Procrastinação, autoeficácia, gerenciamento do tempo e motivação para as aprendizagens: um estudo com acadêmicos de pedagogia

Data

2023-02-23

Autores

Marconi, Flaviane Nora

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Resumo

A partir da concepção de que a aprendizagem autorregulada se tornou uma das teorias mais importantes a ser estudada na área da psicologia educacional, entende-se ser igualmente necessário o estudo da motivação para os processos autorregulatórios, na perspectiva das teorias da autodeterminação e da autoeficácia. Assim, o primeiro objetivo do presente estudo foi de avaliar, numa amostra de 209 estudantes de Pedagogia, suas crenças de autoeficácia para gerenciamento do tempo, a prática da procrastinação indevida de tarefas, em que medida administram o tempo e qual era sua motivação intrínseca para os estudos. Adicionalmente, buscou-se também identificar diferenças significativas nas medidas anteriores em função de fatores sociodemográficos entre os acadêmicos. Aos participantes foi aplicado um questionário do tipo Likert com 41 itens, a serem marcados numa escala de cinco pontos, destinados a avaliar autoeficácia, gerenciamento do tempo, motivação intrínseca e a prática da procrastinação. As propriedades psicométricas das respectivas escalas foram asseguradas por análises fatoriais. Não foi normal a distribuição dos escores obtidos com as três primeiras escalas. Por primeiro, os dados das quatro subescalas foram submetidos à análise de correlação de Spearman e a análises de regressão. Como resultados, além dos de correlações, autoeficácia apareceu com valor significativo de predição sobre a variável gerenciamento do tempo, enquanto que para a procrastinação o valor de predição foi negativo. Já a motivação intrínseca apareceu como significativamente preditora de gerenciamento do tempo; entretanto, para procrastinação o valor negativo não alcançou o nível de significância. Na sequência, buscou-se verificar se e em que grau tiveram função de moderadoras para os escores nas quatro categorias contempladas nas escalas as seguintes variáveis sociodemográficas dos participantes: se trabalham ou não, além de estudarem; turnos matutino ou noturno do curso; e ano em que estão no curso. Uma vez que os dados nas escalas não seguiram uma distribuição normal, as análises de variância foram aplicadas com procedimentos de bootstrapping, com os testes de Levene e de Welch. Os resultados dessas análises revelaram que os escores nas medidas de autoeficácia para autorregulação do tempo, de motivação intrínseca e de procrastinação variaram significativamente em função de somente algumas das variáveis sociodemográficas. Por fim, os resultados foram discutidos à luz das teorias motivacionais e da teoria da autorregulação, no aspecto específico de regulação do tempo. Foram igualmente apresentadas sugestões derivadas dos presentes dados, com o objetivo de levar estudantes a administrarem o tempo nos estudos e evitarem comportamentos de procrastinação indevida de tarefas acadêmicas

Descrição

Palavras-chave

Gerenciamento do tempo, Procrastinação, Teoria da Autodeterminação, Teoria da Autoeficácia, Ensino Superior, Psicologia educacional, Aprendizagem, Motivação

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