Autoeficácia para Compreensão Leitora: Intervenção pedagógica com alunos do 5º ano das Series Iniciais do Ensino Fundamental

Data

2024-02-16

Autores

Marques, Caroline Isabel de Amorim

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Resumo

As crenças de autoeficácia são um importante componente motivacional, e se referem a como acreditamos ser capazes de desempenhar cursos de ação para atingir nossos objetivos em diferentes áreas da vida. Na aprendizagem escolar, os alunos que apresentam elevadas crenças de autoeficácia acreditam mais em suas habilidades e capacidades, se envolvem em atividades mais desafiadoras, são mais resilientes, aplicam mais esforços, e perseveram diante dos desafios. Pesquisas, e avaliações em larga escala, tanto nacionais como internacionais evidenciam que no Brasil os alunos apresentam proficiência em leitura muito abaixo do esperado. Compreender as razões que tem causado esses resultados negativos, nos possibilita refletir e pensar em ações que possam ser praticadas para reverter tal cenário. Nesse sentido o presente estudo tem o objetivo geral de avaliar o impacto de uma intervenção, de natureza quase-experimental, destinada a ensinar estratégias de aprendizagem, visando fortalecer a compreensão leitora e as crenças de autoeficácia em estudantes com dificuldades nestas habilidades. Para alcançar tais objetivos inicialmente 57 estudantes matriculados no 5º ano das Séries Iniciais do Ensino Fundamental, de uma escola pública, em um munício paranaense, foram avaliados em pré-teste de autoeficácia para compreensão leitora de textos didáticos de história, e por meio desse teste, 20 crianças que apresentarem escores abaixo da mediana foram selecionados para compor o grupo Experimental (GE) e grupo Controle (GC), dez crianças em cada grupo. A coleta de dados se deu pela aplicação de dois instrumentos: uma escala de autoeficácia para compreensão leitora e um questionário de compreensão leitora para textos de história. Os dados foram coletados em três momentos: no pré-teste, no pós-teste e num pós-teste postergado. A intervenção foi aplicada somente ao grupo experimental, e foi organizada em dez encontros, nos quais os alunos foram ensinados e treinados em estratégias de compreensão leitora. Os resultados revelaram que no pós-teste, em comparação com o pré-teste, os alunos do GE revelaram escores significativamente mais elevados em autoeficácia e em compreensão leitora, o que se manteve no pós-teste postergado. Desta forma, confirmou-se, de acordo com a teoria, que a autoeficácia para compreensão leitora se fortalece em função de experiências de êxito nessa habilidade, conseguidas com a intervenção pedagógica em que foram ensinadas estratégias de leitura. Entretanto, os alunos do GC também apresentaram no pós-teste ganhos significativos em ambas as medidas, um dado não esperado, mas que foi devidamente explicado, à luz da Teoria Social Cognitiva, não anulando os efeitos da intervenção com o outro grupo. Por fim, foram dadas sugestões para novas pesquisas.

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Palavras-chave

Crenças de Autoeficácia, Compreensão Leitora, Intervenção Pedagógica, Estratégias de Aprendizagem, Séries Iniciais do Ensino Fundamental

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