02 - Mestrado - Estudos da Linguagem

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    Constituições brasileiras: uma análise semântico-lexical
    (2023-02-27) Conceição, Alana de Andrade da; Altino, Fabiane Cristina; Tacla, Silvia Regina; Silveira, Marcelo
    Essa dissertação analisa o léxico presente nas constituições brasileiras escritas no decorrer da história do país, enquanto democracia, tendo como ponto de partida o estudo das relações produzidas entre os estudos da linguagem e o discurso jurídico, através da história da língua escrita utilizada no Brasil em cada período da história constitucional brasileira. Esta pesquisa vincula-se ao Projeto “Para a História do Português Brasileiro” (PHPB), projeto este que estuda a história do Português no Brasil, a partir de manuscritos transcritos e demais documentos que possam contar a história linguística do português falado e escrito no território nacional. Investigamos os efeitos de sentido possíveis pelo viés da semântica lexical e da história sociopolítica das escolhas lexicais de cada legislador em cada período constitucional das constituições brasileiras desde o império até a constituição cidadã de 1988. Para tanto, revisitamos as contribuições teóricas da História do Português (FARACO, 2019), da Linguística Histórica (FARACO, 2006) e das propostas metodológicas da Linguística de Corpus (SARDINHA, 2004). Foram examinados os dados dos corpora constitucionais por meio das escolhas lexicais dos legisladores pela perspectiva diacrônica. Sendo assim, pretende-se contribuir para a ampliação do conhecimento da história da língua utilizada no Brasil com o corpus jurídico das constituições. A pesquisa identificou, ao final, por meio das análises, que as escolhas lexicais dos legisladores sofreram influência da situação política de cada época e refletem os aspectos da história sociopolítica da nação. Como resultado, verificamos uma relação muito produtiva entre os estudos da História do Português, da Linguística Histórica e a abordagem do texto jurídico constitucional.
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    A morfossintaxe da negação na língua Kaingang : uma análise preliminar
    (2024-02-27) Zilli, Leticia Gabriele; Silveira, Marcelo; Domingues, Gislaine; Miranda, Maxwell Gomes
    A presente dissertação funda-se a partir de teóricos do Funcionalismo, Payne (1985, 1997) e Givón (1979, 2001), com base em seus estudos sobre a negação. Partindo disso, o trabalho visa estudar as formas de negação da língua Kaingang, com o objetivo geral de descrever os processos morfossintáticos envolvidos na formação de construções negativas na língua Kaingang, demonstrando uma compreensão sobre como a negação é expressa nessa língua indígena brasileira, o que permitirá contribuir, por meio da descrição linguística, com a elaboração de uma Gramática Pedagógica da língua. Essa gramática é muito relevante, pois a comunidade Kaingang da Terra Indígena Apucaraninha, localizada próximo a Tamarana-PR carece de materiais pedagógicos para o ensino da língua materna, portanto a elaboração de uma gramática da língua, se faz necessária. Diante disso, foram escolhidos exemplos de negação da obra Brilhos na Floresta, de Noêmia Ishikawa, de gravações feitas na Terra Indígena Apucaraninha, dos registros em glossários e exemplos de orações feitos quando dos primeiros contatos dos não indígenas com os Kaingang, bem como de alguns versículos da Bíblia. Os resultados mostram que a língua Kaingang possui várias partículas negativas, como tu, tum, tug, vó, nejé, ker, jãtu, pijé, cada qual com uma particularidade, sendo a palavra tu considerada padrão em orações declarativas.
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    Formação continuada de professores em ensino de inglês para fins específicos no âmbito do programa Paraná Fala Inglês – UEL : uma trajetória autoetnográfica
    (2024-03-18) Belo, Areta Estefane; Gimenez, Telma Nunes; Gamero, Raquel; Ortenzi, Denise Ismênia Bossa Grassano
    Nesse estudo, apresento a minha trajetória de professora de Inglês para Fins Específicos (IFE) no Programa Paraná Fala Inglês (PFI) e como discente do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem, ambos situados na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Baseado no conceito de comunidades de prática (WENGER, 1998), que propicia o entendimento de como a formação de professores pode ocorrer em um contexto sociocultural a partir de diferentes níveis de participação, busquei analisar e interpretar os episódios formativos e os posicionamentos identitários que fui assumindo ao longo da minha prática docente, entre 2021 e 2023. Além disso, abordo sobre o meu papel de mestranda, que influenciou a minha práxis, entre os anos de 2022 e 2023. Ancorei-me na autoetnografia, tida como a metodologia dessa pesquisa, a fim de relatar as minhas percepções a respeito das interações com os membros da comunidade de prática do PFI do estudo, que são três coordenadoras institucionais, duas coordenadoras pedagógicas, quatro professores e três secretários. A geração de dados foi composta pelo registro de notas de campo e diários reflexivos que revelam aspectos de como esse processo ocorreu. Apresento nesta pesquisa eventos formativos (COSTA, 2018), que foram analisados sob as lentes do referencial sobre comunidades de prática (WENGER,1998). Desta forma, destaco os papéis que exerci no percurso de transformação identitária, como professora e como pesquisadora e que demonstram que a minha trajetória foi marcada pela busca por aprimoramento nessas áreas que me levou de membra novata a experiente. Ademais, as reflexões tecidas sobre a minha trajetória apontam para a negociação constante entre mim e a comunidade de prática do PFI, marcada por posicionamentos coerentes com meus valores pessoais e profissionais e pelo orgulho profissional atrelado ao exercício da docência.
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    Proposta lexicográfica para um vocabulário do açaí em Libras
    (2024-04-09) Balieiro, Fabrício Martins; Andrade, Otávio Goes de; Durão, Adja Balbino de Amorim Barbieri; Silveira, Marcelo
    Esta pesquisa tem como objetivo verificar as variantes dos sinais que correspondem a: açaí, açaizal, açaí azedo, açaí branco, açaí fino, açaí grosso, apanhar açaí, batedeira de açaí, churamba, debulhar açaí, peconheiro, roer açaí, servir açaí. Para tanto, traçamos um panorama histórico da Libras e tecemos uma discussão sobre a construção de metodologias para a inclusão dos surdos no âmbito educacional, também discorremos sobre as características do açaí como alimento e como recurso econômico. O Arcabouço teórico está ancorado na Sociolínguistica e na Metalexicografia. A metodologia é composta por pesquisa bibliográfica, documental e de campo. A abordagem da pesquisa é qualitativa e o instrumento de coleta de dados foi um questionário, aplicado via Google Forms, para Professores de Libras, Tradutores Intérpretes de Libras e Comunidade surda em geral, residentes no Arquipélago do Marajó. Como resultado do cotejo da literatura pesquisada com a análise dos dados coletados, apresentamos uma proposta lexicográfica de sinais para a constituição de um vocabulário do açaí marajoara em Libras.
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    Variação linguística como marca identitária na universidade
    (2024-02-07) Silva, Ana Paula; Kailer, Dircel Aparecida; Botassini, Jacqueline Ortelan Maia; Ferreira, Cláudia Cristina
    Esta pesquisa tem como propósito central investigar a presença de variação linguística na fala culta de estudantes, oriundos de regiões distintas, dos cursos de Letras, Direito e Pedagogia na Universidade Estadual de Londrina (UEL), utilizando os princípios teórico-metodológicos da Sociolinguística Variacionista (LABOV, 2008; 2010). O estudo possui o objetivo geral de descrever as variantes morfofonológicas desses alunos, buscando entender se enfrentaram situações de constrangimento, estigma ou preconceito linguístico, além de avaliar as variantes predominantes e analisar a constituição da identidade linguística desses informantes no ambiente universitário. As hipóteses levantadas sugerem que estudantes de diferentes localidades e anos de curso podem apresentar variações linguísticas distintas, e as variantes cultas devem prevalecer na fala dos universitários, independentemente do curso ou ano. Em se tratando do construto teórico, este estudo se embasa em autores como Brandão e Oliveira (1996), Orlandi (1995; 1996; 2002), Hall (1997), Eckert (2000; 2012), Woodward (2000), Bagno (2005), Guy (2001), Labov (2008), Weinreich, Labov e Herzog (2008), Faraco (2008), Freitag e Lima (2010), entre outros. Para atingir os objetivos estabelecidos, foi empregado um roteiro de entrevista, baseado em modelos anteriores de Pinto e Fraga (2011), Botassini (2013) e Oushiro (2015), aplicado a 12 alunos estratificados em sexo, idade, curso e ano de graduação. Quatro variantes linguísticas foram analisadas quantitativamente: palatalização de /t/ e /d/, variantes róticas, /s/ como marca de plural e apagamento de /d/ no gerúndio. Em adição à análise quantitativa, analisou-se também, num segundo momento, qualitativamente as respostas obtidas nas entrevistas com os 12 participantes. Os resultados revelaram que os estudantes tendem a se aproximar das variantes que consideram de prestígio de outros sujeitos do mesmo grupo, como a realização do /s/ como marca de plural de forma categórica pelos estudantes do curso de Letras, mesmo em trechos mais espontâneos da fala. Ademais, notou-se que a norma culta predominou na fala de todos os participantes. Em suma, este estudo contribui para a compreensão da variação linguística na fala de estudantes universitários, destacando a importância da identidade linguística e das práticas discursivas no contexto acadêmico.
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    Joana e a construção do humor nas tiras da série “Bichinhos de Jardim” : as relações com a tecnologia
    (2023-12-14) Cominato, Alisson Rodrigo Bertan; Borges, Maria Isabel; Oliveira, Lolyane Cristina Guerreiro de; Santos, Roberto Elísio dos
    Busca-se, neste trabalho, compreender como se dá a construção do humor a partir do olhar da personagem Joana, nas tiras cômicas da série “Bichinhos de Jardim”. Criação de Clara Gomes, a joaninha ganhou visibilidade nos últimos anos devido à sua perspectiva pragmática e irônica em relação a temáticas da atualidade. Frequentemente seu posicionamento crítico é o responsável pelo desfecho cômico nas tiras. Para tanto, um levantamento de 184 tiras cômicas, disponibilizadas no blogue bichinhosdejardim.com, entre os anos de 2009 e 2021, foi feito considerando o protagonismo de Joana e a temática da tecnologia. Com isso, é investigada a concepção de humor da joaninha sob a perspectiva de teóricos da área (Alberti, 1999; Bergson, 2018; Propp, 1992; Minois, 2003; Ramos, 2011; Santos, 2014, 2017), em conjunto com estudos acerca da linguagem dos quadrinhos (Acevedo, 1990; Cagnin, 2014; Ramos, 2007, 2011, 2012, 2017). Conclui-se, pois, que Gomes utiliza tanto o texto quanto a expressividade visual para gerar efeitos cômicos. Temáticas como relações online, influência da internet na sociedade e saúde mental são abordadas de forma ácida, expondo criticamente os comportamentos induzidos pelas redes sociais e a interação humana com a tecnologia, valendo-se do exagero e do absurdo como ferramentas proeminentes. O humor de Joana, embora se dê por um viés que a coloque em um lugar de maturidade maior que o dos humanos, também a permite se equiparar a eles, tornando as tiras mais relacionáveis. A presença do notebook e demais ferramentas tecnológicas expõem a interferência da tecnologia e a suscetibilidade do homem.
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    A gramática de valências e a língua Kaingang: um contraste com a língua portuguesa
    (2023-02-15) Souza, Carolina Maciel de; Silveira, Marcelo; Garcia, Maria José Guerra de Figueiredo; Miranda, Maxwell Gomes
    Esta dissertação tem como objetivo auxiliar na elaboração de uma gramática pedagógica do Kaingang, com bases conceituais advindas da teoria da Gramática de Valências. O termo valência foi inicialmente adotado pelo linguista francês Lucien Tesnière, cujo conceito influenciou o desenvolvimento de modelos de gramática de dependência na Europa e na Rússia. Este estudo é embasado na Gramática de Valências e contribui para a descrição da estrutura da Língua Kaingang, utilizando-se do contraste com a Língua Portuguesa. Assim sendo, descrevemos a estrutura da língua Kaingang à luz da Gramática de Valências e suas relações de dependência, contrastando com a Língua Portuguesa, para contribuir com a elaboração de uma gramática pedagógica da Língua Kaingang.
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    Sequência didática do gênero textual poema: diálogos com multimodalidade e educação linguística em língua inglesa com crianças
    (2023-03-28) Rao, Isabela Andrelo; Tonelli, Juliana Reichert Assunção; Ferreira, Claudia Cristina; Liberali, Fernanda Coelho
    Ancorado à corrente teórico-metodológica do Interacionismo Sociodiscursivo (BRONCKART, 1999; SCHNEUWLY, 2011), e à perspectiva da educação linguística em língua inglesa com crianças (KAWACHI-FURLAN; MALTA, 2020; KAWACHI-FURLAN; TONELLI, 2021), o presente trabalho apresenta uma proposta de ensino do gênero poema (RAO; TONELLI, 2022), a partir da pilotagem de uma sequência didática (DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY, 2011) com crianças de 8 a 12 anos no centro de idiomas de uma instituição pública, durante o período de ensino remoto emergencial. Alinhados ao ensino por uma abordagem multimodal (BEZEMER et al., 2012; KRESS, 2010) e voltada à construção e de expansão de repertórios comunicativos (BUSCH, 2012, 2015, 2017; HALL; CHENG; CARLSON, 2006), objetivamos i) descrever as capacidades de linguagem mobilizadas por meio do trabalho com o dispositivo sequência didática do gênero poema para o acesso e a expansão de repertórios comunicativos; e ii) identificar as manifestações de engajamento dos alunos em seu processo de apropriação do gênero, no intuito de propor adaptações no dispositivo. Analisamos quatorze atividades realizadas pelos alunos a partir da pilotagem da sequência didática, mediante a categorização dos cinco grupos de capacidades de linguagem (DOLZ; PASQUIER; BRONCKART, 1993; CRISTOVÃO; STUTZ, 2011; DOLZ, 2015; LENHARO; 2016) e das manifestações de engajamento de natureza i) visual, ii) sonora, iii) gestual, iv) espacial, e v) linguística (BEZEMER et al., 2012). Em relação ao primeiro objetivo apresentado, os resultados das análises nos permitiram sintetizar subgrupos de repertórios comunicativos (HALL; CHENG; CARLSON, 2006), sendo elas referentes aos repertórios cultural, escolar, linguístico, psicológico, familiar, tecnológico, artístico e social. As análises também demonstraram que, a partir do contato com o gênero de forma mediada pelo instrumento de ensino, ocorreu a mobilização das capacidades de linguagem atreladas à emergência de vivências anteriores (BUSCH, 2012) que, ainda que não sempre relacionadas a experiências com a língua inglesa, constituíram-se como experiências significativas (BUSCH, 2017) que foram acessadas em momentos de ensino-aprendizagem. Quanto ao segundo objetivo de pesquisa, as manifestações de engajamento identificadas nos permitiram arguir sobre a crucialidade do papel da L1 no trabalho com crianças em um contexto de ensino de língua adicional, além de apontar que o dispositivo sequência didática apresenta um caráter flexível para um trabalho com crianças em ambiente digital, e possibilidades para exploração de recursos modais menos frequentemente abordados, como os gestuais, espaciais e sonoros, que, sem ignorar as potencialidades e complexidades do gênero lírico, contribuíram para que aspectos de fruição, como a apreciação estética e performática, fossem incorporados, apesar das limitações do contexto.
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    Os estudos sobre as masculinidades em O Muro de Pedras, de Elisa Lispector
    (2023-03-31) Loução, Giordana Di Paula Ferro; Simon, Luiz Carlos Santos; Costa, Rafael Magno de Paula; Dias, Ellen Mariany da Silva
    Os estudos sobre as masculinidades, antes provenientes das áreas de Antropologia e Psicanálise, dentre outras, vêm surgindo na área da Literatura. Podemos perceber um interesse entre estudiosos como Simon, Canassa, Miskolci e J. Travis, mas as pesquisas das masculinidades em Literatura ainda vêm sendo construídas, ao passo que os estudos voltados a personagens femininos são em números consideravelmente maiores, e tais estudos se ampliam de forma gradativa. As masculinidades na literatura fluem ao ponto de possibilitar novos estudos em obras canônicas e não canônicas. No caso, a presente pesquisa tem a intenção de analisar os personagens masculinos contidos no romance O Muro de Pedras (1963) de Elisa Lispector sob os aspectos comportamentais, suas quali-dades - descritas pelo narrador e pela percepção da protagonista - e suas ações mediante o relacionamento com Marta ao longo do enredo. Para esse feito recorremos às historio-grafias literárias de Bosi, Moisés, Stegagno-Picchio, Massaud Moisés, Werneck Sodré e estudos sobre as masculinidades de outras áreas do conhecimento, como os de Connell, Messerschmidt, Trevisan e Muszkat, JJ Bola, Lerner, além dos pesquisadores da área literária Simon e Canassa.
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    Entre “Isso é utópico!” e “There are no owners”: modos de agir e interagir de professores em formação sobre Inglês como Língua Franca em um experimento didático formativo
    (2024-03-28) Elias, Ana Beatriz Beraldo; El Kadri, Michele Salles; Ferreira, Claudia Cristina; Rosado, Leonardo Coelho Corrêa; Molinari, Andressa Cristina
    O conceito de Inglês como Língua Franca (ILF) tem sido amplamente debatido na comunidade acadêmica, devido à sua complexidade de definição, implicações para o uso e ensino aprendizagem da língua e também em vista de sua inclusão na versão mais recente da Base Comum Nacional Comum Curricular (BNCC). Diante disso, pesquisas apontam para a necessidade de refletir sobre a perspectiva de ILF na formação inicial de professores (Diniz de Figueiredo; Siqueira, 2021; Gimenez, 2015; Duboc; 2019; El Kadri, 2010a, 2010b, 2013), a fim de preparar futuros profissionais para lidar com questões pertinentes ao ILF na carreira docente. Assim, como objetivo geral, almejamos compreender os posicionamentos e atitudes de dois professores em formação inicial participantes do programa Residência Pedagógica em relação à perspectiva de Inglês como Língua Franca durante suas trajetórias em um experimento didático formativo. Além disso, como objetivos específicos, analisamos os modos de agir e interagir desses professores no processo de construção e negociação de significados sobre ILF. Esta pesquisa é qualitativainterpretativista, se baseia na abordagem sócio-histórica e está fundamentada nas pesquisas de André (2013), Bortoni-Ricardo (2008), Cohen; Manion; Morrison (2007), Denzin (2018), Fairclough (2003), Freitas (2002) e Gil (2002). Os dados foram coletados por meio de seis encontros síncronos conduzidos por três formadoras via Google Meet e as atividades produzidas no Google Classroom por esses dois alunos. Com isso, almejamos responder a seguinte pergunta de pesquisa: quais são os posicionamentos e atitudes de dois alunos do 4º ano de Letras Inglês e participantes do programa Residência Pedagógica em relação ao conceito de ILF ao longo de um experimento didático formativo? Os dados selecionados para compor o corpus desta pesquisa foram analisados considerando o caráter gradual do fenômeno de aprendizagem e a natureza colaborativa do processo de construção de sentidos e os modos de agir e interagir (Fairclough, 2003; El Kadri, 2014). Como limitação deste estudo podemos citar o contexto remoto em que se deu o experimento, devido à pandemia de Covid-19. Os resultados apontam para a oscilação entre posicionamentos e atitudes favoráveis ou não ao ILF, marcados pelos modos de agir e interagir mais frequentes: compartilhar experiências pessoais (Calvo; El Kadri; Gimenez, 2020), expressar opiniões (El Kadri, 2014), avaliar o tópico discutido (Calvo; El Kadri; Gimenez, 2020), demonstrar abertura para aprender (Calvo; El Kadri; Gimenez, 2020) e, contraditoriamente, demonstrar pouca abertura para aprender.
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    “Mulher é bicho esquisito, todo mês sangra”: discurso e controle dos corpos
    (2023-11-26) Serpeloni, Manuela da Silva; Machado, Rosemeri Passos Baltazar; Guerreiro, Lolyane Cristina; Witzel, Denise Gabriel
    Esta pesquisa situa-se na área de Análise de Discurso de linha francesa, campo teórico que lida com a fluidez e o movimento dos sentidos, a partir da articulação entre o discurso e suas condições de produção. Por meio de tal dispositivo, pretendemos explorar a temática do corpo da mulher cis submetido aos tabus e crenças acerca da menstruação, devido aos mecanismos biopolíticos de controle dos corpos, assim, intentamos, para além do aspecto biológico, analisar os desdobramentos da menstruação por um viés social, refletindo atravessamentos e modos de existência outros. O corpus deste trabalho pertence ao campo publicitário, mais especificamente ao discurso propagandístico, esfera extremamente orientada para o sujeito interlocutor e de grande abrangência social, refletindo atravessamentos ideológicos recorrentes. A análise se dará por meio de propagandas de produtos de higiene menstrual de diferentes marcas e em diferentes recortes temporais, tendo como conceitos-chave a noção de corpo, política e modos de vida (perspectiva foucaultiana). Assim, buscamos analisar as mudanças ao longo do tempo na relação entre a tríade sociedade, mulher e corpo, sob o ponto de vista da ruptura, ou seja, da história sob perspectiva. Nesse sentido, destacamos a ascensão do discurso de empoderamento do corpo e de novos produtos no mercado, que têm possibilitado ao sujeito uma maior conscientização sobre si, entretanto, ainda atrelados a uma lógica capitalista que pode se mascarar em forma de discursos distintos.
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    Gírias do sistema prisional paranaense: a linguagem dos presídios ultrapassando seus muros
    (2014-07-16) Silva, William Fernandes Rabelo da; Altino, Fabiane Cristina; Busse, Sanimar; Aguilera, Vanderci de Andrade
    A linguagem não é apenas produto cognitivo, de caráter estritamente subjetivo, uma vez que é instrumento de ação e mudança no mundo exterior, recebendo deste os principais estímulos para sua efetivação, podendo, pois, ser compreendida como atividade absolutamente social. O vocabulário gírio, diante da dinâmica social e estrutural da língua, pode representar a máxima da relação indivíduo e corpo coletivo, pois é conhecida como linguagem hermética de grupos específicos, os quais a utilizam como construto simbólico do pertencimento e identidade, e também como instrumento de exclusão e segregação. Seguindo esse raciocínio, procuramos demonstrar, entre outros, que as gírias, advindas do Sistema Prisional Paranaense, não têm espaço de circulação delimitado. Nossa hipótese é que a gíria, enquanto língua falada, é dotada de contínuo movimento que não compreende espaços físicos, mas sociais, culturais, étnicos e políticos, de modo a servir de variante social a inúmeros grupos, acompanhando indivíduos e passando a constituir não somente suas personalidades, mas como estes sujeitos observam e descrevem seus mundos. Logo, se as variantes linguísticas, em eterno devir, tornam-se independentes dos estímulos e lugares de sua criação, emancipando-se, podemos observar esta ação de adoção de linguagem criptológica por meio da análise e descrição do comportamento linguístico em diferentes comunidades, comparandoas, i. é, de vocábulos gírios utilizados seja por detentos seja por moradores, necessitando, pois, do cruzamento de fatores sociais que comprovem este fenômeno. Para tanto, conciliamos as orientações teórico-metodológicas da sociolinguística de Labov (2008) com as práticas e fundamentos geolinguísticos de Cardoso (2010; 2012) resultando em procedimentos e instrumentos que nos permitiram a produção das células dos informantes, a coleta de dados significativos e a análise das variantes sociais com bases estatísticas; ademais, as considerações sobre vocábulos gírios são derivadas dos trabalhos de Cabello (1991; 2002) e Preti (1997; 2007). Entre os objetivos da dissertação, destacamos: (i) descrever o uso ou reconhecimento de vocábulos gírios dos presídios pela comunidade selecionada; (ii) verificar principais recorrências destes vocábulos restritos em relação direta com fatores sociais específicos; (iii) identificar o perfil social de quem faça uso das gírias. Por fim, as conclusões destacam: o resultado do perfil do informante que reconhece/utiliza as gírias; a obtenção das recorrências conforme cada fator extralinguístico e por campo semântico; a extensa possibilidade de análise futura de ocorrências em outras comunidades e a contribuição aos estudos da gíria e à Sociolinguística.
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    As provas de espanhol dos vestibulares da UEL, da UEM e da UFPR: capacidades de linguagem e outros conhecimentos exigidos.
    (2007-01-29) Sánchez, Natalia Labella; Cristovão, Vera Lúcia Lopes; Durão, Adja de Amorim Barbieri; Daher, Maria del Carmen Fátima González
    Desde a publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais para ensino fundamental e médio, a maioria dos vestibulares brasileiros de instituições públicas de ensino superior passou a avaliar os conhecimentos de Língua Estrangeira (LE) – incluindo o espanhol – por meio da leitura. Embora o ensino deste idioma ainda não faça parte da grade curricular da grande maioria das escolas do Paraná, é comum os programas dos vestibulares informarem que avaliarão os conhecimentos em LE de acordo com os conhecimentos proporcionados pelo ensino médio. De certa forma, isso pressupõe que o perfil das provas de espanhol indica os conhecimentos que as instituições preconizam como adequados a esse nível de ensino. Além disso, o vestibular é um processo seletivo que marca a passagem do estudante do ensino médio para o ensino superior e afere os conhecimentos que as instituições entendem como fundamentais para serem utilizados em seus cursos de graduação. Considerando esses aspectos, o principal objetivo desta pesquisa foi analisar as provas de espanhol dos vestibulares paranaenses mais procurados pelos alunos de Londrina (UEL, UEM e UFPR), verificando que tipo de leitura e quais conhecimentos foram priorizados por estas instituições entre os anos de 2003 e 2006. Para isso, com base nos pressupostos teóricos do interacionismo sócio-discursivo (BRONCKART, 2003; 2006), utilizaram-se as definições de capacidades de linguagem (DOLZ; PASQUIER; BRONCKART, 1993; DOLZ; SCHNEUWLY, 1998; 2004), visto que as três ordens dessas capacidades – capacidade de ação, discursiva e lingüístico-discursiva – viabilizaram um olhar detalhado sobre os tipos de conhecimentos que deveriam ser mobilizados para responder às questões. Sob essa lente, a análise das provas forneceu uma ampla base de dados, permitindo verificar – qualitativa e quantitativamente – (1) quais capacidades de linguagem foram privilegiadas; (2) quais foram os outros conhecimentos também exigidos; (3) se houve uma relação entre os gêneros presentes na prova e a elaboração de questões que exigiram mais capacidades; e (4) se houve coerência entre o texto do programa e o que, de fato, as instituições avaliaram. Essas informações revelaram quais conhecimentos cada instituição privilegiou e de que forma isso foi avaliado por meio da leitura
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    Apropriações do sistema conceitual de inglês como língua franca na formação de professores: um experimento didático na residência pedagógica do curso de letras inglês
    (2023-05-12) Rombaldi, Gabrieli; El Kadri, Michele Salles; Gimenez, Telma Nunes; Siqueira, Domingos Sávio Pimentel
    O estatuto do Inglês como Língua Franca (ILF) tem gerado debates no campo da formação de professores devido às dificuldades em incorporá-lo nos currículos de formação (EL KADRI, 2010; GIMENEZ; EL KADRI; CALVO, 2018). Tendo isso em vista, esta pesquisa objetiva compreender como professores em formação se apropriam do sistema conceitual de ILF através de ações didáticas materializadas pelo experimento didático formativo (SFORNI, 2015), realizado na formação de professores inseridos no programa Residência Pedagógica do curso de Letras Inglês. Adotamos como referencial teórico o Inglês como Língua Franca, a Teoria sócio-histórico-cultural (VIGOTSKI, 1999, 2001, 2007) e a Teoria do Ensino Desenvolvimental (DAVIDOV, 1988). Esta pesquisa é de natureza qualitativa, embasada no experimento didático formativo como aporte teórico-metodológico (SFORNI, 2015). Os dados foram coletados a partir das gravações dos encontros via Google Meet (contexto remoto devido à pandemia do COVID-19), das produções dos alunos e das professoras pesquisadoras. A análise dos dados se dá pelas lentes de ILF e do experimento didático formativo (SFORNI, 2015). Os resultados apontam que os participantes se apropriam de facetas do sistema conceitual de ILF em diferentes níveis, de maneiras variadas e com diversos graus de profundidade em relação a determinados aspectos e/ou implicação do conceito. Dessa maneira, cada participante possui sua zona de desenvolvimento e se encontra em um momento de (res)significação de suas crenças. Por fim, ressaltamos a importância em informar futuros professores de inglês acerca do ILF, visto que a perspectiva está presente em documentos orientadores que regem o ensino de inglês no país.
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    Imperativo na língua Kaingang: construção e análise
    (2023-05-16) Lima, Rosângela de Araújo; Silveira, Marcelo; Garcia, Maria José Guerra de Figueiredo; Miranda, Maxwell Gomes
    O propósito deste trabalho é examinar a expressão formal do imperativo na língua Kaingang (família Jê, tronco Macro-Jê), que é falada em parte do estado de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Demonstramos que o imperativo tem dois marcadores explícitos e sua formação se dá por circunstâncias temporais e por situações que envolvem polimento nas orações. A teoria dos atos de fala fornece um considerável subsídio para assimilar a força ilocucionária do emissor, a fim de que o ouvinte conceba a intenção do falante. Analisamos a construção do imperativo em outras línguas para perceber a similaridade entre elas. Implementamos a averiguação das orações imperativas, o proibitivo e o imperativo a partir da descrição feita por Ursula Wiesemann (2011) confrontada com Aikhenvald (2010), Jary e Kissine (2014) e Isac (2015); contrastamos os exemplos de Wiesemann com textos da Bíblia, do livro Brilhos na floresta e com frases fornecidas por participantes. Observamos possíveis variações no emprego do imperativo pelos falantes atuais e diferenças derivadas por aspectos específicos de quem emite o comando.
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    A motivação para a leitura no curso de licenciatura em letras português da UEL
    (2023-02-28) Dieguez, Lucas; Lima, Sheila Oliveira; Santana, Andréia da Cunha Malheiros; Rodrigues, Flávio Luis Freire
    A leitura é uma tarefa fundamental nos cursos de licenciatura. Por meio dela o estudante desenvolve e amplia seu conhecimento teórico e analítico. Por isso, estar motivado para realizar as leituras propostas nas disciplinas do curso é algo relevante, principalmente por se tratar do ensino superior. O presente trabalho teve como objetivo geral compreender as principais características da motivação para a leitura no curso de licenciatura em Letras - Português da UEL. Além disso, buscou-se identificar aspectos práticos e psicológicos envolvidos na formação do professor e no engajamento para a leitura, analisando relações motivacionais entre a formação e o interesse pela leitura proposta, as metodologias utilizadas e suas influências na motivação, propondo intervenções para o aumento da motivação para a leitura. A pesquisa foi classificada como quali-quanti de acordo com Bortoni-Ricardo (2008), com metodologia baseada em pesquisa bibliográfica e levantamento de campo (GIL, 2010), a partir dessas definições os instrumentos utilizados foram três questionários (dois fechados e um aberto) aplicados em estudantes do curso de Letras e um questionário para os docentes. Participaram da pesquisa 185 estudantes do primeiro ao quarto ano do curso de Licenciatura em Letras e cinco de seus professores. Sendo assim, esperava-se que a pesquisa colaborasse para a compreensão dos desafios da leitura nos cursos de licenciatura, apresentando novos caminhos para a formação em Letras por meio de propostas para engajar o aluno para a leitura no ensino superior.
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    Formalidade x informalidade na língua Kaingang: reflexões a respeito da variação diamésica na T. I. Apucaraninha
    (2022-10-07) Felisbino, Damaris Kaninsãnh; Silveira, Marcelo; Amaral, Wagner Roberto do; Cabral, Ana Suelly de Arruda Câmara
    Este trabalho tem como objetivo registrar e analisar a variedade conservadora e a mais atual da Língua Kanhgág falada na Terra Indígena (TI) Apucaraninha, localizada no município de Tamarana-PR. Para realizá-lo foi necessário discorrer sobre os tipos de variações, com base em Weinreich, Labov e Herzog (1968) e Labov (1972), que foram a base teórica adotada. O foco da pesquisa foi especificamente a variação diamésica, que tem o seu estudo voltado para as comparações entre a escrita e a oralidade e por contemplar o que, em nossa hipótese, delimita bem a língua formal (mais voltada para a escrita e para a fala conservadora dos mais velhos) e a língua informal (mais voltada à oralidade, especialmente dos mais jovens). A metodologia usada privilegiou a cultura kanhgág, para quem as decisões são feitas no coletivo; assim entrevistamos professores das escolas da TI Apucaraninha para saber deles o que consideram a língua formal, cotejando suas respostas com as manifestações informais retiradas de conversas de WhatsApp, Messenger, bem como de postagens feitas via rede social Facebook, além das transcrições de conversas gravadas durante a pesquisa de campo. Com esse corpus, temos condições de entender o momento histórico em que a Língua Kanhgág se encontra, apresentando elementos para colaborar com a elaboração de uma gramática pedagógica da língua, necessária para o uso escolar.
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    Como ler imagens na escola? protótipos para a prática de leitura visual
    (2022-09-02) Carneiro, Otávio Felipe; Lima, Sheila Oliveira; Ribeiro, Ana Elisa; Cristóvão, Vera Lúcia Lopes; Rodrigues, Flávio Luis Freire
    As diretrizes da Base Nacional Comum Curricular – BNCC preconizam ao ensino de língua portuguesa, dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio, a importância de se trabalhar no ambiente escolar a prática de leitura interativa, considerando as múltiplas semioses de um texto. Tendo em vista a ausência de atividades de leitura de semioses visuais nos livros didáticos, a qual dificulta o trabalho do professor em sala de aula, esta dissertação se direcionou à prática de leitura visual. Por essa razão, objetivamos, nesta pesquisa, problematizar as possibilidades de leitura de textos visuais no ensino fundamental dentro da disciplina de língua portuguesa, a partir dos seguintes objetivos específicos: a) avaliar a qualidade das atividades de leitura visual de um livro didático presente nas escolas públicas regidas pelo Governo do Estado do Paraná; b) criar um protótipo para análise de textos visuais; c) criar um protótipo que auxilie o professor na elaboração de atividades de leitura de textos visuais. O resultado analítico foi de que as atividades de leitura visual desse material didático não abrangem práticas de letramento visual, sendo que muitas delas utilizam o texto visual como pretexto para o ensino de língua escrita, dificultando o trabalho de leitura visual do professor. Por essa razão, o primeiro protótipo, denominado de 3Q3C, busca auxiliar o docente numa leitura analítica de textos visuais. O segundo protótipo, denominado de 2Q, busca auxiliar o docente na elaboração de atividades que nortearão o processo de leitura visual a ser aplicado em sala de aula. A expectativa, ao formular tais protótipos, é auxiliar no debate e na prática docente em torno da leitura visual.
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    A imagem na (res)significação de sentidos: leituras do não-verbal sobre identidade brasileira em livros paradidáticos do PNLD Literário 2020
    (2024-02-29) Rak, Leonardo Igor; Santana, Andréia da Cunha Malheiros; Ferreira, Cláudia Cristina; Osinski, Dulce Regina Baggio
    A presente dissertação de Mestrado se insere em um espaço-tempo que evoca a premissa da relevância do ensino de leitura de imagens na Educação Básica para o desenvolvimento da formação de leitores mais conscientes, críticos e transformadores. Partindo deste contexto, tem por objetivo geral investigar o papel da imagem no PNLD Literário 2020, em diálogo com os problemas centrais que norteiam a construção da pesquisa: o papel dos conteúdos imagéticos presentes nos materiais paradidáticos literários para a construção de leituras significativas, e como as imagens, nesses materiais, contribuem para o desenvolvimento dessas leituras. Tem por objetivos específicos: compreender as características da imagem, para, então, investigar e refletir a respeito do ensino a partir de imagens e sua relação com a construção de leituras, bem como contextualizá-lo perante os materiais paradidáticos literários e, por fim, analisar as imagens de uma seleção de uma obra por gênero literário do PNLD Literário 2020. Para tanto, apoiamo-nos, em especial, nas discussões teóricas propostas por Barbosa (1998 / 2005), Chaves e Lencastre (2003), Dondis (2003), Wolff (2005), Joly (2007), Schlichta (2009), Laguna (2012), Rouxel (2012), Araujo e Oliveira (2013), Silvino (2014), Xavier (2015), Campello e Silva (2018) e Tolentino (2020). O percurso metodológico das investigações se construiu a partir de pesquisas bibliográficas de caráter qualitativo e da análise de conteúdo das imagens das obras literárias selecionadas. Os resultados alcançados revelam as características das imagens e sua relação com materiais paradidáticos, e comprovam a sua relevância à formação dos sujeitos leitores.
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    Projeto palavras andantes: formação leitora nas escola municipais de londrina durante a pandemia de COVID-19
    (2023-02-24) Perrota, Aliny; Lima, Sheila Oliveira; Bortolin, Sueli; Santana, Andréia Cunha Malheiros; Baronas, Joyce Elaine de Almeida
    A pandemia da covid-19 trouxe grandes mudanças e impôs outro ritmo para a sociedade. A escola precisou se adaptar a esse novo “normal”. Em virtude do caráter emergencial, elas tiveram que transpor as aulas e conteúdos presenciais para ambientes digitais mudando a rotina de professores e alunos. Esta pesquisa propos conhecer a prática pedagógica dos professores regentes de biblioteca no município de Londrina, durante a suspensão das aulas presenciais. O objetivo geral foi analisar o trabalho com a literatura infantil e a formação de leitores na Rede Municipal de Londrina durante o período de isolamento social decorrente da pandemia de covid-19 e a atuação dos professores no tocante a produção e viabilização das aulas de hora do conto nesse novo contexto. Os objetivos específicos estabelecidos foram: identificar metodologias utilizadas para se trabalhar com a literatura durante as aulas remotas; analisar as contribuições das novas tecnologias de informação e comunicação no processo de formação de leitores nesse novo contexto. Para o suporte teórico, utilizou-se os estudos de: Jouve (2002), Petit (2008), Bajour (2012), Colomer (2007) e Rouxel (2004). O estudo foi qualitativo e exploratório, tomando como procedimento técnico o estudo de caso e o tratamento dos dados pautados na análise de conteúdo. Os dados foram obtidos através de questionário respondido pelo Google Forms por 40 professores participantes da pesquisa. Com base nos resultados desta pesquisa, verificamos que os professores utilizaram recursos tecnológicos como estratégias para continuar promovendo o fomento à leitura. A Hora do Conto passou a ser gravada e disponibilizada para os alunos através de grupos de WhatsApp e o empréstimo de livros foi substituído pelos textos digitalizados e/ou eletrônicos para suprir a falta de acesso aos livros impressos