02 - Mestrado - Fisiopatologia Clínica e Laboratorial
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Item Efeito da ingestão de curcuminoides nos marcadores metabólicos, inflamatórios, antropométricos e no estresse oxidativo em mulheres com síndrome metabólicaMichalichen, Kelly Cristiane; Venturini, Danielle [Orientador]; Schwarz, Kelin; Amarante, Marla KarineResumo: Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) pode ser entendida como um conjunto de fatores interligados, como a dislipidemia, a hipertensão arterial, a resistência à insulina e a obesidade abdominal que aumentam diretamente o risco de doenças cardiovasculares e Diabetes mellitus tipo 2 Os agentes fitoterápicos, por sua vez, têm sido amplamente investigados por seus efeitos benéficos em doenças metabólicas como a SM, incluindo a ação anti-inflamatória e antioxidante dos curcuminoides Objetivo: Realizar uma revisão sistemática acerca da suplementação de curcumina e seus efeitos sobre diversos parâmetros que caracterizam a SM, bem como, avaliar os efeitos dos curcuminoides sobre os marcadores antropométricos, cardiometabólicos, inflamatórios e de estresse oxidativo (EO/EN) em mulheres com SM Métodos: Realizou-se uma revisão sistemática, com buscas nas seguintes bases de dados: PUBMED (Medline), Web of Science, LILACs, SCOPUS, CINAHL e SciELO, incluindo estudos realizados desde 211 Para a pesquisa, utilizou-se as seguintes palavras chave e seus operadores booleanos: ("metabolic syndrome" or "obesity" or “visceral obesity” or "insulin resistance" or "diabetes" or "cardiovascular disease" or “dyslipidemias” or “inflammation” or “oxidative stress”) AND ("curcumin" or "curcuma longa" or “curcuminoids”) AND ("women" or "Female") Para o artigo original, 48 mulheres com diagnóstico de SM foram alocadas em dois grupos diferentes: 1: grupo controlado com placebo e, 2: grupo curcuminoides (CUR) O grupo CUR (n=17) recebeu 1mg de curcuminoides + 1mg de piperina, enquanto o grupo placebo (n=31) recebeu 1g de amido, com duração de 8 semanas Foram aferidas medidas de pressão arterial, de peso (kg), estatura (cm) e da circunferência da cintura (CC) Marcadores bioquímicos e metabólicos foram determinados no início e após 8 semanas de estudo Para a avaliação do EO foram quantificados parâmetros antioxidantes, como paraoxonase 1 (PON 1), razão capacidade antioxidante total plasmática (TRAP) e ácido úrico, o grupamento sulfidrila (SH), bem como parâmetros oxidantes, tais como óxido nítrico (NOx) e os produtos avançados de oxidação proteica (AOPP) nos dois tempos do estudo Resultados: Para a revisão sistemática foram selecionados 34 artigos que avaliaram o efeito da ingestão de curcumina e/ou curcuminóides nos marcadores da SM; estejam eles associados ou não Todos os estudos eram ensaios clínicos e demonstraram grande variação entre as formulações utilizadas, assim como, na dosagem e tempo de utilização, sendo que oito foram realizados em indivíduos com SM De forma geral, os estudos apresentaram efeitos positivos da curcumina e/ou curcuminóides em diferentes marcadores cardiometabólicos, entretanto discordâncias entre os resultados dos trabalhos, foram observadas Quanto ao artigo original, a suplementação por 8 semanas de curcuminoides + piperina foi capaz de reduzir significativamente a CC (117cm vs 111,5cm; p = ,2), bem como, a glicemia em jejum (118 mg/dL vs 19 mg/dL; p<,5) no grupo CUR, sendo eficiente também na manutenção dos níveis basais da PON 1 e do SH, diferentemente do grupo controle, que apresentou diminuição significativa na atividade do SH (298,86 µM vs 243,72 µM; p = ,6) e PON 1 (174,75 U/mL vs 135,37 U/mL; p = ,2) após as 8 semanas Por outro lado, a creatinina (,73 mg/dL vs ,8 mg/dL; p<,5), albumina (3,6 g/dL vs 3,7 g/dL; p<,5) e a vitamina B12 (388 vs 441; p<,5) demonstraram aumento significativo no grupo CUR, enquanto o folato (12,9 ng/mL vs 1,7 ng/mL; p<,5) e a relação TRAP/ácido úrico (182,89 vs 157,63; p<,5), apresentaram diminuição significativa no grupo CUR Já a pressão arterial diastólica (PAD) (77 mmHg vs 83 mmHg; p<,5) e a pressão arterial sistólica (PAS) (118 mmHg vs 13 mmHg; p<,1) aumentaram significativamente no grupo placebo após as 8 semanas do estudo, ao passo que o grupo placebo apresentou reduções significativas nos valores de hemoglobina glicada (HbA1C) (6,5 % vs 6,3 %; p<,5), proteína total (PT) (7,26 g/dL vs 7,1 g/dL; p<,5) e albumina (3,79 g/dL vs 3,67 g/dL; p<,5) Conclusão: Em conclusão, a revisão sistemática mostrou que a curcumina e/ou curcuminoides podem modular significativamente os diferentes marcadores metabólicos, inflamatórios, antropométricos e de EO em adultos com doenças metabólicas No entanto, esses achados devem ser interpretados com cautela devido à significativa heterogeneidade entre os estudos incluídos Já no artigo original, a suplementação de curcuminoides em mulheres com SM foi capaz de melhorar o risco cardiovascular após 8 semanas de intervenção podendo ser uma alternativa não farmacológica viável para a utilização na dieta desses indivíduosItem Avaliação das variantes dos genes da interleucina-10 (rs1800872) e do fator transformador de crescimento beta-1 (rs1800469) em pacientes com doença inflamatória intestinalGalvão, Talita Cristina; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti [Orientador]; Reiche, Edna Maria Vissoci; Oliveira, Karen Brajão deResumo: Introdução: Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) são doenças crônicas, imunomediadas, que afetam o trato gastrointestinal DII consistem em dois subtipos: Retocolite Ulcerativa (RCU) e doença de Crohn (DC) Acredita-se que as DII se desenvolvam como resultado de interações entre fatores ambientais, microbianos e imunomediados em um hospedeiro geneticamente suscetível No geral, citocinas anti-inflamatórias desempenham um papel na DII incluindo a interleucina 1 (IL-1) e o fator transformador do crescimento ß (TGF-ß) As diferenças na produção de citocinas têm sido associadas a variações genéticas nas regiões gênicas relacionadas à estas citocinas Diferenças individuais na síntese de citocinas poderiam explicar a suscetibilidade à DII e sua heterogeneidade fenotípica Estudos sobre a influência das variantes genéticas de TGFß1 e IL1 na patogênese da DII foram publicados com resultados controversos Objetivo: Avaliar a associação entre DII, RCU e DC e as variantes genéticas TGFB1 -59 C>T (rs18469) e IL1 -592 C>A (rs18872) e examinar a associação entre essas variantes e as citocinas presentes na DII, assim como verificar a associação com a atividade das doenças Sujeitos e Métodos: O estudo incluiu 178 pacientes com DII, 89 com RCU e 89 com DC, de ambos os sexos e com idades entre 18 e 7 anos, recrutados no Ambulatório de Gastroenterologia da Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Sul do Brasil e 171 indivíduos saudáveis A atividade da doença foi estabelecida pelos escores parcial, total e endoscópico MAYO para RCU e Índice de Atividade da Doença de Crohn (CDAI) para DC Após jejum de 12 horas, foram obtidas amostras de sangue venoso Os níveis plasmáticos de TGF-ß1 e IL-1 foram avaliados usando um sistema de detecção baseado em imunofluorometria O DNA foi extraído das células sanguíneas periféricas usando um kit comercial A concentração de DNA foi medida em 26 nm Para genotipar a IL1 -592 C>A, após a amplificação de um fragmento de 154 pb do gene IL1, este foi submetido à digestão com a enzima de restrição RsaI Os produtos de digestão foram analisados de acordo com o polimorfismo de comprimento de fragmento de restrição (RFLP) As variantes TGFB1 -59 C>T foram genotipadas pelo ensaio de discriminação alélica TaqMan no sistema de reação em cadeia da polimerase em tempo real (qPCR) Resultados: Os pacientes com DII não diferiram na idade, sexo, etnia e índice de massa corporal dos controles (p> ,5) Os níveis de IL-1 e TGF-ß1 aumentaram significativamente nas DII em comparação ao grupo controle (p <,1) A variante IL1 -592 C>A não foi associada a pacientes com DII, RCU ou DC O TGFB1 -59 C>T não apresentou diferença significativa na DII, na RCU e na DC e nos pacientes quando comparados aos controles no modelo alélico (p = ,418; p = ,653; p = ,381, respectivamente) O genótipo IL1 CC da variante -592 C>A apresentou maiores níveis plasmáticos de TGF-ß1 (p=,35) Os níveis plasmáticos de IL-1 e TGF-ß1 não diferiram entre os pacientes com RCU (p=,553; p=,51, respectivamente) em relação a remissão da doença avaliada pelo escore total de MAYO Não houve associação entre o escore total de MAYO e IL1 -592 C>A no modelo codominante, dominante ou recessivo em pacientes com RCU [(CC vs CA p=,492; CC vs AA p=,13); (CC vs CA+AA; p=,243), (CC+CA vs AA; p=,127) respectivamente], e no modelo genotípico do TGFB1 -59 C>T [(CC vs CT p=,8; CC vs TT p=,846); (CC vs CT+TT; p=,143), (CC+CT vs TT; p=,693) respectivamente Em relação aos pacientes com DC, os níveis de IL-1 foram maiores em pacientes com Índice Endoscópico de Gravidade da Doença de Crohn (CDEIS) >8 quando comparados com CDEIS =8 (p=,46) Níveis de TGF-ß1 não diferiram entre grupos em relação ao CDEIS (p=362) A variante genética da IL1 e TGFB1 não mostraram diferenças significativas em pacientes com DC em relação ao CDEIS em nenhum modelo de genótipo [(CC vs CA p=891; CC vs AA p=,46); (CC vs CA+AA; p=,922), (CC+CA vs AA; p=,418) respectivamente] e [(CC vs CT p=,472; CC vs TT p=,439); (CC vs CT+TT; p=,44), (CC+CT vs TT; p=566) respectivamente] Conclusão: Pacientes com DII apresentam níveis mais elevados de IL-1 e TGF-ß1, tanto na DC quanto na RCU, quando comparados com os controles O genótipo IL1 CC da variante -592 C>A foi associado a maiores níveis plasmáticos de TGF-ß O genótipo TGFB1 TT da variante -59 C>T foi associado a níveis mais altos de TGF-ß1 em pacientes com RCU A descoberta de novas variantes genéticas associadas às DII pode contribuir para o tratamento personalizado destes pacientesItem Metabólitos do óxido nítrico como marcadores de pior prognóstico no câncer de mama em mulheres com excesso de peso corpóreoFagotti, Pâmella Aparecida Ferreira; Panis, Carolina [Orientador]; Venturini, Danielle; Victorino, Vanessa JacobResumo: Introdução: O câncer de mama é uma doença multifatorial e heterogênea, que pode ser clinicamente dividida em subtipos que, juntamente com fatores de risco da doença, determinam o seu prognóstico Os fatores determinantes da agressividade tumoral, bem como sua relação com as características clínica da doença ainda são pouco conhecidos Objetivos: Avaliar os níveis circulantes de nitrito como estimativa de óxido nítrico (NO•), um importante mediador da resposta inflamatório crônica, e sua correlação com os fatores determinantes da agressividade da doença Materiais e métodos: Este estudo incluiu 61 mulheres com câncer ductal infiltrante (CDI), submetidas a cirurgia de diagnóstico no Hospital do Câncer de Francisco Beltrão A pesquisa foi aprovada pelo Comitê Nacional pela Ética na Pesquisa, sob número CAAE 35524814417 A estimativa dos níveis de NO• foi realizada em amostras de plasma das pacientes pelo método cádmio-cobre revelado com reagente de Griess Os resultados foram analisados através do software GraphPadPrism 7 e SPSS 25 utilizando-se análises de variância ANOVA, teste t de Student e teste de Mann-Whitney considerando-se p=,5 como significantivo Resultados: Os níveis circulantes de NO• nas pacientes tiveram média e desvio padrão de 51,2±2,1µM Observou-se diferença significativa nos níveis de NO• nas pacientes com subtipo Luminal B e com excesso de peso (67,3±1µM, p=,35) em relação aquelas eutróficas (29,1±7,7µM) Sobre os fatores de risco da doença, houve diferença significativa entre: sobrepeso (57,2±4,4µM) e eutróficos (41,9±4,9µM), com p=,5; pós-menopausa eutróficas (39,4±4,9µM) e pós-menopausa com excesso de peso (57,1±5,4µM) com p=,5; tamanho do tumor entre 2 a 5 cm em eutróficas (38,1±4,2µM) e naquelas com excesso de peso (54,7±4,6µM, p=,5) Conclusão: Os dados obtidos permitem concluir que há uma diferença na concentração de NO• plasmático e que a mesma se correlaciona com certos subtipos moleculares e fatores de risco das pacientes, relacionados ao mau prognóstico da doençaItem Associação do polimorfismo genético do fator de necrose tumoral beta +252 G>A (rs909253) com a presença de autoanticorpos em pacientes com artrite reumatoideMedeiros, Fabiano Aparecido de; Simão, Andréa Name Colado [Orientador]; Almeida, Elaine Regina Delicato de; Breganó, José Wander; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti [Coorientador]Resumo: Introdução: A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune potencialmente incapacitante, cujo desenvolvimento tem sido associado à exposição a certos fatores ambientais em indivíduos geneticamente predispostos O fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) é a principal citocina envolvida na fisiopatologia da AR, induzindo a inflamação sinovial e sistêmica O fator de necrose tumoral beta (TNF-ß) é reconhecido basicamente pelos mesmos receptores que o TNF-a, e dessa forma eles apresentam efeitos similares O TNF-ß é homólogo ao TNF-a, e estudos demonstram que o polimorfismo genético do TNF-ß (rs99253) pode estar relacionado a alterações na expressão do TNF-a, com consequente aumento na produção de sua citocina Estudos indicam que o polimorfismo TNF-ß +252 G>A está associado a um maior risco de desenvolvimento de diversas doenças autoimunes, entre elas AR Objetivo: O presente estudo verificou a associação entre o polimorfismo do TNF-ß +252 G>A com a susceptibilidade à AR e a presença dos biomarcadores de diagnóstico e prognóstico, fator reumatoide (FR) e anticorpo anti-peptídeo citrulinado cíclico (anti-CCP), assim como com os níveis séricos TNF-a Métodos: Esse é estudo caso-controle, incluindo 261 pacientes com AR e 297 controles, todos da mesma região geográfica O diagnóstico de AR foi realizado de acordo com os critérios do Colégio Americano de Reumatismo/Liga Europeia de Reumatologia, de 21 A atividade da doença foi avaliada pelo disease activity score in 28 joints, utilizando a proteína C reativa (PCR) ou a velocidade de hemossimentação (VHS) O polimorfismo genético do TNF-ß foi determinado pela reação em cadeia da polimerase e polimorfismo do comprimento dos fragmentos de restrição (PCR-RFLP) com identificação de três genótipos: B1/B1, B1/B2 e B2/B2 Foram avaliados os seguintes marcadores inflamatórios: contagem de leucócitos totais, VHS, níveis séricos de ferritina, PCR, FR, anti-CCP, e os níveis plásmaticos de TNF-a e o seus receptores 1 (TNFR1) e receptores 2 (TNFR2) Resultados: Entre os pacientes, 42,1% apresentaram o alelo B2/B2, 47,9% B1/B2 e 1,% B1/B1, resultando em uma frequência alélica de 66,% para o alelo B2 e 34,% para o alelo B1 Não foi observada diferença significativa na frequência alélica e na distribuição genotípica entre os grupos no modelo aditivo, assim como no modelo dominante (p>,5) Pacientes com o alelo B1 demonstraram aumento em 4,23 vezes a presença do FR (p=,2) e 8,13 vezes para o anti-CCP (p=,1), independentemente dos dados demográficos, clínicos e inflamatórios Os pacientes que apresentaram o alelo B1, apresentaram maiores níveis de TNF-a e estes estavam associados com positividade do FR, anti-CCP ou ambos (p=,4, p=,11 e p=,38, respectivamente) Porém, pacientes com alelo B2 em homozigose, a presença desses anticorpos não alteraram os níveis de TNF-a (p>,5) Os receptores sTNFR1 e sTNFR2 não diferiram de acordo com os genótipos (p>,5) e enm com a presença de autoanticorpos Para verificar quais parâmetros poderiam influenciar os níveis de TNF-a e a presença de autoanticorpos de acordo com o genótipos, foram realizadas três modelos de regressão linear (tipos stepwise) de acordo com os genótipos O primeiro modelo de regressão foi realizado em pacientes com a presença de FR, foi demostrado que em pacientes com o genótipo B2/B2, 2,4% da variação dos níveis de TNF-a podem ser explicados pelo DAS28-PCR Já no genótipo B1/B1+B1/B2 37,2% da variação dos níves de TNF-a podem ser explicados pelos níveis de sTNFR1 e pela presença de FR O segundo modelo de regressão foi realizado para pacientes com de anti-CCP, foi demostrado que em pacientes com o genótipo B2/B2, 21,2% da variação dos níveis de TNF-a podem ser explicados pelo DAS28-PCR Já com o genótipo B1/B1+B2/B2, 39,7% da variação dos níves de TNF-a podem ser explicados pelos níveis de sTNFR1 e pela presença de anti-CCP O terceiro modelo de regressão foi realizado em pacientes com a presença de FR e anti-CCP, foi demostrado que em pacientes com o genótipo B2/B2, 21,2% da variação dos níveis de TNF-a podem ser explicados pelo DAS28-PCR Já com o genótipo B1/B1+B2/B2, 42,8% da variação dos níves de TNF-a podem ser explicados pelos níveis de sTNFR1 e pela presença de FR e/ ou anti-CCP Conclusão: Nossos resultados indicam que o polimorfismo TNF-ß +252 G>A não está associado com a susceptibilidade à AR e níveis de TNF-a, mas sim com a presença ou níveis de autoanticorpos Além disso, a presença do FR, anti-CCP ou ambos podem modular os níveis plasmáticos de TNF-a apenas em pacientes com o alelo B1, independentemente da atividade da doençaItem Avaliação das moléculas de adesão celular em pacientes com câncer de próstata : associação com a presença de metástases e estratificação de riscoBonacini, Ana Gabriela da Silva; Cecchini, Rubens [Orientador]; Reiche, Edna Maria Vissoci; Oliveira, Sayonara Rangel de; Simão, Andréa Name Colado [Coorientadora]Resumo: Introdução: O câncer de próstata (CaP) é a doença prostática mais frequente em homens idosos A metástase é o culminar de uma série de etapas que englobam a quimiotaxia celular, adesão celular e crescimento seletivo do tumor As moléculas de adesão celular (MACs) são uma rede complexa de moléculas que medeiam as interações célula-célula e célula-matriz e desempenham um papel crucial no processo de metástase A expressão anormal do Inibidor do Ativador do Plasminogênio tipo-1 (PAI-1) é encontrada em muitas doenças e está intimamente relacionado ao câncer Objetivo: Determinar o perfil de MACs e PAI-1 e associá-los à presença de metástase e aos diferentes graus de risco para metástase em pacientes com CaP Sujeitos e Métodos: Este é um estudo caso-controle prospectivo que avaliou 213 homens, com idade entre 3 e 9 anos, dos quais 149 eram pacientes com CaP diagnosticados na Clínica de Uro-Oncologia do Hospital do Câncer de Londrina e 64 voluntários saudáveis (grupo controle) Primeiramente, o grupo CaP foi subdividido em dois grupos: sem metástase (Met-, n=18) e com metástase (Met+, n=41) Posteriormente, o grupo CaP foi novamente subdividido de acordo com a estratificação de risco para metástase seguindo as diretrizes do National Comprehensive Cancer Network (NCCN): Grupo A: muito baixo e baixo risco (n=28); Grupo B: risco intermediário favorável e desfavorável (n=41); Grupo C: alto e muito alto risco (n=77) Os dados antropométricos e clínicos foram obtidos de acordo com uma ficha de coleta de dados previamente padronizada para este estudo Foram avaliados o número de leucócitos totais e plaquetas no sangue periférico, a velocidade de sedimentação de eritrócitos (VHS), a dosagem sérica de proteína C-reativa (PCR), e as concentrações plasmáticas da molécula de adesão celular endotelial plaquetária-1 (PECAM-1), molécula de adesão celular vascular-1 (VCAM-1), molécula de adesão intercelular-1 (ICAM-1), E-selectina, P-selectina e PAI-1 A Síndrome Metabólica (SM) foi definida seguindo os critérios do Painel de Tratamento de Adultos III (ATP III) Resultados: Os pacientes com CaP Met+ foi diferenciado dos controles pelo aumento do VHS (p=,37; OR:1,26; IC 95%:1,14-1,566) e diminuição da PECAM-1 (p=,29; OR:1,; IC 95%: ,999-1,) e do PAI-1 (p=,2; OR:1,; IC 95%:1,-1,) Os pacientes com CaP Met+ diferem dos com CaP Met- pelo aumento do VHS (p=,8; OR:,96; IC 95%:,842-,975) e diminuição da VCAM-1 (p=,43; OR:1,; IC 95%: 1,-1,) Os níveis de P-selectina (p= ,31; OR: 1,; IC 95%: 1,-1,) e PAI-1 (p=,17; OR: 1,; IC 95%: 1,-1,) estavam reduzidos no grupo CaP Met- quando comparado ao grupo controle Os resultados foram ajustados pela idade, VHS, tamanho da próstata e presença de SM Pacientes classificados como de alto risco para metástase apresentaram níveis mais elevados de VHS quando comparados àqueles com baixo risco (p=,17; OR: 1,75; IC 95%: 1,13-1,14) e risco intermediário (p=,1; OR: ,935; IC 95%: ,897-,974) Os níveis de PECAM-1 no grupo de alto risco para metástase foram menores do que o obtido em pacientes com risco intermediário (p=,39; OR: 1,; IC 95%: 1,-1,) Esses resultados foram ajustados pela idade e VHS Conclusão: Nossos dados demonstraram que PECAM-1, P-selectina e PAI-1 têm um papel importante na fisiopatologia do CaP, mas somente a VCAM-1 pode predizer a presença de metástase independentemente da idade, tamanho da próstata, presença de SM e da inflamação No entanto, somente a PECAM-1 pôde diferenciar pacientes de alto risco para metástase daqueles de risco intermediário, independentemente da idade e do processo inflamatórioItem Staphylococcus aureus isolados de pneumonia e bacteremia em um hospital terciário do sul do Brasil : resistência aos antimicrobianos, fatores de virulência e clonalidadeDuarte, Felipe Crepaldi; Perugini, Marcia Regina Eches [Orientador]; Vespero, Eliana Carolina; Tognim, Maria Cristina Bronharo; Ogatta, Sueli Fumie Yamada [Coorientadora]Resumo: Staphylococcus aureus é um microrganismo versátil que causa grande diversidade de infecções, acomentendo tecidos superficiais ou ocasionando síndromes invasivas, como pneumonias e bacteremias Esse trabalho teve como objetivos analisar a resistência, virulência e as relações epidemiológicas e genéticas de Staphylococcus aures,oriundos de sangue e secreção traqueal, em um hospital terciário do sul do Brasil A identificação dos microganismo, bem como a determinação do perfil de resistência aos antimicrobianos, foi realizada por metodologia manual, de acordo com o CLSI, 218, e automatizada utilizando ossistemasVitek®2 (bioMeriéux-USA), Phoenix® (Becton, Dickinson) e Microscan® (Siemens- Califórnia) A concentração inibitória mímina de vancomicina foi deterinada por fitas de e-test®(bioMeriéux-USA) O DNA total dos isolados, extraido por protocolo enzimático, foi utilizado para pesquisa dos genes mecA, icaA, pvl e tsst, além da análise dos Complexos Clonais e Sequence Typing Foi realizado, para um isolado, sequenciamento genômico total utilizando a plataforma Miseq® (Illumina) Foram avaliados 72 isolados de S aureus provenientes de bacteremia entre os anos de 21-215 Observou-se que, para os antimicrobianos ciprofloxacina, eritromicina, oxacilina e clindamicina houve aumento no percentual de isolados resistentes, com tendência de elevaçãoEnquanto para gentamicina, rifampicina, tetraciclina e sulfametoxazol-trimetoprima houve queda nos percentuais O periodo de avaliação para vancomicina foi de cinco anos (211-215), mostrando elevação nas concentrações inibitórias mínimas Para os anos de 215-216, 15 isolados de S aureus oriundos de sangue e secreção traqueal foram avaliados Verificou-se que 81,9 % dos isolados foram positivos para o gene mecA Na amplificação dos tipos SCCmec o tipo II foi detectado como prevalente, sendo positivo em 61,67%, 23,33% pertenciam ao tipo IV, 13,33% foram do tipo I e apenas uma amostra, 1,67%, continha o tipo III Verificou-se ainda, a presença de 3 Sequence Type e 18 Complexos Clonais, sendo que os mais frequentes foram ST63 (12,16%), ST6 (8,1%) e ST5, 36 e 835 (6,8%) Quanto aos CC os mais prevalentes foram os CC5 (5%), CC7 e CC445 (6,8%) Ao analisar os fatores de virulência percebeu-se que 87,8% das amostras continham o operon icaA, 16,2% apresentaram o operon pvl e 14,9 o tsst Conclui-se que a maioria dos isolados apresentava, como fator de virulência, o operon icaA, eram portadores do gene mecA e pertenciam ao SCCmec tipo II, ST63 e CC5 Quanto ao perfil de sensibilidade aos antimicrobinos houve tendência de elevação no perfil de resistência para oxacilina, ciprofloxacina, clindamicina e eritromicina e tendência e queda para gentamicina, rifampicina e sulfametaxol-trimetoprima Quanto a vancomicina houve tendência de elevação na concentração inibitórima mínina Avaliando o sequênciamento do genoma foi encontrado mutação no gene mecA, bem como o gene femXABItem Caracterização de beta-lactamases de espectro estendido em enterobactérias, isoladas de urina, de pacientes da comunidade, no município de LondrinaDias, Juliana Buck; Vespero, Eliana Carolina [Orientador]; Perugini, Marcia Regina Eches; Kobayashi, Renata Katsuko TakayamaResumo: A prevalência dos uropatógenos nas infecções do trato urinário (ITU) isoladas, na comunidade e seu perfil de susceptibilidade são essenciais na determinação da terapia empírica apropriada. No entanto, dados epidemiológicos dessas infecções na comunidade ainda são limitados. O objetivo deste trabalho foi caracterizar as β-Lactamases de espectro estendido (ESBL) de enterobactérias isoladas de uroculturas, de pacientes das Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Prontos Atendimentos de Londrina, realizadas pelo Laboratório Central (CentroLab) da Prefeitura de Londrina-Paraná, no período de junho 2016 a maio 2017. De 56.555 uroculturas realizadas, 8.275 (14,6%) foram positivas pelo sistema automatizado Vitek@2 (bioMérieux, Marcyl’Etoile, França), sendo que 7.189 (86,9%) microrganismos foram da família Enterobacteriaceae, destes 488 (6,7%) foram produtores de ESBL. Os microrganismos mais frequentes foram Escherichia coli, sendo isolados em 5.761 (69,8%), seguido de Klebsiella pneumoniae com 688 (8,3%) e Proteus mirabilis com 334 (4,0%). Em que 329 (5,7%) isolados de E.coli e 159 (24,2%) isolados de K. pneumoniae foram produtores de ESBL. Dos isolados de ESBL, 368 (75,3%) eram amostras de mulheres, das quais 270 (55,3%) tinham mais de 65 anos. A idade e sexo feminino foram fatores de risco para aquisição de ITU por E.coli e/ou K. pneumoniae produtoras de ESBL. Foi realizado teste confirmatório para ESBL em ágar ChromID® ESBL e Duplo Disco Sinergismo (DDS). Das 329 amostras de E.coli, o gene blaCTX-M foi encontrado em 275 isolados, individualmente ou em associações, os quais predominaram os grupos blaCTX-M1 em 179 (54,4%) dos isolados, seguido de blaCTX-M9 em 81 (24,6%). Os genes blaSHV e blaTEM ocorreram em 94 (28,5%) e 81 (24,6%) isolados, respectivamente. Dentre os 159 isolados de K. pneumoniae foram detectados gene bla em 141 (88,6%) dos isolados, em que 27 (16,9%) dos isolados de K. pneumoniae produtores de ESBL apresentavam os três genes blaCTX-M, blaSHV e blaTEM, simultaneamente. O gene blaCTX-M foi predominante, esteve presente em 132 (83,0%) dos isolados, em que blaCTX-M1 apresentou prevalência de 90 (56,6%), enquanto que blaTEM e blaSHV foram detectados em 58 (36,4%) e 37 (23,2%) dos isolados, respectivamente. Este estudo descreveu a prevalência de ESBL entre isolados de E. coli e K. pneumoniae em uroculturas na comunidade. Demostrando, assim, a necessidade de estabelecer sistemas de monitoramento locais e nacionais da resistência antimicrobiana no Brasil para fornecer dados às diretrizes de tratamento de ITU na comunidade.Item Associação entre o fator de necrose tumoral alfa e seus receptores solúveis com o diagnóstico de esclerose múltipla, incapacidade, progressão e formas clínicasRibeiro, Claudia Mara; Reiche, Edna Maria Vissoci [Orientador]; Simão, Andréa Name Colado; Oliveira, Carlos Eduardo Coral de; Oliveira, Sayonara Rangel [Coorientadora]Resumo: Introdução: A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória crônica desmielinizante, neurodegenerativa do sistema nervoso central e mediada pela resposta imune Sua etiologia é multifatorial e envolve a interação entre fatores genéticos, hormonais, ambientais e epigenéticos Diferentes mecanismos lesivos estão envolvidos na fisiopatologia da EM como a desregulação da resposta imune inata e adaptativa, estresse oxidativo, alterações metabólicas e disfunção mitocondrial Estes diferentes mecanismos podem explicar a heterogeneidade da doença quanto aos sintomas e formas clínicas, incapacidade, progressão da doença e resposta terapêutica apresentadas pelos pacientes acometidos O fator de necrose tumoral (TNF)-a e seus receptores estão entre os possíveis mediadores desta heterogeneidade Estudos que avaliam a associação entre o TNF-a e as formas solúveis de seus receptores sTNFR1 e sTNFR2 com as características clínicas e laboratoriais da EM em diferentes populações mundiais apresentam resultados conflitantes Objetivos: O objetivo do presente estudo foi avaliar se os níveis plasmáticos de TNF-a e dos seus receptores estão associados ao diagnóstico de EM, a incapacidade, progressão da doença e formas clínicas Métodos: Foram avaliados 168 pacientes com EM de ambos os sexos, com idade entre 18 a 7 anos atendidos no Ambulatório de Doenças Desmielinizantes do Ambulatório de Especialidades do Hospital Universitário de Londrina e 7 indivíduos saudáveis, selecionados entre doadores de sangue do Hemocentro Regional de Londrina e da população em geral Os pacientes foram classificados em EM remitente-recorrente (EMRR) e EM progressiva, que compreende as formas EM primária progressiva e EM secundária progressiva A incapacidade foi avaliada pela Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS) e categorizada como leve (EDSS <3,) ou moderada/alta (EDSS=3,) A progressão da doença foi avaliada utilizando a escala Multiple Sclerosis Severity Score (MSSS) e foi considerada progressão quando MSSS =5, Os dados sociodemográficos, antropométricos, epidemiológicos e clínicos foram obtidos utilizando um questionário padronizado Amostras do sangue periférico foram coletadas para determinação dos níveis plasmáticos do TNF-a e dos receptores solúveis sTNFR1 e sTNFR2 por imunofluorimetria Resultados: A forma EMRR foi diagnosticada em 147 (87,5%) pacientes e as formas clínicas progressivas em 21 (12,5%) pacientes, incluindo 4 (2,4%) com EM primária progressiva (EMPP) e 17 (1,1%) com EM secundária progressive (EMSP) O diagnóstico de EM apresentou um efeito de 44,6% nos níveis de TNF-a e 12,3% nos níveis de sTNFR2 As variáveis idade (P<,1) e os níveis plasmáticos de sTNFR1 (P=,7) foram associadas positivamente com incapacidade moderada/grave Além disso, sTNFR1 (P=,2) e idade (P=,28) foram positivamente associados com a progressão da doença Quanto às formas clínicas, a idade (P<,1), o sexo masculino (P=,29) e sTFNR1 (P=,49) foram associados positivamente, enquanto o sTNFR2 (P=,45) foi associado negativamente com formas clínicas progressivas da EM Além disso, um novo escore proposto refletindo a relação sTNFR1/sTNFR2 mostrou uma associação significativa e positiva com as formas clínicas progressivas da EM após ajuste para idade e sexo Conclusão: Os resultados mostraram que o TNF-a e as formas solúveis de seus receptores sTNFR1 e sTNFR2 estão envolvidos na patogênese da EM; enquanto os níveis de sTNFR1 foram associados com incapacidade, progressão da doença e formas clínicas mais progressivas, níveis elevados observados de sTNFR2 nos pacientes podem ser uma resposta compensatória exercendo um efeito protetor na modulação dos mecanismos imunopatológicos da EMItem Análise dos polimorfismos genéticos nos genes CCR5 (rs333) e CXCL12 (rs1801157) : associação com neuroblastoma pediátricoVieira Filho, Daniel Rubens Marques; Watanabe, Maria Angelica Ehara [Orientador]; Venturini, Danielle; Amarante, Marla Karine; Guembarovski, Roberta Losi [Coorientadora]Resumo: O câncer infantojuvenil corresponde à um grupo heterogêneo de doenças, apresentando características próprias tanto em relação à sua histologia quanto ao seu comportamento clínico Dentre estas doenças, estão os tumores embrionários como os retinoblastomas, neuroblastomas e nefroblastomas, os quais são responsáveis por cerca de 2% de todos os tumores que acometem crianças e adolescentes O neuroblastoma (NB) é uma neoplasia infantil heterogênea e particularmente maligna em seus estágios mais avançados, com propensão a formar metástase em órgãos selecionados e para os quais ainda não há tratamento eficaz disponível além da cirurgia Evidências recentes indicam que as quimiocinas e seus receptores apresentam envolvimento como mediadores de neuroinflamação e têm papel neurofisiológico Sabe-se que polimorfismos genéticos podem modificar funcionalmente ou quantitativamente um produto gênico, podendo estar associados ao desenvolvimento de diversos tumores malignos Portanto, os objetivos do presente trabalho foram avaliar a possível influência de polimorfismos nos genes CCR5 e CXCL12 no NB, como possíveis candidatos a marcadores de suscetibilidade e prognóstico para esta doença Foram selecionados 28 pacientes com diagnóstico de NB e 14 crianças livres de neoplasia e as amostras foram genotipadas por reação em cadeia da polimerase (PCR) para o polimorfismo rs333 do gene CCR5 e por PCR seguida da análise do comprimento do fragmento de restrição para o polimorfismo do gene CXCL12 Em seguida, foi verificado se estas variantes alélicas estavam associadas ao NB Para os portadores do polimorfismo rs333 (delta32) verificou-se diferença significativa (p = ,4) e para CXCL12 houve diferença estatisticamente significante para o genótipo em homozigose 3'A/3'A (p = ,1) e portador do alelo (p = ,1) em relação à suscetibilidade nos pacientes com NB A influência das variantes polimórficas em relação aos parâmetros prognósticos do NB não mostrou resultados significativos para os dois genes: CCR5- comprometimento de linfonodos e / ou metástases (p = ,82), estadiamento tumoral (p = ,86) e óbito (p = ,66); CXCL12 comprometimento de linfonodos e/ou metástase (p = ,23) estadiamento tumoral (p = ,34) e óbito (p = ,14) No presente estudo foi verificado que os polimorfismos CCR5 (rs333) e CXCL12 (rs181157) estão associados à suscetibilidade ao NB e merecem atenção em investigações futuras envolvendo um maior número amostralItem Efeito do consumo de uma mistura de probióticos no estresse oxidativo / nitrosativo, nos parâmetros inflamatórios e na atividade da doença em pacientes com artrite reumatoide : um estudo randomizado, duplo cego e placebo controladoCannarella, Ligia Aparecida Trintin; Simão, Andréa Name Colado [Orientador]; Oliveira, Sayonara Rangel de; Mari, Naiara LourençoResumo: INTRODUÇÃO: A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória sistêmica, autoimune, marcada pela infiltração da membrana sinovial em múltiplas articulações com células T, células B e monócitos; pela produção de autoanticorpos e inflamação crônica A disbiose intestinal tem sido relacionada com o desenvolvimento da AR, visto que a microbiota intestinal molda tanto a resposta imune inata, como a adaptativa, reduzindo a inflamação causada pela doença através da indução da formação de células T reguladoras e diminuição das respostas Th1 e Th17 A restauração da microbiota intestinal através da administração de probióticos, pode ser mais uma forma de modular o processo e a progressão da AR OBJETIVO: Avaliar o efeito da suplementação de probióticos em parâmetros inflamatórios, no estresse/nitrosativo e na atividade da doença em pacientes com AR após 6 dias de tratamento SUJEITOS E MÉTODOS: Foram selecionados 42 pacientes com AR de ambos os sexos com idade entre 27 a 8 anos atendidos pelo ambulatório de Reumatologia do Hospital Universitário de Londrina Após a randomização, os pacientes foram divididos em dois grupos que consumiram diariamente por 6 dias, um dos compostos: Grupo Probiótico (n=21), pacientes que consumiram diariamente suplemento probiótico contendo 5 cepas, Lactobacillus acidophilus LA-14 (19 UFC/g), Lactobacillus casei LC-11 (19 UFC/g), Lactococus lactis LL-23 (19 UFC/g), Bifidobacterium lactis BL-4 (19 UFC/g) e Bifidobacterium bifidum BB-6 (19 UFC/g); Grupo Placebo (n=21), pacientes que ingeriram suplemento de maltodextrina A atividade da doença foi determinada pelo escores Disease Activity Score 28 (DAS-28) A contagem de leucócitos totais foi realizada por citometria de fluxo Os níveis séricos de Proteína C reativa ultrassensível (PCRus) foram determinados por turbidimetria enquanto os de ferritina foram avaliados por quimioluminescência em micropartículas A velocidade de hemossedimentação (VHS) foi determinada por automação Os níveis plasmáticos de interleucina 6 (IL-6), fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) e adiponectina foram determinados por imunofluorimetria utilizando a plataforma Luminex® Os níveis plasmáticos de hidroperóxidos lipídicos (LOOH) e a capacidade antioxidante total plasmática avaliada pelo TRAP (Total radical-trapping antioxidant parameter) foram determinados por quimioluminescência, enquanto os níves de proteínas carbonílicas (PC), metabólitos de óxido nítrico (NOx) e grupamentos sulfidrila (SH) foram avaliados por espectrofotometria RESULTADOS: O grupo probiótico apresentou redução na contagem de leucócitos totais (p=12) e nos níveis de TNF-a (p=4), e IL-6 (p=39) Os grupos não diferiram quanto aos níveis de IL-1, adiponectina, PCRus, VHS, ferritina e DAS-28 Na avaliação do estresse oxidativo/nitrosativo, o grupo probiótico apresentou aumento do TRAP (p=19), de SH (p=28) e diminuição dos níveis de NOx (p=4) Não houve diferença entre os grupos quanto aos níveis de LOOH e PC CONCLUSÃO: O consumo da mistura de probióticos por 6 dias foi capaz de diminuir o processo inflamatório e os níveis de metabólitos de óxido nítrico assim como também melhorar as defesas antioxidantes dos pacientes com AR após 6 dias de tratamento No entanto, essas alterações não se refletiram na redução da atividade da doença talvez devido ao curto período do estudo Mais estudos são necessários para investigar o potencial efeito dos probióticos na redução da atividade da ARItem Treinamento resistido : efeito sobre parâmetros metabólicos, inflamatório e de estresse oxidativo em mulheres idosasArceni, Beatriz Suellen; Venturini, Danielle [Orientador]; Amarante, Marla Karine; Rangel, SayonaraResumo: Introdução: O envelhecimento é um processo inerente a todos os seres humanos, durante esse processo ocorre perda de massa muscular esquelética e aumento na adiposidade corporal, além de aumento de gordura visceral Os idosos geralmente apresentam uma taxa metabólica diminuída em virtude da queda da massa magra, e essa característica pode incidir no aumento da gordura corporal Síndrome Metabólica (SM) é uma das doenças que comumente acomete os idosos e se caracteriza como um transtorno com alterações como a hipertensão arterial, resistencia a insulina e obesidade que ocorrem simultaneamente O Treinamento resistido (TR) é um dos principais tipos de treinamento para diferentes populações po gerar importantes adaptações neuromusculares, morfológicas, metabólicas, fisiológicas que podem ter ampla aplicação Estresse oxidativo/nitrosativo (EO/EN) é estabelecido como uma desordem das funções moleculares e celulares, acarretada por um desequilíbrio entre a produção de especies reativas de oxigênio (ERO) e nitrogenio (ERN) e a capacidade de produção de antioxidantes do organismo Poucos estudos verificaram a influencia do TR sobre parâmetros bioquímicos como a glicose e perfil lipidiso, inflamatório como a proteina C reativa (PCR) e de EO em idosas Objetivos: Verificar a influência do TR por 24 semanas sobre marcadores bioquímicos, inflamatórios e do estado redox na população estudada Metodologia: Para o estudo, 38 idosas realizaram um programa de TR por 24 semanas, antes e após o TR foram feitas análises antropométricas do indice de massa corporal (IMC), pressão arterial sistólica e diastólica (PAS e PAD) e o peso, análises bioquímicas de glicose e perfil lipídico: triglicerideos (TRIG), colesterol total (CT), lipoproteina de densidade muito baixa (VDLL), lipoproteina de baixa densidade (LDL) e lipoproteina de alta densidade (HDL), inflamatórias (PCR) e de EO como a determinação de produtos avançados de proteinas (AOPP), metabolitos do oxido nitrico (NOx), determinação de hidroperoxidos (FOX) e capacidade antioxidante total plasmática (TRAP) Os dados foram considerados como significativos quando p < ,5 Resultados: Principais achados do estudo foram que o TR realizado 3 vezes por semana por 24 semanas foi capaz de reduzir significativamente os níveis de glicose e PCR e de aumentar a capacidade antioxidante das idosas Após a realização do TR por 24 semanas, houve diminuição siguinificativa nos valores de glicose e PCR, a glicose também demonstrou uma correlação positiva com o peso e IMC, e uma correlação negativa com o TR, o PCR também demonstrou uma correlação negativa com o TR Sobre os biomarcadores de EO, TRAP, AOPP e NOx tiveram níveis significativamente aumentados após o período do estudo TRAP e AOPP apresentaram correlação positiva com o TR Conclusão: O TR na população idosa tem se mostrado eficiente e seguro para ser realizado a longo prazo, além disso, conforme demonstrado a prescrição de TR por 24 semanas foi capaz de melhorar o risco cardiovascular e estado redox de idosas com e sem SM, podendo ser uma estratégia não farmacológica promissora para essa populaçãoItem Estudo epidemiológico e molecular de Escherichia coli patogênica extraintestinalDaga, Ana Paula; Vespero, Eliana Carolina [Orientador]; Perugini, Marcia Regina Eches; Kobayashi, Renata Katsuko TakayamaResumo: Escherichia coli é um habitante comensal comum do trato gastrointestinal e um dos patógenos mais importantes em humanos E coli patogênica extraintestinal (ExPEC) é um descritor para os isolados de E coli capazes de causar doença extraintestinal O objetivo deste estudo foi investigar e comparar os determinantes de virulência da ExPEC de diferentes materiais clínicos Este estudo incluiu 183 amostras de E coli, 48 isolados da corrente sanguínea, 42 de líquido e secreções, 44 isolados produtores de ß- Lactamase de Espectro Estendido (ESBL), de urina de pacientes internados com infecção do trato urinário (ITU) e 49 E coli sensíveis a todos os antimicrobianos, de urina de pacientes ambulatoriais com ITU Utilizando a reação da PCR, investigou-se a presença de fatores de virulência (VFs), ilhas de patogenicidade (PAIs), ESBL do tipo cefotaximase (CTX-M) e a classificação filogenética (A, B1, B2, C, D, E e F) A análise da variabilidade genética de E coli de sangue foi realizada pelo Enterobacterial Repetitive Intergenic Consensus (ERIC-PCR) e os dados epidemiológicos e demográficos foram obtidos através da análise de prontuários e exames laboratoriais O gene fimH foi o mais prevalente em todos os materiais clínicosE coli isoladas de sangue e líquido/secreção apresentaram uma prevalência estatisticamente maior para fimH e papC, assim como, para os genes relacionados à resistência sérica (traT, iss e ompT) em comparação com amostras urinárias Ao contrário da cápsula K5, que foi mais prevalente em amostras urinárias Em geral, E coli de urina de pacientes ambulatoriais apresentaram maior prevalência de FVs quando comparados E coli de urina de pacientes internados A prevalência de PAIs nos diferentes materiais clínicos foi semelhante, com exceção do PAI IV536, que foi maior no sangue do que em E coli urinária de pacientes internados O filogrupo B2 foi o mais prevalente, seguido do filgrupo B1 para sangue e urina de pacientes internados, e E para líquidos secreção e urina de pacientes ambulatoriais O filogrupo A foi estatisticamente mais prevalente em amostras de E coli urinárias Os isolados B2 apresentaram a maior prevalência de FVs e PAIs Oito (16,7%) dos isolados de E coli de sangue foram caracterizados como produtores de ESBL do tipo CTX-M, sendo que, CTX-M-15 foi a mais prevalente A análise da variabilidade genética identificou duas linhagens clonais e vários isolados de sangue não relacionados Dos pacientes com infecção da corrente sanguínea por E coli, 5% foram secundárias à infecção do trato urinário e 12,5% foram secundárias a doenças abdominais, sendo que a mortalidade associada à bacteremia por E coli foi de 333% Em conclusão, ExPEC possui uma variedade de determinantes de virulência envolvidos no estabelecimento da infecção, e comumente apresenta resistência a múltiplos fármacos, implicando na gravidade da infecção O conhecimento de fatores determinantes, como a patogenicidade e os dados epidemiológicos do processo infeccioso, são informações importantes para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e no manejo e tratamento de pacientes com infecção extraintestinal por E coliItem Estudo epidemiológico e molecular de Klebsiella pneumoniae isoladas de pacientes com infecção da corrente sanguínea em um hospital universitárioMoraes, Luana Soares de; Vespero, Eliana Carolina [Orientador]; Capobianco, Jaqueline Dario; Kobayashi, Renata Katsuko TakayamaResumo: Infecções da corrente sanguínea (ICS) estão associadas a alta morbimortalidade Tem sido identificado um aumento preocupante na prevalência de resistência aos carbapenêmicos em cepas de Klebsiella pneumoniae, com uma grande proporção de resistência adicional à colistina, sendo esse um grande desafio terapêutico Nesse contexto, avaliamos os fatores de risco, mortalidade e caracterizamos molecularmente isolados de K pneumoniae produtores de carbapenemase causadores de ICS em um hospital terciário no sul do Brasil No período estudado, foram analisados 17 pacientes com ICS por K pneumoniae, os isolados foram identificados pelo sistema automatizado VITEK2® (bioMérieux) Analisamos os dados clínicos e de sensibilidade aos antimicrobianos E também realizamos testes fenotípicos, análises moleculares, análise genética por ERIC-PCR e análise estatística pelo programa SPSS versão 2 Dos 17 pacientes, 25 (23,3%) dos isolados de K pneumoniae foram produtores de ESBL e 54 (5,5%) produtores de carbapenemases Desses 54 isolados, 26 (24,3%) apresentaram resistência adicional às polimixinas O gene blaKPC estava presente em 9,4% (49/54) dos isolados, o gene blaNDM em um isolado e em 7,4% (4/54) dos isolados nenhum dos genes testados foi detectado Na análise genética, a maioria dos isolados apresentaram mais de 85% de similaridade, com a presença de 4 clones principais e 11 amostras não foram geneticamente relacionadas A mediana de idade dos pacientes foi de 58 (4-7) anos e 6,7% (65/17) eram do sexo masculino Ao comparar dois grupos de pacientes que apresentaram ICS por K pneumoniae, com e sem resistência aos carbapenêmicos, as variáveis permanência em UTI, insuficiência renal, uso prévio de antimicrobianos, índice de comorbidade de Charlson, procedimentos invasivos e óbito mostraram diferença estatística significativa entre os grupos (p<,5) Foi possível constatar os principais fatores associados ao desenvolvimento de ICS por K pneumoniae e verificar que a produção de KPC foi o mecanismo mais frequente de resistência aos carbapenêmicos O entendimento da epidemiologia ao longo do tempo é fundamental para a implementação de algumas medidas para prevenir a resistência e diminuir a mortalidade associada a esta Além disso, nossos resultados podem ser utilizados para apoiar ações multidisciplinares destinadas a minimizar os efeitos da dispersão de microrganismos multirresistentes na taxa de mortalidade em pacientes com infecções gravesItem Colonização por microrganismos do grupo "ESKAPE" em recém-nascidos hospitalizados em unidades neonatais em um hospital universitárioGobo, Elisangela de Fátima; Perugini, Marcia Regina Eches [Orientador]; Vespero, Eliana Carolina; Lopes, Gilselena KerbauyResumo: Introdução: O grupo SKAPE, composto por Enterococcus faecium resistentes à vancomicina (VRE), Staphylococcus aureus resistentes a meticilina (MRSA), Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa resistentes a carbapenêmicos (BGN NF-CR), Enterobactérias resistentes a cefalosporinas de terceira e quarta geração (ESBL) e resistentes a carbapenêmicos (CRE) Representam uma ameaça à saúde pública, em decorrência das limitações na terapia antimicrobiana A colonização por estes microrganismos é um fator que favorece o desenvolvimento de infecções, em especial nos pacientes imunocomprometidos, como os neonatos de baixo peso Objetivo: Avaliar a epidemiologia de recém nascidos internados em unidades neonatais, colonizados por microrganismos do grupo ESKAPE, num período de 2 anos e realizar análise molecular das principais Enterobactérias ESBL nos últimos dois anos de estudo Método: Foram analisados retrospectivamente os resultados em banco de dados do sistema LABHOS/LAC/HU de amostras de swab de vigilância nos anos de 2 a 217, e incluída apenas uma cultura por paciente, sendo a primeira a ser positivada durante a internação No período de 218 e 219 foi realizado estudo prospectivo, transversal, com amostras de swab de vigilância coletados semanalmente de RN internados nas unidades neonatais Dentre as amostras positivas para Enterobactéria produtoras de ß-lactamases de espectro estendido (ESBL) deste grupo, foi realizada análise de similaridade clonal e identificação genotípica para os genes de resistência Resultados: Entre os microrganismos multirresistentes mais frequentemente identificados destacam-se os bacilos Gram-negativos (929/117 – 84,%) Enterobactérias ESBL, foram responsáveis pela colonização de 753 (7,%) dos RN A colonização por Enterobactérias resistentes a carbapenêmicos também foi evidenciada, com menor frequência (2,%) A densidade de incidência média de Klebsiella pneumoniae ESBL durante o período foi 2,3/1 pacientes-dia, com variações de zero em 2 a cerca de cinco em 213, 215, 218 e 219 Entre os cocos Gram-positivos os mais frequentes foram Staphylococcus aureus resistentes a meticilina (MRSA), identificados em 11% das culturas de amostras de vigilância e Enterococcus spp resistentes à vancomicina (VRE) em (5,%), ambos relacionados a colonização dos RN Entre as Enterobactérias ESBL identificadas fenotipicamente nos anos de 218 e 219, houve uma alta frequência para Klebsiella pneumoniae ESBL (51%), das quais 45% foram submetidas a análise genotípica As principais Enzimas ESBL identificadas foram TEM (68,%), SHV (63,%) e CTX-M1/M15 (95,%) Conclusão: a frequência para os microrganismos do grupo ESKAPE, foi elevada nesses 2 anos de estudo, principalmente para os bacilos Gram-negativos, com destaque para Klebsiella pneumoniae ESBL que esteve em alta ao longo dos anos na colonização dos neonatos A colonização geralmente precede a infecção, elevando a mortalidade e morbidade nos sistemas de saúde, e desta forma, medidas efetivas de prevenção e controle se fazem necessáriasItem Expressão das proteínas Ki67 e p53 : marcadores de agressividade do câncer de mama em pacientes jovensBocchi, Mayara; Watanabe, Maria Angelica Ehara [Orientador]; Venturini, Danielle; Ariza, Carolina Batista; Amarante, Marla Karine [Coorientadora]Resumo: A importância do câncer de mama em muheres jovens emergiu em todo o mundo como um fator prognóstico negativo independente Além disso, em comparação com pacientes com idade mais avançada, as pacientes jovens com câncer de mama apresentam um curso mais agressivo, prognóstico menos favorável e piores taxas de sobrevivência Sendo assim, o conhecimento sobre biomarcadores preditivos para o câncer de mama podem auxiliar no diagnóstico precoce dessas pacientes jovens Este trabalho teve como objetivo verificar o percentual de mulheres jovens acometidas pelo câncer de mama e avaliar a associação entre parâmetros clínicopatológicos e a idade Um total de 233 amostras de tumor primário de pacientes com câncer de mama, atendidas no Hospital de Câncer de Londrina, foram analisadas quanto as seguintes características clínicopatológicas: receptor de estrogênio (RE), receptor de progesterona (PR), receptor do fator de crescimento epidérmico humano 2 (HER2), tamanho do tumor, acometimento de linfonodos/metástases, grau histológico (GH), índice de proliferação celular (Ki67) e proteína p53 em relação a idade Foi verificado que 44 pacientes (18,9%) apresentaram idade inferior a 44 anos e foi encontrado associação entre a idade jovem e a positividade para o marcador p53 (p = ,17) A idade jovem (<44 anos) também foi relacionada com um índice de proliferação celular elevado (Ki67 > 3%) (p = ,14) como também com as características clínicopatológicas mais agressivas do tumor, como negatividade para RE e RP (p = ,1), positividade para superexpressão de HER2 (p = ,1), grau histológico mais elevado (p = ,1), tamanho do tumor > 3, cm (p = ,1) e positividade para p53 (p = ,1) Quanto aos subtipos de câncer de mama, foi encontrado que o Luminal A e o Triplo-negativo estavam associados com o Ki67 = 15% (baixo) e Ki67 > 3% (alto), respectivamente (p < ,1) A crescente incidência do câncer de mama e mortalidade de mulheres jovens latino-americanas merece atenção dos órgãos de Saúde Pública Portanto, torna-se cada vez mais necessário promover estratégias de detecção e diagnóstico precoce do câncer de mama O presente estudo demonstrou que as proteínas Ki67 e p53 podem ser utilizadas como marcadores de agressividade no câncer de mama em pacientes jovensItem Estudo do perfil de citocinas sistêmico e medular de pacientes pediátricos com leucemia linfocítica aguda B durante a fase de indução do tratamento quimioterápicoSilva, Pamela Regina Brizola da; Panis, Carolina [Orientador]; Victorino, Vanessa Jacob; Venturini, DanielleResumo: A leucemia linfocítica aguda (LLA) é a leucemia mais comum na infância, correspondendo a cerca de 3% dos distúrbios malignos que acometem crianças entre 2 a 5 anos de idade A LLA pode ocorrer nas células B ou T, sendo a LLA-B a mais incidente Até o momento, não se sabe ao certo quais alterações estão envolvidas na gênese e progressão da LLA-B, ou se existe alguma correlação entre as substancias produzidas no microambiente tumoral e a resposta ao tratamento Neste contexto, esta Dissertação teve como proposta avaliar o perfil comparativo das citocinas TGF-ß1, TNF-a e IFN-? no microambiente tumoral (medula óssea) e na circulação sistêmica (sangue periférico) em pacientes portadores de LLA-B na infância durante a fase de indução Foram incluídos neste estudo pacientes portadores de LLA-B, atendidos no período de Janeiro de 215 a Janeiro de 217, no ambulatório de oncohematologia pediátrica do Instituto do Câncer de Londrina-Paraná Cada amostra foi coletada segundo o protocolo nos dias D, D8, D15 e D28 da fase de indução da quimioterapia A análise de citocinas foi realizada nas amostras por enzimaimunoensaio (ELISA) em plasma de aspirado de medula óssea e sangue periférico e correlacionados com os aspectos clinicopatológicos A análise dos dados foi realizada através dos testes de ANOVA complementado pelo teste de Tukey, Kruskal-Wallis, T-Student ou Mann-Whitney para comparação entre 2 ou mais dias de tratamento Considerou-se p < ,5 como significante No total, 1 crianças foram voluntariadas, com idade entre 3 e 12 anos Não houve diferença estatística em relação aos níveis de IFN-?, TGF-ß1 e TNF-a na medula óssea e sangue periférico nos diferentes dias de tratamento Porém a análise qualitativa dos níveis de TGF-ß1 sugerem uma potencial migração da medula para o sangue, pois observou-se redução desta citocina na medula em D28 com concomitante aumento no sangue periférico e a análise comparativa dos níveis circulantes de citocinas de acordo com o perfil de sobrevida dos pacientes revelou elevados níveis de TGF-ß1 naqueles que permaneceram vivos em comparação aos que foram a óbito sem variação significante nas demais citocinas Os resultados sugerem que o perfil diferencial de citocinas no sangue e medula de pacientes com LLA apresenta um padrão qualitativo de comportamento influenciado pelas drogas utilizadas ao longo da fase de indução da quimioterapia, e apontou o TGF-ß1 como possível mecanismo de atuação da quimioterapia relacionado à sobrevivência dos pacientes, bem como um possível mediador a ser investigado nas demais fases do estudoItem Caracterização de Staphylococcus aureus isolados da mucosa nasal de profissionais e estudantes de um hospital universitárioDanelli, Tiago; Yamada-Ogatta, Sueli Fumie [Orientador]; Vespero, Eliana Carolina; Lopes, Gilselena Kerbauy; Perugini, Marcia Regina Eches [Coorientadora]Resumo: Staphylococcus aureus é um dos principais patógenos relacionados a infecções hospitalares e está associado à alta morbidade e mortalidade A colonização nasal persistente por este microrganismo pode aumentar o risco de infecções subsequentes A colonização por S aureus entre profissionais e estudantes da saúde pode ser a fonte para a transmissão e disseminação deste microrganismo nos serviços de saúde O objetivo deste estudo foi avaliar a colonização por S aureus isolados da mucosa nasal de profissionais e estudantes de saúde de um hospital universitário De cada participante, de dezembro de 217 a maio de 218, uma amostra nasal foi coletada e processada para identificação de S aureus de acordo com os métodos fenotípicos padrão e PCR multiplex visando o gene nuc Os S aureus isolados foram caracterizados quanto ao perfil de sensibilidade antimicrobiana in vitro e presença do gene que codificante da resistência a meticilina (mecA) e quatro fatores de virulência (coa, icaA, tst, lukS-PV e lukF-PV) Os isolados MRSA também foram caracterizados de acordo com a sensibilidade a oxacilina/cefoxitina, tipos SCCmec e REP-PCR Análises descritivas e de regressão logística binária foram realizadas para determinar a razão de chances para a colonização nasal por S aureus e MRSA Dos 324 voluntários, 42,9% (139) estavam colonizados por S aureus, dentre os quais a colonização foi mais frequente em estudantes do sexo masculino (p = ,1) Entre os genes que codificam fatores de virulência, coa (coagulase) foi encontrado em 1% (139/139) dos isolados, seguido por icaA (biofilme) em 97,8% (136/139), tst (toxina da síndrome do choque tóxico-1) em 15,8% (22/139) e lukS-PV e lukF-PV (leucocidina de Panton-Valentine) em 6,5% (9/139) Todos os isolados foram sensíveis a vancomicina e a maior taxa de resistência foi observada para a penicilina (9,6%) De acordo com a presença do gene mecA, 28,8% (4/139) dos isolados foram classificados como MRSA, destes 45,% (18/4) foram sensíveis a meticilina por ambos os métodos fenotípicos testados, sendo classificados como oxacilina-sensível mecA-positivo (OS-MRSA) De acordo com a tipagem SCCmec, todos os isolados MRSA foram classificados em seis tipos, sendo o mais frequente o tipo I, 62,5% (25/4), seguido do tipo IV, 22,5% (9/4), os tipos II, III, VI e VI foram identificados em 2,5% (1/4) cada e 5,% (2/4) foram classificados como não tipáveis Na análise da similaridade genética, 82,5% (33/4) das amostras MRSA foram agrupadas em 4 clusters com um mínimo de dois isolados, exibindo alta similaridade Em conclusão, os resultados do presente estudo revelam uma alta frequência de S aureus entre profissionais e estudantes da saúde do hospital estudado É importante enfatizar que os isolados apresentam diferentes perfis de resistência antimicrobiana, incluindo MSSA multirresistente, MRSA e OS-MRSA, e a presença de genes codificadores de virulência Ambos os grupos podem representar uma fonte potencial para o surgimento de S aureus altamente adaptado ao ambiente hospitalar Técnicas apropriadas devem ser empregadas para a identificação da resistência a meticilina em S aureus Esses dados destacam a importância do monitoramento contínuo da colonização nasal por S aureus na comunidade hospitalarItem Distribuição temporal da resistência a antimicrobianos e relação com a tipagem sccmec de Staphylococcus aureus isolados de pele e partes moles em um hospital na região sul do brasil entre os anos 2000 e 2019Carraro, Diogo Cesar; Perugini, Marcia Regina Eches [Orientador]; Ogatta, Sueli Fumie Yamada; Amarante, Marla KarineResumo: Staphylococcus aureus resistentes a meticilina [Methicillin-resistant S aureus – (MRSA)] é um patógeno altamente prevalente ao redor do mundo e responsável por causar diferentes infecções ao homem Este estudo teve como objetivo avaliar examinar a distribuição temporal de S aureus nos últimos 2 anos, de acordo com o padrão de resistência a antimicrobianos, bem como sua relação com os tipos de SCCmec que circulam em hospital da região sul do Brasil Para isso, foi realizado um estudo retrospectivo, observacional, transversal, utilizando dados de amostras de pacientes do Hospital Universitário de Londrina no período de 2 a 219 S aureus foram isolados de culturas de sangue, pele e partes moles, fragmentos ósseos, secreções respiratórias, líquidos cavitários, urina, swabs de vigilância, entre outros Foram calculadas as CIM5 e CIM9, correspondem às CIM para antimicrobianos que correspondem a 5 e 9% dos isolados e comparadas entre isolados de MRSA e MSSA Foram investigados seis tipos de SCCmec: I, II, III, IV, V e VI Os isolados que não se enquadraram em nenhum desses tipos foram categorizados como não-tipáveis (NT) O teste ?2 test foi usado para variáveis categóricas e o teste Exato de Fisher para variáveis contínuas, quando apropriado Valor de ? < ,5 foi considerado estatisticamente significativo Foram analisados os resultados de 9717 culturas positivas para S aureus, realizadas no período de janeiro de 2 a outubro de 219 Entre os anos 2 e 22, a frequência de MRSA era maior (58,5%) do que a de MSSA (36,5%) No entanto, a partir de 23 ocorreu uma inversão das taxas MRSA reduziu para 29% em 219 e MSSA aumentou para 59,9% em 219 Além disso, a análise de diferentes antibiotipos permitiu a observação da ocorrência de isolados com SCCmec tipo II com perfis de resistência a um menor número de antimicrobianos, ao passo que também se observou a presença de isolados SCCmec tipo IV com perfis de resistência a um manio número de classes de antimicrobianos Surpreendentemente, S aureus sensíveis a penicilinas [Penicillin-susceptible S aureus – (PSSA)], apresentaram uma tendência de aumento ao longo do tempo Nossos dados são consistentes com análises anteriores que indicaram declínios no MRSA no hospital e aumento de prevalência de MSSA e PSSA Embora com o viés de ter sido realizado em apenas uma instituição, o estudo atenta para o fato da constante alteração entre os clones de MRSA no ambiente hospitalar e também na comunidade, indicando a necessidade constante de revisão epidemiológica, a fim de otimizar protocolos terapêuticosItem Análise das variantes genéticas do FOXP3 (rs2232365 e rs3761548) e dos níveis plasmáticos da interleucina 10 e do fator de crescimento transformador beta 1 na suscetibilidade e na atividade das doenças inflamatórias intestinaisInoue, Cláudia Junko; Simão, Andréa Name Colado [Orientador]; Amarante, Marla Karine; Flauzino, Tamires; Westmore, Lucilene Rosa e Silva [Coorientadora]Resumo: Introdução: As doenças inflamatórias intestinais (DII) são desordens inflamatórias crônicas, imunomediadas que acometem o trato gastrointestinal e cursam com fases de atividade e remissão Os dois maiores exemplos de DII são a Retocolite Ulcerativa (RCU) e a Doença de Crohn (DC) Ambas são doenças de etiologia multifatorial com envolvimento de variantes genéticas e fatores ambientais O fator de transcrição forkhead box protein 3 (FoxP3) é um marcador molecular das células T reguladoras (Treg) que possuem importante atividade imunomoduladora na mucosa intestinal, inibindo a ação inflamatória das células T pela produção de citocinas pleiotrópicas como o fator de crescimento tranformador (TGF)-ß1 e interleucina (IL)-1 Portanto, variações em genes responsáveis pela modulação da resposta imunológica, como o gene FOXP3, bem como a implicação do TGF-ß1 e IL-1 têm sido objetos de estudo em diversas doenças Objetivos: Avaliar se as variantes genéticas -924 G>A (rs2232365) e -3279 C>A (rs3761548) do FOXP3, individualmente ou em haplótipo e os níveis de IL-1 e TGF-ß1 em mulheres com DII estão associados com a suscetibilidade e a atividade da doença Sujeitos e Métodos: Este é um estudo caso-controle com 11 pacientes mulheres com DII, sendo 6 com RCU e 5 com DC, e 154 indivíduos controles As variantes do gene FOXP3 -924 G>A (rs2232365) e -3279 C>A (rs3761548) foram genotipadas por reação em cadeia da polimerase (PCR) seguida por polimorfismo no comprimento dos fragmentos de restrição (RFLP) Os níveis plasmáticos de IL-1 e TGF-ß1 foram determinados por imunofluorimetria A atividade clínica em pacientes com RCU foi avaliada por meio do Escore de Índice Parcial de Mayo e classificados em: remissão (<2), atividade leve (2-4), moderada (5-7) e grave (>7) Nos pacientes com DC, a atividade clínica foi avaliada pelo emprego do Índice de Atividade da DC (IADC) e os resultados foram classificados de acordo com o estado de atividade: remissão (=15), leve (151-219), moderado (22-45) e grave (>45) Colonoscopias foram realizadas por um gastroenterologista experiente e os achados foram graduados de acordo com Escore Endoscópico de Mayo para RCU e Índice Endoscópico de Gravidade para DC (CDEIS) A gravidade da inflamação intestinal determinada por Mayo foi classificada em remissão (), atividade leve (1), moderada (2) e grave (3) e de acordo com os valores do CDEIS em remissão (<3), atividade leve (3-8), moderada (9-12) e grave (>12) Baseado nos valores de Mayo e CDEIS, os pacientes foram então divididos em dois grupos de atividade endoscópica: remissão/ leve (Mayo =1 ou CDEIS =8) e moderada/grave (Mayo>1 e CDEIS >8) para análise estatística Resultados: Nas variantes do FOXP3, o genótipo AA da variante -924 G>A (rs2232365) foi associado com a suscetibilidade à DC (OR 3,147, IC 95% 1,15 – 9,758, p= ,47); enquanto o genótipo AA do FOXP3 -3279 C>A (rs3761548) foi associado a suscetibilidade à RCU (OR 3,221, IC 95% 1,5 – 9,876, p= ,41) Além disso, o haplótipo GAGA foi associado à maior chance de desenvolver DII e RCU (OR 4,3, IC 95% 1,1 – 14,56, p= ,35), mas não com DC A presença do haplótipo G/C no modelo dominante tem um efeito protetor de 6% na suscetibilidade à DC (OR ,432, IC 95% ,196 – ,951, p= ,37) As pacientes com DII (RCU e DC) apresentaram níveis plasmáticos elevados de TGF-ß1(p<,1) e IL-1 (p=,16) em comparação aos controles, independentemente da idade, etnia, IMC e tabagismo As pacientes com o haplótipo GAGA apresentaram níveis plasmáticos mais baixos de TGF-ß1 em comparação com aquelas que apresentam outras estruturas haplotípicas (p=41), porém as variantes do FOXP3 analisadas individualmente ou em estruturas haplotípicas não foram associados aos níveis plasmáticos de IL-1 A presença do haplótipo G/C no modelo dominante foi associado a menor atividade endoscópica avaliada por CDEIS (p=35) No entanto, as variantes do FOXP3 analisadas individualmente ou em estruturas haplotípicas não foram associados na atividade clínica entre mulheres com DII Conclusão: Nossos resultados demonstraram que as variantes do gene FOXP3 -924 G>A (rs2232365) e -3279 C>A (rs3761548) foram associadas com o diagnóstico de DC e RCU, respectivamente A presença do haplótipo GAGA foi associado a maior chance de diagnóstico de DII e RCU, assim como, com menores níveis de TGF-ß1 Já o haplótipo G/C analisado no modelo dominante demonstrou um efeito protetor para DC e foi associado à menor atividade endoscópica Estes resultados reforçam que as citocinas IL-1 e TGF-ß1 e as variantes do FOXP3 analisadas individualmente ou em estruturas haplotípicas exercem um papel fundamental na suscetibilidade e patogênese da DII em mulheresItem Associação de variantes do gene IL36G com a susceptibilidade, acometimento articular e gravidade da psoríaseMoreira, Cássio Rafael; Simão, Andréa Name Colado [Orientador]; Reiche, Edna Maria Vissoci; Gon, Airton dos SantosResumo: INTRODUÇÃO: A psoríase (PsO) é uma doença inflamatória crônica relativamente frequente na população que acomete a pele e, potencialmente, as articulações Sua fisiopatologia ainda não é totalmente conhecida, mas é sabido que a interleucina (IL)-36, especialmente a isoforma IL-36?, atua na interação entre a resposta imune inata e adaptativa, com consequente ativação do eixo IL-23/célula T helper 17 (Th17), o qual tem papel de destaque no processo fisiopatogênico da doença Variações genéticas de componentes da resposta inflamatória da PsO podem determinar alterações na susceptibilidade e expressão fenotípica da doença Entretanto, poucos estudos avaliam essas alterações e as variantes genéticas do IL36G, o qual codifica a citocina IL-36? OBJETIVOS: Avaliar as variantes IL36G C>T (rs13392494) na região intrônica e IL36G A>T (rs758449) na região 3’ não transcrita (3’UTR) e a suas associações com a susceptibilidade, acometimento articular e gravidade da PsO SUJEITOS E MÉTODOS: Foi realizado um estudo caso-controle com 38 indivíduos de ambos os sexos, com idade entre 18 a 69 anos, sendo 154 pacientes com PsO atendidos pelo Ambulatório de Dermatologia do Hospital Universitário de Londrina e 154 indivíduos saudáveis, recrutados do Hemocentro Regional de Londrina A gravidade da doença foi avaliada usando o Índice de Área e Gravidade de Psoríase (PASI) As variantes do gene IL36G (rs13392494 e rs758449) foram determinadas por ensaio de discriminação alélica TaqMan pelo sistema de reação em cadeia de polimerase em tempo real (qPCR) RESULTADOS: Não houve associação entre a variante rs13392494 do IL36G e a susceptibilidade à PsO No entanto, a presença do alelo G (modelo dominante) da variante rs758449 do IL36G foi associada à proteção para PsO [odds ratio (OR: ,525, intervalo de confiança (IC) 95%: ,283–,975, p=,41] A combinação haplotípica C/A (modelo recessivo) das variantes rs13392494/rs758449 foi associada a, aproximadamente, 2 vezes mais chance de desenvolver PsO (OR: 1,995, IC 95%: 1,5 – 3,788, p=,35), enquanto o haplótipo C/G (modelo dominante) foi associado à proteção (OR: ,525, IC 95% ,283 – ,975, p=,41) Com relação à gravidade da doença avaliada pelo PASI, houve associação entre a presença do alelo G (modelo dominante) da variante rs758449 e PASI>1 (OR: 2,311, IC 95%: 1,79–4,951, p=,31), assim como associação da mesma variante com a presença de artrite psoriásica (OR: 5,187, IC 95% 1,43–19,182, p=,14) CONCLUSÃO: Estes dados sugerem que a presença do alelo G da variante rs758449 do IL36G está associada a cerca de 48% de proteção para desenvolvimento de PsO; no entanto, este mesmo alelo foi associado a maior gravidade da doença (PASI>1) e a chance de acometimento articular que o alelo A, sugerindo que esta variável genética pode ser utilizada como um biomarcador para predizer gravidade da PsO e acometimento articular