02 - Mestrado - Fisiopatologia Clínica e Laboratorial
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Item Análise da atividade sinérgica entre beta-lactâmicos e anticorpos IgY específicos contra Pseudomonas aeruginosa multirresistentesSanches, Renata Fernandes; Venâncio, Emerson José [Orientador]; Paula, Suelen Balero de; Fernandes, Eduardo VignotoResumo: Pseudomonas aeruginosa é um bacilo gram-negativo responsável por infecções hospitalares A emergência de bactérias multirresistentes, como P aeruginosa, não é acompanhada pela descoberta de novas classes de antimicrobianos que possam combater de modo efetivo e seguro as infecções causadas por esses patógenos A imunoglobulina Y (IgY), obtida a partir da gema do ovo de galinhas, é considerada uma importante ferramenta tecnológica na pesquisa e na imunoterapia Anticorpos IgY tem propriedades antimicrobianas já comprovadas em estudos in vitro sendo seu uso investigado como adjuvante em terapias profiláticas Tendo em vista a importância clínica de P aeruginosa multirresistentes aos antimicrobianos, este estudo teve como objetivo avaliar a ação sinérgica entre os anticorpos IgY anti-P aeruginosa e antimicrobianos pertencentes a classe dos beta-lactâmicos Para isso, os anticorpos IgY foram obtidos a partir do método de precipitação com sulfato de amônia Em seguida, os anticorpos IgY foram esterilizados, quantificados pelo método de Bradford e sua pureza investigada por SDS-PAGE 1% As concentrações inibitórias mínimas (CIMs) dos beta-lactâmicos imipenem, meropenem e ceftazidima foram obtidas pelo método de microdiluição em caldo e a atividade antimicrobiana dos anticorpos IgY através do teste de inibição Em seguida, realizou-se o teste de sensibilidade in vitro a antimicrobianos em combinação com IgY Os anticorpos IgY específicos anti-P aeruginosa produtora de SPM-1 apresentam atividade antimicrobiana a partir de 1,25 mg/ml e anticorpos IgY anti-P aeruginosa produtora de VIM-2 apresentam melhor atividade antimicrobiana a partir de 2,5 mg/ml Quando avaliada a atividade sinérgica entre anticorpos IgY e cada beta-lactâmico selecionado, observou-se sinergismo nos momentos 48 e 72 horas Concluímos que existe uma ação sinérgica entre anticorpos IgY específicos contra P aeruginosa e que novos estudos devem ser feitos para investigar os mecanismos associados a essa açãoItem Análise das variantes genéticas do FOXP3 (rs2232365 e rs3761548) e dos níveis plasmáticos da interleucina 10 e do fator de crescimento transformador beta 1 na suscetibilidade e na atividade das doenças inflamatórias intestinaisInoue, Cláudia Junko; Simão, Andréa Name Colado [Orientador]; Amarante, Marla Karine; Flauzino, Tamires; Westmore, Lucilene Rosa e Silva [Coorientadora]Resumo: Introdução: As doenças inflamatórias intestinais (DII) são desordens inflamatórias crônicas, imunomediadas que acometem o trato gastrointestinal e cursam com fases de atividade e remissão Os dois maiores exemplos de DII são a Retocolite Ulcerativa (RCU) e a Doença de Crohn (DC) Ambas são doenças de etiologia multifatorial com envolvimento de variantes genéticas e fatores ambientais O fator de transcrição forkhead box protein 3 (FoxP3) é um marcador molecular das células T reguladoras (Treg) que possuem importante atividade imunomoduladora na mucosa intestinal, inibindo a ação inflamatória das células T pela produção de citocinas pleiotrópicas como o fator de crescimento tranformador (TGF)-ß1 e interleucina (IL)-1 Portanto, variações em genes responsáveis pela modulação da resposta imunológica, como o gene FOXP3, bem como a implicação do TGF-ß1 e IL-1 têm sido objetos de estudo em diversas doenças Objetivos: Avaliar se as variantes genéticas -924 G>A (rs2232365) e -3279 C>A (rs3761548) do FOXP3, individualmente ou em haplótipo e os níveis de IL-1 e TGF-ß1 em mulheres com DII estão associados com a suscetibilidade e a atividade da doença Sujeitos e Métodos: Este é um estudo caso-controle com 11 pacientes mulheres com DII, sendo 6 com RCU e 5 com DC, e 154 indivíduos controles As variantes do gene FOXP3 -924 G>A (rs2232365) e -3279 C>A (rs3761548) foram genotipadas por reação em cadeia da polimerase (PCR) seguida por polimorfismo no comprimento dos fragmentos de restrição (RFLP) Os níveis plasmáticos de IL-1 e TGF-ß1 foram determinados por imunofluorimetria A atividade clínica em pacientes com RCU foi avaliada por meio do Escore de Índice Parcial de Mayo e classificados em: remissão (<2), atividade leve (2-4), moderada (5-7) e grave (>7) Nos pacientes com DC, a atividade clínica foi avaliada pelo emprego do Índice de Atividade da DC (IADC) e os resultados foram classificados de acordo com o estado de atividade: remissão (=15), leve (151-219), moderado (22-45) e grave (>45) Colonoscopias foram realizadas por um gastroenterologista experiente e os achados foram graduados de acordo com Escore Endoscópico de Mayo para RCU e Índice Endoscópico de Gravidade para DC (CDEIS) A gravidade da inflamação intestinal determinada por Mayo foi classificada em remissão (), atividade leve (1), moderada (2) e grave (3) e de acordo com os valores do CDEIS em remissão (<3), atividade leve (3-8), moderada (9-12) e grave (>12) Baseado nos valores de Mayo e CDEIS, os pacientes foram então divididos em dois grupos de atividade endoscópica: remissão/ leve (Mayo =1 ou CDEIS =8) e moderada/grave (Mayo>1 e CDEIS >8) para análise estatística Resultados: Nas variantes do FOXP3, o genótipo AA da variante -924 G>A (rs2232365) foi associado com a suscetibilidade à DC (OR 3,147, IC 95% 1,15 – 9,758, p= ,47); enquanto o genótipo AA do FOXP3 -3279 C>A (rs3761548) foi associado a suscetibilidade à RCU (OR 3,221, IC 95% 1,5 – 9,876, p= ,41) Além disso, o haplótipo GAGA foi associado à maior chance de desenvolver DII e RCU (OR 4,3, IC 95% 1,1 – 14,56, p= ,35), mas não com DC A presença do haplótipo G/C no modelo dominante tem um efeito protetor de 6% na suscetibilidade à DC (OR ,432, IC 95% ,196 – ,951, p= ,37) As pacientes com DII (RCU e DC) apresentaram níveis plasmáticos elevados de TGF-ß1(p<,1) e IL-1 (p=,16) em comparação aos controles, independentemente da idade, etnia, IMC e tabagismo As pacientes com o haplótipo GAGA apresentaram níveis plasmáticos mais baixos de TGF-ß1 em comparação com aquelas que apresentam outras estruturas haplotípicas (p=41), porém as variantes do FOXP3 analisadas individualmente ou em estruturas haplotípicas não foram associados aos níveis plasmáticos de IL-1 A presença do haplótipo G/C no modelo dominante foi associado a menor atividade endoscópica avaliada por CDEIS (p=35) No entanto, as variantes do FOXP3 analisadas individualmente ou em estruturas haplotípicas não foram associados na atividade clínica entre mulheres com DII Conclusão: Nossos resultados demonstraram que as variantes do gene FOXP3 -924 G>A (rs2232365) e -3279 C>A (rs3761548) foram associadas com o diagnóstico de DC e RCU, respectivamente A presença do haplótipo GAGA foi associado a maior chance de diagnóstico de DII e RCU, assim como, com menores níveis de TGF-ß1 Já o haplótipo G/C analisado no modelo dominante demonstrou um efeito protetor para DC e foi associado à menor atividade endoscópica Estes resultados reforçam que as citocinas IL-1 e TGF-ß1 e as variantes do FOXP3 analisadas individualmente ou em estruturas haplotípicas exercem um papel fundamental na suscetibilidade e patogênese da DII em mulheresItem Análise dos fatores associados à letalidade por sepse relacionada a assistência à saúde em crianças hospitalizadas em unidade de terapia intensiva(2022-02-04) Amarante, Ana Cristina Alba; Capobiango, Jaqueline Dario; Perugini, Marcia Regina Eches; Lopes, Gilselena KerbauyObjetivo: Analisar os fatores associados a letalidade por sepse associada às infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) em crianças internadas em unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital universitário público do sul do Brasil. Métodos: Estudo caso-controle, cuja amostra foi composta por 90 crianças internadas na UTI pediátrica no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2018. A coleta das informações foi realizada por meio de pesquisa em prontuários e informações das fichas de notificação de IRAS da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Os dados foram analisados no software Statistical Package for the Social Science, onde as associações entre as variáveis e o óbito foram avaliadas por meio do teste Quiquadrado (X2) ou Exato de Fisher quando apropriado, regressão logística simples e regressão logística múltipla, a medida de associação foi a Odds Ration (OR), com intervalos de confiança (IC) de 95%. O nível de significância adotado foi de 5% (p <0,05). Resultados: A análise bivariada demonstrou que o óbito esteve associado a idade menor ou igual a 12 meses (OR 5; IC 1,07-23,33; p 0,029); presença de comorbidade (OR 14,25, IC 1,80-112,46, p < 0.001), mal formação congênita (OR 3,28, IC 1,17-9,15, p 0,021), cardiopatia (OR 6, IC 1,83-19,67, p 0,004; neoplasia ( OR 17,25, IC 1,80-164,94, p 0,008) pneumonia associada a ventilação mecânica (PAV) de repetição ( OR 17,25, IC 1,80-167,94, p 0,008), choque séptico ( OR 10,16, IC 3,26- 31,65, p<0,001), uso de noradrenalina (OR 6.34, IC 2,01-19,98, p 0,002), uso de adrenalina ( OR 8,5, IC 1,43-50,53, p 0,021), infecção por CR (resistente a carbapenêmicos) (OR 14,57 IC 2,66-79,80, p 0,0012). Após a análise múltipla as variáveis cardiopatia (OR 12,48; IC 2,55-60,93; p 0,002), infecção por CR (OR 31,51; IC 4,01-247,25, p 0,001), neoplasia (OR 58,23; IC 4,54-746,27; p 0,002), uso de adrenalina (OR 13,14; IC 1,35-128,02, p 0,003) permaneceram associadas ao óbito. As bactérias Gram-negativas estiveram mais associadas à sepse secundária a PAV e à infecção do trato urinário relacionada a cateter vesical de longa permanência; e Staphylococcus coagulase negativa foi o agente mais frequente na infecção primária de corrente sanguínea. Conclusão: A sepse hospitalar secundária a PAV e associada a CR contribuiu para um elevado índice de letalidade na UTI pediátrica. As crianças portadoras de cardiopatia, neoplasia ou que necessitaram de adrenalina apresentaram piores desfechos.Item Análise dos polimorfismos genéticos nos genes CCR5 (rs333) e CXCL12 (rs1801157) : associação com neuroblastoma pediátricoVieira Filho, Daniel Rubens Marques; Watanabe, Maria Angelica Ehara [Orientador]; Venturini, Danielle; Amarante, Marla Karine; Guembarovski, Roberta Losi [Coorientadora]Resumo: O câncer infantojuvenil corresponde à um grupo heterogêneo de doenças, apresentando características próprias tanto em relação à sua histologia quanto ao seu comportamento clínico Dentre estas doenças, estão os tumores embrionários como os retinoblastomas, neuroblastomas e nefroblastomas, os quais são responsáveis por cerca de 2% de todos os tumores que acometem crianças e adolescentes O neuroblastoma (NB) é uma neoplasia infantil heterogênea e particularmente maligna em seus estágios mais avançados, com propensão a formar metástase em órgãos selecionados e para os quais ainda não há tratamento eficaz disponível além da cirurgia Evidências recentes indicam que as quimiocinas e seus receptores apresentam envolvimento como mediadores de neuroinflamação e têm papel neurofisiológico Sabe-se que polimorfismos genéticos podem modificar funcionalmente ou quantitativamente um produto gênico, podendo estar associados ao desenvolvimento de diversos tumores malignos Portanto, os objetivos do presente trabalho foram avaliar a possível influência de polimorfismos nos genes CCR5 e CXCL12 no NB, como possíveis candidatos a marcadores de suscetibilidade e prognóstico para esta doença Foram selecionados 28 pacientes com diagnóstico de NB e 14 crianças livres de neoplasia e as amostras foram genotipadas por reação em cadeia da polimerase (PCR) para o polimorfismo rs333 do gene CCR5 e por PCR seguida da análise do comprimento do fragmento de restrição para o polimorfismo do gene CXCL12 Em seguida, foi verificado se estas variantes alélicas estavam associadas ao NB Para os portadores do polimorfismo rs333 (delta32) verificou-se diferença significativa (p = ,4) e para CXCL12 houve diferença estatisticamente significante para o genótipo em homozigose 3'A/3'A (p = ,1) e portador do alelo (p = ,1) em relação à suscetibilidade nos pacientes com NB A influência das variantes polimórficas em relação aos parâmetros prognósticos do NB não mostrou resultados significativos para os dois genes: CCR5- comprometimento de linfonodos e / ou metástases (p = ,82), estadiamento tumoral (p = ,86) e óbito (p = ,66); CXCL12 comprometimento de linfonodos e/ou metástase (p = ,23) estadiamento tumoral (p = ,34) e óbito (p = ,14) No presente estudo foi verificado que os polimorfismos CCR5 (rs333) e CXCL12 (rs181157) estão associados à suscetibilidade ao NB e merecem atenção em investigações futuras envolvendo um maior número amostralItem Associação de variantes do gene IL36G com a susceptibilidade, acometimento articular e gravidade da psoríaseMoreira, Cássio Rafael; Simão, Andréa Name Colado [Orientador]; Reiche, Edna Maria Vissoci; Gon, Airton dos SantosResumo: INTRODUÇÃO: A psoríase (PsO) é uma doença inflamatória crônica relativamente frequente na população que acomete a pele e, potencialmente, as articulações Sua fisiopatologia ainda não é totalmente conhecida, mas é sabido que a interleucina (IL)-36, especialmente a isoforma IL-36?, atua na interação entre a resposta imune inata e adaptativa, com consequente ativação do eixo IL-23/célula T helper 17 (Th17), o qual tem papel de destaque no processo fisiopatogênico da doença Variações genéticas de componentes da resposta inflamatória da PsO podem determinar alterações na susceptibilidade e expressão fenotípica da doença Entretanto, poucos estudos avaliam essas alterações e as variantes genéticas do IL36G, o qual codifica a citocina IL-36? OBJETIVOS: Avaliar as variantes IL36G C>T (rs13392494) na região intrônica e IL36G A>T (rs758449) na região 3’ não transcrita (3’UTR) e a suas associações com a susceptibilidade, acometimento articular e gravidade da PsO SUJEITOS E MÉTODOS: Foi realizado um estudo caso-controle com 38 indivíduos de ambos os sexos, com idade entre 18 a 69 anos, sendo 154 pacientes com PsO atendidos pelo Ambulatório de Dermatologia do Hospital Universitário de Londrina e 154 indivíduos saudáveis, recrutados do Hemocentro Regional de Londrina A gravidade da doença foi avaliada usando o Índice de Área e Gravidade de Psoríase (PASI) As variantes do gene IL36G (rs13392494 e rs758449) foram determinadas por ensaio de discriminação alélica TaqMan pelo sistema de reação em cadeia de polimerase em tempo real (qPCR) RESULTADOS: Não houve associação entre a variante rs13392494 do IL36G e a susceptibilidade à PsO No entanto, a presença do alelo G (modelo dominante) da variante rs758449 do IL36G foi associada à proteção para PsO [odds ratio (OR: ,525, intervalo de confiança (IC) 95%: ,283–,975, p=,41] A combinação haplotípica C/A (modelo recessivo) das variantes rs13392494/rs758449 foi associada a, aproximadamente, 2 vezes mais chance de desenvolver PsO (OR: 1,995, IC 95%: 1,5 – 3,788, p=,35), enquanto o haplótipo C/G (modelo dominante) foi associado à proteção (OR: ,525, IC 95% ,283 – ,975, p=,41) Com relação à gravidade da doença avaliada pelo PASI, houve associação entre a presença do alelo G (modelo dominante) da variante rs758449 e PASI>1 (OR: 2,311, IC 95%: 1,79–4,951, p=,31), assim como associação da mesma variante com a presença de artrite psoriásica (OR: 5,187, IC 95% 1,43–19,182, p=,14) CONCLUSÃO: Estes dados sugerem que a presença do alelo G da variante rs758449 do IL36G está associada a cerca de 48% de proteção para desenvolvimento de PsO; no entanto, este mesmo alelo foi associado a maior gravidade da doença (PASI>1) e a chance de acometimento articular que o alelo A, sugerindo que esta variável genética pode ser utilizada como um biomarcador para predizer gravidade da PsO e acometimento articularItem Associação do polimorfismo genético do fator de necrose tumoral beta +252 G>A (rs909253) com a presença de autoanticorpos em pacientes com artrite reumatoideMedeiros, Fabiano Aparecido de; Simão, Andréa Name Colado [Orientador]; Almeida, Elaine Regina Delicato de; Breganó, José Wander; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti [Coorientador]Resumo: Introdução: A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune potencialmente incapacitante, cujo desenvolvimento tem sido associado à exposição a certos fatores ambientais em indivíduos geneticamente predispostos O fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) é a principal citocina envolvida na fisiopatologia da AR, induzindo a inflamação sinovial e sistêmica O fator de necrose tumoral beta (TNF-ß) é reconhecido basicamente pelos mesmos receptores que o TNF-a, e dessa forma eles apresentam efeitos similares O TNF-ß é homólogo ao TNF-a, e estudos demonstram que o polimorfismo genético do TNF-ß (rs99253) pode estar relacionado a alterações na expressão do TNF-a, com consequente aumento na produção de sua citocina Estudos indicam que o polimorfismo TNF-ß +252 G>A está associado a um maior risco de desenvolvimento de diversas doenças autoimunes, entre elas AR Objetivo: O presente estudo verificou a associação entre o polimorfismo do TNF-ß +252 G>A com a susceptibilidade à AR e a presença dos biomarcadores de diagnóstico e prognóstico, fator reumatoide (FR) e anticorpo anti-peptídeo citrulinado cíclico (anti-CCP), assim como com os níveis séricos TNF-a Métodos: Esse é estudo caso-controle, incluindo 261 pacientes com AR e 297 controles, todos da mesma região geográfica O diagnóstico de AR foi realizado de acordo com os critérios do Colégio Americano de Reumatismo/Liga Europeia de Reumatologia, de 21 A atividade da doença foi avaliada pelo disease activity score in 28 joints, utilizando a proteína C reativa (PCR) ou a velocidade de hemossimentação (VHS) O polimorfismo genético do TNF-ß foi determinado pela reação em cadeia da polimerase e polimorfismo do comprimento dos fragmentos de restrição (PCR-RFLP) com identificação de três genótipos: B1/B1, B1/B2 e B2/B2 Foram avaliados os seguintes marcadores inflamatórios: contagem de leucócitos totais, VHS, níveis séricos de ferritina, PCR, FR, anti-CCP, e os níveis plásmaticos de TNF-a e o seus receptores 1 (TNFR1) e receptores 2 (TNFR2) Resultados: Entre os pacientes, 42,1% apresentaram o alelo B2/B2, 47,9% B1/B2 e 1,% B1/B1, resultando em uma frequência alélica de 66,% para o alelo B2 e 34,% para o alelo B1 Não foi observada diferença significativa na frequência alélica e na distribuição genotípica entre os grupos no modelo aditivo, assim como no modelo dominante (p>,5) Pacientes com o alelo B1 demonstraram aumento em 4,23 vezes a presença do FR (p=,2) e 8,13 vezes para o anti-CCP (p=,1), independentemente dos dados demográficos, clínicos e inflamatórios Os pacientes que apresentaram o alelo B1, apresentaram maiores níveis de TNF-a e estes estavam associados com positividade do FR, anti-CCP ou ambos (p=,4, p=,11 e p=,38, respectivamente) Porém, pacientes com alelo B2 em homozigose, a presença desses anticorpos não alteraram os níveis de TNF-a (p>,5) Os receptores sTNFR1 e sTNFR2 não diferiram de acordo com os genótipos (p>,5) e enm com a presença de autoanticorpos Para verificar quais parâmetros poderiam influenciar os níveis de TNF-a e a presença de autoanticorpos de acordo com o genótipos, foram realizadas três modelos de regressão linear (tipos stepwise) de acordo com os genótipos O primeiro modelo de regressão foi realizado em pacientes com a presença de FR, foi demostrado que em pacientes com o genótipo B2/B2, 2,4% da variação dos níveis de TNF-a podem ser explicados pelo DAS28-PCR Já no genótipo B1/B1+B1/B2 37,2% da variação dos níves de TNF-a podem ser explicados pelos níveis de sTNFR1 e pela presença de FR O segundo modelo de regressão foi realizado para pacientes com de anti-CCP, foi demostrado que em pacientes com o genótipo B2/B2, 21,2% da variação dos níveis de TNF-a podem ser explicados pelo DAS28-PCR Já com o genótipo B1/B1+B2/B2, 39,7% da variação dos níves de TNF-a podem ser explicados pelos níveis de sTNFR1 e pela presença de anti-CCP O terceiro modelo de regressão foi realizado em pacientes com a presença de FR e anti-CCP, foi demostrado que em pacientes com o genótipo B2/B2, 21,2% da variação dos níveis de TNF-a podem ser explicados pelo DAS28-PCR Já com o genótipo B1/B1+B2/B2, 42,8% da variação dos níves de TNF-a podem ser explicados pelos níveis de sTNFR1 e pela presença de FR e/ ou anti-CCP Conclusão: Nossos resultados indicam que o polimorfismo TNF-ß +252 G>A não está associado com a susceptibilidade à AR e níveis de TNF-a, mas sim com a presença ou níveis de autoanticorpos Além disso, a presença do FR, anti-CCP ou ambos podem modular os níveis plasmáticos de TNF-a apenas em pacientes com o alelo B1, independentemente da atividade da doençaItem Associação entre marcadores inflamatórios, anti-inflamatórios e metabólicos com a doença carotídea aterosclerótica subclínica em pacientes vivendo com HIV/AIDS(2019-08-16) Bellinati, Philipe Quagliato; Reiche, Edna Maria Vissoci; Breganó, José Wander; Capobiango, Jaqueline DarioIntrodução: O uso da terapia antirretroviral combinada (cART) pelas pessoas infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1) tem proporcionado maior sobrevida destes indivíduos. Com isto, são expostos aos efeitos da idade e a outros fatores de risco relacionados à doença cardiovascular (DCV). A espessura da camada íntima-média da carótida interna (cIMT) tem sido associada com marcadores inflamatórios. No entanto, estudos da associação entre marcadores anti-inflamatórios com a cIMT são escassos e com resultados conflitantes. Objetivo: Determinar a associação entre marcadores da resposta inflamatória, anti-inflamatória e metabólica com a doença carotídea aterosclerótica subclínica em um grupo de pacientes infectados pelo HIV-1. Métodos: Foi realizado um estudo transversal em 49 pacientes com infecção pelo HIV-1 sem sintomas de doença aterosclerótica estabelecida, adultos, ambos os sexos e em tratamento com cART há, pelo menos, cinco anos, atendidos no Ambulatório de Especialidades do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina (AEHU/UEL). Foram inseridos, também 85 controles. A ultrassonografia doppler (USGD) de carótida foi realizada nos pacientes que foram, posteriormente, categorizados de acordo com a cIMT (<0,9 ou =0,9mm), grau de estenose (<50,0 ou = 50,0%) e presença de placa (=1,5 mm). Dados demográficos, fatores de estilo de vida e história médica foram coletados pela avaliação clínica e aplicação de um questionário padrão. Os marcadores avaliados foram leucócitos periféricos, níveis plasmáticos de fator de necrose tumoral (TNF)-a, interleucina (IL)-6, IL-10, adiponectina, proteína C reativa com método ultrassensível (usPCR), perfil lipídico, glicose, insulina e homocisteína. Além disso, foram avaliadas a contagem de linfócitos T CD4+ e a quantificação plasmática do RNA do HIV-1. As variáveis significativas obtidas no teste de análise de variância (ANOVA) entre os grupos com cIMT < 0,09 mm versus = 0,9 mm foram avaliadas usando três modelos diferentes de análise de regressão logística binária automática controlada por covariáveis que poderiam confundir a associação de interesse. Além disso, avaliamos a cIMT em dados contínuos por regressão linear em duas etapas e em 5 modelos, com os dados sociodemográficos (modelo #1), a presença de comorbidades (modelo #2), metabólicas (modelo #3), biomarcadores inflamatórios (modelo # 4) e dados associados à infecção pelo HIV-1 (modelo #5). Posteriormente, avaliamos as variáveis significativas na primeira etapa, os demais dados sociodemográficos e variáveis relacionadas ao HIV-1. Correlação de Spearman foi empregada para verificar a correlação entre cIMT, biomarcadores inflamatórios, anti-inflamatórios e metabólicos e variáveis relacionadas ao HIV-1. Odds ratio (OR) e intervalo de confiança de 95% (IC) também foram determinados. Resultados: Pacientes com HIV-1 apresentaram níveis mais elevados de usPCR (p=0,032), TNF-a (p<0,001), IL-6 (p=0,006), IL-10 (p=0,003), triglicerídeos (p=0,001) e insulina (p<0,001), e baixos níveis de adiponectina (p<0,001), colesterol total (p=0,015) e colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-C) (p=0,024) do que os controles, após ajuste por idade, sexo, etnia, circunferência abdominal e uso de hipolipemiantes. A cIMT = 0,9 mm ou placa aterosclerótica nas artérias carótidas foi observada em 24 (48,9%) pacientes. Níveis diminuídos de adiponectina foram independentemente associados com cIMT = 0,9 mm, após ajustados por covariáveis de interesse [OR: 0,267, intervalo de confiança (IC) 95%: 0,089-0,801, p=0,019] e explicaram 18,7% dos resultados da variância da cIMT. A idade e tabagismo foram positivamente associados com cIMT (p=0,033 e p=0,028, respectivamente) e os níveis de adiponectina foram negativamente associados com cIMT (p=0,008); estas três variáveis explicaram 27,3% da variância dos valores da cIMT. As variáveis cART, contagem de LT CD4+ e a carga viral de HIV-1 não apresentaram associação com a cIMT, estenose e presença de placa. Além disso, os níveis plasmáticos de adiponectina foram negativamente correlacionados com cIMT (r=-0,319, p=0,026), tempo de diagnóstico do HIV-1 (r=-327, p=0,009), leucócitos periféricos (r=-0,442 , p=0,002), IL-6 (r=-0,370, p=0,009), IL-10 (r=-0,394, p=0,005), triglicerídeos (r=-0,564, p <0,001) e insulina (r=-0,487, p <0,001) em pacientes infectados pelo HIV-1. Ademais, a adiponectina foi correlacionada positivamente com o HDL-colesterol (r=0,573, p <0,001). Conclusão: Os resultados mostraram a elevada frequência de aterosclerose subclínica nos pacientes com infecção pelo HIV-1, bem como a associação entre os níveis reduzidos de adiponectina com a aterosclerose subclínica. Juntamente com a idade e tabagismo, a diminuição de adiponectina pode contribuir para o aumento do risco de DCV nestes pacientes. Portanto, os níveis de adiponectina podem ser um bom candidato para a previsão de aterosclerose subclínica. É um teste de baixo custo, fácil de usar em larga escala, mais acessível e pode ser útil para o manejo de pacientes com HIV-1 nos cuidados de saúde pública, principalmente onde o USGD não está disponível.Item Associação entre o fator de necrose tumoral alfa e seus receptores solúveis com o diagnóstico de esclerose múltipla, incapacidade, progressão e formas clínicasRibeiro, Claudia Mara; Reiche, Edna Maria Vissoci [Orientador]; Simão, Andréa Name Colado; Oliveira, Carlos Eduardo Coral de; Oliveira, Sayonara Rangel [Coorientadora]Resumo: Introdução: A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória crônica desmielinizante, neurodegenerativa do sistema nervoso central e mediada pela resposta imune Sua etiologia é multifatorial e envolve a interação entre fatores genéticos, hormonais, ambientais e epigenéticos Diferentes mecanismos lesivos estão envolvidos na fisiopatologia da EM como a desregulação da resposta imune inata e adaptativa, estresse oxidativo, alterações metabólicas e disfunção mitocondrial Estes diferentes mecanismos podem explicar a heterogeneidade da doença quanto aos sintomas e formas clínicas, incapacidade, progressão da doença e resposta terapêutica apresentadas pelos pacientes acometidos O fator de necrose tumoral (TNF)-a e seus receptores estão entre os possíveis mediadores desta heterogeneidade Estudos que avaliam a associação entre o TNF-a e as formas solúveis de seus receptores sTNFR1 e sTNFR2 com as características clínicas e laboratoriais da EM em diferentes populações mundiais apresentam resultados conflitantes Objetivos: O objetivo do presente estudo foi avaliar se os níveis plasmáticos de TNF-a e dos seus receptores estão associados ao diagnóstico de EM, a incapacidade, progressão da doença e formas clínicas Métodos: Foram avaliados 168 pacientes com EM de ambos os sexos, com idade entre 18 a 7 anos atendidos no Ambulatório de Doenças Desmielinizantes do Ambulatório de Especialidades do Hospital Universitário de Londrina e 7 indivíduos saudáveis, selecionados entre doadores de sangue do Hemocentro Regional de Londrina e da população em geral Os pacientes foram classificados em EM remitente-recorrente (EMRR) e EM progressiva, que compreende as formas EM primária progressiva e EM secundária progressiva A incapacidade foi avaliada pela Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS) e categorizada como leve (EDSS <3,) ou moderada/alta (EDSS=3,) A progressão da doença foi avaliada utilizando a escala Multiple Sclerosis Severity Score (MSSS) e foi considerada progressão quando MSSS =5, Os dados sociodemográficos, antropométricos, epidemiológicos e clínicos foram obtidos utilizando um questionário padronizado Amostras do sangue periférico foram coletadas para determinação dos níveis plasmáticos do TNF-a e dos receptores solúveis sTNFR1 e sTNFR2 por imunofluorimetria Resultados: A forma EMRR foi diagnosticada em 147 (87,5%) pacientes e as formas clínicas progressivas em 21 (12,5%) pacientes, incluindo 4 (2,4%) com EM primária progressiva (EMPP) e 17 (1,1%) com EM secundária progressive (EMSP) O diagnóstico de EM apresentou um efeito de 44,6% nos níveis de TNF-a e 12,3% nos níveis de sTNFR2 As variáveis idade (P<,1) e os níveis plasmáticos de sTNFR1 (P=,7) foram associadas positivamente com incapacidade moderada/grave Além disso, sTNFR1 (P=,2) e idade (P=,28) foram positivamente associados com a progressão da doença Quanto às formas clínicas, a idade (P<,1), o sexo masculino (P=,29) e sTFNR1 (P=,49) foram associados positivamente, enquanto o sTNFR2 (P=,45) foi associado negativamente com formas clínicas progressivas da EM Além disso, um novo escore proposto refletindo a relação sTNFR1/sTNFR2 mostrou uma associação significativa e positiva com as formas clínicas progressivas da EM após ajuste para idade e sexo Conclusão: Os resultados mostraram que o TNF-a e as formas solúveis de seus receptores sTNFR1 e sTNFR2 estão envolvidos na patogênese da EM; enquanto os níveis de sTNFR1 foram associados com incapacidade, progressão da doença e formas clínicas mais progressivas, níveis elevados observados de sTNFR2 nos pacientes podem ser uma resposta compensatória exercendo um efeito protetor na modulação dos mecanismos imunopatológicos da EMItem Associação entre os níveis plasmáticos das moléculas de adesão celular e os fatores de risco, subtipos, gravidade e mortalidade do acidente vascular cerebral isquêmico agudo(2022-03-23) Araújo, Maria Caroline Martins de; Reiche, Edna Maria Vissoci; Alfieri, Daniela Frizon; Oliveira, Sayanara RangelIntrodução: O acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) é a segunda causa de morte no mundo e uma das principais causas de morbidade e incapacidade funcional. O AVCI é responsável por mais de 80,0% do total de acidentes vasculares cerebrais. Dados clínicos, exames laboratoriais e de imagem foram avaliados como potenciais biomarcadores de prognóstico de curto-prazo e mortalidade nestes pacientes. Entretanto, a maioria dos estudos que analisou possíveis biomarcadores, os avaliaram de forma isolada e apresentaram resultados conflitantes. Objetivo: Avaliar a associação entre os níveis plasmáticos das moléculas de adesão celular (CAM) e os fatores de risco, subtipos, gravidade e mortalidade do AVCI agudo. Métodos: O estudo incluiu 132 pacientes com até 24 h da admissão no Hospital Universitário de Londrina com diagnóstico de AVCI. Foram avaliadas variáveis demográficas, antropométricas e clínicas e coletadas amostras de sangue periférico na admissão do paciente. A gravidade do AVCI foi avaliada com a National Institute of Health Stroke Scale (NIHSS) e categorizada em leve (NIHSS<5), moderada (NIHSS5-14) e grave (NIHSS = 15). Os subtipos de AVCI foram classificados de acordo com o sistema do Trial of Org in 10172 Acute Stroke Treatment (TOAST). A taxa de mortalidade foi avaliada três meses após o AVCI quando a escala de Rankin modificada (mRS) foi aplicada e os pacientes foram categorizados como sobreviventes (mRS<6) e não sobreviventes (mRS=6). Foram determinados os níveis plasmáticos das formas solúveis de CAM, incluindo molécula de adesão intracelular 1 solúvel (sICAM-1), molécula de adesão vascular solúvel (sVCAM-1), molécula de adesão celular endotelial plaquetária 1 solúvel (sPECAM-1), E-selectina solúvel e P-selectina solúvel, as citocinas inflamatórias como a interleucina (IL)-1ß, IL-2, IL-6, IL-17A, fator de necrose tumoral (TNF)-?, interferon (IFN)-? e as anti-inflamatórias como a IL-4, IL-10 e fator transformador do crescimento (TGF)-ß. Resultados: A média de idade dos 132 pacientes com AVCI foi 66,8 anos, 47,0% eram homens e 53,0% eram mulheres. Vinte e nove pacientes (21,9%) foram a óbito no acompanhamento de três meses. Os não sobreviventes eram mais velhos que os sobreviventes (p=0,001). Não houve diferenças significativas quanto ao sexo, etnia, índice de massa corporal, tabagismo, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus tipo 2, dislipidemia ou nos níveis plasmáticos das citocinas inflamatórias e anti-inflamatórias entre os dois grupos de pacientes. A gravidade (NIHSS) e os níveis da sVCAM-1 foram maiores nos não-sobreviventes (p<0,001). Maiores níveis de sVCAM-1 foram associados com mortalidade (p=0,001) e foram observados no subtipo de aterosclerose de grandes artérias (LAAS) comparado ao subtipo lacunar (LAC) e ao de outras etiologias (ODE). O modelo combinando dos biomarcadores sVCAM-1 e NIHSS para predição de mortalidade após três meses mostrou melhor resultado que os modelos com sVCAM-1 e NIHSS isoladamente. NIHSS e sVCAM-1, juntos, apresentaram área sob a curva receiving operating characteristic (AUC/ROC) de 0,8841 [intervalo de confiança (IC) 95%: 0,795-0,941], enquanto NIHSS e sVCAM-1 apresentaram AUC/ROC de 0,723 (IC 95%: 0,581-0,821) e 0,844 (IC 95%: 0,732-0,9410), respectivamente. Juntos, NIHSS e sVCAM-1 classificaram corretamente 86,5% dos casos, com valor preditivo positivo de 68,0% e valor preditivo negativo de 91,3%. Conclusão: Os valores de sVCAM-1 juntamente com o escore elevado da gravidade do AVCI (NIHSS) obtidos dentro de 24 h de admissão hospitalar foram preditores de maior mortalidade após três meses do evento isquêmico nos pacientes com AVCI. Portanto, o uso de um modelo combinado desses biomarcadores pode prever precocemente o prognóstico dos pacientes com AVCI que poderão se beneficiar de medidas terapêuticas personalizadas que levem em consideração estes biomarcadores.Item Atividade da trans-chalcona in vitro em linhagem celular HuH7.5 de carcinoma hepatocelular humanoSiqueira, Elaine da Silva; Conchon-Costa, Ivete [Orientador]; Miranda-Sapla, Milena Menegazzo; Panis, CarolinaResumo: O carcinoma hepatocelular constitui 7-85% dos tumores primários de fígado, é o sexto câncer com maior incidência em todo o mundo e a quarta causa de morte relacionada ao câncer Contudo, o tratamento quimioterápico sistêmico é um desafio, devido aos baixos índices de resposta dessas terapias Neste contexto, a busca por novos compostos com potencial antitumoral e que respondam seletivamente às células cancerígenas tem sido o foco do desenvolvimento de muitos estudos Dentre eles, a trans-chalcona (TC) (1,3-diphenyl-2-propen-1-one), um composto precursor dos flavonóides que apresenta algumas funções biológicas, como antioxidantes anti-inflamatórios e inibição da proliferação de células tumorais humanas Deste modo, o objetivo deste trabalho foi investigar a ação antitumoral da trans-chalcona (TC) sobre linhagem HuH75 de carcinoma hepatocelular (CHC) As células tumorais HuH75 foram tratadas com TC em concentrações crescentes (12,5-1 µM) nos tempos 24 e 48 horas, a viabilidade celular foi verificada por MTT e a concentração inibitória de 5% das células (IC5 23,66 µM) foi determinada em 48 horas Foram quantificados a proliferação celular por azul de tripan e microscopia óptica, produção de EROs, despolarização mitocondrial e autofagia, além da análise do ciclo celular e apoptose pelo analisador de células Muse® e marcações imunocitoquímicas de p-p53 e ß-catenina Os dados mostraram uma ação TC-citotóxica eficaz de maneira dependente da dose e do tempo em baixas concentrações micromolares sem causar toxicidade para células não-cancerígenas, como eritrócitos O tratamento com TC causou danos na membrana mitocondrial, afetando a expressão do gene supressor de tumor (p-53) e da via de desenvolvimento do tumor (ß-catenina), induzindo a morte celular por autofagia Além disso, o TC diminuiu a capacidade metastática do HuH75, interferindo na capacidade de migração / invasão desse tipo de célulaItem Avaliação clínica, epidemiológica e laboratorial de crianças e adolescentes com Síndrome Respiratória Aguda Grave e Síndrome Gripal, durante a pandemia da Covid-19(2022-12-09) Silva, Kennia Cristine de Souza; Capobiango, Jaqueline Dario; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti; Perugini, Márcia Regina EchesA principal manifestação clínica da COVID-19 é a Síndrome Respiratória Aguda Grave, uma complicação da Síndrome Gripal, na qual há o comprometimento da função pulmonar e que pode acometer todas as idades. Diante da elevada frequência de infecções respiratórias virais na infância e adolescência, somada à identificação de um novo vírus denominado SARS-CoV2, que causou a Pandemia da Covid-19, percebeu-se a necessidade de avaliar os fatores epidemiológicos preditores de mau prognóstico no rol das infecções respiratórias nessa faixa etária infanto-juvenil. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi de avaliar clínica, pidemiológica e laboratorialmente, crianças e adolescentes com Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) e com Síndrome Gripal (SG), durante a pandemia da Covid-19. Considera-se que, esse estudo fornecerá subsídios necessários ao melhor manejo das infecções respiratórias nessa faixa etária. Portanto, analisamos os achados clínicos, laboratoriais e epidemiológicos de pacientes nessa faixa etária, com SRAG e com SG, atendidos no Hospital Universitário de Londrina, no Paraná, durante os anos de 2020 e 2021, no contexto da pandemia da COVID-19. Trata-se de um estudo transversal, no qual foram incluídos 977 pacientes, com idade de 1 dia até 18 anos e 11 meses. A análise estatística foi realizada com o software XLStat Versão 19.4 Constatou-se maior incidência de SARS-CoV2 nos meses de julho a setembro de 2020 e no período de maio a julho de 2021, houve um aumento expressivo de internações por SRAG no ano de 2021. A maioria das internações ocorreu em pacientes abaixo dos dois anos de idade e apesar da maioria das crianças com comorbidade ter manifestado SG observamos um aumento de pacientes com comorbidade e SRAG no ano de 2021. Em relação à Covid-19, em 2020 ocorreu predomínio na faixa etária de 15 anos ou mais, enquanto em 2021 os casos aumentaram em todas as faixas etárias, em especial após os 11 anos e em menores de 2 anos. Observou-se maior taxa de internação em crianças menores de 2 anos de idade no ano de 2021 em comparação ao ano de 2020. A tosse foi o sintoma mais frequente, seguido de dispneia, febre e queda de saturação. Em 2020, 46% dos pacientes necessitaram de suporte ventilatório ao passo que, no ano de 2021, o uso de suporte ventilatório representou 13,39% da amostra. Em contrapartida, em 2021, foi observado em crianças menores de dois anos maior frequência de dispneia, queda de saturação e obstrução nasal, já adolescentes de 15 anos ou mais, apresentaram maior frequência de dor de garganta, fadiga, mialgia, anosmia, ageusia e diarreia. A letalidade foi baixa nos dois anos estudados, todavia foram detectados quatro casos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica no período e um deles foi a óbito. Quanto aos exames laboratoriais, desidrogenase láctica foi um excelente marcador de gravidade, elevada em todos os pacientes com SRAG, exceto em dois adolescentes. No ano de 2020, os pacientes que tiveram SRAG, apresentaram maior frequência de anemia, elevação dos exames D-Dímero, creatinofosfoquinase fração MB e lactato. Em crianças de 2 a 5 anos houve maior frequência de elevação de proteína C reativa (PCR), fibrinogênio, transaminase oxalacética e transaminase pirúvica. Adolescentes a partir de 15 anos de idade apresentaram maior frequência de elevação de creatinina. Em 2021, houve maior elevação de PCR e da creatinina a partir de 15 anos de idade. Concluímos que a incidência de pacientes com SG e SRAG por Covid-19 foi mais elevada do que por outros vírus detectados: Vírus Sincicial Respiratório, Rinovírus e Adenovírus. A Covid-19 se manifestou com sintomas leves nessa população pediátrica, porém foi uma causa importante de internação em UTI. Detectamos diferenças nos sintomas e exames laboratoriais no decorrer do período analisado, portanto, as manifestações clínicas e laboratoriais pela Covid-19 podem mudar no decorrer dos anos e estudos epidemiológicos são fundamentais para continuar monitorando essas alterações.Item Avaliação da resposta imune T helper (Th) 1, Th2, Th17 e T Regulatória (Treg) em pacientes com PsoríaseAlcantara, Camila Cataldi de; Simão, Andréa Name Colado [Orientador]; Reiche, Edna Maria Vissoci; Oliveira, Karen Brajão deResumo: INTRODUÇÃO: A psoríase é uma doença mediada pelo sistema imunológico, poligênica e caracterizada por uma reação inflamação crônica A pele é o principal órgão acometido; no entanto, unhas e articulações também podem ser afetadas por lesões avermelhadas, secas e escamosas A etiologia da psoríase é desconhecida e acredita-se que fatores genéticos, ambientais e psicológicos podem estar envolvidos no desenvolvimento e exacerbação da doença O diagnóstico da psoríase é clínico pelo reconhecimento das lesões e não há, atualmente, biomarcadores laboratoriais que possam auxiliar no diagnóstico da doença O sistema imune cutâneo é caracterizado pelo predomínio de citocinas anti-inflamatórias como a Interleucina (IL) 1 e Fator de Transformação do Crescimento - beta (TGF-ß) que ajudam a manter a homeostase do tecido cutâneo No entanto, pacientes com psoríase tem alteração da resposta imune com predomínio de macrófago do tipo 1 (M1), que apresentam fenótipo pró-inflamatório e citocinas da resposta imune T helper (Th) 1 e Th17 A adiponectina é uma adipocina com atividade anti-inflamatória que exerce importante função no sistema imunológico e no metabolismo celular e que tem sido pouco estudada em pacientes com psoríase OBJETIVO: O objetivo principal desse estudo foi avaliar os perfis de citocinas pró- e anti-inflamatório e determinar modelos preditores que auxiliem no diagnóstico de psoríase SUJEITOS E MÉTODOS: Este é um estudo caso-controle que incluiu 146 participantes de ambos os sexos, com idade entre 18 e 7 anos, sendo 7 pacientes com diagnóstico de psoríase atendidos no Ambulatório de Dermatologia do Ambulatório de Especialidade do Hospital Universitário de Londrina e 76 indivíduos saudáveis (grupo controle) selecionados entre doadores de sangue do Hemocentro Regional de Londrina As citocinas pró-inflamatórias (IL-2, IL-6, IL-12, IL-17, IFN-? e Fator de Necrose Tumoral – alfa (TNF-a)) e as citocinas anti-inflamatórias (IL-4, IL-1 e TGF-ß) foram quantificadas por imunofluorimetria utilizando a plataforma Luminex® A adiponectina foi quantificada utilizando a técnica de enzima imunoensaio (ELISA) As citocinas foram avaliadas individualmente e em perfis: pró-inflamatórios M1 (IL-1ß+IL-6+TNF-a), Th1 (IL-2+IL-12+IFN-?), Th17 (IL-6+IL-17) e Sistema de Resposta Imune-Inflamatória (IRS) que compreende M1+Th1+Th17 As citocinas anti-inflamatórias formaram os perfis Th2+T regulatória (Treg) (IL-4+IL-1+TGF-ß) e o sistema anti-inflamatório (IL-4+IL-1+TGF-ß+Adiponectina) Para verificar qual é o perfil predominante foram utilizados dois índices: a relação IRS/Th2+Treg e a relação IRS/Anti-inflamatório RESULTADOS: Participaram deste estudo 76 controles saudáveis, sendo 58 mulheres e 18 homens, com idade média de 46 anos e Índice de Massa Corporal (IMC) médio de 25,9 kg/m2 e 7 pacientes com psoríase, sendo 31 mulheres e 39 homens, com idade média de 53 anos e IMC médio de 29,7 kg/m2 O diagnóstico de psoríase foi fortemente associado à alteração dos níveis de citocinas sendo responsável por 82,9% de sua variância, com um impacto particularmente forte na variação nos níveis de IL-2 (46,3%), IL-12 (45,1%), IL-1 (53,2%) e adiponectina (4,1%) Os níveis plasmáticos de TGF-ß e de adiponectina foram significativamente menores, enquanto, todas as demais citocinas (exceto IFN-?), estavam elevadas em pacientes com psoríase quando comparadas aos controles saudáveis Com exceção da relação IRS/Th2+Treg e do Índice Anti-inflamatório, que não demonstraram resultados significativos, todos os demais perfis foram associados ao diagnóstico de psoríase Os resultados também demonstraram que a psoríase exerce forte efeito sobre Th1 (29,3%), IRS (23,8%) e Th2+Treg (23,3%) Além disso, M1, Th1, Th17, Th2+Treg e a relação IRS/Anti-inflamatório estavam significativamente mais elevados em pacientes comparados aos controles A combinação dos perfis IRS e Th2+Treg (associados positivamente) com a adiponectina (associada negativamente) pode predizer a psoríase com 97,1% de sensibilidade e 94,% de especificidade CONCLUSÃO: Desta forma, é possível concluir que a psoríase é caracterizada pelo aumento dos perfis M1, Th1, Th2 e Th17 e pela redução de TGF-ß e adiponectina Além disso, nosso estudo propôs um modelo baseado em níveis elevados de IRS e Th2+Treg juntamente com níveis reduzidos de adiponectina que pode ser utilizado para a validação do diagnóstico de psoríase Assim, observou-se que a adiponectina desempenha um importante papel na modulação da resposta inflamatória crônica na psoríase, podendo vir a ser um novo alvo para o tratamento de psoríaseItem Avaliação das moléculas de adesão celular em pacientes com câncer de próstata : associação com a presença de metástases e estratificação de riscoBonacini, Ana Gabriela da Silva; Cecchini, Rubens [Orientador]; Reiche, Edna Maria Vissoci; Oliveira, Sayonara Rangel de; Simão, Andréa Name Colado [Coorientadora]Resumo: Introdução: O câncer de próstata (CaP) é a doença prostática mais frequente em homens idosos A metástase é o culminar de uma série de etapas que englobam a quimiotaxia celular, adesão celular e crescimento seletivo do tumor As moléculas de adesão celular (MACs) são uma rede complexa de moléculas que medeiam as interações célula-célula e célula-matriz e desempenham um papel crucial no processo de metástase A expressão anormal do Inibidor do Ativador do Plasminogênio tipo-1 (PAI-1) é encontrada em muitas doenças e está intimamente relacionado ao câncer Objetivo: Determinar o perfil de MACs e PAI-1 e associá-los à presença de metástase e aos diferentes graus de risco para metástase em pacientes com CaP Sujeitos e Métodos: Este é um estudo caso-controle prospectivo que avaliou 213 homens, com idade entre 3 e 9 anos, dos quais 149 eram pacientes com CaP diagnosticados na Clínica de Uro-Oncologia do Hospital do Câncer de Londrina e 64 voluntários saudáveis (grupo controle) Primeiramente, o grupo CaP foi subdividido em dois grupos: sem metástase (Met-, n=18) e com metástase (Met+, n=41) Posteriormente, o grupo CaP foi novamente subdividido de acordo com a estratificação de risco para metástase seguindo as diretrizes do National Comprehensive Cancer Network (NCCN): Grupo A: muito baixo e baixo risco (n=28); Grupo B: risco intermediário favorável e desfavorável (n=41); Grupo C: alto e muito alto risco (n=77) Os dados antropométricos e clínicos foram obtidos de acordo com uma ficha de coleta de dados previamente padronizada para este estudo Foram avaliados o número de leucócitos totais e plaquetas no sangue periférico, a velocidade de sedimentação de eritrócitos (VHS), a dosagem sérica de proteína C-reativa (PCR), e as concentrações plasmáticas da molécula de adesão celular endotelial plaquetária-1 (PECAM-1), molécula de adesão celular vascular-1 (VCAM-1), molécula de adesão intercelular-1 (ICAM-1), E-selectina, P-selectina e PAI-1 A Síndrome Metabólica (SM) foi definida seguindo os critérios do Painel de Tratamento de Adultos III (ATP III) Resultados: Os pacientes com CaP Met+ foi diferenciado dos controles pelo aumento do VHS (p=,37; OR:1,26; IC 95%:1,14-1,566) e diminuição da PECAM-1 (p=,29; OR:1,; IC 95%: ,999-1,) e do PAI-1 (p=,2; OR:1,; IC 95%:1,-1,) Os pacientes com CaP Met+ diferem dos com CaP Met- pelo aumento do VHS (p=,8; OR:,96; IC 95%:,842-,975) e diminuição da VCAM-1 (p=,43; OR:1,; IC 95%: 1,-1,) Os níveis de P-selectina (p= ,31; OR: 1,; IC 95%: 1,-1,) e PAI-1 (p=,17; OR: 1,; IC 95%: 1,-1,) estavam reduzidos no grupo CaP Met- quando comparado ao grupo controle Os resultados foram ajustados pela idade, VHS, tamanho da próstata e presença de SM Pacientes classificados como de alto risco para metástase apresentaram níveis mais elevados de VHS quando comparados àqueles com baixo risco (p=,17; OR: 1,75; IC 95%: 1,13-1,14) e risco intermediário (p=,1; OR: ,935; IC 95%: ,897-,974) Os níveis de PECAM-1 no grupo de alto risco para metástase foram menores do que o obtido em pacientes com risco intermediário (p=,39; OR: 1,; IC 95%: 1,-1,) Esses resultados foram ajustados pela idade e VHS Conclusão: Nossos dados demonstraram que PECAM-1, P-selectina e PAI-1 têm um papel importante na fisiopatologia do CaP, mas somente a VCAM-1 pode predizer a presença de metástase independentemente da idade, tamanho da próstata, presença de SM e da inflamação No entanto, somente a PECAM-1 pôde diferenciar pacientes de alto risco para metástase daqueles de risco intermediário, independentemente da idade e do processo inflamatórioItem Avaliação das moléculas de adesão celular, do inibidor do ativador de plasminogênio tipo 1 e sua associação com a síndrome metabólica e biomarcadores de metabolismo de carboidratos em pacientes com psoríaseGomes, Guilherme Teixeira; Dichi, Isaías [Orientador]; Reiche, Edna Maria Vissoci; Oliveira, Sayonara Rangel de; Simão, Andréa Name Colado [Coorientadora]Resumo: INTRODUÇÃO: A psoríase é uma doença inflamatória crônica imunomediada por linfócitos T, caracterizada por hiperproliferação e diferenciação anormal da epiderme, apresentando lesões eritêmato-escamosas, com repercussão sistêmica O diagnóstico da psoríase é clínico, sendo inexistentes biomarcadores laboratoriais que auxiliem o diagnóstico As moléculas de adesão celular (MAC) são proteínas expressas na superfície de células endoteliais e leucócitos Estudos demonstram alterações nos níveis plasmáticos de MAC em pacientes com psoríase bem como aumento da expressão dessas moléculas na pele, além de apresentarem aumento na prevalência de síndrome metabólica (SM), um conjunto de fatores de risco cardiovascular, relacionado principalmente ao processo inflamatório crônico e ao tratamento utilizado O Inibidor do Ativador do Plasminogênio tipo 1 (PAI-1), é uma proteína sérica que inibe a conversão de plasminogênio em plasmina e que também está envolvido na fisiopatologia da SM OBJETIVO: Avaliar o perfil das MAC e PAI-1 e sua associação com a presença de SM e os biomarcadores do metabolismo de carboidratos em pacientes com psoríase de gravidade baixa à moderada PACIENTES E MÉTODOS: Este é um estudo caso-controle incluindo 67 pacientes selecionados do Ambulatório de Dermatologia do Hospital Universitário de Londrina, Paraná, e 12 indivíduos saudáveis (controle), selecionados entre doadores de sangue do Hemocentro Regional de Londrina Os níveis plasmáticos das MAC: molécula de adesão celular endotelial plaquetária do tipo 1 (PECAM-1), molécula de adesão celular vascular do tipo 1 (VCAM-1), Molécula De Adesão Intercelular Tipo 1 (ICAM-1), selectina endotelial (E-selectina) e plaquetária (P-selectina) e do inibidor do ativador de plasminogênio tipo 1 (PAI-1) foram determinados por imunofluorimetria A presença de SM foi diagnostica utilizando os critérios propostos pelo Adult Treatment Panel III RESULTADOS: Pacientes com psoríase apresentaram aumento de nos níveis séricos de PECAM-1, VCAM-1, ICAM-1, E-selectina e PAI-1 quando comparados aos controles Além disso, houve forte associação entre psoríase e os níveis plasmáticos das 6 moléculas, sendo que o diagnóstico pode explicar 59,% da variação dessas moléculas, com um particularmente forte efeito na E-selectina (456%), VCAM-1 (32,7%) e PAI-1 (24,8%) Com o uso de VCAM-1, E-selectin, e PAI-1 (todos positivamente) e P-selectina (inversamente) na regressão logística binária, 87,6% de todos os indivíduos foram corretamente classificados, com sensibilidade de 92,5% e especificidade de 84,3% A SM pode influenciar as concentrações de E-selectina e PAI-1 Excetuando a PECAM-1 e o PAI-1, todas as demais moléculas foram correlacionadas com os níveis de glicose, insulina e HOMA-IR CONCLUSÃO: Pacientes com psoríase apresentam aumento dos níveis plasmáticos de PECAM-1, VCAM-1, ICAM-1, E-selectina e PAI-1, quando comparada ao grupo controle, independentemente do sexo, idade e presença de SM Houve associação altamente significativa entre a psoríase e as MAC e PAI-1 Nosso estudo propôs um modelo baseado em nivéis elevados de VCAM-1, E-selectina, PAI-1 e reduzidos de P-selectina possibilitando classificar corretamente alta sensibilidade e especificidade A presença de SM influencia as concentrações de E-selectina e PAI-1 além disso, a MAC com excessão da PECAM-1, e o PAI-1 estão correlaciondos com os biomarcadores do metabolismo de carboidratosItem Avaliação das variantes do gene IL18 (rs360717 e rs187238) e de biomarcadores clínicos e laboratoriais como preditores de gravidade e mortalidade da COVID-19(2021-09-01) Mori, Mayara Tiemi Enokida; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti; Reiche, Edna Maria Vissoci; Oliveira, Sayonara Rangel deINTRODUÇÃO: A Coronavirus disease 2019 (COVID-19) é uma infecção aguda causada pelo novo coronavírus denominado Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 (SARS-CoV-2), com mais de mais de 180 milhões de casos confirmados e aproximadamente quatro milhões de casos fatais registrados pelo mundo. A COVID-19 grave está ligada a uma resposta inflamatória excessiva, incluindo o nível elevado de citocinas pró-inflamatórias e biomarcadores inflamatórios sistêmicos como proteína C reativa, dímero-D, ferritina e relação neutrofílo/linfócito. A tempestade de citocinas é um dos principais agravantes observados na COVID-19 grave, levando à falência de múltiplos órgãos ou choque séptico. Níveis séricos elevados da interleucina (IL)-18 são associados a gravidade da COVID-19 e pior prognóstico. Variantes genéticas no IL18 podem influenciar os níveis da citocina e podem estar relacionadas a fisiopatologia da COVID-19. OBJETIVO: Avaliar as variantes genéticas IL18-105G>A (rs360717) e IL18-137C>G (rs187238) e sua associação com a gravidade e o desfecho da COVID-19, bem como sugerir modelos preditores para prognóstico e mortalidade em pacientes com COVID-19. SUJEITOS E MÉTODOS: O estudo transversal incluiu 528 pacientes com COVID-19 atendidos no Hospital Universitário de Londrina e Unidade de Pronto Atendimento de Londrina. A gravidade clínica da COVID-19 foi avaliada usando a classificacação da Organização Mundial da Saúde e os pacientes foram categorizados de acordo com a gravidade leve (157 pacientes), moderado (63 pacientes) e grave (308 pacientes). A genotipagem das variantes de nucleotídeo único de IL18 foram realizadas pela reação em cadeia da polimerase em tempo real quantitativa (qPCR). RESULTADOS: A IL18-105G>A está associado a um efeito protetor sobre a gravidade da COVID-19, com o genótipo GA no modelo co-dominante [Odds ratio (OR): 0,55, intervalo de confiança (IC) 95%: 0,34-0,89, p= 0,015], modelo overdominante (OR: 0,56, IC 95%: 0,35-0,89, p= 0,014) e os genótipos AA + GA em um modelo dominante (OR: 0,61; IC 95%: 0,38-0,96, p=0,031). Assim, a presença do alelo A em homozigose ou heterozigose foi associado a proteção ao desenvolvimento de casos moderados e graves. Similarmente, o genótipo IL18-137CG foi associado a um efeito protetor à gravidade da COVID-19 (OR: 0,55, IC 95%: 0,34-0,89, p= 0,015). Para o modelo overdominante, o genótipo CG foi associado a um efeito protetor à gravidade da COVID-19 (OR: 0,57, IC 95%: 0,36-0,91, p= 0,018). No modelo dominante, os genótipos GG + CG também foram associados a um efeito protetor à gravidade da COVID-19 (OR: 0,59, IC 95%: 0,37-0,93, p= 0,025) e a presença do alelo G em homozigose ou a heterozigose foi associado a proteção ao desenvolvimento de casos moderados e graves. Nós propomos um modelo de biomarcador capaz de predizer a gravidade da COVID-19 com IL18-105 GA (negativamente associado), e idade, alterações na tomografia computadorizada de tórax (CCTA - do inglês chest computed tomography scan alteration), índice de massa corpórea, doenças cardíacas, diabetes mellitus tipo 2, hipertensão e índice de inflamação (positivamente associados), podem ser usados para predizer o desenvolvimento de doença moderada ou grave com uma precisão de 84,3% (sensibilidade: 83,3% e especificidade: 86,5%). A não sobreviventes (versus sibreviventes) foi mais bem prevista por idade elevada, demência, inflamação, redução de SpO2, admissão na unidade de terapia intensiva, intubação, índice de massa corpórea e doença grave; 85,7% dos casos foram classificados corretamente com uma sensibilidade de 83,3% e especificidade de 86,7%. CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que as variantes genéticas IL18-105G>A e IL18-137C>G possam exercer um efeito protetor significativo em relação à gravidade da COVID-19, mas não sobre a mortalidade. Propomos modelos preditivos para prognóstico e mortalidade que podem auxiliar na identificação precoce de pacientes com maior chance de evoluir para um pior prognóstico, necessitando de tratamento individualizado.Item Avaliação das variantes dos genes da interleucina-10 (rs1800872) e do fator transformador de crescimento beta-1 (rs1800469) em pacientes com doença inflamatória intestinalGalvão, Talita Cristina; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti [Orientador]; Reiche, Edna Maria Vissoci; Oliveira, Karen Brajão deResumo: Introdução: Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) são doenças crônicas, imunomediadas, que afetam o trato gastrointestinal DII consistem em dois subtipos: Retocolite Ulcerativa (RCU) e doença de Crohn (DC) Acredita-se que as DII se desenvolvam como resultado de interações entre fatores ambientais, microbianos e imunomediados em um hospedeiro geneticamente suscetível No geral, citocinas anti-inflamatórias desempenham um papel na DII incluindo a interleucina 1 (IL-1) e o fator transformador do crescimento ß (TGF-ß) As diferenças na produção de citocinas têm sido associadas a variações genéticas nas regiões gênicas relacionadas à estas citocinas Diferenças individuais na síntese de citocinas poderiam explicar a suscetibilidade à DII e sua heterogeneidade fenotípica Estudos sobre a influência das variantes genéticas de TGFß1 e IL1 na patogênese da DII foram publicados com resultados controversos Objetivo: Avaliar a associação entre DII, RCU e DC e as variantes genéticas TGFB1 -59 C>T (rs18469) e IL1 -592 C>A (rs18872) e examinar a associação entre essas variantes e as citocinas presentes na DII, assim como verificar a associação com a atividade das doenças Sujeitos e Métodos: O estudo incluiu 178 pacientes com DII, 89 com RCU e 89 com DC, de ambos os sexos e com idades entre 18 e 7 anos, recrutados no Ambulatório de Gastroenterologia da Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Sul do Brasil e 171 indivíduos saudáveis A atividade da doença foi estabelecida pelos escores parcial, total e endoscópico MAYO para RCU e Índice de Atividade da Doença de Crohn (CDAI) para DC Após jejum de 12 horas, foram obtidas amostras de sangue venoso Os níveis plasmáticos de TGF-ß1 e IL-1 foram avaliados usando um sistema de detecção baseado em imunofluorometria O DNA foi extraído das células sanguíneas periféricas usando um kit comercial A concentração de DNA foi medida em 26 nm Para genotipar a IL1 -592 C>A, após a amplificação de um fragmento de 154 pb do gene IL1, este foi submetido à digestão com a enzima de restrição RsaI Os produtos de digestão foram analisados de acordo com o polimorfismo de comprimento de fragmento de restrição (RFLP) As variantes TGFB1 -59 C>T foram genotipadas pelo ensaio de discriminação alélica TaqMan no sistema de reação em cadeia da polimerase em tempo real (qPCR) Resultados: Os pacientes com DII não diferiram na idade, sexo, etnia e índice de massa corporal dos controles (p> ,5) Os níveis de IL-1 e TGF-ß1 aumentaram significativamente nas DII em comparação ao grupo controle (p <,1) A variante IL1 -592 C>A não foi associada a pacientes com DII, RCU ou DC O TGFB1 -59 C>T não apresentou diferença significativa na DII, na RCU e na DC e nos pacientes quando comparados aos controles no modelo alélico (p = ,418; p = ,653; p = ,381, respectivamente) O genótipo IL1 CC da variante -592 C>A apresentou maiores níveis plasmáticos de TGF-ß1 (p=,35) Os níveis plasmáticos de IL-1 e TGF-ß1 não diferiram entre os pacientes com RCU (p=,553; p=,51, respectivamente) em relação a remissão da doença avaliada pelo escore total de MAYO Não houve associação entre o escore total de MAYO e IL1 -592 C>A no modelo codominante, dominante ou recessivo em pacientes com RCU [(CC vs CA p=,492; CC vs AA p=,13); (CC vs CA+AA; p=,243), (CC+CA vs AA; p=,127) respectivamente], e no modelo genotípico do TGFB1 -59 C>T [(CC vs CT p=,8; CC vs TT p=,846); (CC vs CT+TT; p=,143), (CC+CT vs TT; p=,693) respectivamente Em relação aos pacientes com DC, os níveis de IL-1 foram maiores em pacientes com Índice Endoscópico de Gravidade da Doença de Crohn (CDEIS) >8 quando comparados com CDEIS =8 (p=,46) Níveis de TGF-ß1 não diferiram entre grupos em relação ao CDEIS (p=362) A variante genética da IL1 e TGFB1 não mostraram diferenças significativas em pacientes com DC em relação ao CDEIS em nenhum modelo de genótipo [(CC vs CA p=891; CC vs AA p=,46); (CC vs CA+AA; p=,922), (CC+CA vs AA; p=,418) respectivamente] e [(CC vs CT p=,472; CC vs TT p=,439); (CC vs CT+TT; p=,44), (CC+CT vs TT; p=566) respectivamente] Conclusão: Pacientes com DII apresentam níveis mais elevados de IL-1 e TGF-ß1, tanto na DC quanto na RCU, quando comparados com os controles O genótipo IL1 CC da variante -592 C>A foi associado a maiores níveis plasmáticos de TGF-ß O genótipo TGFB1 TT da variante -59 C>T foi associado a níveis mais altos de TGF-ß1 em pacientes com RCU A descoberta de novas variantes genéticas associadas às DII pode contribuir para o tratamento personalizado destes pacientesItem Avaliação das variantes genéticas da região promotora do gene il6 (rs1800795 e rs1800796) em pacientes com espondilite anquilosante : associação com os níveis plasmáticos de citocinas, atividade da doença e resposta terapêuticaFassina, Gustavo Razente; Simão, Andréa Name Colado [Orientador]; Reiche, Edna Maria Vissoci; Losi-Guembarovski, Roberta; Costa, Neide Tomimura [Coorientadora]ResumoResumo: A espondilite anquilosante (EA) é uma doença crônica imunomediada caracterizada por inflamação do esqueleto axial A etiologia da EA é desconhecida, mas acredita-se envolver uma combinação entre fatores genéticos, imunológicos e ambientais As vias que envolvem as interleucina-6 (IL-6), interleucina-17 (IL-17) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) contribuem, principalmente, para a progressão da EA As variantes do IL6 -174 G>C (rs18795) e -572 G>C (rs18796) podem alterar os níveis plasmáticos da IL-6 e contribuir para a suscetibilidade e parâmetros clínicos na EA Além disso, podem ser um marcador genético que prediz o resultado do tratamento com inibidor de TNF-a OBJETIVO: avaliar as variantes -174 G>C e -572 G>C do IL6, individualmente e haplótipos, e sua associação com suscetibilidade, níveis plasmáticos de citocinas, índices funcionais e de atividade de doença, e resposta terapêutica ao tratamento com inibidores de TNF-a SUJEITOS E METÓDOS: Este estudo prospectivo de caso-controle incluiu 212 indivíduos Oitenta e oito pacientes diagnosticados com EA foram recrutados consecutivamente na Clínica de Reumatologia do Hospital Universitário de Londrina e 124 controles sem EA (HC) O diagnóstico de EA foi confirmado de acordo com os critérios de Nova York modificados Foram avaliados o Índice de Atividade de Doença da Espondilite Anquilosante de Bath (BASDAI) e o Índice Funcional de Espondilite Anquilosante de Bath (BASFI) Os níveis plasmáticos de TNF-a, IL-6 e IL-17A foram determinados por imunofluorimetria O Antígeno Leucocitário Humano (HLA)-B27 foi determinado por reação em cadeia da polimerase (PCR) As variantes do gene IL6 (rs18795 e rs 18796) foram genotipadas por ensaio de discriminação alélica pelo sistema de PCR em tempo real (qPCR) Foi analisado, também, uma coorte incluindo cinquenta e quatro pacientes (n=54) com EA tratados com inibidores de TNF-a (infliximabe, adalimumabe ou etanercepte) foram acompanhados 12 meses após o início do tratamento Dois subgrupos de pacientes com EA foram distinguidos: respondedores (n = 43) e não respondedores (n = 11) à terapia com inibidores do TNF-a Foi considerada falha terapêutica ao uso do primeiro inibidor de TNF-a quando, após 12 meses de tratamento, o paciente apresentava BASDAI=4 RESULTADOS: Os grupos não diferiram quanto à frequência dos alelos e genótipos da variante -174G>C No entanto, o alelo C da variante -572G>C foi menos frequente nos pacientes com EA (4,%) quando comparado ao grupo HC (13,7%) [Odds ratio (OR): ,282; intervalo de confiança (CI) 95%: ,112-,76; p = ,7] O genótipo GC foi associado à proteção para EA (OR: ,339; CI95%: ,129-,889; p = ,28) O haplótipo dominante C/G (rs18796 / 18795) foi associado à EA (OR = ,297, CI 95% ,112 - ,787, p= ,15), ajustado para idade e índice de massa corporal No entanto, não houve associação entre genótipos/ haplótipos e níveis plasmáticos de IL-6, IL-17A e TNF-a em pacientes HC e pacientes com EA Também não houve associação entre genótipos/ haplótipos e BASDAI e BASFI As variantes do IL6, individualmente ou em haplótipo, também não foram associadas ao sucesso terapêutico com o primeiro inibidor de TNF-a após 12 meses de tratamento CONCLUSÃO: Nossos resultados demonstraram que o genótipo GC da variante -572 G>C (rs18796) do IL6 e os haplótipos C/G em modelo dominante foram associados à proteção para EA No entanto, as variantes -174 G>C e -572 G>C do IL6, individualmente ou em haplótipo, não foram associadas aos níveis plasmáticos de citocinas (IL-6, IL-17A e TNF-a), índice funcional e de atividade de doença e a resposta terapêutica ao uso de inibidores de TNF-aItem Avaliação de colonização por bacilos Gram negativos multirresistentes e desenvolvimento de infecção relacionada à assistência à saúde em crianças hospitalizadasMagalhães, Silvia Clay Gomes; Capobiango, Jaqueline Dario [Orientador]; Vespero, Eliana Carolina; Lopes, Gilselena Kerbauy; Perugini, Marcia Regina Eches [Coorientadora]Resumo: A crescente colonização de pele e mucosas de pacientes hospitalizados por microrganismos multirresistentes (MR) merece atenção nos serviços de saúde Os MR como agentes de infecção são um desafio para o tratamento, tornando essa situação um problema de saúde pública Este trabalho teve como objetivo avaliar a colonização por bacilos Gram negativos multirresistentes (BGN MR) e determinar o perfil de sensibilidade aos antimicrobianos e genes de resistência em uma população pediátrica Foi realizado um estudo caso-controle e definido como paciente colonizado por BGN MR, quando o mesmo apresentava o primeiro swab negativo e após pelo menos um swab ou material estéril positivo para BGN MR, na mesma internação Os pacientes com dois swabs ou mais negativos e material estéril sem isolamento de BGN MR na mesma internação, foram considerados não colonizados por BGN MR As variáveis comparadas entre os grupos foram: infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS), cateter venoso central (CVC), ventilação pulmonar mecânica (VPM), cateter vesical de demora (CVD) e desfecho (alta ou óbito) A sensibilidade das bactérias aos agentes antimicrobianos foi analisada pela técnica de disco-difusão e a análise da diversidade genética dos isolados foi realizada por ERIC-PCR (Enterobacterial Repetitive Intergenic Consensus-PCR) A análise estatística foi realizada com o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS – IBM Corp, Nova York, EUA), versão 2 para Windows As variáveis categóricas foram analisadas pelo Teste de Qui-quadrado ou Exato de Fisher, e as variáveis contínuas foram analisadas pelo Teste de Mann Whitney Entre 687 pacientes entre a 12 anos de idade internados de Janeiro a Dezembro de 216, na Enfermaria de Pediatria e UTI Pediátrica do HU de Londrina, 432 crianças não colheram culturas, 255 crianças colheram cultura, destas, 16 foram caracterizadas como grupo controle 149 crianças tiveram culturas positivas, destas, 114 foram excluídas, pois não foi possível definir o momento da colonização e 35 crianças foram caracterizadas como grupo caso Os pacientes com infecção apresentaram 4 vezes mais chance de colonização por BGN MR em comparação aos não infectados O tempo para positivação do swab foi de 3 a 51 dias, com mediana de 9 diasAs crianças do sexo masculino colonizadas por BGN MR tiveram 16% menos chance de apresentar infecção que as do sexo feminino Entre as crianças colonizadas por BGN MR a presença de um procedimento invasivo, aumentou em 15 vezes a chance de apresentar infecção Para as crianças não colonizadas por BGN MR, a presença de um procedimento invasivo aumentou em 4 vezes a chance de apresentar infecção Entre as 2 cepas de BGN MR analisadas, menor resistência foi encontrada para ertapenem e amicacina, com 1% de sensibilidade ao meropenem e imipenem O mecanismo de resistência mais encontrado foi a produção de enzimas CTXM1, seguido de CTXM15 e SHV Nossos resultados demonstraram que a colonização por BGN MR foi associada a infecção em pacientes pediátricos, portanto, devem-se utilizar medidas de prevenção da colonização por MRItem Avaliação do envolvimento da variante 677c>t (rs1801133) do gene mthfr na suscetibilidade e gravidade da doença arterial obstrutiva periférica e sua associação com os níveis séricos de homocisteína em uma população brasileiraSilvestre, Guilherme da Silva; Simão, Andréa Name Colado [Orientador]; Oliveira, Sayonara Rangel de; Amarante, Marla Karine; Reiche, Edna Maria Vissoci [Coorientadora]Resumo: Introdução: A doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) consiste na redução do suprimento sanguíneo para os órgãos e tecidos dos membros inferiores A aterosclerose é responsável pela fisiopatologia da maioria dos casos de DAOP e a hiperhomocisteinemia (HHcy) é um fator de risco, podendo, esta, estar associada à variante 667C>T (rs181133) do gene MTHFR que codifica a enzima 5,1 metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR) Objetivo: Avaliar o envolvimento da variante 677C>T (rs181133) do gene MTHFR na suscetibilidade e gravidade da DAOP, bem como sua associação com os níveis séricos de homocisteína (Hcy) em uma população brasileira Sujeitos e Métodos: Estudo caso-controle com 157 pacientes diagnosticados com DAOP atendidos no Ambulatório de Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular do Hospital Universitário de Londrina (HU), Paraná, Brasil, e 113 indivíduos saudáveis não aparentados (sem DAOP) atendidos no Hemocentro Regional de Londrina, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 7 anos O diagnóstico de DAOP foi confirmado pelo índice tornozelo-braço (ITB) inferior a ,9 A gravidade clínica dos pacientes com DAOP foi avaliada de acordo com a classificação de Fontaine e as categorias anatomorradiológicas pelo Inter-Society Consensus for the Management of Peripheral Arterial Disease (TASC) A genotipagem da variante 677C>T do MTHFR foi realizada pela reação em cadeia da polimerase em tempo real e os níveis de Hcy, vitamina B12 e folato foram determinados por ensaio quimioluminescência em micropartículas Resultados: Os pacientes com DAOP apresentaram maiores níveis de Hcy do que os controles (p<,2) No entanto, os níveis de Hcy não diferiram de acordo com a classificação de Fontaine (p=,257) e de TASC (p=,678) A frequência alélica e genotípica da variante 677C>T do MTHFR não diferiu entre os pacientes com DAOP e controles nos diferentes modelos genéticos avaliados Não houve diferença na gravidade clínica (p=,716 e p=,548) e na extensão anatomorradiológica da doença (p=,61 e p=,544), de acordo com os genótipos avaliados nos modelos dominante e recessivo, respectivamente No entanto, pacientes com DAOP portadores dos genótipos CT+TT (modelo dominante) apresentaram níveis aumentados de Hcy comparados com pacientes portadores do genótipo CC (p=,8), independentemente de fatores confundidores como sexo, etnia, idade, índice de massa corpórea (IMC), níveis de folato e vitamina B12 e dislipidemia Esse dado foi corroborado pelo achado em pacientes com o genótipo TT (modelo recessivo) que também apresentaram níveis superiores de Hcy quando comparados aos genótipos CC+CT, independentemente das mesmas variáveis confundidoras avaliadas Conclusões: A presença do alelo T da variante 677C>T do MTHFR foi associada à HHCy nos pacientes com DAOP, e não no grupo controle Além disso, essa variante genética não foi associada aos diferentes estágios clínicos e anatomorradiológicos da DAOP Nossos dados sugerem uma possível interação entre o alelo T da variante 677C>T do MTHFR e outros fatores genéticos, epigenéticos ou ainda ambientais associados à DAOP na modulação do metabolismo da Hcy nesses pacientesItem Avaliação dos níveis séricos e avidez de anticorpos IgG anti-toxoplasma gondii para o diagnóstico de toxoplasmose congênita(2022-02-25) Almeida, Vanessa Fraga de; Capobiango, Jaqueline Dario; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti; Reiche, Edna Maria VissociIntrodução: A infecção congênita por Toxoplasma gondii (T. gondii) apresenta elevada incidência em várias regiões do Brasil. A maioria das crianças infectadas é assintomática no período neonatal e o diagnóstico é realizado com a detecção de anticorpos IgG anti-T. gondii após os 12 meses de idade, pois a IgM anti-T. gondii apresenta baixa sensibilidade e a reação em cadeia de polimerase ainda não está disponível em muitos serviços. Portanto, a comparação dos valores de IgG anti-T. gondii entre mãe e criança e outras metodologias, como a relação entre os níveis de IgG anti-T. gondii nas amostras da mãe e as criança e o teste de avidez de IgG, podem auxiliar na definição do diagnóstico de toxoplasmose congênita e início do tratamento mais precoce das crianças infectadas. Materiais e métodos: Em um estudo caso controle, foram analisados 20 pares mãe-criança, cujas mães apresentaram diagnóstico de toxoplasmose adquirida na gestação. A pesquisa de anticorpos IgG e IgM anti-T. gondii por quimioluminescência e o teste de avidez de IgG foram realizados nas amostras coletadas de forma simultânea das crianças e de suas mães, nos primeiros dois meses de vida. Os dados foram analisados no programa Graph Pad Prism 9 e as associações foram analisadas com o teste exato de Fisher. Resultados: Do total de pares, o teste de avidez de IgG foi realizado em cinco pares mãe-criança, cujas crianças eram sabidamente infectadas pelo T. gondii e em 15 pares, cujas crianças não eram infectadas (controles). Todos os pacientes com toxoplasmose congênita e 80% dos controles apresentaram IgG com avidez fraca. O teste apresentou sensibilidade de 29,41% ?Intervalo de Confiança (IC) 95% 13,28 - 53,13)?, especificidade de 100% (IC 95% 43,85 -100,00), valor preditivo positivo de 100% (IC 95% 56,55 - 100,00) e valor preditivo negativo de 20% (IC 95% 7,05 - 45,19). Os valores do índice de avidez das crianças infectadas foram próximos aos valores das suas respectivas mães, pois a relação menor do que 2,0 entre os índices de avidez da mãe e da criança foi 2,7 vezes mais frequente nas infectadas em comparação com as não infectadas ?p= 0,6126 (IC 95% 0,2545 - 37,40)?. Para a avaliação da relação dos valores de IgG anti-T. gondii foram analisados sete pares mãe-criança, cujas crianças eram sabidamente infectadas pelo T. gondii e 19 pares, cujas crianças não eram infectadas. Ao comparar os valores de IgG anti-T.gondii na mãe e na criança, observamos valores de IgG próximos entre as crianças infectadas com as suas mães, com uma relação menor que dois na dosagem de IgG apresentavam 16 vezes mais chance de terem toxoplasmose congênita do que as crianças não infectadas ?p=0,0208 (IC 95% 1,514 - 203,0)?. Conclusão: O teste de avidez não deve ser utilizado isoladamente para o diagnóstico da toxoplasmose congênita; porém, a comparação dos valores de avidez e os valores de IgG anti-T. gondii em amostras coletadas de forma simultânea na mãe e na criança podem auxiliar durante o acompanhamento destas crianças.
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