doentes, com malformações congênitas complexas, prematuros extremos, neonatos com sequelas graves ou com deficiências físicas e mentais, o aumento da sobrevida pode prolongar o sofrimento desses pacientes, dos seus familiares e da equipe cuidadora e gerar consequentemente, dilemas éticos. Perante isso, surge a discussão de Cuidados Paliativos em Perinatologia e Neonatologia. Com uma abordagem para melhoria da qualidade de vida de pacientes, familiares e equipe cuidadora que enfrentam uma doença ameaçadora à vida, por meio da identificação precoce e impecável avaliação e tratamento da dor e outros problemas físicos, psicossociais e espirituais. Considerando que tal abordagem ainda não é uma prática sistemática no hospital campo deste estudo, levantar informações sobre cuidados à gestante com anormalidades fetais e neonatos com mau prognóstico e suas famílias faz-se necessário. Objetivo: Identificar os aspectos positivos e negativos relacionados aos cuidados à gestante com anormalidades fetais e neonatos com mau prognóstico e suas famílias, segundo a percepção da equipe multiprofissional. Método: Este é um estudo qualitativo, tendo como referencial teórico metodológico a Técnica de Incidente Crítico. Os participantes foram profissionais de saúde atuantes nos serviços de obstetrícia e neonatologia de um hospital universitário do norte do Paraná. A coleta de dados ocorreu no período de junho de 2018 a maio de 2019, por meio de entrevistas semiestruturadas. Resultados: A amostra do estudo foi constituída por 56 profissionais: técnicos de enfermagem, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogo, médicos ginecologistas e obstetras e neonatologistas, residentes de enfermagem e médicos residentes da Ginecologia/Obstetrícia, Pediatria e Neonatologia. Emergiram 236 incidentes críticos, sendo 88 com referências positivas e 148 negativas. Destes relatos, classificou-se dez categorias: Pré-Natal, Cuidados Multidisciplinares, Divergência de Condutas, Comunicação de Más Notícias, Estrutura Física, Aspecto Emocional da Família, Desgaste Emocional da Equipe, Critérios de Elegibilidade, Crenças Familiares e Inserção da Família. Conclusão: Neste estudo foi possível identificar nos relatos dos profissionais um número significativo de referências negativas em detrimento às positivas. Isso demonstra que o serviço apresenta barreiras que se sobressaem às facilidades para que os Cuidados Paliativos Perinatal e Neonatal sejam empregados de maneira integral. No entanto, emergiram informações que irão possibilitar elaboração de metas para melhoria no atendimento dos pacientes elegíveis para os Cuidados Paliativos Perinatal e Neonatal e posterior implantação de um ambulatório de Perinatologia e um grupo de Cuidados Paliativos, bem como possibilitar treinamentos e sensibilização periódicas de toda equipe.Item Análise da preensão, tração dos membros superiores e força de reação ao solo na tarefa de subir no ônibus em idosos com e sem doença de ParkinsonMiri, Andressa Leticia; Santos, Suhaila Mahmoud Smaili [Orientador]; Oliveira, Márcio Rogério de; Lavado, Edson LopesResumo: Introdução: A redução da força muscular pode levar a dificuldades na realização de tarefas funcionais Subir no ônibus em países em desenvolvimento é um desafio para idosos e para indivíduos acometidos por doenças neurodegenerativas, como a doença de Parkinson (DP) Objetivo: Analisar a força da preensão e tração dos membros superiores e a força de reação ao solo (FRS) na tarefa de subir no ônibus, nas condições de simples tarefa (ST) e dupla tarefa (DT), em indivíduos com e sem DP Métodos: Estudo caso-controle, constituído por 31 indivíduos com DP (GDP), entre estadiamento de 1 a 3 na escala de Hoehn e Yahr e 3 idosos saudáveis (GIS), pareados por idade e sexo A avaliação foi realizada utilizando o protótipo de um ônibus: a força da preensão e tração dos membros superiores foi medida por meio de dinamômetros instalados nos corrimãos e a FRS pela plataforma de força acoplada ao primeiro degrau, todos medidos em kgf O tempo de execução das tarefas foi cronometrado (s) e as medidas foram realizadas na ST e DT Na análise estatística, foram feitas comparações entre o GPD e GIS, entre as condições de ST e DT, além de uma subanálise entre os participantes caidores, de acordo com o ponto de corte da Escala de Eficácia de Quedas Resultados: Na comparação intergrupo, a força máxima à direita foi significantemente menor no GDP, tanto na preensão (3,43 vs 36,62, P=,2), quanto na tração (1,77 vs 12,81, P=,3) Nas tarefas, a força de tração esquerda foi a mais exigida no GDP, tanto na ST (6,35 vs 4,76, P<,1), quanto na DT (6,32 vs 5,2, P<,1), representando aproximadamente 93% da contração voluntária máxima esquerda nas tarefas O tempo de execução foi maior no GDP para ST (6,14 vs 4, 67, P<,1) e DT (6,8 vs 4,81, P<,1), além disso, o GDP tem maior preocupação em cair em relação ao controle (34,74 vs 24,77, P<1), 72% dos participantes consideram-se caidores, destes 61% fazem parte do GDP Não houve diferenças estatisticamente significantes quando comparado a ST e a DT, e a FRS na comparação intergrupo Conclusão: Entrar no ônibus é uma tarefa complexa para indivíduos com DP, pois eles demoram mais tempo, apresentam menor força muscular e maior dispêndio funcional, tanto na ST quanto na DT Este fato requer maior atenção por parte dos profissionais de saúde envolvidos no tratamento dessa população, assim como no desenvolvimento de políticas públicas efetivas que garantam maior independência e condições de participação social para essa populaçãoItem Aplicabilidade, reprodutibilidade e desempenho no teste de caminhada de 6 minutos na alta hospitalar de indivíduos queimadosKakitsuka, Emely Emi; Hernandes, Nidia Aparecida [Orientador]; Probst, Vanessa Suziane; Okamura, Larissa Araújo de CastroResumo: Introdução: A capacidade funcional de exercício, desfecho importante no processo de reabilitação física do paciente queimado, pode ser avaliada pelo teste de caminhada de 6 minutos (TC6min) Apesar de ser amplamente utilizado em diversas populações, não há evidências sobre a aplicabilidade do TC6min na população vítima de queimaduras Objetivos: Verificar a aplicabilidade do TC6min, bem como sua reprodutibilidade em indivíduos queimados e analisar o desempenho dos mesmos neste teste no momento da alta hospitalar Métodos: Foi realizado um estudo transversal, em indivíduos com queimaduras, no momento da alta hospitalar Todos realizaram dois TC6min de acordo com a padronização internacional Foram registradas as seguintes variáveis: distância total percorrida, frequência cardíaca, pressão arterial, saturação periférica de oxigênio, sintomas de dispneia e fadiga de membros inferiores, queixas e dificuldades relatadas pelos participantes, antes e após cada teste Adicionalmente, informações sobre história clínica e dados antropométricos foram registrados Resultados: Cem indivíduos foram avaliados, 7 homens, idade: 36 [26-48]anos, índice de massa corporal (IMC): 25 [22-29]kg/m2 e porcentagem da superfície corporal queimada (SCQ): 1 [6-18]% Houve excelente concordância da distância percorrida nos dois TC6min (CCI=,97) Entretanto, 73% dos indivíduos avaliados apresentaram melhor desempenho no segundo teste, tendo um aumento médio de 23 [-9-47]m ou 5 [-2-1]% (P=,1); o tempo de recuperação das variáveis fisiológicas (frequência cardíaca, pressão arterial, saturação periférica de oxigênio) e sintomatológicas (dor, fadiga e dispneia) entre os testes foi de 16 [11-26]minutos Quanto à reprodutibilidade das demais vaiáveis, houve concordância nas variações de Borg dispneia e fadiga (CCI=,85 e ,83, respectivamente) Quando o melhor teste foi considerado, verificou-se que a distância percorrida foi de 488 [396-718] m (ou 8 [65-92]% predito), sendo que 51% dos indivíduos apresentaram limitação da capacidade de exercício, ou seja, abaixo do limite inferior da normalidade Quando os indivíduos foram agrupados de acordo com o acometimento dos membros inferiores em: sem queimaduras, apenas com área queimada, apenas com área doadora, com queimadura e presença de área doadora; o grupo sem queimaduras em membros inferiores apresentou melhor desempenho no TC6min (P<,1) em comparação aos demais grupos Por fim, todos os indivíduos concluíram os dois testes e apenas três necessitaram realizar pausas durante algum teste Conclusão: O TC6min é aplicável, bem tolerado e reprodutível no momento da alta hospitalar em indivíduos queimados Entretanto, deve-se considerar que a maioria apresentou maior distância percorrida no segundo teste Além disso, observou-se que, no geral, esses indivíduos apresentaram redução da capacidade funcional de exercício, o que reforça a necessidade de reabilitação física precoce para evitar ou atenuar a limitação funcional dessa populaçãoItem Perfil de atividade física na vida diária e seus fatores determinantes em pacientes com doença intersticial pulmonarSilva, Humberto; Camillo, Carlos Augusto Marçal [Orientador]; Carvalho, Celso Ricardo Fernandes; Pitta, Fábio de OliveiraResumo: Introdução: Os fatores que podem influenciar a atividade física de vida diária (AFVD), não foram totalmente investigadas em pacientes com doença intersticial pulmonar (DIP) Objetivos: Esta Dissertação de mestrado teve como objetivo caracterizar a AFVD e investigar a relação entre a AFVD e outros desfechos (capacidade de exercício, função pulmonar, sono) em pacientes com DIP Além disso, investigar os eventuais fatores determinantes da AFVD nessa população Métodos: Foram recrutados pacientes com diagnóstico de DIP e indivíduos aparentemente saudáveis (grupo controle) Os indivíduos foram submetidos à avaliação da função pulmonar, capacidade de exercício, força muscular respiratória e periférica, atividade física, sono, dispneia e qualidade de vida relacionada à saúde AFVD e medidas de sono foram avaliadas usando um monitor de atividade (Actigraph®, wGT3x-BT) em sua cintura por seis dias consecutivos, durante 24 horas Resultados: Em comparação ao grupo controle, os pacientes com DIP apresentaram menor número de passos (555 ± 289 vs 8159 ± 3283 passos / dia, p = ,2), menor tempo gasto em atividade moderada a vigorosa (8 - 16 ] vs 3 [15 - 47] min / dia, p <,1) e menor tempo na postura em pé (29 ± 87 vs 392 ± 65 min, p = ,3), e mais tempo gasto na posição deitada (288 ± 91 vs 197 ± 66 min, p = ,3) Além disso, os pacientes apresentaram duração significativamente maior do tempo de sono durante o dia (56 ± 18 vs 6 ± 19 min, p = ,1) Os modelos de regressão identificaram a função pulmonar (capacidade de difusão do monóxido de carbono, DLCO) e a duração do sono à noite e durante o dia para explicar parcialmente os passos diários, o tempo em atividades leves e o tempo em atividades moderadas a vigorosas (,26Item Impacto da atividade física e esporte nos sintomas dos períodos menstrual e pré-menstrualLima-Trostdorf, Talitha Allegretti de; Macedo, Christiane de Souza Guerino [Orientador]; Oliveira, Josiane Marques Felcar Piaie de; Moreira, Eliane HilberathResumo: Introdução: Os períodos menstrual e pré-menstrual geralmente vem acompanhados de sintomas que podem atrapalhar as atividades de vida diária e o desempenho físico Entre estes sintomas estão a irritabilidade, cefaleia, alterações de humor e de sono, desânimo e outros Objetivo: Estabelecer as diferenças de sintomas fisicos e mentais em mulheres sedentárias, ativas e atletas nos períodos menstrual e pré-menstrual Métodos: Este é um estudo transversal, desenvolvido com questionário online respondido por mulheres saudáveis, de 18 a 35 anos, sedentárias, ativas e atletas, que não fizessem uso de anticoncepcional de forma contínua Resultados: Das 227 mulheres (77 sedentárias, 9 ativas e 6 atletas) 72,3% tinham ciclo menstrual regular e em 56,4% com duração média 28 dias No período menstrual, as atletas apresentram menores sintomas quando comparadas às sedentárias para cefaleia (p=,2), dor cervical e em ombros (p<,1) e sono (p<,1); preocupação (p=,4), tristeza (p<,1), choro (p=,1), agitação (p=,4), impacto nas AVDs e treinos (p<,1) As mulheres ativas apresentaram menores sintomas que as sedentárias para preocupação (p=,4) e impacto nos treinos (p<,1) Ainda, as atletas apresentaram menores sintomas do que as ativas para dor cervical e em ombros (p<,1), tristeza (p<,1) e choro (p=,1) Para o período pré-menstrual, as atletas estabeleceram menores sintomas do que as sedentárias de cefaleia (p=,1), dor cervical e ombros (p=,4), dificuldade de concentração (p=,4), sono (p=,1), desânimo (p=,2), tristeza (p<,1), choro (p<,1) e impacto nos treino (p<,1) As mulheres ativas estabeleceram menor impacto nos treinos (p<,1) do que as sedentárias E, as atletas apontaram menores sintomas pré-menstruais do que as ativas para lombalgia (p=,4), cefaleia (p=,1), dificuldade de concentração (p=,4), sono (p=,1), desânimo (p=,2), tristeza (p<,1), irritabilidade (p=,3) e choro (p<,1) Quando comparados o período menstrual e pré-menstrual, para os três grupos, o período menstrual apresentou piores sintomas de dismenorreia, lombalgia, dor nos membros inferiores, dificuldade de concentração, aumento do sono e desânimo Por fim, 62,1% utilizavam medicação e outros recursos para alívio dos sintomas do período menstrual e 23,3 % para o pré-menstrual, a maioria por conta própria E, 33,3% das ativas e 8,3% das atletas realizavam adaptações no treino, com redução da intensidade (45,7% das ativas e 23,3% das atletas) De 6 a 8,5% das participantes relataram preferência em abordar os assuntos do ciclo menstrual com outras mulheres Conclusão: Mulheres atletas aprestentam menos sintomas físicos e mentais quando comparadas as sedentárias e ativas nos períodos menstrual e pré-menstrual O período menstrual estabeleceu piores sintomas quando comparado ao pré-menstrualItem Acompanhamento do tônus da musculatura acessória da inspiração por meio da eletromiografia de superfície em recém-nascidos pré-termo com e sem displasia broncopulmonar : estudo longitudinalRosa, Tathiane Ribeiro; Probst, Vanessa Suziane [Orientador]; Felcar, Josiane Marques; Ferrari, Lígia Silvana LopesResumo: Introdução: Embora as diferenças de tônus muscular sejam observadas na prática clínica em recém-nascidos prematuros (RNPT) com displasia broncopulmonar (DBP), elas permanecem pouco estudadas nesta população, especialmente com ferramentas mais objetivas Objetivos: Avaliar objetivamente o tônus da musculatura acessória da inspiração dos RNPT com e sem DBP desde o nascimento até completarem 36 semanas gestacionais Métodos: Foram incluídos 37 RNPT com menos de 36 semanas de idade gestacional e peso inferior a 15 gramas no período de maio de 216 a fevereiro de 217 Os RNPT foram submetidos à avaliação do tônus muscular com eletromiografia de superfície (EMG) a cada duas semanas após o nascimento, nos músculos: peitoral maior (PM), serrátil anterior (SA), trapézio (TP) e eretor da espinha (EE) Aqueles com complicações graves, óbitos e menos de três medidas EMG foram excluídos A posteriori, os RNPT foram separados em: GDBP (com DBP, definida pela necessidade de oxigênio suplementar por 28 dias ou mais) e grupo controle (GC), sem DBP Resultados: Foi observado maior tônus do músculo TP no GDBP quando comparado ao GC na 1ª, 2ª, 3ª e 4ª avaliações EMG; p<,4 para todas O SA apresentou-se com maior tônus apenas na 1ª avaliação, e o EE na 2ª e na 4ª avaliações no GDBP em comparação ao GC, p<,5 para todas Na análise intragrupo, o tônus muscular do EE diminuiu ao longo do tempo em ambos os grupos (p<,5) Conclusão: Ao longo do período de internação na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) o tônus da musculatura acessória da inspiração é maior nos RNPT com DBPItem Associações entre alterações de composição corporal e características clínicas e físico-funcionais em DPOCMachado, Felipe Vilaça Cavallari; Hernandes, Nidia Aparecida [Orientador]; Camillo, Carlos Augusto; Mesquita, Rafael Barreto de; Pitta, Fábio de Oliveira [Coorientador]Resumo: Introdução: As anormalidades de composição corporal são determinantes independentes de desfechos em pacientes com DPOC Atualmente, já se sabe que a estratificação destes pacientes em fenótipos de composição corporal (metabólicos) está associada à desfechos importantes, como capacidade de exercício e inflamação, mas não há dados comparando a atividade física na vida diária (AFVD) e força muscular entre esses fenótipos Deste modo, o objetivo deste estudo foi comparar características clínicas e físico-funcionais em pacientes com DPOC estratificados em fenótipos metabólicos Métodos: Uma análise transversal foi realizada com 27 pacientes com DPOC estável De acordo com os percentis 1 e 9 dos valores de referência específicos para gênero, idade e índice de massa corporal (IMC) de índices de massa livre de gordura e índice de massa gorda, os pacientes foram estratificados em quatro grupos: Composição Corporal Normal (CCN), Obesos, Sarcopênicos e Obesos-sarcopênicos (OS) Os pacientes foram submetidos à avaliação da capacidade de exercício, força muscular periférica e respiratória, AFVD por meio de sensores de movimento, severidade de dispneia, estado funcional e sintomas de ansiedade e depressão Resultados: A prevalência de pacientes classificados como CCN, Obesos, Sarcopênicos e OS foi de 39%, 13%, 21% e 27%, respectivamente OS apresentaram menor distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos (TC6min), comparado com CCN (P<,5) Sarcopênicos e OS apresentaram pior força muscular periférica e respiratória comparados com CCN (P<,5) Sarcopênicos apresentaram mais tempo em AFVD de moderada à alta intensidade comparados com todos os outros grupos (P<,5) e menos tempo em AFVD sedentárias comparados com CCN e Obesos (P<,5) Não foram encontradas diferenças com relação a severidade de dispneia, estado funcional e sintomas de ansiedade e depressão (P>,16) Sarcopênicos e OS apresentaram, respectivamente, 7,8 [95% IC: 1,6-37,7] e 9,5 [2,2-41,7] vezes mais chance de percorrer menos que 35 metros no TC6min Conclusões: Os fenótipos metabólicos estão associados às características físico-funcionais em pacientes com DPOC Pacientes com Obesidade-sarcopênica foram considerados os mais debilitadosItem Efetividade da fisioterapia associada ao treinamento cognitivo na cognição e qualidade de vida em indivíduos com doença de Parkinson : ensaio clínico aleatórioBarboza, Natália Mariano; Santos, Suhaila Mahmoud Smaili [Orientador]; Fujisawa, Dirce Shizuko; Christofoletti, GustavoResumo: Introdução: O transtorno cognitivo na doença de Parkinson (DP) é um dos sintomas não motores de grande interesse científico, devido a prevalência do declínio cognitivo, heterogeneidade de suas manifestações e risco do desenvolvimento de demências Atualmente, tratamentos como a fisioterapia e o treinamento cognitivo tem sido estudadas para o manejo dos sintomas cognitivos na DP Objetivo: Verificar a efetividade da fisioterapia associada ao treino cognitivo na melhora da cognição e qualidade de vida em indivíduos com DP Materiais e métodos: trata-se de ensaio clínico aleatório, com inclusão de 58 indivíduos com DP de leve a moderada, randomizados em dois grupos: motor (GM) e cognitivo-motor (GCM) Ambos foram avaliados quanto à cognição e qualidade de vida no início do estudo, ao final dos protocolos de intervenção e 3 meses após a finalização da intervenção A avaliação da cognição e qualidade de vida foi realizada por meio dos seguintes instrumentos: Mini Exame do Estado Mental, Avaliação Cognitiva Montreal, Teste de fluência verbal categórico, Teste de Aprendizagem Auditivo Verbal de Rey, Avaliação cognitiva e perceptual por meio de figuras, Trail Making Test, Clock Drawing Executive Test e Questionário de Qualidade de Vida para a DP O grupo GM realizou fisioterapia motora e o GCM realizou fisioterapia motora associada a treinamento cognitivo Os protocolos de tratamento foram compostos por 32 sessões, com frequência de duas vezes na semana com duração total de quatro meses Para a análise estatística, o teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para análise da normalidade dos dados, seguido pelos testes: t para amostras independentes, Mann-Whitey, análise de variância two-way com medidas repetidas e teste de Friedmann os quais foram utilizados para avaliação intra e entre os grupos de tratamento, com significância estatística adotada de 5%, e utilizando o programa SPSS 21 Resultados: A análise intra grupos revelou que ambos apresentaram melhora na cognição (domínios memória e função visuoespacial) e na qualidade de vida após a realização dos protocolos (p<,5), porém não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos Conclusão: as duas abordagens de tratamento utilizadas foram efetivas para os desfechos: memória, função visuoespacial e qualidade de vida em ambos os grupos quando comparados os momentos pré e pós-intervenção