Adaptação transcultural e avaliação das propriedades psicométricas da versão brasileira do Neurological Fatigue Index for Multiple Sclerosis (NFI-MS/BR)

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Resumo: Introdução: A fadiga constitui o sintoma mais frequente e incapacitante na esclerose múltipla (EM) Entretanto, sua avaliação é limitada pela carência e falhas psicométricas dos instrumentos disponíveis O questionário Neurological Fatigue Index for multiple sclerosis (NFI-MS) avalia a fadiga na EM de forma específica, sendo desenvolvido e validado de acordo com os parâmetros psicométricos preconizados, porém, está disponível somente no contexto cultural-idiomático britânico e holandês Objetivo: adaptar transculturalmente o questionário NFI-MS para a língua portuguesa e cultura brasileira, bem como avaliar suas propriedades psicométricas para avaliação da fadiga em indivíduos com EM Metodologia: A versão brasileira do NFI-MS (NFI-MS/BR) foi desenvolvida por meio de processo de tradução, retrotradução, revisão de um comitê de especialistas e teste de campo em 3 indivíduos com EM Na análise psicométrica foram avaliados 21 indivíduos Os 3 primeiros indivíduos foram submetidos à aplicação do NFI-MS/BR pelos entrevistadores A e B no mesmo dia e reteste após 7 dias, pelo entrevistador A Os demais 18 indivíduos responderam os seguintes questionários: escala de severidade da fadiga, escala modificada de impacto da fadiga, escala de impacto da EM, escala de sono de Epworth e índice de qualidade de sono de Pittsburgh administrados pelo entrevistador B com reaplicação mensal do NFI-MS/BR durante mais 18 dias pelo entrevistador A Foram avaliadas as propriedades psicométricas de qualidade dos dados, confiabilidade (consistência interna (coeficiente a de Cronbach), estabilidade teste-reteste (coeficiente de correlação intraclasse (CCI)) e concordância (teste Bland-Altman)), validade de constructo entre o NFI-MS/BR e os outros instrumentos (correlação de Spearman (rho), com hipóteses previamente definidas), sensibilidade, especificidade, responsividade, exame de dimensionalidade e calibração A análise dos dados foi realizada utilizando os programas SPSS®, MedCalc® e RUMM® Resultados: A adaptação transcultural gerou a versão NFI-MS/BR que manteve o número de itens, domínios, alocação dos itens, formato e padrões de respostas idêntico à versão original (NFI-MS) Não houve efeito ceiling e floor O coeficiente a de Cronbach apresentou valores > ,8 e < ,9, demonstrando excelente consistência interna A reprodutibilidade demonstrou excelente concordância na avaliação intra e interavaliador com CCI de ,95 e ,94 e diferença de média de -,83 e ,86, respectivamente A validade de constructo (rho) foi confirmada na maioria das correlações Os escores do NFI-MS/BR, durante as 7 entrevistas, foram similares (P = ,868) O ponto de corte do NFI-MS/BR foi definido como = 29,5 pontos indicativo de fadiga (86,8% de sensibilidade, 28,9% de 1- especificidade) (P < ,1) Na análise Rasch, os itens foram ordenados, nenhuma dependência foi demonstrada sendo confirmadas a confiabilidade, qualidade dos dados e unidimensionalidade O viés foi observado somente para a variável país e para um item, porém com pequena magnitude Conclusão: O NFI-MS/BR é o primeiro instrumento específico e disponível no Brasil ajustado ao modelo de Rasch Ele satisfaz os parâmetros clássicos e modernos de avaliação da fadiga sendo clinicamente viável, válido e confiável para avaliar indivíduos Brasileiros com EM

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Palavras-chave

Esclerose múltipla, Fadiga, Questionário NFI-MS/BR, Propriedades psicométricas, Estudos de validação, Multiple sclerosis, Fatigue, Psychometric properties

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