Associação do polimorfismo genético do fator de necrose tumoral (TNF) BETA +252 G>A (rs909253) com os níveis plasmáticos de TNF-ALFA e com autoanticorpos em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico em atividade

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Sekiguchi, Bruno Alexandre

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Resumo

Resumo: Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune inflamatória crônica de origem multifatorial cuja etiologia inclui fatores genéticos, hormonais e ambientais Os genes do Fator de Necrose Tumoral (TNF)-a e TNF-ß são candidatos importantes na resposta inflamatória, estão próximos entre si e localizados dentro do locus que compõem o Antígeno Leucocitário Humano de classe III que está localizado no braço curto do cromossomo 6 A fisiopatologia do LES caracteriza-se pela produção de autoanticorpos contra inúmeras estruturas nucleares O polimorfismo TNF-ß (rs99253) na posição +252 no primeiro intron, consistindo de uma base guanina, caracteriza o alelo B1 e uma adenina caracteriza o alelo B2 +252 G>A Esse polimorfismo de nucleotídeo único que tem sido associado com alterações nos níveis de TNF-a e falha na regulação de sua síntese, em locais de lesão imunológica, leva à ativação crônica das células da resposta imunes que potencialmente causam dano tecidual Objetivo: Avaliar a associação entre o polimorfismo TNF-ß +252 G>A (rs99253) com a susceptibilidade ao LES, níveis plasmáticos de TNF-a e a presença de autoanticorpos em pacientes com LES em atividade Método: Este estudo caso-controle incluiu 195 pacientes com LES atendidos pelo Ambulatório de Reumatologia do Hospital Universitário de Londrina e 226 indivíduos saudáveis (controles) da mesma área geográfica Os pacientes foram diagnosticados de acordo com os critérios propostos pelo Colégio Americano de Reumatologia em 1997 A atividade da doença foi determinada utilizando o escore SLEDAI e foi considerada doença em atividade quando SLEDAI =6 O polimorfismo genético foi estudado pelo método de reação em cadeia da polimerase seguido pelo polimorfismo do comprimento dos fragmentos de restrição (PCR-RFLP) Os níveis plasmáticos de TNF-a e dos autoanticorpos, anti-dsDNA (DNA de dupla fita), anti-SSA/Ro, anti-SSB/La, anti-Smith (anti-Sm), anti-URNP e anti-nucleossoma, foram determinados pelo ensaio de imunoabsorção ligado em enzima Os níveis séricos dos componentes C3 e C4 do sistema complemento foram determinados por turbidimetria Resultados: Não foram observadas diferenças entre pacientes e controles na frequência alélica e na distribuição de genótipos quando avaliados nos modelo aditivo e modelo recessivo Pacientes com genótipo B2/B2 apresentaram maiores níveis plasmáticos de TNF-a (p=,4) quando comparados ao grupo com a presença do alelo B1 No entanto, após a correção para idade, sexo, índice de massa corpórea (IMC), tratamento e atividade da doença, os níveis de TNF-a não permaneceram associados ao genótipo B2/B2 Somente pacientes portadores de genótipo B2/B2 com doença em atividade apresentaram níveis mais elevados de anti-dsDNA e anti-Sm e baixos níveis de C4, independentemente dos dados demográficos, clínicos e laboratoriais Além disso, pacientes com genótipo B2/B2 e com a presença de anti-dsDNA (OR:4,5, IC 95%: 1,61-12,54), anti-Sm (OR:16,87, IC 95%: 1,97-44,38) ou ambos (OR:12,23, IC 95%: 1,4-46,86), foram independetemente associados a doença em atividade, independentemente dos dados demográficos e clínicos Conclusão: O polimorfismo do TNF-ß +252 G>A não foi associado à susceptibilidade ao LES, à atividade da doença e aos níveis plasmáticos de TNF-a e autoanticorpos em pacientes com LES No entanto, a interação entre doença em ativa e a presença do genótipo B2/B2 foi associada com os níveis de anti-dsDNA e anti-Sm

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Palavras-chave

Lúpus eritematoso sistêmico, Autoanticorpos, Polimorfismo (Genética), Lupus erythematosus, Systemic, Autoantibodies, Genetic polymorphisms

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