Avaliação do envolvimento da variante 677c>t (rs1801133) do gene mthfr na suscetibilidade e gravidade da doença arterial obstrutiva periférica e sua associação com os níveis séricos de homocisteína em uma população brasileira
Arquivos
Data
Autores
Silvestre, Guilherme da Silva
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
Resumo: Introdução: A doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) consiste na redução do suprimento sanguíneo para os órgãos e tecidos dos membros inferiores A aterosclerose é responsável pela fisiopatologia da maioria dos casos de DAOP e a hiperhomocisteinemia (HHcy) é um fator de risco, podendo, esta, estar associada à variante 667C>T (rs181133) do gene MTHFR que codifica a enzima 5,1 metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR) Objetivo: Avaliar o envolvimento da variante 677C>T (rs181133) do gene MTHFR na suscetibilidade e gravidade da DAOP, bem como sua associação com os níveis séricos de homocisteína (Hcy) em uma população brasileira Sujeitos e Métodos: Estudo caso-controle com 157 pacientes diagnosticados com DAOP atendidos no Ambulatório de Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular do Hospital Universitário de Londrina (HU), Paraná, Brasil, e 113 indivíduos saudáveis não aparentados (sem DAOP) atendidos no Hemocentro Regional de Londrina, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 7 anos O diagnóstico de DAOP foi confirmado pelo índice tornozelo-braço (ITB) inferior a ,9 A gravidade clínica dos pacientes com DAOP foi avaliada de acordo com a classificação de Fontaine e as categorias anatomorradiológicas pelo Inter-Society Consensus for the Management of Peripheral Arterial Disease (TASC) A genotipagem da variante 677C>T do MTHFR foi realizada pela reação em cadeia da polimerase em tempo real e os níveis de Hcy, vitamina B12 e folato foram determinados por ensaio quimioluminescência em micropartículas Resultados: Os pacientes com DAOP apresentaram maiores níveis de Hcy do que os controles (p<,2) No entanto, os níveis de Hcy não diferiram de acordo com a classificação de Fontaine (p=,257) e de TASC (p=,678) A frequência alélica e genotípica da variante 677C>T do MTHFR não diferiu entre os pacientes com DAOP e controles nos diferentes modelos genéticos avaliados Não houve diferença na gravidade clínica (p=,716 e p=,548) e na extensão anatomorradiológica da doença (p=,61 e p=,544), de acordo com os genótipos avaliados nos modelos dominante e recessivo, respectivamente No entanto, pacientes com DAOP portadores dos genótipos CT+TT (modelo dominante) apresentaram níveis aumentados de Hcy comparados com pacientes portadores do genótipo CC (p=,8), independentemente de fatores confundidores como sexo, etnia, idade, índice de massa corpórea (IMC), níveis de folato e vitamina B12 e dislipidemia Esse dado foi corroborado pelo achado em pacientes com o genótipo TT (modelo recessivo) que também apresentaram níveis superiores de Hcy quando comparados aos genótipos CC+CT, independentemente das mesmas variáveis confundidoras avaliadas Conclusões: A presença do alelo T da variante 677C>T do MTHFR foi associada à HHCy nos pacientes com DAOP, e não no grupo controle Além disso, essa variante genética não foi associada aos diferentes estágios clínicos e anatomorradiológicos da DAOP Nossos dados sugerem uma possível interação entre o alelo T da variante 677C>T do MTHFR e outros fatores genéticos, epigenéticos ou ainda ambientais associados à DAOP na modulação do metabolismo da Hcy nesses pacientes
Descrição
Palavras-chave
Doença vascular periférica, Doença arterial obstrutiva periférica (DAOP), Cirurgia vascular, Peripheral arterial disease (DAOP), Vascular surgery, Peripheral vascular disease