Análise de polimorfismos genéticos das enzimas de metabolização GSTM1, GSTT1 e NQO1 : possíveis implicações na suscetibilidade, prognóstico e resposta terapêutica a curto prazo do câncer de mama

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Resumo: Câncer de mama, doença incomum antes dos 35 anos, mas de incidência crescente após esta idade, é a principal neoplasia entre as mulheres no mundo No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima para 214 o surgimento de 5712 novos casos com 13225 óbitos Durante a evolução, a espécie humana se tornou capaz de metabolizar um grande número de compostos químicos que podem causar danos à saúde O equilíbrio entre as taxas de absorção e eliminação destes compostos tem um papel importante na prevenção de danos no DNA e, consequentemente, no desenvolvimento tumoral Polimorfismos em enzimas que promovem conjugação, fundamentais na homeostasia celular, como as glutationa-S-transferases (GSTs), e seu papel na suscetibilidade a diversas neoplasias têm sido extensivamente investigados Dentre os genes desta superfamília mais investigados encontram-se GSTM1 e GSTT1, os quais são polimórficos por deleção As quinonas são uma classe de compostos orgânicos derivados de hidrocarbonetos aromáticos, encontradas em vários sistemas biológicos Envolvida no metabolismo das quinonas, a enzima NAD(P)H:quinonaoxidorredutase 1 (NQO1) é uma redutase que participa na proteção contra efeitos tóxicos de drogas anti-cancerígenas, realiza a ativação de certas quinonas antitumorais e está envolvida na defesa contra formas reativas de oxigênio O gene que codifica para esta enzima (NQO1) possui um polimorfismo genético de base única (C69T) (rs18566) que ocasiona a perda de sua função Como as enzimas codificadas pelos genes acima descritos são importantes para a homeostasia celular, torna-se claro que a ausência ou diminuição de suas atividades pode levar a um aumento na toxicidade e na suscetibilidade ao desenvolvimento de tumores malignos, como aqueles da mama Dentro deste contexto, este trabalho objetivou analisar mutações nos genes GSTM1, GSTT1 e NQO1 em pacientes com câncer de mama e em controles livres de neoplasia mamaria na busca por marcadores relacionados à suscetibilidade, prognóstico e resposta terapêutica Amostras de sangue periférico de 121 pacientes com diagnóstico confirmado e de 151 controles, tiveram seus DNAs genômicos extraídos e amplificados por reação em cadeia da polimerase (PCR) Multiplex ou seguida por análise do fragmento de restrição (RLFP) Os resultados foram analisados em gel de poliacrilamida 1% e corados com nitrato de prata A análise do estudo de associação foi realizada através do cálculo da Odds Ratio (OR), com Intervalo de Confiança a 95% (IC=95%) e para a comparação entre os parâmetros histopatológicos, clínicos, de prognóstico e terapia com os dados genéticos foram utilizados os testes Qui-Quadrado de Pearson e correlação de Spearman O estudo de associação caso-controle não indicou associações positivas ou negativas entre a presença das variantes polimórficas e a suscetibilidade ao câncer de mama Também não foram observadas diferenças nas distribuições genotípicas quando foram avaliados os parâmetros prognósticos (grau nuclear, tamanho de tumor, presença de metástase em linfonodo e/ou à distância e subtipos caracterizados segundo o perfil de imunohistoquímica) Adicionalmente, os parâmetros relacionados com resposta terapêutica (sobrevida e recidiva) também não demonstraram resultados significativos após um período de seguimento a curto prazo (18 meses) Deste modo, na amostra do presente trabalho, os genes GSTM1, GSTT1 e NQO1 não se mostraram candidatos a marcadores moleculares de suscetibilidade, prognóstico ou sobrevida no câncer de mama

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Mamas, Câncer, Polimorfismo (Genética), Enzimas, Glutationa, Breast, Genetic polymorphisms, Glutathione, Cancer

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