Oficinas sobre sexualidade e prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis para adolescentes do ensino médio

Data

2023-12-13

Autores

Machado, Jessica Aparecida Massoni

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Resumo

Introdução: A sexualidade na adolescência é marcada pela busca do autoconhecimento, desejos e sentimentos, a lacuna na educação sexual causa impactos na vida dos adolescentes, diante disso justifica-se a importância de realizar educação sexual no cenário escolar. Objetivo: Analisar o efeito no conhecimento e apreender a percepção dos adolescentes após a participação em oficinas sobre sexualidade e prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis. Método: Estudo quase-experimental do tipo qualitativo e quantitativo realizado em um Colégio Estadual localizado no norte do Paraná, no período de fevereiro a março de 2023, amostra por conveniência que resultou em 57 adolescentes do 3º ano do ensino médio. Para a etapa quantitativa aplicou-se questionário com questões fechadas com conteúdos relacionados aos temas desenvolvidos durante as oficinas (antes e após). Os dados foram digitalizados em planilha Excel® e analisados no SPSS® por meio de frequências absoluta e relativa, qui-quadrado de McNemar com correção de continuidade, adotou-se o nível de significância de p=0,05. Para a etapa qualitativa utilizou-se o grupo focal com 8 a 14 adolescentes mediante gravação e registro de campo, com duração de até 27 minutos. O referencial teórico-metodológico foi a Fenomenologia Social de Alfred Schutz para a construção das questões norteadoras “motivos por que” e “motivos a fim de”, bem como os pressupostos para a análise dos discursos. Resultados: Na etapa do estudo quantitativo dos 57 adolescentes participantes das oficinas, seis foram excluídos por não terem respondido o pós-teste, deste modo participaram 51 adolescentes. Do total, 64,7% do sexo feminino, 66,7% com 17 anos, cerca de 61% católicos, 53% raça branca e 96% solteiros. Houve diferenças estatisticamente significativas entre o pré e pós teste, observou-se um aumento de 43% do conhecimento dos adolescentes sobre o Vírus da Imunodeficiência Humana e Papilomavírus Humano. No pós-teste as adolescentes apresentaram maior conhecimento sobre o corpo feminino e masculino (63,6%) se comparado aos meninos, ao contrário ocorreu sobre métodos contraceptivos e Infecções Sexualmente Transmissíveis (81,8%). Já na vertente qualitativa, por meio do grupo focal participaram 57 adolescentes, emergiram os “motivos por que” quatro categorias: 1: O processo de adolescer na escola e em casa; 2: Sexualidade e estigma na adolescência; 3: Sexualidade e fontes de informações entre adolescentes; 4: Conhecimentos sobre sexualidade e prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis após a participação nas oficinas. Para os “motivos a fim de” as perspectivas dos adolescentes para prevenção de novos casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis. Conclusão: Após as oficinas sobre sexualidade e prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis houve aumento do conhecimento entre os adolescentes, bem como revelou que há uma carência na abordagem sobre sexualidade a essa população. Foi identificado nas falas dos adolescentes a dimensão da demanda familiar e educacional no que diz respeito a educação sexual, portanto torna-se necessário a disseminação do uso de oficinas nas escolas para favorecer um espaço de troca de conhecimento e aprendizagem para que estes possam vivenciar sua sexualidade de forma saudável e autocuidado para prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis. Também haja integração entre as instituições da saúde, da educação juntamente com a família para a efetiva prevenção e promoção da saúde no ambiente escolar.

Descrição

Palavras-chave

Adolescente, Infecções Sexualmente Transmissíveis, Sexualidade, Ensino fundamental e médio, Educação Sexual, Enfermagem pediátrica

Citação