Avaliação dos parâmetros clínicos, antropométricos, metabólicos de estresse oxidativo em mulheres idosas dislipidêmicas
Data
2025-02-27
Autores
Urbano, Laudicéia Soares
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Resumo
INTRODUÇÃO: O envelhecimento populacional, especialmente no Brasil, está associado ao aumento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), destacando-se as doenças cardiovasculares (DCV), como principal causa de mortalidade. Em mulheres pós-menopausa, a queda de estrogênio contribui para maior dislipidemia (DLP) e estresse oxidativo (EO), fatores que elevam o risco cardiovascular. OBJETIVO: Este estudo investigou a interação entre DLP e EO em mulheres idosas, avaliando o impacto dessas condições sobre o risco cardiovascular. METODOLOGIA: Realizou-se um estudo observacional transversal com 104 mulheres idosas (=60 anos), divididas em dois grupos: controle (n=64) e DLP (n=40), conforme os critérios do Programa Nacional de Educação sobre Colesterol - Painel de Tratamento do Adulto III (NCEP-ATP III), 2002. Foram analisados indicadores antropométricos, consumo alimentar, perfil metabólico, índices de risco cardiovascular Castelli I (IC I e II) e biomarcadores de EO. RESULTADOS: Os resultados mostraram diferenças estatisticamente significativas no peso (p=0,032), circunferência da cintura (CC) (p=0,025) e índice de massa corporal (IMC) (p=0,014), refletindo maior adiposidade no grupo com dislipidemia. Biomarcadores metabólicos mostraram níveis elevados de glicose em jejum (p=0,025) e hemoglobina glicada (HbA1c) (p=0,001) no grupo com DLP. O IC II foi significativamente menor no grupo com DLP (p=0,024), possivelmente associado ao uso de terapias hipolipemiantes. Na avaliação do consumo alimentar, observou-se uma ingestão alimentar reduzida de vitamina D no grupo dislipidêmico (p=0,007). Os biomarcadores de EO indicaram uma menor capacidade antioxidante no grupo DLP, refletida pela redução do Potencial Antioxidante Reativo Total/Ácido Úrico (TRAP/AU) (p=0,011) e da glutationa total (p=0,035). CONCLUSÃO: A DLP em mulheres idosas está associada a alterações metabólicas, como elevação da glicemia e HbA1c, aumento do EO e redução da capacidade antioxidante, elevando o risco cardiovascular. Estratégias para controle de peso, perfil lipídico, EO e glicemia são essenciais para reduzir esses riscos.
Descrição
Palavras-chave
Dislipidemia, Idosa, Estresse oxidativo, Doença cardiovascular