02 - Mestrado - Enfermagem
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Navegando 02 - Mestrado - Enfermagem por Assunto "Adolescente"
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Item Manifestações clínicas e fatores associados à ocorrência da covid-19 por < 14 anos: estudo caso-controle(2024-01-15) Desconsi, Denise; Zani, Adriana Valongo; Ferrari, Rosângela Aparecida Pimenta; Furtado, Marcela DemittoIntrodução: O Coronavírus 19 é uma doença infeciosa que toda população esteve exposta, incluindo a população infanto-juvenil. Objetivo: Analisar as manifestações clínicas e os fatores associados à ocorrência da COVID-19 em <14 anos hospitalizados em um hospital universitário da região norte do estado do Paraná. Método: Trata-se de um estudo que ocorreu em três etapas: 1) construção do protocolo da revisão de escopo; 2) revisão de escopo seguindo as recomendações do PRISMA-ScR. A busca foi realizada nas bases de dados Embase, Google Acadêmico, PubMed, Scopus, LILACS, CINAHL, Scielo, Web of Science e Portal da Biblioteca Virtual em Saúde, entre julho e agosto de 2023 e; 3) caso-controle pareado em <14 anos que deram entrada no serviço de Pronto Socorro Pediátrico, Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e Unidade de Internação Pediátrica de um Hospital Universitário público, que foram admitidas no período de junho de 2020 a dezembro de 2022. Considerou-se caso, crianças com COVID-19 positivo, e controle, crianças que testaram negativo para COVID-19, sendo para cada caso, um controle. A coleta de dados ocorreu de abril a de maio de 2023, por meio do Medview®?. Os dados foram analisados no pacote estatístico SPSS®, a análise incluiu a descrição da amostra, análise bivariada com teste Qui Quadrado de Pearson e os modelos múltiplos por meio da regressão logística binária pelo método de backward. Resultados: A revisão de escopo permitiu identificar 10 estudos, publicados na Itália, Estados Unidos da América, Brasil, Irã, Romênia, China e Rússia, sendo relatos de casos, estudos retrospectivos multicêntrico, coorte e transversal. Os estudos apontaram para origem dos sintomas gastrointestinais sendo, o receptor ECA 2 é encontrado nas células epiteliais do trato gastrointestinal e a entrada do SARS-CoV-2 nas células ocorre por essa via, dando origem as manifestações gástricas; os sintomas gastrointestinais são mediados pelo estresse e a infecção pelo vírus é justificada pelo desequilíbrio do eixo cérebro-intestino; e a COVID-19 desenvolve o processo de Síndrome Inflamatória Multissistêmica em crianças, afetando o trato gastrointestinal e desencadeando sintomas gastrointestinais. No caso-controle foram 243 casos e 243 controles, as variáveis associadas à ocorrência de COVID-19 foram, ser pardo, negro, amarelo e indígena, estar internado no pronto-socorro pediátrico, utilizar suporte ventilatório, sendo máscara de oxigênio e cateter nasal, fazer uso de antimicrobianos e corticosteroides. As variáveis presença de febre e anorexia, padrão respiratório não eupneico, com saturação entre 90 e 95%, presença de tosse, coriza e comorbidade, foram associadas ao desfecho. Verificou-se que o local de internação (emergência) uso de corticosteroides, anorexia, coriza e comorbidades foram os mais fortemente associados à chance de crianças apresentarem COVID-19. COVID-19. Conclusão: Em relação a revisão foi possível identificar que as principais manifestações clínicas apresentadas pela população pediátrica foram febre, diarreia, anorexia, vômito, náusea, dor abdominal e sangramento gastrointestinal, causadas pela ECA2, saúde mental e desenvolvimento da SIM-P. No estudo de caso controle os fatores associados à ocorrência de COVID-19 na população pediátrica, o local de internação, sintomas de anorexia e coriza, ter comorbidade, e estar em uso de corticoide estão associados à ocorrência da COVID-19.Item Oficinas sobre sexualidade e prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis para adolescentes do ensino médio(2023-12-13) Machado, Jessica Aparecida Massoni; Pimenta, Rosângela Aparecida; Zani, Adriana Valongo; Leite, Franciéle Marabotti Costa; Polita, Naiara BarrosIntrodução: A sexualidade na adolescência é marcada pela busca do autoconhecimento, desejos e sentimentos, a lacuna na educação sexual causa impactos na vida dos adolescentes, diante disso justifica-se a importância de realizar educação sexual no cenário escolar. Objetivo: Analisar o efeito no conhecimento e apreender a percepção dos adolescentes após a participação em oficinas sobre sexualidade e prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis. Método: Estudo quase-experimental do tipo qualitativo e quantitativo realizado em um Colégio Estadual localizado no norte do Paraná, no período de fevereiro a março de 2023, amostra por conveniência que resultou em 57 adolescentes do 3º ano do ensino médio. Para a etapa quantitativa aplicou-se questionário com questões fechadas com conteúdos relacionados aos temas desenvolvidos durante as oficinas (antes e após). Os dados foram digitalizados em planilha Excel® e analisados no SPSS® por meio de frequências absoluta e relativa, qui-quadrado de McNemar com correção de continuidade, adotou-se o nível de significância de p=0,05. Para a etapa qualitativa utilizou-se o grupo focal com 8 a 14 adolescentes mediante gravação e registro de campo, com duração de até 27 minutos. O referencial teórico-metodológico foi a Fenomenologia Social de Alfred Schutz para a construção das questões norteadoras “motivos por que” e “motivos a fim de”, bem como os pressupostos para a análise dos discursos. Resultados: Na etapa do estudo quantitativo dos 57 adolescentes participantes das oficinas, seis foram excluídos por não terem respondido o pós-teste, deste modo participaram 51 adolescentes. Do total, 64,7% do sexo feminino, 66,7% com 17 anos, cerca de 61% católicos, 53% raça branca e 96% solteiros. Houve diferenças estatisticamente significativas entre o pré e pós teste, observou-se um aumento de 43% do conhecimento dos adolescentes sobre o Vírus da Imunodeficiência Humana e Papilomavírus Humano. No pós-teste as adolescentes apresentaram maior conhecimento sobre o corpo feminino e masculino (63,6%) se comparado aos meninos, ao contrário ocorreu sobre métodos contraceptivos e Infecções Sexualmente Transmissíveis (81,8%). Já na vertente qualitativa, por meio do grupo focal participaram 57 adolescentes, emergiram os “motivos por que” quatro categorias: 1: O processo de adolescer na escola e em casa; 2: Sexualidade e estigma na adolescência; 3: Sexualidade e fontes de informações entre adolescentes; 4: Conhecimentos sobre sexualidade e prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis após a participação nas oficinas. Para os “motivos a fim de” as perspectivas dos adolescentes para prevenção de novos casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis. Conclusão: Após as oficinas sobre sexualidade e prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis houve aumento do conhecimento entre os adolescentes, bem como revelou que há uma carência na abordagem sobre sexualidade a essa população. Foi identificado nas falas dos adolescentes a dimensão da demanda familiar e educacional no que diz respeito a educação sexual, portanto torna-se necessário a disseminação do uso de oficinas nas escolas para favorecer um espaço de troca de conhecimento e aprendizagem para que estes possam vivenciar sua sexualidade de forma saudável e autocuidado para prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis. Também haja integração entre as instituições da saúde, da educação juntamente com a família para a efetiva prevenção e promoção da saúde no ambiente escolar.Item Perfil demográfico, clínico e desfechos em menores de 18 anos vítimas de queimaduras hospitalizados em centro especializado, Londrina, Paraná.(2021-12-14) Pimenta, Susany Franciely; Ferrari, Rosângela Aparecida Pimenta; Ferrari, Rosângela Aparecida Pimenta; Pieri, Flávia, Meneguetti; Toninato, Ana Paula ContieroIntrodução: A queimadura é responsável por elevadas taxas de morbimortalidade, e as crianças e os adolescentes são os mais vulneráveis. O tratamento, em geral, necessita de tempo prolongado de hospitalização, devido às intervenções clínico-cirúrgicas, aumentando a exposição às infecções. Além disso, pode resultar em sequelas funcionais e psicossociais. Objetivo: Analisar o perfil demográfico, clínico e os desfechos em menores de 18 anos vítimas de queimaduras hospitalizados em um centro especializado. Método: Trata-se de um delineamento do tipo coorte retrospectivo e transversal analítico, realizado entre janeiro de 2009 e dezembro de 2019, com vítimas de queimaduras menores de 18 anos hospitalizadas em um Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) de um hospital universitário público do estado do Paraná. A fonte de dados foram prontuários físicos e eletrônicos, sistema eletrônico do Laboratório de Análises Clínicas, planilhas de hospitalizações e fichas da Comissão de Controle Infecção Hospitalar. Os dados foram inseridos no IBM Software Statistical Package for the Social Science. Para a análise descritiva, utilizaram-se frequências absolutas e relativas; para as contínuas medidas da média, utilizaram-se mediana, desvio padrão e mínimo e máximo; para a análise multivariada e a Razão de Prevalência (RP), foi calculada a Regressão de Poisson com variância robusta, considerando o nível de significância p<0,05. Resultados: 591 crianças e adolescentes foram admitidos no CTQ nos 10 anos de estudo, destes, 404 evoluíram sem infecção e 187 adquiriram Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). As maiores vítimas de queimaduras foram as crianças de 2 a 6 anos (54,4%) e do sexo masculino (66%). Quase a totalidade dos acidentes ocorreu no domicílio (96,4%). Quanto aos agentes causais, houve diferença significativa entre as faixas etárias. O escaldo foi mais frequente entre os =11 anos (64,2%), enquanto a chama foi mais regular nos adolescentes (70,4%), sendo que elevado percentual apresentou Superfície Corpórea Queimada (SCQ) =10% (55,3%). A mediana do tempo de permanência no CTQ foi de 12 dias. No grupo que desenvolveu IRAS, houve associação estatística para as crianças de 2 a 6 anos, maior SCQ (= 25%), queimadura de 3° grau, agente causal por chama, tempo de hospitalização =15 dias, sendo que 127 (67,9%) necessitaram de cuidados intensivos e em 16 o desfecho foi o óbito (8,6%). As infecções mais frequentes foram as de pele e/ou de partes moles (31,2%) e Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (30,8%). Na análise microbiológica, os bacilos gram-negativos (80%) foram os mais frequentes, sendo os mais comuns: Acinetobacter baumannii (30,7%) e Pseudomonas aeruginosa (16,6%), com multirresistência aos antimicrobianos. Em relação à classe de antimicrobianos mais prescritos, identificaram-se a amicacina (18,0%), seguida da associação de piperacilina+ tazobactam (11,2%). Conclusão: As crianças com a faixa etária de 2 a 6 anos foram as vítimas mais vulneráveis aos acidentes por queimaduras e à aquisição de IRAS associadas à maior gravidade, ao maior tempo de hospitalização e ao óbito. O agente causal nesse grupo etário foi o escaldo, à medida que, nos adolescentes, foi a chama.Item Validação do Brisbane Burn Scar Impact Profile (BBSIP) para população de oito a 18 anos de idade e para seus pais.(2025-02-17) Silvestrim, Paola Ramos; Pimenta, Rosângela Aparecida; Zani, Adriana Valongo; Guanilo, Maria Elena Echevarría; Andrade, Larissa Ribeiro deIntrodução: As queimaduras podem gerar significativas limitações na saúde, e ainda, as cicatrizes provocadas podem influenciar na qualidade de vida do indivíduo. Necessita-se de pesquisas validadas no Brasil que possam avaliar a qualidade de vida relacionada com a cicatriz de queimadura em diferentes populações. Objetivo: Validar os construtos dos instrumentos Brisbane Burn Scar Impact Profile para crianças e adolescentes de oito a 18 anos e para os pais/cuidadores para a cultura brasileira. Método: Estudo quantitativo analítico realizado de Abril de 2020 a Julho de 2024. Os dados foram coletados de forma presencial e on-line com crianças e adolescentes de oito a 18 anos e seus pais/cuidadores, acompanhados no ambulatório do Centro de Tratamento de Queimados em um Hospital Universitário do Paraná e, em um Hospital de Santa Catarina. Para coleta de dados utilizou-se os seguintes instrumentos: Instrumento de caracterização da amostra; Versão brasileira do Brisbane Burn Scar Impact Profile para a população de oito a 18 anos; Versão brasileira do Brisbane Burn Scar Impact Profile para pais/cuidadores de maiores de oito anos; Escala de Avaliação Cicatricial (POSAS) e; Questionário da Qualidade de Vida Pediátrica Versão 4.0 (PedsQL™) relato de crianças e adolescentes e relato dos pais sobre o filho/a. Os dados foram tabulados no Microsoft Excel, analisados pelo Statistical Package for the Social Science e pelo Software Jamovi. A validade dos constructos foi avaliada pela Análise Fatorial Confirmatória, por meio do coeficiente Kaiser–Meyer–Olkin (KMO) e esfericidade de Bartlett. A confiabilidade analisada pelo coeficiente alfa de Cronbach, a estabilidade e reprodutibilidade utilizado o Coeficiente de Correlação Intraclasse para o teste/reteste, bem como correlações hipotéticas do Brisbane Burn Scar Impact Profile com POSAS e PedsQL™. Resultados: Participaram 131 crianças e adolescentes de oito a 18 anos que sofreram queimaduras de 2°/3° grau e com mais de 85% da superfície queimada epitelizada. A média de idade de 12 anos, por acidente doméstico, provocado sobretudo por escaldadura. Também participaram 129 pais/cuidadores, a maioria do sexo feminino, idade média de 38 anos, casados/união estável, com ensino médio completo e trabalho remunerado. O teste KMO das crianças e adolescentes foi de 0,75, enquanto que dos pais/cuidadores de 0,65, indicando tamanhos de amostra adequados, e o teste de esfericidade de Bartlett teve p-valor <0,05 em ambas populações. Nos dois instrumentos os coeficientes de alfa de Cronbach e Coeficiente de Correlação Intraclasse foram acima de 0,70. As médias dos domínios do Brisbane Burn Scar Impact Profile foram correlacionadas ao POSAS e PedsQL™ e consideradas com correlações positivas, por meio da validade convergente. A maioria dos itens apresentaram carga fatorial acima de 0,40 indicando itens importantes para os construtos. Conclusão: Os instrumentos Brisbane Burn Scar Impact Profile são válidos para uso no Brasil por meio da Análise Fatorial Confirmatória e contribuem para a avaliação da Qualidade de Vida Relacionada à Saúde. Sugere-se a continuidade desta pesquisa abordando a Análise Fatorial Exploratória para torná-los ainda mais coerentes e objetivos.