Alterações cardiovasculares e modulação autonômica no estresse ortostático em animais sendentários ou submetidos à treinamento físico
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Borghi, Sergio Marques
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Resumo
Resumo: O sistema nervoso autônomo (SNA) tem como uma de suas principais funções, a manutenção dos níveis de pressão arterial (PA) durante os desafios ortostáticos A maior parte das manifestações de intolerância ortostática nos humanos está relacionada à hipotensão arterial, no entanto, 5% da população podem apresentar aumento da PA em reposta a um estresse ortostático Os testes ortostáticos têm sido usados como importantes ferramentas para avaliação das alterações pressóricas e para encaminhamento e tratamento clínico de pacientes que apresentam sintomas relacionados à intolerância ortostática O treinamento físico de baixa intensidade induz bradicardia de repouso e decréscimo na pressão arterial tanto em animais quanto em humanos Baseado nesses dados, o principal objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do SNA e do óxido nítrico (NO) nas alterações da PA e freqüência cardíaca (FC) em animais treinados (T) e sedentários (C) durante o estresse ortostático (“head up tilt test”) Para este estudo foram utilizados ratos Wistar machos adultos, pesando entre 22-24g Os animais do grupo T foram previamente submetidos a treinamento físico por natação (1 hora/dia; 5 dias/semana; 4 semanas) Os ratos sedentários (C) e treinados (T), um dia após o término do treinamento físico, foram anestesiados para implantação de catéter na artéria e veia femorais para registro de pressão arterial média (PAM) e FC e injeção de drogas respectivamente Depois de 24 horas, após registro dos parâmetros basais, os animais dos grupos C e/ou T acordados foram introduzidos em um tubo plástico posicionado sobre a plataforma de tilt O “tilt teste” foi conduzido pela elevação da plataforma de tilt do lado da cabeça do animal, partindo de uma posição horizontal, para uma inclinação de 75º com duração de 15 minutos Os grupos controle e treinado tratados com salina mostraram diferenças (p<,5) da PAM basal (C=16±2 mmHg; T=115±3 mmHg) Na FC basal foi observado bradicardia (p<,5) de repouso nos animais treinados (C=359±5 bpm; T=335±5 bpm) Após o bloqueio autonômico os animais treinados apresentaram grande aumento da pressão arterial, enquanto o grupo sedentário apresentou apenas um leve aumento Após a infusão de L-NAME, inicialmente notou-se um maior aumento da PA nos animais sedentários acompanhada de bradicardia, e durante a fase do tilt ambos os grupos apresentaram taquicardia Após a infusão de prazosin, os animais do grupo treinado apresentaram menor queda inicial da PA, e mostraram uma recuperação mais rápida da FC após a fase do tilt Esses dados mostram que o animal treinado foi beneficiado com bradicardia de repouso, um fator considerado cardioprotetor, e que o SNA, juntamente com tônus vascular periférico é de vital importância para a manutenção das funções cardiovasculares durante o estresse ortostático, no entanto o NO parece ser essencial no período de recuperação, especialmente nos animais treinados
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Palavras-chave
Patologia experimental, Pressão arterial, Sistema nervoso autônomo, Experimental pathology, Blood pressure, Autonomic nervous system