01 - Doutorado - Educação Física
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Navegando 01 - Doutorado - Educação Física por Autor "Altimari, Leandro Ricardo"
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Item Análise da contribuição dos músculos de membros superiores e inferior na tarefa de subir degraus em ônibus coletivo em idososGil, André Wilson de Oliveira; Teixeira, Denilson de Castro [Orientador]; Altimari, Leandro Ricardo; Gorgatti, Márcia Greguol; Oliveira Junior, Eros de; Amorim, Cesar Ferreira; Silva Junior, Rubens Alexandre da [Coorientador]Resumo: Durante o envelhecimento organismo sofre alterações em todos os seus sistemas, levando a prejuízos funcionais As dificuldades para realizar algumas atividades diárias também estão relacionadas às barreiras arquitetônicas como o acesso ao ônibus coletivo, pois a maioria possui degraus demasiadamente altos Essa barreira pode impedir ou dificultar o uso desse meio de transporte por idosos Nesse sentido, conhecer o quanto de força muscular de membros superiores e inferiores os idosos necessitam para subir em um ônibus coletivo, é de extrema relevância Esta tese é apresentada em dois estudos, sendo o primeiro com objetivo de verificar a reprodutibilidade de dois dinamômetros, construídos especialmente para o estudo, em formato de corrimão que avaliam a força de preensão manual e tração de braço; e o segundo avaliar a contribuição dos músculos de membros superiores e inferiores na tarefa de subir degraus de acesso ao ônibus coletivo em indivíduos idosos A amostra foi constituida num total de 14 paticipantes, 24 no primeiros estudo (12 idosos e 12 jovens) no e 8 no segundo (4 idosos e 4 jovens como controles) participantes Inicialmente foram avaliadas as CVM (contração voluntária máxima) de preensão manual e tração de braço pelos dinamômetros em formato de corrimão e a CVM de flexão e extensão do joelho com eletromiógrafo em uma cadeira flexora e extensora Na sequência os participantes foram submetidos à tarefa de subir o primeiro degrau em um protótipo com as dimensões do acesso ao um ônibus coletivo com altura original do primeiro degrau de 4 cm e corrigida para1cm Os dinamômetro/barra foram reprodutíveis apresentado baixos erros de medida tanto para os idosos quanto para os jovens, com índices de correlação intraclasse acima dos ,95 para todas as variáveis Os idosos tiveram maior contribuição da força de membros superiores e inferiores em comparação aos jovens (p<,5) na maioria das variáveis e nas diferentes alturas dos degraus Idosos e jovens executaram significativamente maior força em cinco das seis variáveis analisadas para subirem o degrau de 4cm em relação ao de 1cm (<,5) Foi observado também que as mulheres idosas executaram mais força para subir os degraus do que os homens idosos nas variáveis de preensão manual esquerda em 4cm e 1cm e na tração de braço esquerda em 4cm (p<,5) Conclui-se que os dinamômetros/barra apresentaram boa reprodutibilidade e que os idosos precisam de uma contribuição maior de força muscular do que os jovens para subir os degraus de um ônibus coletivo independente da altura do degrau O estudo mostrou também que idosos exercem menos força no degrau de 1cm em relação ao de 4cm Esses resultados podem contribuir diretamente para novas políticas públicas que possam melhorar o acesso ao transporte público para uma maior inclusão da população idosasItem Aptidão funcional e diferentes modalidades de exercícios físicos : implicações sobre o desempenho cognitivo e atividade cerebral de idosos fisicamente independentesFerreira, Sandra Aires; Teixeira, Denilson de Castro [Orientador]; Altimari, Leandro Ricardo; Okano, Alexandre Hideki; Buzzachera, Cosme Franklin; Costa, Viviane Souza PinhoResumo: Introdução: Evidências apontam que o desempenho físico e funcional está relacionado ao desempenho cognitivo em idosos e que o exercício físico de caráter aeróbio, neuromotor, neuromuscular (resistido) e de flexibilidade exigem distintas demandas metabólicas e, por isso, podem estimular diferentemente a atividade cerebral e as funções cognitivas Apesar da forte associação entre o exercício físico e a cognição, não está esclarecido se uma das modalidades e / ou o desempenho das capaciades físicas / motoras possa provocar maiores efeitos no desempenho cognitivo e na atividade cerebral de idosos Objetivos: Por meio de um estudo transversal, verificar a capcacidade de testes de aptidão física e funcional em predizer o desempenho cognitivo (DC) de idosos fisicamente independentes e, por meio de uma revisão sistemática, demonstrar os efeitos de diferentes modalidades de exercício físico na atividade cerebral de idosos Métodos: Com a finalidade de responder o primeiro objetivo, 427 idosos (295 mulheres e 132 homens) foram submetidos a medidas antropométricas (massa corporal e estatura), avaliação de seis testes que avaliam a aptidão funcional (AF) e do desempenho cognitivo mediante Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) Para esclarecer o segundo objetivo, foi realizada uma revisão sistemática sobre os efeitos de diferentes modalidades de exercício físico na atividade cerebral de idosos Foram identificados inicialmente 332 estudos, excluíu-se 38 duplicatas e 284 após leitura dos títulos e resumos Dez artigos foram selecionados que forneceram indicações de outros quatro para leitura dos textos na íntegra, totalizando 14 artigos Destes, nove não atenderam aos critérios de elegibilidade, restando cinco artigos para a análise qualitativa Resultados: Os idosos com DC1 (<2) são mais velhos do que idosos com DC3 (24-26) e DC4 (>26-3) e possuem menor escolaridade e nível socioeconômico (NSE) Correlações significativas fracas e moderadas foram demonstradas entre o DC, a escolaridade, o NSE e o desempenho da aptidão funcional, exceto para o teste de flexibilidade Os idosos com DC1 (<2), demonstraram menor AF comparados aos outros grupos (2-23; 24-26; >26-3) O equilíbrio apresentou melhor sensibilidade / especificidade para discriminar idosos nos escores acima de 26 pontos (17,9 seg), enquanto a agilidade, discriminou melhor idosos nos escores abaixo de 2 pontos (27,6 seg) no MEEM A revisão sistemática demonstrou que exercícios aeróbios, neuromotores e neuromusculares, realizados de forma isolada ou combinados com alguma tarefa cognitiva (videogame) pode acionar diferentes mecanismos e redes neurocognitivas Porém, com indícios que a prática de exercícios neuromotores apresentam maiores efeitos na ativação cerebral Conclusão: Houve discretas vantagens, tanto na abordagem transversal quanto na revisão sistemática, do desempenho dos indicadores da aptidâo física e funcional, capacidades neuromotoras, no desempenho cognitivo e na atividade cerebral, de idosos fisicamente independentes Os resultados, permitem sugerir que os exercícios e as capacidades neuromotoras possuem potencial para contribuir com a prevenção e tratamento de déficits cognitivos em relação às as outras modalidades / capacidades Porém, são necessárias adicionais investigações com estudos clínicos randomizados que adotem intervenções que enfatizem a modalidade/tipo de exercício físico separadamente (componente único), com rigor na descrição dos componentes da sessões de exercíciosItem Caracterização de jogadores de e-sport e respostas da neuromodulação sobre o desempenho cognitivo(2023-03-10) Takabayashi, Priscila Chierotti; Altimari, Leandro Ricardo; Okazaki, Victor Hugo Alves; Okano, Alexandre Hideki; Buzzachera, Cosme Franklim; Okuno, Nilo MassaruO aumento da prática de esportes eletrônicos (e-sport) tem ocorrido de forma rápida e exponencial nas últimas décadas. Atividade antes exclusiva de momentos de lazer, atualmente movimenta cerca de 1,6 bilhão de dólares em prêmios. Essa atividade tem como principais características a alta carga mental, na qual os praticantes permanecem por várias horas com elevada demanda de processo executivo e de atenção e necessitam realizar tomada de decisão rápidas e precisas. Logo, o objetivo desta tese foi caracterizar jogadores de e-sport e analisar respostas da neuromodulação sobre o desempenho cognitivo. Para tanto, o estudo foi composto por dois artigos originais, o primeiro procurou caracterizar praticantes de e-sport com relação ao número de horas de jogo, nível de atividade física (NAF), índice de massa corporal (IMC), qualidade de sono (QS) e vigor mental (VM), por meio de uma pesquisa descritiva, realizada com auxílio de um questionário auto reportado, anônimo on-line e transversal, que foi respondido por 123 praticantes de jogos eletrônicos distintos. Os dados foram analisados a partir de estatística descritiva, onde os resultados indicaram que em média os sujeitos praticavam 4h por dia de jogo durante cinco (5) dias na semana, onde 80% desses indivíduos apresentaram indicadores de moderado e alto NAF, porém com baixos níveis de QS e VM. Além disso, 52% foram classificados com sobrepeso e obesidade enquanto 48% estão com o peso ideal e abaixo do peso. Já o segundo estudo investigou possíveis efeitos da estimulação por corrente contínua-alta definição (ETCC-HD) no desempenho cognitivo de jogadores de League of Legends (LoL), e contou com a participação de 15 sujeitos (13 do sexo masculino e 2 do sexo feminino), com no mínimo dois anos de prática que realizaram familiarização a situações as quais seriam submetidos. Os jogadores foram submetidos a duas condições experimentais em um estudo, randomizado e placebo-controlado, sendo uma condição experimental de ETCC-HD Anódica (2mA) e a outra estimulação Sham-controle (ETCC-HD Sham) na região do córtex pré-frontal dorsolateral esquerdo. O estudo foi realizado inicialmente com a coleta dos dados de repouso, onde foi avaliada a atividade elétrica cortical, respostas ao questionário de bem-estar (QBE), seguido do teste de Stroop incongruente por 10 minutos (Tempo de reação - TR e Acurácia - ACU). Posteriormente foi realizada a intervenção com ETCC-HD por 20 minutos, e ao final realizado novamente o teste de Stroop incongruente. Para análise estatística dos dados foi utilizada ANOVA Two-way para medidas repetidas, seguida do teste de Tukey. O nível de significância adotado foi de p < 0,05. Nenhum efeito significante foi encontrado para o TR, a ACU e o QBE entre as condições ETCC-HD Anódica e ETCC-HD Sham, nos momentos pré e pós experimento (p > 0,05). Os resultados demonstraram que os jogadores de e-sport, embora pudessem ser ativos fisicamente, apresentaram baixos níveis de QS e VM e a maioria está em sobrepeso e obesidade. Além disso, constatou-se que a ETCC-HD Anódica não possibilitou benefícios adicionais aos parâmetros de desempenho cognitivo e de bem-estar dos jogadores de LoL.Item Comportamento da força muscular, composição corporal e aptidão funcional de mulheres idosas submetidas a um programa de exercícios resistidos : impacto da experiência prévia ao treinamento(2024-05-04) Carneiro, Nelson Hilario; Cyrino, Edilson Serpeloni; Teixeira, Denilson de Castro; Altimari, Leandro Ricardo; Santarém, José Maria; Dias, Raphael Mendes RittiEsta investigação comparou os efeitos de 12 semanas de treinamento resistido (TR) sobre a força muscular, composição corporal e aptidão funcional em mulheres idosas com e sem experiência prévia neste tipo de treinamento. Para tanto, 65 mulheres (> 60 anos), fisicamente independentes, foram separadas em dois grupos, a saber: com experiência (CEXP) a pelo menos três meses (CEXP, n = 33) e sem experiência (SEXP), (SEXP n = 32). Ambos os grupos foram submetidos a um programa padronizado de TR progressivo e supervisionado para o corpo inteiro (oito exercícios, três séries de 8–12 repetições) que foi executado em três sessões semanais, em dias alternados. Medidas de força muscular e composição corporal e testes motores foram realizados no pré e pós-treinamento. Os hábitos alimentares foram monitorados nas duas primeiras e nas duas últimas semanas de intervenção. Não houve diferenças significantes para o consumo energético e de macronutrientes entre os grupos ao longo do tempo (P > 0,05). Aumentos significantes de força (P < 0,001) foram revelados para todos os exercícios analisados, com diferenças entre os grupos para o chest press (SEXP = 32,1% vs. CEXP = 10,2%; P < 0,001) e a cadeira extensora (SEXP = 22,0% vs. CEXP = 11,8%; P < 0,001). Para o exercício rosca scott foi revelado apenas um efeito principal do tempo (P < 0,05), sem diferenças entre os grupos (SEXP = 11,9% vs. CEXP = 14,2%; P > 0,05). Um efeito principal do tempo (P < 0,05) foi identificado para massa muscular (SEXP = 2,2% vs. CEXP = 0,5%) e massa isenta de gordura e osso apendicular (SEXP = 2,4% vs. CEXP = 0,6%), sem interação grupo vs. tempo para essas variáveis (P > 0,05). Entretanto, o TR acarretou ganhos significantes de massa muscular e massa isenta de gordura e osso apendicular somente no grupo SEXP (P < 0,05). Uma interação grupo vs. tempo (P < 0,05) revelou que a redução na gordura corporal com o TR ocorreu somente no grupo SEXP (-0,5 kg ou -1,6%). Nenhuma mudança significante foi encontrada para a gordura androide e ginoide, densidade mineral óssea e água corporal total e suas frações intra e extracelular, ao longo do tempo (P > 0,05). Para o teste de velocidade de marcha foi identificada uma melhoria de desempenho apenas no grupo SEXP (P < 0,05), sem diferenças entre os grupos (P > 0,05). Um efeito principal do tempo foi encontrado (P < 0,05) para os testes sentar e levantar (SEXP = 10,6% vs. DT = 9,6%) e caminhada de 6 min (SEXP = 3,4% vs. CEXP = 1,7%). Nenhuma modificação foi identificada ao longo do tempo em nenhum dos grupos para o teste de levantar da cadeira e caminhar (P > 0,05). Nossos resultados sugerem que 12 semanas de TR podem promover aumentos de força e da massa muscular e melhoria da aptidão funcional em mulheres idosas com e sem experiência prévia neste tipo de treinamento. Entretanto, maiores aumentos de força muscular (chest press e cadeira extensora) e maior redução da gordura corporal parecem ocorrer em mulheres não-treinadas.Item Efeito da estimulação transcraniana por corrente contínua e da demanda da tarefa na aprendizagem e no controle motor(2023-02-27) Guimarães, Anderson Nascimento; Okazaki, Victor Hugo Alves; Ugrinowitsch, Herbert; Teixeira, Luís Augusto; Altimari, Leandro Ricardo; Lage, Guilherme MenezesOs objetivos da presente tese foram: sistematizar o conhecimento da literatura sobre os efeitos da ETCC na aprendizagem motora e analisar o efeito da ETCC na aprendizagem e no controle de habilidades com diferentes demandas cognitivas reguladas via feedback online. Um estudo de revisão sistemática foi realizado com artigos recuperados em 10 bases de dados e publicados até o ano de 2021. O efeito da ETCC demonstrou ser dependente das características da tarefa motora e das especificações de montagem da ETCC (natureza da estimulação, local da estimulação e tempo/sessão de estimulação). O córtex motor primário (M1) e o cerebelo (CC) são as estruturas que mais apresentam efeito na aprendizagem motora. Como o M1 e o cerebelo exercem funções motoras relacionadas com a execução de tarefas motoras com menor ou maior demanda cognitiva, um estudo experimental foi realizado. A ETCC anódica foi aplicada em três grupos (M1, CC e sham), durante a prática de tarefas de desenhar um quadrado com a mão esquerda, com diferentes demandas cognitivas (experimento I: tarefa com menor demanda cognitiva; experimento II: tarefa com maior demanda cognitiva). Nos dois experimentos, os três grupos melhoram seus desempenhos após a prática, reduzindo o tempo de movimento e o tempo em erro, bem como a quantidade de submovimentos e picos de velocidade, e mantiveram este desempenho nos testes de retenção. Todavia, os desempenhos dos grupos M1 e CC não foram superiores em nenhum momento comparado ao grupo sham, demonstrando que a ETCC anódica no M1 e no cerebelo não proporcionou efeitos positivos na aprendizagem motora ou no controle motor das tarefas de desenho com diferentes demandas cognitivas. Isso pode ter ocorrido devido à variabilidade intra e interindividual dos participantes à estimulação cerebral. Em suma, além de o efeito da ETCC ser dependente da interação entre as especificações de montagem da ETCC e as características da tarefa motora, bem como da quantidade suficiente de prática motora, o efeito da ETCC na aprendizagem motora e, possivelmente, no controle motor, parece também depender da sensibilidade intra e interindividual dos participantes à estimulação cerebral. O efeito do processo natural de prática motora parece ser suficiente para que as adaptações necessárias ao estabelecimento da aprendizagem motora e das melhorias no controle motor em pessoas pouco sensíveis à estimulação cerebral ocorra.Item Efeito da estimulação transcraniana por corrente contínua sobre o desempenho físico e respostas psicofisiológicasMachado, Daniel Gomes da Silva; Okano, Alexandre Hideki [Orientador]; Cyrino, Edilson Serpeloni; Altimari, Leandro Ricardo; Dáquer, Egas Caparelli Moniz de Aragão; Baptista, Abrahão FontesResumo: A estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) tem sido utilizada na tentativa de melhorar o desempenho físico, contudo, os estudos têm apresentando resultados conflitantes Na presente tese, testamos a hipótese de que (A) a ETCC melhoraria o desempenho físico e (B) a técnica de ETCC de alta-definição (ETCC-HD) seria mais eficaz que a convencional simulada para a melhoria do desempenho físico Realizamos uma revisão sistemática nas bases de dados do PubMed/MEDLINE, Embase, Web of Science, Scopus e SportDiscus, buscando por estudos, publicados até dezembro de 217, que utilizaram a ETCC para melhorar o desempenho físico de adultos saudáveis Foram incluídos 22 artigos envolvendo 393 participantes Por meio de uma meta-análise, verificamos um efeito favorável a ETCC anódica aplicada sobre o córtex motor no aumento do tempo até a exaustão no ciclismo [diferença média (DM) = 93,41 s; intervalo de confiança (IC) 95% = 27,39 a 159,43 s] Não foram encontrados efeitos favoráveis a ETCC para aumento na força muscular isométrica de membros superiores (DM = 22,94 s; IC 95% = -26,4 a 71,91 s) nem inferiores (DM = -1,81 s; IC 95% = -31,5 a 27,42 s) Posteriormente, realizamos um estudo experimental, onde nove atletas de ciclismo e remo do sexo masculino (27,9 ± 7,8 anos; VO2max = 59,16 ± 4,39 mlkg-1min-1) realizaram uma avaliação da reprodutibilidade do desempenho em um teste até a exaustão (TAE) em ciclo simulador com 8% da potência máxima em teste incremental e, após, receberam ETCC anódica convencional simulada, HD ou sham sobre o córtex motor por 2 min antes do TAE O estado psicológico basal foi similar em todas as sessões do estudo (P > 16) O desempenho no TAE apresentou excelente reprodutibilidade (CCI = ,984; IC 95% = ,951 a ,995; t = -,228; P = ,82) com erro padrão de medida de 31,1 s e mínima diferença detectável de 15,4 s Entretanto, não houve diferença no TAE entre a condição de ETCC-HD (875,8 ± 273,5 s), convencional simulada (854,2 ± 235,4 s) e sham (82,1 ± 251,9 s) [F(2, 14) = ,914; P = ,42; ?2p = ,116] Alternativamente, uma análise de inferência baseada em magnitude identificou um efeito de pequena magnitude e que a ETCC-HD e convencional simulada possuem 66% e 53% de chance de ter um efeito positivo no desempenho Também não houve modificação na frequência cardíaca, pensamentos associativos ao exercício, percepção subjetiva de esforço para os membros inferiores e corpo inteiro Portanto, os resultados do presente estudo sugerem que (A) a ETCC anódica sobre o córtex motor pode melhorar o desempenho físico em exercício cíclico de corpo inteiro, contudo, o nível de evidência é fraco; e (B) a ETCC-HD não apresenta efeito superior à ETCC convencional simulada, embora ambas apresentem uma chance plausível de melhorar o desempenho físico em exercício cíclico de corpo inteiroItem Efeito da restrição de fluxo sanguíneo nos membros inferiores sobre o desempenho e respostas psicofisiológicas em corrida de 10 KM(2023-03-14) Gabardo, Juliano Moro; Altimari, Leandro Ricardo; Almeida Junior, Ademar Avelar de; Casonatto, Juliano; Polito, Marcos Doederlein; Osiecki, RaulA restrição de fluxo sanguíneo (RFS) no exercício tem sido utilizada sobretudo nas modalidades de força, com objetivo de aumentar a intensidade do exercício. No endurance esta técnica começou a ser investigada recentemente com o propósito de aumentar o aporte de oxigênio nos músculos ativos e consequentemente melhorar o desempenho. A RFS tem sido realizada em diferentes protocolos de aplicação, e nos esportes de endurance previamente ao exercício como estratégia ergogênica. Contudo, existem poucos estudos que, de fato, confirmam sua efetividade, especialmente quando se discute a validade ecológica no contexto esportivo (ex: testes contrarrelógio). Assim, o objetivo do presente estudo foi investigar o efeito da RFS realizada nos membros inferiores sobre o desempenho e respostas psicofisiológicas em corrida de 10 km. Para tanto, foi realizado um estudo com delineamento cross over, randomizado e balanceado. A amostra foi composta por 12 corredores amadores voluntários do sexo masculino (idade: 26,4 ± 4,7anos; massa corporal: 70,96 ± 6,12kg; estatura: 1,74 ± 0,03m; tempo de experiência: 4,5 ± 3,4anos; tempo de prova de 10 km: 42,6 ± 7min). Na primeira sessão experimental foi realizada avaliação antropométrica, familiarização na pista de atletismo e ancoragem da escala de percepção subjetiva de esforço PSE (6-20) (Borg, 1982). Na segunda e terceira sessões foram realizados os testes de corrida contrarrelógio de 10 km. Previamente aos testes de corrida foi aplicada a RFS ou Sham. Pré e pós aplicação da RFS ou Sham foi aferida a pressão arterial. Antes, durante e após a RFS e Sham foi mensurada a oxigenação muscular e a frequência cardíaca (FC). Durante os testes de corrida, além da PSE reportada pelos participantes a cada volta (400m), foi obtida a FC e o tempo por volta. Comparado com Sham, a RFS melhorou o desempenho da corrida na distância de 10 km em pista para o grupo todo (n =12; RFS: 2674 ± 405s vs Sham: 2701± 400s; t = -2,589; P = 0,02), e para o grupo “competidores” (n = 6; RFS: 2334 ± 194s vs Sham: 2366 ± 194s; t = -2,576; P = 0,05). A mínima mudança detectável (MMD) foi de 19,96s, com 8 (oito) participantes com melhora no desempenho de corrida abaixo da MMD, 2 (dois) sem efeito algum e 2 (dois) com efeito negativo, acima da MMD. O tempo analisado a cada km foi menor na condição RFS no grupo todo e nos “competidores” (F = 7,383; P = 0,02; ?p² = 0,402 e F = 6,971; P = 0,046; ?p² = 0,582, respectivamente). O último quilômetro apresentou um tempo (s) significantemente menor quando comparado ao penúltimo para as duas condições experimentais, e em todos os grupos. O delta do tempo entre os dois últimos kms apontou que, a RFS proporcionou uma queda significantemente maior no tempo médio do que o Sham, para o grupo total (P < 0,001). Foi analisado qual ponto no teste, onde de fato, ocorreu a diferença entre as condições através de parciais meio e quartis. As parciais meio não tiveram diferença, as parciais quartis apontaram que a RFS foi menor no terceiro quartil (do 5º ao 7,5º km; RFS: 684 ± 107s vs 694 ± 109s; P = 0,04). A velocidade, analisada a cada km, foi significantemente maior na condição RFS para o grupo todo (F = 7,211; P = 0,02; ?p² = 0,396). A PSE, FC e amplitude da FC apresentaram efeito do tempo (P < 0,001). A FC apresentou maiores valores na condição RFS (F = 8,097; P = 0,02) do segundo ao décimo quilômetro. Ainda, na FC normalizada pelos valores prévios ao início da corrida, foi encontrado efeito do tempo e diferença entre as condições (RFS vs Sham; F = 7,136; P = 0,02). A PSE aumentou significantemente na última volta nas duas condições (RFS e Sham) para o grupo total e competidores, nos recreacionais ocorreu somente para a condição Sham. As resposta da pressão sistólica teve redução após o procedimento de oclusão arterial (PAS-RFS: pré: 142 ± 12mmHg vs pós: 136 ± 9mmHg; P = 0,009). Os dados de oxigenação (O2Hb) e desoxigenação (HHb) muscular comprovou que a condição RFS (220mmHg), de fato, restringiu o fluxo sanguíneo para os membros inferiores, enquanto na condição Sham (20mmHg) isso não ocorreu (RFS vs Sham: P < 0,001), valor respectivo as duas variáveis. Os resultados sugerem que a RFS aplicada previamente ao teste de corrida de 10 km melhorou o desempenho, que aconteceu especificamente no grupo dos atletas competidores, no momento final do teste. Esses resultados indicam que a estratégia prévia de ocluir os membros inferiores resulta numa melhor performance, denotada também pela carga interna de esforço maior mesmo sem alterar a percepção, em contexto esportivo, sobretudo nos atletas com performance de competidores regionais.Item Efeito da suplementação de creatina sobre variáveis morfológicas, metabólicas e de desempenho motor em homens e mulheres praticantes de treinamento com pesosAlmeida Junior, Ademar Avelar de; Cyrino, Edilson Serpeloni [Orientador]; Altimari, Leandro Ricardo; Gobbo, Luís Alberto; Nardo Junior, Nelson; Moares, Solange Marta Franzói de; Deminice, Rafael [Coorientador]Resumo: Este estudo investigou o efeito da suplementação de creatina (Cr) associada ao treinamento com pesos (TP) sobre parâmetros morfológicos, metabólicos e de desempenho em adultos jovens de ambos os sexos A amostra foi composta por 57 indivíduos (3 homens e 27 mulheres) com idade entre 18 e 35 anos que participaram inicialmente de um programa de TP durante 16 semanas Após este período eles foram divididos aleatoriamente, de maneira duplo-cega e balanceada pelo sexo, em dois grupos para receberem suplementação de Cr (monohidratada) ou placebo (maltodextrina), formando então quatro grupos, sendo, homens creatina (HCR), homens placebo (HPL), mulheres creatina (MCR) e mulheres placebo (MPL) O período de suplementação teve uma duração de oito semanas, sendo que os indivíduos continuaram engajados no TP Durante os primeiros cinco dias os sujeitos ingeriram 2 g/dia de Cr ou placebo em quatro doses iguais de 5 g, separadas a cada 3-4 horas Nos 51 dias subseqüentes uma única dose de 3 g foi consumida Antes e após o período de suplementação, foram realizadas medidas de composição corporal (DEXA), hidratação (Água corporal total e intracelular – ACT e AIC; Bioimpedância), força máxima (1-RM) e resistência de força (quatro séries com 8% de 1-RM) Após o período de suplementação os participantes fizeram uma sessão de exercício com pesos de alta intensidade Amostras de sangue foram coletadas antes, imediatamente após e uma hora após o protocolo de exercício para dosagem de marcadores de estresse oxidativo As concentrações plasmáticas de Cr estavam aumentadas, no grupo que ingeriu Cr, em aproximadamente 1,5 vezes após o período de suplementação (P < ,5), quando comparados ao placebo Interação significante tempo vs suplemento (P < ,1) foi verificada na MIG, indicando ganhos na ordem de 2,3 e 2,5% em MCR e HCR, respectivamente De forma similar, interação significante tempo vs suplemento (P < ,5) foi verificada na ACT e AIC, indicando ganhos na ordem de 3,9 e 3,7% e 6,5 e 5,9%, em MCR e HCR Interações significantes tempo vs sexo vs suplemento (P < ,1) foram encontradas nos valores de 1-RM no supino e na rosca direta, com ganhos na ordem de 11 e 9,1%, respectivamente, no grupo HCR Interação significante tempo vs suplemento (P < ,1) foi encontrada na somatória da carga levantada em testes de 1-RM nos três exercícios analisados (HCR = +8,5% e MCR = +8,3%) Nenhuma alteração foi encontradas nos indicadores de resistência muscular Da mesma forma, a Cr não foi capaz de reverter a elevação, causada pelo exercício, dos marcadores de estresse oxidativo Os resultados do presente estudo sugerem que a suplementação de Cr pode maximizar os ganhos de MIG, MIGO, ACT, AIC e força máxima em sujeitos treinados, independente do sexo Os homens suplementados com Cr apresentaram maiores ganhos na força muscular de membros superiores do que as mulheres Entretanto, a Cr não melhorou a resistência à fadiga em TP, bem como os marcadores de estresse oxidativo em indivíduos treinadosItem Efeito de um programa de exercícios resistidos em intensidade autosselecionada e imposta sobre as respostas perceptuais e afetivas, e carga levantada de adolescentes não treinadosColombo, Heriberto; Oliveira, Arli Ramos de [Orientador]; Ribeiro, Alex Silva; Stabelini Neto, Antonio; Gonçalves, Ezequiel Moreira; Freitas Junior, Ismael Forte; Almeida Junior, Ademar Avelar de; Altimari, Leandro RicardoResumo: A utilização de uma intensidade imposta nos exercícios físicos pode tornar a execução da atividade uma experiência desagradável, reduzindo a participação Agora, quando se tem a opção de escolher a intensidade, isto faz com que a atividade se torne mais prazerosa, possivelmente aumentando a aderência Então, os objetivos foram: Comparar as respostas perceptuais e afetivas agudas, e a carga levantada de adolescentes não treinados obtidas durante sessão de exercícios resistidos em intensidade autosselecionada com as obtidas durante sessão em intensidade imposta Investigar as alterações nas respostas perceptuais e afetivas, e na carga levantada durante um programa de exercícios resistidos de 12 semanas realizado em intensidade autosselecionada e imposta por adolescentes não treinados Comparar as respostas perceptuais e afetivas, e a carga levantada de exercícios para membros superiores e inferiores durante um programa de exercícios resistidos realizados em intensidade autosselecionada e imposta por adolescentes não treinados Investigar o percentual de 1RM autosselecionado por adolescentes não treinados durante um programa de exercícios resistidos de 12 semanas Participaram 52 adolescentes (13-17 anos, sexo masculino) não treinados, os quais no pré programa foram submetidos a uma investigação das respostas agudas no supino reto (SR), extensora de pernas (EP), puxada alta (PA) e flexora de pernas (FP), 3 x 1 repetições Sendo verificado na sessão em intensidade autosselecionada níveis mais baixos de PSE na PA, FP e 3’ após, e respostas afetivas mais positivas nos 4 exercícios e 3’ após (p < ,5) do que na sessão em intensidade imposta; e os %1RM autosselecionados alcançaram as recomendações para aumento da força muscular Após, foram divididos em 3 grupos: Intensidade autosselecionada (AS), intensidade imposta (IMP) e controle (CONT) Os grupos AS e IMP foram submetidos ao programa de 12 semanas, 3 x 1 repetições, sendo avaliada a PSE, respostas afetivas (ES) e a carga levantada no SR, EP, PA e FP, 3 x 1 repetições (pré, 2ª, 4ª, 6ª, 8ª, 1ª e 12ª sem) Os resultados demonstraram que AS proporcionou níveis mais baixos de PSE durante e ao final do programa nos 4 exercícios (p < ,5), e respostas afetivas mais positivas no SR, PA e FP, e na EP (1ª e 12ª sem, p < ,5) em comparação a IMP, e o método da autosseleção foi eficiente no aumento da força muscular, melhorandp a carga levantada do pré para 12ª sem nos 4 exercícios (p < ,5), mas, o aumento na força muscular foi maior na intensidade IMP (p > ,5) E, na intensidade AS ocorreram pequenas variações entre os exercícios na PSE e nas respostas afetivas (p < ,5); na carga levantada, na intensidade AS e IMP a EP e FP levantaram maiores cargas do que o SR e PA (p < ,1) Conclusão: A intensidade AS foi melhor percebida (PSE) e proporcionou respostas afetivas mais agradáveis do que a intensidade IMP durante o programa de 12 semanas E, a intensidade AS foi eficiente no aumento da força muscular, mas, a intensidade IMP apresentou maiores ganhos na força muscularItem Efeitos de quatro ordens de execução dos exercícios em programa de treinamento resistido sobre a composição corporal, força muscular, capacidade funcional, biomarcadores sanguíneos e saúde mental em mulheres idosas treinadasFabro, Paolo Marcello da Cunha; Cyrino, Edilson Serpeloni [Orientador]; Altimari, Leandro Ricardo; Teixeira, Denilson de Castro; Ribeiro, Alex Silva; Gobbo, Luís AlbertoResumo: Introdução: O treinamento resistido (TR) é uma estratégia eficaz para atenuar e/ou reverter diversos efeitos deletérios induzidos pelo processo de envelhecimento Entretanto, muitas das respostas adaptativas proporcionadas pelo TR parecem ser dependentes da manipulação das variáveis que compõem os programas de treinamento Uma das variáveis que merecem atenção é a ordem de execução dos exercícios, uma vez que pode influenciar tanto o volume quanto a intensidade do treinamento Objetivo: Comparar o efeito de quatro ordens de execução dos exercícios em um programa de treinamento resistido sobre a composição corporal, força muscular, capacidade funcional, biomarcadores sanguíneos e saúde mental em mulheres idosas treinadas Métodos: Setenta e duas mulheres idosas fisicamente independentes (> 6 anos) foram submetidas, inicialmente, a 12 semanas de TR (oito exercícios, 3x1-15 repetições, 3x/semana) para equiparação dos níveis de condicionamento físico Posteriormente, a amostra foi dividida aleatoriamente em quatro grupos para executar o TR em diferentes ordens de execução dos exercícios, seguindo um delineamento cruzado, com 12 semanas de treinamento, 12 de destreinamento e, novamente 12 semanas de retreinamento As ordens de execução testadas foram: multi- para mono-articulares, começando por membros superiores/tronco (n = 24), multi- para mono-articulares, começando por membros inferiores (n = 24), mono- para multi-articulares, começando por membros superiores/tronco (n = 24), e mono- para multi-articulares, começando por membros inferiores (n = 24) O cruzamento das ordens de execução ocorreu de acordo com o segmento analisado, ou seja, membros superiores/tronco ou membros inferiores O programa de TR foi similar para todos os grupos, incluindo exercícios para todas regiões do corpo (oito exercícios, 3x8-12 repetições, 3x/semana) A massa isenta de gordura e osso (MIGO) e a gordura corporal foram determinadas por absortometria radiológica de dupla-energia (DXA) Testes de uma repetição máxima (1RM) nos exercícios supino vertical, cadeira extensora e rosca scott foram utilizados para análise da força muscular A aptidão funcional foi analisada pelo desempenho em quatro testes motores (caminhada de 6 min, caminhada de 4,6 m, agilidade de caminhada e sentar-e-levantar da cadeira por 3 s) Glicose, hemoglobina glicada, triglicerídeos, colesterol total, LDL-c, HDL-c, proteína C-reativa, BDNF, AOPP, TRAP e NOx foram os indicadores metabólicos analisados Um conjunto de testes foi adotado para análise do comportamento cognitivo (MoCA, Trail Making test, Semantic and Phonemic Fluency test, Stroop test) Por fim, questionários de depressão (GDS-15) e ansiedade (BAI) foram aplicados para análise da saúde mental Resultados: Efeito principal do tempo (P < ,5) revelou modificações acarretadas pelo TR sobre a composição corporal (aumento da MIGO e redução da gordura corporal), força muscular (aumento nos três exercícios analisados), aptidão funcional (melhoria de desempenho nos testes de caminhada de 6 min e sentar-e-levantar da cadeira por 3 s), biomarcadores sanguíneos (redução da glicose, hemoglobina glicada, LDL-c, colesterol total, proteína C-reativa, BDNF, AOPP e NOx) e saúde mental (melhoria do desempenho nos testes MoCA, semantic and phonemic fluency tests e BAI), sem diferenças entre os grupos (P > ,5) Nenhuma mudança que pudesse ser atribuída ao TR ou, ainda, as diferentes ordens de execução dos exercícios foram encontradas para as demais variáveis analisadas (P > ,5) Conclusão: Os resultados do presente estudo indicam que a ordem de execução dos exercícios não parece influenciar o comportamento da composição corporal, força muscular, capacidade funcional, de biomarcadores sanguíneos e saúde mental em mulheres idosas previamente treinadasItem Efeitos do ângulo articular e velocidades de movimento na ativação de músculos agonistas e antagonistas de pacientes com osteoartrite de joelho : análise categorizada e probabilísticaBatista Junior, João Pedro; Cardoso, Jefferson Rosa [Orientador]; Moura, Felipe Arruda; Altimari, Leandro Ricardo; Carregaro, Rodrigo Luiz; Rodacki, André LuizResumo: Introdução: Em pacientes com osteoartrite (OA) déficits na ativação muscular são atribuídos à dor e fraqueza dos músculos do joelho Durante contrações dinâmicas de indivíduos saudáveis a posição angular da articulação e a velocidade de movimento afetam consideravelmente a ativação de diferentes músculos pelo sistema nervoso central No entanto, o impacto destas variáveis na ativação muscular em pacientes com OA de joelho ainda é pouco conhecida e sua interpretação se torna um desafio devido à complexa dependência e características de incerteza da ativação muscular Objetivo: Comparar os efeitos de diferentes intervalos angulares e velocidades de movimento na ativação agonista e antagonista de músculos do joelho de pacientes com OA e indivíduos saudáveis Método: Vinte e uma mulheres, dez com OA de joelho e onze Controles, foram voluntárias para participar neste estudo Foram registrados os sinais de eletromiografia de superfície (EMGs) dos músculos extensores do joelho (VM = vasto medial; VL = vasto lateral; RF = reto femoral) e músculos flexores do joelho (BF = bíceps femoral e ST = semitendinoso) durante vinte e cinco repetições concêntricas máximas dos movimentos de extensão e flexão, realizados em um dinamômetro isocinético em três diferentes velocidades (9, 12 e 24 º/s) Três intervalos angulares de 14º cada foram determinados entre 29º e 71º (9º = flexão máxima) Inicialmente os dados foram categorizados em grupos por tipo de ação muscular (agonista ou antagonista), velocidade de movimento e intervalo angular em diferentes posições articulares (+Ext = posição em maior extensão; Interm = posição intermediária; +Flex = posição em maior flexão) Para cada dado categorizado, distribuições de frequência acumuladas dos envelopes EMGs normalizados foram obtidas para cada músculo separadamente A partir das comparações entre as distribuições de frequência dos pacientes com OA e as participantes Controle, foi obtido o percentual de probabilidade da ativação muscular agonista e antagonista ser maior (OA>Controles) ou menor (OAItem Efeitos do treinamento de resistência muscular em pacientes com doença renal crônica em hemodiálise sobre indicadores de desempenho neuromuscular, funcionalidade e composição corporalPorto, Denilson Braga; Cardoso Junior, Crivaldo Gomes [Orientador]; Altimari, Leandro Ricardo; Delfino, Vinicius Daher Alvares; Ribeiro, Alex Silva; Cabrera, Marcos Aparecido SarriaResumo: INTRODUÇÃO: As diminuições de força e massa muscular, bem como da funcionalidade física de pacientes com doença renal crônica (DRC) aumentam a gravidade da doença e contribuem para a alta taxa de morbimortalidade de seus portadores Além disso, a terapia renal substitutiva, como a hemodiálise (HD), prolonga a vida desses pacientes, mas agrava a redução da força e da massa muscular nessa população Em contrapartida, o treinamento de resistência muscular (TR) pode promover aumento de força, massa muscular e funcionalidade em seus praticantes, todavia o efeito desta intervenção, especialmente no período pré-dialítico, ainda não está bem estabelecido OBJETIVO: Analisar os efeitos do treinamento de resistência muscular (TR) no período pré-dialítico em pacientes com doença renal crônica em hemodiálise sobre indicadores de desempenho neuromuscular, funcionalidade e composição corporal MÉTODOS: Trinta e dois sujeitos (54 ± 13 anos, 1,61 ± ,9 metros, 72,8 ± 17,2 kg e IMC 27,6 ± 5,2 kg/m2) participaram de um ensaio clínico não aleatorizado e foram alocados em duas situações experimentais: grupo hemodiálise-controle (HEMO-CO, n=15) e hemodiálise-treinamento de resistência muscular (HEMO-TR, n=17 – treinamento em circuito, no período pré-diálise, três vezes/sem, com pesos livres, tubos elásticos e steps, com 1 exercícios, três séries, de 15 repetições máximas, num regime de esforço/pausa 1:1, sendo 3s de exercício e 3s de recuperação) Avaliações sócio econômicas, antropométricas (massa, estatura, IMC e circunferências), de força de preensão manual - PM, isocinética - ISO (pico de torque – PT em 6º/seg e potência – W em 18º/seg [três séries, três repetições durante o exercício de extensão de joelho]) com registro do sinal eletromiográfico - EMG (ativação neuromuscular – RMS e frequência mediana - FM), dos testes funcionais de caminhada de 6min (TC6min) e levantar/sentar (L/S) e da composição corporal, foram realizadas antes e após 16 semanas intervenção RESULTADOS: Concluíram o estudo 21 sujeitos (HEMO-CO, n=7 e HEMO-TR, n=14) A sobrecarga total de treino do grupo HEMO-TR aumentou ~213% A força de PM aumentou apenas no grupo HEMO-TR (HEMO-CO= -2 ± -1 vs HEMO-TR= 3 ± kg, p=<,5), bem como o número de repetições no teste L/S (HEMO-CO= -2 ± vs HEMO-TR= 5 ± 2 p<,1) Além dessas, a exceção da redução significante encontrada na circunferência de cintura no grupo HEMO-TR (-4% p<,5), nenhuma outra diferença estatisticamente significante foi encontrada nas demais variáveis do estudo após o período de intervenção (p>,5) CONCLUSÃO: Este estudo apresenta novas informações para literatura científica ao verificar que 16 semanas de um programa de TR executado no período pré-dialítico, sob a forma de circuito com pesos livres, em pessoas com DRC em tratamento hemodialítico há 69 ± 48 meses, promove aumento na força muscular de membros superiores e inferiores, sem, no entanto, alterar a composição corporal desses pacientesItem Estimulação audiovisual: implicações sobre as respostas psicofisiológicas durante o exercício físico em indivíduos com sobrepeso e obesos(2021-04-13) Barreto-Silva, Vinícius; Altimari, Leandro Ricardo; Okano, Alexandre Hideki; Gonçalves, Ezequiel Moreira; Casonatto, Juliano; Nascimento, Matheus Amarante doO objetivo desta tese foi analisar os efeitos da estimulação audiovisual (EAV) nas respostas psicofisiológicas de indivíduos sobrepeso e obesos durante o exercício físico a partir da elaboração de dois artigos científicos, com características de complementaridade. Desse modo, o presente estudo foi composto inicialmente por uma revisão sistemática com metanálise, que apresenta de forma geral o estado da arte sobre à EAV e respostas psicofisiológicas durante o exercício físico em indivíduos com sobrepeso e obesos, seguido de um artigo original envolvendo a utilização de EAV durante a prática de exercício físico em indivíduos obesos. A revisão sistemática foi conduzida de acordo com as diretrizes do PRISMA e submetida para registro no banco de dados internacional de revisões sistemáticas PROSPERO. Para a avaliação dos artigos considerou-se dois aspectos principais: análise de viés e o estudo em si, onde os pontos de análise foram criados com base nas sugestões da COCHRANE. Inicialmente, a revisão sistemática foi composta pela seleção de 6 (seis) artigos originais, de forma que apenas 3 (três) foram inclusos na metanálise, calculada utilizando o pacote “meta” no software R, versão 3.5. Os achados apresentaram resultados positivos relacionados à utilização da EAV, em pelo menos uma das variáveis avaliadas, indicando que a EAV se mostrou eficaz em melhorar o desempenho e as respostas afetivas ao programa de treinamento em indivíduos sobrepesos e obesos. Em relação ao artigo original vinte e quatro participantes (28,3 ± 5,5 anos; IMC = 32,2 ± 2,4 Kg/m²) foram submetidos a exercício físico em um cicloergômetro reclinado, em intensidade autosselecionada em três condições experimentais (estimulação sensorial [ES], privação sensorial [PS] e controle [CO]). Parâmetros Perceptivos (foco de atenção e esforço percebido), afetivo (estado afetivo e ativação percebida) e fisiológicos (variabilidade da frequência cardíaca) foram monitorados ao longo das sessões de exercício. A análise de variância one-way para medidas repetidas foi utilizada para comparar as variáveis auto-relatadas e psicofisiológicas (principal e efeitos de interação [5 pontos de tempo × 3 condições]). Os resultados indicam que a ES aumentou o uso de pensamentos dissociativos ao longo da sessão de exercícios (np 2 = 0,19), melhorou os sintomas relacionados à fadiga (np 2 = 0,15) e provocou respostas afetivas mais positivas (np 2 = 0,12) do que CO e PS. Por fim, a partir desses achados, pode-se concluir que a EAV interfere positivamente nas respostas afetivas, perceptuais e de desempenho físico de indivíduos sobrepeso e obesos durante sessões de exercício físicoItem Oito semanas de suplementação de creatina associada à prática de atividade física não melhora a capacidade funcional, função e regulação cardiovascular, mas mantém estáveis marcadores de função renal em pacientes com doença arterial periféricaDomingues, Wagner Jorge Ribeiro; Almeida Junior, Ademar Avelar de [Orientador]; Cardoso Junior, Crivaldo Gomes; Altimari, Leandro Ricardo; Silva, Rita de Cassia Gengo e; Silva, Aline Mendes Gerage da; Ritti-Dias, Raphael Mendes [Coorientador]Resumo: O objetivo do presente estudo foi investigar o efeito de oito semanas de suplementação de creatina associada à prática de atividade física na capacidade funcional, função e regulação cardiovascular e na função renal de pacientes com doença arterial periférica sintomáticos (DAP) Vinte e nove pacientes foram randomizados de maneira duplo-cega para receberem a administração de placebo (dextrose – Grupo PLA) ou creatina monohidratada (Grupo Cr), durante oito semanas (Uma semana – período de carregamento: 2g/ dia, quatro doses de cinco gramas e sete semanas – período de manutenção: cinco gramas, uma dose por dia) Associada à suplementação, todos os pacientes foram orientados a realizar o atividade física em casa (3-45 minutos de caminhada, = três vezes/semana), monitorados por um pedômetro Antes e após o período de intervenção, foram avaliados os parâmetros de marcha (teste de caminhada de 6 minutos), equilíbrio, velocidade de marcha e força de membros inferiores (Short Physical Performance Battery – SPPB), saturação de oxigênio do músculo da panturrilha (StO2), pressão arterial braquial e pressão arterial central, modulação autonômica cardíaca, rigidez arterial (indicador de onda refletida e velocidade de onda de pulso carótida-femoral) e função renal ANOVA não paramétrica para medidas repetidas foi utilizada, tendo como grupo (PLA e Cr) e o tempo (pré e pós-intervenção) Diferenças estatísticas significativas foram encontradas no tempo para os parâmetros de marcha (tempo e distância de claudicação), pressão arterial braquial e central (pressão arterial sistólica e diastólica) e rigidez arterial (indicador de onda refletida e velocidade de onda de pulso carótida de femoral) Para os demais parâmetros, não foram encontradas diferenças estatísticas significativas no tempo e na interação (grupo x tempo) Oito semanas de suplementação de creatina associada à prática de atividade física não altera os parâmetros de capacidade funcional, função e regulação cardiovascular e função renal de pacientes com claudicação intermitente sintomáticosItem Relação entre o padrão e o contexto do comportamento sedentário com o desempenho acadêmico em adolescentes : um estudo longitudinalBueno, Maria Raquel de Oliveira; Ronque, Enio Ricardo Vaz [Orientador]; Okano, Alexandre Hideki; Silva, Kelly Samara da; Altimari, Leandro Ricardo; Fernandes, Rômulo AraújoResumo: O objetivo da tese foi analisar as associações entre o padrão e os tipos de comportamento sedentário (CS) com o desempenho acadêmico (DA) durante a adolescência, com controle de variáveis fisiológicas (fator neurotrófico derivado do cérebro [BDNF]), cognitivas (função executiva [FE]) e de saúde mental (sintomas de depressão e ansiedade) O presente estudo se refere à segunda fase (follow-up) de um estudo longitudinal de base escolar, para o qual foram elegíveis os indivíduos que possuíssem dados completos na primeira fase (baseline), totalizando uma amostra de 394 escolares Em ambas as fases foram coletadas informações sociodemográficas (escolaridade da mãe e idade), CS (acelerometria e questionário), atividade física (acelerometria), horas de sono (questionário) e DA (DA global; DA em português [DA PORT]; DA em matemática [DA MAT]) No follow-up foram coletadas as variáveis de FE (controle inibitório [Teste de Stroop] e memória de trabalho [Teste de blocos de Corsi]), BDNF (coleta sanguínea) e sintomas de ansiedade e depressão (questionário) Análises de regressão linear múltipla, com os devidos ajustes, foram realizadas no programa STATA 151, adotando-se P<5 Participaram do estudo 15 adolescentes, com média de idade de 145 (7) anos Maior tempo em bouts prolongados em CS (=3min), no início da adolescência, foram associados com menor DA (DA global: ß= -3; P=1; DA MAT: ß= -3; P=12) três anos depois, independentemente da FE e do BDNF, apenas para as moças Para os rapazes, maior tempo em bouts sedentários prolongados (15 a 29 min) no baseline, foram associados com maior DA (DA PORT ß=5; P=41), independente da FE e do BDNF Com relação aos tipos de CS, para as moças, o tempo de vídeo, redes sociais e CS educativo (estudo, leitura e tarefa) no baseline foram associados com maior DA global no follow-up, independentemente dos sintomas de ansiedade (VÍDEOS: ß=8; P=37; REDES SOCIAIS: ß=14; P=38; CS EDUCATIVO: ß=11; P=5) e dos sintomas depressivos (VÍDEOS: ß=7; P=36; REDES SOCIAIS: ß=15; P=16; CS EDUCATIVO: ß=1; P=4) Ainda para as moças, os sintomas de depressão e ansiedade foram negativamente associados com os indicadores de DA (ß=-2; P<5) Conclui-se que, para as moças, um padrão de CS menos fragmentado no início da adolescência, e maiores sintomas de depressão e ansiedade estão associados com menor DA Por outro lado, alguns tipos de CS (tempo assistindo vídeos, rede social, leitura, estudo e tarefa) no início da adolescência foram associados com melhor DA, o que demonstra que, especificamente para as moças, os tipos de CS podem influenciar o DA, mais do que variáveis cognitivas (FE) e fisiológicas (BDNF) Para os rapazes, os tipos de CS e a saúde mental não foram associados ao DA, enquanto que um padrão sedentário menos fragmentado foi associado com maior DA Dessa forma, diferentes padrões e tipos de CS se associam ao DA de maneiras distintas entre os sexos, o que deve ser considerado em estudos de intervenção que visem diminuir o CS e melhorar o DA durante a adolescência