02 - Mestrado - Ciências da Reabilitação
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Item Tradução, adaptação transcultural e validação da versão em português do IPF-specific version of saint george's respiratory questionnaire (SGRQ-I) para pacientes com doença intersticial pulmonarAguiar, Wagner Florentin; Camillo, Carlos Augusto Marçal [Orientador]; Mayer, Anamaria Fleig; Hernandes, Nídia AparecidaResumo: Introdução: A qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) está prejudicada na maioria dos pacientes com Doenças Pulmonar Intersticial (DPI) devido a sintomas como dispneia e fadiga, limitações nas atividades físicas e isolamento social Instrumentos para a mensuração da mesma já são válidos e utilizados em outros países No entanto, não existe uma ferramenta válida, confiável e reprodutível para avaliar a qualidade de vida específica para pacientes com DPI brasileiros Objetivo: Desenvolver uma versão em português do Brasil do Saint George Respiratory Questionnaire for patients with Interstitial pulmonary fibrosis (SGRQ-I) que seja conceitualmente equivalente ao original; e avaliar a validade, confiabilidade e reprodutibilidade desse instrumento Métodos: A presente Dissertação foi realizada em duas etapas A primeira consistiu na tradução do questionário e adaptação transcultural para pacientes brasileiros Em um segundo momento, pacientes com doença intersticial pulmonar foram convidados a responder o questionário em três momentos por dois avaliadores diferentes A avaliação da confiabilidade intra e inter-avaliador foi analisada por meio do coeficiente de correlação intraclasse (CCI) A consistência interna foi analisada pelo coeficiente a de Cronbach e as associações entre as variáveis clínicas e do SF-36 foram analisadas pelos coeficientes de correlação de Pearson ou Spearman O software utilizado para a análise estatística foi o Statistical Analysis System (SAS) University Edition® e a significância estatística foi estabelecida como p<,5 Resultados: No total, 3 pacientes com DPI responderam o SGRQ-I traduzido em três momentos, o score final do SGRQ-I apresentou excelente concordância e consistência interna no teste-reteste intra-avaliadores (CCI: ,93 [,85 - ,97]; Cronbach a: ,88) e interavaliador (CCI: ,88 [,77 - ,94]; Cronbach a: ,86) O escore total do SGRQ-I correlacionou-se moderadamente com o SF-36 nos domínios de capacidade funcional, dor, estado geral de saúde e vitalidade (-66 = r = -4; p<5 para todos) Conclusão: A versão em português do SGRQ-I é válida, confiável e possui consistência interna para uso em pacientes com DPI brasileirosItem Espectroscopia de infravermelho próximo e calorimetria indireta no teste de caminhada de seis minutos em adultos jovens saudáveisVidotto, Laís Silva; Probst, Vanessa Suziane [Orientador]; Pitta, Fábio de Oliveira; Altimari, Leandro RicardoResumo: Contextualização: Estudos têm demonstrado haver correlação entre variáveis provenientes de análises muscular e respiratória durante testes de exercício em cicloergômetro em indivíduos com doença pulmonar Entretanto, é desconhecido se essa relação existe em populações saudáveis em testes de campo como o teste de caminhada de seis minutos (TC6min), assim como, se há diferenças entre gêneros nas variáveis de oxigenação muscular e ventilatórias coletadas no mesmo teste Objetivos: Descrever os níveis de oxigenação muscular e variáveis ventilatórias antes, durante e após o TC6min em adultos jovens saudáveis Identificar diferenças entre gêneros nas mesmas medidas, assim como verificar se há relação entre as variáveis musculares, ventilatórias, de desempenho e de composição corporal Métodos: 15 adultos jovens foram avaliados quanto ao nível de atividade física, antropometria, composição corporal, função pulmonar, força muscular respiratória e força muscular periférica A capacidade de exercício foi avaliada com o TC6min O músculo vasto lateral foi analisado por meio da espectroscopia de infravermelho próximo (NIRS) antes, durante e após o TC6min As variáveis estudadas foram: oxihemoglobina (O2Hb), deoxihemoglobina (DHb), hemoglobina total (HbT) e índice de saturação tecidual (IST) A análise ventilatória foi realizada por meio da calorimetria indireta antes, durante e após o TC6min e as variáveis estudadas foram: volume minuto (VE), quociente respiratório (QR), consumo de oxigênio (VO2) e produção de gás carbônico (VCO2) Resultados: O comportamento das variáveis musculares (O2Hb, HbT e IST diminuíram inicialmente e aumentaram discretamente, enquanto a DHb se manteve praticamente estável) foi diferente do apresentado pelas variáveis ventilatórias (VE, VO2, VCO2 e QR aumentaram) Além disso, mulheres apresentaram maiores valores de HbT no repouso e homens tiveram maiores valores de VE, QR e VCO2 na mesma fase e maiores valores de VO2 na recuperação (p<5) O IST e a DHb apresentaram maior associação com o VE, QR, VO2 e VCO2 e com a frequência cardíaca (-93 = r = -81) do que a O2Hb e a HbT (2 = r = 28) Por outro lado, a O2Hb e a HbT no TC6min tiveram maiores correlações com a força muscular respiratória (-56 = r = -53) do que a DHb e o IST (-22 = r = 47) Além disso, a DHb, HbT e IST apresentaram moderada correlação com a composição corporal (5 = r = 57) Conclusões: Existe forte relação entre variáveis musculares e ventilatórias durante o TC6min em adultos jovens saudáveis de ambos os gêneros Além disso, o gênero feminino apresentou maiores valores para as variáveis musculares no repouso, enquanto o masculino apresentou maiores valores para as variáveis ventilatórias no repouso e na recuperação Finalmente, as variáveis musculares se relacionam com a composição corporal e a força muscular respiratória nessa populaçãoItem Confiabilidade dos parâmetros cinéticos da marcha em indivíduos jovens em ambiente terrestre e aquáticoBarreto, Maria Simone Tavares; Cardoso, Jefferson Rosa [Orientador]; Moura, Felipe Arruda; Lucareli, Paulo Roberto GarciaResumo: O objetivo deste estudo foi verificar a confiabilidade dos parâmetros cinéticos da marcha em ambiente terrestre e aquático por meio de uma plataforma de força Foram incluídos neste estudo 5 indivíduos jovens e saudáveis com idade entre 17 e 25 anos Para a coleta em solo os indivíduos tinham que caminhar livremente sobre uma passarela de 1 metros com uma plataforma posicionada ao centro e para o ambiente aquático os sujeitos caminharam a mesma distância e utilizaram uma plataforma fixa ao solo A frequência de aquisição foi de 1 Hz para ambos os equipamentos Foi solicitado que os participantes pisassem com o membro preferido sobre a plataforma e ambas as coletas foram realizadas no mesmo dia Foram feitas três tentativas válidas para que se calculasse a média e entre uma coleta e outra foi dado um intervalo de 48 horas para a confiabilidade teste-reteste Os resultados encontrados apontaram que a confiabilidade em solo variou de moderada para alta com um CCI entre ,58 e ,78 e uma diferença da média ()=-,24 a ,1, com os maiores valores de CCI encontrados sendo para o eixo vertical (Fz) e os menores para o eixo médio-lateral (Fy) Em água a confiabilidade variou de baixa para alta com CCI entre ,2 e ,87 e entre = -,1 e ,2, com os maiores valores de confiabilidade para o eixo vertical (Fz) e os menores para o componente médio-lateral (Fy) Ainda, observou-se que os valores dos três componentes, bem como os valores da taxa de aceitação e propulsão são menores em água por conta da mecânica de fluidos Desta forma, conclui-se que a plataforma de força é confiável para avaliar os componentes verticais e ântero-posteriores em solo e em água e deve-se ter cautela ao se utilizar este instrumento quando se quer avaliar o componente médio-lateral principalmente em ambiente aquáticoItem Efeito do treinamento sensório motor com e sem calçado esportivo no controle postural dinâmico e recrutamento muscular de atletas com e sem instabilidade crônica de tornozeloFachin, Barbara Pasqualino; Macedo, Christiane de Souza Guerino [Orientador]; Andraus, Rodrigo Antônio Carvalho; Oliveira, Márcio Rogério deResumo: A influência do calçado esportivo no controle postural e recrutamento muscular, bem como no treinamento sensório motor (TSM) de atletas com Instabilidade Crônica do Tornozelo (ICT) não está estabelecida Este estudo verificou a influência do calçado esportivo no controle postural e recrutamento muscular de atletas com ICT, e o efeito do TSM nestes atletas com e sem calçado esportivo Todos os atletas realizaram três repetições do exercício de agachamento afundo, com e sem calçado esportivo de forma aleatorizada, sobre plataforma de força e com eletromiografia de superfície nos músculos glúteo médio, glúteo máximo, tibial anterior, fibular longo, gastrocnêmio lateral e medial Na sequência foi desenvolvido um ensaio clínico aleatorizado, por meio de treinamento sensório motor, que comparou quatro grupos de diferentes atletas: com ICT + TSM descalço, com ICT + TSM com calçado esportivo, atletas sem instabilidade (GC) + TSM descalço e GC + TSM com calçado esportivo Os resultados estão apresentados em dois artigos: O artigo um comparou os resultados do controle postural e recrutamento muscular em atletas com ICT com e sem calçado esportivo e não estabeleceu diferenças O artigo dois avaliou o efeito do TSM com e sem calçado esportivo para atletas com e sem ICT e também não foram estabelecidas diferenças para o controle postural e recrutamento muscular após o TSM com ou sem calçado esportivo Entretanto, observou-se melhor controle postural no sentido médio-lateral nos atletas sem ICT (grupo controle) + TSM descalços, e maior recrutamento do músculo gastrocnêmio medial nos atletas com ICT + TSM de calçado esportivo Estas informações podem contribuir para as avaliações e intervenções realizadas na prática clínica e servirem de fomento para novas pesquisas nesta áreaItem Associação entre funcionalidade e atividade física de vida diária durante exacerbação aguda de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônicaGuzzi, Giovana Labegalini; Probst, Vanessa Suziane [Orientador]; Reche, Gianna Kelren Waldrich Bisca; Oliveira, Josiane Marques Felcar Piaie deResumo: Introdução e Objetivos: Pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) apresentam disfunção musculoesquelética, intolerância ao exercício e inatividade física que se agravam quando hospitalizados por exacerbação da doença Sendo assim, os objetivos do estudo foram verificar a associação entre funcionalidade e atividade física na vida diária (AFVD) e a influência da funcionalidade na AFVD nessa população Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal, no qual, pacientes hospitalizados por exacerbação da DPOC realizaram avaliação da espirometria e da funcionalidade por meio do Teste 4-metre gait speed (4MGS), Teste Sit to Stand de um minuto (STS1min) e cinco repetições (STS5rep), Teste Timed Up and Go (TUG) e Short Physical Performance Battery (SPPB) A monitorização da AFVD foi realizada por meio do monitor Actigraph wGT3X-BT® até a alta hospitalar ou durante 7 dias Resultados: Foram avaliados 35 indivíduos (17 homens, 7±1anos; VEF1 34[24-52]%predito) O tempo gasto em atividade moderada em pacientes com exacerbação aguda da DPOC associou-se moderadamente com o TUG (r= -,41), STS5rep (r= -,54), STS1min (r=,54) e pontuação total do SPPB (r=,55) Observou-se correlação negativa entre a média de número de passos com o melhor tempo no TUG (r= -,45) Na análise de regressão linear simples, foi encontrada influência do STS1min (r2=,18; P=,3), STS5rep (r2=,19; P=,3), TUG (r2=,19; P=,3) e pontuação no SPPB (r2=,45; P=,3) na atividade física moderada Conclusão: A funcionalidade avaliada pelo TUG, STS1min, STS5rep e pontuação total no SPPB em pacientes com exacerbação da DPOC está associada com a AFVD Além disso, o desempenho nos testes funcionais influencia a atividade física moderadaItem Efeito do método Pilates solo no alinhamento postural no plano frontal de crianças escolares : ensaio clínico cego e aleatorizadoCarvalho, Mônica Yosino Leão; Fujisawa, Dirce Shizuko [Orientador]; Camargo, Mariana Zingari; Trelha, Celita SalmasoResumo: Introdução: Crianças e adolescentes passam cada vez mais tempo em inatividade física, e auxiliá-los a manter uma vida mais saudável é papel dos pais, profissionais de saúde e da escola O método Pilates vem como forma de atividade física estruturada e adaptada para crianças Entretanto, existem poucos estudos na literatura que mostram efeito na postura, principalmente em crianças com desenvolvimento típico Objetivos: Avaliar os efeitos do método Pilates no alinhamento postural no plano frontal, em crianças saudáveis e com desenvolvimento típico, que se encontram na faixa etária escolar Métodos: O estudo foi do tipo ensaio clinico cego, controlado e aleatorizado, com amostra de 28 crianças, divididas em dois grupos: Pilates (GP) (n= 13; Mediana de idade de 9 anos [8,5 – 11,5]; média ± desvio padrão (DP): massa corporal 44,2 kg ± 11,4, estatura 146,5 cm ± 11,1, IMC 2,3 ± 3,7) e Controle (GC) (n=15; mediana de idade 9 anos [9-1]; média ± DP: massa corporal 37,5 ± kg11,3, estatura 141,5 cm ± 11,1, IMC 18,3 ± 3,2) O programa de intervenção foi realizado em 14 semanas, duas vezes por semana, totalizando 28 sessões O protocolo de 1 exercícios, baseado no método Pilates solo, foi adaptado para crianças A analise dos ângulos e alinhamentos no plano frontal foi realizada pela fotogrametria e pelo programa SAPo As comparações entre as variáveis posturais foram realizadas por teste simples (Teste T de Student (pareada) ou Wilcoxon para comparações intra grupos e teste T de Student (não pareada) ou teste de Mann-Whitney para comparações intergrupos), e foi calculado o effect size (ES) e a Média Padronizada de Resposta (MPR) Resultados: Nas comparações intergrupos, os GP e CC eram homogêneos quanto aos dados antropométricos e heterogêneos no ângulo Q direito (AQD) na avaliação pré intervenção Observa-se que nos participantes do GP houve: piora na medida do ângulo de alinhamento horizontal da cabeça (AHC) (p=,3); melhora no alinhamento horizontal dos acrômios (AHA) (p=,2); melhor alinhamento horizontal das espinhas ilíacas ântero-superiores (AEIAS) (p=,4); e redução no ângulo frontal do membro inferior direito (AFMID) (p=,1) O tamanho do efeito no GP foi de moderada a alta mudança e responsividade, com ,82 e ,72 para o AHA e ,83 e ,62 para o AHEIAS Conclusão: Os achados mostram efeitos positivos no alinhamento postural de tronco no plano frontal de crianças escolares com os exercícios baseados no método Pilates, podendo ser utilizados como alternativa de atividade física estruturada e prevenção de desvios posturaisItem Comparação entre duas estratégias que se utilizam de pedômetros para combater a inatividade física em tabagistasZabatiero, Juliana Gomes; Pitta, Fábio de Oliveira [Orientador]; Probst, Vanessa Suziane; Ramos, Ercy Mara CipuloResumo: Introdução: É recomendado que adultos realizem pelo menos 1 passos/dia para atingir as diretrizes de saúde pública sobre a quantidade mínima de atividade física na vida diária (AFVD) Esse ensaio clínico aleatorizado cruzado comparou os efeitos de dois diferentes protocolos de 5 meses que utilizaram pedômetros e cartilhas informativas para aumentar a AFVD em tabagistas aparentemente saudáveis que atingem ou não 1 passos/dia na vida diária Métodos: Todos os sujeitos tiveram seu nível de AFVD (passos/dia) avaliado inicialmente (A1), e foram alocados aleatoriamente para um de dois grupos: cartilha+pedômetro (GC+P; n=13), que recebeu uma cartilha com orientações para andar o máximo possível no dia-a-dia por 1 mês; e pedômetro+cartilha (GP+C; n=18) que utilizou um pedômetro todos os dias por 1 mês com o objetivo de atingir como meta 1 passos/dia Reavaliação da AFVD foi então realizada (A2), e as intervenções foram cruzadas por um período de 1 mês, seguido de reavaliação da AFVD (A3) Após A3, ambos os grupos utilizaram pedômetros por 3 meses com o objetivo de atingir a meta de 1 passos/dia, e foi realizada avaliação final da AFVD (A4) Todas as avaliações de AFVD foram realizadas com um pedômetro, utilizado por 6 dias consecutivos Para análise, cada grupo foi subdividido de acordo com o nível inicial de AFVD em fisicamente ativos ou fisicamente inativos, de acordo com terem atingido ou não 1 passos/dia na avaliação basal (A1) Resultados: Os subgrupos fisicamente ativos do GC+P e GP+C não mostraram mudança nos passos/dia durante o protocolo O subgrupo fisicamente inativo do GP+C aumentou significativamente os passos/dia na A2 e manteve esse aumento até A4 Padrão similar foi observado no subgrupo fisicamente inativo do GC+P, embora em menor extensão, pois o aumento nos passos/dia atingiu significância estatística limítrofe (p=6) em A2 e A3 e aumento significante apenas em A4 (p=2) ?(A4-A1) foi similar entre os subgrupos fisicamente inativos do GC+P e GP+C (p=43) Conclusões: Ambas as estratégias foram efetivas após 5 meses para aumentar o número de passos/dia em tabagistas fisicamente inativos, apesar do aumento ser obtido mais rapidamente em tabagistas submetidos ao uso de pedômetro como primeira intervençãoItem Efetividade da fisioterapia associada ao treinamento cognitivo na cognição e qualidade de vida em indivíduos com doença de Parkinson : ensaio clínico aleatórioBarboza, Natália Mariano; Santos, Suhaila Mahmoud Smaili [Orientador]; Fujisawa, Dirce Shizuko; Christofoletti, GustavoResumo: Introdução: O transtorno cognitivo na doença de Parkinson (DP) é um dos sintomas não motores de grande interesse científico, devido a prevalência do declínio cognitivo, heterogeneidade de suas manifestações e risco do desenvolvimento de demências Atualmente, tratamentos como a fisioterapia e o treinamento cognitivo tem sido estudadas para o manejo dos sintomas cognitivos na DP Objetivo: Verificar a efetividade da fisioterapia associada ao treino cognitivo na melhora da cognição e qualidade de vida em indivíduos com DP Materiais e métodos: trata-se de ensaio clínico aleatório, com inclusão de 58 indivíduos com DP de leve a moderada, randomizados em dois grupos: motor (GM) e cognitivo-motor (GCM) Ambos foram avaliados quanto à cognição e qualidade de vida no início do estudo, ao final dos protocolos de intervenção e 3 meses após a finalização da intervenção A avaliação da cognição e qualidade de vida foi realizada por meio dos seguintes instrumentos: Mini Exame do Estado Mental, Avaliação Cognitiva Montreal, Teste de fluência verbal categórico, Teste de Aprendizagem Auditivo Verbal de Rey, Avaliação cognitiva e perceptual por meio de figuras, Trail Making Test, Clock Drawing Executive Test e Questionário de Qualidade de Vida para a DP O grupo GM realizou fisioterapia motora e o GCM realizou fisioterapia motora associada a treinamento cognitivo Os protocolos de tratamento foram compostos por 32 sessões, com frequência de duas vezes na semana com duração total de quatro meses Para a análise estatística, o teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para análise da normalidade dos dados, seguido pelos testes: t para amostras independentes, Mann-Whitey, análise de variância two-way com medidas repetidas e teste de Friedmann os quais foram utilizados para avaliação intra e entre os grupos de tratamento, com significância estatística adotada de 5%, e utilizando o programa SPSS 21 Resultados: A análise intra grupos revelou que ambos apresentaram melhora na cognição (domínios memória e função visuoespacial) e na qualidade de vida após a realização dos protocolos (p<,5), porém não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos Conclusão: as duas abordagens de tratamento utilizadas foram efetivas para os desfechos: memória, função visuoespacial e qualidade de vida em ambos os grupos quando comparados os momentos pré e pós-intervençãoItem Análise eletromiográfica nos testes funcionais do core em jovens sedentários e praticantes de exercício resistidoIkezaki, Fábio Issamu; Macedo, Christiane de Souza Guerino [Orientador]; Silva Junior, Rubens Alexandre da; Oliveira, Márcio Rogério deResumo: Os testes de prancha frontal (TPF) e ponte unilateral (TPU) avaliam a estabilidade e endurance do core, no entanto, há divergências quanto a confiabilidade e fadiga muscular relacionadas a estes testes Os objetivos do estudo foram analisar o tempo de permanência, confiabilidade e fadiga muscular no TPF e TPU em jovens sedentários e praticantes de exercício resistido Avaliou-se 6 participantes, distribuídos em Grupo sedentário (GS, n=3, 15 homens e 15 mulheres, 22±2 anos e Índice de Massa Corporal [IMC] de 22±2 kg/m²); Grupo exercício resistido (GER, n=3; 15 homens e 15 mulheres, idade de 22±2 anos, IMC de 23±2 kg/m²); submetidos ao uma repetição do TPF e, após descanso, uma repetição do TPU Os testes foram mantidos até o tempo máximo de sustentação e a escolha de qual teste iniciou a coleta foi aleatorizada Os mesmos testes foram repetidos após 3 minutos e uma semana, pelo mesmo avaliador As variáveis analisadas foram o tempo de permanência e a frequência mediana, por eletromiografia de superfície, nos testes Os resultados estabeleceram boa confiabilidade no TPF (ICC>,89/SEM<3,8), com maior tempo de sustentação no GER= 112±9 segundos (s) comparado ao GS 81±7 s (p=,1) O TPU também apresentou boa confiabilidade (ICC>,89/SEM<3,3) com GER= 1,7±8,1 s, GS=79±9,2 s (p=,9) A comparação da fadiga muscular não estabeleceu diferença entre os grupos (GS e GER) Entretanto, quando analisado os resultados da fadiga entre os músculos, para os dois grupos, o TPF apontou que o músculo glúteo máximo apresentou maior fadiga quando comparado ao tríceps braquial (p=,13), oblíquo externo (p=,23) e reto femoral (p=,4) No TPU, o reto abdominal apresentou maior fadiga quando comparado ao oblíquo externo, multífidos, latíssimo do dorso (p<,1), glúteo máximo (p=,4), bíceps femoral e gastrocnêmio lateral (p<,1); ainda, foi observada maior fadiga no glúteo médio comparado aos multífidos (p=,37) e bíceps femoral (p=,6) Conclui-se que houve boa confiabilidade para o TPF e TPU, praticantes de exercício resistido permanecem maior tempo no TPF, o padrão de fadiga foi semelhante entre os dois grupos, com maior fadiga para o músculo glúteo máximo no TPF e músculo reto abdominal e glúteo médio no TPUItem Decomposição dos sinais eletromiográficos dos paravertebrais em indivíduos saudáveisSilva, Mariana Felipe; Cardoso, Jefferson Rosa [Orientador]; Nakamura, Fábio Yuzo; Okano, Alexandre HidekiResumo: A coluna lombar tem sido alvo de pesquisas no campo da biomecânica devido seu importante papel na absorção e distribuição de cargas e por ser um local de recorrentes disfunções A eletromiografia de superfície é um método de avaliação não invasiva que possui inúmeras vantagens Ainda, promove o entendimento de forma indireta sobre o comportamento do músculo Já a decomposição dos sinais eletromiográficos (dEMG) fornece subsídios para o entendimento das unidades motoras (UM) Pesquisas com dEMG demonstram que este é um instrumento de boa confiabilidade para a avaliação de diversos grupos musculares, porém, não foram encontrados estudos sobre os paravertebrais O objetivo desta estudo foi descrever um protocolo de avaliação dos paravertebrais lombares por meio da dEMG e obter parâmetros sobre o número, a taxa de disparo e o comportamento das unidades motoras nos hemicorpos direito e esquerdo Nove mulheres, aparentemente saudáveis, sem alterações na coluna lombar e sem dor foram avaliadas em contrações de 3 segundos a 4% do RMSCIVM (root mean squareCONTRAÇÃO ISOMÉTRICA VOLUNTÁRIA MÁXIMA), em decúbito ventral posicionadas em uma maca e fixadas por meio de faixas rígidas O sinal foi decomposto e analisado quanto a sua acurácia por meio de um algoritmo de inteligência artificial A média de UM encontradas foi de 31,1 (DP = 2,5) à direita (D) e 31,3 (DP = 2,5) à esquerda (E) de um total de 555 UM, com uma taxa de disparo médio de 19 pontos por segundo (PPS) (DP = 1,3) à D e 18,9 PPS (DP = 3) à E, sem diferenças entre os lados Pode-se observar por meio de mapas 3D (tempo x nº de UM x média da taxa de disparo) que a frequência da taxa de disparo é maior nas primeiras unidades ativadas A acurácia variou de 88 a 96% O protocolo poderá ser utilizado como referência de normalidade para comparar avaliação da coluna lombar de sujeitos com diferentes característicasItem Covid-19 : perfil epidemiológico, tratamento clínico e fisioterapêutico em um hospital terciárioFiusa, Jessika Mehret; Oliveira, Josiane Marques Felcar Piaie de [Orientador]; Probst, Vanessa Suziane; Okamura, Larissa Araújo de CastroResumo: Introdução: A doença causada pelo novo coronavírus (COVID-19) apresenta estágios distintos sendo leve, moderado ou grave A população atingida pode necessitar de oxigenoterapia à ventilação mecânica invasiva, sendo o tratamento clínico e fisioterapêutico de crucial importância para a sua recuperação Por ser uma doença pandêmica, faz-se necessário conhecer o perfil epidemiológico e de tratamento nas diversas regiões do planeta Objetivos: Descrever o perfil dos pacientes com COVID-19 internados em um hospital universitário, bem como a descrição do tratamento clínico e fisioterapêutico Métodos: Foram coletados dados de prontuário no período de março a julho de 22 de pacientes internados com idade acima de 18 anos e com diagnóstico laboratorial positivo para COVID-19 Resultados: Encontrou-se prevalência do sexo masculino (57%), em sua maioria internados em enfermaria (7%) e 3% internados em unidade de terapia intensiva, com mediana de idade de 63 [5-74] anos Os sintomas recorrentes foram tosse (71%), dispneia (7%) e febre (52%) As comorbidades mais prevalentes foram hipertensão arterial sistêmica (55%) e diabetes mellitus (33%) e as complicações sepse (25%) e insuficiência renal aguda (2%) Pacientes submetidos à fisioterapia respiratória foram 77% e motora 58% Foi utilizada ventilação não-invasiva (13%) e a posição prona (13%) como técnicas de tratamento Indivíduos em uso de cateter nasal foram 56%, máscara de reservatório 17% e submetidos a intubação orotraqueal 28% As medicações mais comuns foram antibióticos (88%) e anticoagulantes (5%) A taxa de óbito foi 35% e teve como causas mais comuns parada cardiorrespiratória (25%) e choque refratário (22%) Conclusão: O perfil dos pacientes atingidos pelo novo coronavírus foi prevalente em adultos do sexo masculino, em sua maioria na forma mais leve da doença Porém, uma parte dos pacientes desenvolve a forma grave, trazendo complicações e maior chance de óbito Nesse aspecto ainda não se encontrou medicações para evitar a mortalidade, entretanto a fisioterapia tem encontrado protagonismo no tratamento em todos os estágios da COVID-19 desde a internação até após a alta hospitalar, atuando no manejo e reabilitação das lesões e sequelas deixadas pela doençaItem Estado físico funcional e dor em adultos vítimas de queimaduras após alta hospitalarItakussu, Edna Yukimi; Trelha, Celita Salmaso [Orientador]; Hernandes, Nidia Aparecida; Siqueira, Cláudia Patrícia Cardoso MartinsResumo: Contextualização: Anualmente, no mundo inteiro, cerca de onze milhões de pessoas são acometidas por queimaduras graves que requerem hospitalização Com o avanço da medicina e aumento do número de centros especializados em tratamento aos pacientes queimados, o índice de mortalidade das vítimas de queimaduras vem diminuindo nas últimas décadas Inúmeros são os problemas enfrentados pelos sobreviventes com consequências físicas e psicossociais Objetivos: Avaliar a capacidade funcional do exercício, o nível de atividade física e dor em adultos vítimas de queimaduras moderadas a graves após alta hospitalar, comparando as variáveis de acordo com a gravidade da lesão Método: Foi realizado estudo descritivo, exploratório, quantitativo, com delineamento transversal Participaram do estudo adultos vítimas de queimaduras moderadas a graves, com período mínimo de seis meses e máximo de dois anos após alta hospitalar; com idade entre 2 a 59 anos e de ambos os sexos A avaliação foi realizada por meio do teste de caminhada de seis minutos (TC6min); Escala Visual Analógica e Numérica para avaliação da dor e Questionário Internacional de Atividade Física versão curta (IPAQ) para caracterizar os níveis de atividade física dos participantes A normalidade dos dados foi verificada por meio do Teste Shapiro-Wilk O teste de Mann-Whitney e o Teste t Student independente foram utilizados para as comparações entre médio e grande queimados, e o Qui quadrado para comparar o nível de atividade física dos grupos O nível de significância adotado foi de 5% Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina (Parecer no 14/213) Resultados: Foram avaliados 6 pacientes com predomínio de grande queimados (73%) e na faixa etária de 2 a 4 anos (48%) Verificou-se que 34 indivíduos (57%) apresentaram-se acima do peso Em relação à dor, 31 indivíduos (52%) referiram ainda apresentar dores moderadas a graves principalmente em membros superiores e inferiores e 14 desses (45%) referiram que essa dor causa limitação de suas atividades funcionais Foi encontrada diferença estatisticamente significante na dor entre médio e grande queimados, sendo diretamente proporcional à gravidade das queimaduras Quanto ao nível de atividade física, observou-se que a maioria dos avaliados encontram-se na faixa de ativos/muito ativos, a mediana de tempo de caminhada foi de 1 minutos Quanto a capacidade funcional do exercício verificou-se tendência estatística entre médio e grande queimados em relação à distância percorrida (p=,66); a média no TC6min foi de 548 + 6 m, a maioria dos avaliados encontram-se dentro da normalidade e apenas quatro (7,%) participantes não conseguiram atingir a distância predita Conclusão: A maioria dos adultos vítimas de queimaduras moderadas a graves encontram-se com a sua capacidade funcional do exercício dentro da normalidade; bem como o nível de atividade física, onde a maioria está classificada entre muito ativos/ativos; apesar disso chama atenção o elevado número de sobrepeso e obesos em ambos os grupos Quanto a dor, a mesma é proporcional à gravidade, ou seja, os grande queimados referem dores mais intensas que os médio queimadosItem Postura e obesidade infantil : análise do alinhamento no plano sagital em pré-escolaresCamargo, Mariana Zingari; Fujisawa, Dirce Shizuko [Orientador]; Trelha, Celita Salmaso; Siqueira, Cláudia Patrícia Cardoso MartinsResumo: Introdução: Atualmente, observa-se aumento na incidência de problemas posturais em crianças, em consequência, principalmente, dos hábitos adquiridos e da mudança no estilo de vida, que proporciona aumento da obesidade e sedentarismo Objetivo: Comparar o alinhamento postural no plano sagital de crianças pré-escolares eutróficas, sobrepeso e obesa, na faixa etária entre cinco e seis anos de idade Método: trata-se de estudo transversal, entre grupo eutrófico e sobrepeso/obesidade, com pré-escolares da rede municipal de Londrina-PR, entre cinco e seis anos de idade A classificação de obeso e sobrepeso foi obtida pelos valores de score z O alinhamento postural de 236 crianças foi avaliado pela fotogrametria Resultados: o grupo sobrepeso/obesidade apresentou menor valor do ângulo lombar em relação às crianças eutróficas, indicando uma curvatura lombar mais côncava (tendência à hiperlordose) Uma correlação inversa foi obtida entre valores de score z e do ângulo lombar, mostrando que quanto maior o peso, menor será o ângulo lombar, ou seja, mais côncava será a lordose Alterações também foram observadas com relação ao sexo e idade em ambos os grupos, para valores de inclinação corporal e ângulo lombar Conclusão: alterações posturais, mesmo que de pequenas proporções, já estão presentes em crianças pré-escolares, período de crescimento e adaptação com o meio Além disso, é possível observar a presença de alteração da curvatura lombar em crianças com excesso de peso, servindo como um alerta aos pais e/ou responsáveis e à saúde pública quanto à necessidade do início precoce dos cuidados posturais Torna-se relevante a elaboração de medidas preventivas com relação à postura e obesidade infantilItem Estratégias de prevenção de lesões e recuperação pós esforço utilizadas por clubes de rugby brasileirosLacerda, Thaís Regina; Macedo, Christiane de Souza Guerino [Orientador]; Andraus, Rodrigo Antônio Carvalho; Oliveira Junior, Eros deResumo: Introdução: O rugby tem contato intenso e elevado número de lesões, o que indica a necessidade de estratégias preventivas e recuperação pós esforço Objetivo: Apresentar as estratégias preventivas e de recuperação pós esforço desenvolvidas pelos clubes de rugby masculinos brasileiros Métodos: Questionários online, respondidos por profissionais de 125 clubes de rugby masculinos brasileiros das séries A, B e C, questionados sobre: (1) lesões no rugby, (2) estratégias para prevenção de lesão, (3) métodos de recuperação pós esforço e (4) caracterização dos profissionais Resultados: As principais lesões foram articulares e/ou ligamentares (49,6%), músculo-tendíneas (43,2%), concussões (4%) e ósseas (3,2%) Associadas a gestos técnicos inadequados e ao tackle, o mais lesivo As estratégias preventivas eram realizadas por 81,6% clubes, ocorriam de duas a três vezes semanais em 43,2% clubes, com fortalecimento, resistência e alongamento musculares Ainda, 58,4% dos clubes avaliavam seus atletas para estabelecer as estratégias preventivas A recuperação pós esforço foi desenvolvida por 75,2% clubes, principalmente com alongamentos e exercícios ativos de baixa intensidade O educador físico foi principal responsável pela prevenção e recuperação em 4% dos clubes, seguido pela associação entre educadores físicos e fisioterapeutas em 25,6% Por fim, 11,2% dos clubes não realizavam qualquer estratégia de prevenção ou recuperação em função da falta de verba e interesse dos profissionais e dirigentes Conclusão: As lesões foram frequentem e relacionadas ao tackle A maioria dos clubes entrevistados desenvolve estratégias preventivas e de recuperação após esforço, que necessitam estar mais bem relacionadas com evidências cientificas Os profissionais de educação física são os principais responsáveis por estas estratégias, entretanto é preciso maior organização e empenho das equipesItem Adaptação transcultural para a língua portuguesa e avaliação das propriedades psicométricas da Exercise Self-Efficacy Scale (ESES) para indivíduos com lesão na medula espinalPisconti, Fernando; Lavado, Edson Lopes [Orientador]; Santos, Suhaila Mahmoud Smaili; Costa, Viviane de Souza PinhoResumo: Introdução: Com a melhora da assistência médica, a expectativa de vida após uma lesão na medula espinal tem aumentado, mas o comportamento sedentário é uma consequência comum nesses indivíduos que pode acarretar complicações secudárias que podem levar ao óbito Um dos conceitos que mais vem sendo utilizados dentro das pesquisas sobre promoção da saúde é a Autoeficácia, conceito esse que a partir de 27 passou a ser avaliado, especificamente em indivíduos com lesão medular praticantes habituais ou não de uma atividade física ou programa de exercícios físicos, através da escala ESES Objetivo: Adaptar transculturalmente e validar a Exercise Self-Efficacy Scale (ESES) para a língua Portuguesa e cultura brasileira para avaliação da autoeficácia em exercícios em indivíduos com lesão medular no Brasil Método: O processo de adaptação transcultural seguiu o método preconizado por Beaton (2) e contou com uma amostra de 1 indivíduos Na etapa de validação,o ESES foi aplicado três vezes, em intervalos de três meses, em 76 indivíduos com lesão medular entre os níveis C5-L2 A confiabilidade foi avaliada pelos métodos CCI e Bland e Altman e a consistência interna foi avaliada através do Alpha de Cronbach Para análise da validade de construto, o ESES foi correlacionado com os domínios do SF-36 e da MIF e avaliado através do coeficiente rho de Spearman Resultados: A versão brasileira do ESES apresentou boa consistência interna (Alpha de Cronbach: a1=856, a2=855, a3=822) e alta confiabilidade no teste-reteste (CCI = ,97; IC 95% [,92 ; ,99]) Houve uma correlação forte do ESES somente com o domínio Capacidade Funcional do questionário genérico de qualidade de vida SF-36 (rho de Spearman = ,78) Não houve mudança estatísticamente significante nas pontuações do ESES entre a primeira, segunda e terceira aplicações (P = ,796) Conclusão: Os resultados da versão brasileira do ESES suportam seu uso como uma medida válida e confiável na avaliação da autoeficácia em exercícios em indivíduos com lesão medular Futuras pesquisas devem diferenciar a pontuação do ESES-Brasil em indivíduos praticantes de um exercício físico regular de indivíduos com atividade física ligada à demandas funcionais diáriasItem A concepção da criança com deficiência neuromotora e seus pais sobre a fisioterapia : estudo qualitativoIzumi, Adriana Yuki; Fujisawa, Dirce Shizuko [Orientador]; Trelha, Celita Salmaso; Manzini, Eduardo JoséResumo: Objetivo: Investigar a concepção de crianças com deficiência neuromotora e seus pais sobre a fisioterapia Métodos: Estudo qualitativo realizado por meio de entrevista semiestruturada com crianças com deficiência neuromotora, em idade escolar e seus pais Foram entrevistados 18 participantes: seis crianças, seis pais e seis mães As crianças tinham idade entre 8 a 11 anos, três do sexo masculino e três do feminino, tempo médio de fisioterapia de 8,67 anos (DP 2,65), todos frequentavam o Ambulatório de Fisioterapia Pediátrica do Hospital Universitário de Londrina A idade média das mães foi de 37,83 anos (DP 5,34), a mediana da idade dos pais foi de 4,5 anos (31 a 43 anos) O roteiro de entrevista foi submetido à avaliação de juízes para verificar adequação ao tema proposto e por entrevistas pilotos para ajustes de linguagem Foram coletados dados sóciodemográficos e da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) para critério de exclusão no domínio comunicação e caracterizar a população no domínio mobilidade Os dados numéricos foram tratados de forma descritiva e as entrevistas passaram por processo de categorização As categorias passaram por análise de juízes, a fim de testar a confiabilidade entre observadores Resultados: A análise dos relatos permitiu a construção de cinco categorias analíticas para as crianças e cinco para os pais denominadas: (1) Eu faço fisioterapia porque/ Meu filho faz fisioterapia porque; (2) Na fisioterapia eu faço/ Na fisioterapia meu filho faz; (3) Com a fisioterapia eu/ Eu percebo que com a fisioterapia meu filho; (4) Então, fisioterapia pra mim é/ Pra mim, fisioterapia é; e (5) Eu espero que a fisioterapia O estudo evidenciou que a concepção da criança sobre a fisioterapia está relacionada à dificuldade funcional percebida por ela, causada pela sua deficiência Os pais revelaram acompanhar a intervenção e o desenvolvimento de seus filhos, associando a fisioterapia a um tratamento necessário e eficaz As mães conceberam a fisioterapia como tratamento essencial para aquisições motoras, que irão possibilitar qualidade de vida, independência funcional e desenvolvimento de atividades laborais As expectativas das crianças em relação à fisioterapia relacionam-se com a melhora das dificuldades percebidas por elas; pais e mães esperam a reabilitação total de seus filhos, ficando evidente a necessidade do fisioterapeuta de orientação e troca de informações reais, a fim de esclarecer o prognóstico, e oferecer suporte não somente para recuperação motora e funcional, mas social, psicológica e ambiental da criança e sua família Conclusão: A concepção de fisioterapia para as crianças é de ajuda e de auxílio para a sua melhora funcional Para os pais, a fisioterapia é uma ciência realizada por meio de técnicas e exercícios específicos, com objetivos definidos para cada caso, que modifica o comportamento de seus filhos Para as mães, a fisioterapia é uma ajuda que possibilita autonomia e qualidade de vida a seus filhos Para as crianças, pais e mães esta concepção está relacionada às experiências que eles vivenciam na fisioterapia, ligado às condutas fisioterapêuticas e suas expectativasItem Aplicabilidade, reprodutibilidade e desempenho no teste de caminhada de 6 minutos na alta hospitalar de indivíduos queimadosKakitsuka, Emely Emi; Hernandes, Nidia Aparecida [Orientador]; Probst, Vanessa Suziane; Okamura, Larissa Araújo de CastroResumo: Introdução: A capacidade funcional de exercício, desfecho importante no processo de reabilitação física do paciente queimado, pode ser avaliada pelo teste de caminhada de 6 minutos (TC6min) Apesar de ser amplamente utilizado em diversas populações, não há evidências sobre a aplicabilidade do TC6min na população vítima de queimaduras Objetivos: Verificar a aplicabilidade do TC6min, bem como sua reprodutibilidade em indivíduos queimados e analisar o desempenho dos mesmos neste teste no momento da alta hospitalar Métodos: Foi realizado um estudo transversal, em indivíduos com queimaduras, no momento da alta hospitalar Todos realizaram dois TC6min de acordo com a padronização internacional Foram registradas as seguintes variáveis: distância total percorrida, frequência cardíaca, pressão arterial, saturação periférica de oxigênio, sintomas de dispneia e fadiga de membros inferiores, queixas e dificuldades relatadas pelos participantes, antes e após cada teste Adicionalmente, informações sobre história clínica e dados antropométricos foram registrados Resultados: Cem indivíduos foram avaliados, 7 homens, idade: 36 [26-48]anos, índice de massa corporal (IMC): 25 [22-29]kg/m2 e porcentagem da superfície corporal queimada (SCQ): 1 [6-18]% Houve excelente concordância da distância percorrida nos dois TC6min (CCI=,97) Entretanto, 73% dos indivíduos avaliados apresentaram melhor desempenho no segundo teste, tendo um aumento médio de 23 [-9-47]m ou 5 [-2-1]% (P=,1); o tempo de recuperação das variáveis fisiológicas (frequência cardíaca, pressão arterial, saturação periférica de oxigênio) e sintomatológicas (dor, fadiga e dispneia) entre os testes foi de 16 [11-26]minutos Quanto à reprodutibilidade das demais vaiáveis, houve concordância nas variações de Borg dispneia e fadiga (CCI=,85 e ,83, respectivamente) Quando o melhor teste foi considerado, verificou-se que a distância percorrida foi de 488 [396-718] m (ou 8 [65-92]% predito), sendo que 51% dos indivíduos apresentaram limitação da capacidade de exercício, ou seja, abaixo do limite inferior da normalidade Quando os indivíduos foram agrupados de acordo com o acometimento dos membros inferiores em: sem queimaduras, apenas com área queimada, apenas com área doadora, com queimadura e presença de área doadora; o grupo sem queimaduras em membros inferiores apresentou melhor desempenho no TC6min (P<,1) em comparação aos demais grupos Por fim, todos os indivíduos concluíram os dois testes e apenas três necessitaram realizar pausas durante algum teste Conclusão: O TC6min é aplicável, bem tolerado e reprodutível no momento da alta hospitalar em indivíduos queimados Entretanto, deve-se considerar que a maioria apresentou maior distância percorrida no segundo teste Além disso, observou-se que, no geral, esses indivíduos apresentaram redução da capacidade funcional de exercício, o que reforça a necessidade de reabilitação física precoce para evitar ou atenuar a limitação funcional dessa populaçãoItem Londrina ADL protocol (LAP) : reprodutibilidade, validade e valores de referência em adultos fisicamente independentes com 50 anos ou maisPaes, Thaís Rebeca; Hernandes, Nidia Aparecida [Orientador]; Probst, Vanessa Suziane; Teixeira, Denilson de CastroResumo: Introdução: É de suma importância avaliar as atividades de vida diária (AVDs) em adultos mais velhos, porém não há na literatura protocolos que avaliam as AVDs de forma objetiva e que seja padronizado Objetivo: Verificar a reprodutibilidade de um novo protocolo, o Londrina ADL Protocol (LAP), e investigar a sua validade em indivíduos fisicamente independentes com 5 anos ou mais Além disso, estabelecer uma equação para predizer valores de referência para o LAP nesta população Métodos: Noventa e três indivíduos fisicamente independentes com 5 anos ou mais tiveram sua capacidade de realizar AVDs avaliada pelo tempo despendido para realizar o LAP (protocolo composto por 5 atividades que mimetizam AVDs as quais envolvem membros superiores e inferiores realizadas em forma de circuito) O protocolo foi realizado duas vezes, a fim de se verificar a sua reprodutibilidade O teste de caminhada de seis minutos (TC6min), que avalia a capacidade funcional de exercício, foi utilizado como critério para a validação do LAP Um modelo de regressão linear foi construído, incluindo-se variáveis demográficas e antropométricas (gênero, idade, peso e altura) que se correlacionaram com o LAP, a fim de se estabelecer uma equação para predição de valores de referência do protocolo Outras avaliações foram: função pulmonar (espirometria), número de passos (pedômetro), capacidade funcional e física (3-second chair stand test, 6-minute pegboard and ring test, timed up and go, one leg balance test), independência na vida diária e estado mental (questionários) Resultados: Em geral, o LAP foi reprodutível (CCI=,91) A diferença entre o primeiro e o segundo LAP foi de 5,3% O LAP foi válido para avaliar as AVDs nos indivíduos estudados, apresentando correlação moderada com o TC6min (r=-,46) O tempo gasto para realizar o LAP se correlacionou com idade (r=,45), mas não com peso (r=-,17) e altura (r=-,17) Um modelo de regressão linear múltipla incluindo gênero e idade mostrou que idade foi o único determinante do LAP, explicando 21% de sua variabilidade (P<,1) A equação de referência estabelecida foi: LAPpred(seg)=135,618+(3,12*idade [anos]) Conclusão: O LAP mostrou-se reprodutível e válido para avaliar AVDs em indivíduos fisicamente independentes com 5 anos ou mais Uma equação de referência para o LAP foi estabelecida, incluindo como variável independente apenas a idade (r2=,21), permitindo uma melhor interpretação dos resultados quando o protocolo for utilizado na prática profissionalItem Relação entre a pressão inspiratória nasal e o índice BODE em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônicaFerreira, Leila Donária de Oliveira; Pitta, Fábio de Oliveira [Orientador]; Probst, Vanessa Suziane; Fregonezi, Guilherme A. de FreitasResumo: Introdução: A força muscular inspiratória tem sido tradicionalmente avaliada pela pressão inspiratória máxima (PImáx) A pressão inspiratória nasal (sniff nasal inspiratory pressure [SNIP]) é uma alternativa viável ao uso da PImáx e é considerada um preditor de mortalidade em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) No entanto, a relação da SNIP com índices multidimensionais preditores de mortalidade como o Body mass index, airflow Obstruction, Dyspnea and Exercise capacity (BODE) ainda não foi investigada Objetivo: Investigar a relação entre a SNIP e o índice BODE em pacientes com DPOC, bem como, investigar a capacidade de diferentes pontos de corte da SNIP em prever um índice BODE = 5 (ou seja, pior gravidade da doença) Métodos: Trinta e oito pacientes com DPOC (21 homens, 66 ± 8 anos, com volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) de 42 ± 16% do previsto) foram submetidos a avaliações da SNIP, espirometria, grau de limitação devido à dispneia na vida diária (Medical Research Council - MRC) e a capacidade de exercício por meio do teste de caminhada de 6 minutos (TC6min) O índice BODE foi calculado e os pacientes foram subdivididos em dois grupos de acordo com os quartis do BODE (1 e 2 ou 3 e 4) Resultados: Os pacientes dos quartis 3 e 4 apresentaram menores valores da SNIP do que os pacientes dos quartis 1 e 2 (73±18 cmH2O vs 56±21 cmH2O, respectivamente, P=,1) Houve correlação significativa e negativa entre a SNIP e o índice BODE (r = -,62, P <,1) Um modelo de regressão logística revelou que o ponto de corte da SNIP de 63 cmH2O apresentou maior especificidade e sensibilidade (67% e 7% , respectivamente) para a previsão de uma pontuação equivalente aos quartis 3 ou 4 do índice BODE Conclusão: Em pacientes com DPOC a SNIP é moderadamente e significativamente relacionada com a gravidade da doença avaliada pelo índice BODE Além disso, o ponto de corte de 63 cmH2O apresentou a melhor combinação de sensibilidade e especificidade para predizer uma pontuação mais alta (ie, mais grave) no índice BODEItem Teste de caminhada de seis minutos : desempenho de crianças escolares conforme a classificação nutricionalCibinello, Fabíola Unbehaun; Fujisawa, Dirce Shizuko [Orientador]; Mesas, Arthur Eumann; Guedes, Dartagnan PintoResumo: Introdução: Ao longo das três ultimas décadas, a prevalência de sobrepeso e obesidade infantil vem aumentando substancialmente As explicações para o aumento expressivo de crianças sobrepeso e obesas estão relacionadas com as mudanças de hábitos da população, voltados para a dieta inadequada e a falta de atividade física A resposta ao exercício é importante ferramenta clínica, pois possibilita a avaliação dos sistemas cardíaco, respiratório e metabólico Os testes submáximos possibilitam avaliação mais realista da capacidade física de um individuo O teste de caminhada de seis minutos (TC6’) tem sido utilizado para avaliar a capacidade funcional do exercício em crianças Objetivo: Comparar o desempenho no TC6’ em crianças na faixa etária entre oito a 1 anos, conforme a classificação nutricional baseada em dois diferentes critérios Métodos: A amostra de 226 crianças de oito a 1 anos, foi dividida em três grupos (eutrófico, sobrepeso e obeso), de acordo com a classificação nutricional proposta pela Organização Mundial da saúde (OMS) e International Obesity Task Force (IOTF) O TC6’ foi realizado seguindo as recomendações da American Thoracic Society (ATS) Os resultados do teste foram comparados entre os três grupos Resultados: A prevalência de sobrepeso e obesidade encontrada na amostra estudada foi de 42,48% de acordo com o critério OMS e 38,94% pelo critério IOTF O teste de Kruskal-Wallis mostrou diferença estatística entre as idades em relação ao IMC (p= ,355) O teste de múltiplas comparações de Dunn revelou que a diferença se encontra nas idades de oito e 1 anos, com as respectivas medianas de 17,1 kg/m2 (15,44; 2,29) e 19, (16,32; 2,78) Não ocorreram diferenças estatisticamente significantes entre os grupos eutrófico, sobrepeso e obeso, quando comparado os resultados do TC6’, tanto na distância percorrida quanto no percentual do predito para a criança, de acordo com os valores de referência da literatura, conforme dois critérios de classificação nutricional A frequência cardíaca final no TC6’ foi estatisticamente maior nos grupos sobrepeso e obeso, em ambos os critérios, OMS (p= ,15) e IOTF (p= ,16) Conclusão: Na amostra estudada não existiram diferenças no desempenho do TC6’ entre crianças eutróficas, sobrepeso e obesas, classificadas de acordo com critérios OMS e IOTF Porém, a frequência cardíaca final do teste foi, significantemente, maior entre as crianças com excesso de peso Tal fato mostra que, a resposta ao exercício acontece de maneira diferenciada em crianças sobrepeso e obesas Portanto medidas de prevenção, acompanhamento e tratamento são necessárias, promovendo hábitos de vida saudáveis