02 - Mestrado - História Social

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    Lentes ao horizonte: as representações de progresso em Guaraci-PR por Manoel Vieira de Lima
    (2023-03-27) Silva, Gustavo do Nascimento; Aguiar, Carolina Amaral de; Costa, Eduardo Augusto; Ivano, Rogério
    Nesta dissertação temos como objetivo explorar as temáticas de identidade e memória a partir do uso da fotografia, tendo como foco o município de Guaraci-PR, com base no trabalho do fotógrafo Manoel Vieira de Lima. O fotógrafo foi responsável por registrar a evolução do município através de suas fotografias, capturando imagens estruturais como construções e pontes, que trataremos no primeiro capítulo desta produção, bem como cenas do cotidiano, como lojas e o cinema da cidade, analisadas no segundo capítulo. Além disso, suas fotografias incluíam retratos de famílias e indivíduos, que constituem importantes registros da história social e cultural de Guaraci, questão que verificaremos no terceiro capítulo. Com o referêncial teórico voltado para a análise de fotografias desde a História Social, tendo como cerne a análise teórica referente à memória, iremos analisar como essas representações fotograficas contribuem para a construção de um ideal de progresso e da memória coletiva do município, explorando o papel da imagem fotográfica como documento histórico e como forma de expressão artística. Além disso, buscaremos, como o auxílio da história oral, visualizar o trabalho do fotógrafo no imaginário local, entendendo a representatividade do indivíduo e por qual motivo a sua função se funde ao entendimento de evolução da localidade.
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    "De sufragistas às primaveris" : as compreensões históricas de estudantes jovens sobre o movimento feminista
    Santos, Samanta Botini dos; Cainelli, Marlene Rosa [Orientador]; Guariza, Nádia; Oliveira, Sandra Regina Ferreira de
    Resumo: Objetiva-se nesta pesquisa trabalhar com estudantes jovens do ensino médio de duas instituições, uma de ensino privado e outra de ensino público, acerca de seus conhecimentos sobre o movimento feminista Como forma de coleta de dados, são utilizados questionários que visam compreender as narrativas dos alunos sobre afirmações, as quais necessitam tomar decisões As instituições de ensino participantes da pesquisa estão localizadas na cidade de Londrina – PR, na região central e na região oeste da referida cidade Mediante as narrativas dos estudantes busca-se compreender quais conhecimentos os estudantes mobilizam ao se posicionarem sobre questões referentes a divisão sexual do trabalho, maternidade, direitos das mulheres e a definição do que é o movimento feminista A pesquisa contou com 261 questionários, sendo 19 da instituição de ensino público e 71 da instituição de ensino privado A metodologia empregada diz respeito à Educação Histórica, campo de pesquisa que atua com base na epistemologia História e das Ciências Humanas, investigando por meio de recursos próprios da ciência histórica a cognição histórica Como forma de organização das narrativas apresentadas pelos estudantes nos questionários, as ideias foram categorizadas e elencadas no modelo de progressão de Peter Lee (23), entendendo-as como menos elaboradas, mais elaboradas e sofisticadas, mediante apresentação de elementos ricos e amparo à q1 História enquanto recurso narrativo O conceito de “narrativa” foi apurado de acordo com as definições do historiador alemão Jörn Rüsen (21) Por fim, observa-se que os estudantes apresentam conhecimentos e ideias acerca da atuação histórica e contemporânea do movimento feminista e das pautas políticas das mulheres Entretanto, a dificuldade com o entendimento e a ausência da ciência histórica torna as narrativas menos elaboradas, impossibilitando novas formulações sobre o tema Os resultados evidenciam um panorama em que os estudantes exibem conhecimentos acerca da temática feminista, entretanto, tais conhecimentos não se expressam de forma ancorada à base de discussões da epistemologia da História, aliando-se ao debate político liberal contemporâneo
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    O Bosque Marechal Cândido Rondon (Londrina/PR 1950-2010) : ressignificações e diversidade urbana
    Buono, Larissa Martins; Martinez, Cláudia Eliane Parreiras Marques [Orientador]; Arruda, Gilmar; Boni, Paulo César
    Resumo: Esta Dissertação analisa as ressignificações sobre o Bosque Marechal Cândido Rondon, localizado no centro da cidade de Londrina (PR), entre 195 e 21 Parte do pressuposto que as atuações das gestões públicas do município, diante das concepções de Urbanização estabelecidas na cidade, modificaram as relações dos cidadãos com a área de lazer Esta hipótese procede da investigação, enfatizando dois momentos de alterações da área: na realização do primeiro projeto de urbanização de Londrina, nos anos de 195, e dos anos em que o Bosque abrigou o Terminal Urbano de Londrina (1971 até 1988) Do acervo do Museu Histórico de Londrina, dispusemos de fotografias realizadas durante as obras de urbanização na área em questão e distintos documentos que compusesse uma narrativa historiográfica em que se justificasse a associação do espaço de lazer ao problema urbano Para os aspectos de sociabilidades vividos naquele microssocial, utilizamos como fundamentação teórica a micro-história Teoricamente, compreende-se ser um museu de cidade a matéria-prima de um acervo que opera em constante e heterogêneo significado, fundamentada na noção de ser, a cidade, objeto na condição de organismo vivo numa relação intrínseca com seus habitantes Demonstrou-se que, para a manutenção e preservação do Bosque, enquanto um museu de cidade é preciso entendê-lo também como uma alavanca na inserção de cultura para o habitante e sobrevida das cidades Para isto, ações geradoras de diversidades de usos dos espaços públicos nas cidades devam ser adotadas às áreas públicas urbanas
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    Identidade germânica no Heimtal : a cultura material do cemitério local (1931-2019)
    Sala, Gabriela Cubaski; André, Richard Gonçalves [Orientador]; Martinez, Cláudia Eliane Parreiras Marques; Andrade Junior, Lourival
    Resumo: A Companhia de Terras Norte do Paraná (re) colonizou o norte do Paraná e fundou várias cidades atraindo compradores do Brasil e do exterior, e principalmente imigrantes já residentes no país A primeira delas foi Londrina, no início da década de 3 O projeto colonizador previa a construção de patrimônios rurais, idealizados para realizar papel importante na sociabilidade do meio rural, e principalmente para ser um elo entre a área rural e urbana, facilitando assim o escoamento da produção agrícola O Heimtal foi o primeiro destes patrimônios rurais a ser implantado pela CTNP, no ano de 1931, e a princípio foi pensado para ser uma colônia especificamente alemã, porém recebeu também imigrantes de diferentes nacionalidades Estes imigrantes já haviam trabalhado nas fazendas de café em São Paulo, e ao se fixarem em sua própria terra é que puderam reelaborar suas normas sociais com base em seus elementos culturais Os imigrantes alemães chegaram ao Heimtal em maior número, e exerceram papel de liderança no local Foi por intermédio da religião, da língua e da atuação da escola alemã, que sua identidade foi reelaborada, a partir das características culturais que estes imigrantes possuíam em comum, ou que foram forjadas Assim, imigrantes de outras nacionalidades passaram por um processo de germanização e de assimilação da nova identidade construída no local Na segunda metade do século XX, com a urbanização da região norte de Londrina e com a mecanização do campo, o Heimtal passou por transformações que levaram ao êxodo de muitos de seus moradores Hoje restam poucos moradores pertencentes a famílias germânicas, porém o cemitério local preserva inúmeros vestígios da presença alemã no local Apesar das transformações ocorridas no Heimtal ao longo das últimas décadas, é possível analisar a constituição da sua identidade e suas transformações, amparados pelas fontes de cultura material do cemitério local e dos registros de inumação, além da manutenção e das mudanças das práticas de culto aos mortos O cemitério também nos permite analisar as novas dinâmicas sociais estabelecidas na região norte da cidade de Londrina, bem como a presença de práticas religiosas marginalizadas pela sociedade
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    A construção da representação do caipira na fase regionalista de Almeida Júnior : 1893-1899
    Santos, Rodrigo Lourenço dos; Bakos, Margaret Marchiori [Orientador]; Monteiro, Charles; Martinez, Cláudia Eliane Parreiras Marques
    Resumo: Esta Dissertação apresenta aos leitores uma interpretação da edificação da representação do caipira no final do século XIX, na cidade de São Paulo, com o auxílio da análise de imagens das obras da fase regionalista do pintor Almeida Junior Para tanto, buscou-se compreender o contexto histórico em que as obras foram produzidas, analisar as pinturas em seus aspectos artísticos e representativos e localizar as inter-relações entre os quadros e a sociedade paulista A metodologia empregada dialoga com os estudos de iconografia de Erwin Panofsky e o conceito de “representação” consolidado por Roger Chartier Tendo o realismo como ferramenta primordial para alcançar não só os olhos, mas também os corações e a mente de seu público-alvo, Almeida Junior não apenas reforçou uma mentalidade que estava gradativamente aparecendo em São Paulo, como também inseriu o seu próprio ponto de vista no que tange ao modo das pessoas pensarem e agirem com relação à imagem do caipira
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    O processo de mudança do tratamento da lepra no Paraná (1950-1986) : representações e práticas
    Stabelini, Thaysa Lauara Loiola; Rolim, Rivail Carvalho [Orientador]; Olinto, Beatriz Anselmo; Ferraz, Francisco César Alves
    Resumo: Ao final do século XIX e a partir da Primeira República brasileira, o discurso médico fora muito requisitado para atender, sobretudo, à ideologia republicana de Ordem e Progresso Neste momento, diante das dificuldades encontradas para a profilaxia e tratamento de doenças como a lepra e também das dúvidas sobre as formas de con-tágio, construiu-se um discurso coerente à necessidade de separar os doentes da sociedade sadia A partir da década de 193 foram construídos inúmeros leprosá-rios, locais de segregação, mas também abrigos da grande maioria dos acometidos pela lepra Na segunda metade do século XX, a descoberta das Sulfonas surgira como possibilidade de cura e melhora no tratamento dos doentes, no entanto, o iso-lamento compulsório permanecera como política de profilaxia e tratamento da doen-ça até os anos 196 Considerado tal arcabouço histórico, a presente pesquisa obje-tiva analisar as discussões que impulsionaram o processo de desinstitucionalização do tratamento baseado no isolamento compulsório dos doentes de lepra (especifi-camente no estado do Paraná), bem como a institucionalização de um novo trata-mento entre os anos 195 e 1986 A metodologia utilizada consistiu no levantamento de fontes primárias escritas e bibliografias específicas da área de História e Medicina, sendo estas Leis e Decretos, jornais e os periódicos da área médica “Publicações do CELSA” e “Hansenologia Internationalis” e em fundamentação teórica com base nos trabalhos de autores como Berger, Costa, Cabral, Elias, Goffman, Luckmann, Olinto, Schneider, entre outros Os resultados obtidos demonstram que o discurso coerente à necessidade de isolar os doentes nos chamados leprosários fora muito reforçado até os anos 6, quando, no meio médico e político, notou-se a ineficácia da prática - visto os ônus econômicos e o medo propagado pelo estigma atribuído a doença, reforçado pelo isolamento Deste modo, a experiência com o uso das sulfonas e o desenvolvimento de intensos debates no meio médico, culminaram no lento estabelecimento de ações contra-estigmatizantes, resultantes em um tratamento mais humanizados e em possibilidades de altas e curas Tais resultados reforçaram a necessidade das mudanças no discurso e nas políticas do Estado e refletiram, nas décadas seguintes, em questões como: a mudança na nomenclatura da doença de lepra à hanseníase; a especialização e capacitação de profissionais para atendimento aos doentes; maior número de pesquisas sobre a doença – considerando, além da Medicina, a Psicologia e as Ciências Humanas – e o desenvolvimento de campanhas de conscientização sobre características e tratamento da doença, bem como a busca da reinserção dos indivíduos diagnosticados no convívio da soci-edade e de suas próprias famílias
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    Cinema de propaganda nazista : análise dos filmes O eterno judeu e Judeu Süss (1940)
    Deliberador, Raquel de Medeiros; Arias Neto, José Miguel [Orientador]; Frigeri, Renata Aparecida; André, Richard Gonçalves
    Resumo: Um discurso pode ser legitimado por meio de diversas produções que o reforcem Este trabalho busca compreender de que forma a propaganda nazista se estrutura e consolida através de suas produções cinematográficas, baseando-se na análise dos filmes O Eterno Judeu (de 194), dirigido por Fritz Hippler, e Judeu Süss (de 194), do diretor Veit Harlan Nas análises, consideramos os filmes a partir de seu contexto de produção, bem como suas relações e interrelações no âmbito político, social e cultural, pois os filmes e seu discurso não estão isolados do domínio cultural e dos “discursos comuns” Portanto, estas produções se reforçam entre si e colaboram para legitimar o governo e a propaganda nazista Com os aspectos externos e interrelacionais parte-se para uma análise interna de cada uma das obras, considerando as especificidades da linguagem cinematográfica O primeiro filme possui características de um documentário clássico, que pedagogicamente apresenta os judeus, os guetos onde vivem, sua vida pública, privada e religiosa Alertando sobre suas táticas e intenções de dominação mundial, é traçada uma essência do judeu, caricata e grotesca O segundo é ficcional e segue a linha, defendida por Goebbels, de que o cinema de propaganda deveria ser subjetivo Deste modo, Judeu Süss tem como trama a história de Süss, um homem que é dominado por suas ambições e desejos Ambos os filmes apresentam o mesmo discurso antissemita e hitlerista - o primeiro de forma explícita, repetitiva, e doutrinária, consagrando-se como a mais brutal obra antissemita, mas, ao mesmo tempo, um dos maiores fracassos do cinema nazista ao gosto do público comum E o segundo, Judeu Süss, de forma mais implícita, conquistando amplo público e tornando-se um sucesso de bilheteria
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    Os usos da ideia de "nazismo" difundida pelo MBL - Movimento Brasil Livre no Facebook (2017)
    Sussai, Matheus Henrique Marques; Ramos, Márcia Elisa Teté [Orientador]; Rolim, Rivail Carvalho; Cerri, Luís Fernando
    Resumo: O presente estudo visa apresentar os resultados de uma pesquisa de Mestrado em História Social da Universidade Estadual de Londrina (UEL), que investigou os usos e a ideia de “Nazismo” veiculada por uma página da rede social online Facebook, chamada MBL – Movimento Brasil Livre, no ano de 217 Tal página representa um coletivo formado, em grande parte, por jovens que buscam se manifestar contra qualquer ideia que eles considerem parte da esquerda política O MBL (sigla) possui 3256699 curtidas e 3413935 seguidores, números que continuam crescendo com o tempo Ao manifestarem suas opiniões políticas, acabam por usar de ideias não especializadas com temas históricos que não são corroboradas pela historiografia, mas ainda assim são compartilhadas pela maioria dos seus seguidores Assim, difundem diversas narrativas que usam de ideias históricas extraescolares e não acadêmicas, que possibilitam formar política e historicamente muitas pessoas que concordam com o MBL Busca-se assim, a partir de autores que discutem a disciplina da Didática da História, sendo alguns deles Klaus Bergmann (1989/199), Jörn Rüsen (21a; 21b; 211a; 211b), Rafael Saddi (21), Luis Fernando Cerri (23; 21; 211), entre outros; e autores que discutem a História Pública, como Sonia Wanderley (216), Sara Albieri (211), Ricardo Santhiago (216), Gerald Zahavi (211), Jill Liddington (211), entre outros, levantar a concepção de “Nazismo” do MBL e de seus seguidores a partir de nove publicações filtradas pelo tema, levando em conta também os comentários respectivos de cada publicação A metodologia utilizada foi a netnografia, uma técnica próxima à etnografia, mas realizada tendo como “campo” a internet, e que embasa o levantamento das ideias, noções, representações e práticas dos sujeitos na internet (KOZINETS, 214) Podemos considerar que a ideia de “Nazismo” do MBL é que o regime se caracteriza como pertencente à esquerda política, ou pelo menos é isso o que o MBL tenta passar para os seus seguidores, justificando que o Nazismo possui a palavra “socialismo” no nome, que foi um regime com o Estado forte, doutrinação nas escolas, entre outros, que para o MBL caracterizariam um regime de esquerda
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    Ideias de jovens acerca das influências histórico-políticas do futebol no Brasil (2016)
    Luiz, Pedro Aurélio dos Santos; Ramos, Márcia Elisa Teté [Orientador]; Germinari, Geyso Dongley; Rolim, Rivail Carvalho
    Resumo: O seguinte estudo procurou analisar as ideias dos alunos do Colégio SESI de Arapongas/PR sobre a relação história, futebol e política A realização do mesmo, amparou-se nos seguintes pressupostos 1) os sujeitos, jovens estudantes de determinado grupo socioeconomico e cultural; 2) suas ideias sobre política e história, bem como as relações que fazem entre estas questões e o futebol Para isso, nos fundamentamos no campo investigativo da Didática da História, que segundo Bergmann (1989/199) aborda as formas de elaboração da história, em que o foco é apreender qual e como saberes históricos circulam na sociedade, que implica em pensar o passado da relação futebol e política, em suas mudanças e permanências; e na especialidade de análise Educação Histórica (LEE, 26) que busca compreender como o conhecimento histórico se constrói em sala de aula O estudo se utilizou da Teoria Fundamentada ou Grounded Theory (Charmaz, 29) para a exploração de dados e análise dos resultados obtidos, por isso, desenvolveu-se através de um estudo piloto com a aplicação de questionários para estabelecer o perfil socioeconômico e cultural dos alunos inseridos no Ensino Médio e seus conhecimentos prévios sobre a temática Posteriormente, no estudo principal, realizou-se um Grupo Focal que buscou colher dados relativos às ideias dos alunos através de debate sobre história, política e futebol, bem como a comparação crítica entre dois documentos sobre a Democracia Corinthiana, movimento liderado por jogadores de futebol do início da década de 198 caracterizado pelas críticas ao regime civil-militar brasileiro Como resultado, evidenciou-se nos jovens estudantes ideias históricas bem fundamentadas que promoveram interlocuções associativas de caráter crítico sobre a relação história, futebol e política, além de reconhecer a temática do futebol como possibilidade alternativa na construção dos conhecimentos históricos
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    Espelho do Prata : a representação do outro na guerra ilustrada da Tríplice Aliança contra o Paraguai (1865-1867)
    Garcia, Gabriel Ignácio; Arias Neto, José Miguel [Orientador]; Squinelo, Ana Paula; Souza, Silvia Cristina Martins de
    Resumo: A guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai (1864-187) foi um evento singular na história latino-americana Situado na convergência entre a consolidação dos estados nacionais e o fortalecimento da imprensa ilustrada, o conflito ganhou uma vasta cobertura visual Ao romper as fronteiras nacionais, os impressos favoreceram as trocas culturais e ideológicas Partindo dessa observação, a presente Dissertação objetiva analisar e comparar os jornais El Centinela (1867) e Paraguay Illustrado (1865), ambos surgidos em função do conflito No periódico paraguaio, a guerra foi descrita como ameaça à identidade paraguaia, fruto da ganância desmedida de Dom Pedro II que, ardilosamente, conseguiu enganar Bartolomé Mitre e Venâncio Flores Todos os recursos imagéticos e textuais disponíveis foram empregados para denunciar a ambição e a monstruosidade que, desonestamente, se escondiam do lado inimigo Do imperador ao soldado negro, ninguém escapou do furor dos artistas/soldados Na imprensa brasileira, a guerra, mais que uma simples retaliação pela agressão paraguaia, foi tratada como um enfrentamento entre civilização e barbárie, variando apenas no tratamento que deveria ser dispensado aos “vândalos” paraguaios Nesse cenário, o Paraguay Illustrado, com suas caricaturas cáusticas, serviu-se de símbolos imagéticos e elementos retóricos já disponíveis para satirizar a nação paraguaia e engrossar o coro patriótico Os paraguaios, apresentados sob a tirania de Solano López, foram desenhados como deficientes e degenerados Em lados opostos, ambos os periódicos cunharam símbolos identitários, reforçaram ideais nacionais e desumanizaram o Outro Politicamente engajados, os jornais tornaram-se armas de guerra, disseminando falas e imagens que conferiram sentido a tantas mortes e sofrimento
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    Patrimônio imaterial, história e identidade : a festa de São Benedito em Poços de Caldas/MG e suas transformações (1889-2015)
    Anunciação, Ana Paula; Martinez, Cláudia Eliane Parreiras Marques [Orientador]
    Resumo: O presente trabalho visa focar o Patrimônio Imaterial, tendo como objeto a Festa de São Benedito, que ocorre na cidade de Poços de Caldas/MG, há mais de um século O estudo revelou, ao longo da pesquisa, permanências e transformações pelas quais a celebração passou Observou-se, também, a riqueza cultural e a experiência vivida pelos participantes antes e durante a festividade Atualmente, a festa encontra-se em processo de registro enquanto patrimônio imaterial, possibilitando o debate acerca de sua história, seus cantos, seus rituais e seus elementos materiais e intangíveis O sentido simbólico, espiritual e social conferido à festa pelos seus participantes constituiu um importante ponto de análise e reflexão Para isso, foi necessário estudar não só o ritual da celebração in loco, como também realizar entrevistas com diferentes atores sociais envolvidos, coletar documentos nas instituições de memória, explorar o vasto material imagético produzido e outros documentos Reinhart Koselleck, François Hartog e Françoise Choay constituíram o suporte teórico para as pesquisas de campo efetuadas em dois momentos específicos, 212 e 215 Os conceitos de tempo, memória, presentismo e patrimônio desenvolvidos pela tríade de autores auxiliaram no entendimento da festa em suas várias nuances que perpassam a dimensão cultural, religiosa, simbólica, política e econômica
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    Currículo básico para a escola pública do Paraná (1990) e parâmetros curriculares nacionais do ensino fundamental 3º e 4º ciclos (1998) : mudanças e permanências no currículo escolar de história pós-regime militar
    Lobo, Arthur Henrique Lux; Ramos, Márcia Elisa Teté [Orientador]; Moreno, Jean Carlos; Alves, Ronaldo Cardoso
    Resumo: Esta pesquisa analisa currículos de história formulados após o regime militar brasileiro, procurando perceber mudanças e permanências A partir das concepções de GOODSON(1991; 1995; 28; 213) sobre currículo como campo de disputa e negociação, bem como das concepções sobre a cultura escolar como lugar em que o currículo é praticado (texto invisível), por vezes de forma diferente do que prescrito (texto visível), assim dimensionando as disciplinas escolares, são esboçadas algumas discussões acerca das prescrições curriculares visualizadas no cenário brasileiro, em específico no Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná (199) e nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) de História para o 3º e 4º Ciclos (1998) Como é o contexto brasileiro que é estudo, recorre-se a autores importantes para a temática (ABUD 1993, 211; SCHMIDT, 25, 29, 212; BITTENCOURT, 1998, 23, 28, entre outros) Utiliza-se a metodologia de revisão bibliográfica e de análise textual das fontes, inferindo-as a partir de elementos internos e externos possíveis de serem relacionados à composição escrita dos currículos selecionados Estrutura-se, portanto, o presente trabalho na epistemologia histórica aplicada ao campo educacional e curricular Destaca-se, portanto, o texto currícular, embora se entenda que o código disciplinar envolve tanto o texto invisível como o texto vissível (CUESTA FERNANDEZ, 1997) Como texto visível, enfatiza-se a problemática de sua fundamentação teórica, metodologia, proposta de avaliação, bibliografias utilizadas, organização de conteúdos e eixos estruturantes (poder, cultura e trabalho) As inferências apontam para a presença de rupturas e permanências na estrutura do código disciplinar da História no Brasil No Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná (199), mudam-se: a concepção de herói na história; a história escrita pelos “vencedores”; o destaque às injustiças, lutas e movimentos sociais Permanecem, por exemplo: a história eurocêntrica e quadripartite; uma visão economicista Nos Parâmetros Curriculares Nacionais mudam-se: proposta de uso escolar da fonte histórica; concepção mais elaborada/complexa da temporalidade; abrodagem baseada na História Cultural; debate sobre multiculturalismo Permanencem: certa despolitização; multiculturalismo ainda conservador; ênfase nos conceitos de segunda ordem em detrimento dos conceitos de segunda ordem; destaque à História Cultural e apagamento da História Social Contudo, tais currículos correspondem às discussões sobre o ensino e aprendizagem histórica a favor de uma sociedade democrática
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    Fontes históricas propostas no livro didático : interpretações de alunos do sexto ano do ensino fundamental : Londrina, 2017
    Fazion, Heloisa Pires; Cainelli, Marlene Rosa [Orientador]; Urban, Ana Claudia; Alves, Ronaldo Cardoso
    Resumo: Este estudo, de caráter qualitativo, procura analisar fontes históricas presentes em um livro didático de História e como os alunos interpretam essas fontes Destaca-se que a pesquisa está ancorada numa área denominada Educação Histórica (BARCA, 27; CAINELLI, 211; GAGO, 27; LEE, 26; SCHMIDT, 211; SIMÃO, 27), na qual a escola é o campo de investigação por excelência Nossa investigação foi realizada em um Colégio Estadual localizado na cidade de Londrina-PR O público-alvo foram alunos do sexto ano do Ensino Fundamental Sublinha-se que foram realizadas observações de campo, aplicação de questionário e para o desenvolvimento do estudo final foi elaborado, a partir das ideias de Simão (27), um kit de fontes históricas composto por 5 fontes, sendo 2 escritas e 3 iconográficas A análise dos dados foi feita a partir da metodologia de Análise de Conteúdo, proposta por Franco (28), e também pela Teoria Fundamentada de Strauss e Corbin (28) e Charmaz (29) Ao final desta pesquisa conseguimos identificar quais e como são dispostas as fontes no livro didático analisado e como os alunos interpretam essas fontes históricas Com relação às fontes propostas no livro didático identificamos quatro categorias, sendo elas: reforço da escrita, informativa, ilustrativa e documento histórico Já no caso dos alunos chegamos as categorias: fonte histórica como verdade inquestionável, fonte histórica como materialização do fato, fonte histórica como fruto de pesquisa e fonte histórica como ensinamento
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    Religiosidade e natureza : imigrantes ucranianos e a transformação do meio ambiente (1890-1915)
    Damasceno, Darlan; Arruda, Gilmar [Orientador]; André, Richard Gonçalves; Klug, João
    Resumo: A presente pesquisa tem por objetivo apontar como a religiosidade dos imigrantes ucranianos atuou no processo de ressignificação e transformação do meio ambiente, através de suas práticas e representações no imaginário deste grupo social, entre os anos 189 e 1915, na região centro-sul do Estado do Paraná Para isso, utilizamos, como fontes, relatos dos imigrantes que se estabeleceram nos núcleos coloniais localizados nos atuais municípios de Mallet, Prudentópolis e Antonio Olinto Esses relatos apresentam narrativas da chegada às colônias e como estes imigrantes atuaram frente a uma natureza desconhecida por eles Procura-se demonstrar que a percepção do mundo natural está ligada também a fatores culturais, os quais atuam no imaginário e nas representações sociais que os indivíduos têm de si e do ambiente à sua volta As fontes indicam que a religiosidade dos imigrantes atuou no processo de (re)construção da realidade social nas colônias, ou seja, o modo de vida dos indivíduos foi estruturado através de esquemas de percepção inscritos em suas ações Aliados a esse processo, os modos de perceber, ressignificar e transformar o mundo natural foram, inicialmente, condicionados por essa relação Da perspectiva epistemológica, compreendemos que o ambiente não pode ser disassociado da esfera cultural Assim, a análise, nesta pesquisa, busca ferramentas nas abordagens tanto da História Cultural quanto da História Ambiental, buscando um diálogo entre as duas vertentes
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    Em defesa de uma identidade cristã : o "herege" Marcião pelos olhos de Tertuliano de Cartago na obra Adversus Marcionem
    Garcia, Willian Fernandes; Selvatici, Monica [Orientador]; Oliva, Alfredo dos Santos; Venturini, Renata Lopes Biazotto
    Resumo: Nesta Dissertação analisamos questões de identidade no cristianismo antigo a partir do impacto da figura do cristão considerado herege, Marcião, para o desenvolvimento do movimento cristão nos século II dC e III dC A partir da ótica do autor cristão Tertuliano de Cartago analisamos o processo de construção, em termos do discurso, de uma certa identidade cristã tendo por premissa a oposição entre o “verdadeiro” cristianismo e os “falsos cristianismos”, neste caso representados pelo marcionismo Levando em conta as Teorias da Etnicidade pudemos apresentar o processo de construção, ou desconstrução, de um adversário levado a cabo por Tertuliano ao mesmo tempo em que ele construía as premissas de sua identidade cristã através da comparação entre as ideias que ele julgava corretas em oposição ao que supostamente seus oponentes pregavam
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    O trânsito entre o comum e o ilustre : a (re)ocupação do norte do Paraná e o registro de experiências narradas no Museu Histórico de Londrina, década de 1970
    Silva, Taiane Vanessa da; Martinez, Cláudia Eliane Parreiras Marques [Orientador]; Julião, Letícia; André, Richard Gonçalves
    Resumo: A década de 197 foi cenário de mudanças e permanências que influenciaram o desenvolvimento da História oral, a museologia e o contexto histórico da cidade de Londrina-PR Nesse período, o Museu Histórico de Londrina “Pe Carlos Weiss” (MHL) iniciou a coleta de depoimentos orais, visando o registro de experiências narradas sobre a (re)ocupação de Londrina e do norte do Paraná Dessa forma, por meio desta pesquisa buscamos identificar e problematizar as percepções de museu, as seleções de memória e as construções de identidades presentes em parte dos primeiros depoimentos produzidos pelo MHL, na década de 197, tendo em vista o contexto no qual as entrevistas foram produzidas Nosso método de análise se pautou em não considerar apenas as narrativas de experiências, mas, também, as perguntas e o contexto que possibilitaram aqueles relatos A pesquisa mostrou a coexistência de percepções de museu que dialogam com a museologia da década de 197 e construções de identidades heterogêneas que foram apropriadas de acordo com o complexo contexto londrinense daquele período marcado por uma crise identitária Essa crise foi, por exemplo, o reflexo de problemas urbanos, sociais e econômicos relacionados, em especial, às dificuldades da produção cafeeira do norte do Paraná Naquele período, o MHL buscou, por meio de exposições e entrevistas, enquadrar memórias que corriam o risco de serem perdidas Percebemos também que a produção de depoimentos orais dos anos de 197 carecia de métodos delineados e teorias sitematizadas, pois a História oral moderna amadureceu a partir da década de 198 Logo, os depoimentos orais refletem representações do passado e as circunstâncias do momento em que foram narrados
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    A construção do discurso ecológico do MST nos Cadernos de Formação (1984-2000)
    Constante, Darcio Cesar; Arruda, Gilmar [Orientador]; Borges, Maria Celma; Rolim, Rivail Carvalho
    Resumo: Este trabalho tem por objetivo o estudo do processo de incorporação do discurso ecológico pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), através principalmente da análise dos Cadernos de Formação produzidos pelo Movimento desde 1984, ano de sua fundação Por ser o MST um movimento social de amplitude nacional, os Cadernos de Formação se tornaram uma das importantes ferramentas para dispersão de informação, de demanda e de construção de ideais dentro do Movimento Desde sua fundação, a luta do MST é por acesso à terra No entanto, a maneira de olhar para a terra, justificar sua necessidade e produzir nela, foram sofrendo alterações no decorrer dos anos, até que em 2, no seu IV Congresso Nacional, o MST assumiu a Agroecologia como bandeira de luta política Este trabalho analisa as relações que o MST teve com o contexto histórico da Revolução Ambientalista e apresenta evidências de como estas relações podem ter influenciado na construção do discurso ecológico do Movimento
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    A "geada negra" de 1975 em Londrina-PR : de evento climático a lugar de memória
    Oliveira, Caroline da Silva; Arruda, Gilmar [Orientador]; Carvalho, Alessandra Izabel de; Proença, Wander de Lara
    Resumo: A presente Dissertação tem como objetivo analisar o evento climático, ocorrido em 1975, que ficou conhecido como “geada negra” A geada ocorreu na madrugada do dia 18 de Julho de 1975 e atingiu diversas regiões agrícolas, principalmente o norte do Paraná, local em que se concentravam as plantações de café, uma das principais culturas afetadas pelo evento climático Apesar de a região ser frequentemente atingida por geadas, a de 1975 foi considerada a pior de todos os tempos, sendo narrada como responsável pelo fim da cafeicultura e por impulsionar a transformação da agricultura na região No primeiro capítulo faremos uma analise histórica sobre a cafeicultura e os temas que permeiam as transformações no campo na década de 196 e 197, buscando compreender que a geada de 1975 não é um evento isolado, mas está inserida em um contexto histórico mais amplo Sendo assim, é relevante repensar a responsabilidade atribuída à geada pelo fim de uma cultura que já vinha se transformando e sendo substituída durante toda a década de 196 No segundo capítulo analisaremos reportagens publicadas pelo jornal Folha de Londrina, que durante o período de Julho a Setembro de 1975 buscou acompanhar os desdobramentos da geada e iniciou o processo de construção da narrativa em torno do evento climático, conduzindo a cafeicultura nos moldes tradicionais para os lugares de memória Posteriormente, no terceiro capítulo, as reportagens do jornal Folha de Londrina serão analisadas a partir das efemérides históricas, no período de 1, 25 e 4 anos após o evento climático A narrativa que transforma o evento climático em desastre é reafirmada ano após ano, dessa forma, buscaremos evidenciar os sentidos atribuídos à geada pelo jornal ao longo do período histórico
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    Ensino e aprendizagem histórica : narrativas de jovens sobre protagonismo político
    Moura, Jéssica Christina de; Cainelli, Marlene Rosa [Orientador]; Ramos, Márcia Elisa Teté; Noda, Marisa
    Resumo: As produções no campo da Educação Histórica tornam possível ao pesquisador/professor romper com o tradicional ensino de História Ao investigar a maneira como jovens alunos aprendem história, possibilitamos também compreender como pensam e expressam no meio social a vivência de tais conhecimentos Ensinar história na perspectiva do trabalho com a consciência histórica pode promover, em sua essência, a compreensão de que o poder e suas esferas estão além do que partilhamos nos livros didáticos O objeto de nossa investigação, a partir dessas perspectivas, é o trabalho com narrativas de alunos da terceira série do Ensino Médio ligadas ao protagonismo políticos de jovens, analisando suas narrativas sobre momentos históricos em manifestações públicas, como no movimento dos Caras Pintadas em 1992 e nas Jornadas de Junho em 213 A partir do referencial teórico de Alves (211), Barca (21), Cainelli (29), Gago (212), Lee (26) e Schmidt (29) aprofundou-se a discussão sobre a aprendizagem histórica por meio do tema político Propõe-se, também, uma análise das narrativas sobre o protagonismo em meio a uma história de conflito: a Ditadura Militar Brasileira Esta pesquisa emprega a metodologia de caráter qualitativo, fundamentada na metodologia da Grounded Theory, pautada em autores como Charmaz (29), Strauss e Glaser (1967), Fernandes e Maia (21) e Gago (27) Esse tipo de metodologia focaliza nas experiências de seus indivíduos para compreender seu mundo Ademais, realizaram-se dois estudos exploratórios: um piloto e outro principal, investigando como essas experiências dos indivíduos pesquisados podem orientar a construção da consciência histórica de jovens alunos
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    Da cerâmica arqueológica Itararé-Taquara à cestaria Kaingang : um estudo a partir de uma perspectiva interdisciplinar sobre a trajetória Jê no baixo Tibagi, Paraná
    Menegusso, Maquieli Elisabete; Martinez, Cláudia Eliane Parreiras Marques [Orientador]; Mota, Lúcio Tadeu; Amaral, Wagner Roberto do
    Resumo: A história da região norte do Paraná, como é habitualmente referida pelos discursos do pioneirismo e do vazio demográfico, dificulta a compreensão do papel e da importância das populações indígenas na sua formação histórica e na construção de sua identidade cultural Através da metodologia etno-histórica, interessa-nos buscar uma melhor compreensão sobre a ocupação kaingang na região do baixo Tibagi, a fim de desconstruir o discurso do vazio demográfico que por décadas foi referência para estudos sobre a história local Ao mesmo tempo, constitui-se em uma tentativa de compreender a sociedade kaingang no que se refere à sua produção material, representada aqui pela cerâmica e pela cestaria, com vistas a refletir sobre as transformações ou mesmo sobre o abandono de algumas técnicas após o contato com as sociedades envolventes As fontes serão baseadas em bibliografias acerca do tema proposto, pesquisa museográfica a partir de análise das coleções de objetos representativos da cultura Kaingang do Museu Histórico de Londrina Pe Carlos Weiss e do Museu Histórico de Cambé e pesquisa etnográfica, a partir de visitas na Terra Indígena Apucarana, localizada entre os municípios de Londrina e Tamarana, Paraná, para observação direta e coleta de testemunhos orais A pesquisa museográfica em conjunto com os dados coletados em campo nos revelam a dinâmica da produção artesanal, onde ficam evidentes as reelaborações, circularidades e permanências culturais Além disso, comprovam a presença Kaingang na região desde muito tempo antes da chegada dos colonizadores europeus Reconhecer esta presença não é invalidar toda a história que veio depois, mas mostrar a visão de que os indígenas também fazem parte do processo de povoamento da região do baixo Tibagi