Atividade física na vida diária em adultos : valores de referência de passos por dia para uma população brasileira, perfil e fatores correlatos em estudantes universitários

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Proença, Mahara-Daian Garcia Lemes

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Resumo: Introdução: Valores de referência determinam o que é padrão para uma determinada população Até o momento não há informação com relação aos valores esperados de passos/dia na população brasileira adulta Adicionalmente, ainda com relação à medida objetiva da atividade física na vida diária (AFVD), observa-se que no âmbito nacional algumas populações ainda não foram estudadas em profundidade, como é o caso de jovens adultos universitários Apesar deste ser reconhecidamente um período crítico de transição, a literatura científica ainda não apresenta evidências sólidas quanto ao perfil e fatores correlatos da atividade física de estudantes universitários Objetivos: Fornecer valores de referência para passos/dia em adultos brasileiros; quantificar o nível AFVD de estudantes universitários e investigar seus fatores correlatos Métodos: No primeiro estudo, 29 indivíduos aparentemente saudáveis, de 2 a 79 anos de idade, foram avaliados quanto à AFVD por meio de pedômetro durante sete dias, tiveram seu peso e altura medidos e o índice de massa corpórea (IMC) calculado No segundo estudo, 221 alunos de diferentes centros de uma universidade pública do estado do Paraná (Brasil) fizeram uso de um pedômetro, durante sete dias para avaliação do nível de atividade física, e foram avaliados quanto à aptidão cardiorrespiratória (2m Shuttle Run Test –2mSRT), qualidade de vida (QV – SF-36), presença de sintomas de ansiedade (IDATE) e depressão (BECK) Resultados: Adultos brasileiros andaram 7729 (7332-8258) passos/dia [mediana (intervalo interquartílico)] Um modelo de regressão múltipla mostrou que sexo e idade explicaram 68% da variância de passos/dia (P<,1), permitindo assim a equação de predição derivada para a população brasileira: Passos/diapred=9241349-(38414*idade)+(682612*sexo), onde sexo masculino=1, e feminino=) No segundo artigo, 6% dos universitários foram classificados como fisicamente ativos (>8 passos/dia) Em geral, a amostra apresentou boa aptidão física e QV, presença de sintomas moderados de ansiedade e mínimos de depressão Nível mais baixo de atividade física na vida diária se associou moderadamente com pior aptidão física (VO2max [r=,42], VO2%pred [r=,41] e distância atingida no 2mSRT [r=,43]; P<1 para todos), e fracamente com piores sintomas de ansiedade (r=-,2; P=,4) e pior QV nos domínios capacidade física, aspectos físico e saúde mental (r=,21, ,15 e ,2, respectivamente; P<,5 para todos) A distância percorrida no 2mSRT foi o único factor preditor do número de passos/dia, embora tenha explicado apenas uma pequena proporção da sua variância (2%) Conclusões: A variância do número de passos/dia de adultos brasileiros pode ser explicada em 68% pela idade e sexo Com base nessas variáveis, uma equação para predição de valores de referência para passos/dia foi proposta Quanto ao nível de atividade física de estudantes universitários, a maioria destes pode ser considerada como fisicamente ativa de acordo com o número de passos/dia Aptidão cardiorrespiratória, sintomas de ansiedade e qualidade de vida são fatores correlatos do número de passos/dia nestes jovens adultos

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Palavras-chave

Exercícios físicos, Valores de referência (Medicina), Aptidão física em jovens, Health aspects, Reference values (Medicine), Physical activity

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