A adição de um treino cognitivo à fisioterapia melhora o equilíbrio de indivíduos com doença de Parkinson? Ensaio clínico aleatório

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Resumo: Introdução: Há intrínseca relação entre a instabilidade postural e as disfunções cognitivas na doença de Parkinson (DP), o que confirma a importância de tratamentos que combinem tarefas motoras e cognitivas, de maneira a oferecer benefícios adicionais a estes pacientes Objetivo: Verificar a efetividade da adição do treino cognitivo à fisioterapia motora em comparação à fisioterapia motora no equilíbrio de indivíduos com doença de Parkinson Métodos: Trata-se de um ensaio clínico aleatório, no qual os indivíduos foram randomizados e submetidos a dois protocolos de tratamento: o Grupo Motor (GM; n=29) realizou treino de equilíbrio, com duração de 6 minutos; o Grupo Cognitivo Motor (GCM; n=29) foi submetido ao mesmo protocolo de treino de equilíbrio acrescidos ao final de cada terapia 3 minutos de atividades de estimulação cognitiva, envolvendo atividades de memória, cálculo, concentração e orientação espacial Ambos os grupos realizaram 32 sessões de tratamento (4 meses), com supervisão direta e individualizada e frequência de duas vezes semanais As avaliações foram realizadas em 3 momentos: pré-intervenção, pós-intervenção e após 3 meses do término da intervenção (follow up), pelos seguintes instrumentos: Escala Unificada para a Avaliação da Doença de Parkinson (UPDRS); Balance Evaluation Systems Test (BesTest); Timed up and go e Timed up and go associado a dupla-tarefa Resultados: Quanto à UPDRS, foram verificadas diferenças significantes para o GCM, quando considerado o efeito tempo, no domínio II - atividades de vida diária (pré vs pós e pré vs follow up) no domínio III - exame motor (pré vs pós) e na pontuação total (pré vs pós); no GM foi verificada diferença na pontuação total da UPDRS (pré vs pós) No BesTest houve diferença significante para o GCM na seção I – restrições biomecânicas (pré vs pós e pré vs follow up), na seção III – transições e ajustes posturais antecipatórios (pré vs pós e pré vs follow up), na seção VI – estabilidade na marcha (pré vs pós e pré vs follow up) e na pontuação total (pré vs pós e pré vs follow up) Para o GM foi encontrada apenas diferença na seção V – orientação sensorial (pré vs pós e pré vs follow up) Foi encontrada diferença significante entre os grupos GCM e GM no domínio VI (estabilidade na marcha) do BesTest, a favor do GCM, quando comparado a diferença de melhora entre os momentos pré e pós-intervenção Conclusão: Ambas as intervenções foram benéficas para os sinais e sintomas da DP e para o equilíbrio dos indivíduos Entre os grupos, houve superioridade do grupo cognitivo motor em comparação ao grupo motor apenas no domínio estabilidade da marcha do BesTest

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Palavras-chave

Parkinson, Doença de, Equilíbrio (Fisiologia), Cognição, Reabilitação, Parkinson's disease, Equilibrium (Physiology), Cognition, Rehabilitation

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