01 - Doutorado - Patologia Experimental
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Navegando 01 - Doutorado - Patologia Experimental por Autor "Amarante, Marla Karine"
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Item Análise de polimorfismos genéticos das glutationa-S-transferases GSTM1 e GSTT1 e NAD(P)H quinona oxidoredutase (NQO1) na leucemia linfóide aguda infantojuvenil : suscetibilidade e prognósticoFujita, Thiago Cezar; Watanabe, Maria Angelica Ehara [Orientador]; Oliveira, Karen Brajão de; Ono, Mario; Amarante, Marla Karine; Losi-Guembarovski, Roberta; Oliveira, Carlos Eduardo Coral de [Coorientador]Resumo: A leucemia é a forma mais frequente de câncer em crianças e adolescentes com menos de 14 anos de idade, representando cerca de 31% das doenças malignas antes dos 15 anos de idade A leucemia linfoblástica aguda (LLA) é uma neoplasia hematológica caracterizada por um acúmulo excessivo de células progenitoras imaturas linfoides no sangue e na medula óssea Trata-se de doença heterogênea em relação as alterações genéticas, resposta ao tratamento e prognóstico Embora a sobrevida global dos pacientes com LLA na infância após a quimioterapia tenha melhorado ao longo dos anos, atingindo taxas de cura de 8%, muitos estudos estão sendo desenvolvidos na tentativa de melhorar o diagnóstico e a eficácia dos protocolos terapêuticos atuais As glutationas S-transferases (GSTs), como como GSTM1 e GSTT1 e a NAD (P) H quinona oxidoredutase 1 (NQO1) são enzimas envolvidas na fase II das reações de detoxificação As quinonas são uma classe de compostos orgânicos derivados de hidrocarbonetos aromáticos, encontrados em vários sistemas biológicos Envolvida no metabolismo das quinonas, a enzima NQO1 é uma redutase que protege contra os efeitos tóxicos dos medicamentos anticâncer O gene NQO1 possui um polimorfismo rs18566 (C69T), o que leva a uma baixa atividade enzimática Como a enzima codificada por esse gene realiza uma etapa importante na homeostase celular, fica claro que a ausência ou diminuição de suas atividades podem levar a um aumento na toxicidade e suscetibilidade ao desenvolvimento de neoplasias malignas, como a LLA Os genes GSTM1 e GSTT1 têm um polimorfismo que causa a exclusão homozigótica do gene e leva a atividade enzimática alterada Assim, o presente estudo avaliou os polimorfismos nos genes NQO1, GSTT1 e GSTM1 em pacientes com LLA e controles livres de neoplasia e analisou os níveis plasmáticos de GST no risco de progressão e resposta ao tratamento Amostras de sangue periférico de 74 pacientes com diagnóstico confirmado e 115 controles tiveram seus DNAs genômicos extraídos e amplificados por metodologia baseada na reação em cadeia da polimerase (PCR) para o polimorfismo do NQO1 O estudo caso-controle não indicou associação entre a presença das variantes polimórficas e a suscetibilidade a LLA ou sobrevida (OR: 83, CI95%: 5-139) No entanto, este polimorfismo foi correlacionado com a recidiva na LLA (p = ,3) No outro estudo, 64 pacientes com LLA e 68 controles foram analisados quanto aos polimorfismos dos genes GSTT1 e GSTM1 e os níveis plasmáticos de GST Ambos os polimorfismos não foram associados à suscetibilidade (GSTM1OR: 7, CI95%: 35 - 143; GSTT1 OR: 112, CI95%: 47-265) ou risco de recidiva de LLA e seus diferentes genótipos não alteraram os níveis plasmáticos de GST Entretanto, verificou-se aumento da concentração de GST na LLA em relação ao grupo controle (p<,1), mas não foi encontrada associação dos níveis plasmáticos de GST com os parâmetros analisados Assim, nas amostras analisadas, o gene NQO1 foi apontado como um possível candidato a marcador molecular de prognóstico ou progressão para a oncogênese da LLA, e os níveis aumentados de GST no plasma de pacientes com LLA sugerem um possível envolvimento no tratamentoItem Análise de polimorfismos genéticos, expressão gênica e metilação da região promotora do fator de transcrição FOXP3 : implicações na patogênese de subtipos agressivos do câncer de mamaHirata, Bruna Karina Banin; Watanabe, Maria Angelica Ehara [Orientador]; Oda, Julie Massayo Maeda; Amarante, Marla Karine; Losi-Guembarovski, Roberta; Victorino, Vanessa Jacob; Oliveira, Karen Brajão de [Coorientadora]Resumo: O grau de heterogeneidade molecular e celular no câncer de mama e o grande número de eventos genéticos envolvidos no controle do crescimento celular, diferenciação, proliferação e metástase dependem da interação tumor-hospedeiro O câncer de mama consiste em um microambiente complexo que inclui, além das células neoplásicas e o estroma circundante, células do sistema imunológico As células T reguladoras (Tregs) são importantes na supressão de resposta imune efetora e desta forma podem contribuir para a tumorigênese Inicialmente acreditava-se que a proteína forkheadbox 3 (FOXP3) fosse exclusiva dessas células, no entanto alguns estudos têm encontrado expressão deste fator de transcrição também em células epiteliais, inclusive de mama, onde pode atuar como um gene supressor tumoral Sabe-se que polimorfismos genéticos podem modificar funcionalmente ou quantitativamente o FOXP3 Por outro lado, estudos tem mostrado que a regulação epigenética, como a metilação do DNA, é crucial para o controle de expressão do locus FOXP3 O presente estudo teve por objetivo analisar as variantes alélicas g143A>G (rs2232365) e g848A>C (rs3761548) entre pacientes com câncer de mama e mulheres livres de neoplasia mamária, o perfil de metilação da região promotora do gene, bem como sua expressão gênica O genótipo AA do polimorfismo g143A>G foi associado com maior chance de desenvolvimento do câncer de mama (p=,46) Enquanto o genótipo GG foi correlacionado com maior Ki-67 (p=,19) no subtipo HER2-superexpresso (HER2+) e estadiamento TNM mais avançado no subtipo triplo-negativo (TN) (p=32) O genótipo AA do polimorfismo g848A>C foi correlacionado com maior Ki-67 (p=18) e menor grau histológico no subtipo HER2+ (p=26) O haplótipo GA foi correlacionado com menor grau histológico (p=9) e maior Ki-67 (p=36) no subtipo HER2+ e maior estadiamento em TN (p=44), enquanto o haplótipo AC foi correlacionado com menor Ki-67 (p=5) e estadiamento (p=27), nos subtipos HER2+ e TN, respectivamente Além disso, o haplótipo AC foi correlacionado com maior expressão de RNAm de FOXP3 (p=39) O subtipo Luminal B HER2+ (LB) apresentou 2,6 vezes menos expressão de RNAm de FOXP3 comparado ao controle, enquanto o TN e HER2+ apresentaram uma expressão ligeiramente maior (1,6 e 1,8 vezes, respectivamente) A expressão de RNAm de FOXP3 não foi correlacionada com os parâmetros prognósticos das pacientes Não houve diferença do perfil de metilação entre os tumores benignos, carcinoma ductal in situ e invasivo (p=96), assim como não houve diferença entre o tecido tumoral e normal adjacente (p=63) O perfil de metilação também não foi correlacionada com a expressão de RNAm e proteica de FOXP3, bem como com parâmetros prognósticos Foi observada correlação significativa entre a expressão proteica citoplasmática de FOXP3 em células tumorais de mama com maior comprometimento de linfonodos (p=1) e uma tendência de correlação entre o infiltrado de células mononucleares FOXP3-positivas com maior grau histológico (p=68) Nossos resultados sugerem que no tumor de mama o perfil de metilação de FOXP3 não está unicamente relacionado com a regulação transcricional deste gene, podendo outros mecanismos estar envolvidos, como polimorfismos genéticos, uma vez que o haplótipo AC dos polimorfismos estudados mostrou correlação com a expressão gênica Além disso, este haplótipo foi correlacionado com menor índice de proliferação celular Ki67 e estadiamento, indicando que o RNAm de FOXP3 aumentado no tumor pode conferir melhor prognóstico No entanto, ao analisar a expressão proteica, observamos que quando localizado no citoplasma da célula tumoral o FOXP3 pode estar correlacionado à pior prognóstico, como comprometimento de linfonodos Desta maneira, sua influência no prognóstico pode depender da sua localização, assim como do subtipo tumoral de mamaItem Associação das variantes genéticas do FOXP3 (rs2232365/rs3761548) e do TGFB1 (rs1800470/rs1800469) com parâmetros clínicos e laboratoriais do lúpus eritematoso sistêmicoStadtlober, Nicole Perugini; Simão, Andréa Name Colado [Orientador]; Reiche, Edna Maria Vissoci; Amarante, Marla Karine; Costa, Neide Tomimura; Flauzino, TamiresResumo: Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune inflamatória crônica, caracterizada por alterações na resposta imune inata e adaptativa Variantes genéticas têm demonstrado alterar as respostas imunes e influenciar na suscetibilidade e gravidade da doença Objetivo: Avaliar a associação das variantes genéticas -924 A>G (rs2232365) e -3279 C>A (rs3761548) do FOXP3 e +869 T>C (rs1847) e -59 C>T (rs18469) do TGFB1, com a suscetibilidade e parâmetros clínicos e laboratoriais do LES Métodos e sujeitos: O estudo incluiu 23 pacientes com LES e 166 controles A atividade da doença foi determinada pelo índice de atividade da doença do LES (SLEDAI) e valores = 6 foram usados como parâmetro para classificar doença ativa e <6 para doença inativa As variantes do FOXP3 foram determinadas pela reação em cadeia da polimerase e polimorfismo no comprimento dos fragmentos de restrição (PCR-RFLP) e as variantes do TGFB1 por PCR qualitativa (qPCR) Os níveis plasmáticos de TGF-ß1 foram determinados pelo ensaio imunofluorimétrico por microesferas para a plataforma Luminex Resultados: Foram demonstrados em dois artigos: no primeiro, o genótipo FOXP3 -3279 AA [OR 2,65, IC 95% (1,7–6,564), p=,35] e o alelo A [OR 2,644, IC 95% (1,14–6,333), p=,29] foram associados ao LES Pacientes com o genótipo FOXP3 -3279 CA+AA apresentaram menor frequência de nefrite (p=,38) E pacientes com o genótipo FOXP3 -924 AA apresentaram maior frequência de anti-dsDNA (p=,12) e antiU1RNP (p=,36) O haplótipo A/A (rs2232365/rs3761548) foi associado ao LES (OR 3,729, IC 95% 1,6–13,82, p=,49) enquanto que o haplótipo G/C conferiu proteção [OR ,598, IC 95% (376–952), p=,3] Pacientes com haplótipo GCGC apresentaram níveis plasmáticos de TGF-ß1 mais elevados (p=,12) do que pacientes com outros haplótipos E pacientes com haplótipo A/C (no modelo genético dominante) apresentaram maior score SLEDAI (p=,24) e no modelo genético recessivo, maior frequência de anti-dsDNA (p=,38), anti-U1RNP (p=,29) e nefrite (p=,49) No segundo artigo, o genótipo TGFB1 +869 CC foi associado à suscetibilidade ao LES [OR 1,71, IC 95% (1,2-2,866), p=,42] e à redução dos níveis plasmáticos de C4 (p=,4) e TGF-ß1 (p=,44) O genótipo TGFB1 -59 TT foi associado a níveis diminuídos de C4 (p=,32) Pacientes com genótipo TGFB1 +869 TC+CC e presença de anti-dsDNA apresentaram níveis plasmáticos de TGF-ß1 mais baixos do que TT (p=,4) Por outro lado, pacientes com genótipo TGFB1 +869 TC+CC e ausência de anti-dsDNA apresentaram níveis plasmáticos de TGF-ß1 mais elevados (p=,44) Conclusão: Do FOXP3 os resultados demonstraram que a herança de pelo menos um alelo A de cada variante (rs2232365/rs3761548) aumenta à suscetibilidade ao LES, atividade da doença e presença de nefrite; e a variante TGFB1 +869 T>C pode ser utilizada como um marcador genético para suscetibilidade ao LES, enquanto que ambas as variantes estão associadas com menores níveis de C4, um dos parâmetros laboratoriais de atividade da doença Além disso, os níveis plasmáticos de TGF-ß1 podem ser modulados pela interação entre o alelo TGFB1 +869 C, em homozigose ou heterozigose, e a presença de anti-dsDNA Nosso estudo demonstra que a investigação das bases genéticas nas doenças autoimunes pode favorecer o entendimento da imunologia no processo fisiopatológico e sugerir novos rumos na pesquisa terapêuticaItem Associação entre as variantes genéticas rs2241043, rs2241049 e rs6518661 do IL17RA e a suscetibilidade e gravidade da psoríase(2023-07-18) Alcantara, Camila Cataldi de; Simão, Andréa Name Colado; Oliveira, Karen Brajão de; Amarante, Marla Karine; Bello, Valéria Aparecida; Luz, Tamires Flauzino; Almeida, Elaine Regina Delicato de; Oliveira, Sayonara RangelINTRODUÇÃO: A psoríase (PsO) é uma doença inflamatória crônica, mediada pelo sistema imunológico e de etiologia desconhecida. A resposta inflamatória normalmente tem início com um fator nocivo aos queratinócitos, estimulando a produção e secreção de citocinas. A indução da diferenciação das células T auxiliadoras dá início à uma produção de citocinas capazes de ativar e recrutar células do sistema imunológico para o local da lesão. Nesse microambiente, a Interleucina (IL) 17 exerce um papel primordial para a fisiopatologia da doença. O caráter multifatorial da PsO e a importância da IL-17 para a sua fisiopatologia evidenciam a necessidade de investigar como o fator genético pode influenciar na suscetibilidade à PsO e na resposta de pacientes aos novos tratamentos desenvolvidos contra essas moléculas. OBJETIVO: Revisar a literatura e avaliar a associação entre as variantes genéticas rs2241043, rs2241049 e rs6518661 do gene IL17RA e a suscetibilidade e gravidade da PsO. SUJEITOS E MÉTODOS: Este é um estudo caso-controle que incluiu 308 participantes de ambos os sexos, com idade entre 18 e 70 anos, sendo 154 pacientes com diagnósticos de PsO e 154 indivíduos saudáveis. O diagnóstico de PsO foi feito por um dermatologista e o Índice de Gravidade e Extensão das Lesões Psoriáticas (PASI) foi usado para determinar a gravidade da doença. Os dados clínicos, epidemiológicos e antropométricos foram obtidos durante consulta clínica através do preenchimento de uma ficha de avaliação previamente estabelecida. As variantes genéticas do gene IL17RA foram genotipadas por reação em cadeia da polimerase em tempo real utilizando sondas TaqMan®. Três variantes genéticas localizados na região intrônica do IL17RA foram genotipados: T>C rs2241043, A>G rs2241049 e G>A rs6518661. RESULTADOS: Os pacientes com PsO eram mais velhos (p<0,001), tinham maior Índice de Massa Corporal (IMC) (p<0,001) e maiores níveis séricos de Proteína C Reativa (p<0,001) e Ferritina (p=0,002) quando comparados aos controles. A presença do alelo G em homozigose par o rs2241049 A>G demonstrou estar associado à proteção contra a PsO nos modelos dominante (OR=0,37, 95% IC 0,18-0,76, p=0,017) e recessivo (OR=0,39, 95% IC 0,20-0,76, p=0,005). A frequência do alelo A foi maior no grupo com PsO e o alelo C, no grupo controle (OR=0,799, 95% IC 0,67-0,95, p=0,0151). O genótipo CC do rs2241043 T>C demonstrou ser um fator de proteção contra o desenvolvimento de PsO grave (OR=0,30, 95% IC 0,10-0,093, p=0,020). Esta associação se manteve independentemente de idade, sexo, etnia e IMC (OR=0,303, 95% IC 0,095-0,965, p=0,043). A presença do alelo A em homozigose para o rs6518661 G>A demonstrou estar associado à proteção contra o desenvolvimento de PsO grave (OR=0,22, 95% IC 0,05-0,99, p=0,020). CONCLUSÃO: Este estudo demonstrou que o genótipo GG do IL17RA A>G rs2241049 é um fator protetor contra o desenvolvimento de PsO. Além disso, o alelo C em homozigose da variante IL17RA T>C rs2241043 e o genótipo AA do IL17RA G>A rs6518661 foram associados à proteção contra o desenvolvimento de PsO grave. Mais estudos são necessários para elucidar quais mecanismos genéticos e epigenéticos podem estar envolvidos nas associações, uma vez que esses genes estão localizados em regiões intrônicas.Item Avaliação do frutoligossacarídeo inulina : toxicidade e efeitos na expressão gênica do fator de transcrição FOXP3 e TGFBGualtieri, Karina de Almeida; Watanabe, Maria Angelica Ehara [Orientador]; Sforcin, José Maurício; Ariza, Carolina Batista; Oliveira, Gabriela Gonçalves de; Amarante, Marla Karine; Suzuki, Karen Brajão de Oliveira [Coorientadora]Resumo: A identificação de componentes da dieta, a compreensão de seus mecanismos de ação, bem como seu desenvolvimento e utilização na alimentação humana são alguns dos objetivos junto a ciência dos alimentos funcionais a-D-glucopiranosil-[a-D-fructofuranosil](n-1)-D-fructofuranoside, comumente conhecida como inulina, é um polissacarídeo de origem vegetal natural, com uma gama diversificada de aplicações alimentares e farmacêuticas Oligossacarídeos do tipo inulina são considerados como prebióticos, por suas propriedades não digeríveis dos hidratos de carbono, encontradas em muitos vegetais, frutos e cereais Embora a literatura indique que a inulina é um alimento funcional, eficaz e promissor, estudos ainda são necessários para elucidar o seu potencial na modulação da imunidade sistêmica e seu papel na prevenção de doenças crônicas Nos últimos anos tornou-se evidente que uma subpopulação de células T, denominadas células T reguladoras (Tregs), desempenham papel importante na manutenção da tolerância a auto-antígenos, sendo o fator de transcrição FOXP3 um marcador desse tipo celular e ainda podem ser induzidas por uma citocina denominada fator de transformação do crescimento-ß (TGF-ß) Assim, o presente estudo teve por objetivo avaliar se a inulina possui efeito tóxico in vivo, e também avaliar seu efeito sobre a expressão, in vitro, do TGFB e FOXP3 em células mononucleares do sangue periférico (PBMC) Os resultados mostraram que a inulina não induziu qualquer lesão hepática ou renal e alterações nos parâmetros séricos, exceto para o nível de ALT Não houve influência significativa da inulina junto às alterações histológicas, sugerindo outra causa para a alteração de ALT, concluindo assim, que frutanos do tipo inulina não têm efeito significativo sobre transaminases séricas, valores de MDA ou análises histopatológicas in vivo As análises in vitro mostraram que não houve diferença nos níveis de TGF-ß no sobrenadante de cultura de células, porém foi possível detectar, por PCR em tempo real, o aumento de expressão de FOXP3 e uma tendência ao aumento de TGFB nas células tratadas com inulina Embora a inulina represente uma potencial fonte como composto seletivo e de efeitos farmacológicos e imunologógicos, sua utilidade na terapêutica revela um aspecto da investigação científica e abre perspectivas para pesquisas futurasItem Estresse crônico, vírus do tumor mamário humano (MMTV-like) e polimorfismos de genes envolvidos na resposta antiviral: possíveis fatores associados ao câncer de mama(2022-02-18) Pereira, Nathália de Sousa; Watanabe, Maria Angelica Ehara; Ono, Mario Augusto; Sforcin, José Maurício; Hirata, Bruna Karina Banin; Vitiello, Glauco Akelinghton Freire; Amarante, Marla KarineCâncer de mama (CM) é uma doença heterogênea e complexa cuja evolução depende da interação entre tumor e hospedeiro. Esta neoplasia ocorre quando células mamárias começam a proliferar descontroladamente, e assim podem invadir tecidos adjacentes e promover metástases. O CM é um dos tipos de câncer mais estudados do ponto de vista psicossomático, porém resultados controversos estão presentes na literatura sobre o papel que os estressores da vida pregressa e o estresse geral exercem no câncer ou na influência sobre o curso da doença. Além disso, a identificação de uma sequência similar ao vírus do tumor mamário de camundongo (MMTV), denominada vírus do tumor mamário humano (MMTV-like), tem suportado a teoria do envolvimento viral na patogênese do CM humano. No entanto, várias questões ainda não estão esclarecidas, como os mecanismos da resposta imune antiviral em pacientes com tumores positivos para a presença do DNA MMTV-like. Dessa forma, esse trabalho objetivou investigar o envolvimento e as implicações do estresse crônico, do MMTV-like e mecanismos da resposta imune antiviral em pacientes diagnosticadas com CM atendidas no Hospital do Câncer de Londrina. Com relação ao estresse crônico, as mudanças emocionais foram avaliadas pela Escala de Estresse de Holmes e Rahe, na qual 55,2% das pacientes apresentavam médio risco e 13,8% alto risco para desenvolver estresse crônico no período anterior ao diagnóstico de CM. Os maiores níveis de estresse foram apresentados por pacientes separadas, divorciadas ou viúvas em comparação as casadas (p <0,01) e solteiras (p = 0,0377). O grupo de alto risco apresentou menor proporção de positividade para receptor de estrogênio quando comparado aos grupos de baixo e moderado risco (p= 0,001). Além disso, foi realizada uma análise de regressão logística binária e constatamos que a relação entre o receptor de estrogênio e o grupo de alto risco estava independentemente associada ao tipo histológico do CM e acometimento de linfonodos. A relação de experiências de vida estressantes e CM não está bem estabelecida, por isso nosso estudo colabora com a literatura para demonstrar a importância do estresse como fator associado ao desenvolvimento de CM. A produção de IFN-γ parece não estar associada à presença do DNA MMTV-like e consequentemente à patogênese do CM. Porém foi verificado que os níveis plasmáticos de IFN-γ foram significativamente menores em amostras de CM (30,85 ± 57,49 pg/mL) comparados com o grupo controle (115,00 ± 176,80 pg/mL) (p <0,0001). No entanto, os níveis plasmáticos mais elevados de IFN-γ foram observados em pacientes com grau histopatológico avançado, indicando uma correlação com o pior prognóstico da paciente com CM. Uma fonte interessante de mutações de DNA são as enzimas citidina deaminases, pertencentes à família da enzima de edição de RNAm de apolipoproteína B, semelhante ao polipeptídeo catalítico 3 (APOBEC3), que são ativadas em uma resposta celular contra a infecção. Essas enzimas são capazes de gerar mutações pontuais no genoma da célula hospedeira, possibilitando a transformação maligna. Portanto, no presente estudo objetivamos avaliar também a associação dos genótipos do polimorfismo de deleção APOBEC3B (APOBEC3 A3A/B) com a detecção do gene env MMTV-like em pacientes com CM. Foi observada ausência de associação entre a presença do gene env do MMTV-like com os genótipos do polimorfismo A3A/B. O genótipo selvagem (WT/WT) estava presente em 86,1% das amostras de CM e o genótipo heterozigoto (WT/Del) em 13,9% dos pacientes. Considerando as amostras negativas do MMTV-like, o genótipo WT/Del foi negativamente correlacionado com o estadiamento do tumor (Tau-b = -0,151; p = 0,044). Em amostras MMTV-like positivas, o genótipo WT/Del foi negativamente correlacionado com a idade ao diagnóstico (Tau-c = -0,382; p = 0,009) e a positivamente correlacionada com a expressão do receptor de estrogênio (Tau-b = 0,179; p = 0,041). A proteína p53, conhecida como supressora de tumor, é capaz de ativar a expressão de diversos genes associados à resposta imune inata e a transcrição do gene TP53 é induzida pela sinalização dos IFNs do tipo I. Diversos vírus, que já foram associados ao desenvolvimento tumoral, podem inibir, direta ou indiretamente, a atividade da p53. O gene que codifica a proteína p53, TP53, possui um polimorfismo de nucleotídeo único (SNP), o rs1042522 (Arg72Pro), e é conhecido que a presença de Arginina (Arg) induz à apoptose, enquanto a presença de Prolina (Pro) induz bloqueio do ciclo celular e reparo do DNA. Neste contexto, foi observada ausência de associação entre a presença do gene env do MMTV-like com os genótipos do polimorfismo rs1042522 do gene TP53. Foi observado que o genótipo Pro/Pro conferiu proteção ao desenvolvimento do CM (p<0,0289; OR: 0,33; IC: 0,12-0,88). No CM geral, foi observada correlação positiva entre os genótipos Arg/Arg e Arg/Pro e a idade (Tau-c = 0,143; p = 0,025) e o portador do alelo Pro e o grau histopatológico (Tau-b = 0,162; p = 0,016). Ao analisar as amostras negativas para o DNA do MMTV-like, foi possível verificar que portadores do alelo Pro foram negativos para a presença da mutação somática de p53 (Tau-b = -0,166; p = 0,032). Este trabalho mostra que diferentes fatores, sendo eles genéticos, ambientais e sociais, podem influenciar a suscetibilidade e/ou prognóstico da doença, enfatizando o caráter multifatorial do carcinoma mamário.Item Polimorfismos dos genes TGFB1 e TGFBR2: relação com suscetibilidade e prognóstico da leucemia linfoide aguda na população infantojuvenil brasileira(2021-02-26) Sakaguchi, Alberto Yoichi; Watanabe, Maria Angélica Ehara; Oliveira, Carlos Eduardo Coral de; Ariza, Carolina Batista; Oliveira, Gabriela Gonçalves de; Vitiello, Glauco Akelinghton Freire; Amarante, Marla KarineA leucemia linfoide aguda (LLA) é uma neoplasia hematológica que apresenta maior incidência na faixa pediátrica e acomete o processo fisiológico da hematopoese, acumulando principalmente células precursoras das linhagens B e T não funcionais, denominadas de linfoblastos. Essas células perdem a capacidade de diferenciação celular e acometem o compartimento da medula óssea e/ou sangue periférico, comprometendo outras linhagens celulares. A etiologia específica da LLA permanece desconhecida, no entanto, algumas hipóteses sugerem o envolvimento do sistema imunológico na LLA. Uma das moléculas implicadas é a citocina fator de crescimento transformador beta (TGFß), a qual fisiologicamente apresenta um papel pleiotrópico, incluindo função reguladora da hematopoese. Dentro da família do TGFß, o TGFß1 é a isoforma mais abundante e, junto com os seus receptores (TGFßRI e TGFßRII), pode ativar uma cascata de sinalização seguida de expressão gênica em diferentes tipos de células alvo. Alguns estudos apontam para influências dos polimorfismos dos genes TGFB1 e TGFBR2 nas neoplasias hematológicas, inclusive LLA. Sendo assim, este trabalho visou avaliar as variantes genéticas do TGFB1 (rs1800468, G-800A; rs1800469, C-509T; rs1800470, C29T; rs1800471, G74C) e suas estruturas haplotípicas, e do TGFBR2 (rs3087465, G-875A) entre pacientes com LLA e crianças livres de neoplasia, suas associações com a suscetibilidade e o prognóstico dos pacientes com LLA, e correlacionar a presença das variantes com seus dados clínicopatológicos. Os resultados apontaram que o polimorfismo C29T em heterozigose apresentou um efeito protetor em comparação com homozigoto selvagem nos LLA geral e subtipo LLA de células B (LLA-B). Em contrapartida, o alelo T do C29T foi associado à suscetibilidade tanto para LLA geral quanto para LLA-B. Numa análise de correlação, o polimorfismo G74C apresentou uma correlação negativa com recaída para os LLA geral e subtipo LLA-B, e o haplótipo GTTG no modelo dominante correlacionou-se negativamente com óbito apenas para LLA geral. No entanto, os haplótipos GCTG no modelo recessivo e GCCG no modelo dominante correlacionaram-se positivamente com óbito e idade, respectivamente, para LLA geral. Na estratificação de risco, o polimorfismo C-509T no modelo dominante observou-se uma correlação negativa com óbito para LLA geral Alto Risco (AR), enquanto que, haplótipo GTTG no mesmo modelo correlacionou-se negativamente com óbito no mesmo grupo de risco. O haplótipo GCCG no modelo dominante correlacionou-se positivamente com recaída para LLA geral Baixo Risco (BR), e o haplótipo GCTG no modelo recessivo apresentou uma correlação positiva com óbito para LLA geral AR. Ainda, o haplótipo GCCG no modelo dominante correlacionou-se positivamente com recaída para LLA-B BR. Com relação ao polimorfismo rs3087465 (G-875A) do TGFBR2, os resultados apontaram uma associação com suscetibilidade para LLA geral e subtipo LLA-B. Ainda, o G-875A associou-se com suscetibilidade no grupo AR tanto para LLA geral quanto para LLA-B, aumentando a chance de recaída para estes subtipos. Num estudo de correlação, o G-875A apresentou uma correlação positiva com grupo de risco de recaída para os subtipos LLA geral e LLA-B. Além disso, o polimorfismo G-875A correlacionou-se positivamente com recaída nos modelos dominante e aditivo na LLA-T. É imprescindível que investigações adicionais com alvo nas vias de sinalização desta citocina e seu receptor sejam conduzidas a fim de elucidar sua influência na leucemogênese desta neoplasia. Desta forma, a citocina TGFß1 junto com um dos receptores (TGFßRII) podem servir como marcadores de prognóstico e de suscetibilidade da LLA na população infantojuvenil brasileira.Item Polimorfismos genéticos e expressão gênica de FOXP3 e TGFB1 : possíveis marcadores moleculares no câncer de mamaOda, Julie Massayo Maeda; Watanabe, Maria Angelica Ehara [Orientador]; Poli-Frederico, Regina Célia; Reiche, Edna Maria Vissoci; Amarante, Marla Karine; Oliveira, Karen Brajão de; Guembarovski, Roberta Losi [Coorientadora]Resumo: O câncer de mama é a principal causa de morte por câncer entre mulheres de todo o mundo e sabe-se que o microambiente tumoral contém células do sistema imunológico, células malignas e do estroma circundante O fator de crescimento de transformação beta (TGFB) é uma citocina que estimula o desenvolvimento de células T regulatórias (Tregs), que são linfócitos T CD4+, e é produzido tanto por estas células quanto por células tumorais O FOXP3 codifica uma importante molécula para a função das Tregs, tanto para manutenção da tolerância quanto na regulação da resposta imunológica Polimorfismos nesses genes (FOXP3 e TGFB) podem levar ao desequilíbrio do sistema imune e mediar o desenvolvimento de doenças graves em humanos Portanto, o presente estudo teve por objetivo analisar as variantes alélicas A/G rs2232365 e C/A rs3761548 do FOXP3 e T/C rs1847 do TGFB1 entre pacientes e controles, bem como suas expressões gênicas no tecido tumoral em comparação com tecido mamário normal O estudo de associação caso-controle indicou uma associação positiva para o gene TGFB1 em relação ao homozigoto CC [OR= 1,88 IC 95% (1,19-2,96)] (p=,64) e para os portadores do alelo C [OR= 4,41 IC 95% (1,81-1,76)] (p=,5) Nenhuma associação significativa foi encontrada para os genótipos homozigotos dos polimorfismos de FOXP3, sendo: GG [OR= 1,7 IC 95% (,64-1,79)] (p=,81) e AA [OR= ,56 IC 95% (,18-1,78)] (p=,3195) Entretanto, quando as variantes alélicas (G + A) deste mesmo gene foram analisadas de forma combinada, foi observada uma associação positiva [OR= 618 95% CI (167-2293)] (p=,21) em relação à suscetibilidade ao câncer de mama Em relação às características clínicopatológicas (receptor hormonal, tamanho do tumor, metástase em linfonodos, HER-2 e estadiamento clínico) das pacientes, não foram observadas diferenças significativas em relação a nenhum dos polimorfismos propostos Entretanto, foi observada uma expressão relativa de 15,6 vezes maior do RNAm de FOXP3 no tecido tumoral em comparação com um pool comercial de RNA de glândula mamária normal Quando foram comparadas as expressões relativas de FOXP3 com as variantes alélicas polimórficas, assim como com os parâmetros clínicopatológicos, também não foram observadas diferenças significativas Uma vez que a superexpressão de TGFB no microambiente tumoral pode induzir metástases e que FOXP3 está envolvido no prognóstico e sobrevida de pacientes com câncer de mama, o nosso estudo sugere que os polimorfismos desses dois genes analisados bem como a expressão de FOXP3 podem ser considerados marcadores de suscetibilidade na patogênese do câncer de mamaItem Polimorfismos intrônicos no gene do fator de transcrição FOXP3 e níveis da IL-10 como biomarcadores de susceptibilidade e prognóstico na oncogênese cervical induzida pelo HPVSantos, Fernando Cezar dos; Oliveira, Karen Brajão de [Orientador]; Watanabe, Maria Angelica Ehara; Kishima, Marina Okuyama; Amarante, Marla Karine; Losi-Guembarovski, RobertaResumo: A infecção persistente pelo papilomavírus humano (HPV) de alto risco (hrHPV) inicia e, em conjunto com outros fatores, promove a carcinogênese na cérvice uterina, a progressão para lesões intraepiteliais escamosas (SIL) e consequentemente para câncer de colo de útero (CCU) Ainda que o vírus seja bem-sucedido em causar infecção produtiva no hospedeiro, sua presença é notada pelo sistema imune, que é hábil em estabelecer respostas epiteliais de defesa eficientes e eliminar o vírus No entanto, ao longo da evolução, o HPV desenvolveu a capacidade de se evadir da resposta imune, modulando a dinâmica imunológica, especialmente de células T, a seu favor Alvo desses mecanismos de evasão são as células T regulatórias (Treg), identificadas pela expressão constitutiva do fator de transcrição forkhead box P3 (FOXP3) Estas células possuem atividade supressora sobre respostas efetoras e contribuem para a persistência da in-fecção e progressão tumoral Neste contexto, variantes genéticas no gene FOXP3 podem alterar seus níveis intracelulares e sua função, estando associadas à diversas doenças humanas Desta forma, este estudo objetivou analisar os polimorfismos genéticos rs2232365 e rs3761548 em mulheres infectadas pelo HPV e portadoras de SIL e mulheres não infectadas livres de lesões e buscar uma possível correlação entre estes polimorfismos e os níveis plasmáticos e cervicais da interleucina 1 (IL-1) A detecção e genotipagem do HPV e genotipagem dos polimorfismos genéticos de FOXP3 foram realizadas através da técnica de reação em cadeia da polimerase seguida de digestão enzimática (PCR RFLP) A dosagem da IL-1 foi realizada pelo ensaio imunoenzimático (ELISA) de captura O genótipo homozigoto do polimorfismo rs3761548 (A/A) (relacionado à diminuição da expressão de FOXP3) é um bom preditor de proteção na infecção pelo HPV em mulheres (ORAj = 6; IC95% = 36 – 99; p = 49); este genótipo é também um preditor independente de proteção para o desenvolvimento de lesão intraepitelial de alto grau (HSIL) (ORAj = 28; IC95% = 11 – 68; p = 6) Além disso, o genótipo homozigoto (G/G) do polimorfismo rs2232365 (relacionado ao aumento da expressão de FOXP3) mostrou ser um fator de risco independente para a infecção por HPV (ORAj = 21; IC95% = 16 – 415; p = 33) A análise de haplótipos não mostrou associação significativa em nosso estudo Além disso, não foram detectadas diferenças significativas entre os genótipos do FOXP3 e os níveis de IL-1 em nosso estudo Nós sugerimos que a presença de alelos poli-mórficos do gene FOXP3 não afeta a expressão de IL-1 O presente estudo demonstrou, pela primeira vez, associações significativas entre variantes genéticas de FOXP3 e a infecção por HPV e diagnóstico de SIL Estes dados revelam que o uso dos polimorfismos de FOXP3 podem ser úteis na prática clínica como marcadores moleculares de susceptibilidade e prognóstico à infecção pelo HPV e ao câncer de colo do útero, respectivamenteItem Prevalência do HPV em mulheres da região norte do Paraná e influência do polimorfismo rs333 do gene CCR5 na infecção e desenvolvimento de lesões intraepiteliais cervicaisMangieri, Luis Fernando Lasaro; Oliveira, Karen Brajão de [Orientador]; Watanabe, Maria Angelica Ehara; Amarante, Marla Karine; Tatakihara, Vera Lúcia Hideko; Ariza, Carolina BatistaResumo: A infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) pode levar ao desenvolvimento de lesões epiteliais cervicais e ao câncer cervical A região metropolitana de Londrina é o segundo maior aglomerado urbano do Paraná, e a maior demanda de cuidados de saúde na região Norte do Estado Dados epidemiológicos sobre a ocorrência de HPV no Paraná são escassos A maioria das infecções cervicais de HPV é eliminada pela resposta imunológica mediada por células dentro de 1-2 anos e sabe-se que a inflamação crônica predispõe à progressão das lesões e ao desenvolvimento do tumor Neste contexto, destaca-se o receptor 5 de quimiocina CC (CCR5) que está envolvido na quimiotaxia de leucócitos, colaborando para a resposta imunológica, cujo gene apresenta um polimorfismo na região codificadora, denominado rs333, caracterizado pela deleção de 32 pares de bases, resultando em um receptor não funcional Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a ocorrência da infecção pelo HPV e anormalidades citológicas e investigar fatores predisponentes potenciais, tais como características sociodemográficas, de comportamento sexual, antecedentes ginecológicos e obstétricos, bem como investigar a associação do polimorfismo rs333 do CCR5 com a infecção pelo HPV e com o desenvolvimento de lesões intraepiteliais escamosas No primeiro estudo amostras cervicais foram examinadas para a presença de DNA do HPV por reação em cadeia da polimerase (PCR) de 429 mulheres divididas em dois grupos: não infectadas (n = 219, controles) e mulheres infectadas (n = 21) A suscetibilidade à infecção pelo HPV foi avaliada em relação aos dados dos potenciais fatores predisponentes Uma maior proporção de mulheres infectadas pelo HPV foi observada entre mulheres menores de 25 anos de idade (p<,1), solteiras (p<,1), com renda mensal de até um salário mínimo (p=,18), fumantes (p=,14), que tiveram sua primeira relação sexual antes dos 18 anos de idade (p=,12), que tiveram pelo menos quatro parceiros sexuais ao longo da vida (p<,1) e que não estavam grávidas (p=,8) A análise de regressão logística binária multivariada mostrou que a idade inferior a 25 anos aumentou a susceptibilidade para infecção em cerca de 4 vezes (OR = 4,92, IC95% = 1,67-14,52, p = ,4) e em relação ao estado civil, casadas ou que possuiam parceiro civil (OR = ,45; IC95% = ,23 - ,88; p = ,2) e que declararam renda mensal de 1 a 3 salários mínimos (OR = ,59; IC95% = ,36 - ,95; p = ,3) apresentaram proteção contra a infecção pelo HPV O grupo HPV positivo foi analisado quanto à presença de lesões intraepiteliais escamosas (LIE) As LIE foram mais frequentes em mulheres que fumavam (p = ,17), com até um salário mínimo mensal (p = ,19) e que sofreram abortos espontâneos (p = ,42) A análise de regressão logística binária mostrou que a renda mensal variando de 1 a 3 salários mínimos é um fator protetor para o desenvolvimento de LIE em pacientes com HPV (OR = ,49; IC95% = ,26 - ,93; p = ,28) enquanto uma renda mensal inferior a 1 salário mínimo caracterizou risco No segundo estudo foi realizado a genotipagem do rs333 de CCR5 de 164 mulheres infectadas com HPV e 185 mulheres não infectadas Quanto à distribuição genotípica e alélica de CCR5, não foi observada diferença significativa em relação à infecção pelo HPV O genótipo CCR5/CCR5 foi observado em 94,1% das mulheres não infectadas pelo HPV e em 89% das infectadas, CCR5/?32 em 5,9% das infectadas pelo HPV e em 1,4% das mulheres não infectadas, e ?32/?32 foi observado em apenas uma (,6%) paciente infectada Os genótipos de CCR5 também não foram associados ao desenvolvimento de lesões cervicais entre mulheres infectadas pelo HPV (p = ,167) Em conclusão, os resultados sugerem que a idade, o estado civil e a renda mensal são cofatores importantes para a infecção pelo HPV e desenvolvimento da LIE na região Norte do Paraná Contudo devido ao fato do rs333 do CCR5 ser um polimorfismo pouco frequente na população, bem como devido ao importante papel deste receptor na resposta imune antiviral e antitumoral, mais estudos são necessários, para estabelecer o papel do CCR5 na infecção pelo HPV e no desenvolvimento de lesões intraepiteliais escamosasItem Receptor Toll-like 3 : possível imunomodulação através de RNA e implicações no microambiente do câncer de mamaAmarante, Marla Karine; Watanabe, Maria Angelica Ehara [Orientador]; Borelli, Sueli Donizete; Ono, Mário Augusto; Felipe, Ionice; Mazzuco, Tânia LongoResumo: A investigação dentro da imunologia envolvendo RNA tem sido amplamente explorada com o reconhecimento da existência do receptor Toll like 3 (TLR3) o qual interage com RNAs de origem viral TLR3 reconhece RNA dupla fita, como por exemplo RNA poly (I:C), um análogo sintético de RNA dupla-fita (RNAds) viral e sua estimulação resulta na liberação de citocinas e quimiocinas proinflamatórias É conhecido que RNAds, além de desencadear a sinalização em cascata para produção de citocinas, como interferons (INFs), também ativa enzimas induzidas por INF, incluindo proteína quinase dependente de RNA (PKR) No presente estudo foi investigada a expressão relativa de RNAm para TLR3, CXCR4, IFN? e PKR em culturas de células sensibilizadas com poli (I:C) e RNA endógeno proveniente de células mononucleadas do sangue periférico (PBMC) humano Não foi observado efeito citotóxico e aumento na proliferação de células CD3+, CD4+ e CD8+ Houve aumento da expressão relativa de RNAm de TLR3, IFNy, CXCR4 e PKR em cultura de PBMC com poli (I:C) Embora tenha sido observado que TLR3 reconhece RNAds sintético e ativa genes que aumentam as citocinas inflamatórias importantes para a interação das células imunes, a função fisiológica do TLR3 permanece a ser elucidada Interessantemente, a cultura de células sensibilizadas com RNA endógeno autólogo apresentou diminuição da expressão de RNAm de TLR3, IFNy, CXCR4 e PKR É possível que os RNAs endógenos como microRNAs e RNAs longos, não codificadores, através de suas complexas estruturas secundárias participem na regulação da expressão gênica independente do TLR3 É conhecido que TLRs são expressos não somente pelas células do sistema immune, mas também por células tumorais e que IFNy pode ser uma citocina chave na resposta imune antitumoral A próxima etapa do presente trabalho foi investigar a expressão de RNAm de TLR3, IFNy e CXCR4 por PCR em tempo real, em tecido mamário tumoral das pacientes com câncer de mama (carcinoma ductal) comparado com tecido mamário saudável Embora não tenha sido verificada diferença significante entre o tecido mamário saudável e tecido mamário tumoral quanto à expressão de TLR3, houve aumento estatisticamente significante da expressão do TLR3 no tecido mamário tumoral de pacientes sem acometimento de linfonodos Foi verificada correlação positiva da expressão de RNAm para TLR3 e IFNy e também para TLR3 e CXCR4, portanto é possível que estas moléculas tenham implicações na patogênese do câncer A etiologia do câncer de mama tem sido muito discutida, variáveis como predisposição genética, idade e ambiente são comprovadamente fatores de risco, porem não são absolutos e únicos Alguns vírus, devido a sua complexidade na estrutura e mecanismo de ação, são considerados agentes etiológicos de algumas neoplasias, como câncer de colo de útero, câncer de mama, linfoma e leucemias O vírus do tumor mamário de camundongos (MMTV) tem sido sugerido como candidato a vírus causador de câncer de mama É provável que algumas pacientes com câncer de mama possam apresentar envolvimento viral e que o TLR3 possa ser um receptor envolvido na resposta imune como também num processo carcinogênico na mama A participação do RNA na patogênese da doença e suas implicações na modulação da resposta imune como também na terapêutica é um tema a ser elucidado