Polimorfimos genéticos e níveis plasmáticos do fator transformador de crescimento Beta 1: associação com marcadores prognósticos na leucemia linfóide aguda

Data

2023-11-29

Autores

Rodrigues, Francieli de Fatima Ferreira

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Resumo

A leucemia linfoide aguda (LLA) é uma neoplasia hematológica que apresenta maior incidência na população pediátrica, sendo caracterizada pela anormalidade das células precursoras das linhagens B, T e NK. Esta doença é considerada de causa desconhecida, porém acredita-se que este processo seja resultado de uma interação entre fatores ambientais e genéticos. Por este motivo, vários estudos de análise genética, como polimorfismos de base única são realizados para tentar encontrar marcadores associados à suscetibilidade à doença ou ao prognóstico. Sabe-se que citocinas estão envolvidas em diversas neoplasias, dentre elas o fator transformador de crescimento beta 1 (TGF-B1) que exerce funções biológicas diversas e pode contribuir para a invasão e a metástase, podendo alterar o microambiente tumoral. Dessa maneira neste estudo foram estudados dois polimorfismos no gene TGFB1 rs1800468 (G-800A) e rs1800469 (C-509T) em 39 amostras de medula óssea de pacientes infantojuvenis com LLA, bem como mensurado os níveis de TGF-B1 e suas correlações com os dados clinico patológicos. Estes pacientes foram atendidos no Hospital do Câncer de Londrina e a medula óssea foi coletada para extração do DNA genômico. A análise dos polimorfismos foi realizada por método de reação em cadeia da polimerase (PCR) seguida de restrição enzimática (PCR-RFLP), e os níveis plasmáticos de TGF-B1 foram quantificados por ensaio imunoenzimático ligado a enzima (ELISA). Foi observado que a maioria dos pacientes tinha mediana de idade de 7 anos, sendo 33 pacientes com LLA-B e apenas 6 pacientes com LLA-T. Na análise dos polimorfismos encontramos uma maior frequência do genótipo GG para o rs1800468 e genótipo CT para o rs1800469, porém na análise de expressão de proteína, os polimorfismos não estavam associados a mudanças na concentração plasmática de TGF-B1. No entanto, os pacientes com alto risco apresentaram significativamente maior concentração média de TGF-B1 quando comparados com os pacientes baixo risco (p=0,0111). Talvez isto se deva a uma desregularização da via do TGF-B1 que pode estar bloqueada pela própria célula leucêmica; o que pode ser de grande importância na fisiopatologia da leucemia e possível marcador molecular de prognóstico. Portanto, outros estudos devem ser realizados para investigar os níveis plasmáticos de TGF-B1 em pacientes com LLA-T.

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Palavras-chave

Citocina, Medula Óssea, LLA

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