02 - Mestrado - Fisiopatologia Clínica e Laboratorial

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    Atividade da trans-chalcona in vitro em linhagem celular HuH7.5 de carcinoma hepatocelular humano
    Siqueira, Elaine da Silva; Conchon-Costa, Ivete [Orientador]; Miranda-Sapla, Milena Menegazzo; Panis, Carolina
    Resumo: O carcinoma hepatocelular constitui 7-85% dos tumores primários de fígado, é o sexto câncer com maior incidência em todo o mundo e a quarta causa de morte relacionada ao câncer Contudo, o tratamento quimioterápico sistêmico é um desafio, devido aos baixos índices de resposta dessas terapias Neste contexto, a busca por novos compostos com potencial antitumoral e que respondam seletivamente às células cancerígenas tem sido o foco do desenvolvimento de muitos estudos Dentre eles, a trans-chalcona (TC) (1,3-diphenyl-2-propen-1-one), um composto precursor dos flavonóides que apresenta algumas funções biológicas, como antioxidantes anti-inflamatórios e inibição da proliferação de células tumorais humanas Deste modo, o objetivo deste trabalho foi investigar a ação antitumoral da trans-chalcona (TC) sobre linhagem HuH75 de carcinoma hepatocelular (CHC) As células tumorais HuH75 foram tratadas com TC em concentrações crescentes (12,5-1 µM) nos tempos 24 e 48 horas, a viabilidade celular foi verificada por MTT e a concentração inibitória de 5% das células (IC5 23,66 µM) foi determinada em 48 horas Foram quantificados a proliferação celular por azul de tripan e microscopia óptica, produção de EROs, despolarização mitocondrial e autofagia, além da análise do ciclo celular e apoptose pelo analisador de células Muse® e marcações imunocitoquímicas de p-p53 e ß-catenina Os dados mostraram uma ação TC-citotóxica eficaz de maneira dependente da dose e do tempo em baixas concentrações micromolares sem causar toxicidade para células não-cancerígenas, como eritrócitos O tratamento com TC causou danos na membrana mitocondrial, afetando a expressão do gene supressor de tumor (p-53) e da via de desenvolvimento do tumor (ß-catenina), induzindo a morte celular por autofagia Além disso, o TC diminuiu a capacidade metastática do HuH75, interferindo na capacidade de migração / invasão desse tipo de célula
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    Análise dos polimorfismos genéticos nos genes CCR5 (rs333) e CXCL12 (rs1801157) : associação com neuroblastoma pediátrico
    Vieira Filho, Daniel Rubens Marques; Watanabe, Maria Angelica Ehara [Orientador]; Venturini, Danielle; Amarante, Marla Karine; Guembarovski, Roberta Losi [Coorientadora]
    Resumo: O câncer infantojuvenil corresponde à um grupo heterogêneo de doenças, apresentando características próprias tanto em relação à sua histologia quanto ao seu comportamento clínico Dentre estas doenças, estão os tumores embrionários como os retinoblastomas, neuroblastomas e nefroblastomas, os quais são responsáveis por cerca de 2% de todos os tumores que acometem crianças e adolescentes O neuroblastoma (NB) é uma neoplasia infantil heterogênea e particularmente maligna em seus estágios mais avançados, com propensão a formar metástase em órgãos selecionados e para os quais ainda não há tratamento eficaz disponível além da cirurgia Evidências recentes indicam que as quimiocinas e seus receptores apresentam envolvimento como mediadores de neuroinflamação e têm papel neurofisiológico Sabe-se que polimorfismos genéticos podem modificar funcionalmente ou quantitativamente um produto gênico, podendo estar associados ao desenvolvimento de diversos tumores malignos Portanto, os objetivos do presente trabalho foram avaliar a possível influência de polimorfismos nos genes CCR5 e CXCL12 no NB, como possíveis candidatos a marcadores de suscetibilidade e prognóstico para esta doença Foram selecionados 28 pacientes com diagnóstico de NB e 14 crianças livres de neoplasia e as amostras foram genotipadas por reação em cadeia da polimerase (PCR) para o polimorfismo rs333 do gene CCR5 e por PCR seguida da análise do comprimento do fragmento de restrição para o polimorfismo do gene CXCL12 Em seguida, foi verificado se estas variantes alélicas estavam associadas ao NB Para os portadores do polimorfismo rs333 (delta32) verificou-se diferença significativa (p = ,4) e para CXCL12 houve diferença estatisticamente significante para o genótipo em homozigose 3'A/3'A (p = ,1) e portador do alelo (p = ,1) em relação à suscetibilidade nos pacientes com NB A influência das variantes polimórficas em relação aos parâmetros prognósticos do NB não mostrou resultados significativos para os dois genes: CCR5- comprometimento de linfonodos e / ou metástases (p = ,82), estadiamento tumoral (p = ,86) e óbito (p = ,66); CXCL12 comprometimento de linfonodos e/ou metástase (p = ,23) estadiamento tumoral (p = ,34) e óbito (p = ,14) No presente estudo foi verificado que os polimorfismos CCR5 (rs333) e CXCL12 (rs181157) estão associados à suscetibilidade ao NB e merecem atenção em investigações futuras envolvendo um maior número amostral
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    Avaliação das moléculas de adesão celular, do inibidor do ativador de plasminogênio tipo 1 e sua associação com a síndrome metabólica e biomarcadores de metabolismo de carboidratos em pacientes com psoríase
    Gomes, Guilherme Teixeira; Dichi, Isaías [Orientador]; Reiche, Edna Maria Vissoci; Oliveira, Sayonara Rangel de; Simão, Andréa Name Colado [Coorientadora]
    Resumo: INTRODUÇÃO: A psoríase é uma doença inflamatória crônica imunomediada por linfócitos T, caracterizada por hiperproliferação e diferenciação anormal da epiderme, apresentando lesões eritêmato-escamosas, com repercussão sistêmica O diagnóstico da psoríase é clínico, sendo inexistentes biomarcadores laboratoriais que auxiliem o diagnóstico As moléculas de adesão celular (MAC) são proteínas expressas na superfície de células endoteliais e leucócitos Estudos demonstram alterações nos níveis plasmáticos de MAC em pacientes com psoríase bem como aumento da expressão dessas moléculas na pele, além de apresentarem aumento na prevalência de síndrome metabólica (SM), um conjunto de fatores de risco cardiovascular, relacionado principalmente ao processo inflamatório crônico e ao tratamento utilizado O Inibidor do Ativador do Plasminogênio tipo 1 (PAI-1), é uma proteína sérica que inibe a conversão de plasminogênio em plasmina e que também está envolvido na fisiopatologia da SM OBJETIVO: Avaliar o perfil das MAC e PAI-1 e sua associação com a presença de SM e os biomarcadores do metabolismo de carboidratos em pacientes com psoríase de gravidade baixa à moderada PACIENTES E MÉTODOS: Este é um estudo caso-controle incluindo 67 pacientes selecionados do Ambulatório de Dermatologia do Hospital Universitário de Londrina, Paraná, e 12 indivíduos saudáveis (controle), selecionados entre doadores de sangue do Hemocentro Regional de Londrina Os níveis plasmáticos das MAC: molécula de adesão celular endotelial plaquetária do tipo 1 (PECAM-1), molécula de adesão celular vascular do tipo 1 (VCAM-1), Molécula De Adesão Intercelular Tipo 1 (ICAM-1), selectina endotelial (E-selectina) e plaquetária (P-selectina) e do inibidor do ativador de plasminogênio tipo 1 (PAI-1) foram determinados por imunofluorimetria A presença de SM foi diagnostica utilizando os critérios propostos pelo Adult Treatment Panel III RESULTADOS: Pacientes com psoríase apresentaram aumento de nos níveis séricos de PECAM-1, VCAM-1, ICAM-1, E-selectina e PAI-1 quando comparados aos controles Além disso, houve forte associação entre psoríase e os níveis plasmáticos das 6 moléculas, sendo que o diagnóstico pode explicar 59,% da variação dessas moléculas, com um particularmente forte efeito na E-selectina (456%), VCAM-1 (32,7%) e PAI-1 (24,8%) Com o uso de VCAM-1, E-selectin, e PAI-1 (todos positivamente) e P-selectina (inversamente) na regressão logística binária, 87,6% de todos os indivíduos foram corretamente classificados, com sensibilidade de 92,5% e especificidade de 84,3% A SM pode influenciar as concentrações de E-selectina e PAI-1 Excetuando a PECAM-1 e o PAI-1, todas as demais moléculas foram correlacionadas com os níveis de glicose, insulina e HOMA-IR CONCLUSÃO: Pacientes com psoríase apresentam aumento dos níveis plasmáticos de PECAM-1, VCAM-1, ICAM-1, E-selectina e PAI-1, quando comparada ao grupo controle, independentemente do sexo, idade e presença de SM Houve associação altamente significativa entre a psoríase e as MAC e PAI-1 Nosso estudo propôs um modelo baseado em nivéis elevados de VCAM-1, E-selectina, PAI-1 e reduzidos de P-selectina possibilitando classificar corretamente alta sensibilidade e especificidade A presença de SM influencia as concentrações de E-selectina e PAI-1 além disso, a MAC com excessão da PECAM-1, e o PAI-1 estão correlaciondos com os biomarcadores do metabolismo de carboidratos
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    Caracterização de beta-lactamases de espectro estendido em enterobactérias, isoladas de urina, de pacientes da comunidade, no município de Londrina
    Dias, Juliana Buck; Vespero, Eliana Carolina [Orientador]; Perugini, Marcia Regina Eches; Kobayashi, Renata Katsuko Takayama
    Resumo: A prevalência dos uropatógenos nas infecções do trato urinário (ITU) isoladas, na comunidade e seu perfil de susceptibilidade são essenciais na determinação da terapia empírica apropriada. No entanto, dados epidemiológicos dessas infecções na comunidade ainda são limitados. O objetivo deste trabalho foi caracterizar as β-Lactamases de espectro estendido (ESBL) de enterobactérias isoladas de uroculturas, de pacientes das Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Prontos Atendimentos de Londrina, realizadas pelo Laboratório Central (CentroLab) da Prefeitura de Londrina-Paraná, no período de junho 2016 a maio 2017. De 56.555 uroculturas realizadas, 8.275 (14,6%) foram positivas pelo sistema automatizado Vitek@2 (bioMérieux, Marcyl’Etoile, França), sendo que 7.189 (86,9%) microrganismos foram da família Enterobacteriaceae, destes 488 (6,7%) foram produtores de ESBL. Os microrganismos mais frequentes foram Escherichia coli, sendo isolados em 5.761 (69,8%), seguido de Klebsiella pneumoniae com 688 (8,3%) e Proteus mirabilis com 334 (4,0%). Em que 329 (5,7%) isolados de E.coli e 159 (24,2%) isolados de K. pneumoniae foram produtores de ESBL. Dos isolados de ESBL, 368 (75,3%) eram amostras de mulheres, das quais 270 (55,3%) tinham mais de 65 anos. A idade e sexo feminino foram fatores de risco para aquisição de ITU por E.coli e/ou K. pneumoniae produtoras de ESBL. Foi realizado teste confirmatório para ESBL em ágar ChromID® ESBL e Duplo Disco Sinergismo (DDS). Das 329 amostras de E.coli, o gene blaCTX-M foi encontrado em 275 isolados, individualmente ou em associações, os quais predominaram os grupos blaCTX-M1 em 179 (54,4%) dos isolados, seguido de blaCTX-M9 em 81 (24,6%). Os genes blaSHV e blaTEM ocorreram em 94 (28,5%) e 81 (24,6%) isolados, respectivamente. Dentre os 159 isolados de K. pneumoniae foram detectados gene bla em 141 (88,6%) dos isolados, em que 27 (16,9%) dos isolados de K. pneumoniae produtores de ESBL apresentavam os três genes blaCTX-M, blaSHV e blaTEM, simultaneamente. O gene blaCTX-M foi predominante, esteve presente em 132 (83,0%) dos isolados, em que blaCTX-M1 apresentou prevalência de 90 (56,6%), enquanto que blaTEM e blaSHV foram detectados em 58 (36,4%) e 37 (23,2%) dos isolados, respectivamente. Este estudo descreveu a prevalência de ESBL entre isolados de E. coli e K. pneumoniae em uroculturas na comunidade. Demostrando, assim, a necessidade de estabelecer sistemas de monitoramento locais e nacionais da resistência antimicrobiana no Brasil para fornecer dados às diretrizes de tratamento de ITU na comunidade.
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    Marcadores inflamatórios e metabólicos como preditores de morte em pacientes com acidente vascular encefálico isquêmico agudo
    Gelinski, Jair Roberto; Almeida, Elaine Regina Delicato de [Orientador]; Breganó, José Wander; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti; Reiche, Edna Maria Vissoci [Coorientadora]
    Resumo: Introdução: Acidente vascular encefálico isquêmico (AVEI) é uma das principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo Mecanismos inflamatórios e metabólicos têm um papel importante no risco do AVE e são associados a um pior prognóstico Níveiscirculantes elevados de marcadores inflamatórios após o AVEI estão associados a mortalidadeAtualmente, o diagnóstico precoce do AVEI depende de exames clínicos e de neuroimagem, por isso é muito importante encontrar um biomarcador que identifique o AVEI agudo e estabeleça procedimentos de diagnósticos precoces e risco de morte a curto e longo prazo Para o AVEI ainda não existe um biomarcador ideal Objetivo: Esse trabalho teve como objetivo principal identificar os melhores preditores de morte em pacientes com AVEI agudo Material e métodos: Foi realizado um estudo observacional, prospectivo, longitudinal e de seguimentoUm total de 176 controles e 145 pacientes com AVEI foram analisados Do total de pacientes: 91 sobreviveram e 54 não sobreviveramForam coletados fatores de risco associados ao AVEI, dados demográficos, antropométricos e clínicos Amostras de sangue foram coletadas em até 24 horas após o diagnóstico de AVEI A Escala de Rankin Modificada (mRS) foi avaliada até 8 horas do AVEI (momento da admissão) e após três meses de evolução Os marcadores inflamatórios e metabólicos analisados foram: níveis séricos de proteína C reativa ultrassensível (usPCR), interleucina 6 (IL-6), ferritina, velocidade de hemossedimentação (VHS), leucócitos periféricos, 25-hidroxivitamina D [25(OH)D], ferro sérico, proteína sérica total, glicose, insulina, lipoproteína de alta densidade (HDL colesterol) e níveis plasmáticos de hidroperóxidos lipídicos Esses biomarcadores foram categorizados como índiceinflamatório 1 e 2 (todos expressos em Z escores) O índiceinflamatório 1 foi considerado como: usPCR, IL-6, ferritina, VHS e leucócitos periféricos O índiceinflamatório 2 foi considerado como: índice inflamatório 1 menos [25(OH)D, ferro e proteínas totais] Resultados: Os resultados mostraram que os pacientes não sobreviventes eram mais velhos e apresentaram um maior deficit neurológico (mRS) avaliado no momento da admissão comparados aos que sobreviveram Os pacientes não sobreviventes apresentaram significamente maiores níveis basais de IL-6, usPCR, ferritina e glicose; e menores níveis de HDL-colesterol e 25 (OH) D do que os sobreviventes Os não sobreviventes apresentaram significamente maior VHS e menores níveis séricos de proteínas totais do que os controles, enquanto os sobreviventes ocuparam uma posição intermediária As análises de regressão binária nos pacientes não sobreviventes mostraram que os níveis de IL-6, glicose, ferritina, CL-LOOH e 25 (OH) D predizeram significativamente a morte em pacientes com AVEI O melhor preditor foi IL-6 seguido dos níveis de glicose Além disso, o índice inflamatório 1 e o mRS predizeram significamente a morte em pacientes com AVEI Nas análises da curva ROC com todos os biomarcadores como variáveis discriminatórias, o índiceinflamatório 1 e 2 mostraram os melhores desempenhos de diagnóstico para prever morte após AVEI, com uma AUC igual a ,87 e ,851, respectivamente A usPCR (AUC=,776) e IL-6 (AUC=,775) mostraram resultados satisfatórios com uma sensibilidade de 48,6% e especificidade de 89,3% para usPCR> 13,5 mg/L; e uma sensibilidade de 51,4% e especificidade de 84,6 % para IL-6> 2,4 pg/mL Conclusão: Nossos resultados demonstraram que a ativação das vias inflamatórias e metabólicas estáassociada com altas taxas de mortalidade após AVEI Esses dados poderiam ajudar no desenvolvimento de novas ferramentas de biomarcadores, que prevêem a morte pós-AVEI, e demostraram que as vias de sinalização da IL-6, juntamente com os desequilíbrios redox, poderiam ser novos alvos de drogas na prevenção da morte após o AVEI
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    Perfil de moléculas de adesão e níveis do inibidor do ativador do plasminogênio (PAI-1) em pacientes com artrite reumatóide : influência da síndrome metabólica
    Sá, Marcelo Cândido de; Dichi, Isaías [Orientador]; Oliveira, Sayonara Rangel de; Losi-Guembarovski, Roberta
    Resumo: Introdução: a artrite reumatoide (AR) é uma doença sistêmica inflamatória crônica que apresenta característica ativação endotelial e um aumento no risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares A prevalência da síndrome metabólica (SM) tem sido relatada como aumentada em pacientes com AR A SM é um conjunto de alterações fisiológicas, bioquímicas e metabólicas interconectadas, também relacionadas a um aumento no risco de doenças cardiovasculares Objetivos: Verificar os níveis de moléculas de adesão e do inibidor do ativador do plasminogênio-1 (PAI-1) em pacientes com AR, com e sem a presença da SM e propor modelos preditores para o diagnóstico da AR e para a atividade da doença Métodos: 115 indivíduos controles e 144 pacientes com AR foram selecionados A atividade da doença foi determinada pelo DAS28 (Disease Activity score 28) baseado na velocidade de hemossedimentação (DAS28-VHS) e proteína C reativa (DAS28-PCR) Foram determinados o índice de massa corpórea (IMC), a circunferencia abdominal e pressão arterial dos indivíduos Foram realizadas as seguintes análises laboratoriais: níveis do autoanticorpo anti-CCP, fator reumatoide, proteína C reativa (PCR), glicose, HDL-colesterol, triacilgliceróis, moléculas de adesão celular vascular (VCAM-1), moléculas de adesão intercelular-1 (ICAM-1), moléculas de adesão plaqueta-célula endotelial-1 (PECAM-1), E-selectina, P-selectina, assim como o PAI-1 e TNF-a A presença da SM foi definida pelos critérios propostos pela “American Heart Association” Resultados: os níveis de VCAM-1 foram significativamente menores e os níveis de PAI-1 foram significativamente maiores em pacientes com AR em comparação ao grupo controle A análise de regressão logística binária demonstrou que a análise conjunta da VCAM-1, proteína C reativa (PCR), TNF-a e da idade puderam classificar corretamente a presença de AR com uma sensibilidade de 95,9 % e uma especificidade de 89,5% Foram realizadas análises de regressão com o DAS28-VHS e o DAS28-PCR como variáveis dependentes, nas quais se verificou que 42,9 % da variação no DAS28-VHS e 49,2% da variação no DAS-28-PCR foi explicada pelo aumento no PAI-1, TNF-a, IMC, idade e redução nos níveis de PECAM-1 Já a SM foi caracterizada por níveis elevados de PAI-1, E-selectina e P-selectina Os níveis elevados de selectinas sugerem que a SM interfere na primeira etapa da cascata de adesão leucocitária A associação encontrada entre o IMC e o DAS28 indica uma possível influência da SM na atividade da AR Conclusão: nossos dados demonstraram que níveis reduzidos de VCAM-1 e níveis elevados de PAI-1 estão associados a AR independentemente da presença da SM, embora a SM possa elevar ainda mais os níveis de PAI-1 A SM foi associada à níveis elevados de PAI-1, E-selectina e P-selectina Foi proposto um modelo preditor do diagnóstico de AR baseado nos níveis de VCAM-1, TNF-a, PCR e idade, e um modelo preditor do DAS28-PCR e do DAS28-VHS baseado nos níveis de PECAM-1, PAI-1, TNF-a, idade e IMC Dessa forma, os níveis de PAI-1, VCAM-1 e PECAM-1 tem um papel na fisiopatologia da AR, enquanto PAI-1, E-selectina e P-selectina tem um papel na fisiopatologia da SM Esses resultados reforçam a importância do diagnóstico e tratamento da SM em pacientes com AR, haja vista a influência que a SM pode exercer sobre a atividade da doença
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    Staphylococcus aureus isolados de pneumonia e bacteremia em um hospital terciário do sul do Brasil : resistência aos antimicrobianos, fatores de virulência e clonalidade
    Duarte, Felipe Crepaldi; Perugini, Marcia Regina Eches [Orientador]; Vespero, Eliana Carolina; Tognim, Maria Cristina Bronharo; Ogatta, Sueli Fumie Yamada [Coorientadora]
    Resumo: Staphylococcus aureus é um microrganismo versátil que causa grande diversidade de infecções, acomentendo tecidos superficiais ou ocasionando síndromes invasivas, como pneumonias e bacteremias Esse trabalho teve como objetivos analisar a resistência, virulência e as relações epidemiológicas e genéticas de Staphylococcus aures,oriundos de sangue e secreção traqueal, em um hospital terciário do sul do Brasil A identificação dos microganismo, bem como a determinação do perfil de resistência aos antimicrobianos, foi realizada por metodologia manual, de acordo com o CLSI, 218, e automatizada utilizando ossistemasVitek®2 (bioMeriéux-USA), Phoenix® (Becton, Dickinson) e Microscan® (Siemens- Califórnia) A concentração inibitória mímina de vancomicina foi deterinada por fitas de e-test®(bioMeriéux-USA) O DNA total dos isolados, extraido por protocolo enzimático, foi utilizado para pesquisa dos genes mecA, icaA, pvl e tsst, além da análise dos Complexos Clonais e Sequence Typing Foi realizado, para um isolado, sequenciamento genômico total utilizando a plataforma Miseq® (Illumina) Foram avaliados 72 isolados de S aureus provenientes de bacteremia entre os anos de 21-215 Observou-se que, para os antimicrobianos ciprofloxacina, eritromicina, oxacilina e clindamicina houve aumento no percentual de isolados resistentes, com tendência de elevaçãoEnquanto para gentamicina, rifampicina, tetraciclina e sulfametoxazol-trimetoprima houve queda nos percentuais O periodo de avaliação para vancomicina foi de cinco anos (211-215), mostrando elevação nas concentrações inibitórias mínimas Para os anos de 215-216, 15 isolados de S aureus oriundos de sangue e secreção traqueal foram avaliados Verificou-se que 81,9 % dos isolados foram positivos para o gene mecA Na amplificação dos tipos SCCmec o tipo II foi detectado como prevalente, sendo positivo em 61,67%, 23,33% pertenciam ao tipo IV, 13,33% foram do tipo I e apenas uma amostra, 1,67%, continha o tipo III Verificou-se ainda, a presença de 3 Sequence Type e 18 Complexos Clonais, sendo que os mais frequentes foram ST63 (12,16%), ST6 (8,1%) e ST5, 36 e 835 (6,8%) Quanto aos CC os mais prevalentes foram os CC5 (5%), CC7 e CC445 (6,8%) Ao analisar os fatores de virulência percebeu-se que 87,8% das amostras continham o operon icaA, 16,2% apresentaram o operon pvl e 14,9 o tsst Conclui-se que a maioria dos isolados apresentava, como fator de virulência, o operon icaA, eram portadores do gene mecA e pertenciam ao SCCmec tipo II, ST63 e CC5 Quanto ao perfil de sensibilidade aos antimicrobinos houve tendência de elevação no perfil de resistência para oxacilina, ciprofloxacina, clindamicina e eritromicina e tendência e queda para gentamicina, rifampicina e sulfametaxol-trimetoprima Quanto a vancomicina houve tendência de elevação na concentração inibitórima mínina Avaliando o sequênciamento do genoma foi encontrado mutação no gene mecA, bem como o gene femXAB
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    Associação do polimorfismo genético do fator de necrose tumoral beta +252 G>A (rs909253) com a presença de autoanticorpos em pacientes com artrite reumatoide
    Medeiros, Fabiano Aparecido de; Simão, Andréa Name Colado [Orientador]; Almeida, Elaine Regina Delicato de; Breganó, José Wander; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti [Coorientador]
    Resumo: Introdução: A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune potencialmente incapacitante, cujo desenvolvimento tem sido associado à exposição a certos fatores ambientais em indivíduos geneticamente predispostos O fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) é a principal citocina envolvida na fisiopatologia da AR, induzindo a inflamação sinovial e sistêmica O fator de necrose tumoral beta (TNF-ß) é reconhecido basicamente pelos mesmos receptores que o TNF-a, e dessa forma eles apresentam efeitos similares O TNF-ß é homólogo ao TNF-a, e estudos demonstram que o polimorfismo genético do TNF-ß (rs99253) pode estar relacionado a alterações na expressão do TNF-a, com consequente aumento na produção de sua citocina Estudos indicam que o polimorfismo TNF-ß +252 G>A está associado a um maior risco de desenvolvimento de diversas doenças autoimunes, entre elas AR Objetivo: O presente estudo verificou a associação entre o polimorfismo do TNF-ß +252 G>A com a susceptibilidade à AR e a presença dos biomarcadores de diagnóstico e prognóstico, fator reumatoide (FR) e anticorpo anti-peptídeo citrulinado cíclico (anti-CCP), assim como com os níveis séricos TNF-a Métodos: Esse é estudo caso-controle, incluindo 261 pacientes com AR e 297 controles, todos da mesma região geográfica O diagnóstico de AR foi realizado de acordo com os critérios do Colégio Americano de Reumatismo/Liga Europeia de Reumatologia, de 21 A atividade da doença foi avaliada pelo disease activity score in 28 joints, utilizando a proteína C reativa (PCR) ou a velocidade de hemossimentação (VHS) O polimorfismo genético do TNF-ß foi determinado pela reação em cadeia da polimerase e polimorfismo do comprimento dos fragmentos de restrição (PCR-RFLP) com identificação de três genótipos: B1/B1, B1/B2 e B2/B2 Foram avaliados os seguintes marcadores inflamatórios: contagem de leucócitos totais, VHS, níveis séricos de ferritina, PCR, FR, anti-CCP, e os níveis plásmaticos de TNF-a e o seus receptores 1 (TNFR1) e receptores 2 (TNFR2) Resultados: Entre os pacientes, 42,1% apresentaram o alelo B2/B2, 47,9% B1/B2 e 1,% B1/B1, resultando em uma frequência alélica de 66,% para o alelo B2 e 34,% para o alelo B1 Não foi observada diferença significativa na frequência alélica e na distribuição genotípica entre os grupos no modelo aditivo, assim como no modelo dominante (p>,5) Pacientes com o alelo B1 demonstraram aumento em 4,23 vezes a presença do FR (p=,2) e 8,13 vezes para o anti-CCP (p=,1), independentemente dos dados demográficos, clínicos e inflamatórios Os pacientes que apresentaram o alelo B1, apresentaram maiores níveis de TNF-a e estes estavam associados com positividade do FR, anti-CCP ou ambos (p=,4, p=,11 e p=,38, respectivamente) Porém, pacientes com alelo B2 em homozigose, a presença desses anticorpos não alteraram os níveis de TNF-a (p>,5) Os receptores sTNFR1 e sTNFR2 não diferiram de acordo com os genótipos (p>,5) e enm com a presença de autoanticorpos Para verificar quais parâmetros poderiam influenciar os níveis de TNF-a e a presença de autoanticorpos de acordo com o genótipos, foram realizadas três modelos de regressão linear (tipos stepwise) de acordo com os genótipos O primeiro modelo de regressão foi realizado em pacientes com a presença de FR, foi demostrado que em pacientes com o genótipo B2/B2, 2,4% da variação dos níveis de TNF-a podem ser explicados pelo DAS28-PCR Já no genótipo B1/B1+B1/B2 37,2% da variação dos níves de TNF-a podem ser explicados pelos níveis de sTNFR1 e pela presença de FR O segundo modelo de regressão foi realizado para pacientes com de anti-CCP, foi demostrado que em pacientes com o genótipo B2/B2, 21,2% da variação dos níveis de TNF-a podem ser explicados pelo DAS28-PCR Já com o genótipo B1/B1+B2/B2, 39,7% da variação dos níves de TNF-a podem ser explicados pelos níveis de sTNFR1 e pela presença de anti-CCP O terceiro modelo de regressão foi realizado em pacientes com a presença de FR e anti-CCP, foi demostrado que em pacientes com o genótipo B2/B2, 21,2% da variação dos níveis de TNF-a podem ser explicados pelo DAS28-PCR Já com o genótipo B1/B1+B2/B2, 42,8% da variação dos níves de TNF-a podem ser explicados pelos níveis de sTNFR1 e pela presença de FR e/ ou anti-CCP Conclusão: Nossos resultados indicam que o polimorfismo TNF-ß +252 G>A não está associado com a susceptibilidade à AR e níveis de TNF-a, mas sim com a presença ou níveis de autoanticorpos Além disso, a presença do FR, anti-CCP ou ambos podem modular os níveis plasmáticos de TNF-a apenas em pacientes com o alelo B1, independentemente da atividade da doença
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    Perfil de citocinas pró e anti-inflamatórias e adiponectina em pacientes com esclerose sistêmica
    Ferreira, Meline Angélica Cunha Rotter; Simão, Andréa Name Colado [Orientador]; Reiche, Edna Maria Vissoci; Oliveira, Karen Brajão de
    Resumo: INTRODUÇÃO: A Esclerose Sistêmica (ES) é uma doença autoimune rara caracterizada por fibrose de múltiplos órgãos, envolvimento vascular e produção de autoanticorpos Apresenta um prognóstico grave, mortalidade prematura, podendo ser considerada como uma doença de difícil controle terapêutico A desregulação imune é um processo central na patogênese da ES Linfócitos e macrófagos produzem citocinas que induzem dano tecidual, recrutam células inflamatórias adicionais e promovem a produção de matriz extracelular e fibrose Os linfócitos T helper (Th) são provenientes de linfócitos Th CD4+ precursores (Th), que podem diferenciar-se em fenótipos diferentes e exclusivos - Th1, Th2, Th17 e células T reguladoras (Treg) dependendo do ambiente de citocinas, imunógeno e células envolvidas OBJETIVO: Avaliar os perfis de citocinas pró-inflamatórias, anti-inflamatórias e adiponectina e determinar modelos preditores que auxiliem no diagnóstico da ES SUJEITOS E MÉTODOS: Foram selecionados 117 participantes, sendo 42 pacientes com diagnóstico de ES (ES difusa, n=7 e ES limitada, n=35) e 75 indivíduos saudáveis (grupo controle) Todos os participantes foram avaliados quanto a sexo, etnia, índice de massa corporal (IMC), uso de medicamentos, entre outros dados Os níveis plasmáticos das citocinas pró-inflamatórias: interferon-gama (IFN-?), fator de necrose tumoral–alfa (TNF-a), interleucina (IL)-1ß, IL-2, IL-6 e das anti-inflamatórias IL-4, fator transformador de crescimento-beta (TGF-ß) e adiponectina foram determinados por imunofluorimetria (plataforma Luminex) As citocinas foram avaliadas individualmente e em perfis: pró-inflamatórios M1: (IL-1ß+IL-6+TNF-a) e Th1: (IL-2+IFN-?) As citocinas anti-inflamatórias formaram os perfis Th2+Treg: (IL-4+TGF-ß) e o sistema anti-inflamatório e imuno-regulatório (IL-4+TGF-ß+Adiponectina) RESULTADOS: O diagnóstico de ES foi fortemente associado à alteração dos níveis de citocinas sendo responsável por 67,6% de sua variância, com um forte impacto na variação nos níveis de IL-2 (43,7%), IL-4 (26,%) e adiponectina (24,2%) e moderado impacto na variação dos níveis de TGF-ß (19,3%) e IL-6 (12,7%) Os resultados também demonstraram que o diagnóstico está envolvido, principalmente no perfil Th2 e Treg, explicando 37,9% de sua variação Quando a adiponectina foi adicionada ao perfil anti-inflamatório, a variação aumentou para 45,7% Além disso, foi proposto um modelo estatístico utilizando citocinas pró (IL-2, IFN-?) e anti-inflamatórias (TGF-ß e adiponectina) para predizer a ES com alta sensibilidade (1%) e especificidade (91,7%) CONCLUSÃO: Pacientes com ES apresentaram um predomínio da resposta anti-inflamatória (Th2, Treg e adiponectina) e esses achados podem ser responsáveis pela característica fibrótica da doença Além disso, este é o primeiro estudo a demonstrar níveis mais altos de adiponectina em pacientes com ES Mais estudos são necessários para confirmar os resultados presentes, bem como investigar os achados contraditórios sobre a adiponectina
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    Monitoramento da resistência aos antimicrobianos em uropatógenos da comunidade e sua relação com determinantes de resistência presentes em bactérias de origem animal
    Soncini, João Gabriel Material; Vespero, Eliana Carolina [Orientador]; Kobayashi, Renata Katsuko Takayama; Nakazato, Gerson
    Resumo: A resistência bacteriana aos antimicrobianos é uma ameaça global que preocupa a saúde pública Escherichia coli produtoras de ß-lactamases de espectro estendido (ESBL) está entre as principais preocupações uma vez que sua disseminação tem sido associada à possível zoonose A fim de investigar esta associação, o objetivo do trabalho foi caracterizar fenotípica e genotipicamente isolados de E coli resistentes aos antimicrobianos isoladas de urina de pacientes da comunidade de Londrina e de carnes de frango e suíno para consumo humano Para isso, realizou-se o sequenciamento completo do DNA de 91 isolados de urina (n=59), carne de frango (n=24) e suíno (n=8) Todos os isolados foram identificados utilizando-se o sistema automatizado Vitek2 e submetidos ao teste confirmatório para ESBL em ágar chromID® ESBL ou teste de duplo disco sinergismo (DDS) Para avaliação da similaridade genética e clonalidade, o DNA dos isolados de E coli foram submetidoss à reação em cadeia da polimerase, utilizando-se de sequências repetitivas intergênicas em enterobactérias (ERIC-PCR) O sequenciamento completo do genoma foi feito de acordo com os protocolos e a plataforma do Illumina As bases de dados online Enterobase, MLST, NCBI e GenBank foram utilizadas para a análise do sequenciamento No estudo, os principais resultados demonstram que o ST131 foi mais prevalente em amostras humanas, estando relacionado com a produção de CTX-M-15 Já E coli ST117 produtora de CTX-M-55 foi identificada nas três origens estudadas, ou seja, em amostras de carnes (frango e suíno) e em infecções humanas Os isolados ST38, ST131, ST354 e ST1196 foram detectados somente em isolados de urina e carne de frango, enquanto o isolado ST41 foi isolado de urina e de carne de suínos Conclui-se que há uma variedade de clones de E coli produtora de ESBL entre isolados de urina e carnes de frango e suíno para consumo, sugerindo que carnes comercializadas podem ser um potencial reservatório de linhagens de E coli de alta prioridade na comunidade, constituindo um grave problema de saúde pública
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    Efeito do consumo de uma mistura de probióticos no estresse oxidativo / nitrosativo, nos parâmetros inflamatórios e na atividade da doença em pacientes com artrite reumatoide : um estudo randomizado, duplo cego e placebo controlado
    Cannarella, Ligia Aparecida Trintin; Simão, Andréa Name Colado [Orientador]; Oliveira, Sayonara Rangel de; Mari, Naiara Lourenço
    Resumo: INTRODUÇÃO: A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória sistêmica, autoimune, marcada pela infiltração da membrana sinovial em múltiplas articulações com células T, células B e monócitos; pela produção de autoanticorpos e inflamação crônica A disbiose intestinal tem sido relacionada com o desenvolvimento da AR, visto que a microbiota intestinal molda tanto a resposta imune inata, como a adaptativa, reduzindo a inflamação causada pela doença através da indução da formação de células T reguladoras e diminuição das respostas Th1 e Th17 A restauração da microbiota intestinal através da administração de probióticos, pode ser mais uma forma de modular o processo e a progressão da AR OBJETIVO: Avaliar o efeito da suplementação de probióticos em parâmetros inflamatórios, no estresse/nitrosativo e na atividade da doença em pacientes com AR após 6 dias de tratamento SUJEITOS E MÉTODOS: Foram selecionados 42 pacientes com AR de ambos os sexos com idade entre 27 a 8 anos atendidos pelo ambulatório de Reumatologia do Hospital Universitário de Londrina Após a randomização, os pacientes foram divididos em dois grupos que consumiram diariamente por 6 dias, um dos compostos: Grupo Probiótico (n=21), pacientes que consumiram diariamente suplemento probiótico contendo 5 cepas, Lactobacillus acidophilus LA-14 (19 UFC/g), Lactobacillus casei LC-11 (19 UFC/g), Lactococus lactis LL-23 (19 UFC/g), Bifidobacterium lactis BL-4 (19 UFC/g) e Bifidobacterium bifidum BB-6 (19 UFC/g); Grupo Placebo (n=21), pacientes que ingeriram suplemento de maltodextrina A atividade da doença foi determinada pelo escores Disease Activity Score 28 (DAS-28) A contagem de leucócitos totais foi realizada por citometria de fluxo Os níveis séricos de Proteína C reativa ultrassensível (PCRus) foram determinados por turbidimetria enquanto os de ferritina foram avaliados por quimioluminescência em micropartículas A velocidade de hemossedimentação (VHS) foi determinada por automação Os níveis plasmáticos de interleucina 6 (IL-6), fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) e adiponectina foram determinados por imunofluorimetria utilizando a plataforma Luminex® Os níveis plasmáticos de hidroperóxidos lipídicos (LOOH) e a capacidade antioxidante total plasmática avaliada pelo TRAP (Total radical-trapping antioxidant parameter) foram determinados por quimioluminescência, enquanto os níves de proteínas carbonílicas (PC), metabólitos de óxido nítrico (NOx) e grupamentos sulfidrila (SH) foram avaliados por espectrofotometria RESULTADOS: O grupo probiótico apresentou redução na contagem de leucócitos totais (p=12) e nos níveis de TNF-a (p=4), e IL-6 (p=39) Os grupos não diferiram quanto aos níveis de IL-1, adiponectina, PCRus, VHS, ferritina e DAS-28 Na avaliação do estresse oxidativo/nitrosativo, o grupo probiótico apresentou aumento do TRAP (p=19), de SH (p=28) e diminuição dos níveis de NOx (p=4) Não houve diferença entre os grupos quanto aos níveis de LOOH e PC CONCLUSÃO: O consumo da mistura de probióticos por 6 dias foi capaz de diminuir o processo inflamatório e os níveis de metabólitos de óxido nítrico assim como também melhorar as defesas antioxidantes dos pacientes com AR após 6 dias de tratamento No entanto, essas alterações não se refletiram na redução da atividade da doença talvez devido ao curto período do estudo Mais estudos são necessários para investigar o potencial efeito dos probióticos na redução da atividade da AR
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    Colonização por microrganismos do grupo "ESKAPE" em recém-nascidos hospitalizados em unidades neonatais em um hospital universitário
    Gobo, Elisangela de Fátima; Perugini, Marcia Regina Eches [Orientador]; Vespero, Eliana Carolina; Lopes, Gilselena Kerbauy
    Resumo: Introdução: O grupo SKAPE, composto por Enterococcus faecium resistentes à vancomicina (VRE), Staphylococcus aureus resistentes a meticilina (MRSA), Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa resistentes a carbapenêmicos (BGN NF-CR), Enterobactérias resistentes a cefalosporinas de terceira e quarta geração (ESBL) e resistentes a carbapenêmicos (CRE) Representam uma ameaça à saúde pública, em decorrência das limitações na terapia antimicrobiana A colonização por estes microrganismos é um fator que favorece o desenvolvimento de infecções, em especial nos pacientes imunocomprometidos, como os neonatos de baixo peso Objetivo: Avaliar a epidemiologia de recém nascidos internados em unidades neonatais, colonizados por microrganismos do grupo ESKAPE, num período de 2 anos e realizar análise molecular das principais Enterobactérias ESBL nos últimos dois anos de estudo Método: Foram analisados retrospectivamente os resultados em banco de dados do sistema LABHOS/LAC/HU de amostras de swab de vigilância nos anos de 2 a 217, e incluída apenas uma cultura por paciente, sendo a primeira a ser positivada durante a internação No período de 218 e 219 foi realizado estudo prospectivo, transversal, com amostras de swab de vigilância coletados semanalmente de RN internados nas unidades neonatais Dentre as amostras positivas para Enterobactéria produtoras de ß-lactamases de espectro estendido (ESBL) deste grupo, foi realizada análise de similaridade clonal e identificação genotípica para os genes de resistência Resultados: Entre os microrganismos multirresistentes mais frequentemente identificados destacam-se os bacilos Gram-negativos (929/117 – 84,%) Enterobactérias ESBL, foram responsáveis pela colonização de 753 (7,%) dos RN A colonização por Enterobactérias resistentes a carbapenêmicos também foi evidenciada, com menor frequência (2,%) A densidade de incidência média de Klebsiella pneumoniae ESBL durante o período foi 2,3/1 pacientes-dia, com variações de zero em 2 a cerca de cinco em 213, 215, 218 e 219 Entre os cocos Gram-positivos os mais frequentes foram Staphylococcus aureus resistentes a meticilina (MRSA), identificados em 11% das culturas de amostras de vigilância e Enterococcus spp resistentes à vancomicina (VRE) em (5,%), ambos relacionados a colonização dos RN Entre as Enterobactérias ESBL identificadas fenotipicamente nos anos de 218 e 219, houve uma alta frequência para Klebsiella pneumoniae ESBL (51%), das quais 45% foram submetidas a análise genotípica As principais Enzimas ESBL identificadas foram TEM (68,%), SHV (63,%) e CTX-M1/M15 (95,%) Conclusão: a frequência para os microrganismos do grupo ESKAPE, foi elevada nesses 2 anos de estudo, principalmente para os bacilos Gram-negativos, com destaque para Klebsiella pneumoniae ESBL que esteve em alta ao longo dos anos na colonização dos neonatos A colonização geralmente precede a infecção, elevando a mortalidade e morbidade nos sistemas de saúde, e desta forma, medidas efetivas de prevenção e controle se fazem necessárias
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    Estudo de determinantes de resistência aos antimicrobianos e de fatores de virulência em isolados clínicos de Acinetobacter spp
    Fávaro, Larissa dos Santos; Marroni, Floristher Elaine Carrara [Orientador]; Petroli, Suelen Balero de Paula; Venâncio, Emerson José
    Resumo: O objetivo deste estudo foi caracterizar os determinantes de resistência aos antimicrobianos e fatores de virulência de isolados clínicos de Acinetobacter spp recuperados de pacientes atendidos no Hospital Universitário (HU) de Londrina no período de janeiro de 26 à março de 218 Artigo científico A: Neste estudo foram caracterizados um total de 282 isolados clínicos de Acinetobacter baumannii recuperados de material respiratório de pacientes hospitalizados nas unidades de terapia intensiva (UTI) do HU entre os anos de 26 e 216 A identificação dos isolados foi realizada por métodos bioquímicos convencionais, sistemas automatizados e amplificação do gene blaOXA-51 A maioria dos isolados foram considerados multirresistentes (MR) (76,3%) e altas taxas de resistência aos antimicrobianos foram verificadas, inclusive aos carbapenêmicos, fármacos de escolha para o tratamento de infecções causadas por A baumannii MR A elevada taxa de resistência aos carbapenêmicos (1,%) é atribuída à prevalência de isolados portadores do gene codificador da carbapenemase OXA-23 (93,6%), sendo o gene blaOXA-23, em sua maioria, associado ao Tn28 (92,8%), seguido pelo Tn26 Além disso, a variante blaOXA-253 foi detectada em um isolado (,4%) Um perfil policlonal foi observado entre os isolados, os quais pertenceram aos complexos clonais internationais CC113/79, CC11/25 e CC13/15 Estes dados justificam a manutenção e disseminação do gene blaOXA-23 entre os isolados de A baumannii nesta instituição Artigo científico B: Neste estudo reportamos a descrição do primeiro isolado de Acinetobacter bereziniae carreador do gene blaOXA-58 detectado no Brasil Pelo sequenciamento do genoma total do isolado Ac 374/14 verificou-se que este isolado, MR e forte produtor de biofilme, apresenta 13 genes de resistência aos antimicrobianos incluindo determinantes de resistência aos beta-lactâmicos, aminoglicosídeos, fluoroquinolonas, fenicóis e sulfonamida Em adição, este isolado apresenta diversos sistemas de efluxo e genes de virulência Por meio das análises in silico o contexto genético do gene blaOXA-58 foi caracterizado, demonstrando que este gene está flanqueado em ambos os lados pela sequência de inserção ISAba3, com o ISAba3 interrompido pela ISAba125 à montante do gene blaOXA-58 Este estudo revelou um novo determinante de resistência aos carbapenêmicos no HU, desta forma, é necessária a tomada de medidas de controle para impedir a disseminação deste gene Artigo científico C: O objetivo deste estudo foi identificar a presença de genes codificadores de carbapenemases em espécies de Acinetobacter não-baumannii isoladas em um hospital brasileiro Quatorze isolados de Acinetobacter spp recuperados do HU entre 26 e 218 foram estudados De acordo com a análise do sequenciamento do gene rpoB, foram identificados sete isolados de Acinetobacter bereziniae, dois de A haemolyticus, dois de A ursingii, e um de cada das espécies A radioresistens, A colistiniresistens e Acinetobacter sp Seis isolados, cinco A bereziniae e um A colistiniresistens, carrearam o blaOXA-58 e foram considerados produtores de biofilme, e o isolado identificado como A radioresistens apresentou o gene blaOXA-23 A análise de ERIC-PCR dos isolados carreadores de blaOXA-58 mostrou que três isolados de A bereziniae foram clonalmente relacionados, dos quais dois foram idênticos, enquanto três isolados pertenceram a clusters individuais Este estudo ressalta a necessidade da identificação correta de espécies de Acinetobacter e a implementação de medidas de controle de infecção hospitalar adequada para impedir a disseminação de determinantes de resistência, como o gene blaOXA-58, entre outros patógenos hospitalares relevantes
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    Avaliação das variantes dos genes da interleucina-10 (rs1800872) e do fator transformador de crescimento beta-1 (rs1800469) em pacientes com doença inflamatória intestinal
    Galvão, Talita Cristina; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti [Orientador]; Reiche, Edna Maria Vissoci; Oliveira, Karen Brajão de
    Resumo: Introdução: Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) são doenças crônicas, imunomediadas, que afetam o trato gastrointestinal DII consistem em dois subtipos: Retocolite Ulcerativa (RCU) e doença de Crohn (DC) Acredita-se que as DII se desenvolvam como resultado de interações entre fatores ambientais, microbianos e imunomediados em um hospedeiro geneticamente suscetível No geral, citocinas anti-inflamatórias desempenham um papel na DII incluindo a interleucina 1 (IL-1) e o fator transformador do crescimento ß (TGF-ß) As diferenças na produção de citocinas têm sido associadas a variações genéticas nas regiões gênicas relacionadas à estas citocinas Diferenças individuais na síntese de citocinas poderiam explicar a suscetibilidade à DII e sua heterogeneidade fenotípica Estudos sobre a influência das variantes genéticas de TGFß1 e IL1 na patogênese da DII foram publicados com resultados controversos Objetivo: Avaliar a associação entre DII, RCU e DC e as variantes genéticas TGFB1 -59 C>T (rs18469) e IL1 -592 C>A (rs18872) e examinar a associação entre essas variantes e as citocinas presentes na DII, assim como verificar a associação com a atividade das doenças Sujeitos e Métodos: O estudo incluiu 178 pacientes com DII, 89 com RCU e 89 com DC, de ambos os sexos e com idades entre 18 e 7 anos, recrutados no Ambulatório de Gastroenterologia da Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Sul do Brasil e 171 indivíduos saudáveis A atividade da doença foi estabelecida pelos escores parcial, total e endoscópico MAYO para RCU e Índice de Atividade da Doença de Crohn (CDAI) para DC Após jejum de 12 horas, foram obtidas amostras de sangue venoso Os níveis plasmáticos de TGF-ß1 e IL-1 foram avaliados usando um sistema de detecção baseado em imunofluorometria O DNA foi extraído das células sanguíneas periféricas usando um kit comercial A concentração de DNA foi medida em 26 nm Para genotipar a IL1 -592 C>A, após a amplificação de um fragmento de 154 pb do gene IL1, este foi submetido à digestão com a enzima de restrição RsaI Os produtos de digestão foram analisados de acordo com o polimorfismo de comprimento de fragmento de restrição (RFLP) As variantes TGFB1 -59 C>T foram genotipadas pelo ensaio de discriminação alélica TaqMan no sistema de reação em cadeia da polimerase em tempo real (qPCR) Resultados: Os pacientes com DII não diferiram na idade, sexo, etnia e índice de massa corporal dos controles (p> ,5) Os níveis de IL-1 e TGF-ß1 aumentaram significativamente nas DII em comparação ao grupo controle (p <,1) A variante IL1 -592 C>A não foi associada a pacientes com DII, RCU ou DC O TGFB1 -59 C>T não apresentou diferença significativa na DII, na RCU e na DC e nos pacientes quando comparados aos controles no modelo alélico (p = ,418; p = ,653; p = ,381, respectivamente) O genótipo IL1 CC da variante -592 C>A apresentou maiores níveis plasmáticos de TGF-ß1 (p=,35) Os níveis plasmáticos de IL-1 e TGF-ß1 não diferiram entre os pacientes com RCU (p=,553; p=,51, respectivamente) em relação a remissão da doença avaliada pelo escore total de MAYO Não houve associação entre o escore total de MAYO e IL1 -592 C>A no modelo codominante, dominante ou recessivo em pacientes com RCU [(CC vs CA p=,492; CC vs AA p=,13); (CC vs CA+AA; p=,243), (CC+CA vs AA; p=,127) respectivamente], e no modelo genotípico do TGFB1 -59 C>T [(CC vs CT p=,8; CC vs TT p=,846); (CC vs CT+TT; p=,143), (CC+CT vs TT; p=,693) respectivamente Em relação aos pacientes com DC, os níveis de IL-1 foram maiores em pacientes com Índice Endoscópico de Gravidade da Doença de Crohn (CDEIS) >8 quando comparados com CDEIS =8 (p=,46) Níveis de TGF-ß1 não diferiram entre grupos em relação ao CDEIS (p=362) A variante genética da IL1 e TGFB1 não mostraram diferenças significativas em pacientes com DC em relação ao CDEIS em nenhum modelo de genótipo [(CC vs CA p=891; CC vs AA p=,46); (CC vs CA+AA; p=,922), (CC+CA vs AA; p=,418) respectivamente] e [(CC vs CT p=,472; CC vs TT p=,439); (CC vs CT+TT; p=,44), (CC+CT vs TT; p=566) respectivamente] Conclusão: Pacientes com DII apresentam níveis mais elevados de IL-1 e TGF-ß1, tanto na DC quanto na RCU, quando comparados com os controles O genótipo IL1 CC da variante -592 C>A foi associado a maiores níveis plasmáticos de TGF-ß O genótipo TGFB1 TT da variante -59 C>T foi associado a níveis mais altos de TGF-ß1 em pacientes com RCU A descoberta de novas variantes genéticas associadas às DII pode contribuir para o tratamento personalizado destes pacientes
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    Estudo do perfil de citocinas sistêmico e medular de pacientes pediátricos com leucemia linfocítica aguda B durante a fase de indução do tratamento quimioterápico
    Silva, Pamela Regina Brizola da; Panis, Carolina [Orientador]; Victorino, Vanessa Jacob; Venturini, Danielle
    Resumo: A leucemia linfocítica aguda (LLA) é a leucemia mais comum na infância, correspondendo a cerca de 3% dos distúrbios malignos que acometem crianças entre 2 a 5 anos de idade A LLA pode ocorrer nas células B ou T, sendo a LLA-B a mais incidente Até o momento, não se sabe ao certo quais alterações estão envolvidas na gênese e progressão da LLA-B, ou se existe alguma correlação entre as substancias produzidas no microambiente tumoral e a resposta ao tratamento Neste contexto, esta Dissertação teve como proposta avaliar o perfil comparativo das citocinas TGF-ß1, TNF-a e IFN-? no microambiente tumoral (medula óssea) e na circulação sistêmica (sangue periférico) em pacientes portadores de LLA-B na infância durante a fase de indução Foram incluídos neste estudo pacientes portadores de LLA-B, atendidos no período de Janeiro de 215 a Janeiro de 217, no ambulatório de oncohematologia pediátrica do Instituto do Câncer de Londrina-Paraná Cada amostra foi coletada segundo o protocolo nos dias D, D8, D15 e D28 da fase de indução da quimioterapia A análise de citocinas foi realizada nas amostras por enzimaimunoensaio (ELISA) em plasma de aspirado de medula óssea e sangue periférico e correlacionados com os aspectos clinicopatológicos A análise dos dados foi realizada através dos testes de ANOVA complementado pelo teste de Tukey, Kruskal-Wallis, T-Student ou Mann-Whitney para comparação entre 2 ou mais dias de tratamento Considerou-se p < ,5 como significante No total, 1 crianças foram voluntariadas, com idade entre 3 e 12 anos Não houve diferença estatística em relação aos níveis de IFN-?, TGF-ß1 e TNF-a na medula óssea e sangue periférico nos diferentes dias de tratamento Porém a análise qualitativa dos níveis de TGF-ß1 sugerem uma potencial migração da medula para o sangue, pois observou-se redução desta citocina na medula em D28 com concomitante aumento no sangue periférico e a análise comparativa dos níveis circulantes de citocinas de acordo com o perfil de sobrevida dos pacientes revelou elevados níveis de TGF-ß1 naqueles que permaneceram vivos em comparação aos que foram a óbito sem variação significante nas demais citocinas Os resultados sugerem que o perfil diferencial de citocinas no sangue e medula de pacientes com LLA apresenta um padrão qualitativo de comportamento influenciado pelas drogas utilizadas ao longo da fase de indução da quimioterapia, e apontou o TGF-ß1 como possível mecanismo de atuação da quimioterapia relacionado à sobrevivência dos pacientes, bem como um possível mediador a ser investigado nas demais fases do estudo
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    Influência dos níveis de vitamina D sobre parâmetros metabólicos e de estresse oxidativo e nitrosativo em pacientes com síndrome metabólica
    Silva, Marilza Celina da; Venturini, Danielle [Orientador]; Perugini, Marcia Regina Eches; Amarante, Marla Karine; Barbosa, Décio Sabbatini [Coorientador]
    Resumo: Introdução: A síndrome metabólica (SM) é um conjunto de fatores de risco cardiometabólicos, incluindo obesidade, hiperglicemia, hipertriglicerídios, dislipidemia e hipertensão O estresse oxidativo poderia ser um evento que antecederia a fisiopatologia das doenças crônicas associadas a SM ou uma consequência desta desordem Sabe-se que a deficiência de vitamina D está associada com o aumento do risco cardiovascular, à diminuição da tolerância à glicose, diminuição da insulina e da sensibilidade a insulina, e consequentemente, ao desenvolvimento de SM e Diabetes mellitus tipo 2 O mecanismo pelo qual a vitamina D está associada ao aumento da prevalência da SM ainda não está completamente elucidado Objetivo: Neste estudo avaliamos parâmetros metabólicos e o estado redox de pacientes com síndrome metabólica com e sem hipovitaminose D Metodologia: Neste estudo foram incluídos 88 mulheres adultas com SM atendidas no Ambulatório de Clínica Médica e Cardiologia do Hospital Universitário (HU) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) Foram coletados dados como idade, pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD), circunferência abdominal (CA), circunferência de quadril (CC) e índice de massa corpórea (IMC) Foram realizadas dosagens séricas de colesterol total (CT), lipoproteína de baixa densidade (LDL-colesterol), lipoproteína de alta densidade (HDL-colesterol), triglicerídeos (TG), ácido úrico, vitamina D, glicose, insulina O Homeostatic Model Assessment Insulin Resistance (HOMA-IR) foi calculado e a resistência à insulina (RI) foi considerada quando HOMA = 2,5 Entre os marcadores do estresse oxidativo, foram determinados a capacidade antioxidante total do plasma por meio do total- trapping antioxidante parameter (TRAP), lipoperóxidos (CL-LOOH), produtos avançados de oxidação proteica (AOPP), metabólitos do óxido nítrico (NOx), grupo sulfidrila (SH) e a atividade da enzima paraoxonase 1 (PON1) Os indivíduos foram categorizados de acordo com níveis de vitamina D, em que níveis de vitamina D < 3ng/mL indicava hipovitaminose (MetSHD) e níveis = 3 ng/mL caracterizava quantidade suficiente de vitamina D (MetSD) Resultados: O grupo MetSHD apresentou níveis elevados de TG (p=,4), glicose (p=,3) e resistência à insulina determinado pelo HOMA-IR (p=,4) quando comparados ao grupo MetSD No grupo MetSHD foi encontrado maior nível de oxidação de proteínas identificados pela AOPP (p=,3) e maiores níveis de metabolitos do NO (p=,4) quando comparados ao grupo MetSD MetSHD apresentou uma tendência a níveis maiores de atividade da PON quando comparados ao grupo MetSD (p=,6) MetSHD apresentou correlação negativa entre grupo SH e TC (p<,5), e HDL (p<,5); correlação negativa entre TRAP/ ácido úrico e BMI (p<,5), AC (p<,5), insulina (p<,5) MetSHD apresentou correlação negativa entre AOPP e HDL (p<,5); e correlação positiva entre TG (p<,5), insulina (p<,1) e HOMA-IR (p<,1); e também apresentaram correlação positiva entre NOx e HOMA-IR (p=,5) Conclusão: Sugerimos que a hipovitaminose D em mulheres com SM pode ser considerada um fator de risco adicional nessa síndrome, haja vista sua relação com um pior quadro metabólico e oxidativo na população sul brasileira
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    Avaliação do envolvimento da variante 677c>t (rs1801133) do gene mthfr na suscetibilidade e gravidade da doença arterial obstrutiva periférica e sua associação com os níveis séricos de homocisteína em uma população brasileira
    Silvestre, Guilherme da Silva; Simão, Andréa Name Colado [Orientador]; Oliveira, Sayonara Rangel de; Amarante, Marla Karine; Reiche, Edna Maria Vissoci [Coorientadora]
    Resumo: Introdução: A doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) consiste na redução do suprimento sanguíneo para os órgãos e tecidos dos membros inferiores A aterosclerose é responsável pela fisiopatologia da maioria dos casos de DAOP e a hiperhomocisteinemia (HHcy) é um fator de risco, podendo, esta, estar associada à variante 667C>T (rs181133) do gene MTHFR que codifica a enzima 5,1 metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR) Objetivo: Avaliar o envolvimento da variante 677C>T (rs181133) do gene MTHFR na suscetibilidade e gravidade da DAOP, bem como sua associação com os níveis séricos de homocisteína (Hcy) em uma população brasileira Sujeitos e Métodos: Estudo caso-controle com 157 pacientes diagnosticados com DAOP atendidos no Ambulatório de Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular do Hospital Universitário de Londrina (HU), Paraná, Brasil, e 113 indivíduos saudáveis não aparentados (sem DAOP) atendidos no Hemocentro Regional de Londrina, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 7 anos O diagnóstico de DAOP foi confirmado pelo índice tornozelo-braço (ITB) inferior a ,9 A gravidade clínica dos pacientes com DAOP foi avaliada de acordo com a classificação de Fontaine e as categorias anatomorradiológicas pelo Inter-Society Consensus for the Management of Peripheral Arterial Disease (TASC) A genotipagem da variante 677C>T do MTHFR foi realizada pela reação em cadeia da polimerase em tempo real e os níveis de Hcy, vitamina B12 e folato foram determinados por ensaio quimioluminescência em micropartículas Resultados: Os pacientes com DAOP apresentaram maiores níveis de Hcy do que os controles (p<,2) No entanto, os níveis de Hcy não diferiram de acordo com a classificação de Fontaine (p=,257) e de TASC (p=,678) A frequência alélica e genotípica da variante 677C>T do MTHFR não diferiu entre os pacientes com DAOP e controles nos diferentes modelos genéticos avaliados Não houve diferença na gravidade clínica (p=,716 e p=,548) e na extensão anatomorradiológica da doença (p=,61 e p=,544), de acordo com os genótipos avaliados nos modelos dominante e recessivo, respectivamente No entanto, pacientes com DAOP portadores dos genótipos CT+TT (modelo dominante) apresentaram níveis aumentados de Hcy comparados com pacientes portadores do genótipo CC (p=,8), independentemente de fatores confundidores como sexo, etnia, idade, índice de massa corpórea (IMC), níveis de folato e vitamina B12 e dislipidemia Esse dado foi corroborado pelo achado em pacientes com o genótipo TT (modelo recessivo) que também apresentaram níveis superiores de Hcy quando comparados aos genótipos CC+CT, independentemente das mesmas variáveis confundidoras avaliadas Conclusões: A presença do alelo T da variante 677C>T do MTHFR foi associada à HHCy nos pacientes com DAOP, e não no grupo controle Além disso, essa variante genética não foi associada aos diferentes estágios clínicos e anatomorradiológicos da DAOP Nossos dados sugerem uma possível interação entre o alelo T da variante 677C>T do MTHFR e outros fatores genéticos, epigenéticos ou ainda ambientais associados à DAOP na modulação do metabolismo da Hcy nesses pacientes
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    Polimorfismo genético do FOXP3 -3279 C/A (rs3761548) e sua associação com níveis plasmáticos de citocinas, atividade e prognóstico da artrite reumatoide
    Sella, Ana Luísa Berti Guimarães; Simão, Andréa Name Colado [Orientador]; Reiche, Edna Maria Vissoci; Oliveira, Sayonara Rangel de
    Resumo: Introdução Artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crônica multissistêmica, associada à hipertrofia, hiperplasia e angiogênese do tecido sinovial que pode levar a destruição articular Tem sido demonstrado que fatores genéticos, imunológicos e ambientais estão envolvidos em sua etiopatogênese Sabe-se do envolvimento das células T reguladoras (Treg) no mecanismo de tolerância imunológica e desencadeamento da resposta inflamatória na AR Tais células expressam, em sua superfície, o fator de transcrição forkhead box proteína 3 (Foxp3) Esta proteína é codificada pelo gene FOXP3 e atua como ativador transcricional para outros genes O polimorfismo do FOXP3 -3279 C/A pode alterar a expressão desta proteína, sendo associada à susceptibilidade a diversas doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico, doença de Graves, doença de Crohn, psoríase e AR Objetivo Avaliar a associação entre a variante genética do FOXP3 -3279 C>A (rs3761548) e a susceptibilidade à AR, prognóstico e atividade de doença, bem como níveis plasmáticos de citocinas Sujeitos e Métodos Foram recrutados 251 pacientes com AR diagnosticada de acordo com os critérios do Colégio Americano de Reumatologia e 183 indivíduos saudáveis O DNA genômico foi extraído de leucócitos para a análise do polimorfismo do FOXP3 -3279 C/A (rs3761548) e amplificado pela técnica de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) Após amplificação de uma sequencia de 155 pares de bases do gene FOXP3, a mesma foi submetida à digestão com a enzima de restrição PstIOs produtos da digestão foram analisados pela metodologia de Polimorfismos no Comprimento dos Fragmentos de Restrição (RFLP,) utilizando gel de poliacrilamida (1%) e corados com nitrato de prata O alelo C foi definido com fragmentos de 8 e 75 pb, enquanto que o alelo A não sofre clivagem permanecendo com 155pb Os níveis séricos de anticorpo anti-peptídeo citulinado cíclico (anti-CCP) foram determinados por quimioluminescência em micropartículas, e os níveis de fator reumatoide e proteína C reativa foram determinados por imunoturbidimetria Os níveis plasmáticos das citocinas IL-1, IL-17A, fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) e do fator transformador do crescimento beta (TGF-ß) foram avaliados por imunofluorimetria utilizando a plataforma Luminex® Atividade de doença foi avaliada pelo escore DAS 28-VHS (Disease Activity Score) que avalia 28 articulações e utiliza a velocidade de hemosedimentação (VHS) como proteína de fase de aguda Foi considerada doença em atividade quando DAS 28-VHS >2,6 Resultados Pacientes com AR apresentaram aumento dos níveis de TNF-a (p=,21) e IL-1 (p< ,1) e diminuição dos níveis de TGF-ß, quando comparados ao grupo controle O genótipo CC (no modelo dominante) foi associado à diminuição de TGF-ß em pacientes portadores de AR (p=,27), mas não nos controles, independente do sexo e etnia Além disso, pacientes portadores do alelo C, em homozigose ou heterozigose, demonstraram maior frequência de pacientes com doença em atividade (p=,42) quando comparado ao grupo em homozigose para o alelo A Conclusão Este trabalho demonstrou que o polimorfismo -3279 C/A (rs3761548) não foi significativamente associado com susceptibilidade à AR na população do sul do Brasil Entretanto, pacientes com AR e com a presença do alelo C, em homozigose ou heterozigose, apresentaram níveis plasmáticos reduzidos de TGF-ß e maior frequência de pacientes com doença em atividade, sugerindo um possível papel deletério do alelo C na fisiopatologia da doença
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    Caracterização de Staphylococcus aureus isolados da mucosa nasal de profissionais e estudantes de um hospital universitário
    Danelli, Tiago; Yamada-Ogatta, Sueli Fumie [Orientador]; Vespero, Eliana Carolina; Lopes, Gilselena Kerbauy; Perugini, Marcia Regina Eches [Coorientadora]
    Resumo: Staphylococcus aureus é um dos principais patógenos relacionados a infecções hospitalares e está associado à alta morbidade e mortalidade A colonização nasal persistente por este microrganismo pode aumentar o risco de infecções subsequentes A colonização por S aureus entre profissionais e estudantes da saúde pode ser a fonte para a transmissão e disseminação deste microrganismo nos serviços de saúde O objetivo deste estudo foi avaliar a colonização por S aureus isolados da mucosa nasal de profissionais e estudantes de saúde de um hospital universitário De cada participante, de dezembro de 217 a maio de 218, uma amostra nasal foi coletada e processada para identificação de S aureus de acordo com os métodos fenotípicos padrão e PCR multiplex visando o gene nuc Os S aureus isolados foram caracterizados quanto ao perfil de sensibilidade antimicrobiana in vitro e presença do gene que codificante da resistência a meticilina (mecA) e quatro fatores de virulência (coa, icaA, tst, lukS-PV e lukF-PV) Os isolados MRSA também foram caracterizados de acordo com a sensibilidade a oxacilina/cefoxitina, tipos SCCmec e REP-PCR Análises descritivas e de regressão logística binária foram realizadas para determinar a razão de chances para a colonização nasal por S aureus e MRSA Dos 324 voluntários, 42,9% (139) estavam colonizados por S aureus, dentre os quais a colonização foi mais frequente em estudantes do sexo masculino (p = ,1) Entre os genes que codificam fatores de virulência, coa (coagulase) foi encontrado em 1% (139/139) dos isolados, seguido por icaA (biofilme) em 97,8% (136/139), tst (toxina da síndrome do choque tóxico-1) em 15,8% (22/139) e lukS-PV e lukF-PV (leucocidina de Panton-Valentine) em 6,5% (9/139) Todos os isolados foram sensíveis a vancomicina e a maior taxa de resistência foi observada para a penicilina (9,6%) De acordo com a presença do gene mecA, 28,8% (4/139) dos isolados foram classificados como MRSA, destes 45,% (18/4) foram sensíveis a meticilina por ambos os métodos fenotípicos testados, sendo classificados como oxacilina-sensível mecA-positivo (OS-MRSA) De acordo com a tipagem SCCmec, todos os isolados MRSA foram classificados em seis tipos, sendo o mais frequente o tipo I, 62,5% (25/4), seguido do tipo IV, 22,5% (9/4), os tipos II, III, VI e VI foram identificados em 2,5% (1/4) cada e 5,% (2/4) foram classificados como não tipáveis Na análise da similaridade genética, 82,5% (33/4) das amostras MRSA foram agrupadas em 4 clusters com um mínimo de dois isolados, exibindo alta similaridade Em conclusão, os resultados do presente estudo revelam uma alta frequência de S aureus entre profissionais e estudantes da saúde do hospital estudado É importante enfatizar que os isolados apresentam diferentes perfis de resistência antimicrobiana, incluindo MSSA multirresistente, MRSA e OS-MRSA, e a presença de genes codificadores de virulência Ambos os grupos podem representar uma fonte potencial para o surgimento de S aureus altamente adaptado ao ambiente hospitalar Técnicas apropriadas devem ser empregadas para a identificação da resistência a meticilina em S aureus Esses dados destacam a importância do monitoramento contínuo da colonização nasal por S aureus na comunidade hospitalar
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    Associação de variantes do gene IL36G com a susceptibilidade, acometimento articular e gravidade da psoríase
    Moreira, Cássio Rafael; Simão, Andréa Name Colado [Orientador]; Reiche, Edna Maria Vissoci; Gon, Airton dos Santos
    Resumo: INTRODUÇÃO: A psoríase (PsO) é uma doença inflamatória crônica relativamente frequente na população que acomete a pele e, potencialmente, as articulações Sua fisiopatologia ainda não é totalmente conhecida, mas é sabido que a interleucina (IL)-36, especialmente a isoforma IL-36?, atua na interação entre a resposta imune inata e adaptativa, com consequente ativação do eixo IL-23/célula T helper 17 (Th17), o qual tem papel de destaque no processo fisiopatogênico da doença Variações genéticas de componentes da resposta inflamatória da PsO podem determinar alterações na susceptibilidade e expressão fenotípica da doença Entretanto, poucos estudos avaliam essas alterações e as variantes genéticas do IL36G, o qual codifica a citocina IL-36? OBJETIVOS: Avaliar as variantes IL36G C>T (rs13392494) na região intrônica e IL36G A>T (rs758449) na região 3’ não transcrita (3’UTR) e a suas associações com a susceptibilidade, acometimento articular e gravidade da PsO SUJEITOS E MÉTODOS: Foi realizado um estudo caso-controle com 38 indivíduos de ambos os sexos, com idade entre 18 a 69 anos, sendo 154 pacientes com PsO atendidos pelo Ambulatório de Dermatologia do Hospital Universitário de Londrina e 154 indivíduos saudáveis, recrutados do Hemocentro Regional de Londrina A gravidade da doença foi avaliada usando o Índice de Área e Gravidade de Psoríase (PASI) As variantes do gene IL36G (rs13392494 e rs758449) foram determinadas por ensaio de discriminação alélica TaqMan pelo sistema de reação em cadeia de polimerase em tempo real (qPCR) RESULTADOS: Não houve associação entre a variante rs13392494 do IL36G e a susceptibilidade à PsO No entanto, a presença do alelo G (modelo dominante) da variante rs758449 do IL36G foi associada à proteção para PsO [odds ratio (OR: ,525, intervalo de confiança (IC) 95%: ,283–,975, p=,41] A combinação haplotípica C/A (modelo recessivo) das variantes rs13392494/rs758449 foi associada a, aproximadamente, 2 vezes mais chance de desenvolver PsO (OR: 1,995, IC 95%: 1,5 – 3,788, p=,35), enquanto o haplótipo C/G (modelo dominante) foi associado à proteção (OR: ,525, IC 95% ,283 – ,975, p=,41) Com relação à gravidade da doença avaliada pelo PASI, houve associação entre a presença do alelo G (modelo dominante) da variante rs758449 e PASI>1 (OR: 2,311, IC 95%: 1,79–4,951, p=,31), assim como associação da mesma variante com a presença de artrite psoriásica (OR: 5,187, IC 95% 1,43–19,182, p=,14) CONCLUSÃO: Estes dados sugerem que a presença do alelo G da variante rs758449 do IL36G está associada a cerca de 48% de proteção para desenvolvimento de PsO; no entanto, este mesmo alelo foi associado a maior gravidade da doença (PASI>1) e a chance de acometimento articular que o alelo A, sugerindo que esta variável genética pode ser utilizada como um biomarcador para predizer gravidade da PsO e acometimento articular