QUE OS LIVROS NOS LIBERTEM DAS CORRENTES QUE NOS PRENDEM: Um estudo sobre práticas de leitura antirracistas desenvolvidas na Educação Infantil.
Data
2025-02-10
Autores
Silva, Luana Maria Floriano de Souza
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
A presente pesquisa está vinculada ao Núcleo 1 – Formação de professores, Linha 2, pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Londrina, aprovada pelo Comitê de Ética no primeiro semestre de 2023. A escrita foi organizada em seis seções, sendo Introdução, duas seções de fundamentação teórica com suas subseções, a seção relacionada ao método e suas subseções e a conclusão. A metodologia explana a respeito do surgimento das primeiras leis educacionais, sobre o reconhecimento dos Centros Municipais de Educação Infantil enquanto instituição social e seu importante papel de responsabilidade na luta contra as desigualdades sociais, e consequentemente contra as formas de racismo que não se limita apenas ao morfológico, mas também ao sistêmico, cultural e estrutural. Com base nesta situação, elenca-se o seguinte problema: Como as práticas de leitura literária desenvolvidas pelos professores da Educação Infantil, têm mediado a abordagem de questões raciais, a fim de contribuir para a formação de uma consciência antirracista nas crianças? O intuito desta pesquisadora foi investigar segundo as percepções dos professores, se por meio de práticas de leitura literária em sala de aula, questões raciais têm sido abordadas com as crianças da Educação Infantil. Para tanto, entrevistas semiestruturadas foram conduzidas com professoras do Colégio de Aplicação da Universidade Estadual de Londrina - UEL e em dois Centros Municipais de Educação Infantil no Município de Pinhalão, a fim de coletar dados a respeito do trabalho que tem sido desenvolvido em relação às práticas de leitura literárias antirracista durante as aulas. Os dados coletados revelam que 53,3% das professoras entrevistadas realizam práticas de leitura literária no mínimo uma vez por semana, mas em relação a abordagem antirracista, demonstram pouco conhecimento, mencionando em sua maioria apenas a obra "Menina bonita do laço de fita" de Ana Maria Machado, que de acordo com relatos obtidos é utilizada apenas na semana da Consciência Negra, apesar de não ser adequada para abordagens antirracistas. As professoras também relataram escassez de obras literárias e materiais pedagógicos, que valorize a cultura afro-brasileira no acervo bibliográfico da instituição em que atuam, limitando suas práticas pedagógicas. Em suma, a análise das entrevistas sugere, que a formação inicial das professoras entrevistadas em sua maioria, carece de uma abordagem crítica sobre questões raciais, resultando em uma educação empobrecida em termos culturais e históricos. Destarte, esta pesquisa propõe que as instituições de Educação Infantil enriqueçam seus acervos bibliográficos, que docentes se capacitem e adotem práticas pedagógicas pautadas na Teoria Decolonial, a fim de desconstruir padrões discriminatórios e promover uma educação inclusiva e antirracista
Descrição
Palavras-chave
Educação Infantil, professores, práticas de leitura antirracista, Teoria Decolonial, análise de conteúdo, Formação de professores, Desigualdade social, Racismo Brasil, Questões raciais, Colonialismo, Decolonialidade, Formação de leitores, Cultura afro-brasileira