Efeitos do ângulo articular e velocidades de movimento na ativação de músculos agonistas e antagonistas de pacientes com osteoartrite de joelho : análise categorizada e probabilística

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Resumo: Introdução: Em pacientes com osteoartrite (OA) déficits na ativação muscular são atribuídos à dor e fraqueza dos músculos do joelho Durante contrações dinâmicas de indivíduos saudáveis a posição angular da articulação e a velocidade de movimento afetam consideravelmente a ativação de diferentes músculos pelo sistema nervoso central No entanto, o impacto destas variáveis na ativação muscular em pacientes com OA de joelho ainda é pouco conhecida e sua interpretação se torna um desafio devido à complexa dependência e características de incerteza da ativação muscular Objetivo: Comparar os efeitos de diferentes intervalos angulares e velocidades de movimento na ativação agonista e antagonista de músculos do joelho de pacientes com OA e indivíduos saudáveis Método: Vinte e uma mulheres, dez com OA de joelho e onze Controles, foram voluntárias para participar neste estudo Foram registrados os sinais de eletromiografia de superfície (EMGs) dos músculos extensores do joelho (VM = vasto medial; VL = vasto lateral; RF = reto femoral) e músculos flexores do joelho (BF = bíceps femoral e ST = semitendinoso) durante vinte e cinco repetições concêntricas máximas dos movimentos de extensão e flexão, realizados em um dinamômetro isocinético em três diferentes velocidades (9, 12 e 24 º/s) Três intervalos angulares de 14º cada foram determinados entre 29º e 71º (9º = flexão máxima) Inicialmente os dados foram categorizados em grupos por tipo de ação muscular (agonista ou antagonista), velocidade de movimento e intervalo angular em diferentes posições articulares (+Ext = posição em maior extensão; Interm = posição intermediária; +Flex = posição em maior flexão) Para cada dado categorizado, distribuições de frequência acumuladas dos envelopes EMGs normalizados foram obtidas para cada músculo separadamente A partir das comparações entre as distribuições de frequência dos pacientes com OA e as participantes Controle, foi obtido o percentual de probabilidade da ativação muscular agonista e antagonista ser maior (OA>Controles) ou menor (OA<Controles) em relação aos Controles A frequência absoluta e relativa da ocorrência dos casos foi calculada e comparada com uma análise dos mesmos dados dentro de cada grupo O teste estatístico ANOVA para medidas repetidas foi utilizada para identificar as diferenças entre os ângulos articulares e velocidades de movimento dentro de ambos os grupos Resultados: Ambos os grupos mostraram diferenças estatisticamente significantes entre os intervalos angulares para a maioria dos músculos agonistas da extensão do joelho, principalmente à 24 º/s Também houve diferenças significantes entre os intervalos angulares para ambos os músculos flexores do joelho (ST e BF), porém durante a velocidade de 9 º/s Houve diferenças com significância nas comparações entre as velocidades, primordialmente dentro do grupo Controle, para ambos os músculos agonistas flexores e em todos os intervalos angulares A análise probabilística demonstrou que um maior número de pacientes com OA tiveram menor ativação dos músculos agonistas durante a extensão do joelho, com dependência variável entre os músculos, posição articular e velocidade de movimento, enquanto que durante a flexão do joelho, um maior número de pacientes com OA apresentaram menor ativação muscular agonista na posição de maior extensão de joelho, independente da velocidade e especialmente para o músculo ST Não foram encontradas diferenças significantes para a ativação EMGs antagonista dos músculos do quadríceps entre os intervalos angulares e entre as velocidades de movimento para ambos os grupos, no entanto, a análise probabilística demonstrou que pacientes com OA demonstraram maior atividade antagonista EMGs dos músculos VL (em todas as velocidades) e RF (9 e 24 º/s) do que as Controles, independente da posição articular A ativação antagonista dos músculos ST e BF foi diferente entre os intervalos angulares somente à 12 º/s para o grupo Controle Entre as velocidades de movimento houve diferenças estatisticamente significantes na ativação antagonista em todos os intervalos angulares, porém somente para o grupo Controle Houve maior probabilidade do músculo ST das pacientes com OA demonstrar maior ativação antagonista em relação ao músculo BF e isto ocorreu especialmente à 12 e 24 º/s em todas as posições articulares Conclusão: A ativação dos músculos agonistas e antagonistas do joelho de pacientes com OA e Controles são dependentes de forma distinta entre diferentes posições articulares e velocidades de movimento durante contrações dinâmicas Pacientes com OA apresentam probabilidade de menor ativação dos músculos agonistas e maior ativação dos músculos antagonistas em comparação às participantes Controles durante a extensão e flexão de joelho

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Palavras-chave

Educação física, Osteoartrite, Joelhos, Músculos, Biomecânica, Biomechanics

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