02 - Mestrado - Educação
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando 02 - Mestrado - Educação por Autor "Alliprandini, Paula Mariza Zedu"
Agora exibindo 1 - 20 de 23
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Auto eficácia De Estudantes De Pedagogia Para Ensinar Matemática E Percepções Das Fontes(2025-02-27) Morais, Caroline de; Bzuneck, José Aloyseo; Ramos, Maely Ferreira Holanda; Alliprandini, Paula Mariza ZeduPesquisas têm mostrado que as crenças de autoeficácia na formação inicial de professores têm influência na aprendizagem e no ensino em relação à matemática, ressaltando que aqueles que desenvolveram sólidas crenças de autoeficácia tendem a lidar melhor com desafios no ensino. Nesta perspectiva da Teoria Social Cognitiva, dois objetivos interligados nortearam a presente pesquisa. O primeiro foi investigar em que medida estudantes de Pedagogia já terão desenvolvido a autoeficácia necessária para ensinar matemática, no futuro, nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Como segundo objetivo, buscou-se identificar as percepções dos estudantes que já passaram pelo estágio quanto à influência das fontes quer alimentam essa crença. Trata-se de estudo exploratório, que envolveu 513 estudantes de Pedagogia de duas instituições públicas de Ensino Superior, com 464 (90,6%) do sexo feminino e 47 (9,2%) do sexo masculino. A idade dos participantes variou de 17 a 21 anos (faixa 1) até um grupo de 42 anos ou mais (faixa 5). Inicialmente, os coordenadores das duas instituições foram informados sobre a pesquisa por e-mail e, na sequência, deram a permissão para a execução do estudo. Para a presente pesquisa, dois questionários em escala tipo Likert foram aplicados. O primeiro, construído para esta pesquisa, com 15 itens, destinava-se a medir as crenças de autoeficácia para ensinar matemática no seu futuro como professores, com respostas a serem marcadas numa escala de 0 a 6. Aos estudantes que já haviam passado pelo estágio (n = 97) foi aplicada uma segunda escala com oito itens, elaborada para avaliar as percepções das quatro fontes de autoeficácia preconizadas por Bandura. Um novo item foi adicionado para avaliar a percepção dos conhecimentos adquiridos no curso. Os dois conjuntos de escalas foram intitulados Questionário de Autoeficácia e suas fontes para acadêmicos de Pedagogia (Bzuneck; Morais, 2024). As análises estatísticas trouxeram os seguintes resultados. A média geral da Autoeficácia para ensinar Matemática entre os 513 participantes foi acima do ponto médio (4,43 DP = 0,81), com distribuição assimétrica à esquerda. Comparando os períodos, os alunos do noturno apresentaram média significativamente maior (M = 4,51) do que os do matutino (M = 4,35), conforme o Teste t de Student (t = 2,29, p = 0,02). Ao comparar 97 estudantes que realizaram estágio (de 1 a 10 aulas) com uma amostra similar daqueles que ainda não haviam estagiado, verificou-se que o primeiro grupo apresentou uma média significativamente mais baixa em autoeficácia (M = 4,24) em relação ao segundo (M = 4,53). Analisando os 97 estudantes que deram aula no estágio, as médias das quatro fontes de Autoeficácia variaram, com destaque para experiência de domínio (M = 4,18) e conhecimentos adquiridos no curso (M = 4,31). Correlações de Spearman indicaram que todas as quatro fontes estavam significativamente associadas à autoeficácia. Entretanto, a percepção dos conhecimentos no curso apresentou correlação negativa. Por fim, comparando os alunos que deram apenas de 1 a 2 aulas no estágio com aqueles que ministraram de 4 a 10 aulas, verificou-se que o segundo grupo obteve escores significativamente mais altos em experiência de domínio, experiência vicária e ansiedade. Esse resultado sugere que, à medida que os estudantes avançam no estágio, sua percepção sobre as próprias capacidades se torna mais realista em sentido positivo. O estágio supervisionado impacta inicialmente de forma negativa a autoeficácia para ensinar Matemática, uma vez que os estudantes apresentaram médias significativamente menores do que aqueles que ainda não iniciaram a prática (t = 2,63, p = 0,005). Isso sugere que a experiência real de ensino leva a uma autoavaliação mais crítica das próprias capacidades. No entanto, estudantes que ministraram mais aulas no estágio (4-10) tiveram escores mais altos em experiência de domínio e de persuasão social, além de ansiedade. Por um lado, os dados indicam que uma prática mais estendida pode fortalecer a autoeficácia, pela influência de ao menos duas fontes. Por outro, a percepção de ansiedade em relação ao ensino de matemática sugere que essa emoção tem certo impacto negativo à confiança docente em suas capacidades para esse ensino. Foram apontadas limitações na condução do estudo. Os resultados foram discutidos à luz da Teoria social cognitiva e foram comparados com os de estudos anteriores, especialmente com os nacionais. Por último, nas considerações finais, foram apresentadas diretrizes para professores do curso, em vista do desenvolvimento da autoeficácia dos estudantes para o ensino de matemática nos anos iniciais do ensino fundamental.Item Autoeficácia docente e condições de acesso a recursos digitais no contexto do ensino remoto no ensino fundamental(2023-01-30) Faiam, Dayane Pelacine Marques; Alliprandini, Paula Mariza Zedu; Oliveira, Francismara Neves de; Bianchini, Luciane Guimarães BatistellaA autoeficácia docente é um construto que pode ser definido como as crenças que os professores possuem em suas capacidades para nortear os processos de ensino e de aprendizagem dos alunos, mesmo em situações diferenciadas. Partiu-se do seguinte problema de pesquisa: Como os docentes do Ensino Fundamental percebem suas crenças de autoeficácia diante dos desafios propostos pelo Ensino Remoto Emergencial (ERE) em função da Pandemia do COVID-19 e quais as condições de acesso aos recursos necessários para atuar nesse contexto? O objetivo geral foi examinar o perfil dos professores de Ensino Fundamental quanto à Autoeficácia Docente e ao acesso aos recursos digitais no contexto do ERE. O estudo refere-se a uma pesquisa exploratória e descritiva, da qual participaram 88 professores do Ensino Fundamental, sendo oito do gênero masculino e 80 do feminino; a faixa etária variou de 20 a 59 anos. A coleta de dados foi realizada on-line por meio do Google Forms e utilizou-se de um questionário sociodemográfico para caracterização dos participantes e uma Escala de Avaliação de autoeficácia docente para o ensino remoto, desenvolvida por Souza, Lacerda, Andrade e Silva (2021). A escala é formada por 28 itens divididos em dois fatores: Fator 1) Autoeficácia para o Ensino Remoto em Tempos de Pandemia (18 itens) e Fator 2) Acesso a Recursos para o Ensino Remoto em Tempos de Pandemia (10 itens). A análise dos dados sociodemográficos apontou que 56,82% dos participantes relataram ter vivenciado dificuldades na execução das aulas e atividades no formato remoto, 96,59% afirmaram ter realizado adaptações em suas disciplinas para o ensino remoto, 75% relataram não terem feito capacitações sobre o ensino na modalidade a distância e 71,59% afirmaram não ter experiência como docente num curso/disciplina em EAD. Sobre o tipo de acesso à internet utilizado neste período, 86,36% dos docentes desenvolveram todas as aulas em suas casas por meio de banda larga, demonstrando a proatividade docente em busca de utilizar a internet que possuía maior conexão e segurança, mesmo diante da precariedade de condições de acesso aos recursos tecnológicos vivenciado. Quanto ao perfil dos professores em relação às crenças de autoeficácia docente e ao acesso a recurso para o Ensino Remoto Emergencial (ERE), os resultados evidenciaram diferenças significativas entre os gêneros feminino e masculino, e apontaram que os participantes do gênero masculino apresentam maior acesso aos recursos digitais, não havendo diferenças significativas entre os fatores da escala em função da faixa etária. Os resultados também evidenciaram diferenças significativas entre os participantes que relataram ter feito ou não capacitações para o ensino na modalidade da EaD, sendo as maiores médias para os com capacitações, e também diferenças significativas ao comparar os participantes com e sem experiência, e observou-se maiores escores para os participantes com experiência, em relação aos dois fatores da escala. A presente pesquisa trouxe contribuições importantes, em especial sobre a importância da formação docente como elemento fundamental a uma prática pedagógica que conduza a uma avaliação docente positiva sobre sua capacidade para organizar e realizar as atividades exigidas e necessárias para atingir os resultados educacionais, fator esse de grande importância para a elevação do nível de autoeficácia docente.Item Autoeficácia e motivação para o ensino de professores da educação básica(2024-02-26) Franco, Tereza Mieko Kato; Alliprandini, Paula Mariza Zedu; Vasconcelos, Mônica Cajazeira Santana; Bzuneck, José AloyseoEstudos mostram que as crenças de autoeficácia dos professores têm influência na motivação e na satisfação no trabalho, destacando que aqueles que desenvolveram sólidas crenças de autoeficácia, tendem a lidar melhor com desafios do cotidiano escolar. Nesta perspectiva, o objetivo da presente pesquisa foi investigar as possíveis relações entre as crenças de autoeficácia e a motivação para o ensino de professores da educação básica. Trata-se de estudo exploratório e correlacional, que envolveu cerca de 402 professores da educação básica das escolas conveniadas, privadas e públicas, sendo 349 (89,49%) do gênero feminino e 41 (10,51%) do gênero masculino e a faixa etária variou de 18 a 60 anos. Iniciou-se a coleta de dados com um estudo preliminar que incluiu a aplicação de instrumentos a 12 professores. Inicialmente, os professores foram informados sobre a pesquisa por e-mail, redes sociais, reuniões e intervalos laborais. Para ampliar a amostra, adotou-se a estratégia do efeito bola de neve. Portanto, a coleta de dados se deu por meio da plataforma Google Forms e utilizou-se dos seguintes instrumentos: um questionário sociodemográfico (9 questões) para caracterização dos professores participantes; Escala de Avaliação da Crença de eficácia de professores (Woolfolk; Hoy, 1990, traduzida e adaptada por Bzuneck; Guimarães, 2003) - 20 itens; e Escala de Motivação do Professor para o Ensino (MPE) (Oliveira; Rufini; Bzuneck, 2023) – 21 itens. Na análise dos dados, destacaram-se os seguintes resultados: a variável “tipo de escola de atuação dos professores” revelou diferenças estatisticamente significativas no fator da “eficácia pessoal”, relacionada às escolas conveniadas, privadas e públicas. Notavelmente na escola pública, a média mais alta (M=3,86) indica uma maior confiança dos professores. Observaram-se diferenças estatisticamente significativas no fator “eficácia do ensino” em função da modalidade educacional, sendo que os professores da Educação de Jovens e Adultos apresentaram uma média mais alta (M=4,0) e diferença estatisticamente significativa em relação aos que atuam na Educação Infantil. Isso sugere que as percepções de eficácia do ensino são influenciadas pelo nível de ensino, evidenciando a importância do contexto e das demandas específicas de cada nível na forma como os professores percebem sua própria eficácia educacional. Os resultados indicam uma forte correlação positiva entre a eficácia pessoal e a eficácia do ensino, sugerindo que um aumento na eficácia pessoal está associado a um aumento na eficácia do ensino. Contudo, não foi encontrada uma relação significativa entre a eficácia pessoal e a motivação autônoma ou controlada. Ressalta-se a necessidade de desenvolver mais estudos sobre o tema, pois apoiar os docentes na elevação do nível de autoeficácia e promover o desenvolvimento de formas mais autônomas de motivação para o ensino são essenciais para alcançar resultados educacionais mais satisfatórios.Item Autoeficácia para Compreensão Leitora: Intervenção pedagógica com alunos do 5º ano das Series Iniciais do Ensino Fundamental(2024-02-16) Marques, Caroline Isabel de Amorim; Bzuneck, José Aloyseo; Alliprandini, Paula Mariza Zedu; Fior, Camila AlvesAs crenças de autoeficácia são um importante componente motivacional, e se referem a como acreditamos ser capazes de desempenhar cursos de ação para atingir nossos objetivos em diferentes áreas da vida. Na aprendizagem escolar, os alunos que apresentam elevadas crenças de autoeficácia acreditam mais em suas habilidades e capacidades, se envolvem em atividades mais desafiadoras, são mais resilientes, aplicam mais esforços, e perseveram diante dos desafios. Pesquisas, e avaliações em larga escala, tanto nacionais como internacionais evidenciam que no Brasil os alunos apresentam proficiência em leitura muito abaixo do esperado. Compreender as razões que tem causado esses resultados negativos, nos possibilita refletir e pensar em ações que possam ser praticadas para reverter tal cenário. Nesse sentido o presente estudo tem o objetivo geral de avaliar o impacto de uma intervenção, de natureza quase-experimental, destinada a ensinar estratégias de aprendizagem, visando fortalecer a compreensão leitora e as crenças de autoeficácia em estudantes com dificuldades nestas habilidades. Para alcançar tais objetivos inicialmente 57 estudantes matriculados no 5º ano das Séries Iniciais do Ensino Fundamental, de uma escola pública, em um munício paranaense, foram avaliados em pré-teste de autoeficácia para compreensão leitora de textos didáticos de história, e por meio desse teste, 20 crianças que apresentarem escores abaixo da mediana foram selecionados para compor o grupo Experimental (GE) e grupo Controle (GC), dez crianças em cada grupo. A coleta de dados se deu pela aplicação de dois instrumentos: uma escala de autoeficácia para compreensão leitora e um questionário de compreensão leitora para textos de história. Os dados foram coletados em três momentos: no pré-teste, no pós-teste e num pós-teste postergado. A intervenção foi aplicada somente ao grupo experimental, e foi organizada em dez encontros, nos quais os alunos foram ensinados e treinados em estratégias de compreensão leitora. Os resultados revelaram que no pós-teste, em comparação com o pré-teste, os alunos do GE revelaram escores significativamente mais elevados em autoeficácia e em compreensão leitora, o que se manteve no pós-teste postergado. Desta forma, confirmou-se, de acordo com a teoria, que a autoeficácia para compreensão leitora se fortalece em função de experiências de êxito nessa habilidade, conseguidas com a intervenção pedagógica em que foram ensinadas estratégias de leitura. Entretanto, os alunos do GC também apresentaram no pós-teste ganhos significativos em ambas as medidas, um dado não esperado, mas que foi devidamente explicado, à luz da Teoria Social Cognitiva, não anulando os efeitos da intervenção com o outro grupo. Por fim, foram dadas sugestões para novas pesquisas.Item Autorregulação e motivação em uma tarefa de aprendizagem : um estudo com universitáriosMerett, Francielle Nascimento; Bzuneck, José Aloyseo [Orientador]; Alliprandini, Paula Mariza Zedu; Polydoro, Soely Aparecida JorgeResumo: Para realizar com êxito as exigências acadêmicas e ter um bom desempenho, o universitário necessita apresentar autorregulação da sua aprendizagem A autorregulação consiste em um processo autodirigido e voluntário, que permite o estudante gerenciar seus próprios comportamentos, sentimentos e pensamentos no desenvolvimento das tarefas acadêmicas Estudos recentes evidenciam que grande parte dos universitários ingressantes, por viverem um processo multifacetado de integração e adaptação no Ensino Superior, encontram dificuldades em lidar com essa etapa, pois, não possuem muitas das habilidades necessárias para cumprir as exigências do novo contexto, justificada em alguns casos pelas experiências e comparações com o Ensino Médio Frente a esse cenário, o presente estudo teve o objetivo de verificar em que medida estudantes universitários são autorregulados e qual a relação com avariáveis motivacionais, na realização de uma tarefa de aprendizagem avaliativa online, denominada Trabalho Discente Efetivo A pesquisa contou com uma amostra de 212 universitários ingressantes dos cursos de Direito, Medicina e Psicologia de uma universidade particular do norte do Paraná Após a realização da tarefa, eles responderam o "Questionário de Autoconhecimento nos Estudos", composto por 4 questões em escala Likert de cinco pontos, que contemplou as categorias: estratégias cognitivas (elaboração e organização) e metacognitivas; planejamento do tempo; procrastinação; Motivação (Meta de Realização Domínio e Metas Extrínsecas) e percepção de instrumentalidade da disciplina As escalas foram submetidas à análise fatorial exploratória Uma vez levantadas as médias em cada uma das variáveis de autorregulação, aplicou-se a análise de clusters ou perfis, numa abordagem centrada na pessoa Os resultados concluíram por quatro perfis (clusters) de alunos em termos de estratégias de autorregulação Um perfil foi composto por estudantes com escores mais altos em estratégias cognitivas, metacognitivas e planejamento de tempo, sendo denominados de “altamente regulados” Já outro perfil de alunos apareceu com as médias mais baixas nas mesmas estratégias, chamado de “baixa regulação” Os outros dois clusters ficaram num nível intermediário, com uma mescla de médias em estratégias Também foi levantada a relação entre os clusters e as orientações motivacionais, mediante à análise de variância Constatou-se que os alunos do cluster 3, os altamente regulados, acusaram as médias mais altas na meta domínio Não houve diferença entre os quatro clusters em relação com metas extrínsecas Por fim, os resultados foram discutidos à luz do modelo de Aprendizagem Autorregulada de Zimmerman Além disso, algumas implicações educacionais foram apontadas, como a necessidade de intervenções com universitários, em formato de projetos, disciplinas eletivas ou programas, com o objetivo de torná-los aprendizaes autorreguladosItem A construção de conhecimentos cartográficos e geográficos : um estudo acerca da representação do espaço e sua relação com o conhecimento social na perspectiva piagetianaGodoi, Guilherme Aparecido de; Oliveira, Francismara Neves de [Orientador]; Dell’Agli, Betânia Alves Veiga; Alliprandini, Paula Mariza ZeduResumo: O estudo caracterizou-se por abordagem qualitativa na modalidade de estudo descritivo e adotou como aporte teórico-metodológico a Epistemologia Genética de Jean Piaget A Geografia é a ciência que estuda o Espaço Geográfico, socialmente construído, numa relação dialética entre o Homem e o Espaço Físico A compreensão do espaço, em sua constituição material e imaterial, pressupõe domínio cognitivo do espaço representativo São as noções topológicas, projetivas e euclidianas que permitem tanto a construção quanto a interpretação das noções sociais e espaciais Nesse contexto, surgiram as seguintes questões-problema: 1- Quais relações podem ser estabelecidas entre processos cognitivos e conhecimento social que favoreçam a aprendizagem dos saberes cartográficos e geográficos? 2- Quais as significações atribuídas pelos alunos acerca dos conceitos de espaço e lugar, na compreensão da realidade socioespacial? Diante de tais questionamentos, o objetivo geral desta pesquisa foi verificar se existe relação entre a construção de conhecimento cartográfico e o significado do lugar e do espaço geográfico com o desenvolvimento cognitivo e social No contexto escolar, a alfabetização cartográfica apresenta-se como possibilidade de integrar tais saberes, pois os conhecimentos cartográficos envolvem o relacionamento das noções espaciais e sociais, na construção e interpretação dos mapas Participaram do estudo 8 alunos matriculados no 6º ano do Ensino Fundamental II de uma escola estadual do município de Londrina- PR O método clínico-crítico piagetiano embasou a coleta de dados, que contou com os seguintes recursos: duas provas operatórias piagetiana (o experimento das Três Montanhas e o Mapa da Aldeia), entrevista clínica semiestruturada e oficinas de maquete, mapa e fotografia Constatamos que o conhecimento social de lugar e espaço geográfico é de difícil elaboração, visto que a maioria dos participantes permaneceu no nível mais elementar (N1=6 alunos, N2=1 e N3=1) Os resultados indicaram relação entre a elaboração do conhecimento social e o desenvolvimento cognitivo Portanto, compreender o espaço vivido para além de suas materialidades requer operações avançadas do espaço representativo, não sendo suficiente apenas as transmissões sociais Do mesmo modo, confirmarmos a relação positiva entre os instrumentos lógicos e a construção dos saberes cartográficos, entre eles: o relacionamento da perspectiva vertical, a redução proporcional de escala, a construção do sistema de coordenadas espacial e a compreensão da legenda A partir desses resultados foi possível confirmar a hipótese levantada acerca da relação entre o desenvolvimento das estruturas cognitivas do espaço representativo com a construção de conhecimentos cartográficos e os níveis de compreensão da realidade socioespacial Tal aspecto permite inferir que quanto mais complexa e elevada a construção do conhecimento social e cognitivo do indivíduo acerca do espaço, maior será sua intervenção na produção de espaços mais criativos e solidários O estudo se integra às pesquisas no campo da construção do conhecimento social e subsidia discussões acerca da aprendizagem da cartografia no contexto escolar Aponta para a importância pedagógica das oficinas no contexto de metodologias ativas para a elaboração do conhecimento geográfico Como indicação do estudo para pesquisas futuras considera-se relevante ampliar a temática pesquisada, investigando níveis de conhecimento cognitivo e social de graduandos de Pedagogia e Geografia, como também de profissionais formados que já lecionam os conteúdos cartográficos e geográficosItem Direito de expressão, protesto e greve : noções sociais construídas por alunos de diferentes níveis de escolaridade e os processos de generalizaçãoFreire, Julise Franciele de Carvalho; Oliveira, Francismara Neves de [Orientador]; Saravali, Eliane Giachetto; Alliprandini, Paula Mariza ZeduResumo: Fundamentada na teoria piagetiana, esta pesquisa teve como objetivo investigar as relações entre a evolução do conhecimento social e os processos de generalização em diferentes momentos da escolarização, no que concerne ao direito de expressão, protesto e greve O delineamento metodológico adotado foi a pesquisa qualitativa, na modalidade de estudo exploratório, baseado no método clínico-crítico de Piaget Considerou-se a evolução da noção do direito à expressão, protesto e greve por meio das significações construídas por alunos de diferentes níveis de escolaridade relacionando-as aos processos de generalização que se desdobraram em duas questões: 1) Como se manifesta em alunos de diferentes anos escolares, a noção de direito à liberdade de expressão, protesto e greve? 2) Que relações é possível estabelecer entre a evolução do conhecimento social e os processos de generalização? O estudo teve a seguinte configuração da amostra: 16 alunos, sendo dois de 2º e 4º anos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental; dois do 6º e 8º anos dos Anos Finais do Ensino Fundamental; dois da 1ª e 3ª séries do Ensino Médio e dois do Ensino Superior (2º e 4º anos do curso de Pedagogia) Os seguintes instrumentos foram adotados na coleta dos dados: entrevista clínica apoiada em charges interpretativas e histórias provocadoras de tomada de opinião; roteiro semiestruturado para desencadear conversa acerca dos temas investigados; representações pictóricas (desenhos), com legendas explicativas, para cada temática abordada (liberdade de expressão, protesto e greve); e, por fim, a aplicação da prova cognitiva da generalização Os resultados indicaram que 8 estudantes encontravam-se no nível I, suas respostas estavam centradas em aspectos concretos e observáveis, que beiravam a fabulação No nível II da compreensão social, 7 estudantes demonstraram progressos em relação ao nível anterior Somente 1 participante compôs o nível III, pois demonstrou uma compreensão mais elaborada da realidade social, sendo este sujeito capaz de refletir sobre as situações ao seu redor e de coordenar aspectos implícitos Na prova da generalização dos 16 participantes, 1 sujeito compôs o nível III, 7 o nível II e 8 sujeitos o nível I As significações construídas acerca das noções de liberdade de expressão, protesto e greve puderam ser relacionadas ao desenvolvimento cognitivo e social dos sujeitos, dialeticamente em diferentes níveis de integração desses domínios Dada à limitação deste estudo quanto ao número de participantes, e tratando-se de uma temática pouco explorada, constatamos a necessidade de dar continuidade à investigação dessa pesquisaItem Escola, aprendizagem e pertencimento : significados atribuídos por alunos com baixo rendimento escolar no ensino fundamental II à própria trajetória de escolarizaçãoBruniera, David Salvador; Oliveira, Francismara Neves de [Orientador]; Alliprandini, Paula Mariza Zedu; Yaegashi, Solange Franci RaimundoResumo: Ancorado no aporte teórico metodológico da perspectiva Bioecológica do Desenvolvimento humano (Urie Bronfenbrenner 1917-25), o presente trabalho objetivou analisar alunos do Ensino Fundamental II, matriculados em uma escola pública de um município paranaense, para analisar as significações produzidas por eles no que diz respeito à escola e a própria trajetória de escolarização Participaram do estudo 19 alunos: 4 do 6º ano com idades entre 11 e 12 anos; 5 do 7º ano com idades entre 12 e 13 anos, 6 do 8º ano com idades entre 13 e 14 e 4 do 9º ano com idades que variavam, entre 14 e 15 anos Destes, 14 são do gênero masculino e 5 do feminino Como problemática da pesquisa, levantamos as seguintes questões: Quais os sentidos atribuídos por alunos que apresentam baixo rendimento escolar: à escola, ao aprender, ao pertencimento à escola e ao próprio rendimento escolar? Como o aluno significa seu processo de aprendizagem e as relações interpessoais vividas nesse contexto? A pesquisa qualitativa adotou estudo descritivo, e como procedimento investigativo a entrevista semiestruturada e a produção de representações pictóricas e respectivas legendas, elaboradas pelos participantes Emergiram dos dados coletado, cinco categorias com seis unidades de análise A categoria 1 aborda as significações acerca da escola - escola como espaço de acolhimento ou de aversividade, onde predominou o sentimento de pertencimento (11 participantes) A categoria 2 traz as significações de aprendizagem, e constituiu-se de duas unidades de análise: papel de professor e aluno e ambiente de aprendizagem (8 participantes) e dificuldades nas disciplinas (11 participantes) Nessa abordagem, as falas revelam as demarcações que remetem à autoridade do professor sobre o aluno, polarização dos papéis e atribuição a si mesmos (alunos) da responsabilidade pelo não aprender A categoria 3 delimita as relação interpares, e teve como unidade de análise o pertencimento (14 participantes) ou a exclusão (5 participantes) Nela se destacou a atribuição de sentido positivo à relação com amigos, indicadores de comunicação de sentimentos, parceria e vinculação a um grupo como condições de frequentar a escola diariamente Na categoria 4, relação com os professores, a unidade de análise foi relacionamento amistoso (13 participantes) ou dificultoso (6 participantes) Predominaram as indicações de relacionamento amistoso como um bom intercessor das relações com a escola em geral Na categoria 5, denominada rendimento escolar, a unidade de análise foi o bom aproveitamento escolar expresso em nota (11 participantes) e rendimento baixo considerando a média da escola (8 participantes) É significativo que 8 tenham considerado seu o próprio rendimento escolar como baixo e com dificuldades no processo de ensino-aprendizagem O resultado do estudo leva a refletir que os eventos vividos na escola – quer apresentem resultados favoráveis ou não – são demonstradores de um processo contextualmente produzido e multiplamente afetado por fatores que interferem na situação de aprendizagem O conjunto das significações produzidas, o que se pode inferir como noção de pertencimento do aluno ao contexto escolar onde está inserido e da relação com o saber Observou-se a escola como microssistema, onde o sentimento de pertencimento se vincula ao saber científico necessário ao desenvolvimento da pessoa em diferentes contextosItem Estilos intelectuais, raciocínio verbal, estratégias de aprendizagem e compreensão de leitura no ensino fundamentalTrassi, Angélica Polvani; Oliveira, Katya Luciane de [Orientador]; Alliprandini, Paula Mariza Zedu; Santos, Acácia Aparecida Angeli dosResumo: Essa pesquisa faz parte da Linha 2, Docência: Saberes e Práticas, e do Núcleo 2: Ação Docente, do Programa de Pós-graduação em Mestrado em Educação da Universidade Estadual de Londrina Os estilos intelectuais são definidos como a forma por meio da qual uma pessoa prefere utilizar seu raciocínio para resolver problemas, tomar decisões e processar uma informação Nesse sentido, o objetivo desse estudo foi investigar a relação entre os estilos intelectuais e as varáveis de inteligência, estratégias de aprendizagem e compreensão de leitura Participaram da pesquisa 47 alunos do 2º ao 9º anos do Ensino Fundamental de escolas públicas, da região norte do Paraná Os participantes foram solicitados a responder os seguintes instrumentos: Inventário de Estilos de Pensamento – Revisado II (adaptado para a população brasileira), Escala de Avaliação das Estratégias de Aprendizagem para o Ensino Fundamental (EAVAP-EF) e Teste Cloze, de forma coletiva Da amostra total foram selecionados 45 alunos, sendo cinco de cada ano escolar, que responderam as provas verbais da Escala Wechsler de Inteligência Abreviada (WASI) Os dados foram organizados em planilha e submetidos à análise estatística descritiva e inferencial Os resultados apontaram que a amostra apresentou médias de pontuação maiores nos estilos legislativo e monárquico e que possui um QI verbal dentro da média Na EAVAP-EF, os alunos tiveram maior pontuação nas subescalas Ausência de Estratégias Metacognitivas Disfuncionais e Estratégias Metacognitivas E no teste Cloze, identificou-se nível de compreensão de leitura independente No que tange a diferença entre os anos escolares, de forma geral, foi verificada a existência de diferenças estatisticamente significativas entre alunos do 2º ao 6º em relação aos alunos do 7º ao 9º anos Para o raciocínio verbal, foi encontrada diferença estatisticamente significativa entre alunos do 5º e 7º ano Na EAVAP-EF, verificou-se que alunos do 3º ano utilizam mais estratégias cognitivas e que alunos do 9º ano fazem mais uso de estratégias metacognitivas No teste Cloze, estudantes do 2º ao 4º anos possuem menor nível de compreensão de leitura do que os anos seguintes Por fim, foram obtidas correlações estatisticamente significativas, porém negativas entre QI verbal e o estilo conservador Relações estatísticas e positivas foram alcançadas entre os estilos intelectuais e a EAVAP-EF Observou-se também, correlações estatisticamente significativas, contudo negativas entre o teste Cloze e os estilos executivo, local, anárquico e conservador Correlações estatísticas e positivas entre o teste Cloze e as estratégias metacognitivas e o QI verbal também foram estabelecidas Por fim, obteve-se correlação entre o QI verbal e as estratégias metacognitivas Considera-se que o estudo tende a contribuiu para levantar os estilos de aprendizagem de alunos, e consequentemente, aprimorar métodos didáticos dos professores Contudo, mais estudos necessitam ser realizados a fim de investigar essas variáveis nesse tipo de amostraItem Estratégias autoprejudiciais e crenças de autoeficácia em estudantes do ensino médio(2024-02-28) Suzarte, Vitória Eduarda Rocha Simões; Alliprandini, Paula Mariza Zedu; Portilho, Evelise; Oliveira, Francismara Neves deIndivíduos autorregulados, que utilizam estratégias de aprendizagem adequadas, que possuem fortalecidas crenças de autoeficácia e que não empregam com frequência estratégias autoprejudiciais tendem a apresentar melhor desempenho acadêmico, uma vez que possuem comportamentos que dão subsídios para seu aprendizado dentro e fora do contexto escolar. Tendo em vista a escassez de estudos com estudantes do Ensino Médio e que abordem variáveis sociodemográficas (gênero, faixa etária, série escolar, repetência e desempenho acadêmico) no contexto brasileiro sobre estratégias autoprejudiciais, crenças de autoeficácia e desempenho escolar, o presente estudo teve como objetivo: analisar possíveis relações entre o emprego de estratégias autoprejudiciais, as crenças de autoeficácia acadêmicas, as variáveis sociodemográficas e o desempenho escolar de alunos do 1º ao 3º ano do Ensino Médio em tempo integral e noturno de uma Escola Pública Estadual. Para tanto, a pesquisa se caracterizou como Exploratória e Descritiva e foi realizada com 111 estudantes de uma Escola Pública Estadual de Ensino Médio numa cidade do interior do Paraná. Os instrumentos utilizados para a coleta e geração de dados foram a Brazilian Self-Handicapping Strategies Scale (EEAPREJ) validada por Boruchovitch et al. (2022), Escala de Autoeficácia Acadêmica para o Ensino Médio (AAEM) de Polydoro e Casanova (2015) e boletins escolares dos participantes. A pesquisa ocorreu de forma presencial e foi aplicada no Laboratório de Informática da instituição por meio do Google Forms. A análise foi realizada mediante estatística descritiva e inferencial utilizando-se o programa Statistical Packege for the Social Sciences (SPSS). Os resultados não evidenciaram diferenças significativas entre as variáveis sociodemográficas, o emprego de estratégias autoprejudiciais e a escala geral de crenças de autoeficácia. Já no que tange as variáveis sociodemográficas e a autoeficácia dos estudantes, observou-se que somente a variável período (integral/noturno) apresentou diferença significativa no fator 2 da escala “Autoeficácia para atuar na vida escolar” e a variável repetência nos fatores 1 “Autoeficácia para aprender” e 3 “Autoeficácia para decisão de carreira”. Sobre o desempenho acadêmico, o uso de estratégias autoprejudiciais correlacionou-se significativamente e negativamente com a média geral de desempenho acadêmico, indicando que quanto maior o uso de estratégias autoprejudiciais, menor o desempenho. Da mesma forma, foi evidenciada correlação significativa e negativa entre a autoeficácia e uso de estratégias autoprejudiciais, o que indicou que quanto maior o nível de autoeficácia, menor o emprego de estratégias autoprejudiciais e vice-versa. Espera-se que a presente pesquisa contribua para as discussões sobre crenças de autoeficácia e estratégias autoprejudiciais em estudantes do Ensino Médio, bem como servir como fonte de dados para novas propostas, com o objetivo de fortalecer as crenças de autoeficácia dos estudantes, diminuir o emprego das estratégias autoprejudiciais e melhorar o desempenho acadêmico, visando uma educação de qualidade para todos, bem como a redução do fracasso escolar.Item Estratégias de ensino, aprendizagem, motivação e adaptação de estudantes de pedagogia no ensino remoto emergencial (ERE)(2023-03-10) Cardoso, Carolina Bettini Corcini; Alliprandini, Paula Mariza Zedu; Rufini, Sueli Édi; Fior, CamilaA pandemia ocasionada pela Covid-19 exigiu que cursos presenciais passassem a ser ofertados por meio do Ensino Remoto Emergencial (ERE), o que levou a um novo modo de ensinar e de aprender. Neste novo contexto, o presente estudo teve por finalidade analisar as possíveis relações entre estratégias de ensino, estratégias de aprendizagem e motivação de um grupo de estudantes de Pedagogia no contexto do Ensino Remoto Emergencial (ERE); também investigou o processo de adaptação de um grupo de estudantes de Pedagogia com relação às atividades propostas durante as aulas, aos artefatos tecnológicos digitais de aprendizagem utilizados, às dificuldades encontradas e ao apoio institucional, no contexto do Ensino Remoto Emergencial (ERE). Participou da pesquisa um grupo de 146 estudantes do primeiro ao quinto semestre, do Curso de Graduação em Pedagogia de uma IES pública. A faixa etária variou entre os 17 e 58 anos, sendo 138 respondentes do gênero feminino, seis do gênero masculino e dois do gênero “outros”. Caracterizada com exploratória e descritiva, a presente pesquisa utilizou os seguintes instrumentos: um questionário sociodemográfico, a escala de estratégias e motivação para aprendizagem em ambientes virtuais (EEAM-AVA), uma escala do tipo likert de três pontos, adaptada para o contexto do ERE e, um Questionário sobre o ERE: Motivação, Artefatos Tecnológicos Digitais e Contextos. A coleta de dados se deu por meio da plataforma do Google Forms, sendo posteriormente submetidos à estatística descritiva e inferencial, bem como à análise de conteúdo. Entre os principais resultados pode-se destacar: as variáveis categóricas turno, semestre e formato de coleta de dados revelaram diferenças estatisticamente significativas na dimensão desmotivação. Assim, quando comparado o desempenho dos estudantes na avaliação da desmotivação, aqueles que estavam matriculados no período noturno e que participaram da coleta na condição de coleta on-line (2021) autorrelataram menor desmotivação para os estudos no ensino remoto. Somado a isso, os estudantes do primeiro semestre relataram estar menos desmotivados, quando comparados aos estudantes do 2º e 5º semestres. Não foram observadas correlações estatisticamente significantes entre todas as dimensões da escala. Quanto aos resultados provenientes da primeira categoria do questionário sobre ERE: Motivação, Artefatos Tecnológicos Digitais e Contextos, foram evidenciadas as subcategorias referentes à motivação autônoma (76; 39,58%) e desmotivação (75;39,06%) que apresentaram as maiores frequências de respostas; e também uma preferência pelo uso de estratégias cognitivas, aulas e atividades mais dinâmicas, além de indicar que, para grande parte dos respondentes, houve adaptação ao ERE. Salienta-se a importância da realização de pesquisas na área da Educação, que promovam a escuta e a tomada de consciência acerca dos processos educacionais mediados pelos artefatos tecnológicos digitais e que possam promover a adoção de estratégias de ensino-aprendizagem que venham contribuir para o desenvolvimento dos tipos mais autônomos de motivação.Item Expectativas sobre futuro e valorização da escola por adolescentes em cumprimento de medida socioeducativaCaprioli, Valquíria Aparecida Dias; Bzuneck, José Aloyseo [Orientador]; Santos, Acácia Aparecida Angeli dos; Alliprandini, Paula Mariza ZeduResumo: De acordo com recentes estudos, o estabelecimento de metas futuras por adolescentes pode contribuir para seu engajamento nos estudos e consequentemente possibilitar melhor desempenho escolar O referencial teórico adotado na presente pesquisa é a Perspectiva de Tempo Futuro- PTF em termos de “Eus Possíveis” O estudo teve por objetivo avaliar a motivação de adolescentes infratores, em função de metas de vida ou de “eus possíveis” e sua relação com valorização da escolaridade Especificamente, os objetivos do estudo foram: identificar expectativas sobre o futuro de uma amostra de adolescentes em conflito com a lei atendidos no serviço de cumprimento de medidas socioeducativas de meio aberto; identificar a percepção dos mesmos adolescentes quanto ao valor da escolaridade e dos estudos, enquanto meios para alcançar suas metas futuras; e comparar os escores nas medidas de metas futuras e de percepção do valor da escolaridade, em função de sexo Participaram desta pesquisa 12 adolescentes atendidos pelo CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) Eles responderam a um questionário em escala do tipo Likert contendo 13 questões As análises revelaram que o modelo com dois fatores foi o que apresentou o melhor ajuste para a amostra, sendo que, após análise fatorial exploratória houve a necessidade de expurgo de quatro questões por não terem carregado no fator do qual diziam respeito e, assim, foram nove os itens mantidos na escala reduzida As análises de fidedignidade mostraram para o fator 1 (Valorização da Escola) a=,57 e para o fator 2 (Metas de Vida / “Eus Possíveis”) a=,63 A simulação de exclusão de qualquer dos itens retidos não trouxe melhora em nenhum dos dois coeficientes alpha É possível concluir, com essa ressalva, que as análises forneceram evidências de boas propriedades psicométricas do presente questionário em escala do tipo Likert Como primeiro resultado, observaram-se altos escores médios em ambas as medidas, sem diferença entre os sexos Além disso, as análises revelaram correlação nula entre os escores nos dois fatores Com uma subamostra dos mesmos participantes (n=5) foi realizada entrevista, nas quais se buscou coletar detalhes sobre a sua relação com a escola e com professores, motivos de evasão, sua vontade de estudar e sobre aspirações quanto ao futuro, para captar informações que dificilmente poderiam ser obtidas com as escalas do tipo Likert Porém, pela análise dos relatos nas entrevistas não se obtiveram informações adicionais relevantes Quando analisadas as marcações no continuum da escala em alguns itens selecionados do questionário, verificou-se que alguns daqueles adolescentes mostravam total desvalorização da escolaridade Por fim, os resultados foram discutidos à luz do referencial teórico adotado e de pesquisas anteriores e foram dadas sugestões de novas pesquisas bem como levantadas algumas implicações educacionaisItem Fatores de risco e de proteção presentes nas significações do percurso de escolarização dos alunos da EJA : um estudo à luz do modelo bioecológico do desenvolvimento humanoLopes, Jamille Mansur; Oliveira, Francismara Neves de [Orientador]; Alliprandini, Paula Mariza Zedu; Bianchini, Luciane Guimarães BatistellaResumo: A presente Dissertação , vinculada à Linha de Pesquisa: Aprendizagem e Desenvolvimento em Contextos Escolares; Núcleo: Aprendizagem, Desenvolvimento Humano e Escolarização, por meio do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPEdu), fundamenta-se na teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano (BRONFENBRENNER, 1996), que expressa a importância da significação atribuída pela pessoa em desenvolvimento e demais sujeitos que compõem seu contexto imediato à realidade na qual está inserida, às próprias vivências e às situações que lhe conferem um lugar social Por reconhecer essa peculiaridade, este estudo analisou as significações produzidas por alunos, terceiros envolvidos e pedagogos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no que concerne aos sentidos atribuídos à escola, ao percurso de escolarização e às vivências na inserção, afastamento e reinserção na escola Trata-se de população caracterizada pelo retorno à escola após período de afastamento e atende alunos a partir dos 15 anos, em defasagem idade/série Participaram 12 alunos de um Centro de Educação Básica para Jovens e Adultos, pessoas próximas indicadas pelos alunos (5 participantes) e 4 Pedagogos da instituição A pesquisa qualitativa, na modalidade de estudo descritivo, tomou por instrumento de coleta de dados mediante o princípio da Inserção Ecológica: relatos orais dos alunos, pessoas próximas indicadas pelos alunos e pedagogos da instituição escolar na qual estavam matriculados no momento da coleta dos dados Compreende ainda o conjunto de significações acerca do processo de escolarização, a percepção dos alunos acerca das vivências de exclusão ou abandono da escola e posterior retorno Os relatos orais tomaram por base um roteiro de entrevista com perguntas norteadoras que buscaram conhecer o percurso acadêmico dos participantes da EJA, sua inserção, seu afastamento e retorno às condições de escolarização Os dados coletados permitiram reflexões acerca da modalidade de escolarização EJA e os fatores de risco e proteção que podem ser evidenciados nesse contexto Ficou demonstrado que os fatores de risco mais frequentes foram: drogas, trabalho precoce, preconceito, reprovação escolar, estrutura familiar desfavorável, exclusão social e falta de incentivo Em especial mulheres, tiveram no trabalho rural a principal razão para evasão escolar, além da falta de estrutura familiar na época em que deveriam cursar a Educação Básica Sobre as mulheres recaiu ainda a concepção do lugar social predominante à época na sociedade brasileira, segundo a qual o estudo não era considerado tão importante pelas famílias Os fatores protetivos encontrados nessa população foram: incentivo, a escola/EJA e suas vivências nela; obrigatoriedade legal do ensino para a modalidade EJA, relação interpares no contexto escolar, busca por qualificação profissional e consolidação da identidade pessoal Os fatores de risco e proteção foram cotejados aos conceitos de pessoa, contexto, processo e tempo, próprios ao referencial teórico adotado e indicaram a necessidade de intervenção pedagógica promotora de resiliência nesse contextoItem Os mapas conceituais na autoavaliação da aprendizagemLima, Camila Fernandes de; Franco, Sandra Aparecida Pires [Orientador]; Souza, Nádia Aparecida de; Portilho, Evelise Maria Labatut; Alliprandini, Paula Mariza Zedu; Fran, Sandra Aparecida Pires [Coorientadora]Resumo: No desencadear de uma avaliação que favoreça ao estudante a apropriação de novos conceitos e a continuidade do processo de aprendizagem, procedeu-se à introdução de uma atividade avaliativa no decurso do trabalho em sala de aula – o mapa conceitual Se os professores precisam estar cientes do desenrolar do processo de aprendizagem, para procederem intervenções criticamente informadas, os estudantes, igualmente, precisam identificar e deter-se reflexivamente ante às conquistas e obstáculos, autoavaliando os próprios percursos Destarte, impõe-se o problema: como os estudantes utilizam-se das informações advindas dos mapas conceituais que elaboram para se autoavaliarem, prosseguindo no processo de aprendizagem? Intentando resolvê-lo, estabeleceu-se como objetivo geral: analisar repercussões da utilização dos mapas conceituais, no ensino superior – um curso de Licenciatura em Pedagogia –, como tarefa avaliativa, na autoavaliação das aprendizagens Tendo por fundamentação a teoria da aprendizagem significativa e princípios do cognitivismo, a pesquisa, de abordagem qualitativa, na modalidade estudo de caso, contou com a participação de 18 estudantes, que integravam uma turma de primeiro ano do curso de Licenciatura em Pedagogia, de instituição privada de ensino superior, localizada na região norte do Estado do Paraná Os dados coletadas, por meio de observação, mapas conceituais produzidos pelos estudantes e entrevistas, foram submetidos à análise de conteúdo temática Os resultados revelaram que o uso dos mapas conceituais favoreceu aos estudantes autoavaliarem-se, identificando, no decorrer do processo de elaboração dos mapas conceituais, os obstáculos que se interpunham ao processo de aprendizagem, como: identificação do conceito-chave, hierarquização e inter-relação dos conceitos, construção de estruturas proposicionais, por exemplo Os resultados evidenciaram, também, que os estudantes superaram algumas de suas dificuldades e alcançaram relevante alteração conceitual no concernente à temática sob focoItem Memória, estilos intelectuais e estratégias de aprendizagem : estudando os transtornos do neurodesenvolvimento em alunos do ensino fundamental e percepção de seus professoresInácio, Francislaine Flâmia; Oliveira, Katya Luciane de [Orientador]; Alliprandini, Paula Mariza Zedu; Santos, Acácia Aparecida Angeli dosResumo: Os Transtornos do Neurodesenvolvimento podem comprometer o desempenho acadêmico dos alunos Dessa forma, o estudo sobre as questões relacionadas ao processamento da informação se faz necessário para o desenvolvimento da aprendizagem Esta pesquisa teve como objetivo avaliar o desempenho em memória, os estilos intelectuais e as estratégias de aprendizagem nos alunos do Ensino Fundamental com diagnóstico de Dislexia e TDAH e sem dificuldade escolar, além de averiguar a percepção dos professores acerca dos temas propostos Participaram 37 alunos e 23 professores, provenientes de escolas públicas Os alunos frequentavam do 2º ao 9º ano escolar, sendo 65 com diagnóstico de Dislexia, 132 com TDAH e 173 sem dificuldade escolar Os instrumentos utilizados foram as Figuras Complexas de Rey (Forma A), o Inventário de Estilos de Pensamento-Revisado II (TSI-R2), a Escala de Avaliação das Estratégias de Aprendizagem para o Ensino Fundamental – EAVAP-EF e o Questionário para Professores Os resultados indicaram que em memória, o grupo sem dificuldade escolar apresentou média maior que os alunos com diagnóstico e houve diferença significativa entre os alunos com TDAH e sem dificuldade escolar No inventário de estilos, os alunos com Dislexia apresentaram média maior para os estilos externo e conservador; aqueles com TDAH para os estilos legislativo, monárquico, conservador e externo e os sem dificuldade escolar, para os estilos monárquico, legislativo e executivo Foram encontradas diferenças significativas entre os três grupos Na EAVAP-EF, a média foi menor na subescala estratégias cognitivas e não houve diferença significativa apenas entre os grupos Dislexia e TDAH O item memória apresentou correlação negativa com o estilo conservador e a subescala ausência de estratégias metacognitivas disfuncionais A escala de estratégias de aprendizagem apresentou correlação positiva com os estilos legislativo, executivo, judicial, global, local, liberal, conservador, hierárquico, monárquico, anárquico e interno Os professores relataram possíveis diferenças entre os grupos em memória e estratégias de aprendizagem Além disso, informaram o uso de estratégias de aprendizagem por parte dos alunos A maioria dos professores não conheciam termos como estratégias de aprendizagem e estilos intelectuais, por isso as respostas foram dadas de acordo com a sua prática de ensino Concluiu-se que a diferença no desempenho de alunos sem dificuldade escolar, em relação àqueles com diagnóstico, merece a atenção dos professores no planejamento de intervenções Também, verificou-se a necessidade de estudos complementares que investiguem tais variáveis nos gruposItem Metas futuras como fonte motivacional de adolescentes e jovens para aprenderKozuki, Michelle Brambilla de Oliveira; Bzuneck, José Aloyseo [Orientador]; Boruchovitch, Evely; Alliprandini, Paula Mariza ZeduResumo: A presente pesquisa teve como objetivos buscar evidências psicométricas do instrumento, identificar aspectos motivacionais de adolescentes e jovens, em termos de suas metas futuras, assim como verificar se há relação entre tais metas com a percepção de instrumentalidade e o engajamento nos estudos O corpus da pesquisa foi composto por 399 jovens e adolescentes de ambos os gêneros do ensino fundamental e médio da rede pública de ensino do estado do Paraná, do programa Projovem e do programa Patronato Central do Estado do Paraná Para o desenvolvimento metodológico do estudo, os participantes responderam a um questionário em escala Likert Os dados coletados foram submetidos ao programa SPSS para análise descritiva e inferencial Dentre os resultados obtidos, destacam-se que a análise fatorial da escala “Questionário de avaliação de metas futuras e de engajamento” indicou uma estrutura de quatro fatores, sendo, Fator 1: Engajamento comportamental com o alpha ,8; Fator 2: Percepção de instrumentalidade com o alpha ,6; Fator 3: Conteúdos de metas futuras com o alpha ,65 e, por fim, Fator 4: Desvalorização das metas futuras com o alpha ,5 À luz desses indicadores, verifica-se correlação significativa positiva entre engajamento comportamental e percepção de instrumentalidade; entre engajamento comportamental e conteúdo de metas futuras e entre percepção de instrumentalidade e conteúdo de metas futuras Os dados mostraram que a percepção de instrumentalidade e os conteúdos das metas futuras predizem em grau significativo a variável engajamento comportamental Pela análise de variância, os alunos do grupo dos adolescentes que cumprem regime socioeducativos apresentavam escores, significativamente, mais baixos que os outros dois grupos Em relação à medida de desvalorização das metas futuras, o grupo de adolescentes que cumpre regime socioeducativo tem escores mais baixos que os outros dois grupos e, por outro lado, o grupo Projovem tem os escores mais altos que os outros dois grupos Os resultados obtidos na presente pesquisa merecem atenção e sinalizam a necessidade de outras perspectivas de investigações quanto a amostras maiores nos grupos Projovem e Programa socieducativo e elaborar um instrumento que possa investigar melhor a valorização e a expectativa quanto às metas futuras Por fim, os resultados foram discutidos à luz do referencial teórico adotado e de literatura pertinente à área, a fim de contribuir para a compreensão da perspectiva de tempo futuro e de suas implicações educacionaisItem O bullying entre estudantes adolescentes e sua relação com a corporeidade e respeito : um estudo à luz da epistemologia genética(2023-03-22) Almeida, Sérgio Luís Evangelista de; Oliveira, Francismara Neves de; Alliprandini, Paula Mariza Zedu; Saravali, Eliane Giachetto; Portes Jr., Moacyr de PaulaA corporeidade e as “representações de si” constituem tema importante na Educação, na Educação Física e nas demais áreas que estudam o desenvolvimento humano. Na adolescência, recorte temporal analisado nesta pesquisa, práticas pedagógicas que valorizam o projeto de construção de identidade, valores e autonomia tornam-se fundamentais. A partir do referencial teórico da epistemologia genética, as seguintes questões nortearam o estudo: Qual a frequência de autores e de vítimas no contexto de estudantes adolescentes matriculados do sexto ao nono ano de uma escola estadual na cidade brasileira de Curitiba-Pr? Como as subcategorias vítimas e autores se relacionam aos conceitos de corporeidade e de respeito? Objetivou analisar a frequência de bullying entre estudantes matriculados nos anos finais do Ensino Fundamental de uma escola estadual de Curitiba – Paraná – Brasil, identificando vítimas e autores e discutir o fenômeno com base nos conceitos de corporeidade e de respeito. A pesquisa definiu-se como quantitativa, de caráter exploratório descritivo e teve como participantes, 254 estudantes distribuídos em quinze turmas. Foi aplicada a escala de avaliação de bullying escolar (EAB-E), de tipo Likert (pontuando de 0 a 2), composta por 47 questões que, de 01 a 22, investigam a frequência de vítimas e de 23 a 47 a frequência de autores. Como principais resultados da pesquisa foi evidenciado que 21,7% (N=55) categorizadas como: vítimas e destas, 16,1% (N=41) autodeclaradas femininas e 5,5% (N=14) masculinos, sendo que o número feminino foi superior ao masculino. Quando se consideraram os autores, ocorreu uma inversão, 1,6% (N=4) se declararam femininas e 2,8% (N=7), masculinos. Também se observou a relação entre as categorias corporeidade e respeito (de si e do outro). Os números encontrados evidenciaram tensão nas relações entre meninos e meninas na ausência do respeito, com a predominância das vítimas do sexo feminino, embora também meninos se encontrem na mesma condição de sofrimento. A frequência indica que há impotência, insegurança, sensação de não pertencimento versus uso da força física e psicológica, revelando que a vítima reforça, pela ausência de enfrentamento, a imposição do outro e se vê, por fim, encurralada e indefesa frente aos ataques do autor. Discutiu-se que o bullying na adolescência tem seus efeitos nocivos potencializados pela transformação do corpo, construção da identidade e necessidade de aprovação social do adolescente na relação com a corporeidade (perceber que é um corpo e não apenas que possui um corpo). As relações de respeito pelo outro e por si são análogas e ambas construídas na relação sociomoral recíproca – respeito mútuo e estas discussões são pertinentes à Educação Física que, em uma proposta de desenvolvimento de valores sociomorais, pode favorecer o enfrentamento do bullying nas relações entre escolares.Item Procrastinação, autoeficácia, gerenciamento do tempo e motivação para as aprendizagens: um estudo com acadêmicos de pedagogia(2023-02-23) Marconi, Flaviane Nora; Bzuneck, José Aloyseo; Ramos, Maély Ferreira Holanda; Alliprandini, Paula Mariza ZeduA partir da concepção de que a aprendizagem autorregulada se tornou uma das teorias mais importantes a ser estudada na área da psicologia educacional, entende-se ser igualmente necessário o estudo da motivação para os processos autorregulatórios, na perspectiva das teorias da autodeterminação e da autoeficácia. Assim, o primeiro objetivo do presente estudo foi de avaliar, numa amostra de 209 estudantes de Pedagogia, suas crenças de autoeficácia para gerenciamento do tempo, a prática da procrastinação indevida de tarefas, em que medida administram o tempo e qual era sua motivação intrínseca para os estudos. Adicionalmente, buscou-se também identificar diferenças significativas nas medidas anteriores em função de fatores sociodemográficos entre os acadêmicos. Aos participantes foi aplicado um questionário do tipo Likert com 41 itens, a serem marcados numa escala de cinco pontos, destinados a avaliar autoeficácia, gerenciamento do tempo, motivação intrínseca e a prática da procrastinação. As propriedades psicométricas das respectivas escalas foram asseguradas por análises fatoriais. Não foi normal a distribuição dos escores obtidos com as três primeiras escalas. Por primeiro, os dados das quatro subescalas foram submetidos à análise de correlação de Spearman e a análises de regressão. Como resultados, além dos de correlações, autoeficácia apareceu com valor significativo de predição sobre a variável gerenciamento do tempo, enquanto que para a procrastinação o valor de predição foi negativo. Já a motivação intrínseca apareceu como significativamente preditora de gerenciamento do tempo; entretanto, para procrastinação o valor negativo não alcançou o nível de significância. Na sequência, buscou-se verificar se e em que grau tiveram função de moderadoras para os escores nas quatro categorias contempladas nas escalas as seguintes variáveis sociodemográficas dos participantes: se trabalham ou não, além de estudarem; turnos matutino ou noturno do curso; e ano em que estão no curso. Uma vez que os dados nas escalas não seguiram uma distribuição normal, as análises de variância foram aplicadas com procedimentos de bootstrapping, com os testes de Levene e de Welch. Os resultados dessas análises revelaram que os escores nas medidas de autoeficácia para autorregulação do tempo, de motivação intrínseca e de procrastinação variaram significativamente em função de somente algumas das variáveis sociodemográficas. Por fim, os resultados foram discutidos à luz das teorias motivacionais e da teoria da autorregulação, no aspecto específico de regulação do tempo. Foram igualmente apresentadas sugestões derivadas dos presentes dados, com o objetivo de levar estudantes a administrarem o tempo nos estudos e evitarem comportamentos de procrastinação indevida de tarefas acadêmicasItem A qualidade motivacional e o Burnout : um estudo exploratório com professoresBellusci, Julliana Faggion; Bzuneck, José Aloyseo [Orientador]; Portilho, Evelise Maria Labatut; Alliprandini, Paula Mariza ZeduResumo: O primeiro objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade motivacional dos professores para o trabalho de acordo com a Teoria da Autodeterminação e suas associações com componentes de Burnout, ou seja, a exaustão emocional, realização profissional e cinismo Uma amostra de 586 professores do ensino fundamental, médio e superior responderam eletronicamente dois questionários relacionados com ambos os constructos estabelecidas A análise de componentes principais revelou quatro fatores na escala motivacional, a motivação autônoma, motivação introjetada, desmotivação e regulação externa Outros três fatores foram identificados na escala de Burnout, os quais correspondem aos três componentes Os resultados mostraram que os professores têm um forte senso de motivação autônoma para o ensino, seguido de motivação controlada e desmotivação Por outro lado, os níveis elevados de baixa realização profissional, seguido de exaustão emocional e cinismo foram revelados pela amostra como um todo As análises de Pearson mostraram relações positivas e negativas entre os escores em todas as variáveis O objetivo mais importante do estudo foi avaliar as relações entre os escores dos três componentes de Burnout e as variáveis demográficas da amostra Como resultados, as análises de variância apresentaram evidências de que os níveis de exaustão emocional foram significativamente maiores entre as mulheres Exaustão emocional e cinismo tiveram pontuações mais baixas no grupo de professores com mais de 46 anos de idade, seguido de baixa realização profissional neste mesmo grupo A experiência no ensino apresentou algumas diferenças em Burnout, sendo que aqueles com 16 anos ou mais no ensino foram caracterizados por níveis mais baixos em exaustão emocional e cinismo do que outros grupos Finalmente, os professores que declararam boas ou excelentes relações profissionais com seus colegas apresentaram menores níveis de exaustão emocional e cinismo do que aqueles que perceberam relações menos positivas Os resultados foram discutidos à luz de teorias e outros estudos Este trabalho, por sua vez, pretende contribuir para a compreensão da motivação e para o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento ao esgotamento profissional de professoresItem A relação entre escola e trabalho : noções sociais e processos de generalização na perspectiva de crianças e adolescentesPeralta, Tania Paula; Oliveira, Francismara Neves de [Orientador]; Saravali, Eliane Giachetto; Alliprandini, Paula Mariza ZeduResumo: No contexto das interações sociais e sua importância para os processos de escolarização, torna-se relevante estudar a relação escola e trabalho Com base no referencial teórico piagetiano, o estudo do conhecimento social indica que a construção de explicações por parte dos sujeitos é um processo de compreensão gradativa do mundo por parte dos sujeitos e que envolve as experiências, oportunidades, reflexões e vivências oriundas da interação com o mundo Neste sentido, a presente pesquisa teve como objetivo compreender, na perspectiva dos sujeitos participantes, a relação entre escola e trabalho, bem como os processos cognitivos de generalização envolvidos nesta relação Participaram do estudo 12 alunos assim distribuídos: quatro matriculados nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, sendo dois do 2º ano (ambos com 7 anos de idade) e 2 do 4º ano (8 e 9 anos de idade), quatro alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental, sendo dois do 6º ano (ambos com 1 anos de idade) e dois do 8º ano (ambos com 14 anos de idade) e quatro alunos do Ensino Médio, sendo dois da 1ª série (14 e 16 anos de idade) e dois da 3ª série (ambos com 19 anos de idade), de escola pública de um município norte paranaense A pesquisa qualitativa, apoiada no método clínico-crítico piagetiano, na modalidade de estudo de caso, se desenvolveu por meio de entrevista clínica e aplicação da prova operatória: “A Construção da Generalização: o conjunto das partes" (PIAGET, 1984) O roteiro da entrevista clínica foi construído com base em outras pesquisas sobre o conhecimento social e para a prova operatória utilizou-se o protocolo da prova de generalização (PIAGET, 1984) O período de coleta dos dados compreendeu os meses de fevereiro a março de 216, durante os quais as entrevistas clínicas e a aplicação da prova operatória aconteceram em encontros individuais Os resultados indicaram relação entre o desenvolvimento cognitivo da generalização e a compreensão das noções sociais de escola e trabalho, compreendidos como processos evolutivos percorridos pelas crianças e pelos adolescentes Observou-se também que os sujeitos participantes não atingiram os níveis mais elaborados de compreensão do mundo social (nível III) A concretização deste estudo possibilitou perceber a importância se conhecer os caminhos do pensamento dos alunos no que concerne às noções sociais e ao desenvolvimento cognitivo, a fim de organizar as proposições pedagógicas no contexto escolar, de forma a favorecer tais construções