Análise do polimorfismo CXCL12 rs1801157 e envolvimento dos inibidores de tirosina quinase na expressão da quimiocina humana CXCL12 e do seu receptor CXCR4 em leucemia mielóide crônica

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Fujita, Thiago Cezar

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Resumo

Resumo: As leucemias são doenças particularmente heterogêneas e complexas, tanto do aspecto morfológico quanto biológico A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma doença proliferativa do sistema hematopoiético caracterizada por uma superprodução de células da linhagem granulocítica, especialmente neutrófilos e ocasionalmente monócitos, resultando em acentuada esplenomegalia e elevada leucometria Cerca de 9% dos pacientes diagnosticados com LMC apresentam um “marcador” denominado cromossomo Filadélfia (Ph), produto de uma translocação entre os cromossomos 9 e 22, caracterizando uma oncoproteína denominada BCR/ABL O tratamento para LMC, Ph positivo, inclui diferentes estratégias, que vão desde o simples controle na contagem de leucócitos, eliminação das células Ph positivas por substituição de células alogênicas ou por supressão não-específica do clone neoplásico Dentre as drogas descritas para o tratamento de LMC na fase crônica são o Bussulfan e a Hidroxiuréia; transplante alogênico de células tronco hematopoiéticas, Interferon-_ e inibidores do domínio tirosina quinase do BCR/ABL Ultimamente têm-se discutido o papel das quimiocinas e o seu envolvimento nas neoplasias O fator-1 derivado do estroma da medula óssea (SDF-1/CXCL12) é uma quimiocina que ao se ligar ao receptor (CXCR4), desenvolve importantes funções na migração, retenção e desenvolvimento de progenitores hematopoiéticos na medula óssea Além disso, o sistema CXCL12/CXCR4 está envolvido na quimiotaxia de células cancerosas e na metástase tumoral Observou-se que as células leucêmicas escapam da apoptose in vitro quando entram em contato com as células produtoras de CXCL12 Foi descrito um polimorfismo do CXCL12 designado rs181157 na região 3’ UTR da quimiocina CXCL12 relacionada com um possível aumento da expressão dessa quimiocina Portanto, o presente trabalho investigou a relação do polimorfismo rs181157 CXCL12 na expressão de CXCL12 e CXCR4 em pacientes com LMC comparado a indivíduos saudáveis No presente estudo, não foi encontrado relação entre a presença do polimorfismo 3’A para o CXCL12 e os pacientes acometidos por Leucemia Mielóide Crônica Além disso, não houve associação entre a expressão de CXCL12 e a expressão de CXCR4, teste de correlação de Sperman não significante (p = ,621) Entretanto, foi detectada uma maior expressão de CXCR4 (1,946 vezes maior) nos pacientes com Leucemia Mielóide Crônica (p = ,9) comparados aos indivíduos saudáveis Além disso, nesse trabalho, os diferentes aspectos da terapia na LMC também foram considerados para análise Nessa população, há uma inferência entro o tempo de tratamento com o mesmo quimioterápico e a expressão de CXCR4 (p = ,36) nos pacientes com LMC Curiosamente, sete pacientes analisados que possuem tempo de tratamento por um período igual ou superior a 2 meses, demonstraram aumento acentuado na expressão de CXCR4, sendo que esse aumento foi em média três vezes maior aos pacientes com tempo de tratamento inferior a 1 meses (p = ,43) Os aspectos moleculares desse trabalho podem auxiliar no diagnóstico, monitoramento e prognóstico das leucemias Podem proporcionar também uma melhor compreensão dos mecanismos moleculares envolvidos na patogênese assim como outros alvos e alternativas terapêuticas para a Leucemia Mielóide Crônica

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Palavras-chave

Leucemia mielóide de fase crônica, Polimorfismo (Genética), Quimiocinas, Patologia experimental, Chronic myeloid leukemia, Genetic polymorphisms, Chemokine

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