02 - Mestrado - Educação
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Navegando 02 - Mestrado - Educação por Autor "Alliprandini, Paula Mariza Zedu"
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Item Autorregulação e motivação em uma tarefa de aprendizagem : um estudo com universitáriosMerett, Francielle Nascimento; Bzuneck, José Aloyseo [Orientador]; Alliprandini, Paula Mariza Zedu; Polydoro, Soely Aparecida JorgeResumo: Para realizar com êxito as exigências acadêmicas e ter um bom desempenho, o universitário necessita apresentar autorregulação da sua aprendizagem A autorregulação consiste em um processo autodirigido e voluntário, que permite o estudante gerenciar seus próprios comportamentos, sentimentos e pensamentos no desenvolvimento das tarefas acadêmicas Estudos recentes evidenciam que grande parte dos universitários ingressantes, por viverem um processo multifacetado de integração e adaptação no Ensino Superior, encontram dificuldades em lidar com essa etapa, pois, não possuem muitas das habilidades necessárias para cumprir as exigências do novo contexto, justificada em alguns casos pelas experiências e comparações com o Ensino Médio Frente a esse cenário, o presente estudo teve o objetivo de verificar em que medida estudantes universitários são autorregulados e qual a relação com avariáveis motivacionais, na realização de uma tarefa de aprendizagem avaliativa online, denominada Trabalho Discente Efetivo A pesquisa contou com uma amostra de 212 universitários ingressantes dos cursos de Direito, Medicina e Psicologia de uma universidade particular do norte do Paraná Após a realização da tarefa, eles responderam o "Questionário de Autoconhecimento nos Estudos", composto por 4 questões em escala Likert de cinco pontos, que contemplou as categorias: estratégias cognitivas (elaboração e organização) e metacognitivas; planejamento do tempo; procrastinação; Motivação (Meta de Realização Domínio e Metas Extrínsecas) e percepção de instrumentalidade da disciplina As escalas foram submetidas à análise fatorial exploratória Uma vez levantadas as médias em cada uma das variáveis de autorregulação, aplicou-se a análise de clusters ou perfis, numa abordagem centrada na pessoa Os resultados concluíram por quatro perfis (clusters) de alunos em termos de estratégias de autorregulação Um perfil foi composto por estudantes com escores mais altos em estratégias cognitivas, metacognitivas e planejamento de tempo, sendo denominados de “altamente regulados” Já outro perfil de alunos apareceu com as médias mais baixas nas mesmas estratégias, chamado de “baixa regulação” Os outros dois clusters ficaram num nível intermediário, com uma mescla de médias em estratégias Também foi levantada a relação entre os clusters e as orientações motivacionais, mediante à análise de variância Constatou-se que os alunos do cluster 3, os altamente regulados, acusaram as médias mais altas na meta domínio Não houve diferença entre os quatro clusters em relação com metas extrínsecas Por fim, os resultados foram discutidos à luz do modelo de Aprendizagem Autorregulada de Zimmerman Além disso, algumas implicações educacionais foram apontadas, como a necessidade de intervenções com universitários, em formato de projetos, disciplinas eletivas ou programas, com o objetivo de torná-los aprendizaes autorreguladosItem A construção de conhecimentos cartográficos e geográficos : um estudo acerca da representação do espaço e sua relação com o conhecimento social na perspectiva piagetianaGodoi, Guilherme Aparecido de; Oliveira, Francismara Neves de [Orientador]; Dell’Agli, Betânia Alves Veiga; Alliprandini, Paula Mariza ZeduResumo: O estudo caracterizou-se por abordagem qualitativa na modalidade de estudo descritivo e adotou como aporte teórico-metodológico a Epistemologia Genética de Jean Piaget A Geografia é a ciência que estuda o Espaço Geográfico, socialmente construído, numa relação dialética entre o Homem e o Espaço Físico A compreensão do espaço, em sua constituição material e imaterial, pressupõe domínio cognitivo do espaço representativo São as noções topológicas, projetivas e euclidianas que permitem tanto a construção quanto a interpretação das noções sociais e espaciais Nesse contexto, surgiram as seguintes questões-problema: 1- Quais relações podem ser estabelecidas entre processos cognitivos e conhecimento social que favoreçam a aprendizagem dos saberes cartográficos e geográficos? 2- Quais as significações atribuídas pelos alunos acerca dos conceitos de espaço e lugar, na compreensão da realidade socioespacial? Diante de tais questionamentos, o objetivo geral desta pesquisa foi verificar se existe relação entre a construção de conhecimento cartográfico e o significado do lugar e do espaço geográfico com o desenvolvimento cognitivo e social No contexto escolar, a alfabetização cartográfica apresenta-se como possibilidade de integrar tais saberes, pois os conhecimentos cartográficos envolvem o relacionamento das noções espaciais e sociais, na construção e interpretação dos mapas Participaram do estudo 8 alunos matriculados no 6º ano do Ensino Fundamental II de uma escola estadual do município de Londrina- PR O método clínico-crítico piagetiano embasou a coleta de dados, que contou com os seguintes recursos: duas provas operatórias piagetiana (o experimento das Três Montanhas e o Mapa da Aldeia), entrevista clínica semiestruturada e oficinas de maquete, mapa e fotografia Constatamos que o conhecimento social de lugar e espaço geográfico é de difícil elaboração, visto que a maioria dos participantes permaneceu no nível mais elementar (N1=6 alunos, N2=1 e N3=1) Os resultados indicaram relação entre a elaboração do conhecimento social e o desenvolvimento cognitivo Portanto, compreender o espaço vivido para além de suas materialidades requer operações avançadas do espaço representativo, não sendo suficiente apenas as transmissões sociais Do mesmo modo, confirmarmos a relação positiva entre os instrumentos lógicos e a construção dos saberes cartográficos, entre eles: o relacionamento da perspectiva vertical, a redução proporcional de escala, a construção do sistema de coordenadas espacial e a compreensão da legenda A partir desses resultados foi possível confirmar a hipótese levantada acerca da relação entre o desenvolvimento das estruturas cognitivas do espaço representativo com a construção de conhecimentos cartográficos e os níveis de compreensão da realidade socioespacial Tal aspecto permite inferir que quanto mais complexa e elevada a construção do conhecimento social e cognitivo do indivíduo acerca do espaço, maior será sua intervenção na produção de espaços mais criativos e solidários O estudo se integra às pesquisas no campo da construção do conhecimento social e subsidia discussões acerca da aprendizagem da cartografia no contexto escolar Aponta para a importância pedagógica das oficinas no contexto de metodologias ativas para a elaboração do conhecimento geográfico Como indicação do estudo para pesquisas futuras considera-se relevante ampliar a temática pesquisada, investigando níveis de conhecimento cognitivo e social de graduandos de Pedagogia e Geografia, como também de profissionais formados que já lecionam os conteúdos cartográficos e geográficosItem Direito de expressão, protesto e greve : noções sociais construídas por alunos de diferentes níveis de escolaridade e os processos de generalizaçãoFreire, Julise Franciele de Carvalho; Oliveira, Francismara Neves de [Orientador]; Saravali, Eliane Giachetto; Alliprandini, Paula Mariza ZeduResumo: Fundamentada na teoria piagetiana, esta pesquisa teve como objetivo investigar as relações entre a evolução do conhecimento social e os processos de generalização em diferentes momentos da escolarização, no que concerne ao direito de expressão, protesto e greve O delineamento metodológico adotado foi a pesquisa qualitativa, na modalidade de estudo exploratório, baseado no método clínico-crítico de Piaget Considerou-se a evolução da noção do direito à expressão, protesto e greve por meio das significações construídas por alunos de diferentes níveis de escolaridade relacionando-as aos processos de generalização que se desdobraram em duas questões: 1) Como se manifesta em alunos de diferentes anos escolares, a noção de direito à liberdade de expressão, protesto e greve? 2) Que relações é possível estabelecer entre a evolução do conhecimento social e os processos de generalização? O estudo teve a seguinte configuração da amostra: 16 alunos, sendo dois de 2º e 4º anos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental; dois do 6º e 8º anos dos Anos Finais do Ensino Fundamental; dois da 1ª e 3ª séries do Ensino Médio e dois do Ensino Superior (2º e 4º anos do curso de Pedagogia) Os seguintes instrumentos foram adotados na coleta dos dados: entrevista clínica apoiada em charges interpretativas e histórias provocadoras de tomada de opinião; roteiro semiestruturado para desencadear conversa acerca dos temas investigados; representações pictóricas (desenhos), com legendas explicativas, para cada temática abordada (liberdade de expressão, protesto e greve); e, por fim, a aplicação da prova cognitiva da generalização Os resultados indicaram que 8 estudantes encontravam-se no nível I, suas respostas estavam centradas em aspectos concretos e observáveis, que beiravam a fabulação No nível II da compreensão social, 7 estudantes demonstraram progressos em relação ao nível anterior Somente 1 participante compôs o nível III, pois demonstrou uma compreensão mais elaborada da realidade social, sendo este sujeito capaz de refletir sobre as situações ao seu redor e de coordenar aspectos implícitos Na prova da generalização dos 16 participantes, 1 sujeito compôs o nível III, 7 o nível II e 8 sujeitos o nível I As significações construídas acerca das noções de liberdade de expressão, protesto e greve puderam ser relacionadas ao desenvolvimento cognitivo e social dos sujeitos, dialeticamente em diferentes níveis de integração desses domínios Dada à limitação deste estudo quanto ao número de participantes, e tratando-se de uma temática pouco explorada, constatamos a necessidade de dar continuidade à investigação dessa pesquisaItem Escola, aprendizagem e pertencimento : significados atribuídos por alunos com baixo rendimento escolar no ensino fundamental II à própria trajetória de escolarizaçãoBruniera, David Salvador; Oliveira, Francismara Neves de [Orientador]; Alliprandini, Paula Mariza Zedu; Yaegashi, Solange Franci RaimundoResumo: Ancorado no aporte teórico metodológico da perspectiva Bioecológica do Desenvolvimento humano (Urie Bronfenbrenner 1917-25), o presente trabalho objetivou analisar alunos do Ensino Fundamental II, matriculados em uma escola pública de um município paranaense, para analisar as significações produzidas por eles no que diz respeito à escola e a própria trajetória de escolarização Participaram do estudo 19 alunos: 4 do 6º ano com idades entre 11 e 12 anos; 5 do 7º ano com idades entre 12 e 13 anos, 6 do 8º ano com idades entre 13 e 14 e 4 do 9º ano com idades que variavam, entre 14 e 15 anos Destes, 14 são do gênero masculino e 5 do feminino Como problemática da pesquisa, levantamos as seguintes questões: Quais os sentidos atribuídos por alunos que apresentam baixo rendimento escolar: à escola, ao aprender, ao pertencimento à escola e ao próprio rendimento escolar? Como o aluno significa seu processo de aprendizagem e as relações interpessoais vividas nesse contexto? A pesquisa qualitativa adotou estudo descritivo, e como procedimento investigativo a entrevista semiestruturada e a produção de representações pictóricas e respectivas legendas, elaboradas pelos participantes Emergiram dos dados coletado, cinco categorias com seis unidades de análise A categoria 1 aborda as significações acerca da escola - escola como espaço de acolhimento ou de aversividade, onde predominou o sentimento de pertencimento (11 participantes) A categoria 2 traz as significações de aprendizagem, e constituiu-se de duas unidades de análise: papel de professor e aluno e ambiente de aprendizagem (8 participantes) e dificuldades nas disciplinas (11 participantes) Nessa abordagem, as falas revelam as demarcações que remetem à autoridade do professor sobre o aluno, polarização dos papéis e atribuição a si mesmos (alunos) da responsabilidade pelo não aprender A categoria 3 delimita as relação interpares, e teve como unidade de análise o pertencimento (14 participantes) ou a exclusão (5 participantes) Nela se destacou a atribuição de sentido positivo à relação com amigos, indicadores de comunicação de sentimentos, parceria e vinculação a um grupo como condições de frequentar a escola diariamente Na categoria 4, relação com os professores, a unidade de análise foi relacionamento amistoso (13 participantes) ou dificultoso (6 participantes) Predominaram as indicações de relacionamento amistoso como um bom intercessor das relações com a escola em geral Na categoria 5, denominada rendimento escolar, a unidade de análise foi o bom aproveitamento escolar expresso em nota (11 participantes) e rendimento baixo considerando a média da escola (8 participantes) É significativo que 8 tenham considerado seu o próprio rendimento escolar como baixo e com dificuldades no processo de ensino-aprendizagem O resultado do estudo leva a refletir que os eventos vividos na escola – quer apresentem resultados favoráveis ou não – são demonstradores de um processo contextualmente produzido e multiplamente afetado por fatores que interferem na situação de aprendizagem O conjunto das significações produzidas, o que se pode inferir como noção de pertencimento do aluno ao contexto escolar onde está inserido e da relação com o saber Observou-se a escola como microssistema, onde o sentimento de pertencimento se vincula ao saber científico necessário ao desenvolvimento da pessoa em diferentes contextosItem Estilos intelectuais, raciocínio verbal, estratégias de aprendizagem e compreensão de leitura no ensino fundamentalTrassi, Angélica Polvani; Oliveira, Katya Luciane de [Orientador]; Alliprandini, Paula Mariza Zedu; Santos, Acácia Aparecida Angeli dosResumo: Essa pesquisa faz parte da Linha 2, Docência: Saberes e Práticas, e do Núcleo 2: Ação Docente, do Programa de Pós-graduação em Mestrado em Educação da Universidade Estadual de Londrina Os estilos intelectuais são definidos como a forma por meio da qual uma pessoa prefere utilizar seu raciocínio para resolver problemas, tomar decisões e processar uma informação Nesse sentido, o objetivo desse estudo foi investigar a relação entre os estilos intelectuais e as varáveis de inteligência, estratégias de aprendizagem e compreensão de leitura Participaram da pesquisa 47 alunos do 2º ao 9º anos do Ensino Fundamental de escolas públicas, da região norte do Paraná Os participantes foram solicitados a responder os seguintes instrumentos: Inventário de Estilos de Pensamento – Revisado II (adaptado para a população brasileira), Escala de Avaliação das Estratégias de Aprendizagem para o Ensino Fundamental (EAVAP-EF) e Teste Cloze, de forma coletiva Da amostra total foram selecionados 45 alunos, sendo cinco de cada ano escolar, que responderam as provas verbais da Escala Wechsler de Inteligência Abreviada (WASI) Os dados foram organizados em planilha e submetidos à análise estatística descritiva e inferencial Os resultados apontaram que a amostra apresentou médias de pontuação maiores nos estilos legislativo e monárquico e que possui um QI verbal dentro da média Na EAVAP-EF, os alunos tiveram maior pontuação nas subescalas Ausência de Estratégias Metacognitivas Disfuncionais e Estratégias Metacognitivas E no teste Cloze, identificou-se nível de compreensão de leitura independente No que tange a diferença entre os anos escolares, de forma geral, foi verificada a existência de diferenças estatisticamente significativas entre alunos do 2º ao 6º em relação aos alunos do 7º ao 9º anos Para o raciocínio verbal, foi encontrada diferença estatisticamente significativa entre alunos do 5º e 7º ano Na EAVAP-EF, verificou-se que alunos do 3º ano utilizam mais estratégias cognitivas e que alunos do 9º ano fazem mais uso de estratégias metacognitivas No teste Cloze, estudantes do 2º ao 4º anos possuem menor nível de compreensão de leitura do que os anos seguintes Por fim, foram obtidas correlações estatisticamente significativas, porém negativas entre QI verbal e o estilo conservador Relações estatísticas e positivas foram alcançadas entre os estilos intelectuais e a EAVAP-EF Observou-se também, correlações estatisticamente significativas, contudo negativas entre o teste Cloze e os estilos executivo, local, anárquico e conservador Correlações estatísticas e positivas entre o teste Cloze e as estratégias metacognitivas e o QI verbal também foram estabelecidas Por fim, obteve-se correlação entre o QI verbal e as estratégias metacognitivas Considera-se que o estudo tende a contribuiu para levantar os estilos de aprendizagem de alunos, e consequentemente, aprimorar métodos didáticos dos professores Contudo, mais estudos necessitam ser realizados a fim de investigar essas variáveis nesse tipo de amostraItem Expectativas sobre futuro e valorização da escola por adolescentes em cumprimento de medida socioeducativaCaprioli, Valquíria Aparecida Dias; Bzuneck, José Aloyseo [Orientador]; Santos, Acácia Aparecida Angeli dos; Alliprandini, Paula Mariza ZeduResumo: De acordo com recentes estudos, o estabelecimento de metas futuras por adolescentes pode contribuir para seu engajamento nos estudos e consequentemente possibilitar melhor desempenho escolar O referencial teórico adotado na presente pesquisa é a Perspectiva de Tempo Futuro- PTF em termos de “Eus Possíveis” O estudo teve por objetivo avaliar a motivação de adolescentes infratores, em função de metas de vida ou de “eus possíveis” e sua relação com valorização da escolaridade Especificamente, os objetivos do estudo foram: identificar expectativas sobre o futuro de uma amostra de adolescentes em conflito com a lei atendidos no serviço de cumprimento de medidas socioeducativas de meio aberto; identificar a percepção dos mesmos adolescentes quanto ao valor da escolaridade e dos estudos, enquanto meios para alcançar suas metas futuras; e comparar os escores nas medidas de metas futuras e de percepção do valor da escolaridade, em função de sexo Participaram desta pesquisa 12 adolescentes atendidos pelo CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) Eles responderam a um questionário em escala do tipo Likert contendo 13 questões As análises revelaram que o modelo com dois fatores foi o que apresentou o melhor ajuste para a amostra, sendo que, após análise fatorial exploratória houve a necessidade de expurgo de quatro questões por não terem carregado no fator do qual diziam respeito e, assim, foram nove os itens mantidos na escala reduzida As análises de fidedignidade mostraram para o fator 1 (Valorização da Escola) a=,57 e para o fator 2 (Metas de Vida / “Eus Possíveis”) a=,63 A simulação de exclusão de qualquer dos itens retidos não trouxe melhora em nenhum dos dois coeficientes alpha É possível concluir, com essa ressalva, que as análises forneceram evidências de boas propriedades psicométricas do presente questionário em escala do tipo Likert Como primeiro resultado, observaram-se altos escores médios em ambas as medidas, sem diferença entre os sexos Além disso, as análises revelaram correlação nula entre os escores nos dois fatores Com uma subamostra dos mesmos participantes (n=5) foi realizada entrevista, nas quais se buscou coletar detalhes sobre a sua relação com a escola e com professores, motivos de evasão, sua vontade de estudar e sobre aspirações quanto ao futuro, para captar informações que dificilmente poderiam ser obtidas com as escalas do tipo Likert Porém, pela análise dos relatos nas entrevistas não se obtiveram informações adicionais relevantes Quando analisadas as marcações no continuum da escala em alguns itens selecionados do questionário, verificou-se que alguns daqueles adolescentes mostravam total desvalorização da escolaridade Por fim, os resultados foram discutidos à luz do referencial teórico adotado e de pesquisas anteriores e foram dadas sugestões de novas pesquisas bem como levantadas algumas implicações educacionaisItem Fatores de risco e de proteção presentes nas significações do percurso de escolarização dos alunos da EJA : um estudo à luz do modelo bioecológico do desenvolvimento humanoLopes, Jamille Mansur; Oliveira, Francismara Neves de [Orientador]; Alliprandini, Paula Mariza Zedu; Bianchini, Luciane Guimarães BatistellaResumo: A presente Dissertação , vinculada à Linha de Pesquisa: Aprendizagem e Desenvolvimento em Contextos Escolares; Núcleo: Aprendizagem, Desenvolvimento Humano e Escolarização, por meio do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPEdu), fundamenta-se na teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano (BRONFENBRENNER, 1996), que expressa a importância da significação atribuída pela pessoa em desenvolvimento e demais sujeitos que compõem seu contexto imediato à realidade na qual está inserida, às próprias vivências e às situações que lhe conferem um lugar social Por reconhecer essa peculiaridade, este estudo analisou as significações produzidas por alunos, terceiros envolvidos e pedagogos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no que concerne aos sentidos atribuídos à escola, ao percurso de escolarização e às vivências na inserção, afastamento e reinserção na escola Trata-se de população caracterizada pelo retorno à escola após período de afastamento e atende alunos a partir dos 15 anos, em defasagem idade/série Participaram 12 alunos de um Centro de Educação Básica para Jovens e Adultos, pessoas próximas indicadas pelos alunos (5 participantes) e 4 Pedagogos da instituição A pesquisa qualitativa, na modalidade de estudo descritivo, tomou por instrumento de coleta de dados mediante o princípio da Inserção Ecológica: relatos orais dos alunos, pessoas próximas indicadas pelos alunos e pedagogos da instituição escolar na qual estavam matriculados no momento da coleta dos dados Compreende ainda o conjunto de significações acerca do processo de escolarização, a percepção dos alunos acerca das vivências de exclusão ou abandono da escola e posterior retorno Os relatos orais tomaram por base um roteiro de entrevista com perguntas norteadoras que buscaram conhecer o percurso acadêmico dos participantes da EJA, sua inserção, seu afastamento e retorno às condições de escolarização Os dados coletados permitiram reflexões acerca da modalidade de escolarização EJA e os fatores de risco e proteção que podem ser evidenciados nesse contexto Ficou demonstrado que os fatores de risco mais frequentes foram: drogas, trabalho precoce, preconceito, reprovação escolar, estrutura familiar desfavorável, exclusão social e falta de incentivo Em especial mulheres, tiveram no trabalho rural a principal razão para evasão escolar, além da falta de estrutura familiar na época em que deveriam cursar a Educação Básica Sobre as mulheres recaiu ainda a concepção do lugar social predominante à época na sociedade brasileira, segundo a qual o estudo não era considerado tão importante pelas famílias Os fatores protetivos encontrados nessa população foram: incentivo, a escola/EJA e suas vivências nela; obrigatoriedade legal do ensino para a modalidade EJA, relação interpares no contexto escolar, busca por qualificação profissional e consolidação da identidade pessoal Os fatores de risco e proteção foram cotejados aos conceitos de pessoa, contexto, processo e tempo, próprios ao referencial teórico adotado e indicaram a necessidade de intervenção pedagógica promotora de resiliência nesse contextoItem Os mapas conceituais na autoavaliação da aprendizagemLima, Camila Fernandes de; Franco, Sandra Aparecida Pires [Orientador]; Souza, Nádia Aparecida de; Portilho, Evelise Maria Labatut; Alliprandini, Paula Mariza Zedu; Fran, Sandra Aparecida Pires [Coorientadora]Resumo: No desencadear de uma avaliação que favoreça ao estudante a apropriação de novos conceitos e a continuidade do processo de aprendizagem, procedeu-se à introdução de uma atividade avaliativa no decurso do trabalho em sala de aula – o mapa conceitual Se os professores precisam estar cientes do desenrolar do processo de aprendizagem, para procederem intervenções criticamente informadas, os estudantes, igualmente, precisam identificar e deter-se reflexivamente ante às conquistas e obstáculos, autoavaliando os próprios percursos Destarte, impõe-se o problema: como os estudantes utilizam-se das informações advindas dos mapas conceituais que elaboram para se autoavaliarem, prosseguindo no processo de aprendizagem? Intentando resolvê-lo, estabeleceu-se como objetivo geral: analisar repercussões da utilização dos mapas conceituais, no ensino superior – um curso de Licenciatura em Pedagogia –, como tarefa avaliativa, na autoavaliação das aprendizagens Tendo por fundamentação a teoria da aprendizagem significativa e princípios do cognitivismo, a pesquisa, de abordagem qualitativa, na modalidade estudo de caso, contou com a participação de 18 estudantes, que integravam uma turma de primeiro ano do curso de Licenciatura em Pedagogia, de instituição privada de ensino superior, localizada na região norte do Estado do Paraná Os dados coletadas, por meio de observação, mapas conceituais produzidos pelos estudantes e entrevistas, foram submetidos à análise de conteúdo temática Os resultados revelaram que o uso dos mapas conceituais favoreceu aos estudantes autoavaliarem-se, identificando, no decorrer do processo de elaboração dos mapas conceituais, os obstáculos que se interpunham ao processo de aprendizagem, como: identificação do conceito-chave, hierarquização e inter-relação dos conceitos, construção de estruturas proposicionais, por exemplo Os resultados evidenciaram, também, que os estudantes superaram algumas de suas dificuldades e alcançaram relevante alteração conceitual no concernente à temática sob focoItem Memória, estilos intelectuais e estratégias de aprendizagem : estudando os transtornos do neurodesenvolvimento em alunos do ensino fundamental e percepção de seus professoresInácio, Francislaine Flâmia; Oliveira, Katya Luciane de [Orientador]; Alliprandini, Paula Mariza Zedu; Santos, Acácia Aparecida Angeli dosResumo: Os Transtornos do Neurodesenvolvimento podem comprometer o desempenho acadêmico dos alunos Dessa forma, o estudo sobre as questões relacionadas ao processamento da informação se faz necessário para o desenvolvimento da aprendizagem Esta pesquisa teve como objetivo avaliar o desempenho em memória, os estilos intelectuais e as estratégias de aprendizagem nos alunos do Ensino Fundamental com diagnóstico de Dislexia e TDAH e sem dificuldade escolar, além de averiguar a percepção dos professores acerca dos temas propostos Participaram 37 alunos e 23 professores, provenientes de escolas públicas Os alunos frequentavam do 2º ao 9º ano escolar, sendo 65 com diagnóstico de Dislexia, 132 com TDAH e 173 sem dificuldade escolar Os instrumentos utilizados foram as Figuras Complexas de Rey (Forma A), o Inventário de Estilos de Pensamento-Revisado II (TSI-R2), a Escala de Avaliação das Estratégias de Aprendizagem para o Ensino Fundamental – EAVAP-EF e o Questionário para Professores Os resultados indicaram que em memória, o grupo sem dificuldade escolar apresentou média maior que os alunos com diagnóstico e houve diferença significativa entre os alunos com TDAH e sem dificuldade escolar No inventário de estilos, os alunos com Dislexia apresentaram média maior para os estilos externo e conservador; aqueles com TDAH para os estilos legislativo, monárquico, conservador e externo e os sem dificuldade escolar, para os estilos monárquico, legislativo e executivo Foram encontradas diferenças significativas entre os três grupos Na EAVAP-EF, a média foi menor na subescala estratégias cognitivas e não houve diferença significativa apenas entre os grupos Dislexia e TDAH O item memória apresentou correlação negativa com o estilo conservador e a subescala ausência de estratégias metacognitivas disfuncionais A escala de estratégias de aprendizagem apresentou correlação positiva com os estilos legislativo, executivo, judicial, global, local, liberal, conservador, hierárquico, monárquico, anárquico e interno Os professores relataram possíveis diferenças entre os grupos em memória e estratégias de aprendizagem Além disso, informaram o uso de estratégias de aprendizagem por parte dos alunos A maioria dos professores não conheciam termos como estratégias de aprendizagem e estilos intelectuais, por isso as respostas foram dadas de acordo com a sua prática de ensino Concluiu-se que a diferença no desempenho de alunos sem dificuldade escolar, em relação àqueles com diagnóstico, merece a atenção dos professores no planejamento de intervenções Também, verificou-se a necessidade de estudos complementares que investiguem tais variáveis nos gruposItem Metas futuras como fonte motivacional de adolescentes e jovens para aprenderKozuki, Michelle Brambilla de Oliveira; Bzuneck, José Aloyseo [Orientador]; Boruchovitch, Evely; Alliprandini, Paula Mariza ZeduResumo: A presente pesquisa teve como objetivos buscar evidências psicométricas do instrumento, identificar aspectos motivacionais de adolescentes e jovens, em termos de suas metas futuras, assim como verificar se há relação entre tais metas com a percepção de instrumentalidade e o engajamento nos estudos O corpus da pesquisa foi composto por 399 jovens e adolescentes de ambos os gêneros do ensino fundamental e médio da rede pública de ensino do estado do Paraná, do programa Projovem e do programa Patronato Central do Estado do Paraná Para o desenvolvimento metodológico do estudo, os participantes responderam a um questionário em escala Likert Os dados coletados foram submetidos ao programa SPSS para análise descritiva e inferencial Dentre os resultados obtidos, destacam-se que a análise fatorial da escala “Questionário de avaliação de metas futuras e de engajamento” indicou uma estrutura de quatro fatores, sendo, Fator 1: Engajamento comportamental com o alpha ,8; Fator 2: Percepção de instrumentalidade com o alpha ,6; Fator 3: Conteúdos de metas futuras com o alpha ,65 e, por fim, Fator 4: Desvalorização das metas futuras com o alpha ,5 À luz desses indicadores, verifica-se correlação significativa positiva entre engajamento comportamental e percepção de instrumentalidade; entre engajamento comportamental e conteúdo de metas futuras e entre percepção de instrumentalidade e conteúdo de metas futuras Os dados mostraram que a percepção de instrumentalidade e os conteúdos das metas futuras predizem em grau significativo a variável engajamento comportamental Pela análise de variância, os alunos do grupo dos adolescentes que cumprem regime socioeducativos apresentavam escores, significativamente, mais baixos que os outros dois grupos Em relação à medida de desvalorização das metas futuras, o grupo de adolescentes que cumpre regime socioeducativo tem escores mais baixos que os outros dois grupos e, por outro lado, o grupo Projovem tem os escores mais altos que os outros dois grupos Os resultados obtidos na presente pesquisa merecem atenção e sinalizam a necessidade de outras perspectivas de investigações quanto a amostras maiores nos grupos Projovem e Programa socieducativo e elaborar um instrumento que possa investigar melhor a valorização e a expectativa quanto às metas futuras Por fim, os resultados foram discutidos à luz do referencial teórico adotado e de literatura pertinente à área, a fim de contribuir para a compreensão da perspectiva de tempo futuro e de suas implicações educacionaisItem A qualidade motivacional e o Burnout : um estudo exploratório com professoresBellusci, Julliana Faggion; Bzuneck, José Aloyseo [Orientador]; Portilho, Evelise Maria Labatut; Alliprandini, Paula Mariza ZeduResumo: O primeiro objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade motivacional dos professores para o trabalho de acordo com a Teoria da Autodeterminação e suas associações com componentes de Burnout, ou seja, a exaustão emocional, realização profissional e cinismo Uma amostra de 586 professores do ensino fundamental, médio e superior responderam eletronicamente dois questionários relacionados com ambos os constructos estabelecidas A análise de componentes principais revelou quatro fatores na escala motivacional, a motivação autônoma, motivação introjetada, desmotivação e regulação externa Outros três fatores foram identificados na escala de Burnout, os quais correspondem aos três componentes Os resultados mostraram que os professores têm um forte senso de motivação autônoma para o ensino, seguido de motivação controlada e desmotivação Por outro lado, os níveis elevados de baixa realização profissional, seguido de exaustão emocional e cinismo foram revelados pela amostra como um todo As análises de Pearson mostraram relações positivas e negativas entre os escores em todas as variáveis O objetivo mais importante do estudo foi avaliar as relações entre os escores dos três componentes de Burnout e as variáveis demográficas da amostra Como resultados, as análises de variância apresentaram evidências de que os níveis de exaustão emocional foram significativamente maiores entre as mulheres Exaustão emocional e cinismo tiveram pontuações mais baixas no grupo de professores com mais de 46 anos de idade, seguido de baixa realização profissional neste mesmo grupo A experiência no ensino apresentou algumas diferenças em Burnout, sendo que aqueles com 16 anos ou mais no ensino foram caracterizados por níveis mais baixos em exaustão emocional e cinismo do que outros grupos Finalmente, os professores que declararam boas ou excelentes relações profissionais com seus colegas apresentaram menores níveis de exaustão emocional e cinismo do que aqueles que perceberam relações menos positivas Os resultados foram discutidos à luz de teorias e outros estudos Este trabalho, por sua vez, pretende contribuir para a compreensão da motivação e para o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento ao esgotamento profissional de professoresItem A relação entre escola e trabalho : noções sociais e processos de generalização na perspectiva de crianças e adolescentesPeralta, Tania Paula; Oliveira, Francismara Neves de [Orientador]; Saravali, Eliane Giachetto; Alliprandini, Paula Mariza ZeduResumo: No contexto das interações sociais e sua importância para os processos de escolarização, torna-se relevante estudar a relação escola e trabalho Com base no referencial teórico piagetiano, o estudo do conhecimento social indica que a construção de explicações por parte dos sujeitos é um processo de compreensão gradativa do mundo por parte dos sujeitos e que envolve as experiências, oportunidades, reflexões e vivências oriundas da interação com o mundo Neste sentido, a presente pesquisa teve como objetivo compreender, na perspectiva dos sujeitos participantes, a relação entre escola e trabalho, bem como os processos cognitivos de generalização envolvidos nesta relação Participaram do estudo 12 alunos assim distribuídos: quatro matriculados nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, sendo dois do 2º ano (ambos com 7 anos de idade) e 2 do 4º ano (8 e 9 anos de idade), quatro alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental, sendo dois do 6º ano (ambos com 1 anos de idade) e dois do 8º ano (ambos com 14 anos de idade) e quatro alunos do Ensino Médio, sendo dois da 1ª série (14 e 16 anos de idade) e dois da 3ª série (ambos com 19 anos de idade), de escola pública de um município norte paranaense A pesquisa qualitativa, apoiada no método clínico-crítico piagetiano, na modalidade de estudo de caso, se desenvolveu por meio de entrevista clínica e aplicação da prova operatória: “A Construção da Generalização: o conjunto das partes" (PIAGET, 1984) O roteiro da entrevista clínica foi construído com base em outras pesquisas sobre o conhecimento social e para a prova operatória utilizou-se o protocolo da prova de generalização (PIAGET, 1984) O período de coleta dos dados compreendeu os meses de fevereiro a março de 216, durante os quais as entrevistas clínicas e a aplicação da prova operatória aconteceram em encontros individuais Os resultados indicaram relação entre o desenvolvimento cognitivo da generalização e a compreensão das noções sociais de escola e trabalho, compreendidos como processos evolutivos percorridos pelas crianças e pelos adolescentes Observou-se também que os sujeitos participantes não atingiram os níveis mais elaborados de compreensão do mundo social (nível III) A concretização deste estudo possibilitou perceber a importância se conhecer os caminhos do pensamento dos alunos no que concerne às noções sociais e ao desenvolvimento cognitivo, a fim de organizar as proposições pedagógicas no contexto escolar, de forma a favorecer tais construçõesItem Satisfação corporal em estudantes do ensino médio : contribuições da epistemologia genéticaSantos, Églin Ribeiro dos; Oliveira, Francismara Neves de [Orientador]; Saravali, Eliane Giachetto; Alliprandini, Paula Mariza ZeduResumo: O processo de conhecimento acerca do corpo é contínuo e se modifica nas interações do sujeito com o meio ao longo do ciclo vital Assim, corpo representa um sentido físico, porém a corporeidade será a expressão do sensível e por meio do corpo o sujeito vai perceber/conhecer/se identificar com o mundo ao seu redor A imagem corporal é construída análoga e concomitantemente à imagem mental e envolve aspectos cognitivos, afetivos, sociais, motores Depende da estrutura de pensamento, das experiências e do contexto cultural em que cada sujeito está inserido O período das operações formais, no correspondente à adolescência, constitui-se particularmente importante para investigar os processos de construção da imagem mental e corporal, tendo em vista a construção identitária em curso Sendo a Educação Física um dos componentes curriculares da área de linguagens, ela é responsável por desenvolver as práticas corporais, portanto a corporeidade, considerando o processo de significação do sujeito A pesquisa realizada ancorou-se no aporte teórico da Epistemologia Genética e objetivou analisar o nível de satisfação da imagem corporal em estudantes do Ensino Médio, relacionando os processos de construção da imagem mental e corporal Participaram do estudo 93 estudantes, sendo 51 do gênero feminino e 42 do gênero masculino, com idades entre 15 e 17 anos A pesquisa classifica-se como quantitativa O instrumento utilizado foi a Escala de Satisfação Corporal que tem como finalidade identificar o grau de satisfação em 15 áreas corporais de uma forma geral O nível de significância adotado para os testes estatísticos foi de 5%, ou seja, p<5 Verificou-se diferença significativa para as áreas de: nádegas, estômago, braços, tônus muscular e peso No geral, o gênero masculino mostrou-se mais satisfeito com o corpo em relação ao gênero feminino Observa-se diferença significativa para as áreas corporais de tórax/seio, valores maiores para os adolescentes de 17 anos e menores valores no caso dos participantes com 16 anos Embora ainda seja preciso avançar, percebemos que a preferência por determinadas áreas corporais não é uma questão de gênero É necessário ampliar as pesquisas no que se refere à imagem corporal para capturar a noção de corporeidade e a satisfação corporal em amostra de maior amplitude, o que poderá favorecer no estudo de como ocorrem essas construções e na compreensão dos processos envolvidos Além disso, indica se a incorporação de entrevista baseada no método clínico-crítico piagetiano para capturar o pensamento dos participantes, significações acerca do corpo, das relações com os diferentes gêneros e as questões sociais nas diferentes possibilidades de constituição da imagem corporal e mentalItem Significações de vergonha e erro em estudantes do ensino médio : um estudo à luz da epistemologia genéticaThomas, Silvana; Oliveira, Francismara Neves de [Orientador]; Alliprandini, Paula Mariza Zedu; Bianchini, Luciane Batistella GuimarãesResumo: A organização social que nos rege, por seu caráter normalizador, é marcada pelo sentimento de vergonha que pode estar relacionado ao cometimento de erro Vergonha e erro são noções construídas nas relações sociais que se estabelecem entre pares de determinado grupo e, portanto, envolvem a relação entre juízo próprio e alheio Ancorada no aporte teórico-metodológico da Epistemologia Genética de Jean Piaget, a presente pesquisa objetivou investigar as significações produzidas por estudantes do Ensino Médio de uma instituição privada de ensino, de um município norte paranaense, acerca das noções de vergonha e erro, relacionando-as aos processos de significação da vivência escolar Participaram do estudo, 15 estudantes do Ensino Médio, sendo 5 de cada série (1ª, 2ª e 3ª série) Os dados foram coletados e analisados por meio do Método Clínico-Crítico de Jean Piaget, mediante entrevistas clínicas, nas quais se recorreu a depoimento proveniente de mídia social e recorte de vídeo oriundo de seriado televisivo, para análise dos participantes da pesquisa Os dados oriundos das entrevistas pessoais, bem como as significações apresentadas pelos participantes ao depoimento e ao excerto de vídeo propostos, permitiram a elaboração de categorias de análise que nortearam a discussão Cinco categorias emergiram dos dados e foram cotejadas aos conceitos de moralidade, vergonha e erro no aporte teórico da pesquisa, são elas: 1 - Vergonha como regulador externo; 2 - Vergonha como autojuízo; 3 - Significações de vergonha relacionadas às questões escolares ou ao ambiente escolar; 4 - Erro como quebra de regras e padrões; e 5 - Erro como fracasso em relação a metas pessoais Os resultados indicaram que os participantes significam a vergonha como decorrente de um juízo alheio, assim como de um autojuízo negativo acerca do próprio comportamento Em ambos os casos a vergonha incidiria sobre as representações que os participantes têm de si e ensejaria uma retificação do próprio comportamento A vergonha seria um sentimento necessário, pois serviria como um sinalizador de que o comportamento apresentado não está de acordo com as representações que o sujeito tem de si, nem com as normas presentes no contexto O erro estaria relacionado a uma quebra do padrão socialmente estabelecido, relacionado à violação de normas sociais; bem como a situações de fracasso pessoal, a exemplo de criar uma expectativa em relação a uma prova e não atingir o esperado Vergonha e erro no contexto escolar se relacionam às vivências de fracasso em obter o resultado acadêmico esperado; a percepção de não se adequarem ao padrão de bom aluno Para os participantes, o erro é necessário ao processo de desenvolvimento, mas a escola não o valoriza, pois os alunos que erram são desprezados Apesar da limitação do estudo advinda do reduzido número de participantes, a pesquisa apresentou reflexões generalizáveis acerca do estudo da moralidade, promovendo indicativos para que se pudesse conhecer o pensamento de estudantes adolescentes Em situações futuras, pode favorecer a elaboração de práticas pedagógicas que pensem a escola como espaço de promoção da reciprocidade de relações, autonomia e cooperação, para subsidiar a atuação com adolescentesItem O significado do não aprender na sala de apoio à aprendizagem : a resiliência na voz dos protagonistas do mesossistema constituído pela família e escolaBazoni, Jane Ester da Silva; Oliveira, Francismara Neves de [Orientador]; Alliprandini, Paula Mariza Zedu; Schiavoni, Andreza; Caetano, LucianaResumo: A abordagem bioecológica de Bronfenbrenner foi adotada como aporte teórico-metodológico neste trabalho que teve como objetivo analisar possíveis interrelações entre dois microssistemas - família e escola, no que diz respeito ao modo como é compreendido o não aprender na Sala de Apoio à Aprendizagem (SAA) Considerando o contexto e o processo nesses microssistemas, buscou-se identificar os significados atribuídos ao não aprender pelos participantes do estudo: gestores, professores, alunos e familiares, bem como os fatores de risco e de proteção presentes no contexto da SAA A pesquisa teve como lócus uma escola da rede estadual de ensino da cidade de Londrina/PR Participaram do estudo 36 sujeitos, assim distribuídos: treze alunos, treze representantes das famílias (um de cada família), três pedagogas, duas professoras da sala de apoio e cinco professores da sala regular Adotou-se como abordagem a pesquisa qualitativa, de cunho descritivo na modalidade de estudo de caso, apoiada no princípio da contextualidade e da ampliação das fontes de coleta de dados, pertinentes à proposta metodológica da inserção ecológica Como instrumento para a coleta de dados, utilizou-se da observação sistemática (doze encontros realizados uma vez por semana, durante três meses) e entrevista aos participantes, na modalidade semiestruturada O estudo envolveu a análise dos microssistemas escolar e familiar; portanto, o mesossistema, destacando as possíveis intersecções entre eles na significação do não aprender e levou em conta que as significações estão permeadas por mecanismos de risco e proteção Os resultados indicaram a importância de dar voz aos protagonistas dos microssistemas nos quais a sala de apoio está ancorada, a fim de compreender como o processo de aprendizagem desses alunos está permeado por interações que promovem significados ao vivido Os dados convidam a reconhecer que o não aprender neste espaço oficializado para o trabalho com dificuldades de aprendizagem na escola, constitui risco diante do qual os fatores protetivos-resiliência podem se manifestar