02 - Mestrado - Análise do Comportamento
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Item Avaliação de um programa informatizado de capacitação para mães de crianças com necessidades educacionais especiaisMello, Hellen Cristine Machado de; Fornazari, Silvia Aparecida [Orientador]; Moura, Cynthia Borges de; Gon, Márcia Cristina CasertaResumo: A capacitação de pais tem sido indicada de forma expressiva na literatura das ciências do comportamento, com o objetivo de implementar novas habilidades que contribuam para criar um repertório mais adaptativo para as crianças que apresentam dificuldades de ordem social, afetiva ou cognitiva Tem se mostrado como uma abordagem efetiva no tratamento de comportamentos problema de crianças, incluindo comportamento opositor e agressividade Compreendendo a importância da criança com dificuldades em se adaptar as demandas do ambiente e ter maiores chances de se desenvolver afetiva, social e intelectualmente, esse projeto teve o objetivo de capacitar mães de crianças com necessidades educacionais especiais e que apresentam comportamentos problema A capacitação foi realizada por meio de um instrumento informatizado, o software Ensino, que contém conceitos e princípios da Análise do Comportamento Participaram desse estudo quatro mães O procedimento constou de avaliação inicial, intervenção com o software e avaliação final Avaliações iniciais e finais foram realizadas através de filmagem de interação lúdica mãe/criança, entrevista semi estruturada e preenchimento de protocolo de avaliação A Intervenção com o software, ocorreu em média de 7,75 sessões, de 6 minutos Para análise dos resultados foi realizada uma comparação dos dados das avaliações iniciais e finais As análises qualitativas dos resultados das participantes indicam que o Programa de Capacitação de pais por meio de instrumento informatizado foi eficiente no ensino de princípios e procedimentos da Análise do Comportamento Observou-se pelos resultados com algumas mães, generalização dos conhecimentos para um manejo melhor dos comportamentos, porém nem todas conseguiram se beneficiar totalmente da capacitação, embora o programa de capacitação tenha demonstrado que pode ter contribuído para a redução da gravidade destes comportamentos problema Esse programa de capacitação por meio de software apresenta necessidade de ser testado em uma população maior, com amostra que possa trazer resultados mais conclusivos Os resultados alcançados neste primeiro estudo levantam questões que podem gerar outros estudos, com enfoques diferentes sob o mesmo instrumentoItem Walden II : o jardim de Skinner : Uma discussão epicurista sobre a boa vida na utopia skinnerianaTamura, Thais Tiemi; Lopes, Carlos Eduardo [Orientador]; Laurenti, Carolina; Hidalgo, MatheusResumo: O objetivo desta pesquisa foi averiguar o alcance de uma interpretação epicurista da boa vida em Walden II Para isso, esta pesquisa, de natureza conceitual, problematizou essas relações por meio da realização de três etapas sucessivas: (I) definição de boa vida na filosofia de Epicuro; (II) definição de boa vida em Walden II; (III) identificação de aproximações e distanciamentos da boa vida em Epicuro e Walden II Para a execução do estudo os textos de Epicuro foram analisados por meio do Procedimento de Interpretação Conceitual de Texto; também foram utilizados livros de comentadores que se mostrarem pertinentes ao desenvolvimento do estudo Além disso, foi realizada a leitura da obra Walden II na língua vernácula a fim de detectar as discussões de conceitos elencados durante as análises dos textos de Epicuro, de modo a estabelecer uma comparação sistemática entre a noção epicurista de boa vida e a proposta de Walden II Com base nos textos resultados da etapa 1 e 2, foi elaborado um intertexto sobre as eventuais aproximações e distanciamentos entre Epicuro e Skinner no tocante às características de uma boa vida Constatou-se que a noção de boa vida presente na filosofia de Epicuro e em Walden II apresentam elementos comuns, tais como a presença de recursos necessários para a sobrevivência, a saúde do corpo, a tranquilidade, o tempo livre, o desfrute da amizade e de prazeres frugais No entanto, a boa vida de Walden II se diferencia da boa vida epicurista em alguns aspectos éticos e políticos Uma análise pormenorizada de Walden II e da filosofia epicurista pode lançar luz aos elementos que comporiam uma definição de boa vida que não comprometa o futuro das próximas gerações; sem, com isso, abdicar do prazer e desfrute da vidaItem Análise do comportamento e esporte : capacitação comportamental com uso de feedbackBelineli, Lays Fernanda; Gil, Silvia Regina de Souza Arrabal [Orientador]; Cillo, Eduardo Neves Pedrosa di; Costa, Carlos EduardoResumo: A psicologia no esporte, como estudo e prática, aplica-se a uma extensa faixa populacional e é um campo que possui muitos temas a serem investigados, entre eles cita-se a interação entre treinador e atleta A importância do treinador remete-se a maneira de estruturar a situação esportiva, as metas estabelecidas e os valores transmitidos, os quais podem influenciar não só a participação da criança no esporte, como em outras áreas da vida Assim, para ser um bom treinador, o indivíduo além de saber o que ensinar aos atletas deve saber como ensinar Nesse aspecto a Análise do Comportamento pode contribuir com orientações comportamentais que visem instrumentalizar o treinador a ensinar da maneira mais adequada e eficiente Deste modo, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a efetividade de um procedimento de capacitação comportamental com uso de feedback sobre os comentários emitidos por treinadores de futebol de categorias de base durante treinos Participaram da pesquisa três treinadores da categoria sub 13 de escolinhas de futebol de uma cidade do estado do Paraná A linha de base consistiu na gravação em áudio e transcrição dos comentários dos treinadores durante os treinos A intervenção com os treinadores foi realizada em duas etapas – capacitação comportamental (Etapa 1) e feedback (Etapa 2) Na Etapa 1 foram realizadas sessões de orientação comportamental, nas quais foram discutidos alguns temas relacionados a interação entre treinador e atleta e em uma sessão foi utilizado um manual que trabalha questões relacionadas à importância do uso de reforço e efeitos colaterais da punição no esporte Na Etapa 2 a pesquisadora forneceu feedback aos treinadores, durante os treinos, a respeito dos comentários emitidos por eles Para isso utilizou um clicker para sinalizar quando os treinadores emitissem comentários adequados de acordo com a capacitação comportamental Os resultados mostraram que as instruções são as categorias com maior taxa de emissão, o que é compatível com a função de ensinar Porém, mesmo com a ênfase dada às instruções completas durante a capacitação e o feedback, as instruções parciais foram mais frequentes Houve aumento, ainda, na taxa de comentários categorizados como elogio parcial e elogio completo Apesar do aumento os resultados não se mantiveram indicando que o procedimento empregado deve ser revisto em estudos futurosItem Acompanhamento Terapêutico : características de classes de comportamentos constituintes dessa atuação do psicólogo no BrasilBeltramello, Otávio; Kienen, Nádia [Orientador]; Fornazari, Sílvia Aparecida; Kubo, Olga MitsueResumo: O termo Acompanhamento Terapêutico tem resultado em definições na área da Psicologia que indicam a necessidade de mais investigação sobre os comportamentos do psicólogo envolvidos com a prestação desse serviço A produção científica sobre o Acompanhamento Terapêutico, embora variada e diversa, pouco tem contribuído para a formulação de uma definição consensual do que caracteriza esse tipo de serviço O objetivo desta pesquisa consiste em caracterizar as classes de comportamentos constituintes do Acompanhamento Terapêutico como um subcampo de atuação do psicólogo no Brasil Para isso a pesquisa foi organizada em dois estudos O Estudo 1 teve por objetivo caracterizar de forma crítica diferentes contribuições da Psicologia e da Análise do Comportamento para a definição de Acompanhamento Terapêutico, problematizando características que têm sido utilizadas em suas definições no Brasil Verificou-se que o Acompanhamento Terapêutico tem sido definido por meio do uso de metáforas e como um serviço necessariamente subordinado ao trabalho do psicólogo clínico Já o Estudo 2 teve como objetivo caracterizar as classes de comportamentos constituintes do Acompanhamento Terapêutico como um subcampo de atuação de psicólogos, por meio de análise da literatura especializada onde foram identificadas, partir da perspectiva analítico-comportamental, as classes de comportamentos constituintes do Acompanhamento Terapêutico O conceito de comportamento como um complexo sistema de relações entre classes de estímulos antecedentes, classes de respostas e classes de estímulos consequentes foi considerado como base para identificar essas classes de comportamentos A identificação foi feita a partir de um procedimento constituído por 4 etapas que permitiu identificar, avaliar e corrigir a linguagem que tem sido utilizada para se referir às classes de comportamentos Foram identificadas 911 classes de comportamentos, que foram (re)nomeadas e organizadas em uma lista e estão categorizadas de acordo com seus componentes, o que possibilitou questionar definições em que o acompanhante terapêutico é subordinado a outro profissional, ou que o aproximam às funções que são realizadas por estagiários, ou como sendo um profissional responsável exclusivamente por uma modalidade de atuação Defende-se que utilizar recursos conceituais e tecnológicos derivados da Análise do Comportamento e especificamente da Programação de Ensino, parece sinalizar uma alternativa para definir mais claramente o “perfil” do acompanhante Terapêutico Por fim, a presente pesquisa poderá contribuir com a produção de um conhecimento que poderá favorecer o desenvolvimento da profissão e do ensino de PsicologiaItem Uma possível explicação do "apego" sob o enfoque analítico-comportamentalHenrique, Caroline Audibert; Gon, Márcia Cristina Caserta [Orientador]; Regra, Jaíde Aparecida Gomes; Melo, Camila Muchon deResumo: O Apego tem sido um tema frequentemente estudado com o objetivo de compreender a importância do vínculo inicial da criança com um adulto como fator de desenvolvimento saudável Bowlby, em 1969, formulou a “Teoria do Apego”, na qual esse fenômeno é resultado da ação de um sistema comportamental regulador de segurança presente no bebê com a finalidade de buscar proximidade com uma figura específica, denominada de figura de apego A literatura mostra que a capacidade de emitir comportamentos de apego do bebê foi selecionada filogeneticamente por seu valor de sobrevivência Existem várias pesquisas relacionadas ao tema “Apego” (Attachment), mas muitas delas são conduzidas sob o enfoque de teorias psicológicas diferentes a respeito do desenvolvimento humano, como, por exemplo, a psicanalítica e a cognitiva Existe também o interesse pelo assunto por áreas da Biologia, como a Etologia e a Neurobiologia Contudo, poucos estudos em Análise do Comportamento abordam esse tema Se um suposto sistema comportamental inato depende da presença de um ambiente e de um aparato biológico que permitam sua ocorrência, a análise do fenômeno pode ser mais completa por meio da aproximação da Psicologia do Desenvolvimento e da Análise do Comportamento O presente trabalho teve por objetivo analisar os aspectos principais da explicação de Bowlby sobre o apego em uma perspectiva analítico-comportamental, caracterizando-se como uma pesquisa conceitual Para tanto, ele ocorreu em sete passos: 1) Levantamento bibliográfico e leitura dos resumos; 2) Leitura, resumo e análise do livro “Apego, a natureza do vínculo” de John Bowlby; 3) Leitura de artigos completos, capítulos de livros e livros selecionados no levantamento bibliográfico; 4) Seleção de artigos e livros de Análise do Comportamento que poderiam contribuir para a compreensão e explicação do apego em termos comportamentais; 5) Seleção de artigos e livros que abordavam o desenvolvimento infantil sob o enfoque analítico comportamental; 6) Leitura do material previamente selecionado e 7) Redação da discussão do apego sob o enfoque analítico-comportamental A sétima etapa corresponde à construção do artigo presente, que descreve alguns dos aspectos principais da explicação de Bowlby sobre o apego e os discute sob o enfoque analítico-comportamental Os principais conceitos da Análise do Comportamento abordados para a explicação do apego foram a seleção pelas consequências, a sensibilidade ao reforçamento, a aprendizagem respondente e operante e o conceito de organismo modificadoItem Qualidade de atendimento de recepcionistas de unidade básica de saúde : um estudo exploratórioWielewicki, Marina Gomes; Zakir, Norma Sant'Ana [Orientador]; Soares, Maria Rita Zoéga; Silveira, Jocelaine Martins daResumo: O atendimento em recepção de instituições de saúde envolve uma pluralidade de elementos, concernentes a função de intermediar as necessidades do usuário e a estrutura organizacional, além de lidar com o sofrimento pela debilitação da saúde Desta maneira, o acolhimento não pode ser realizado de maneira técnica e despersonalizada Atualmente, a literatura em administração hospitalar e o Sistema Único de Saúde (SUS) defendem o atendimento seguindo a política da humanização, que preconiza a atenção, o esclarecimento de dúvidas quanto ao estado de saúde, a agilidade no atendimento, com a conseqüente redução de filas, adequando-se às necessidades de cada população No entanto, não somente funcionários de recepção são responsáveis pela qualidade no atendimento, o papel de dirigentes de instituições e dos usuários é relevante para que a procura por estes serviços seja bem sucedida A presente pesquisa procurou responder se o atendimento em recepção de Unidade Básica de Saúde de uma região de economia agrícola era realizado da maneira como o SUS preconiza, ou seja, de forma humanizada, bem como se havia concordância na avaliação de usuários e recepcionistas quanto à qualidade de atendimento Objetivo foi de caracterizar a interação de recepcionistas com usuários deste serviço em situações de atendimento, segundo os pressupostos do Behaviorismo Radical Participaram da pesquisa duas funcionárias (R1 e R2) que exerciam a função de recepcionista em uma Unidade Básica de Saúde de um município do interior do Paraná e 4 usuários Foram realizadas filmagens de interações entre as recepcionistas e os usuários Utilizou-se como instrumento de avaliação o Questionário de Satisfação do Consumidor e o Questionário de Auto-avaliação do Atendimento da Recepcionista Os dados obtidos pelos instrumentos foram comparados e os itens constantes serviram como critério de avaliação da interação Os resultados indicaram que a avaliação das interações entre recepcionistas e usuários foi semelhante e caracterizada pela emissão de comportamentos das profissionais avaliados como positivos e condizentes com os pressupostos da política de humanização do SUS Sugere-se que pesquisas futuras utilizem um número maior de participantes e a readequação dos instrumentos Pesquisas futuras poderão avaliar a interação dos usuários com outros funcionários de Unidades Básicas de Saúde ou entre profissionais da mesma instituição Outra sugestão seria a realização de comparações entre instituições de saúdeItem Efeito da liberação de pontos independentes da resposta após uma história de responder em esquemas contingentesLima, Paula Renata Cordeiro de; Costa, Carlos Eduardo [Orientador]; Benvenuti, Marcelo Frota Lobato; Estanislau, Célio RobertoResumo: Com o propósito de ampliar o conhecimento sobre a aquisição e manutenção do comportamento supersticioso – isto é, comportamento selecionado e/ou mantido por reforçadores independentes de uma resposta –, o objetivo desta pesquisa foi avaliar os efeitos de uma história de contingência sobre a exposição posterior a programas de liberação de reforçadores independentes da resposta e extinção Utilizou-se como instrumento o software ProgRef v4 Quatorze universitários deveriam clicar no mouse sobre um botão de respostas no monitor de um computador Eles ganhavam pontos como consequências experimentais, que eram trocados por dinheiro ao final de cada sessão Os participantes foram distribuídos em dois grupos: os participantes do Grupo 1 foram expostos à Fase 1 (construção de história), em mult VR VR VR (três sessões) e, depois, na Fase 2 (teste), a um mult VR VT EXT (alternando a ordem dos componentes randomicamente intra e entre participantes); os participantes do Grupo 2 eram expostos apenas ao mult VR VT EXT Os resultados da pesquisa apontaram que a) as taxas de respostas nos componentes VR, VT e EXT dos participantes do Grupo 1 foram maiores, durante a primeira sessão da Fase 2, do que para os participantes do Grupo 2; b) estes efeitos da história do mult VR VR VR tenderam a diminuir com a exposição prolongada ao mult VR VT EXT, visto que as taxas de respostas dos participantes de ambos os grupos foram semelhantes em todos os esquemas ao final da Fase 2 Os resultados da presente pesquisa apontam que um dos determinantes da seleção do comportamento supersticioso pode ser a exposição anterior a esquemas de contingência Porém, visto que foi observada bastante variabilidade nos dados individuais, para os participantes de ambos os grupos, pesquisas posteriores devem levar em consideração algumas variáveis de procedimento, como a duração das sessões e dos componentes do múltiploItem Efeitos da participação em um campeonato com um jogo educativo sobre comportamentos de prevenção à dengue de criançasNascimento, Aline Rosa do; Haydu, Verônica Bender [Orientador]; Gil, Sílvia Regina de Souza Arrabal; Juliani, JoãoResumo: Os dados sobre a dengue no Brasil evidenciam o quanto os casos de contaminação pelo vírus continuam a aumentar no país, apesar das frequentes campanhas de prevenção Isso pode significar que as regras veiculadas pela mídia e por profissionais da área da saúde exercem pouco ou nenhum efeito sobre os comportamentos não verbais das pessoas Estudos advindos da Análise do Comportamento têm mostrado que é possível estabelecer relações de controle verbal, por meio de regras, sobre o comportamento não verbal correspondente, desde que hajam condições adequadas para isso O presente estudo visou avaliar os efeitos da participação de escolares em um campeonato, com o jogo de tabuleiro Nossa Turma Contra a Dengue, sobre comportamentos de prevenção à dengue Dezesseis escolares matriculados no 3º ano do Ensino Fundamental participaram do campeonato Antes e após o jogo, eles participaram individualmente de uma atividade prática, responderam a um questionário sobre regras de prevenção à dengue e jogaram o jogo Tapa Certo® adaptado para este estudo Os participantes jogaram este último também entre as etapas do campeonato Antes e após o campeonato, foram feitas entrevistas com os pais dos participantes, nas quais foram feitas perguntas sobre comportamentos do participante relacionados à prevenção à dengue que tenham sido observados em casa Na fase de Linha de Base todos os participantes acertaram 86% ou mais das alternativas corretas disponíveis no questionário, 12 participantes acertaram mais da metade das alternativas apresentadas no Tapa Certo® e nove apresentaram 1 pontos ou menos na atividade prática Após a intervenção com o jogo os resultados indicaram que 12 participantes apresentaram aumento de pontuação na atividade prática e 15 participantes mantiveram o desempenho de no mínimo 86% de acertos no questionário Na avaliação com o Tapa Certo®, a partir da Etapa 1 do campeonato ocorreu aumento das pontuações dos participantes que não haviam acertado todas as tentativas Os resultados sugerem que a participação em um campeonato com o jogo Nossa Turma Contra a Dengue mostrou-se como medida efetiva para promover comportamentos de prevenção à dengue Além dos participantes serem capazes de dizer as regras de prevenção, apresentaram aumento em seus comportamentos práticos correspondentes a esse dizerItem Comportamentos aberrantes : revisão de estudos sobre o tema e elaboração de material didático para intervenção com paisHamada, Raquel Akemi; Silva, Silvia Aparecida Fornazari da [Orientador]; Rodrigues, Olga Maria Piazentin Rolim; Soares, Maria Rita Zoéga; Kienen, Nádia [Coorientadora]Resumo: Comportamento aberrante é um fenômeno muito pesquisado internacionalmente cujos procedimentos de intervenção que resultam na redução da frequência desses comportamentos e, por conseguinte, geram diminuição das consequências prejudiciais ao indivíduo Contudo, esses procedimentos não se popularizaram no Brasil, o que sugere a necessidade desse tipo de informação para profissionais que atual nesta área e indivíduos que padecem desta condução O objetivo geral dessa pesquisa foi propor um material didático acerca de intervenções em comportamentos aberrantes de acordo com o embasamento teórico da Análise do Comportamento direcionado a famílias de pessoas que apresentam esse comportamento A pesquisa foi dividida em três estudos O Estudo 1 trata de uma discussão conceitual sobre comportamento aberrante e a importância de uma padronização dos termos e expressões científicas Este Estudo faz uma revisão do conceito de comportamento e por fim sobre o comportamento aberrante, que parece não haver padronização da expressão apesar de ser estudada pelos pesquisadores brasileiros Não haver essa padronização gera prejuízos de comunicação científica e para a população O Estudo 2 é uma revisão bibliográfica de artigos publicados entre os anos 2 e 211 sobre os procedimentos de intervenção com embasamento analítico comportamental para pessoas que apresentam comportamento aberrante Seu objetivo foi levantar as investigações acerca dos procedimentos de intervenção praticados para a redução de comportamentos aberrantes nessa literatura Nessa revisão foram encontrados 14 artigos que foram categorizados como: a) treino a pais, b) treino de habilidades específicas à pessoa que apresenta comportamentos aberrantes, c) arranjo de contingências por meio de esquemas de reforçamento diversos e/ou estímulos diversificados Foram identificados na condução das intervenções: operação estabelecedora; esquemas de reforçamento em intervalo fixo, intervalo variável, reforçamento diferencial de outros comportamentos ou de comportamentos alternativos, entre outros Esses dados mostram a eficácia de procedimentos fundamentados na Análise do Comportamento para reduzir a frequência de comportamentos aberrantes O Estudo 3 foi a elaboração e validação social de um material didático destinado a pais e familiares que lidam com pessoas que apresentam comportamento aberrante a partir dos dados obtidos nos Estudos 1 e 2 Este material contempla alguns conceitos básicos da Análise do Comportamento, ensina a fazer Análise Funcional e dois procedimentos de intervenção para lidar com pessoas que apresentam comportamento aberrante, o Reforçamento Diferencial de Comportamentos Incompatíveis e Reforçamento Diferencial de Comportamentos Alternativos Este material foi fornecido para sete familiares e estes responderam um questionário de satisfação e participaram de uma entrevista com a pesquisadora O material se demonstrou válido, pois todos participantes demonstraram interesse e formaram boa avaliação A compreensão da Análise Funcional e dos dois procedimentos de intervenção não foi completa, mas houve indicativos de aprendizagem de novas perspectivasItem O efeito da depressão na autoestima real e ideal : um estudo com o Implicit Relational Assesment Procedure (IRAP)Ruiz, Márcio Luiz de Araújo; Haydu, Verônica Bender [Orientador]; Gil, Silvia Regina de Souza Arrabal; Almeida, João Henrique deResumo: De acordo com os princípios da Análise do Comportamento autoestima pode ser compreendida como um autoconceito estabelecido por uma história de reforço social, incluindo contingências relacionadas ao reconhecimento pelo outro ou de autorreconhecimento Com base na Teoria das Molduras Relacionais (Relational Frame Theory - RFT) a autoestima pode ser compreendida em termos de relações dêiticas ou molduras relacionais de tomada de perspectiva, controladas por dicas contextuais e arbitrariamente aplicáveis a diferentes estímulos, produzindo uma relação positiva ou negativa Para avaliar essas relações foram desenvolvidos instrumentos de medidas de atitudes implícitas como o Implicit Relational Assesment Procedure – IRAP, que verifica a diferença de latência entre as escolhas realizadas pelo indivíduo de alguns pares de estímulos em relação a outros estímulos, em vez de solicitar autorrelatos Este estudo visou: (a) comparar as respostas relacionais referente à autoestima real e ideal, por meio do IRAP de participantes com e sem depressão; (b) explorar a correlação entre a pontuação obtida pelos dois grupos na Escala de Autoestima de Rosenberg EAR (medida explícita) e os quatro tipos de tentativas obtidas com o IRAP (medida implícita) Participaram do estudo 2 adultos com idade entre 21 e 45 anos, distribuídos em dois grupos, com e sem depressão Os instrumentos utilizados foram o Inventário de Depressão de Beck (BDI-II), EAR e o IRAP O estudo foi dividido em duas fases: (a) aplicação do BDI-II e do EAR, (b) aplicação do IRAP autoestima real e IRAP autoestima ideal As tarefas do IRAP apresentaram quatro estímulos na tela do computador No topo da tela foram apresentados os estímulos-alvo, consistindo em uma afirmação de aceitação (“Eu sou” ou “Eu quero ser”) ou negação (“Eu não sou” ou “Eu não quero ser”); no centro da tela os estímulos-rótulo negativos e positivos foram apresentados, os quais consistiam em um complemento da afirmação ou negação apresentadas como estímulos-alvo Os estímulos-rótulo apresentavam atributos pessoais positivos (eg, “Inteligente”) ou negativos (eg, “Inútil”); na parte inferior direita e esquerda da tela, eram apresentadas duas opções de resposta, “Verdadeiro” e “Falso” Os resultados mostraram que participantes com depressão diferem de participantes sem depressão quanto a autoestima avaliada pelo EAR (medida explícita) e apresentaram similaridades em relação a autoestima avaliada pelo IRAP (medida implícita) Outro indicativo que os resultados apontaram foi que os participantes com depressão apresentaram, na autoestima real, um viés de concordância frente a aspectos negativos; enquanto na autoestima ideal, esse viés de concordância foi frente a aspectos positivos Os participantes sem depressão não apresentaram diferenças quanto a autoestima real e a ideal, uma vez que mostraram um viés de concordância frente a aspectos positivos O IRAP foi capaz de capturar diferenças entre autoestima real e ideal nos diferentes grupos, o que demonstra sua validade como medida desses aspectosItem Relação entre vulnerabilidade ao estresse no trabalho e reconhecimento de expressões faciais de emoçõesCarletto, Aline Daneluz; Estanislau, Célio Roberto [Orientador]; Miguel, Fabiano Koich; Luzia, Josiane CecíliaResumo: O estresse tem a função de adaptação do organismo ao ambiente, mas no estresse crônico o indivíduo se esgota Um dos malefícios do estresse crônico é a dificuldade na relação social Esta engloba a decodificação de sinais, tais como as expressões faciais de emoções (EF) O objetivo deste trabalho foi investigar a relação entre escores de vulnerabilidade ao estresse no trabalho e de reconhecimento de expressões faciais de emoções Na primeira fase da pesquisa, 254 trabalhadores de uma Autarquia Municipal de Saúde responderam à Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho, cujos fatores são Clima e Funcionamento Organizacional, Pressão no Trabalho, Infra-estrutura e Rotina Prosseguiram para a segunda fase os trabalhadores do setor com o maior número de participantes com vulnerabilidade superior e médio-superior ao estresse no trabalho Tal setor foi de urgência e emergência O grupo de vulnerabilidade superior e médio-superior continha 25 participantes Outro grupo se compôs de 2 participantes da mesma área e com vulnerabilidade inferior Na segunda fase, aplicou-se a escala de estresse percebido e uma avaliação de reconhecimento de EF utilizando-se o banco de fotografias de EF de emoções NimStim Para cada fotografia, eles escolheram a emoção expressada, entre as alternativas de alegria, medo, raiva, tristeza, e neutra, e com um crivo se fez a correção As diferenças de acertos entre os grupos com vulnerabilidade inferior e superior ou médio-superior foram analisadas com Testes t-Student para amostras independentes, não se encontrando diferenças estatisticamente significativas Em geral, ambos os grupos tiveram mais de 3% de erros no reconhecimento das expressões, e a emoção que mais sofreu erros foi a tristeza A diferença de estresse percebido entre os grupos também não foi estatisticamente significativa Portanto, neste estudo, escores altos de vulnerabilidade ao estresse no trabalho não pareceram afetar a percepção de expressões faciais de emoçõesItem Análise da interação entre o odontopediatra e a criança em situação de atendimento odontológicoFioravante, Daniele Pedrosa; Marinho, Maria Luiza [Orientador]; Banaco, Roberto Alves; Zakir, Norma Sant'AnaResumo: A literatura tem indicado que o tratamento odontopediátrico é influenciado pelo padrão comportamental dos profissionais e das crianças Todavia, há ainda necessidade de mais estudos destinados a investigar algumas variáveis presentes nesse contexto A presente pesquisa visou caracterizar o padrão de interação entre os odontopediatras e as crianças, no decorrer de atendimentos odontológicos profiláticos ou de emergência Participaram do estudo dois graduados em odontologia, que cursavam especialização em odontopediatria Também participaram vinte crianças consideradas não clínicas para problemas de comportamento, de acordo com os resultados obtidos no inventário Walker Problem Behavior Identification Checklist, respondido pela mãe Os dados foram coletados em uma clínica-escola de atendimento odontológico através de gravação em vídeo dos atendimentos Cada profissional atendeu dez crianças, sendo cinco em atendimentos de profilaxia e cinco em emergência As respostas observadas foram categorizadas e analisadas através da adaptação de um sistema de categorização utilizado em um estudo anterior As categorias para os comportamentos das crianças foram: cooperativos ou opositores; para os comportamentos dos profissionais foram: adequados (estratégias de manejo positivas) ou inadequados (estratégias de manejo punitivas ou restritivas) Os resultados obtidos indicaram que, das 2 crianças atendidas, 19 apresentaram alta freqüência de respostas cooperativas e oito apresentaram alta freqüência de respostas opositoras, ou seja, a freqüência de não-colaboração foi alta em 4% do total de atendimentos As crianças atendidas na emergência apresentaram 5% menos respostas colaborativas e duas vezes mais respostas opositoras do que as crianças atendidas na profilaxia Quanto aos odontopediatras, observou-se maior freqüência de respostas adequadas por minuto do que inadequadas em todas as dez consultas de profilaxia, mas em somente quatro das dez consultas de emergência Houve elevada freqüência de comportamentos inadequados emitidos pelos profissionais tanto com crianças com freqüência alta como baixa de respostas opositoras Os dados sugerem que: a) as crianças são menos colaboradoras e mais opositoras nos atendimentos de emergência do que nos de profilaxia; b) a ocorrência de respostas de oposição pelas crianças parece não exercer grande influência sobre a ocorrência ou não, de respostas inadequadas dos profissionais, e c) a variável tipo de atendimento exerce influência sobre a ocorrência de comportamentos adequados e inadequados dos profissionais, com mais dificuldades de manejo da criança nos atendimentos de emergência Essas conclusões são evidências da necessidade de melhorar as habilidades do odontopediatras exigidas nos atendimentos de emergência, visando a redução do uso de estratégias inadequadas de manejo nestes atendimentos Sugere-se, então, que medidas sejam tomadas nos cursos de formação em Odontologia e Odontopediatria, para incremento no treino tanto de habilidades técnicas da profissão como de habilidades positivas de manejo do comportamento infantilItem Avaliação dos efeitos da variação de estímulos para a generalização de habilidades sociaisFacco, Fernanda Nogueira Gôngora; Freitas, Maura Glória de [Orientador]; Marinho-Casanova, Maria Luiza; Bolsoni-Silva, Alessandra TuriniResumo: A generalização dos comportamentos-alvo trabalhados em programas de intervenção tem sido enfatizada por todos aqueles profissionais que se preocupam com a extensão dos efeitos das ações propostas Neste sentido, pesquisas que avaliam programas para ensinar habilidades sociais têm incluído, testado e sistematizado em seus procedimentos estratégias para programar a generalização Dentre estas estratégias, a variação de estímulos tem mostrado resultados eficazes em relação ao alcance da generalização dos comportamentos-alvo para outros contextos O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos desta estratégia para a generalização de um comportamento de interação social previamente treinado, descrito como dividir e cooperar A pesquisa foi realizada em uma escola pública de uma cidade do estado de São Paulo, com três crianças de seis anos que apresentavam, segundo avaliação, baixa porcentagem de emissão de comportamentos de interação social com seus colegas O treino do comportamento-alvo foi realizado por seis professoras da escola e após seu aprendizado, foi incluída, no treino, a estratégia de variação de estímulos As respostas descritas para o comportamento-alvo, desde a linha de base, foram medidas no contexto de treino (local em que foram modeladas) e no contexto de generalização (local onde se avaliou a generalização) A pesquisa foi desenvolvida sob um delineamento de linha de base múltipla entre sujeitos e os resultados apontaram a eficácia do treino para aumentar a freqüência de emissão das respostas descritas para o comportamento-alvo Destaca-se também, que a inclusão no treino da variação de estímulos favoreceu a generalização do comportamento-alvo para um novo contexto Tais resultados apontam para a necessidade de se programar a generalização durante a intervenção, assim como demonstram que a variação de estímulos pode ser uma estratégia eficaz para este fim, possibilitando assim que futuras pesquisas se utilizem e testem tal estratégia para que os resultados das intervenções possam se estender para outros contextos além dos de treinoItem Programa de orientação para professores para a reinserção escolar de alunos com câncerGuimarães, Eva Carolina; Soares, Maria Rita Zoéga [Orientador]; Gallo, Alex Eduardo; Sant’Ana, Vânia Lúcia PestanaResumo: O câncer é a doença com a segunda maior causa de morte no Brasil O impacto do diagnóstico marca o início de uma série de modificações no contexto e o indivíduo deve buscar estratégias de enfrentamento no intuito de recuperar sua condição de saúde No caso do câncer infanto – juvenil, o assunto merece especial atenção Como o indivíduo encontra-se em pleno desenvolvimento de habilidades emocionais e sociais, é importante que aprenda estratégias para lidar com este processo É fundamental garantir condições que incentivem a adesão ao tratamento, autonomia e adaptação às atividades de rotina No contexto escolar, preparar professores e colegas, pode ser uma das estratégias para auxiliar a readaptação da criança a este ambiente O presente trabalho será apresentado em duas partes, sendo a primeira, a elaboração de um programa sob o enfoque na Análise do Comportamento para a orientação de professores para a reinserção do aluno com câncer A segunda parte traz um panorama sobre propostas de orientação de professores e discorre sobre a elaboração de uma estratégia de orientação pautada no conceito do comportamento governado por regras Em ambos os estudos, foi possível verificar a necessidade de orientação aos professores, com o fornecimento de informação sobre aspectos gerais da patologia e da resolução de situações que envolvem o aluno com câncer no ambiente escolar Professores com habilidades para promover a adaptação da criança ao contexto acadêmico, após o tratamento oncológico, podem propiciar condições para a aprendizagem e o desenvolvimento global do indivíduo Espera-se que o presente estudo contribua para a discussão de estratégias mais eficazes que facilitem a adaptação de pacientes durante o tratamento oncológicoItem O uso de um jogo de tabuleiro educativo sobre a variação da escolha de alimentos : papel do autoclitico e da forma de apresentação dos alimentosBrandina, Marcela de Carvalho Gonçalves; Souza, Silvia Regina de [Orientador]Resumo: Crianças que fazem seleção restritiva alimentar apresentam preferência por alimentos de sabor doce e muito calóricos e recusam legumes, frutas e verduras O uso de um jogo (Cestinha Mágica) mostrou-se uma alternativa interessante para se trabalhar o comportamento alimentar Dentre as variáveis do jogo que podem ter contribuído para que os participantes aumentassem a variedade de seleção e consumo de alimentos citam-se o uso de cartas com autoclíticos e a forma de apresentação dos alimentos Nesta pesquisa foram realizados dois estudos O Estudo 1 teve por objetivo investigar o efeito de regras com autoclíticos de negação e afirmação presentes nas cartas do jogo de tabuleiro Cestinha Mágica sobre a seleção de uma maior variedade de alimentos em crianças que apresentam seleção restritiva alimentar e a formação de um quadro relacional do tipo “maior que” Participaram quatro crianças com idade de 5 anos, divididas em duas duplas A Avaliação, consistiu na investigação dos hábitos alimentares, observação por 5 dias do consumo alimentar e cinco sessões de observação do consumo com apresentação de porções de alimentos Em seguida foram realizadas oito sessões de intervenção/jogo Para a Dupla 1, a intervenção foi realizada usando o jogo de tabuleiro Cestinha Mágica e cartas com regras com autoclíticos de negação Para a Dupla 2, o mesmo jogo foi usado, e cartas com regras com autoclíticos de afirmação foram usadas Teste de quadros relacionais foram conduzidos A etapa de pós-avaliação foi semelhante à de pré-intervenção Entrevista com os responsáveis pelos participantes foi realizada Apenas um participante experimentou novos alimentos durante e após a intervenção e fazia parte da dupla com cartas com autoclíticos de negação Apenas dois participantes apresentaram critério compatível com a formação de um quadro relacional do tipo “maior que” A forma de apresentação dos alimentos pode ter influenciado a escolha dos alimentos pelos participantes Sendo assim, o Estudo 2 investigou o efeito da apresentação dos alimentos por meio das cartas do jogo sobre a seleção e consumo desses alimentos Participaram duas crianças com idade de 5 anos Foram realizadas três sessões de observação do consumo alimentar, 3 sessões de observação do consumo com apresentação das figuras dos alimentos que seriam servidos no almoço, 8 sessões de intervenção/jogo e a fase de pós-avaliação Ambos os participantes provaram novos alimentos após a intervenção Apesar dos resultados obtidos no Estudo 2, novas investigações são necessáriasItem Análise da interação entre mãe e a criança durante o atendimento odontológicoBrandenburg, Olivia Justen; Marinho-Casanova, Maria Luiza [Orientador]; Moraes, Antônio Bento Alves de; Haydu, Verônica BenderResumo: Um dos temas de grande interesse da Psicologia aplicada à Odontologia é a explicação do comportamento infantil de não-colaboração com o dentista Cerca de 25% da clientela infantil apresentam comportamentos não-colaborativos, o que pode ser compreendido pela presença de eventos aversivos no contexto odontológico Tais eventos passam a ser suportados pela criança quando se estabelecem repertórios de autocontrole e de seguir regras, os quais são aprendidos na primeira infância, principalmente no meio familiar Assim, o estudo da interação entre mães e filhos em consulta odontológica pode contribuir para compreensão das diferenças de comportamento entre as crianças na consulta Neste sentido, a presente pesquisa, baseada nos fundamentos da Análise do Comportamento, visou analisar a interação entre mães e crianças durante os atendimentos odontológicos Participaram do estudo: Vitória (5 anos de idade) com sua avó, Pedro (7 anos), Alice (3 anos), Davi (2 anos) e Lucas (2 anos) com suas mães Os participantes selecionadas foram as crianças que precisaram de tratamento odontológico cirúrgico Para cada díade, foi realizada filmagem da interação na sala de espera, na primeira consulta e na segunda Nos resultados, as duas crianças com mais idade, Vitória e Pedro, colaboraram e permaneceram calmas durante todo o tratamento Suas mães interagiram pouco, provavelmente porque essas crianças não precisaram de ajuda As três crianças mais novas apresentaram comportamentos não-colaborativos na primeira consulta, com freqüências variadas Alice e Lucas colaboraram no segundo atendimento, suas mães apresentaram os maiores índices de interação Davi foi a criança que apresentou mais tempo e maior intensidade de não-colaboração nos dois atendimentos, sua mãe foi a menos interativa Esses dados indicam que o comportamento das mães pode afetar o comportamento das crianças em atendimento odontológico Apesar de o comportamento infantil estar principalmente sob controle dos procedimentos odontológicos, as mães podem fornecer instruções e apoio para auxiliar seus filhos Além disso, a grande responsabilidade das mães parece estar no treino de repertórios complexos como autocontrole e seguimento de regras, os quais são fundamentais para o enfrentamento de contextos como o odontológico Os dados da presente pesquisa podem subsidiar o planejamento de orientações aos pais sobre formas adequadas e eficientes de se comportarem durante a consulta odontológica de seus filhosItem Efeitos de um programa de estabelecimento de metas e feedback na execução de fundamentos esportivos realizados por crianças praticantes de ginástica artísticaGamba, Jonas Fernandes; Souza, Silvia Regina de [Orientador]; Goyos, Antônio Celso de Noronha; Marinho, Maria LuizaResumo: O objetivo desse estudo foi verificar os efeitos de um programa de estabelecimento de metas e feedback na execução do salto Tsukahara realizado por crianças praticantes de Ginástica Artística Participaram do estudo cinco crianças do sexo masculino com idade de 8 a 1 anos Primeiramente, o pesquisador estabeleceu com o treinador a meta final a ser alcançada pelo atleta (salto Tsukahara), bem como os passos (submetas) para que a meta final fosse alcançada Cada submeta era composta por componentes importantes para a execução do salto (entrada de lado, repulsão, cair fechado e rolar e mortal) Ao todo, foram estabelecidas 7 submetas Em seguida, na fase de linha de base, registrou-se a freqüência dos componentes do salto realizados corretamente que compunham as submetas Posteriormente, deu-se início a fase de intervenção, na qual, após apresentar a submeta para a sessão de treino, pedia-se que o atleta executasse 4 saltos Se a submeta fosse atingida, uma placa de cortiça contendo as 7 submetas era entregue ao atleta e ele poderia deslocar a figura de um ginasta para a submeta seguinte Na fase de follow-up, toda a intervenção era retirada embora os dados continuassem a ser registrados Três participantes conseguiram alcançar todas as submetas propostas pelo programa Observou-se que houve um aumento no número de componentes realizados corretamente e na porcentagem de componentes realizados consecutivamente para a maioria dos participantes Os resultados obtidos sugerem que o programa de estabelecimento de metas mostrou-se efetivo para aumentar a eficiência na execução dos componentes do salto realizados corretamenteItem Capacitação aos conselheiros tutelares que prestam atendimento às famílias vítimas de violênciaBonfim, Bárbara Vicente; Gallo, Alex Eduardo [Orientador]; Soares, Maria Rita Zoéga; Padilha, Maria da Graça SaldanhaResumo: A identificação da ocorrência de violência contra crianças e adolescentes constitui-se objeto de interesse de profissionais de diversas áreas, uma vez que envolve as temáticas de proteção à criança e ao adolescente, a punição do agressor e as repercussões sociais, físicas e psicológicas dos envolvidos A violência intrafamiliar é subdividida em quatro modalidades: violência física, psicológica, sexual e negligência Os índices dessas agressões praticadas contra crianças e adolescentes vêm aumentando de forma expressiva a cada dia Os conselhos tutelares são órgãos que atendem esta população específica, visando o combate e a prevenção dos tipos de violência citados, contribuindo com intervenções a fim de evitar maiores danos a essas vítimas e suas famílias Para isso ocorrer de maneira efetiva é de grande importância que tais profissionais identifiquem os fatores de risco e os fatores de proteção envolvidos Diante disso, no presente estudo pretendeu-se avaliar a eficácia de um programa de capacitação de Conselheiros Tutelares que visou aprimorar repertórios comportamentais para identificação dos fatores de risco e de proteção para crianças e adolescentes vítimas de violênciaA pesquisa foi realizada nas repartições do Conselho Tutelar de um Município do norte do estado do Paraná que consistiu em três etapas: Elaboração e viabilização do curso, entrevista inicial e a capacitação dos conselheiros tutelares que incluiu a realização da entrevista final com os mesmos Quatro profissionais participaram da intervenção que foi composta por quatro encontros com três horas de duração cada Os encontros incluíram as seguintes atividades: exposições orais sobre os fatores de risco, fatores de proteção e os tipos de violência; apresentação de vídeos, reportagens e filmes relacionados às temáticas; aplicação de questionários durante os encontros; discussões em grupo; sugestões de leitura, vídeos e filmes pertinentes aos temas e espaço para dúvidas, comentários e discussões de casos que foram trazidos pelos participantes Os dados dos questionários de cada participante foram apresentados por meio de porcentagem de respostas corretas e foram analisados através de comparações do mesmo participante e também com o grupo em momentos distintos (pré e pós-teste) Dessa forma, pode-se observar que a capacitação foi efetiva, pois se verificou um aumento no repertório de respostas referentes aos conceitos de violência doméstica, fatores de proteção e de risco ao desenvolvimento infantilItem Contribuições da análise do comportamento para práticas de justiça restaurativaSilva, Lígia Fernandes da; Gallo, Alex Eduardo [Orientador]; Gomide, Paula Inez Cunha; Mezzaroba, Solange Maria BeggiatoResumo: A concepção tradicional de justiça considera o crime ou delito como uma ofensa ao Estado e como uma transgressão da lei, devendo, por isso, ser punido, com o objetivo de ser coibido A Justiça Restaurativa apresenta-se como um modelo de justiça alternativo e complementar às práticas tradicionais de justiça No campo da Análise do Comportamento, a literatura que aborda esse tema é escassa, o que justifica a necessidade de uma interlocução entre Justiça Restaurativa e Análise do Comportamento Acredita-se que uma interlocução dessa natureza seja possível, dadas as similaridades entre os discursos restaurativo e analítico-comportamental Visando ampliar a compreensão sobre os processos comportamentais envolvidos em práticas de Justiça Restaurativa, e difundir a Análise do Comportamento para outras áreas do conhecimento, este trabalho, composto por três artigos, discute no artigo de número um questões teórico-conceituais sobre Justiça Restaurativa, comportamento e ética Com as análises empreendidas neste primeiro artigo conclui-se que a Justiça Restaurativa poderia ser considerada uma prática ética no sentido skinneriano; que nesse contexto a responsabilidade do indivíduo sobre o delito é também atribuída às contingências que levaram o sujeito a cometer o delito, e que o desenvolvimento de repertórios comportamentais de autoconhecimento e autocontrole são importantes para a responsabilização dos ofensores No artigo de número dois, discute-se a falência do sistema tradicional de justiça quanto aos objetivos de prevenção e redução da criminalidade, e apresenta-se a perspectiva restaurativa como uma alternativa complementar ao sistema tradicional de justiça Discute-se ainda algumas questões centrais na Análise do Comportamento relacionadas ao tema, a exemplo do uso de controle aversivo nos modelos tradicionais de justiça, em detrimento à visão restaurativa dos delitos, que os considera como fenômenos multideterminados, frutos de contingências filogenéticas, ontogenéticas e culturais No artigo três, avalia-se contingências presentes na Resolução 22/12 da ONU, que versa sobre os Princípios Básicos para o uso de Programas Restaurativos em Matéria Criminal A principal contribuição deste último trabalho foi a constatação de que os facilitadores possuem papel central na condução de círculos restaurativos Assim, o trabalho aponta algumas sugestões quanto à capacitação desses profissionaisItem Efeitos da taxa de reforços sobre a resistência à mudança do comportamento de resolver operações aritméticasChoinski, André Marques; Costa, Carlos Eduardo [Orientador]; Banaco, Roberto Alves; Haydu, Verônica BenderResumo: O objetivo do presente estudo foi verificar se diferentes taxas de reforço produzem resistência diferencial do comportamento de realizar problemas de multiplicação à mudança No Experimento 1 oito universitários foram expostos a um procedimento em que responder corretamente problemas de multiplicação era consequenciado com pontos trocados por dinheiro em um programa de reforço múltiplo Intervalo Variável (VI) 1 s VI 65 s Na Linha de Base (LB) os problemas eram fáceis e no Teste difíceis Uma vez apresentado o problema, o participante só passava para outro, caso acertasse a resposta As diferenças na resistência à mudança foram assistemáticas intra e entre participantes, ora o VI 1 s foi mais resistente, ora o VI 65 s Devido a essa inconsistência nos resultados, o Experimento 2 foi realizado Este experimento objetivou verificar se a resistência à mudança diferencial apareceria aumentando a proporção de reforços entre componentes (de 6,5:1 para 1:1) e utilizando um múltiplo Extinção (EXT) EXT como Teste Para tanto, sete universitários foram expostos a uma tarefa experimental semelhante à do Experimento 1, porém pontos eram apresentados em um múltiplo VI 1 s VI 1 s com intervalos não sobrepostos na LB e o Teste foi um múltiplo EXT EXT com problemas fáceis A extinção afetou pouco a taxa de respostas e a resistência à mudança foi maior no componente correlacionado com maior taxa de reforço na LB Foi encontrada resistência à mudança diferencial, entretanto a variação na taxa de respostas da LB para o Teste foi menor do que no Experimento 1 Considerando isso, o Experimento 3 visou verificar se um Teste com múltiplo EXT EXT e problemas difíceis produziriam resistência à mudança diferencial e reduziriam a taxa de respostas em relação à LB Neste experimento, participaram três universitárias O procedimento foi similar ao Experimento 2, exceto que no Teste os problemas apresentados eram problemas difíceis A taxa de respostas foi reduzida em ambos os componentes e a resistência à mudança foi maior no componente correlacionado com maior taxa de reforço na LB Como a extinção afetou pouco a taxa de respostas no Experimento 2, supôs-se que a extinção teve menor efeito na redução da taxa de respostas no Experimento 3 Para esclarecer essas relações, o Experimento 4 foi realizado Neste experimento, três universitárias foram expostas a uma LB idêntica ao Experimento 3 e, no Teste, os problemas exibidos eram difíceis e pontos eram apresentados em VI 1 s VI 1 s, como na LB A taxa de respostas foi reduzida em ambos os componentes e o comportamento mantido no VI 1 s teve maior resistência à mudança Tomados em conjunto, os resultados dos Experimentos 2, 3 e 4 sugerem que maior taxa de reforço produz comportamento de realizar problemas de multiplicação mais resistente à mudança, entretanto, essa diferenciação foi de pequena magnitude Foi discutida a possibilidade de que o próprio acertar contas de multiplicação seja reforçador em si, o que possivelmente gerou uma menor diferenciação na resistência à mudança entre componentes