02 - Mestrado - História Social
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Navegando 02 - Mestrado - História Social por Autor "Alves, Ronaldo Cardoso"
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Item A consciência histórica como caminho para a (re) significação do luto : um estudo do trabalho com o filme: “Viva: A vida é uma festa” nas aulas de história(2024-04-03) Gomes, Isabela Mesquita; Alves, Ronaldo Cardoso; Fiúza, Alexandre Felipe; Ramos, Márcia Elisa TetéQuando o pensamento histórico é formulado, organiza-se dentro de uma lógica narrativa de pensamento na qual consegue atribuir sentido aos eventos históricos. Nessa perspectiva, a presente pesquisa tem como objetivo refletir acerca da possibilidade de os estudantes desenvolverem um sentido de orientação no tempo, considerando a finitude humana, além de contribuir para a construção de uma ressignificação do luto por intermédio do estudo histórico da festividade do Día de Muertos da cultura mexicana, utilizando a animação Viva: A vida é uma festa (EUA, 2017). Propõe-se, também, investigar como os estudantes compõem suas narrativas de sentido utilizando a fonte cinematográfica, além de estudar seus pensamentos a respeito da memória e do luto em suas experiências, demonstrando a relevância do Ensino de História para o debate da temática em crianças e adolescentes. Para isso, a investigação busca observar esse processo utilizando a metodologia de investigação da Aula-Oficina (2004), relacionando as experiências de perdas dos estudantes à abordagem mexicana do luto no Día de Muertos, por meio da compreensão da herança histórica mexica. Assim, a pesquisa visa contribuir com a construção de uma perspectiva nova e resiliente perante uma situação limite da vida, no caso o luto, individual e coletivo, utilizando da teoria da consciência histórica (Rüsen, 2001; Koselleck, 2006) como caminho para essa abordagem.Item A formação do pensamento histórico dos jovens estudantes de Rolândia – PR: a imigração judaico-alemã à luz da burdening history(2023-03-15) Coelho, Bianca Martins; Cainelli, Marlene Rosa; Ramos, Marcia Elisa Teté; Alves, Ronaldo CardosoEsta pesquisa investigou a formação do pensamento histórico dos estudantes de Rolândia, município pertencente ao norte do estado do Paraná. Enquadrado no domínio científico da Educação Histórica (BARCA, 2001); (CAINELLI, 2009, 2011); (SCHMIDT, 2011, 2015), e alicerçados à metodologia Grounded Theory (CHARMAZ, 2009); (GAGO, 2007) (TAROZZI, 2011), esta pesquisa analisou as narrativas históricas dos estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental II. Nos apropriamos das discussões sobre o Ensino de História Difícil proposta por Bodo von Borries (BORRIES, 2011, 2018), visando compreender quais elementos deste conceito são destacados na narrativa dos estudantes em relação ao Holocausto e a imigração-judaico alemã para o município de Rolândia. Uma vez que a história deste município foi constituída de contradições e silenciamentos. Destacamos a importância da Grounded Theory enquanto metodologia de pesquisa que nos permite tomar como objeto de análise as narrativas, cadernos e observações de campo, durante o estudo para a constituição de categorias de análise na pesquisa qualitativa. Assim, utilizamos do questionário socioeconômico e cultural, questionário aberto sobre o conceito substantivo Holocausto e a imigração judaico-alemã para o município de Rolândia, para então compreender as relações entre um possível passado traumático e a perspectiva de um futuro expressa na narrativa dos estudantes.Item A transição escolar do 5º para o 6º ano no ensino fundamental: um olhar sobre o componente curricular de história(2024-02-20) Florindo, Paulo Henrique Rosa; Cainelli, Marlene Rosa; Alves, Ronaldo Cardoso; Ramos, Márcia Elisa Teté; Noda, MarisaEste trabalho analisou os processos de transição do 5° para o 6° ano no ensino fundamental da rede pública do Estado do Paraná, com ênfase no componente curricular de história e suas especificidades, na cidade de Londrina. A metodologia ligada à teoria fundamentada são apresentadas mostrando as ferramentas para as análises dos questionários. No primeiro capítulo, tratamos sobre Currículo, dialogando com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o Currículo do Estado do Paraná (CREP) e a Diretriz Curricular (DC) de Londrina. Assim, discutimos suas proximidades e afastamentos, ou seja, de não terem sido pensados levando em conta a transição do 5° para o 6° ano. No segundo capítulo, analisamos o material do “Educa Juntos”, um documento que demonstra como o Estado do Paraná vem pensando a transição escolar, logo após pensamos o sistema de ensino de Londrina e suas especificidades através de dados fornecidos pela SEED e pela Secretaria Municipal de Educação de Londrina. No terceiro capítulo, após o diálogo sobre a Educação Histórica enquanto campo teórico que orienta as ações no ensino de história, sua importância e relevância, apresentamos os documentos orientadores do currículo em nível estadual e municipal, bem como os questionários que dão voz a nossos educadores, abordando suas visões, conhecimentos e proposições, que entendemos como narrativas sobre a transição e como desenvolvem este processoItem Currículo básico para a escola pública do Paraná (1990) e parâmetros curriculares nacionais do ensino fundamental 3º e 4º ciclos (1998) : mudanças e permanências no currículo escolar de história pós-regime militarLobo, Arthur Henrique Lux; Ramos, Márcia Elisa Teté [Orientador]; Moreno, Jean Carlos; Alves, Ronaldo CardosoResumo: Esta pesquisa analisa currículos de história formulados após o regime militar brasileiro, procurando perceber mudanças e permanências A partir das concepções de GOODSON(1991; 1995; 28; 213) sobre currículo como campo de disputa e negociação, bem como das concepções sobre a cultura escolar como lugar em que o currículo é praticado (texto invisível), por vezes de forma diferente do que prescrito (texto visível), assim dimensionando as disciplinas escolares, são esboçadas algumas discussões acerca das prescrições curriculares visualizadas no cenário brasileiro, em específico no Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná (199) e nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) de História para o 3º e 4º Ciclos (1998) Como é o contexto brasileiro que é estudo, recorre-se a autores importantes para a temática (ABUD 1993, 211; SCHMIDT, 25, 29, 212; BITTENCOURT, 1998, 23, 28, entre outros) Utiliza-se a metodologia de revisão bibliográfica e de análise textual das fontes, inferindo-as a partir de elementos internos e externos possíveis de serem relacionados à composição escrita dos currículos selecionados Estrutura-se, portanto, o presente trabalho na epistemologia histórica aplicada ao campo educacional e curricular Destaca-se, portanto, o texto currícular, embora se entenda que o código disciplinar envolve tanto o texto invisível como o texto vissível (CUESTA FERNANDEZ, 1997) Como texto visível, enfatiza-se a problemática de sua fundamentação teórica, metodologia, proposta de avaliação, bibliografias utilizadas, organização de conteúdos e eixos estruturantes (poder, cultura e trabalho) As inferências apontam para a presença de rupturas e permanências na estrutura do código disciplinar da História no Brasil No Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná (199), mudam-se: a concepção de herói na história; a história escrita pelos “vencedores”; o destaque às injustiças, lutas e movimentos sociais Permanecem, por exemplo: a história eurocêntrica e quadripartite; uma visão economicista Nos Parâmetros Curriculares Nacionais mudam-se: proposta de uso escolar da fonte histórica; concepção mais elaborada/complexa da temporalidade; abrodagem baseada na História Cultural; debate sobre multiculturalismo Permanencem: certa despolitização; multiculturalismo ainda conservador; ênfase nos conceitos de segunda ordem em detrimento dos conceitos de segunda ordem; destaque à História Cultural e apagamento da História Social Contudo, tais currículos correspondem às discussões sobre o ensino e aprendizagem histórica a favor de uma sociedade democráticaItem Didática reconstrutivista da história como proposta para a educação antirracista: a aula histórica como meio para o diálogo entre a perspectiva histórico-temporal de Reinhart Koselleck, a consciência histórica e o Adinkra Sankofa(2024-04-10) Silva, Ana Julia e; Alves, Ronaldo Cardoso; Ribeiro, Regina Maria de Oliveira; Cainelli, Marlene RosaA pesquisa propõe uma abordagem teórico-metodológica focalizando a intersecção entre a teoria de Reinhart Koselleck e o Adinkra Sankofa, visando contribuir com práticas que incorporem a educação antirracista (Brito, 2021) e a Lei 10.639/03 no ensino de História no Brasil. Com fundamentação em marcos teóricos que dialogam com a História e Historiografia da África, História dos Conceitos e Ensino de História, o estudo abrange conceitos fundamentais como consciência histórica (Rüsen, 2001), Didática Reconstrutivista da História (Schmidt, 2020), espaço de experiência e horizonte de expectativa (Koselleck, 2006). A metodologia engloba revisões bibliográficas e historiográficas, análise de fontes imagéticas, Adinkra Sankofa, e aplicação prática por meio da Aula Histórica (Schmidt, 2020). A pesquisa visa contribuir para o preenchimento de lacunas na literatura acadêmica, explorando a relação teórica entre Koselleck e Jörn Rüsen no contexto do Ensino de História no Brasil, além da contextualização e historicização de Sankofa. Os objetivos abrangem desde a análise da fonte até a possível relação entre Sankofa e Koselleck, proporcionando contribuições que ampliam as fronteiras do conhecimento histórico e pedagógico. A estrutura da pesquisa, distribuída em capítulos, aborda a análise histórica dos conceitos, a contextualização da História da África e suas implicações historiográficas a partir da etnia ashanti e do Adinkra Sankofa, bem como a aplicabilidade da Aula Histórica como instrumento teórico-metodológico para avaliar a consciência histórica dos estudantes. A análise da consciência histórica dos estudantes do Ensino Médio que compuseram a amostra da pesquisa deu-se a partir do desenvolvimento de um conjunto de aulas baseadas num plano previamente elaborado, bem como em outros instrumentos de investigação que continham uma “Tempestade de Ideias” e um “Questionário” valendo-se da perspectiva da Didática Reconstrutivista da História (Schmidt, 2020). Dessa forma, a pesquisa visa, além de abranger diferentes perspectivas teóricas, promover efetivamente práticas pedagógicas inovadoras no Ensino de História, especialmente no contexto contemporâneo, contribuindo para uma educação antirracista e inclusiva.Item Ensino de história e gênero: concepções dos jovens estudantes do ensino médio sobre a divisão social do trabalho de cuidado à luz da teoria feminista da ‘reprodução social’(2024-02-29) Rennó, Mariana Ponciano Ribeiro; Moreno, Jean Carlos; Zarbato, Jaqueline Aparecida Martins; Alves, Ronaldo CardosoO trabalho busca compreender o pensamento histórico dos jovens estudantes do Ensino Médio, relacionando-o ao Ensino de História, utilizando como estratégia um instrumento de coleta de dados (questionário) sobre a temática da Reprodução Social. Esse conceito feminista-marxista propõe discutir questões de gênero envoltas no trabalho de cuidado, situação que atravessa raça e classe. A proposta, então, incide em questionar a invisibilização do trabalho doméstico executado majoritariamente por mulheres de forma não remunerada, dentro dos seus lares, em benefício dos seus familiares, idosos e crianças. Por outra via, levanta-se o problema acerca dos subempregos, condição na qual está a maioria das atividades de cuidado quando se encontra na forma remunerada, tendo em vista a precarização das atividades e a baixa remuneração. Nessas atividades mencionadas, um outro recorte é necessário, pois as trabalhadoras domésticas brasileiras são mulheres negras e miscigenadas, em sua maioria. Frente a esse problema social, a provocação que se desenha é: de qual forma o Ensino de História colabora, ou não, para a compreensão do trabalho invisível feminino e suas intersecções? Com o objetivo de responder essa pergunta, o estudo encaminhou-se por meio de três tópicos de análise. O primeiro busca compreender o mundo do trabalho feminino, à luz da historiografia e das teorias feministas. Na sequência, a análise de propostas dos currículos nacionais, enfocando os desafios do Ensino de Gênero, principalmente após a intervenção dos recentes grupos reacionários, como o Movimento Escola Sem Partido, que reduzem essa importante discussão a uma suposta doutrinação ideológica de gênero. Por fim, foram analisados os resultados obtidos com o questionário de investigação aplicados na cidade de Jacarezinho/PR, no Colégio Estadual Rui Barbosa e no Instituto Federal do Paraná. Vislumbra-se, com isso, propor e refletir sobre as possibilidades de um Ensino de história feminista, que inclua novos sujeitos, territórios e experiências no currículo escolar de História.Item Fontes históricas propostas no livro didático : interpretações de alunos do sexto ano do ensino fundamental : Londrina, 2017Fazion, Heloisa Pires; Cainelli, Marlene Rosa [Orientador]; Urban, Ana Claudia; Alves, Ronaldo CardosoResumo: Este estudo, de caráter qualitativo, procura analisar fontes históricas presentes em um livro didático de História e como os alunos interpretam essas fontes Destaca-se que a pesquisa está ancorada numa área denominada Educação Histórica (BARCA, 27; CAINELLI, 211; GAGO, 27; LEE, 26; SCHMIDT, 211; SIMÃO, 27), na qual a escola é o campo de investigação por excelência Nossa investigação foi realizada em um Colégio Estadual localizado na cidade de Londrina-PR O público-alvo foram alunos do sexto ano do Ensino Fundamental Sublinha-se que foram realizadas observações de campo, aplicação de questionário e para o desenvolvimento do estudo final foi elaborado, a partir das ideias de Simão (27), um kit de fontes históricas composto por 5 fontes, sendo 2 escritas e 3 iconográficas A análise dos dados foi feita a partir da metodologia de Análise de Conteúdo, proposta por Franco (28), e também pela Teoria Fundamentada de Strauss e Corbin (28) e Charmaz (29) Ao final desta pesquisa conseguimos identificar quais e como são dispostas as fontes no livro didático analisado e como os alunos interpretam essas fontes históricas Com relação às fontes propostas no livro didático identificamos quatro categorias, sendo elas: reforço da escrita, informativa, ilustrativa e documento histórico Já no caso dos alunos chegamos as categorias: fonte histórica como verdade inquestionável, fonte histórica como materialização do fato, fonte histórica como fruto de pesquisa e fonte histórica como ensinamentoItem Literatura e ensino de história : a construção do conhecimento histórico em sala de aula a partir das crônicas de Lima BarretoMilian, Vanessa Kiara Rodrigues; Ramos, Márcia Elisa Teté [Orientador]; Cainelli, Marlene Rosa; Alves, Ronaldo CardosoResumo: O presente trabalho discute o uso das crônicas do autor Lima Barreto em sala de aula para pensar a situação dos ex-escravizados na Primeira República Em um primeiro momento, por meio do campo da Educação Histórica, problematizou-se o ensino de história e a importância de enxergar o aluno como agente ativo e participativo do processo de ensino e/ou aprendizagem, refletindo como o conhecimento histórico é construído por parte destes discentes Contextualizou-se em seguida as crônicas do autor Lima Barreto – O Momento (1915) e 15 de Novembro (1921) – que abordam de forma crítica a Primeira República como um sistema político excludente e dicotômico, discutindo ainda a marginalização sofrida pelos negros durante este período No que se refere à parte prática da pesquisa, o estudo foi desenvolvido em duas turmas de 8º ano em diferentes escolas na cidade de Londrina-PR, para investigar, em um primeiro momento, as ideias prévias dos estudantes acerca do uso da literatura em história e dos seus conhecimentos iniciais sobre a situação dos recém-libertos na Primeira República As intervenções em sala de aula foram pautadas no modelo de aula-oficina, discutido por Isabel Barca (BARCA, 24), de modo que este paradigma educacional forneceu elementos teóricos e metodológicos para trabalhar as crônicas do autor Lima Barreto nas escolas, buscando-se, então, problematizar as fontes e discuti-las como evidências históricas Após a sistematização das narrativas iniciais dos estudantes, projetou-se a aula temática, partindo da análise das crônicas e da realização, por parte dos estudantes, de uma atividade pautada na técnica de “história hipotética” (SOUZA, 212) A atividade abrangeu 12 questões referentes às possibilidades históricas do cotidiano de um menino negro no período da Proclamação da República e foi projetada pensando em diferentes formas de abordar o contexto socioeconômico da população negra do período Apresentam-se por fim as narrativas finais dos estudantes após o trabalho com as crônicas de Barreto em sala de aula, permitindo a compreensão de como o conhecimento histórico foi construído por estes discentes e se estes desenvolveram a literacia histórica, ou seja, entenderam a natureza específica do saber históricoItem Livros didáticos regionais: o patrimônio imaterial como evidência histórica(2022-12-15) Freire, Maria Luiza Queiroz; Alves, Ronaldo Cardoso; Cainelli, Marlene Rosa; Pinto, Maria Helena Mendes Nabais FariaA presente pesquisa trabalhou com livros didáticos regionais aprovados pelo Programa Nacional de Livros Didáticos (PNLD), em 2016 - último ano com seleção regional – referentes aos anos iniciais do fundamental I, as questões dos patrimônios imateriais brasileiros. O estudo, referenciado na Educação Histórica, refletiu sobre como os livros didáticos de cada região possibilitam a utilização dos patrimônios imateriais enquanto evidência histórica. A investigação qualitativa, baseada nos métodos da Análise de Conteúdo de Bardin (1977), buscou desvelar os conteúdos relacionados aos patrimônios imateriais, por meio de um levantamento acerca da quantidade de patrimônios imateriais que cada livro didático regional apresenta com o objetivo de compará-los a fim de compreender como articulam o ensino patrimonial. Nesse sentido, os questionamentos que movem a investigação são: de que forma é apresentada a relação entre a identidade regional e a identidade nacional em livros didáticos regionais que trabalhem com patrimônios imateriais? Como cada material didático regional elabora o ensino patrimonial a partir da imaterialidade? Como os manuais didáticos apresentam a evidência histórica a partir dos patrimônios imateriais? A dissertação está dividida em três eixos centrais, historicização dos patrimônios imateriais e dos livros didáticos regionais, aspectos teóricos e análise qualitativa, a qual está dividida em duas partes, sendo que a primeira abordou como os livros didáticos regionais se apropriaram dos documentos oficiais de salvaguarda para a construção de seu material, e a segunda analisou os conteúdos que utilizaram os patrimônios imateriais na perspectiva da aprendizagem histórica visando compreender os tipos de evidência histórica que os materiais didáticos podem ajudar a desenvolver. Através dessa investigação foi possível concluir que os livros didáticos regionais, na maioria das vezes, não possuem preocupação em desenvolver um pensamento histórico elaborado a partir das evidências, visto que o tipo de evidência histórica que mais se apresenta está calcado na compreensão da História como cópia do passado e como informação (ASHBY, 2003), tampouco trabalha com profundidade a educação patrimonial, demonstrando, portanto, que os manuais estudados se mantêm na superficialidade no que concerne a favorecer o Ensino de História por meio do patrimônio imaterial.Item Uma máquina do tempo movida à imaginação : RPG e empatia histórica no ensino de históriaPereira, Juliano da Silva; Cunha, Maria de Fátima da [Orientador]; Alegro, Regina Célia; Alves, Ronaldo CardosoResumo: Este projeto surge de um desejo de dar continuidade ao trabalho de monografia realizado em 21 no curso de Especialização em História Social e Ensino de História, na Universidade Estadual de Londrina cujo título foi “O uso do RPG como ferramenta pedagógica no ensino de História” O RPG mostrou-se uma boa ferramenta pedagógica na medida em que despertou no aluno o gosto pela história e a possibilidade dele se colocar no lugar de alguém do passado, em outras palavras, estabelecer uma relação empática com o passado É o aprofundamento do estudo desta relação que nos interessa aqui A empatia histórica para Ashby & Lee (apud PEREIRA, 23, p 53) funciona como “um empreendimento, onde alunos mostram a capacidade de reconstruir os objectivos, os sentimentos, os valores e crenças dos outros, aceitando que eles podem ser diferentes dos seus”, tornando-se assim elemento importante no processo de ensino-aprendizagem O objetivo geral nesta etapa será o de verificar a ocorrência de experiência empática histórica entre os alunos do 6º ano do Colégio Estadual Prof Dr Heber Soares Vargas relativamente aos conteúdos da História a partir de um jogo de RPG, observando sua relação na apreensão de conceitos históricos por parte dos alunos O projeto se constituirá de pesquisa bibliográfica, a fim de definir o conceito de empatia histórica e seu uso no ensino de história; criação de material de ensino, análise das ideias dos alunos e reflexão acerca da experiência realizada Será realizado entre os alunos da sexta série do ensino fundamental do Colégio Estadual Prof Dr Heber Soares VargasItem Não é somente sobre o passado: o conceito substantivo ditadura civil-militar (1964-1985) na abordagem de professores e no livro didático de história(2023-03-29) Martins, Juliana Aparecida Paulino; Cainelli, Marlene Rosa; Alves, Ronaldo Cardoso; Pina, Maria Cristina DantasO objetivo central deste trabalho foi analisar como professores de Apucarana-PR, apoiados no material didático, abordam em sala de aula o conceito substantivo Ditadura Civil-militar brasileira (1964-1985) no 9° ano do Ensino Fundamental. Essa pesquisa também observou apontamentos na perspectiva da Educação Histórica, foram analisados 12 questionários respondidos por professores de História, que atuam no município de Apucarana-PR, sede do Núcleo Regional de Ensino (NRE), que faz parte de uma rede de 32 núcleos educacionais constituindo a Secretária da Educação e Esporte, no Estado do Paraná. observamos a narrativa que os professores têm à disposição, o livro didático do 9º ano do Ensino Fundamental, de Alfredo Boulos, História, Sociedade e Cidadania, 4ª edição. São Paulo FDT, 2018. Centralizamos o foco da pesquisa na análise do Capítulo 13, intitulado “Ditaduras na América Latina.” Essa ação justifica-se, porque esse livro é único para toda a rede pública estadual do Paraná com aprovação no Programa Nacional do livro didático de 2020. Também foram feitas observações referentes ao material da aula on-line 63, produzida para o ensino remoto no período de pandemia da COVID 19, que está relacionada com o conteúdo Ditadura Civil-militar (1964-1985). Esse é um estudo qualitativo com coleta de dados, embasado nos pressupostos da Grounded Theory (CHARMAZ, 2009). Buscamos a contribuição de autores que pesquisam sobre o ensino de História, entre eles destacamos Abud (1995), Cainelli e Schmidt (2009), bem como de autores que apresentam concepções sobre a historiografia da Ditadura Civil-militar (1964-1985) Valim, Avela e Bevernage (2021), Fico (2017) e Bauer e Nicolazzi (2016). Além disso, consideramos as contribuições de Bodo Von Borries (2016) para embasar o conteúdo Ditadura civil-militar (1964-1985) com o conceito de Burdening History. A pesquisa fundamenta-se em Rüsen (2014) e suas contribuições para entender o papel do professor de História na construção da narrativa e no trabalho com fontes históricas. É nesse contexto que se encaminha o sujeito para a sofisticação da consciência histórica, para a atribuição de sentido da ação de ensinar e aprender história. Verificamos que estruturas políticas contribuem para desestruturação de programas de formação continuada, e para sobrecarga burocrática de trabalho dos professores. Os professores reconhecem a importância de uma abordagem pautada pela diversidade e problematização das fontes, fazem uso do material didático, mas identificam as lacunas desse material.Item As narrativas de alunos do ensino médio de Londrina-PR sobre a ditadura militar brasileira (1964-1985)Ávila, Brayan Lee Thompson; Cainelli, Marlene Rosa [Orientador]; Alves, Ronaldo Cardoso; Ramos, Márcia Elisa TetéResumo: O presente trabalho tem como área de pesquisa as questões acerca do Ensino de História, particularmente inserido no campo das pesquisas em Educação Histórica Esta investigação tem como objetivo entender quais são as ideias de um grupo de jovens sobre o que foi o Ditadura Militar Brasileira(1964-1985), entendendo como estes lidam com narrativas divergentes sobre um mesmo período e quais justificativas utilizam para validar essas narrativas Como base teórica, utilizamos as concepções de narrativa e memorização de Jörn Rüsen (1993, 21, 212, 214), de Ensino de História de Peter Lee (21,23), de Jovens e Juventude de César (27) e Pais (1993) e também trabalhamos a Ditadura Militar e a sua memória a partir de Fico (214) e Napolitano (214) Utilizamos como metodologia as concepções de Gabriel Goyette, Michelle Lessard-Hébert e Gérald Boutin (212) sobre a investigação qualitativa Os sujeitos desta pesquisa foram 6 alunos de dois Colégios da cidade de Londrina que frequentavam o segundo e terceiro ano do Ensino Médio, sendo um Colégio central e outro localizado no centro expandido, tendo entre 15 a 2 anos de idade Para observar as ideias destes jovens foi aplicado um questionário de Estudo Exploratório, utilizando as respostas destes como referência para a categorização de suas ideias sobre o período entre 1964 a 1985 Em nossas primeiras análises percebemos que as ideias destes jovens tendem a fixar a Ditadura Militar em apenas um acontecimento, o golpe de 31 de março de 1964, sendo que os outros ressaltam questões como repressão, violência e 6ortura, caracterizando o período como de hegemonia militar, isto é, com pouca participação civil Já na questão o papel que o conceito substantivo (LEE, 21) Ditadura Militar Brasileira possui nas aulas de História, a tendência é o conceito aparecer como informação, algo que se deve aprender ou uma forma de se entender como se configura a nossa sociedade hoje No trabalho com versões divergentes, os alunos acabam adotando o ponto de vista do autor de uma das narrativas daquilo que ocorreu como válida, de forma acrítica Também perguntamos sobre quais as fontes para a aprendizagem do conteúdo, os alunos responderam que: a Internet em primeiro lugar e depois a explicação do professor e por último o livro didático A partir destes dados, e partindo das concepções de Assimilação de Pais (1993) e Memorização de Rüsen (214) julgamos que as concepções destes alunos são uma assimilação de uma memorização construída pela sociedade nas ultimas três décadas após a Ditadura MilitarItem Os paradidáticos no ensino de história : as ideias e as experiências em sala de aula de professores de história da educação básica em LondrinaThomson, Ana Beatriz Accorsi; Cainelli, Marlene Rosa [Orientador]; Ramos, Márcia Elisa Teté; Alves, Ronaldo CardosoResumo: O objetivo deste trabalho foi pesquisar o uso de paradidáticos no ensino de história pelos professores da educação básica Para isso, pretendeu-se verificar como esses profissionais se relacionam e entendem tais materiais compreendendo, de forma mais específica, como os livros paradidáticos estão presentes no processo de ensino de história, articulados ao cotidiano escolar Nesse sentido, nos apropriamos das propostas teórico-metodológicas do campo da Educação Histórica (BARCA, 211), cujas investigações têm priorizado analisar e compreender as diversas práticas em sala de aula, inclusive como os materiais didáticos e paradidáticos se articulam ao processo de aprendizagem (CAINELLI; SCHMIDT, 212) Dessa forma, desenvolvemos como instrumento de pesquisa um estudo exploratório para analisar as narrativas dos professores de história a respeito dos livros paradidáticos Quais são as vantagens desses materiais? Quais são suas limitações? Desenvolvemos nessa investigação uma análise acerca das narrativas dos professores sobre essas e outras questões envolvendo os paradidáticos, com vistas a perceber se eles podem ser considerados uma alternativa a um ensino de história significativo, preocupado com questões de alteridade, representando assim um incentivo à formação do aluno-leitor Ao longo da análise, verificamos que os professores compreendem esses materiais de formas variadas: como uma possibilidade de se trabalhar aspectos lúdicos, como abordagens que tragam à tona elementos relacionados a contextos históricos e até mesmo como fontes históricasItem Pensamento histórico de jovens sobre gênero a partir da revista Capricho : (2005-2006)Mantovani, Flávia; Ramos, Márcia Elisa Teté [Orientador]; Cunha, Maria de Fátima da; Alves, Ronaldo CardosoResumo: Objetiva-se investigar a o pensamento histórico de jovens sobre “gênero”, a partir da revista Capricho (abr/25-mar/26), utilizando-a como uma fonte histórica Interessa observar se construíram uma “literacia histórica” e se a mobilizam nas suas práticas de leitura, considerando tal literacia como um modo de ler e interpretar o mundo historicamente A apreensão destas ideias deu-se através de uma prática didático-pedagógica, pautada no uso escolar de fontes históricas, na qual se analisa a “literacia histórica” de estudantes do segundo ano “A” do Ensino Médio do Colégio de Aplicação – Londrina/PR, em relação a esta revista Utilizou-se a técnica de grupos focais interposta aos pressupostos da aula-oficina, buscando desenvolver uma interpretação/leitura das fontes e sua compreensão contextualizada Em três aulas gravadas e transcritas, coletou-se ideias prévias de estudantes e suas interpretações da fonte, através da qual trabalha-se a construção de uma literacia histórica É necessária uma problematização e análise, na perspectiva histórica, deste sujeito o qual se pesquisa, os/as estudantes do “2ºA”, sob o pressuposto de que a adolescência é uma construção discursiva e um fenômenos cultural, ou seja, problematiza-se este grupo de sujeitos, adolescentes, de modo a desnaturalizá-los Assim, aborda-se as relações destes jovens com a questão de gênero, tomando o espaço escolar como importante na construção desta relação e, ainda, na produção das diferenças Em um segundo momento, discute-se a revista Capricho e as várias dimensões que assume nesta pesquisa, isto é, como um produto da cultura midiática que pede uma avaliação que abarque, inclusive, a dimensão da sua apropriação, ou ainda, dos usos e interpretações dos estudantes A escolha do recorte temporal deu-se em função da existência de um padrão editorial em relação à identidade da jovem: as edições analisadas evidenciam a preocupação com uma dada autenticidade da leitora, através do slogan “seja diferente, seja você”, além de apresentarem uma linguagem gráfica que absorve elementos da cibercultura Também, a revista Capricho é entendida como fonte histórica utilizada em contexto escolar Apoiados em referenciais do campo da História e da Comunicação, entende-se a relação entre Capricho e leitoras em sua complexidade, ambas constroem uma a outra recursivamente, são interdependentes A partir desta ideia, é possível pensar e problematizar não apenas a mídia enquanto produtora de pedagogias de gênero, mas também a o público enquanto um co-produtor da revista, já que esta se apropria dos seus códigos culturais, a fim de não destoar do horizonte de expectativas de suas leitoras Enfim, apoia-se em referenciais do campo investigativo da Educação Histórica, onde se procura investigar, também, como se dá o aprendizado histórico dos sujeitos Ainda, utiliza-se o conceito de “literacia histórica” cunhado por Peter Lee, em uma análise das falas de alunos sobre questões de gênero e sexualidade na Capricho Percebeu-se que os alunos já trazem ideias e noções sobre gênero e que tais ideias reproduzem, em certa medida, uma concepção conservadora Entretanto, demonstram capacidade de observar e historicizar as questões de gênero que a Capricho traz, lendo-a como uma fonte histórica, ou seja, contextualizando seus discursos, o que significa uma “literacia histórica”