02 - Mestrado - Educação

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    As relações dos bebês no berçário: um olhar histórico-cultural
    (2024-02-20) Rossini, Kethelen Nathalia; Magalhães, Cassiana; Artur, Ana; Oliveira, Francismara Neves de; Lazaretti, Lucinéia Maria
    A presente pesquisa tem como objeto central as relações que os bebês estabelecem com o meio no qual estão inseridos, o berçário, a partir dos pressupostos da Teoria Histórico-Cultural do desenvolvimento humano. Justifica-se a partir de dois indicativos: a) a necessidade teórica de ampliação das pesquisas neste período da educação infantil e b) vivências de caráter pessoal e profissional. Diante disto, elencou-se como questionamento central: como são estabelecidas as relações sociais dos bebês no contexto do berçário? Para responder esta problemática evidenciamos como objetivo geral: analisar, no âmbito do berçário, as relações estabelecidas entre os bebês com outros bebês, com os adultos e com os objetos da cultura no qual estes fazem parte. A análise dos dados aconteceu a partir de três objetivos específicos considerados à luz da Teoria Histórico-Cultural: 1) compreender quem é o bebê no contexto do berçário a partir da caracterização da época da primeira infância na perspectiva da Teoria Histórico-Cultural, 2) sistematizar os indicadores teóricos na perspectiva Histórico-Cultural, necessários para o desenvolvimento dos bebês nos períodos do primeiro ano de vida e da primeira infância; e 3) analisar em uma instituição de educação infantil como se estabelecem as relações no berçário, derivando implicações pedagógicas para a prática com os bebês. A pesquisa se desenvolveu a partir de dois momentos distintos que se inter-relacionam: a sistematização de indicadores teóricos dos conceitos da Teoria Histórico-Cultural, articulados ao objeto do estudo, e a pesquisa de campo em um Centro Municipal de Educação Infantil localizado na cidade de Londrina/Paraná. Os dados indicaram que as relações estabelecidas no berçário acontecem intermediadas pela atividade guia do referido período do desenvolvimento. Ao se relacionar com as professoras durante o primeiro ano de vida, destaca-se a atividade de comunicação emocional direta; e pela atividade objetal manipulatória no período da primeira infância, ao se relacionar com os objetos da cultural. Quanto às relações estabelecidas entre os bebês, estas dependem da organização do espaço, dos objetos e do contexto. Em ambos os aspectos as relações são atravessadas e intermediadas pela linguagem. Neste sentido, destacamos como imprescindível ao desenvolvimento do bebê no berçário a ação intencional da professora, a partir da aquisição do conhecimento teórico, que por sua vez, se reflete em sua prática docente.
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    Autoeficácia para Compreensão Leitora: Intervenção pedagógica com alunos do 5º ano das Series Iniciais do Ensino Fundamental
    (2024-02-16) Marques, Caroline Isabel de Amorim; Bzuneck, José Aloyseo; Alliprandini, Paula Mariza Zedu; Fior, Camila Alves
    As crenças de autoeficácia são um importante componente motivacional, e se referem a como acreditamos ser capazes de desempenhar cursos de ação para atingir nossos objetivos em diferentes áreas da vida. Na aprendizagem escolar, os alunos que apresentam elevadas crenças de autoeficácia acreditam mais em suas habilidades e capacidades, se envolvem em atividades mais desafiadoras, são mais resilientes, aplicam mais esforços, e perseveram diante dos desafios. Pesquisas, e avaliações em larga escala, tanto nacionais como internacionais evidenciam que no Brasil os alunos apresentam proficiência em leitura muito abaixo do esperado. Compreender as razões que tem causado esses resultados negativos, nos possibilita refletir e pensar em ações que possam ser praticadas para reverter tal cenário. Nesse sentido o presente estudo tem o objetivo geral de avaliar o impacto de uma intervenção, de natureza quase-experimental, destinada a ensinar estratégias de aprendizagem, visando fortalecer a compreensão leitora e as crenças de autoeficácia em estudantes com dificuldades nestas habilidades. Para alcançar tais objetivos inicialmente 57 estudantes matriculados no 5º ano das Séries Iniciais do Ensino Fundamental, de uma escola pública, em um munício paranaense, foram avaliados em pré-teste de autoeficácia para compreensão leitora de textos didáticos de história, e por meio desse teste, 20 crianças que apresentarem escores abaixo da mediana foram selecionados para compor o grupo Experimental (GE) e grupo Controle (GC), dez crianças em cada grupo. A coleta de dados se deu pela aplicação de dois instrumentos: uma escala de autoeficácia para compreensão leitora e um questionário de compreensão leitora para textos de história. Os dados foram coletados em três momentos: no pré-teste, no pós-teste e num pós-teste postergado. A intervenção foi aplicada somente ao grupo experimental, e foi organizada em dez encontros, nos quais os alunos foram ensinados e treinados em estratégias de compreensão leitora. Os resultados revelaram que no pós-teste, em comparação com o pré-teste, os alunos do GE revelaram escores significativamente mais elevados em autoeficácia e em compreensão leitora, o que se manteve no pós-teste postergado. Desta forma, confirmou-se, de acordo com a teoria, que a autoeficácia para compreensão leitora se fortalece em função de experiências de êxito nessa habilidade, conseguidas com a intervenção pedagógica em que foram ensinadas estratégias de leitura. Entretanto, os alunos do GC também apresentaram no pós-teste ganhos significativos em ambas as medidas, um dado não esperado, mas que foi devidamente explicado, à luz da Teoria Social Cognitiva, não anulando os efeitos da intervenção com o outro grupo. Por fim, foram dadas sugestões para novas pesquisas.
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    Autoeficácia e motivação para o ensino de professores da educação básica
    (2024-02-26) Franco, Tereza Mieko Kato; Alliprandini, Paula Mariza Zedu; Vasconcelos, Mônica Cajazeira Santana; Bzuneck, José Aloyseo
    Estudos mostram que as crenças de autoeficácia dos professores têm influência na motivação e na satisfação no trabalho, destacando que aqueles que desenvolveram sólidas crenças de autoeficácia, tendem a lidar melhor com desafios do cotidiano escolar. Nesta perspectiva, o objetivo da presente pesquisa foi investigar as possíveis relações entre as crenças de autoeficácia e a motivação para o ensino de professores da educação básica. Trata-se de estudo exploratório e correlacional, que envolveu cerca de 402 professores da educação básica das escolas conveniadas, privadas e públicas, sendo 349 (89,49%) do gênero feminino e 41 (10,51%) do gênero masculino e a faixa etária variou de 18 a 60 anos. Iniciou-se a coleta de dados com um estudo preliminar que incluiu a aplicação de instrumentos a 12 professores. Inicialmente, os professores foram informados sobre a pesquisa por e-mail, redes sociais, reuniões e intervalos laborais. Para ampliar a amostra, adotou-se a estratégia do efeito bola de neve. Portanto, a coleta de dados se deu por meio da plataforma Google Forms e utilizou-se dos seguintes instrumentos: um questionário sociodemográfico (9 questões) para caracterização dos professores participantes; Escala de Avaliação da Crença de eficácia de professores (Woolfolk; Hoy, 1990, traduzida e adaptada por Bzuneck; Guimarães, 2003) - 20 itens; e Escala de Motivação do Professor para o Ensino (MPE) (Oliveira; Rufini; Bzuneck, 2023) – 21 itens. Na análise dos dados, destacaram-se os seguintes resultados: a variável “tipo de escola de atuação dos professores” revelou diferenças estatisticamente significativas no fator da “eficácia pessoal”, relacionada às escolas conveniadas, privadas e públicas. Notavelmente na escola pública, a média mais alta (M=3,86) indica uma maior confiança dos professores. Observaram-se diferenças estatisticamente significativas no fator “eficácia do ensino” em função da modalidade educacional, sendo que os professores da Educação de Jovens e Adultos apresentaram uma média mais alta (M=4,0) e diferença estatisticamente significativa em relação aos que atuam na Educação Infantil. Isso sugere que as percepções de eficácia do ensino são influenciadas pelo nível de ensino, evidenciando a importância do contexto e das demandas específicas de cada nível na forma como os professores percebem sua própria eficácia educacional. Os resultados indicam uma forte correlação positiva entre a eficácia pessoal e a eficácia do ensino, sugerindo que um aumento na eficácia pessoal está associado a um aumento na eficácia do ensino. Contudo, não foi encontrada uma relação significativa entre a eficácia pessoal e a motivação autônoma ou controlada. Ressalta-se a necessidade de desenvolver mais estudos sobre o tema, pois apoiar os docentes na elevação do nível de autoeficácia e promover o desenvolvimento de formas mais autônomas de motivação para o ensino são essenciais para alcançar resultados educacionais mais satisfatórios.
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    A formação de leitores e autores por meio da atividade de estudo: o trabalho com o gênero fábula nos anos iniciais do ensino fundamental
    (2024-02-01) Ferreira, Rafaela Carolina Garcia; Franco, Sandra Aparecida Pires; Girotto, Cyntia Graziella Guizelim Simões; Oliveira, Katya Luciane de; Valiengo, Amanda
    A pesquisa de mestrado ora apresentada está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Londrina, Linha de Pesquisa – Docência: Saberes e Práticas, do Núcleo de Ação Docente. O objetivo geral desta pesquisa foi compreender a Atividade de Estudo desenvolvida com o gênero fábula para a formação de leitores e autores nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, visando contribuir para a efetivação dos atos de ler e escrever. O trabalho foi conduzido em uma Escola Municipal localizada na cidade de Arapongas, no norte do Paraná, envolvendo 30 crianças do 3º ano do Ensino Fundamental, Anos Iniciais. O problema de pesquisa foi formulado da seguinte maneira: Como a Atividade de Estudo desenvolvida para o trabalho com o gênero fábula pode contribuir para a formação de leitores e autores nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental? Os objetivos específicos foram: a) Relacionar as práticas de leitura e escrita em tempos de pandemia COVID-19 com a atual formação de leitores e autores nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental; b) Elucidar as percepções e os desafios para a formação de leitores e autores nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental; c) Evidenciar como os alunos do 3º ano de Ensino Fundamental se utilizam da Atividade de Estudo para apreensão do conceito do gênero fábula; d) Analisar as práticas de leitura e escrita do gênero fábula e verificar a formação de leitores e autores desenvolvidas por meio da Atividade de Estudo. Para a realização da pesquisa, consideraram-se os fundamentos do Materialismo Histórico e Dialético, alinhados às perspectivas de desenvolvimento e aprendizagem da Teoria Histórico-Cultural e da Teoria da Atividade de Estudo. A intenção era formar o sujeito leitor e autor capaz de se apropriar da linguagem nas diversas manifestações linguísticas e discursivas, realizando atos de ler e escrever de acordo com a sua prática social. A pesquisa adotou uma abordagem quase-experimental, com tratamento qualitativo dos dados. Os resultados sugerem que o trabalho com gêneros do discurso, desenvolvidos a partir de uma Atividade de Estudo, contribui para a melhoria das práticas de leitura e escrita nos primeiros anos do Ensino Fundamental. Essa abordagem forma leitores e autores capazes de se posicionar diante do texto e criar seus próprios enunciados. A realização da pesquisa junto às crianças do 3º ano serve como instrumento para a reflexão e ação nas práticas de leitura e escrita nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, proporcionando aprendizado e desenvolvimento de práticas significativas que cultivam os atos de ler e escrever nas crianças.
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    O papel da curiosidade na educação dialógica de Paulo Freire
    (2024-03-22) Fernandes, Yasmin Christie Ueno; Muraro, Darcísio Natal; Henning, Leoni Maria Padilha; Nascimento, Edna Maria Magalhães do
    Esta pesquisa analisa a importância da curiosidade na perspectiva da pedagogia freiriana pretendendo responder a seguinte problemática: qual o papel e a importância da curiosidade na educação dialógica de Paulo Freire? Compreendemos que é no agir curioso que os estudantes têm a possibilidade de admirar, de perguntar e dialogar criticizando os saberes na dialética da leitura de mundo com a leitura da palavra. Freire nos dispõe em seus escritos que a curiosidade pode ser estimulada por meio do ciclo gnosiológico que promove a sua transição da ingênua para a epistemológica crítica. Neste sentido, o autor denuncia a educação bancária que rechaça e coíbe a investigação crítica por entender os estudantes como depósitos de conteúdo a ser memorizado. Ele responde à esta crítica com a educação libertadora e problematizadora que pretende a superação de práticas opressoras e tem papel fundamental no desenvolvimento de sujeitos epistemologicamente mais críticos e curiosos. O presente estudo propõe-se em investigar a importância da curiosidade na educação, percebendo-a a partir da ótica pedagógica de Freire. O objetivo geral é compreender o conceito de curiosidade epistemológica. O trabalho será dividido em três capítulos que buscam atender os seguintes objetivos específicos: analisar o conceito de curiosidade epistemológica e sua relação com a concepção de ser humano de Freire; investigar a transição da curiosidade ingênua para a curiosidade epistemologicamente crítica e sua importância na educação; compreender a curiosidade no contexto pedagógico. Será adotada a pesquisa bibliográfica e documental para o desenvolvimento deste estudo e espera-se que seja possível compreender os fazeres docentes necessários para o desenvolvimento pleno de uma curiosidade crítica, problematizadora e epistemológica de educadores e educandos inseridos no processo de ensino e aprendizagem libertador.
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    Estratégias autoprejudiciais e crenças de autoeficácia em estudantes do ensino médio
    (2024-02-28) Suzarte, Vitória Eduarda Rocha Simões; Alliprandini, Paula Mariza Zedu; Portilho, Evelise; Oliveira, Francismara Neves de
    Indivíduos autorregulados, que utilizam estratégias de aprendizagem adequadas, que possuem fortalecidas crenças de autoeficácia e que não empregam com frequência estratégias autoprejudiciais tendem a apresentar melhor desempenho acadêmico, uma vez que possuem comportamentos que dão subsídios para seu aprendizado dentro e fora do contexto escolar. Tendo em vista a escassez de estudos com estudantes do Ensino Médio e que abordem variáveis sociodemográficas (gênero, faixa etária, série escolar, repetência e desempenho acadêmico) no contexto brasileiro sobre estratégias autoprejudiciais, crenças de autoeficácia e desempenho escolar, o presente estudo teve como objetivo: analisar possíveis relações entre o emprego de estratégias autoprejudiciais, as crenças de autoeficácia acadêmicas, as variáveis sociodemográficas e o desempenho escolar de alunos do 1º ao 3º ano do Ensino Médio em tempo integral e noturno de uma Escola Pública Estadual. Para tanto, a pesquisa se caracterizou como Exploratória e Descritiva e foi realizada com 111 estudantes de uma Escola Pública Estadual de Ensino Médio numa cidade do interior do Paraná. Os instrumentos utilizados para a coleta e geração de dados foram a Brazilian Self-Handicapping Strategies Scale (EEAPREJ) validada por Boruchovitch et al. (2022), Escala de Autoeficácia Acadêmica para o Ensino Médio (AAEM) de Polydoro e Casanova (2015) e boletins escolares dos participantes. A pesquisa ocorreu de forma presencial e foi aplicada no Laboratório de Informática da instituição por meio do Google Forms. A análise foi realizada mediante estatística descritiva e inferencial utilizando-se o programa Statistical Packege for the Social Sciences (SPSS). Os resultados não evidenciaram diferenças significativas entre as variáveis sociodemográficas, o emprego de estratégias autoprejudiciais e a escala geral de crenças de autoeficácia. Já no que tange as variáveis sociodemográficas e a autoeficácia dos estudantes, observou-se que somente a variável período (integral/noturno) apresentou diferença significativa no fator 2 da escala “Autoeficácia para atuar na vida escolar” e a variável repetência nos fatores 1 “Autoeficácia para aprender” e 3 “Autoeficácia para decisão de carreira”. Sobre o desempenho acadêmico, o uso de estratégias autoprejudiciais correlacionou-se significativamente e negativamente com a média geral de desempenho acadêmico, indicando que quanto maior o uso de estratégias autoprejudiciais, menor o desempenho. Da mesma forma, foi evidenciada correlação significativa e negativa entre a autoeficácia e uso de estratégias autoprejudiciais, o que indicou que quanto maior o nível de autoeficácia, menor o emprego de estratégias autoprejudiciais e vice-versa. Espera-se que a presente pesquisa contribua para as discussões sobre crenças de autoeficácia e estratégias autoprejudiciais em estudantes do Ensino Médio, bem como servir como fonte de dados para novas propostas, com o objetivo de fortalecer as crenças de autoeficácia dos estudantes, diminuir o emprego das estratégias autoprejudiciais e melhorar o desempenho acadêmico, visando uma educação de qualidade para todos, bem como a redução do fracasso escolar.
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    Percepção de professoras integrantes do programa residência pedagógica do curso de pedagogia da UEL sobre uma formação continuada em letramento digital
    (2024-02-28) Campanini, Cássia Kanarski; Moraes, Dirce Aparecida Foletto de; Mello, Diene Eire de; Lima, Claudia Maria de
    A presente investigação se insere no âmbito do Projeto de pesquisa denominado “Ambiências Formativas com o uso de tecnologias digitais”, vinculado à Linha 2, do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPEDU/UEL), que envolve um trabalho articulado entre pesquisa e extensão do Grupo de Estudos e Pesquisas DidaTic do Departamento de Educação da Universidade Estadual de Londrina (UEL). O objetivo principal foi compreender como a formação continuada, com enfoque no letramento digital, repercute nas concepções educativas de um grupo de professoras preceptoras participantes do Programa Residência Pedagógica que atuam nos anos iniciais do ensino fundamental em escolas municipais de Londrina. O estudo ancora-se na Teoria Histórico-Cultural, tendo como foco o processo de letramento digital docente. A metodologia é de abordagem qualitativa, com pressupostos da pesquisa-formação. Esta foi constituída a partir de uma formação continuada e do acompanhamento das experiências com as tecnologias digitais nas práticas educativas das participantes da pesquisa. Os instrumentos selecionados para a coleta de dados foram: observação com registros no diário de bordo dos encontros formativos e dos diálogos no aplicativo WhatsApp; questão inicial sobre letramento digital; análise documental dos planos de aula; entrevistas semiestruturadas individuais durante o processo e coletiva ao final da formação. Como resultados, podemos constatar que as potencialidades do uso das tecnologias digitais na educação demonstram: (1) maior interesse por parte das professoras para usar as TDIC em suas práticas; (2) oportunidade para a compreensão do manuseio e finalidade do uso das ferramentas digitais; (3) aprimoração das tecnologias em suas aulas; (4) modificação nas metodologias de ensino, engajando os estudantes a participar das aulas; e (5) professores letrados digitalmente possuem maior acesso às ferramentas digitais online, enriquecendo os conteúdos trabalhados. Como limitadores, podemos destacar: (1) falta de apoio das gestões escolares; (2) ausência de acesso à rede Wi-Fi estável; (3) quantidade insuficiente de ferramentas para execução do trabalho; (4) ausência de formações iniciais e continuadas que focalizem o tema desta pesquisa; e (5) falta de tempo. Em suma, a formação continuada com enfoque no processo de letramento digital proporcionou uma experiência formativa e prática enriquecedora, que pode ampliar as possibilidades de desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem.
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    Proposições metodológicas a respeito do brincar à luz do planejamento de ensino na educação infantil: uma possibilidade para o desenvolvimento integral das crianças
    (2023-12-12) Mafra, Marcela Regina; Oliveira, Marta Regina Furlan de; Chaves, Marta; Fonseca, Ricardo Lopes
    A Educação Infantil é a primeira etapa de formação escolar da criança e é tida como a base para o início de sua aprendizagem e do desenvolvimento humano. Nesse sentido, entendemos que para a criança se desenvolver é fundamental que o ensino seja envolvido por aprendizagens significativas, lúdicas e interativas entre crianças e crianças e professores. Assim, o objetivo geral é compreender a experiência do brincar em sintonia com a proposta de planejamento de ensino na Educação Infantil a favor do desenvolvimento integral de crianças. Para tanto, o presente estudo justifica-se por se tratar de um tema atual que envolve o ato de brincar como um canal direto que a criança utiliza para manifestar seus desejos e emoções, desenvolvendo suas habilidades motoras, cognitivas, físicas, afetivas e sociais e, que são fundamentais para o processo de constituição de sua humanidade e de sua psique humana. O objeto de estudo articula-se com a participação nas atividades do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Londrina e do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação, Infância e Teoria Crítica- CNPq/UEL. A metodologia é uma pesquisa bibliográfica e estudos de documentos legais que norteiam o trabalho na educação infantil brasileira, com natureza qualitativa dos dados. Desta forma, por meio deste, almeja-se apresentar informações relevantes acerca da criança, da Educação Infantil e da experiência do brincar no contexto social contemporâneo, as quais foram obtidas a partir de leituras e análises das obras de autores como Kishimoto (2002), Sarmento (2005), Kramer (2007), Barbosa (2009), Oliveira (2012), entre outros. Como resultado, a criança precisa se desenvolver em todos os aspectos da vida, ou seja, desenvolver-se por meio do social, cognitivo, físico, psíquico, afetivo, efetivando, desse modo, seu desenvolvimento integral enquanto ser humano em processo de formação.
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    A gestão democrática no contexto de pandemia de coronavírus: uma análise dos encaminhamentos nos Conselhos Municipais de Educação de Londrina (PR) e Ibiporã (PR)
    (2022-07-27) Silva, Waléria Pimenta Martins; Czernisz, Eliane Cleide da Silva; Ruiz, Maria José Ferreira; Lima, Michelle Fernandes; Farias, Adriana Medeiros
    A presente pesquisa vincula-se ao Núcleo de Políticas Educacionais da Linha de Pesquisa Perspectivas Filosóficas, Históricas, Políticas e Culturais de Educação, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Londrina. Tomando como base as legislações federais relacionadas à gestão democrática, sua obrigatoriedade legal, e ainda de posse das determinações apresentadas para o tempo de Pandemia por parte do Governo Federal, instiga-nos saber como municípios com nuances sociodemográficas distintas realizaram a condução de seus Sistemas de Ensino. Questionamos: as políticas educacionais encaminhadas pelos Conselhos Municipais de Educação de Londrina e Ibiporã, municípios do norte do Paraná, primaram pelo princípio da gestão democrática no período da Pandemia de Coronavírus? Assim, a presente pesquisa tem por objetivo analisar os encaminhamentos realizados pelos Conselhos Municipais de Educação (CME) de Londrina e Ibiporã, no período da Pandemia do Coronavírus, compreendendo para isso os anos de 2020 e 2021, com especial atenção para as indicações à gestão democrática nas políticas elaboradas. Como objetivos específicos, buscou-se apresentar e contextualizar os princípios e fundamentos, históricos e políticos, da Gestão Democrática no cenário brasileiro; identificar e analisar a criação e a configuração dos CME de Londrina e Ibiporã; localizar e analisar os documentos emitidos pelos CME de Londrina e Ibiporã, referente às orientações para os sistemas de ensino durante a Pandemia de Coronavírus. O tema demanda atenção devido ao período excepcional vivido em decorrência da Pandemia de Coronavírus e a acentuação da descaracterização da gestão democrática frente as políticas públicas educacionais federais e municipais. A pesquisa fundamentou-se no método materialista histórico e como procedimentos metodológicos utilizou a pesquisa bibliográfica e análise de documentos de políticas educacionais das esferas nacional e municipal, com especial atenção aos documentos elaborados para a condução educacional no período da Pandemia de Coronavírus. Apesar de as principais legislações federais firmarem a gestão democrática como princípio educacional, notamos que as agendas governamentais e o interesse da classe dominante, tem desconfigurado o sentido da gestão democrática, ocasionando a descaracterização de seu papel de conquista de espaço democrático, crítico, reflexivo e mobilizador. Ao analisar as legislações elaboradas pelos Conselhos Municipais de Educação, e a condução dos mesmos e seus Sistemas Municipais de Ensino, percebe-se que muitas condicionantes presentes no cenário e na história nacional se repetem no contexto municipal. Conclui-se que os Conselhos Municipais de Educação, Londrina e Ibiporã, conduziram suas políticas educacionais municipais sem grande evidência do princípio da gestão democrática em suas elaborações e execuções.
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    A educação ambiental na formação inicial de professores: uma exposição sobre as reformulações curriculares dos cursos de licenciatura da Universidade Estadual de Londrina
    (2023-04-27) Souza Junior, João Batista de; Fonseca, Ricardo Lopes; Minasi, Luis Fernando; Moura, Jeani Delgado Paschoal; Jesus, Adriana Regina de
    Esse trabalho está vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Londrina e à Linha de Pesquisa: Saberes e Práticas do núcleo Formação de Professores. A Educação Ambiental vem ganhando espaço na legislação brasileira, entretanto diversas pesquisas têm mostrado que na esfera pedagógica ainda há deficiências. Assim, questionamos se existem situações-limites, ou contradições na inclusão da Educação Ambiental, nas reformulações curriculares dos Cursos de Licenciatura da Universidade Estadual de Londrina, protagonizada pela Resolução CNE/CP n° 2/2015, que possam não estar atendendo às exigências das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) e como elas – situações-limites ou contradições – se apresentam no currículo desta formação inicial. Partindo dessa problemática, este trabalho tem como objetivo principal: identificar, analisar e compreender que situações-limites existem na inclusão da Educação Ambiental nas reformulações curriculares dos Cursos de Licenciatura da Universidade Estadual de Londrina, protagonizada pela Resolução CNE/CP n° 2/2015, que impedem ou dificultam a plena implantação da Educação Ambiental em seus currículos formadores de professores. Possui como objetivos específicos: mapear a organização curricular dos cursos de licenciatura, a fim de construir um panorama da Educação Ambiental na formação inicial de professores na UEL, a partir das reformulações de curso decorrentes das DCN para a formação inicial e continuada de professores de 2015; identificar e diferenciar as vertentes da Educação Ambiental presentes nos cursos de licenciatura, a fim de apontar os avanços e retrocessos na implementação da nova organização curricular no âmbito da Educação Ambiental. Justifica-se o interesse por essa discussão, pois recentemente os cursos de licenciatura, para se adequarem às exigências das DCN, passaram por reformulações em seus projetos de curso, fazendo-se necessário discutir como esses implementaram os direcionamentos da legislação e como a nova organização concebe e insere a Educação Ambiental na formação inicial de professores no âmbito da UEL. O trabalho pode contribuir para a compreensão de como o cenário nacional da Educação Ambiental se materializa na esfera local da UEL, tendo em vista que a universidade recebe destaque nacional a partir dos resultados do Índice Geral de Cursos. Visualizando os objetivos propostos, o presente trabalho será composto por uma pesquisa bibliográfica com delineamento documental, de nível exploratório, abordagem qualitativa e perspectiva Crítico Dialético a partir das categorias essência e fenômeno. Contatou-se que a Educação Ambiental e a Temática Ambiental se fazem presentes nos programas de cursos desde antes das DCN de 2015 e se encontra em um processo de expansão. Também se identificou como situação-limite, presente nas organizações curriculares, o predomínio de uma abordagem racional da dimensão ambiental; e que os cursos caminham para a construção de uma nova racionalidade ambiental por meio da educação
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    Clima escolar na percepção dos atores educacionais de uma escola cívico-militar: um estudo à luz da epistemologia genética
    (2023-03-31) Santos, Heloisa Braga dos; Oliveira, Francismara Neves de; Reis, Leandro Augusto dos; Dell’ Agli, Betânia Alves Veiga; Saladini, Ana Cláudia
    O clima escolar pode ser definido como um conjunto de percepções compartilhadas por atores educacionais, decorrentes das experiências vivenciadas por eles no contexto escolar. Os fatores que compõem o clima se inter-relacionam a todo momento e referem-se à atmosfera psicossocial da escola como normas, regras, objetivos, infraestrutura, rede física, valores sociomorais e relações humanas construídas. Fundamentado na Epistemologia Genética de Jean Piaget, o lócus do estudo foi uma escola cívico-militar norte paranaense, que se expandiu pelo Brasil a partir do decreto nº 9.465, de 02 de janeiro 2019. A pesquisa objetivou analisar a percepção de professores, gestores e estudantes dos anos finais do ensino fundamental de uma escola cívico-militar norte paranaense, sobre o clima escolar, relacionando aos valores sociomorais. Como objetivos específicos delimitou-se: identificar e caracterizar a percepção de clima escolar de cada grupo de atores educacionais: gestores, professores e estudantes; destacar possíveis convergências e divergências na percepção dos atores educacionais para cada uma das dimensões do clima escolar; caracterizar o clima escolar predominante na instituição, relacionando-o aos valores sociomorais. Participaram desta pesquisa 10 gestores (direção, pedagogos e monitores cívico-militares), 16 docentes das diversas áreas de atuação e 126 discentes do sétimo ao nono ano. De caráter misto, visando combinar e relacionar análise quantitativa e qualitativa, foi realizada a aplicação de uma escala em formato Likert de 4 pontos, denominada “Escala de avaliação do clima escolar”, a fim de identificar as percepções dos atores educacionais desta instituição. Como principais resultados identificou-se que a percepção dos gestores e professores quanto ao clima escolar é expressivamente mais positiva sobre o clima escolar, enquanto a dos estudantes demonstrou percepção mais intermediária, ou seja, oscilando entre positiva e negativa. Isso significa que, a percepção dos funcionários da escola (professores e gestores) é divergente da percepção dos estudantes, o que indica duas visões de escola e de clima escolar distintas. Essas afirmações foram constatadas nas correlações realizadas entre as dimensões, a partir de médias aritméticas e análise estatística dos dados gerados. Conclui-se ainda que a adesão ao contexto cívico-militar nesta instituição é relativamente nova, não podendo inferir plenamente se os resultados aqui obtidos acerca do clima escolar tiveram relação direta com este modelo de ensino. Essa pesquisa não propôs uma generalização dos resultados a todo contexto cívico-militar, mas revelou elementos significativos sobre as dimensões que compõem o clima escolar considerando um contexto no qual predomina a obediência à autoridade e o respeito unilateral. Assim, esta pesquisa não esgota as inúmeras possibilidades de estudos acerca de intervenções pedagógicas favorecedoras de discussões que envolvam os diferentes grupos de atores educacionais em torno da construção coletiva de valores sociomorais na escola, bem como ações que visem identificar aspectos favorecedores ou não do desenvolvimento sociomoral nesses contextos
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    Analogias, divergências conceituais e legais da pandemia de 1918 e a pandemia da Covid-19 em 2020 no Brasil: o caso da educação
    (2023-08-01) Santos, Amanda Mendes Cordeiro; Platt, Adreana Dulcina; Oliveira, Marta Regina Furlan de; Moraes, Dirce Aparecida Foletto de
    Com a pandemia de Covid-19, que gerou situação de isolamento social, obrigando o fechamento das escolas em atendimento às medidas sanitárias adotadas pelo país, e com o ensino remoto, alternativa de continuidade ao ensino presencial, engendraram-se bruscas mudanças em todo o sistema e processo de ensino. No Brasil, a situação pandêmica de 2020-22 não foi algo totalmente inédito, pois o país já havia passado pela pandemia da Gripe Espanhola em 1918. Desse modo, surgiu a questão de pensar se é possível visualizar avanços, ou similaridades, quanto às medidas educacionais legais e conceituais adotadas nas pandemias de 1918 e 2020, instigando a necessidade de estudos teóricos sobre o tema. O estudo consiste em uma revisitação filosófica e crítica dos períodos históricos de gripe Espanhola e de Covid-19. O objetivo geral do estudo ensejou cotejar as ações governamentais em âmbito federal e estadual voltadas a garantir o acesso e a permanência dos estudantes da Educação Básica diante de processo excepcional de pandemia nestes dois momentos históricos distintos: 1918/1919, com a pandemia da Gripe Espanhola no Brasil, e, 2020/2021, da pandemia de Covid-19. A categoria perseguida segundo as fontes históricas comportou o direito à educação: o acesso e a permanência na escola. Desvelou-se, nos dois períodos pandêmicos, a ocorrência de flexibilização da educação como resposta às circunstâncias excepcionais enfrentadas pelo sistema educacional. As ações governamentais, tanto em âmbito federal quanto estadual, para os dois períodos pandêmicos, foram de suspensão das aulas, com o foco na preservação da vida e ações na saúde pública. As principais divergências nas ações para os diferentes períodos relacionaram-se ao suporte aos alunos vulneráveis e à flexibilidade do calendário escolar; quando da Gripe Espanhola, houve o fechamento das escolas sem alternativa para o ensino presencial e aprovação automática, quanto ao novo coronavírus, decorreu-se o fechamento das escolas, com o ensino remoto como alternativa ao ensino presencial. Com esta pesquisa, pretendeu-se atualizar os estudos sobre políticas educacionais no Brasil, assim como construir bases críticas para o fenômeno do ensino remoto, por tornar-se estratégia hegemônica de governos no Brasil e no mundo, exigindo a devida compreensão das repercussões da atividade entre os educadores
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    FEIPAR e Políticas Educacionais no Paraná: mobilização do Fórum na Defesa dos Direitos das Crianças da Educação Infantil
    (2023-11-18) Moreira, Rosilene Aparecida Moloni; Ruiz, Maria José Ferreira; Moro, Catarina de Souza; Magalhães, Cassiana
    Esta pesquisa tem como objeto de estudo as ações do Movimento Interfóruns da Educação Infantil do Brasil (MIEIB), bem como as ações dos Grupos de Trabalhos (GTs), vinculado ao Fórum da Educação Infantil do Paraná (FEIPAR), na formulação de políticas públicas educacionais. A pesquisa tem como aporte teórico autores como Arelaro (2017), Canavieira (2010), Costa (2018) e Maudonnet (2017), dentre outros, que discutem a militância da educação infantil, por meio de seus Fóruns, nos quais o MIEIB é a representação nacional, tendo em vista a configuração pelas instâncias em nível estadual e municipal de seus membros. Tem como objetivo geral: Analisar a influência e a trajetória do Fórum de Educação Infantil do Paraná, como movimento propositivo na construção das políticas para a Educação Infantil. Os objetivos específicos são: (I) Conceituar Movimentos Sociais e analisar os que mais se destacaram no Brasil na conquista da Educação Infantil, enquanto direito social previsto na legislação educacional; (II) Identificar as principais ações propositivas do MIEIB frente às políticas educacionais para a Educação Infantil, entre os anos de 2009 a 2021; (III) Registrar e analisar a história do FEIPAR em suas ramificações dos Grupos de Trabalho paranaense (IV) Investigar, no cenário pandêmico, a mobilização do Fórum Educação Infantil do Paraná, na defesa do direito das crianças. Os procedimentos do estudo são a pesquisa bibliográfica, a análise documental e a análise de duas lives produzidas pelo FEIPAR, no período da Pandemia/COVID-19. Considera-se que o FEIPAR apresenta destacada importância na formação política dos seus frequentadores e se constitui em um espaço de troca de experiências para aqueles que lutam pela Educação Infantil, atuando assim, de forma indireta, no processo de construção de políticas públicas. Nas análises realizadas nas lives e demais materiais observaram-se que este Fórum desempenhou um papel crucial na discussão de temáticas que envolvem a proteção dos direitos das crianças da Educação Infantil, durante a pandemia de COVID-19, ao desenvolver materiais e conteúdos significativos que serviram como mediadores para enfrentar os desafios daquela conjuntura
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    Reflexões sobre a formação continuada de professores da educação infantil no município de Arapongas: contribuições para a ação docente com crianças
    (2023-12-04) Montanher, Vivian Leite Pereira; Oliveira, Marta Regina Furlan de; Silva, Rovilson José da; Paschoal, Jaqueline Delgado
    Este estudo tratou sobre a Formação Continuada de Professores da Educação Infantil no Município de Arapongas-Paraná, e as implicações formativas na prática docente com crianças de até 5 anos de idade. Vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Mestrado em Educação – Linha 2 – Docência: Saberes e Práticas, Núcleo 1: Formação de Professores da Universidade Estadual de Londrina e participação no Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação, Infância e Teoria Crítica – CNPq/UEL, a pesquisa justifica-se pelo fato de que a pesquisadora, por atuar na Educação Infantil, inquietou-se a respeito de como os colegas docentes têm vivenciado os momentos de formação continuada que lhes são ofertados, a fim de identificar possíveis modificações na proposta, visar melhor atender melhor esse público e oportunizar uma formação continuada que atenda suas expectativas e reais necessidades. O objetivo geral desta pesquisa foi compreender como a formação continuada disponibilizada pela Secretaria Municipal de Educação é percebida pelos docentes que atuam com as crianças, assim como ecoam essas implicações na prática docente. A metodologia de pesquisa foi de natureza qualitativa, por tratar-se de um estudo bibliográfico com pesquisa de campo, em que foi realizado um levantamento de dados a respeito da temática “formação continuada”, e uma pesquisa documental realizada junto à Secretaria Municipal de Educação. A pesquisa de campo foi realizada com 7 (sete) professoras que atuam com crianças de meses até 5 (cinco) anos de idade, num Centro Municipal de Educação Infantil, e o instrumento utilizado para a coleta de dados foi uma entrevista semiestruturada com questões abertas, aplicada em momentos pré-agendados com as participantes. Os resultados da pesquisa demonstraram com clareza que a “formação continuada” de professores tem importância para o trabalho diário desses docentes, pois as temáticas auxiliam no trabalho e, consequentemente, no desenvolvimento das crianças. Mesmo que os professores encontrem dificuldades na aplicação de alguns desses temas para as crianças, a sua oferta nas formações pode proporcionar a esse profissional novas formas de aplicação de um mesmo conhecimento às crianças, como também a criação de novos ambientes e materiais que enriqueçam o trabalho com os pequenos. Além disso, pôde-se destacar que a discussão do tema “formação continuada” proporcionou às professoras entrevistadas a oportunidade de realizarem uma autorreflexão capaz de ampliar os olhares sobre a temática, aprimorando seus conhecimentos e refletindo sobre sua prática a partir dos momentos de formação dos quais participam frequentemente
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    As datas comemorativas sobre as mulheres na escola: um estudo nos documentos da TV CEM (1994 – 2009)
    (2023-04-03) Lima, Claudia Maria de Sousa de; Oliveira, Sandra Regina Ferreira de; Noda, Marisa; Burioli, Simone
    Em muitas escolas públicas e privadas de Anos Iniciais do Ensino Fundamental, as datas comemorativas foram e ainda são trabalhadas de forma descontextualizada, estereotipada e não problematizadas culturalmente na perspectiva da pluralidade, das diversidades e das desigualdades. Muitas vezes, esta forma de trabalho pedagógico não expressa o real significado do que se está comemorando. Não reflete de fato as vidas objetivas da maioria da população que compõe a escola pública, especialmente no que diz respeito aos aspectos: econômico, ideológico, político, sociocultural, histórico ou religioso. Isso nos leva a pensar a hipótese de que por detrás dessa prática naturalizada, se encontrava uma perspectiva de educação de caráter moralizador. Precisamos compreender historicamente a forma como se constituiu o trabalho pedagógico em torno de tais datas. Por isso, o objetivo geral dessa pesquisa é identificar concepções e práticas pedagógicas, tanto de silenciamentos quanto de empoderamentos, dos pertencimentos do gênero feminino, nos textos e atividades de datas comemorativas, encontradas nos documentos do Canal Educativo Municipal TV CEM. Para tanto, tomamos por base as concepções e expressões que atendem às três formas de opressão conceituadas por Santos: o capitalismo, o patriarcado e o colonialismo. Neste contexto, lança-se as seguintes perguntas: Que concepções de mulheres são representadas nas formas de se trabalhar as datas comemorativas em algumas escolas? Que concepções de mulheres são esquecidas e invisibilizadas nas formas de se trabalhar as datas comemorativas em algumas escolas? Recorremos também às contribuições de Paulo Freire no que se referem à abordagem de tais opressões no campo da educação no Brasil. As fontes com as quais trabalhamos foram os textos e atividades de datas comemorativas, encontradas nos documentos da TV CEM (1994 a 2009), localizados no acervo do Museu Escolar de Londrina – MEL, analisando, de forma especial, dez Apostilas de Atividades e dezessete Revistas. Quanto à metodologia, faremos uma pesquisa qualitativa, embasada numa perspectiva socio-histórica crítica, que nos possibilita uma visão de totalidade dialética freiriana para análise das dimensões significativas das realidades vividas
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    Práticas Educativas com o Podcast no Anos Iniciais do Ensino Fundamental
    (2023-07-07) Grigio, Érika Antunes Thomazini; Moraes, Dirce Aparecida Foletto de; Mello, Diene Eire de; Lucena, Simone
    O presente estudo está vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Londrina, inserido na linha de pesquisa - Docência: Saberes e Práticas, do núcleo Formação de Professores, como também no Grupo de Estudos em Tecnologias, Didática e Aprendizagem – DidaTic, e tem como objetivo compreender de que maneira a produção de podcast pode potencializar as práticas educativas nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Este faz parte do Projeto de Pesquisa intitulado “Ambiências Formativas Com o Uso de Tecnologias Digitais”, foi desenvolvido com uma turma do 4º ano no Colégio de Aplicação da UEL – Universidade Estadual de Londrina e se compõe como Dissertação de Mestrado. O caminho metodológico foi constituído pela abordagem qualitativa na modalidade interventiva. Os dados foram coletados com o apoio da observação participante, questionário inicial, registro em diário de pesquisa, análise documental das produções escritas e dos podcasts. Os resultados demonstraram que quando utilizados de maneira intencional, planejada e contextualizada, a produção dos podcasts pelas crianças proporciona novas experiências, interação com seus pares e professores, a participação ativa na construção dos conhecimentos que potencializam diversas experiências de aprendizagem, como aperfeiçoamento da língua escrita, da oralidade, da comunicação e da interação com outros estudantes. Além disso, oportunizou o engajamento nas atividades, a criatividade, a areflexão, atenção, a cooperação,a colaboração, a atuação das crianças como produtoras de conteúdos (criação e cocriação) e a autonomia. Em relação ao aperfeiçoamento da língua escrita, a criação de podcasts proporcionou um contexto propício para que as crianças pudessem praticar a escrita de roteiros, desenvolver argumentos estruturados e comunicar suas ideias de forma coesa. Ao se envolverem na produção dos podcasts, elas foram incentivadas a refletir sobre a organização e formato do texto, escolher o vocabulário adequado para tornar a mensagem mais cativante. No que diz respeito à oralidade, os podcasts permitiram que as crianças desenvolvessem sua expressão verbal, aprimorando a entonação, articulação das palavras, a pronúncia e a dicção. Durante o processo de criação do podcast, elas precisaram trabalhar em equipe, negociar ideias, tomar decisões em conjunto e compartilhar responsabilidades. Ao assumirem o papel de produtores de conteúdos, elas sentiram necessidade de se envolver de forma mais intensa nas tarefas propostas e precisaram assumir a responsabilidade pela criação do conteúdo que seria compartilhado. As crianças tiveram a liberdade de explorar diferentes estilos de narração, uso de efeitos sonoros e musicais. No decorrer do processo criativo, elas foram desafiadas e refletir sobre os conteúdos abordados, analisar diferentes perspectivas e tomar decisões. Em suma a produção de podcasts proporcionou uma experiência educativa enriquecedora que ampliou as possibilidades de aprendizagem e promoveu a construção do conhecimento de forma lúdica aos alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental
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    Saberes docentes e história: reflexões sobre ensino e formação de professores
    (2003-03-14) Reis, Silvana Gomes dos; Gimenez, Telma Nunes; Schimidt, Maria Auxiliadora Moreira dos Santos; Berbel, Neusi Aparecida Navas
    Adotando o referencial de saberes docentes (Tardif, 2002) e a classificação dos conhecimentos do professor de Shulman (1987), este estudo analisa quais os conhecimentos são considerados necessários ao professor de História, segundo a literatura, professores formadores e atuantes na rede pública do ensino fundamental e médio. Para a coleta de dados utiliza entrevistas semi-estruturadas, abrangendo uma população de 15 entrevistados, sendo nove formadores, subdivididos em três grupos: três de disciplinas específicas do curso de História de uma instituição de ensino superior, três de metodologia e prática de ensino e três das disciplinas pedagógicas (Didática Geral, Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio, Psicologia da Educação) da mesma instituição. Aponta como principais resultados: a) os saberes docentes são múltiplos, tendo um caráter pessoal, social e pragmático vinculado ao tempo de trabalho e às experiências vivenciadas; b) dentre os diversos saberes, as instituições formadoras somente têm focalizado os saberes de formação (saberes pedagógicos e disciplinares); c) a prática é valorizada como espaço contínuo de formação, onde são desenvolvidos os saberes experienciais, que filtram os demais saberes em função das necessidades cotidianas; d) a concepção de propostas de ensino e aprendizagem requer a consideração do contexto escolar no qual elas serão implementadas, através da análise de seus limites de realização; e) as instituições formadoras precisam melhorar a articulação entre seu próprio corpo docente, entre teoria e prática e sua articulação com o ensino médio e fundamental. Conclui-se que existe uma convergência entre os elementos constituintes dos conhecimentos de conteúdo, pedagógicos de conteúdo, curriculares, dos alunos e suas características, de contexto e dos fins educacionais do ponto de vista de formadores e professores atuantes. Entretanto, grande parte dos professores atuantes na rede pública consideram que os conhecimentos pedagógicos são apenas técnicas de trabalho, dissociados do aspecto teórico e reflexivo. Mesmo considerando que todos os saberes estão inter-relacionados, a maioria dos professores formadores dá grande destaque aos conhecimentos de conteúdo e pedagógicos de conteúdo (ligados ao aspecto teórico e metodológico da História), enquanto os professores da rede pública enfatizam principalmente a influência do contexto escolar em seu trabalho.
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    A educação infantil no contexto de uma pré-escola: relato de experiência como subsídio à prática pedagógica
    (2007-03-30) Pelz, Lucy Durant Masquetti; Zamberlan, Maria Aparecida Trevisan; Aquino, Olga Ribeiro de; Yaegashi, Solange Franci Raimundo
    A escola tradicionalmente tem trabalhado com uma concepção de infância homogênea, cuja delimitação tem sido feita pela imaturidade, pela falta em relação ao adulto. Se partirmos da compreensão de que não há uma infância, mas infâncias, se não há um padrão único de ser criança, o trabalho a ser realizado com elas não pode ser definido a priori, de forma descontextualizada. Cerisara, (2004) discute os aspectos que merecem nossa atenção diante da construção de uma Pedagogia da Educação Infantil com respeito à concepção de Infância e ao currículo. É preciso que a Pedagogia a ser realizada contemple as diversidades das crianças, de cada grupo, nas suas competências, nas suas possibilidades e as estratégias a serem selecionadas para o desenvolvimento deverão ser, também, individualizadas. Uma dessas estratégias é pensar numa proposta que incorpore a cultura lúdica que conseqüentemente contribuirá para a estruturação do pensamento simbólico/humano, visto que este cria/reconstrói suas experiências pela interação social que é fator preponderante para o aprendizado. Na escola o papel do mediador deve se apoiar na concepção de um sujeito interativo que elabora e re-elabora seus conhecimentos sobre a realidade e os objetos em um processo mediado pelo outro. A pesquisa por nós realizada no Centro de Educação Infantil – SESI da cidade de Arapongas – PR, visou a caracterização desta instituição, que atende crianças filhas de trabalhadores de indústrias e relatar os fundamentos e encaminhamentos adotados de modo a socializar as experiências obtidas no tocante ao conhecimento curricular, à interação professor X aluno, aluno X aluno, os conhecimentos dos professores a respeito da criança que educa e a análise das práticas adotadas. Os procedimentos metodológicos adotados na pesquisa foram análise de documentos, fotografias e observação “in loco”, utilizando-se de videogravação de duas turmas da pré-escola. Com base nas informações obtidas foi possível considerar que as reflexões realizadas sugerem que a instituição desenvolve uma educação com elevado nível de qualidade, num processo dinâmico de ensino e aprendizagem. Os dados indicam, porém, que é necessária a contínua reflexão em torno das questões que envolvem o fazer pedagógico pelos envolvidos no processo educacional. Este trabalho, entretanto, poderá muito contribuir com subsídios teóricos e práticos para o repensar da “práxis” pedagógica em instituições do gênero da aqui enfocada.
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    História da implantação da educação escolar na comunidade indígena Ñandeva-Guarani da reserva Porto Lindo no município de Japorã MS
    (2007-04-03) Couto, Cristiane Beatriz Dahmer; Abbud, Maria Luiza Macedo; Jorge, Marcos; Landa, Beatriz dos Santos
    O presente trabalho tem como objetivo relatar o processo histórico da educação escolar indígena na comunidade Ñandeva-Guarani, localizada na reserva Porto Lindo, município de Japorã (MS). Para tanto, utilizou-se duas fontes de dados: documentos e depoimentos orais. A partir de um mapeamento inicial do objeto de estudo, realizado com as fontes documentais, foram entrevistados seis professores – três indígenas e três não-índios. A pesquisa privilegiou o período de 1960 até os dias atuais, mas também utilizou dados documentais referentes à região que remontam ao período colonial do Brasil. A apresentação dos resultados tem início com uma retrospectiva histórica da comunidade indígena guarani no estado do Mato Grosso do Sul, do século XVI ao XXI, passando depois a pormenorizar os acontecimentos diretamente vinculados à criação da escola localizada na Reserva Indígena Porto Lindo, da comunidade Ñandeva-Guarani, foco deste estudo. A forma como se inicia a implantação da escola nessa comunidade, tendo como referência os dados documentais e os depoimentos recolhidos, e as práticas que ali vêm sendo efetivadas – especialmente quanto aos significados, assumidos pelas indígenas a partir dos saberes transmitidos pela educação ali praticada – permitiram identificar alguns dos problemas ligados tanto à questão da educação indígena, em geral, quanto aos problemas específicos da comunidade enfocada. Com isto, surgem indagações que, espera-se, auxiliem futuras pesquisas sobre educação indígena, em geral, e sobre os rumos da educação escolar entre os Ñandeva-Guarani, da reserva Porto Lindo, em particular.
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    Procrastinação, autoeficácia, gerenciamento do tempo e motivação para as aprendizagens: um estudo com acadêmicos de pedagogia
    (2023-02-23) Marconi, Flaviane Nora; Bzuneck, José Aloyseo; Ramos, Maély Ferreira Holanda; Alliprandini, Paula Mariza Zedu
    A partir da concepção de que a aprendizagem autorregulada se tornou uma das teorias mais importantes a ser estudada na área da psicologia educacional, entende-se ser igualmente necessário o estudo da motivação para os processos autorregulatórios, na perspectiva das teorias da autodeterminação e da autoeficácia. Assim, o primeiro objetivo do presente estudo foi de avaliar, numa amostra de 209 estudantes de Pedagogia, suas crenças de autoeficácia para gerenciamento do tempo, a prática da procrastinação indevida de tarefas, em que medida administram o tempo e qual era sua motivação intrínseca para os estudos. Adicionalmente, buscou-se também identificar diferenças significativas nas medidas anteriores em função de fatores sociodemográficos entre os acadêmicos. Aos participantes foi aplicado um questionário do tipo Likert com 41 itens, a serem marcados numa escala de cinco pontos, destinados a avaliar autoeficácia, gerenciamento do tempo, motivação intrínseca e a prática da procrastinação. As propriedades psicométricas das respectivas escalas foram asseguradas por análises fatoriais. Não foi normal a distribuição dos escores obtidos com as três primeiras escalas. Por primeiro, os dados das quatro subescalas foram submetidos à análise de correlação de Spearman e a análises de regressão. Como resultados, além dos de correlações, autoeficácia apareceu com valor significativo de predição sobre a variável gerenciamento do tempo, enquanto que para a procrastinação o valor de predição foi negativo. Já a motivação intrínseca apareceu como significativamente preditora de gerenciamento do tempo; entretanto, para procrastinação o valor negativo não alcançou o nível de significância. Na sequência, buscou-se verificar se e em que grau tiveram função de moderadoras para os escores nas quatro categorias contempladas nas escalas as seguintes variáveis sociodemográficas dos participantes: se trabalham ou não, além de estudarem; turnos matutino ou noturno do curso; e ano em que estão no curso. Uma vez que os dados nas escalas não seguiram uma distribuição normal, as análises de variância foram aplicadas com procedimentos de bootstrapping, com os testes de Levene e de Welch. Os resultados dessas análises revelaram que os escores nas medidas de autoeficácia para autorregulação do tempo, de motivação intrínseca e de procrastinação variaram significativamente em função de somente algumas das variáveis sociodemográficas. Por fim, os resultados foram discutidos à luz das teorias motivacionais e da teoria da autorregulação, no aspecto específico de regulação do tempo. Foram igualmente apresentadas sugestões derivadas dos presentes dados, com o objetivo de levar estudantes a administrarem o tempo nos estudos e evitarem comportamentos de procrastinação indevida de tarefas acadêmicas